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Governo do Estado de São Paulo
Secretaria de Estado do Meio Ambiente
Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação
Ação programada de desenvolvimento
e proteção de águas subterrâneas
no Estado de São Paulo
Agosto, 2017
São Paulo
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Grupo de trabalho
Amélia João Fernandes – IG
Andrea Franzini - CPRM
Cláudia Varnier - IG
Gerôncio Rocha – Consultor
José Eduardo Campos – DAEE
José Luiz Albuquerque Filho - IPT
Luciana Martin Rodrigues Ferreira - IG
Mara Akie Iritani – IG
Ricardo Hirata – Igc-USP
Roberto Kirchheim - CPRM
Rosângela Pacini Modesto – CETESB
Sibele Ezaki – IG
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Resumo Executivo
O presente documento, denominado Ação programada de desenvolvimento e proteção de águas
subterrâneas no Estado de São Paulo, propõe projetos e ações consideradas prioritárias, para o período de
2017-2020. Representa o resultado do esforço coletivo e coordenado de um Grupo de Trabalho
Interinstitucional, composto de profissionais da área de hidrogeologia das instituições públicas que atuam
no Estado. A iniciativa de planejamento visa promover coesão e sinergias institucionais, evitar sobreposições
de recursos e potencializar resultados. É importante mencionar que o documento se alicerça na revisão dos
avanços alcançados no período anterior, entre 2007 e 2015, sob a égide do então denominado Programa
Ambiental Estratégico Aquíferos e sua sequência.
A exploração de água subterrânea no Estado de São Paulo é intensa, e, com a expansão da atividade
econômica e do comprometimento das águas superficiais pela poluição, a tendência do incremento no seu
uso é realidade factual. A totalidade dos municípios utiliza total ou parcialmente água subterrânea para o
abastecimento, seja através da rede pública, ou fontes privadas. Portanto, trata-se de fonte de extrema
importância para a manutenção da segurança hídrica do Estado.
As ações propostas neste documento buscam fazer frente a este cenário valorizando o elo com o
Sistema Estadual de Recursos Hídricos, aproximando-se dos desafios técnicos enfrentados pelas Bacias
Hidrográficas e respectivas Câmaras Técnicas. As diretrizes que pontuaram a composição das ações
estratégicas futuras são: (i) Subsidiar e participar do desenvolvimento de políticas públicas, em especial
aquelas dirigidas à garantia do uso sustentável da água subterrânea e de proteção dos aquíferos, no âmbito
do Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos em nível Estadual e Nacional; (ii) Fomentar estudos
segundo linhas de pesquisa prioritárias, de modo a gerar conhecimento aprofundado em temas
fundamentais para a proteção, aproveitamento e gestão de aquíferos; (iii) Estimular parcerias
interinstitucionais dirigidas ao desenvolvimento de pesquisas, facilitando a troca de experiências; (iv)
Promover a capacitação de profissionais e a difusão de informações técnicas, tanto básicas quanto
qualificadas.
Os resultados executivos do período anterior foram expressivos com impactos técnicos importantes,
tanto em escala regional (Águas Subterrâneas no Estado de São Paulo: Diretrizes de Utilização e Proteção),
como em escala local: projetos piloto em áreas potencialmente críticas, como, por exemplo, em Jurubatuba
(área industrial da cidade de São Paulo), São José do Rio Preto, Bauru e São José dos Campos. Ainda na escala
local, insere-se o manual de orientação para delimitação de perímetros de proteção de poços, considerado
subsidio básico para que os municípios atuem na proteção de poços de abastecimento público. Entre as
iniciativas ligadas à pesquisa aplicada, destacam-se os estudos de contaminação por nitrato (urbano e
agrícola), com propostas de medidas corretivas e preventivas. Da mesma forma, pesquisas sobre a ocorrência
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de recarga do Sistema Aquífero Guarani (SAG) através do Aquífero Serra Geral, assim como estudos de
vulnerabilidade e risco de contaminação do SAG aflorante, geraram conhecimentos para sua proteção e
bases técnicas para subsidiar instrumentos legais de gestão. A difusão do conhecimento tem sido um dos
objetivos essenciais do Projeto, com a publicação de importantes trabalhos. Merece destaque o livro “As
Águas Subterrâneas do Estado de São Paulo”, dirigida a professores do ensino médio e fundamental e a todos
os potenciais usuários desse recurso. As publicações resultantes das atividades da Ação Programada são
listadas, por tema, no item 7.
Para os próximos anos, há alguns desafios a enfrentar. Um deles, é capacitar os atores do sistema de
gestão, oferecendo materiais e cursos formativos. Outro é desenvolver métodos e ferramentas técnicas de
gestão de recursos hídricos, que sejam aplicáveis à realidade das Bacias, e fortalecer as instituições que dela
participam. Abaixo são brevemente elencadas as linhas prioritárias de projetos e ações para o período de
2017 a 2020. É preciso novamente resgatar que esta proposta foi elaborada por instituições que tem tido
participação histórica na Ação Programada e possui caráter estratégico, representativo e de forte
convergência interinstitucional.
Quadro 1. Linhas prioritárias de projetos e ações para o período de 2017 a 2020. Os projetos têm formato de
pesquisa e duração pré-definida; resultam em geração de métodos e/ou conhecimento novo e necessitam
de captação de recursos para sua execução. As ações são atividades, pelo menos em parte, incorporadas à
rotina das instituições e de execução contínua ou sem prazo determinado para terminar.
1. Incentivo à regularização de poços e integração de bancos de dados de poços
Projeto Poço Legal
Construção de um site de apoio ao usuário de poços, operando como serviço público de informações
contendo orientações gerais e específicas.
Ação “Integração de Banco de Dados de Poços”
Integração e compatibilização dos diferentes bancos de dados de poços que constituem os cadastros
institucionais, com posterior difusão unificada e simplificada aos usuários.
2. Gestão integrada dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos
Projeto “Estimativa de Recarga e Disponibilidade”
Desenvolvimento de métodos de cálculo de recarga e de disponibilidade de água subterrânea, com
estabelecimento de requisitos mínimos para os termos de referência de estudos nas demais bacias.
Projeto Piloto em bacia com poucos impactos de ocupação antrópica no Sistema Aquífero Bauru (SAB)
Projeto “Uso Conjunto de Águas Superficial e Subterrânea”
Estudo de viabilidade técnica e econômica de uso conjugado de água superficial e subterrânea em sub-
bacia piloto (com atual estresse hídrico) para fins de replicação em outras áreas.
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3. Proteção da quantidade e qualidade da água subterrânea
Projeto “Delimitação de perímetro de proteção de poços - 2ª etapa”
Delimitação de perímetro de proteção de poços em municípios com mais de 20 mil habitantes que
exploram o Sistema Aquífero Bauru, dando continuidade ao já executado no PERH 2012/2015 (120
municípios com até 20 mil habitantes).
Projeto “Estudo de áreas potencialmente críticas”
Continuação dos estudos de áreas potencialmente críticas, dando início à adoção do padrão proposto pela
CPRM para a elaboração de mapas de águas subterrâneas na escala 1:50.000.
Ação “Grupo de Trabalho do Nitrato”
Atualização do Plano de Ação para enfrentamento do problema do nitrato traçado pelo Grupo do Trabalho
em 2009.
Ação “Conservação e proteção da área de afloramento do SAG”
Aprimoramento metodológico para avaliação de vulnerabilidade e perigo de contaminação em zonas
agrícolas da APRM – SAG.
Ação “Rede Integrada de Monitoramento”
Expansão da rede integrada de monitoramento de quantidade e qualidade das águas subterrâneas.
Organização, integração (compatibilização do formato de dados) e disponibilização de dados da CETESB,
DAEE e CPRM.
4. Educação em águas subterrâneas e difusão do conhecimento
Projeto “Cursos formativos e informativos”
Treinamentos destinados a profissionais de órgãos públicos da administração estadual e municipal, assim
como aos comitês de bacia e câmeras técnicas. Cartilhas específicas a usuários empreendedores industriais
e agrícolas. Desenvolvimento de kits para escolas e comitês.
