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HISTÓRIA DA FISIOTERAPIA PROFª Ms. Simone Cury Andery Pinto

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HISTÓRIA DA FISIOTERAPIA

PROFª Ms. Simone Cury Andery Pinto

Saúde

(ausência de doença)

X

Doença

(falta ou perturbação

da saúde)

CONCEITOS

Saúde (OMS) – é um completo estado de

bem-estar físico, mental e social, e não

meramente ausência de doença.

Saúde (Aurélio) – é o estado do indivíduo

cujas funções orgânicas, físicas e mentais se

acham em situação normal.

CONCEITOS

OBJETO DE TRABALHO DA

FISIOTERAPIA

Fisioterapia: prevenção de doenças?

manutenção da saúde?

promoção da saúde?

Falta de clareza sobre o objeto

de trabalho

Absoluta atenção à doença

Recuperar, reabilitar,

minimizar o sofrimento

ORIGEM DA FISIOTERAPIA

A história da Fisioterapia mostra que a criação

da profissão se deu principalmente em virtude

da demanda que no contexto mundial se

referia às grandes guerras e, no Brasil, aos

acidentes de trabalho e epidemias

Pessoas fisicamente lesadas, mutiladas

Profissional surgiu como recuperador,

reabilitador, preocupado com a “doença”

FISIOTERAPIA NO BRASIL

No Brasil, a Fisioterapia implantou-se como

possibilidade de “solução” para os altos

índices de acidentes de trabalho existentes

Curar ou reabilitar vítimas desses acidentes

para reintegrá-las ao sistema produtivo

Permanecia como definição da atuação

profissional do Fisioterapeuta:

Atenuar o sofrimento;

Recuperar condições de saúde perdidas;

Reabilitar o indivíduo.

FISIOTERAPIA NO BRASIL

A literatura, principalmente na área de

Epidemiologia Social, permitiu uma nova maneira

de conceber o objeto de trabalho para o campo

da saúde:

as condições de saúde (em qualquer grau que se

apresentem ou possam apresentar)

as variáveis responsáveis por sua ocorrência

(início, manutenção, alteração)

Como aplicar tudo isso em Fisioterapia?

FISIOTERAPIA NO BRASIL

É necessário o estudo de conceitos básicos:

Noção do objeto de trabalho com o qual lida

esse profissional;

Atribuições que lhe são típicas e que

descrevem a sua atuação profissional e

responsabilidade social em relação a esse

objeto.

FISIOTERAPIA NO BRASIL

A necessidade de um exame do objeto de

trabalho deve-se ao fato de:

O mesmo não encontra-se definido (limitação

pela legislação, tradição, ensino e conhecimento

disponível sobre isso);

Falta de conhecimento sobre o objeto de

trabalho que limita o desenvolvimento do

campo profissional.

FISIOTERAPIA NO BRASIL

AS ALTERAÇÕES NA

CONCEPÇÃO DO OBJETO DE

TRABALHO EM FISIOTERAPIA

NO DECORRER DA HISTÓRIA

O OBJETO DE TRABALHO DA

FISIOTERAPIA SOFREU

INÚMERAS MUDANÇAS E

INFLUÊNCIAS

ANTIGUIDADE

4000 aC – 395 dC

ANTIGUIDADE

Na Antiguidade, “diferenças incômodas”

já eram tratadas por meios físicos:

◦ 4.000 a.C. e 395 d.C.: Forte preocupação com

as “diferenças incômodas” designadas

“doenças”

ANTIGUIDADE

Diferenças incômodas eram eliminadas por

meio de recursos, técnicas, instrumentos e

procedimentos:

Agentes físicos

eletricidade do peixe-elétrico

(eletroterapia)

movimentos do corpo humano (ginástica)

2698 a. C.: Imperador chinês criou uma

ginástica curativa com exercícios respiratórios

e que evitavam a obstrução dos órgãos

130 a 199 d. C.: Galeno através de uma

ginástica conseguiu corrigir o tórax

deformado de um rapaz

Não haviam estudos! O trabalho era dirigido

pela “doença instalada, visível e incômoda”

ANTIGUIDADE

IDADE MÉDIA

Séculos IV-XV (301 – 1500)

IDADE MÉDIA

As “diferenças incômodas” eram

consideradas como algo a ser

exorcizado:

Séc. IV e XV: Ordem social estabelecida no

plano divino

Hierarquia: clero, nobreza e camadas

populares

IDADE MÉDIA

Interrupção no avanço dos estudos e atuação na área da saúde

Influência da religião que valorizava o culto da alma, do espírito

O corpo era apenas um recipiente daqueles.