Ação “Desenvolvimento e disponibilização de banco de dados de pesquisas hidrogeológicas”
Desenvolvimento de repositório de dados de pesquisas e estudos hidrogeológicos com o objetivo de
facilitar o conhecimento do estado da arte no tema e subsidiar atores do sistema
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................... 7
2. BREVE QUADRO DE SITUAÇÃO................................................................................................ 8
3. DIRETRIZES DA AÇÃO PROGRAMADA...................................................................................... 12
4. AÇÕES EXECUTADAS NO PERÍODO 2007-2015........................................................................ 13
4.1 Produção e difusão de informações básicas sobre águas subterrâneas.......................... 13
4.2 Execução de projetos para elaboração de diretrizes de utilização e proteção dos
aquíferos................................................................................................................................
14
- Proposição de diretrizes regionais de utilização e proteção.......................................... 14
- Estudos de detalhe em áreas prováveis de restrição e controle.................................... 14
- Zoneamento de diretrizes de proteção da área de afloramento do Sistema Aquífero
Guarani no Estado de São
Paulo.....................................................................................................
16
- Delimitação de Perímetros de Proteção de Poços de Abastecimento Público –
Sistema Aquífero Bauru – Primeira Etapa.........................................................................
17
4.3 Implementação da Rede Integrada de monitoramento de qualidade e quantidade de
águas subterrâneas...............................................................................................................
18
4.4 Capacitação de recursos humanos.................................................................................. 21
4.5 Pesquisa aplicada.............................................................................................................
- Estudos de contaminação por nitrato no Sistema Aquífero Bauru................................
- Estudo sobre a recarga do Sistema Aquífero Guarani através do Aquífero Serra Geral
21
5. PROGRESSOS ALCANÇADOS.................................................................................................... 23
6. LINHAS PRIORITÁRIAS DE PROJETOS E AÇÕES PARA 2017-2020............................................. 24
7. PUBLICAÇÕES E RELATÓRIOS RESULTANTES DA AÇÃO PROGRAMADA.................................. 29
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................ 37
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AÇÃO PROGRAMADA DE DESENVOLVIMENTO E PROTEÇÃO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
NO ESTADO DE SÃO PAULO
1. INTRODUÇÃO
A exploração de água subterrânea no Estado de São Paulo tem sido intensa, sendo previsível um
aumento ainda maior nos próximos anos, em decorrência da expansão da atividade econômica e do
comprometimento das águas superficiais pela poluição. Cerca de 80% dos municípios utilizam total ou
parcialmente água subterrânea para o abastecimento público. O uso industrial deste recurso é largamente
disseminado, e a irrigação, principalmente em culturas de cítricos, é crescente. Em decorrência da exploração
intensa e não planejada, há problemas de rebaixamento dos níveis de água subterrânea por adensamento
de poços, bem como de contaminação de aquíferos, os quais levam à restrição do uso deste recurso em
alguns locais.
Diante desta situação, é necessário conhecimento cada vez mais aprofundado acerca da água
subterrânea e, neste sentido, alguns núcleos de pesquisa e de gestão em águas subterrâneas do Estado de
São Paulo, nominalmente, DAEE, IPT, CETESB e IG tem trabalhado em conjunto há mais de duas décadas,
almejando atender a quatro amplos objetivos, que são:
• Subsidiar e participar do desenvolvimento de políticas públicas, em especial as dirigidas à garantia
do uso sustentável da água subterrânea e de proteção dos aquíferos, no âmbito do Sistema de
Gerenciamento de Recursos Hídricos em nível Estadual e Nacional;
• Fomentar estudos segundo linhas de pesquisa prioritárias, de modo a gerar conhecimento
aprofundado em temas fundamentais para a proteção, aproveitamento e gestão de aquíferos;
• Estimular parcerias interinstitucionais dirigidas ao desenvolvimento de pesquisas, facilitando a
troca de experiências;
• Promover a capacitação de profissionais e a difusão de informações técnicas, tanto básicas quanto
qualificadas.
Com o objetivo de alinhar e documentar todas as ações e projetos que procuram atender aos
objetivos mencionados, em 2007 foi produzido um documento, intitulado Ação Programada de Águas
Subterrâneas no Estado de São Paulo. O presente documento atualiza e complementa aquela Ação
Programada, sintetizando o que foi realizado no período de 2007 a 2015, descrevendo os avanços alcançados
no período e propondo projetos e ações, considerados prioritários, para o período de 2017-2020. Os projetos
e ações serão orientados por um Grupo de Trabalho Interinstitucional formado preferencialmente por
profissionais da área de hidrogeologia dos órgãos públicos que atuam no Estado e das universidades, de
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modo a fortalecer e promover coesão e sinergia nas ações e nos projetos, evitar sobreposição de esforços e
de recursos, bem como potencializar resultados com maior alcance e abrangência. Faz parte deste
movimento, uma aproximação dos Comitês de Bacia e da Câmara Técnica de Águas Subterrâneas do CRH,
bem como participar de ações governamentais e subsidiar a elaboração e aplicação de legislação específica
e de normas técnicas que disciplinem a utilização e a proteção dos recursos hídricos subterrâneos.
2. BREVE QUADRO DE SITUAÇÃO
Em 2007 estimava-se a existência de 50.000 poços tubulares ativos no Estado de São Paulo, extraindo
água subterrânea dos oito aquíferos principais (Quadro 1). Este número aumentou de forma expressiva na
última década, sendo a escassez de água superficial um dos fatores responsáveis por tal aumento.
O Mapa de Águas Subterrâneas do Estado de São Paulo (2005) apresenta um panorama das
condições de ocorrência e das potencialidades dos aquíferos. Na nota explicativa do Mapa é feito um
diagnóstico da situação da época, por meio de três grupos de indicadores: disponibilidade, qualidade e
dependência (Quadro 2).
No geral, as reservas exploráveis de água subterrânea são bem maiores do que a demanda atual, que
é da ordem de 12%, evidenciando a importância estratégica dos aquíferos na maioria das unidades de
gerenciamento. No entanto o recurso já está em boa parte comprometido nas UGRHIs Turvo Grande (52%),
Pardo (44%) e Alto Tietê (41%).
Com relação à qualidade natural os dados disponíveis mostram que, de modo geral, as águas
apresentam excelente qualidade com exceção de alguns casos, como os das UGRHIs São José dos Dourados
(32% dos municípios com teor excessivo de cromo) e Turvo-Grande (19% com teor excessivo de flúor) e
teores excessivos de nitrato no Sistema Aquífero Bauru.
Mais preocupante é a contaminação. De acordo com a CETESB, o inventário de áreas contaminadas
mostra que, em novembro de 2006, existiam 1822 casos confirmados de contaminação, de um universo de
dezenas de milhares de fontes potenciais de contaminação. Ao final de 2015, o total de áreas contaminadas
era 5376 (CETESB, 2016), sendo que 680 áreas estavam reabilitadas para o uso declarado e 1307 áreas
estavam em processo de monitoramento para encerramento.
Desse total, a maioria (74%) refere-se a postos de combustíveis líquidos. As principais substâncias
contaminantes são: hidrocarbonetos aromáticos, hidrocarbonetos policíclicos, metais e solventes
halogenados.
A maior parte das áreas contaminadas situa-se na UGRHI Alto Tietê (Figura 1).
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As águas subterrâneas são amplamente utilizadas em todo o Estado, especialmente no
abastecimento público: 80% dos municípios são abastecidos, total ou parcialmente por água de poços,
especialmente nas porções norte, central e oeste do estado (Figura 2).
Quadro 1 - Principais aquíferos do Estado de São Paulo - características gerais e exploração (Adaptado de PERH, 2004/2007 e de DAEE/UNESP, 2013).
Aquífero Área (km2)
Classificação Vazão potencial
(m3/h)
Nº estimado de poços (em 2007)
Bauru 107.000 Extensão regional, livre a localmente confinado; porosidade intergranular; contínuo e não uniforme
10 a 80 10.000
Basaltos e Diabásios
34.830
Extensão regional, porosidade dada por fraturas, contínuo, heterogêneo, caráter eventual, livre a semi-confinado
7 a 100 7.000
Gu
aran
i Aflorante 13.960 Extensão regional, porosidade intergranular, homogêneo e regionalmente livre
20 a 80 1.000
confinado 141.824 Extensão regional, porosidade intergranular, homogêneo e dominantemente confinado
80 a 360 1.000
Tubarão 25.220 Extensão regional, intergranular (localmente fraturado), livre a semi-confinado, heterogêneo, descontínuo, anisotrópico (localmente contínuo e isotrópico)
10 a 40 7.000
São Paulo 746 Extensão limitada, porosidade intergranular, descontínuo, livre a localmente semi-confinado.
5 a 40 5.000
Taubaté 2370 Extensão limitada, porosidade intergranular, multicamadas com alternância de camadas arenosas e argilosas; livre a semi confinado
10 a 120 3.000
Litorâneo 3.520 Distribuição irregular, extensão limitada, porosidade intergranular, livre.
2 a 20 1.000
Cristalino 61.310
Extensão regional, porosidade dada por fraturas, anisotrópico, descontínuo, heterogêneo, caráter eventual
3 a 20 15.000
Total estimado de poços 50.000
10
Quadro 2 – Resumo dos indicadores de águas subterrâneas (DAEE/IG/IPT/CPRM 2005, Mapa de Águas Subterrâneas do Estado de São Paulo).
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Figura 1 - Áreas contaminadas no Estado de São Paulo (por UGRHI) (CETESB, 2016)
Figura 2 – Uso da água subterrânea para abastecimento público no Estado de São Paulo (CETESB, 2007).
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3. DIRETRIZES DA AÇÃO PROGRAMADA
A ação programada teve, para o período 2008-2015, as seguintes diretrizes:
- Promover pesquisa e desenvolvimento. Objetiva fomentar estudos segundo linhas de pesquisa
prioritárias, de modo a gerar conhecimento aprofundado e que preencha as atuais lacunas existentes em
temas fundamentais para a proteção e gestão de aquíferos. Tal produção de conhecimento deve ser
desenvolvida inter-institucionalmente para facilitar a troca de experiências, e evitar duplicação de esforços
e, ao mesmo tempo promover a capacitação de profissionais e a difusão de informação técnica qualificada.
- Elaborar diretrizes de utilização e proteção dos aquíferos. Isto vem ao encontro de uma das metas
estratégicas do Plano Estadual de Recursos Hídricos que é a realização de levantamentos e estudos básicos
necessários para o suporte da base de dados de recursos hídricos do Estado.
- Incentivar boas práticas de perfuração bem como a legalização de poços. Apesar das exigências
legais, há um grande número de poços irregulares, perfurados indiscriminadamente, sem autorização e sem
responsável técnico habilitado. Ações são necessárias com relação à conscientização dos usuários do recurso
para incentivar a legalização dos poços.
- Fortalecer a rede integrada de monitoramento de qualidade e quantidade de águas subterrâneas.
O monitoramento regional da qualidade das águas subterrâneas é executado pela CETESB, em atendimento
ao regulamento da Lei nº 997 de 1976, aprovado pelo Decreto Estadual nº 8.468/76, e ao Decreto Estadual
nº 32.955/91. A rede de monitoramento de qualidade começou a ser efetivamente operada em 1990 e tem
como principal objetivo subsidiar as ações de prevenção e controle da poluição do solo e da água
subterrânea. No ano 2009, o monitoramento da qualidade (coletas para análises químicas pela CETESB) e
quantidade (medição do nível d’água pelo DAEE) passou a ser integrado e a utilizar os mesmos poços.
- Produzir e difundir informações básicas sobre águas subterrâneas. Esta é a diretriz fundamental
do Programa. Visa superar a “barreira de desconhecimento” sobre a ocorrência, circulação e potencial de
abastecimento por água subterrânea e pretende atingir um público variado abrangendo, entre outros,
técnicos de órgãos que lidam com algum aspecto do recurso hídrico e usuários de água subterrânea em geral.
- Capacitar recursos humanos. Esta capacitação de recursos humanos vincula-se estreitamente com
a “difusão de informações”. Os cursos devem ser tanto informativos como de capacitação.
No item 4 são descritos os projetos e ações realizados no período de 2007 a 2015 que atenderam às
diretrizes descritas acima. Na sequência, no item 5, são descritos os progressos alcançados no período.
13
4. AÇÕES EXECUTADAS NO PERÍODO 2008-2015
Neste item são descritos os projetos e ações realizados no período de 2008 a 2015 que atenderam
às diretrizes descritas anteriormente.
4.1. Produção e difusão de informações básicas sobre águas subterrâneas
No período de 2007 a 2015, cartilhas e manuais, com informações básicas, foram elaboradas e
disponibilizadas em publicações impressas e nos sites institucionais, cada uma voltada para um segmento
preferencial do público (Quadro 3).
Quadro 3. Relação de publicações produzidas no período de 2007 a 2015.
Publicação Conteúdo Público alvo
1) Águas Subterrâneas: Um valioso recurso que requer proteção – CEPIS/OPAS
(autoria: Rosa Beatriz Gouvêa da Silva)
(publicação DAEE - reimpressão)
Informações básicas sobre a ocorrência de água subterrânea e os riscos de poluição dos aquíferos
Dirigido aos professores da rede pública e ao público geral
2)As Águas Subterrâneas do Estado de São Paulo
(publicação do Instituto Geológico)
Informações básicas sobre as águas subterrâneas e os tipos de captação; descrição sucinta dos aquíferos do Estado de São Paulo e suas potencialidades, ameaças à qualidade da água, formas de proteção dos aquíferos e introdução ao sistema de gerenciamento dos recursos hídricos do Estado de São Paulo.
Dirigido ao público potencial usuário de água subterrânea e aos professores da rede pública
3) Manual de operação e manutenção de poços
(autoria Antonio Ferrer Jorba e Gerôncio Albuquerque Rocha)
(publicação DAEE - reimpressão)
Indicações de procedimentos adequados para operação e manutenção de captações de água subterrânea
Dirigido ao usuário da água subterrânea
4) Roteiro Orientativo para Delimitação de Área de Proteção de Poço
Subsídios para a delimitação do Perímetro de Alerta de poços destinados ao abastecimento público
Profissionais da área e gestores dos setores de recursos hídricos, meio ambiente e planejamento
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4.2. Execução de projetos para elaboração de diretrizes de utilização e proteção dos aquíferos
A seguir são descritos oito projetos realizados no período 2008 a 2012, todos financiados com
recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FEHIDRO.
Proposição de diretrizes regionais de utilização e proteção
Este projeto realizou o inventário de poços em 15 Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos,
onde a água subterrânea tem relevância no abastecimento, acompanhado dos trabalhos de zoneamento do
uso do solo e da vulnerabilidade à contaminação e de diretrizes de proteção dos aquíferos. A escala de
trabalho foi regional (1:250.000) e compreendeu as seguintes etapas.
• Levantamento das bacias do leste, compreendendo as UGRHI’s Paraíba do Sul, Alto
Tietê, Piracicaba Capivari-Jundiaí, Tietê-Sorocaba, Mogi-Guaçu e Pardo. Foi finalizado em dezembro
de 2010.
• Levantamento das bacias do oeste, compreendendo as UGRHI’s Tietê-Jacaré, Turvo-
Grande, São José dos Dourados, Tietê-Batalha, Baixo Tietê, Aguapeí, Peixe, Médio Paranapanema e
Pontal do Paranapanema. Finalizado em dezembro de 2011.
A publicação Águas Subterrâneas no Estado de São Paulo. Diretrizes de Utilização e Proteção
(DAEE/UNESP, 2013) reúne os resultados obtidos, nas duas etapas, para todo o Estado de São Paulo.
O principal objetivo do trabalho foi dotar os comitês de bacia de um sistema de informações
geográficas atualizado, ferramenta básica para a gestão dos aquíferos.
Estudos de detalhe em áreas prováveis de restrição e controle
A Câmara Técnica de Águas Subterrâneas do Conselho Estadual de Recursos Hídricos elaborou
proposta de “diretrizes e procedimentos para definição de áreas de restrição e controle da captação e uso
das águas subterrâneas”, aprovada pela Deliberação CRH n.º 052 de 15.04.2005. A adoção de medidas de
restrição e controle foram precedidas por estudos hidrogeológicos comprobatórios nas áreas
potencialmente críticas, bem como o levantamento da quantidade e qualidade da água subterrânea e das
fontes de contaminação.
Os estudos foram realizados em cinco áreas críticas (Figura 4, Quadro 4) e abrangeram as seguintes
atividades: 1) elaboração de base cartográfica plani-altimétrica em sistema de informações geográficas – SIG;
15
2) caracterização da quantidade das águas subterrâneas; 3) caracterização da qualidade das águas
subterrâneas; 4) proposição de medidas de restrição e controle da captação e uso das águas subterrâneas.
Quadro 4 - Áreas críticas em que estudos hidrogeológicos foram realizados. Para localização ver Figura 4.