RENASCIMENTO

Séculos XV-XVI (1500 – 1600)

Preocupação com o corpo saudável

Séc. XV e XVI: Crescimento da

arquitetura, escultura, pintura, música e novo

enfoque para a política.

Valorização da beleza física

Surgimento das universidades

RENASCIMENTO

Retomada dos estudos relativos ao cuidado

com o corpo e a revitalização do culto ao

físico.

Ginástica:

Exercícios para conservar um estado

saudável já existente;

Regularidade no exercício;

Exercícios para enfermos;

Exercícios para sedentários.

RENASCIMENTO

Nota-se:

Preocupação com a manutenção das

condições normais já existentes em

organismos sãos

Promoção da saúde

Proteção específica

Medicina preventiva!

RENASCIMENTO

INDUSTRIALIZAÇÃOSéculo XVIII – XX (1700 – 2000)

Séc. XVIII e XIX: Época de grande

transformação social determinada pela

produção em grande escala, crescimento das

máquinas.

Intensificação do trabalho operário

(condições sanitárias precárias e condições

alimentares insatisfatórias).

Proliferação de novas doenças!

INDUSTRIALIZAÇÃO

Epidemias de cólera e tuberculose,

alcoolismo, acidentes de trabalho, trabalho

infantil e jornada de 16 horas por dia

exigiram da medicina um desenvolvimento

de trabalhos de intervenção e de estudo

sobre as patologias que proliferavam.

INDUSTRIALIZAÇÃO

Evolução dirigida para o atendimento do

indivíduo doente:

Clínica

Cirurgia

Farmacologia

Aplicação de recursos elétricos, térmicos e

hídricos

Aplicação de exercícios físicos

INDUSTRIALIZAÇÃO

Surgia a ideia do atendimento hospitalar!

Predominância de uma assistência curativa,

recuperativa e reabilitadora

Primeiras especializações (cirurgia,

dermatologia e pediatria, psiquiatria,

oftalmologia, otorrinolaringologia)

INDUSTRIALIZAÇÃO

O exercício físico e maneiras de atuação que

caracterizam a Fisioterapia, no início do séc.

XX, são desenvolvidos com uma preocupação

voltada para o tratamento de pessoas

doentes

Início da cinesioterapia e dos fundamentos do

tratamento das enfermidades internas e

ginecológicas

INDUSTRIALIZAÇÃO

Além disso, as guerras e suas consequências

produziram um grande contingente de

pessoas que precisavam de tratamento para

recuperar-se ou reabilitar-se para voltar a

uma atividade social e produtiva.

O importante era não impedir que o

indivíduo produzisse ou que se tornasse um

incômodo ou prejuízo para a sociedade.

INDUSTRIALIZAÇÃO

INDUSTRIALIZAÇÃO

Atenção secundária e terciária em saúde

Ação curativa e reabilitadora declínio

das ações preventivas primárias

Séculos XIX - XX

1879 - Brasil: Atualização dos recursos físicos

1884 - Dr. Arthur Silva: 1º serviço da América do

Sul

1919 - Dr. Raphael de Barros: Departamento de

Eletricidade Médica da USP

1930 - Dr. Waldo Rolim de Moraes: Fisioterapia do

Hospital das Clinicas

Alterações psíquicas e físicas

Prevenção Primária

Século XXI

FISIOTERAPIA - AUTONOMIA

A Fisioterapia sofreu oscilações do decorrer

da história

Voltada sempre aos indivíduos doentes

Essas questões necessitam de um exame

mais detalhado do objeto de estudo da

Fisioterapia no mundo e no Brasil.

CONCLUSÃO

Referências Bibliográficas

PLT - Pinheiro, G. B. Introdução à Fisioterapia. 1ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009 (Cap. 2)

Rebelatto, J. R. Fisioterapia no Brasil. 2ªed. São Paulo: manole, 2004. (capitiulo II, p.29-44)

REBELATTO, José Rubens; BOTOMÉ, Sílvio Paulo. Fisioterapia no Brasil: Fundamentos para uma Ação Preventiva e Perspectivas Profissionais. 2ª ed. São Paulo: Manole, 1999. (Cap. I – III)

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