Área I: Sistema Aquífero Bauru (SAB), município de São José do Rio Preto. O estudo foi voltado à verificação de possíveis abatimento dos níveis d’água, devido à intensa exploração por condomínios, comércio, pequenas indústrias, entre outros, bem como de contaminação das águas subterrâneas, principalmente por nitrato, dentro da área urbana mais antiga. Finalizado em dezembro/2008. Publicação “Projeto São José do Rio Preto. Restrição e controle de uso da água subterrânea. 2012. Cadernos do Projeto Ambiental Estratégico Aquíferos, no 4.”
Área II: Projeto Jurubatuba (Figura 4), Aquífero Fraturado na sub-bacia Jurubatuba, na Zona Sul do município de São Paulo com rochas sedimentares recobrindo rochas cristalinas. Nesta áea, por ter havido intensa atividade industrial, predominam problemas de contaminação das águas subterrâneas por solventes clorados. O aquífero mais explorado é do tipo cristalino fraturado, o que eleva a complexidade da circulação da água subterrânea e dos contaminantes.
Finalizado em dezembro/2008. Publicação “Projeto Jurubatuba. Restrição e controle de uso da água
subterrânea. 2012. Cadernos do Projeto Ambiental Estratégico Aquíferos, no 1.”
Área III: Projeto ARC-Tubarão, Aquíferos Tubarão e Fraturado, em porções das bacias dos rios Capivari e Jundiaí, abrangendo os municípios de Indaiatuba, Monte Mor, Elias Fausto, Salto, Capivari e Rafard. A região apresenta crescente demanda por água subterrânea e o potencial de exploração foi estudado com o intuito de identificar áreas de restrição e controle.
Finalizado em Fevereiro/2013. Publicação: Identificação de áreas potenciais de restrição e controle de captação e uso das águas subterrâneas na porção sul da UGRHI 05 - Projeto ARC-TUB1
Área IV: Projeto Nitrato-SAB, Aquíferos Bauru (SAB) e Guarani (SAG), município de Bauru. A região apresenta elevada complexidade nas condições de recarga e circulação das águas subterrâneas, com ocorrência do SAB diretamente sobre o Sistema Aquífero Guarani, já que este último, na porção central do município, não é recoberto pelas camadas protetoras da Formação Serra Geral. Há risco de contaminação, principalmente por nitrato, em ambos aquíferos.
Finalizado em Junho/2015. Publicação: Diagnóstico hidrogeológico e a elaboração de propostas para a
gestão dos recursos hídricos subterrâneos no Município de Bauru, no Estado de São Paulo
Área V: Projeto Jacareí-São José dos Campos-Caçapava, Aquífero Taubaté, região com elevada dependência de água subterrânea, inclusive para o abastecimento público. Há indícios de rebaixamento dos níveis de água devido ao adensamento de poços, além de elevada concentração de atividades com potencial de gerar carga contaminante.
Finalizado em Dezembro/2015. Publicação: Diagnóstico hidrogeológico e a elaboração de propostas para a
gestão dos recursos hídricos subterrâneos no eixo Jacareí – São José dos Campos–Caçapava, no Estado de São Paulo
16
Zoneamento de diretrizes de proteção da área de afloramento do Sistema Aquífero Guarani no Estado de São Paulo
O Sistema Aquífero Guarani (SAG) no Estado de São Paulo caracteriza-se como manancial de
interesse regional e as atividades econômicas em sua área de afloramento (Figura 3) impõem a elaboração
de um Plano de Desenvolvimento e Proteção Ambiental – PDPA com vistas à formulação da Lei Específica da
Área de Proteção e Recuperação de Mananciais do SAG (APRM Aquífero Guarani). Assim, foi desenvolvido
um diagnóstico para subsidiar a elaboração de um PDPA.
Cerca de 2 mil poços exploram o SAG, que ocupa cerca de 160 mil quilômetros quadrados do Estado
de São Paulo, sendo 15% em área exposta (afloramento), no centro do Estado, e 85% em área confinada, na
porção ocidental.
O zoneamento de diretrizes de proteção da área de afloramento do SAG obteve os seguintes
produtos:
• Banco de dados e mapas temáticos em ambiente SIG;
• Mapa da área de afloramento do SAG no Estado de São Paulo, nas escalas 1:250.000 e
1:50.000;
• Cadastro dos poços tubulares e análises físico-químicas e bacteriológicas das águas;
• Cadastro das fontes potenciais de poluição pontuais e difusas e sua classificação quanto ao
risco de poluição das águas subterrâneas;
• Mapa de vulnerabilidade e risco de poluição do SAG, na área aflorante, na escala 1:250.000
e de áreas críticas quanto ao risco de poluição;
• Indicação de restrições de atividades e de usos compatíveis para cada uma das zonas
definidas;
• Indicação das ações necessárias à proteção da área de afloramento do SAG no Estado de São
Paulo;
• Proposição de Minuta de Lei visando a Proteção e Recuperação de Mananciais na APRM
Aquífero Guarani;
Este trabalho foi finalizado em 2010 e elaborada a publicação “Sistema Aquífero Guarani. Subsídios
ao Plano de Desenvolvimento e Proteção Ambiental da Área de Afloramento do SAG no Estado de São Paulo.
Cadernos do Projeto Ambiental Estratégico Aquíferos, no 5”.
17
UGRHIs do Estado de São
Paulo e áreas de exposição
do SAB (azul claro) e do
SAG.
120 municípios
abastecidos
pelo Sistema
Aquífero
Bauru, com
delimitação do
Perímetro de
Alerta no
projeto “PPP-
SAB”
Área de exposição do Sistema Aquífero Bauru (SAB) objeto de estudo de contaminação por nitrato
Área de
abrangência do
projeto “Zoneamento de
diretrizes de proteção Sistema
Aquífero Guarani
(SAG)”
Áreas de
Restrição
e Controle
estudadas
no projeto
Nitrato-
SAB
Área de Restrição e Controle estudada
no projeto “São José do Rio Preto”
Área de Restrição e
Controle estudada
no projeto “Jacareí-
São José dos
Campos-Caçapava”
Área de Restrição e
Controle estudada
no projeto
“Jurubatuba”
Área de
Restrição e
Controle
estudada no
projeto
“ARC-
Tubarão”
Figura 3 - Áreas estudadas pelos projetos “Nitrato” e de “Proteção do Sistema Aquífero Guarani”
Figura 4 - Áreas estudadas pelos projetos “PPP-SAB” e “Áreas de Restrição e Controle”
18
Delimitação de Perímetros de Proteção de Poços de Abastecimento Público no Sistema Aquífero Bauru (PPP-SAB) – Primeira Etapa
A implantação do Perímetro de Alerta, definido no Decreto Estadual nº 32.955/1991, é um dos
instrumentos legais que enfocam a proteção das captações de água subterrânea utilizada para o
abastecimento das populações.
Buscando atender as estratégias definidas no PERH 2012/2015, no subitem 4.1.1.1, que visa
“estabelecer o perímetro de proteção dos poços destinados ao abastecimento público de água”, a Câmara
Técnica de Águas Subterrâneas (CT-AS) do CRH, em reunião geral conjunta com representantes dos CBHs,
em 1/3/2012, recomendou ao CORHI a execução deste projeto, voltado à delimitação do Perímetro de Alerta
de poços de abastecimento público que explotam o Sistema Aquífero Bauru.
Desenvolvido em 120 municípios com até 20 mil habitantes (Figura 3), localizados nas UGRHIs 12 e
15 a 22, este estudo delimitou o Perímetro de Alerta e realizou um diagnóstico da proteção sanitária de 731
poços de abastecimento público.
Os resultados foram consolidados nos seguintes produtos:
• Cadastro dos poços tubulares destinados ao abastecimento público e das fontes
pontenciais de contaminação;
• Ficha dos poços com a delimitação do Perímetro de Alerta, levantamento das fontes
potenciais de contaminação e diagnóstico da proteção sanitária;
• Sistema Visualizador das Informações baseado na plataforma do Google Earth ™.
Este trabalho foi concluído em Fevereiro/2016, e a publicação resultante está finalizada.
4.3 Implementação da rede integrada de monitoramento de qualidade e quantidade de águas subterrâneas
No Estado há dois tipos de monitoramento das águas subterrâneas, um implantado pela CETESB, que
é destinado a avaliar a qualidade da água bruta dos poços tubulares profundos principalmente dos sistemas
públicos de abastecimento, e outro, mais recente, destinado a verificar, de forma integrada, as condições de
qualidade e de quantidade (armazenamento) das águas subterrâneas dos aquíferos freáticos, cujas
atividades são realizadas em parceria entre o DAEE e a CETESB.
19
O monitoramento estadual da qualidade das águas subterrâneas é executado pela CETESB, em
atendimento ao regulamento da Lei nº 997 de 1976, aprovado pelo Decreto Estadual nº 8.468/76, e ao
Decreto Estadual nº 32.955/91. A rede de monitoramento começou a ser efetivamente operada em 1990 e
tem como principal objetivo subsidiar as ações de prevenção e controle da poluição do solo e da água
subterrânea, pelos órgãos competentes. Atualmente é constituída por 300 pontos de amostragem (Figura 3)
selecionados principalmente entre os poços de abastecimento público, de forma a abranger os principais
aquíferos. As coletas semestrais de amostras de água para determinação de mais de 50 parâmetros, são
realizadas em poços de 100 a mais de 1000 metros de profundidade. O Relatório “Qualidade das Águas
Subterrâneas do Estado de São Paulo no triênio 2013-2015” está disponível em
http://www.cetesb.sp.gov.br/Solo/relatorios.asp e apresenta os resultados por aquífero e por UGRHI. A
Figura 5 apresenta a rede de qualidade dos aquíferos do Estado de São Paulo, operada pela CETESB.
O monitoramento estadual de quantidade das águas subterrâneas foi implantado pelo Centro de
Tecnologia em Hidráulica (CTH) do DAEE, com recursos do FEHIDRO, em 2009. A rede estadual permite o
monitoramento integrado de quantidade e qualidade. Nesta rede, o nível d’água é mensurado diariamente,
por funcionários das propriedades agrícolas onde se localizam os poços de monitoramento. Os poços tem
profundidade média de 40m, e estão preferencialmente distantes de influências antrópicas no nível d’água,
tais como poços em bombeamento e barragens. O monitoramento de qualidade é realizado pela CETESB com
frequência semestral, da mesma forma que na rede estadual de qualidade.
Inicialmente, cinco poços foram instalados na área de recarga do Sistema Aquífero Guarani (SAG) e
os demais no Sistema Aquífero Bauru (SAB), totalizando 21 poços de monitoramento. Em 2015, o número
passou para 28 pontos. Prevê-se que cerca de 50 novos poços serão perfurados até 2018, com recursos do
FEHIDRO e do BIRD/Banco Mundial. A rede nacional de monitoramento (CPRM) complementa o
monitoramento integrado operando desde 2010. Atualmente a Rede RIMAS (Rede de Monitoramento de
Águas Subterrâneas do Brasil) contempla 17 poços de monitoramento no Estado de São Paulo, sendo que 4
monitoram o SAG e 13 monitoram o SAB. A Figura 6 apresenta a rede integrada de qualidade-quantidade
dos aquíferos do Estado de São Paulo.
Os parâmetros do monitoramento de qualidade das águas subterrâneas foram selecionados em
função das características hidrogeológicas e hidrogeoquímicas dos aquíferos, dos usos preponderantes de
cada área geográfica, das fontes de poluição e outros critérios técnicos definidos pela CETESB e CPRM. Os
parâmetros mínimos monitorados são: pH, sólidos totais dissolvidos, turbidez, condutividade elétrica,
nitrato, coliformes termo-tolerantes e profundidade do nível d’água.
20
Figura 5 - Localização dos poços de monitoramento de qualidade das águas subterrâneas do Estado de São Paulo, em 2015.
Figura 6 - Localização dos poços de monitoramento integrado qualidade – quantidade das águas subterrâneas do Estado de São Paulo, em 2015
21
4.4 Capacitação de recursos humanos
Os cursos de capacitação ministrados no período de 2008 a 2015 foram de dois tipos: 1) Cursos
informativos básicos, destinados aos comitês de bacia, câmaras técnicas e professores da rede de ensino; e
2) Cursos de treinamento, destinados a profissionais da área tecnológica da administração estadual e
municipal. O Quadro 5 elenca os cursos ministrados.
Quadro 5. Cursos de capacitação realizados.
Cursos informativos básicos
Nome do curso Instituição responsável
Tema principal Carga horária Local
As Águas Subterrâneas do Estado de São Paulo
IG CETESB
Conceitos básicos sobre aquíferos do Estado de São Paulo e formas de captação e proteção da água subterrânea. Foram ministrados em 2009 (3 municípios), 2010 (2 municípios), 2011 (1 município) e 2012 (3 municípios)
16 horas Avaré Marília
Ribeirão Preto São José dos Campos Campinas (2 vezes)
Presidente Prudente Bauru
4.5 Pesquisa aplicada
Pesquisas aplicadas foram desenvolvidas com relação a dois temas: contaminação do Sistema
Aquífero Bauru por nitrato em áreas urbanas e rurais; e recarga do Sistema Aquífero Guarani através do
Aquífero Serra Geral. A motivação, áreas de abrangência e principais resultados destes estudos são descritos
abaixo.
Estudos de contaminação do Sistema Aquífero Bauru por nitrato
Concentrações de nitrato elevadas, até mesmo acima do padrão de potabilidade (10 mg/L N-NO3-),
foram encontradas em vários poços tubulares e cacimbas, situados nas áreas urbanas e rurais de diversos
municípios do Estado de São Paulo, que exploram o Sistema Aquífero Bauru (SAB) para abastecimento
público. Tais concentrações ocorrem nos municípios de Bauru, Presidente Prudente, São José do Rio Preto,
Monte Azul Paulista, Bastos, entre outros. Os sistemas de saneamento (fugas das redes de esgoto e fossas)
e o uso inadequado de fertilizantes são as principais fontes potenciais desse contaminante.
Para enfrentar este problema foi criado o Grupo de Trabalho Nitrato, composto por representantes
de várias instituições (IG/SMA-coordenação, CRHi, CETESB, CVS, IPT, DAEE e IGc/USP, entre outros), com o
objetivo de propor ações de curto e médio prazo para caracterizar, entender e controlar a problemática da
contaminação por nitrato no SAB, que ocupa uma superfície de aproximadamente 96.000 km2 e é
22
considerado a maior unidade hidrogeológica em área exposta do Estado de São Paulo (Figura 3). Cerca de
240 municípios do centro-oeste e noroeste paulista são parcial ou totalmente abastecidos pelas águas do
SAB. Este aquífero é do tipo livre e totalmente aflorante, o que facilita e diminui os custos de perfuração de
poços tubulares, mas torna-o bastante vulnerável à contaminação antrópica.
As pesquisas da Ação Programada foram realizadas nas áreas urbanas dos municípios de Bauru,
Marília, Presidente Prudente e Urânia, e na área rural do município de Bastos. O desenvolvimento dos
estudos contou com recursos FEHIDRO, FAPESP e do Instituto Geológico. Esta ação produziu inúmeras
publicações que estão listados no item 7. O Grupo de Trabalho Nitrato está, neste ano, finalizando suas
atividades, que passaram para o âmbito da Câmara Técnica de Águas Subterrâneas do CRH a partir de 2011.
Estudos sobre a recarga do Sistema Aquífero Guarani através do Aquífero Serra Geral
O Sistema Aquífero Guarani (SAG) é o mais importante e estratégico manancial de água potável do
Brasil, que na sua área de afloramento é ameaçado, em termos de qualidade e quantidade, pelas atividades
de grandes centros urbanos. Em parte dessas áreas urbanas, o SAG é recoberto pelos basaltos do Aquífero
Serra Geral – ASG. Assim as pesquisas contribuiram para o entendimento e a quantificação do fluxo vertical
através dos basaltos, bem como sua conexão com o SAG, pois este, em existindo, interfere tanto na
disponibilidade hídrica, como na vulnerabilidade à poluição do SAG.
O primeiro estudo – FRATASG I, coordenado e em grande parte executado pelo Instituto Geológico,
contou com parcerias da USP, Serviço Geológico Americano - USGS, e Universidade de Quebec em Chicoutimi
– UQAC e foi realizado no distrito de Bonfim Paulista, município de Ribeirão Preto. O projeto empregou de
forma pioneira no país, uma gama de métodos tradicionais e avançados tais como: geologia de detalhe com
ênfase no estudo de fraturas, perfilagens em poços construídos no projeto, testes hidráulicos com a utilização
de obturadores; testes com traçadores; coleta de água e realização de análises hidrogeoquímicas e isotópicas
em águas do SAG e do ASG. O projeto concluiu que a recarga do SAG através do ASG é apenas localizada e
dá-se através de zonas de fraturas subverticais, cuja localização deve sempre ser investigada de forma
detalhada.
O segundo estudo – FRATASG II, realizado pelo Instituto Geológico, abrangeu a área de afloramento
dos basaltos do ASG entre Araraquara e Avaré, permitindo uma comparação com os resultados do FRATASG
I, bem como avanços no entendimento do fluxo da água subterrânea no ASG para uma área de abrangência
regional.
O desenvolvimento dos estudos contou com recursos da FAPESP e do Instituto Geológico. Os
trabalhos publicados são listados no item 7.
23
Figura – 7. Áreas de estudo dos projetos FRATASG I (município de Ribeirão Preto) e II (área de
afloramento do Aquífero Serra Geral entre Araraquara e Avaré) que estudaram o potencial de recarga
do Sistema Aquífero Guarani através do Aquífero Serra Geral. Fonte: Fernandes et al. (2016).
5. PROGRESSOS ALCANÇADOS
A Ação Programada tem sido o lugar de convergência das iniciativas e ações dos órgãos e entidades
ligados aos recursos hídricos subterrâneos.
No campo da gestão, em escala regional, sobressaíram os estudos de “diretrizes de utilização e
proteção das águas subterrâneas” cuja síntese dos resultados encontra-se na publicação Águas Subterrâneas
24
no Estado de São Paulo - Diretrizes de Utilização e Proteção (DAEE/UNESP, 2013). Na escala local, o foco se
concentrou em estudos hidrogeológicos de detalhe e, quando confirmada a super-explotação ou
contaminação, foi proposta a delimitação de áreas de restrição e controle da captação e utilização de águas
subterrâneas. Concebidos como projetos piloto em áreas potencialmente críticas, foram aplicados com
sucesso procedimentos metodológicos para as áreas de: Jurubatuba, município de São Paulo (aquífero
fraturado),e São José do Rio Preto (Sistema Aquífero Bauru), município de Bauru (aquíferos Bauru e Guarani)
e na região de São José dos Campos (Aquífero Taubaté). As publicações resultantes destes estudos constam
no item 7. A continuidade de tais estudos, em outras áreas potencialmente críticas, propiciará tomadas de
decisão melhor fundamentadas, por parte dos órgãos responsáveis pela outorga de direito de uso e
licenciamento ambiental.
De modo a atender os 120 municípios do oeste paulista, com até 20 mil habitantes e que possuem
recursos e equipe técnica mais limitada, foram delimitados Perímetro de Alerta em 731 poços que utilizam o
Aquífero Bauru para abastecimento público, aquífero livre e mais vulnerável à contaminação por atividades
antrópicas.
Entre as iniciativas ligadas à pesquisa aplicada, destacam-se os estudos de contaminação por nitrato,
em áreas urbanas e agrícolas, com o fim de subsidiar as medidas corretivas e preventivas para o problema.
Da mesma forma, as pesquisas sobre a ocorrência de recarga do Sistema Aquífero Guarani (SAG) através do
Aquífero Serra Geral geraram conhecimentos úteis para a sua proteção. Ainda com foco na prevenção, foi
desenvolvido o estudo de vulnerabilidade e risco de contaminação do SAG aflorante, como base técnica para
subsidiar adoção de ferramenta jurídica de proteção desta área.
Com relação à difusão do conhecimento, um dos objetivos essenciais da Ação Programada, foram
produzidas ou reimpressas algumas publicações listadas no item 7.
6. LINHAS PRIORITÁRIAS DE PROJETOS E AÇÕES PARA 2017-2020
Para os próximos anos, há alguns desafios a superar. Um deles é a consolidação de uma rede de
instituições voltadas para gestão integrada dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Os projetos
propostos nesta linha de ação estão no quadro 6, assim como os projetos relacionados com a proteção da
quantidade e qualidade da água subterrânea.
A água subterrânea ainda é muito pouco compreendida pelo usuário, ou mesmo por profissionais de
órgãos públicos que trabalham em áreas, tais como a ambiental e saúde, que necessitam de conhecimento
básico sobre o recurso hídrico subterrâneo para desempenhar adequadamente suas funções. Assim é
necessário produzir outros materiais didáticos, e fazer com que sejam amplamente divulgado e distribuído,
25
bem como oferecer cursos de caráter formativo para aqueles profissionais e informativo para o público em
geral (linha de ação Educação em Água Subterrânea, Quadro 6). O poder fiscalizador do Estado é limitado e
apenas uma conscientização ampla da população deverá produzir os efeitos necessários à preservação dos
recursos hídricos. Neste sentido, o enlace das universidades junto à Ação Programada deverá ser reforçado.
Abaixo são elencadas as linhas, bem como seus projetos e ações, consideradas prioritárias para o
período 2017-2020.
1. Campanha de conscientização do usuário para incentivar a regularização de poços
Projeto “Poço Legal”
O projeto Incentivo à Regularização de Poços, também denominado de “Poço Legal”, tem prioridade
máxima na Ação Programada. Consiste em construir um site de apoio ao usuário de poços, operando como
serviço público de informações, e contemplando: orientações para perfuração e regularização; projeto
típico de poço; localização do futuro poço com relação a poços já existentes (e presentes no cadastro
outorga) e a áreas contaminadas; cálculo do custo de extração a partir do fornecimento da vazão desejada
e da bomba a utilizar; avaliação da qualidade da água a partir do fornecimento dos dados obtidos em
análises químicas, levando a uma orientação específica; medidas de proteção e manutenção. Tem forte
interface com o projeto de Cursos Formativos e Informativos, descrito mais adiante, pois ambos lidam
diretamente com a informação do usuário, visando conscientização com relação às práticas de bom uso e
de proteção do recurso hídrico subterrâneo. Os materiais produzidos para o “Poço Legal” e para os cursos
devem ser planejados em conjunto.
Ação “Integração de Banco de Dados de Poços”
O objetivo desta integração é implementar um banco de dados unificado, em plataforma digital a ser
definida, que seja acessível aos usuários e ao público interessado. A integração e compatibilização dos
diferentes bancos de dados de poços, que constituem os cadastros institucionais, estão a cargo do GT-
Cadastro (CPRM, DAEE e CETESB).
2. Gestão integrada dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos
Projeto “Estimativa de Recarga e Disponibilidade”
Um projeto piloto de “Estimativa de Recarga e Disponibilidade” é fundamental para dar suporte à outorga
e à gestão integrada, e para elaborar planos de bacia. O Estado de São Paulo apresenta forte carência
deste tipo de conhecimento e o projeto desenvolverá métodos de cálculo de recarga e de disponibilidade
de água subterrânea, com um bom rigor técnico, buscando o cálculo do armazenamento. Isto possibilitará
a identificação de requisitos mínimos que devem constar em termos de referência de projetos de
26
estimativa de recarga e disponibilidade hídrica subterrânea, a serem aplicados nas diversas bacias do
Estado.
Trata-se de estudo de longo prazo, em uma bacia maior (quando comparada ao projeto de uso integrado,
descrito mais adiante) e o mais próxima possível de suas condições naturais, ou seja, sem áreas de restrição
e controle e sem estresse hídrico. De modo a propiciar otimização de tempo e recursos, a área selecionada
para o estudo já deve apresentar alguns dados disponíveis, bem como equipamentos instalados (poços da
rede de monitoramento com séries históricas, estações fluviométricas e pluviométricas). Numa primeira
fase, poderá ser feita uma avaliação dos dados disponíveis, cujos resultados, na medida do necessário, já
possam ser utilizados para o plano de bacia. A locação de novos poços da rede de monitoramento pode
ser direcionada para a bacia selecionada.
Considera-se que a área deve estar situada no Sistema Aquífero Bauru, em vista da importância deste
aquífero para o abastecimento público de toda a porção oeste do Estado. A princípio sugere-se a Bacia do
Rio do Peixe, pois esta apresenta: expressiva importância de água subterrânea; arcabouço geológico
relativamente homogêneo (Grupo Bauru); estações fluviométricas e pluviométricas com registros
históricos maiores que 10 anos; e poços da rede de monitoramento com registros de quantidade e
qualidade com a maior série histórica possível.
Projeto “Uso Conjunto de Águas Superficial e Subterrânea”
Este projeto consistirá em estudo de viabilidade técnica e econômica de uso conjunto de água superficial
e subterrânea, contemplando também o aspecto da qualidade, visando elaboração de um plano de
segurança hídrica (contemplando plano de contingência e viabilizando minimização dos impactos das
crises) em sub-bacia com estresse hídrico. Propõe-se o eixo Fernandópolis-São José do Rio Preto, que,
além de se situar em uma região com estresse hídrico, é classificada como uma área com restrição
(DAEE/UNESP 2013, Águas Subterrâneas do Estado de São Paulo – Diretrizes de Utilização e Proteção). São
José do Rio Preto já foi alvo de estudo da Ação Programada, e isso permitirá tanto otimização de custos,
em vista de já apresentar uma gama de dados existentes, bem como uma evolução e aprofundamento do
conhecimento. O uso conjunto dos recursos hídricos subterrâneo e superficial será avaliado a partir de
uma abordagem econômica, com análise da evolução dos custos ao longo do tempo. O método a ser
utilizado é de baixo custo, pois não envolverá aquisição de novos dados.
O projeto definirá os requisitos mínimos que devem constar em termo de referência, para viabilizar a
replicção do estudo nas demais bacias ou municípios, que contenham áreas de restrição e que necessitem
do uso conjunto para viabilizar sua segurança hídrica.
3. Proteção da quantidade e qualidade da água subterrânea
Projeto “Delimitação de perímetro de proteção de poços - 2ª etapa”
Buscando atender as estratégias estabelecidas no PERH 2012/2015, foi desenvolvido um projeto de
delimitação de perímetro de proteção dos poços, que explotam o Sistema Aquífero Bauru, destinados ao
27
abastecimento público de água, em 120 municípios com até 20 mil habitantes. Este projeto também
realizou um diagnóstico da proteção sanitária de 731 poços de abastecimento público.
Nos mesmos moldes, propõe-se agora um novo projeto, também no Sistema Aquífero Bauru, para os 118
municípios desta região, que contem entre 20 e 50 mil habitantes.
O projeto deverá contemplar uma ampla divulgação dos resultados, bem como ações que busquem
incentivar a implementação dos perímetros nos poços dos municípios estudados. Uma dessas ações
consiste em pontuação pelo “município verde e azul”, a exemplo do que já está sendo feito para os
municípios com até 20 mil habitantes.
Projeto “Estudo de áreas potencialmente críticas”
O objetivo deste projeto é dar continuidade aos estudos de áreas potencialmente críticas, a exemplo dos
seis estudos já realizados, e descritos neste documento. Com isto, será iniciada a adoção de método
padronizado de elaboração de mapas de águas subterrâneas na escala 1:50.000, seguindo o padrão
proposto pela CPRM - Serviço Geológico do Brasil. Esta padronização é necessária, pois até o momento os
estudos tem produzido mapas que não permitem comparação direta entre si, dificultando extrapolação
de benefícios de uma região para a outra. Pretende-se que os termos de referência, que envolvam a
elaboração destes mapas, contenham requisitos que levem à aplicação do padrão proposto pela CPRM.
Dentre as áreas com restrições, ou potencialmente críticas, identificadas no projeto DAEE/UNESP (2013,
Águas Subterrâneas do Estado de São Paulo – Diretrizes de Utilização e Proteção), são indicados os
municípios de Araraquara, São Carlos e Presidente Prudente, para, nos anos entre 2017-2020, dar
continuidade aos estudos.
Ação “Enfrentamento da Contaminação por Nitrato nas Águas Subterrâneas do Sistema Aquífero Bauru”
Dar continuidade ao Plano de Ação para enfrentamento do problema do nitrato traçado pelo Grupo
Nitrato em 2009.
O IG/SMA e IPT estão desenvolvendo estudos, em fase final, na área urbana do município de Marília
(Delimitação de zonas sensíveis à contaminação por nitrato nas águas subterrâneas do Sistema Aquífero
Bauru, na área urbana do município de Marília) e na área rural de Bastos (Avaliação da contaminação por
nitrato nas águas subterrâneas do Sistema Aquífero Bauru, na área rural do município de Bastos, SP). Em
Bastos, o IPT pretende dar continuidade aos estudos pertinentes ao tema, que envolverão uma modelação
matemática de fluxo e transporte.
Também está em andamento, no IG/SMA, o projeto “Delimitação das zonas potenciais à contaminação
por nitrato nas águas subterrâneas dos aquíferos Bauru e Guarani (porção aflorante) no Estado de São
Paulo”, financiado pelo FEHIDRO. O projeto abrange as áreas urbanas de 269 municípios que captam água
do Sistema Aquífero Bauru (SAB), e outros 34 abastecidos pelo Sistema Aquífero Guarani (SAG). Como
produto final, prevê-se a determinação qualitativa da carga potencial de contaminação por nitrato e
recomendações para o planejamento do uso do solo e proteção das águas subterrâneas.
28
Ação “Conservação e proteção da área de afloramento do SAG”
A ação buscará o aprimoramento metodológico na avaliação de vulnerabilidade e perigo de contaminação
em zonas agrícolas da APRM – SAG também serão buscados.
Ação “Rede Integrada de Monitoramento”
A Rede Integrada de Monitoramento continua em expansão. Há recursos do BIRD/Banco Mundial para
construção de 36 poços, e do FEHIDRO, para 10 poços. Os trabalhos da rede envolvem organização,
integração (compatibilização do formato de dados independentemente da instituição) e disponibilização
de dados da CETESB, DAEE e CPRM, visando promover o planejamento e execução das metas estabelecidas
no nível estadual e federal, no âmbito da RIMAS.
4. Educação em águas subterrâneas
Projeto “Cursos formativos e informativos”
São propostos três tipos de cursos formativos e informativos:
1) De treinamento, destinados a profissionais de órgãos públicos, das áreas tecnológica e da administração
estadual e municipal, que na sua atuação necessitam de conhecimentos básicos de hidrogeologia.
2) Informativos básicos, destinados aos comitês de bacia e câmaras técnicas;
3) Informativos básicos para usuários de água subterrânea, professores da rede de ensino e público em
geral.
Para implementação destes cursos é necessário elaborar aulas e treinar professores que sejam
multiplicadores deste conhecimento, para que, ao longo do tempo, uma parcela significativa dos públicos
alvo seja beneficiada. Objetivam informar o público em geral sobre as principais características das águas
subterrâneas, bem como conscientizá-lo das ações e instrumentos que devem ser utilizados para preservá-
la, tanto na quantidade como na qualidade. Os cursos podem ser ministrados de modo presencial e/ou
com a utilização de técnicas de ensino à distância.
Os cursos aqui propostos devem buscar parcerias com as iniciativas já existentes e utilizar materiais
informativos já produzidos, tais como: os do projeto “O Homem, as Rochas e as Águas Subterrâneas:
Projeto Educativo de Divulgação, Valorização e Geoconservação do Aquífero Guarani”, desenvolvido pela
ABEAS e UNICAMP, dentre outras instituições; modelo concreto de poço em Guarani e de testemunhos de
furos de sondagem de todo Estado de SP, pertencentes à litoteca do DAEE-Araraquara; cartilhas e folhetos,
parte deles elaborada na própria Ação Programada. Apesar de já existirem diversos materiais, considera-
se que a produção de um vídeo é fundamental, devido ao seu amplo alcance.
Ação “Desenvolvimento e disponibilização de banco de dados de pesquisas hidrogeológicas”
O desenvolvimento de banco de dados de pesquisas hidrogeológicas em águas subterrâneas, oriundas de
Instituições de Ciência e Tecnologia, Universidades, Centros de Pesquisa, dentre outros, objetiva facilitar
o conhecimento do estado da arte em estudos hidrogeológicos, para subsidiar a Ação Programada, bem
como instituições e grupos atuantes em águas subterrâneas. Também visa colocar à disposição dos
29
comitês de bacia, e do Conselho Estadual de Recursos Hidricos (CRH), materiais que subsidiem a
implementação da política estadual de recursos hídricos, particularmente no campo das águas
subterrâneas.
Para enriquecimento do banco de dados, os desenvolvedores dos projetos de pesquisa deverão alimentá-
lo com os resultados dos seus projetos (incluindo mapas, relatórios e publicações).
7. PUBLICAÇÕES E RELATÓRIOS RESULTANTES DA AÇÃO PROGRAMADA
Em 2011 foi produzida uma publicação com a síntese das atividades do Projeto Ambiental Estratégico Aquíferos, cuja citação encontra-se abaixo:
Governo do Estado de São Paulo (2011) Projeto Ambiental Estratégico Aquíferos (PAE-Aquíferos). Síntese das atividades, período 2007-2010. Cadernos do Projeto Estratégico Aquíferos. Número 3. IG/SMA, CRHi/SMA, CETESB.
http://www.igeologico.sp.gov.br/downloads/livros/Sintese%20Aquiferos.pdf
As demais publicações, resultantes dos trabalhos desenvolvidos na Ação Programada em Águas Subterrâneas do Estado de São Paulo (englobando o PAE-Aquíferos), são listadas abaixo e organizadas pelos temas que compõem o índice desta publicação.
7.1. Produção e difusão de informações básicas sobre águas subterrâneas
IRITANI, M.A.; EZAKI, S. (2009) As Águas Subterrâneas do Estado de São Paulo. São Paulo, SMA/IMESP. 2ª ed., 104 p.
http://www3.ambiente.sp.gov.br/publicacoes/files/2013/04/01-aguas-subterraneas-2012.pdf
IRITANI, M. A.; EZAKI, S. (2012) Roteiro Orientativo para Delimitação de Perímetro de Proteção de Poço. 2ª ed. São Paulo: Instituto Geológico, 49 p.
http://www3.ambiente.sp.gov.br/institutogeologico/files/2015/06/roteiro-orientativo_2edicao_2012.pdf
FERREIRA, L. M. R., IRITANI, M. A., FERNANDES, A. J., EZAKI, S. (Org.) (2011) Projeto Ambiental Estratégico Aquiferos: Síntese das Atividades 2007-2010. Cadernos do Projeto Ambiental Estratégico Aquíferos. Número 3. São Paulo: IMESP.
http://www.igeologico.sp.gov.br/downloads/livros/Sintese%20Aquiferos.pdf
7.2. Proposição de diretrizes regionais de utilização e proteção
DAEE/UNESP. (2013) Águas Subterrâneas no Estado de São Paulo. Diretrizes de Utilização e Proteção. São Paulo: DAEE/LEBAC, 44p.
http://www.daee.sp.gov.br/acervoepesquisa/Atlas%20-%20%C3%81guas%20Subterr%C3%A2neas%20(DAEE-LEBAC).pdf
30
7.3. Estudos de detalhe em áreas prováveis de restrição e controle
Relatórios
DAEE/SERVMAR/IG. (2009) Projeto Jurubatuba: restrição e controle de uso de água subterrânea. Cadernos do Projeto Estratégico Aquíferos. Número 1. São Paulo: DAEE,IG, 109 p. Disponível em:
http://www.daee.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=195%3Aprojeto-jurubatuba&catid=51%3Aconsultas&Itemid=55
DAEE/SERVMAR/IG. (2011) Projeto São José do Rio Preto: restrição e controle de uso de água subterrânea. Cadernos do Projeto Estratégico Aquíferos. Número 4. São Paulo: DAEE,IG, 109 p.
http://www.igeologico.sp.gov.br/downloads/livros/SJRP.pdf
DAEE/C3 CONSULTORIA. (2015) Diagnóstico hidrogeológico e a elaboração de propostas para a gestão dos recursos hídricos subterrâneos no Município de Bauru/SP. Relatório Final. São Paulo: DAEE/C3 Consultoria.
DAEE/C3 CONSULTORIA. (2015) Diagnóstico hidrogeológico e a elaboração de propostas para a gestão dos recursos hídricos subterrâneos no eixo Jacareí-Caçapava-São José dos Campos no Estado de São Paulo. Relatório Final. São Paulo: DAEE/C3 Consultoria.
INSTITUTO GEOLÓGICO (SP). (2012) Identificação de áreas potenciais de restrição e controle de captação e uso das águas subterrâneas na porção sul da UGRHI 05 – Projeto ARCTUB1 – Relatório Executivo / Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Instituto Geológico; Coordenação do Projeto Geraldo Hideo Oda.- São Paulo : SMA / IG. (disponível no site do IG)
INSTITUTO GEOLÓGICO (SP). (2012) Identificação de áreas potenciais de restrição e controle de captação e uso das águas subterrâneas na porção sul da UGRHI 05 – Projeto ARCTUB1. Contrato Fehidro 450/2006. Coordenação do Projeto Geraldo Hideo Oda. São Paulo : SMA / IG. (Relatório Técnico)
ODA, G.H.; IRITANI, M.A.; EZAKI, S.; ROSSINI-PENTEADO, D. (2013) Identificação de áreas potenciais de restrição e controle de captação e uso das águas subterrâneas na porção sul da UGRHI05 – Projeto ARC-TUB1. Relatório Técnico /. – Reimpressão. - São Paulo : SMA / IG, 2 v. : v. 1.Texto- v. 2. Mapas. ISBN: 978-85-87-235-20-6.
http://www.comitespcj.org.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=61&Itemid=117
Artigos publicados em periódicos
ODA, G.H; TAKEUCHI; D.M.; EZAKI, S.; IRITANI, M.A.; VARNIER, C.; PENTEADO, D.R.; LIMA, C.V.F.; SILVA,A.H.; ZUCA, N.L.; PACHECO, R.P. (2012) Geometria do Aquífero Tubarão entre os Municípios de Indaiatuba e Capivari (SP). Revista do Instituto Geológico, 33 (1): 23-40.
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IRITANI, M.A.; ROSSINI-PENTEADO, D.; EZAKI,S.; ODA, G.H. (2013) Proposta de Classificação das Fontes Potenciais de Contaminação da Água Subterrânea. Revista do Instituto Geológico, 34(2): 1-26.
EZAKI, S.; ODA, G.H.; IRITANI, M.A.; VEIGA, C.; STRADIOT, M.R. (2014) Hidroquímica dos aquíferos Tubarão e Cristalino na região de Indaiatuba-Rafard, Estado de São Paulo. Pesquisas em Geociências, 41 (1): 65-79.
IRITANI, M.A.; ROSSINI-PENTEADO, D.; EZAKI, S.; ODA, G.H. (2013) Proposta de classificação das fontes potenciais de contaminação da água subterrânea. Revista do Instituto Geológico, 34(2): 1-26.
Trabalhos completos publicados em anais de congressos
EZAKI, S.; ROSSINI-PENTEADO, D.; GUILHERME, C.M.; ODA, G.H. (2007) Definição de Áreas de Restrição e Controle de Captação e Uso de Água Subterrânea os Sistemas Aqüíferos Tubarão e Cristalino, na Porção Sul da UGRHI 05 PCJ Projeto ARCTUB. In: Simpósio Experiências em Gestão de Recursos Hídricos por Bacia Hidrográfica, Consórcio PCJ, São Pedro-SP, 2007, São Pedro SP. CD-ROM
ODA, G. H.; VARNIER, C.L.; EZAKI, S.; IRITANI, M.A. (2008) Área de Proteção do Sistema Aquífero Tubarão no Município de Capivari (SP). In: Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, 15, Encontro Nacional de Perfuradores de Poços, 16, Natal-RN, ABAS. Anais... Natal, 2008 (CD-ROM Trabalho completo). 18p.
EZAKI, S.; SILVA, C.V.; ODA, G.H.; STRADIOTO, M.R.; FERRONI, F.R.; IRITANI, M.A. (2010) Caracterização preliminar da qualidade das águas subterrâneas da Região de Indaiatuba-Capivari (SP). In: AESABESP, Encontro Técnico AESABESP, 21, São Paulo, Anais, CD-ROM 12p.
ODA, G.H.; IRITANI, M.A.; SILVA, C.V.; EZAKI, S.; STRADIOTO, M.R.; FERRONI, F.R. (20100 Caracterização da Qualidade das Águas Subterrâneas da Região Entre Indaiatuba e Capivari (SP), Porção Sul da UGRHI 5 – Resultados Preliminares In: ABAS, CONGRESSO BRASILEIRO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS, 16, São Luis, Anais, CD-ROM 16p.
ODA, G.H; EZAKI, S.; IRITANI, M.A.; VARNIER, C.L.; PENTEADO, D.R. (2016) Avaliação hidrogeológica dos Sistemas Aquíferos Tubarão e Cristalino da Porção Sul da UGRHI-05. In: ABAS, Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, 19, Campinas, Anais.
Resumos publicados em anais de congressos
TAKEUCHI, D.M.; ODA, G.H.; ROSENBERGER, M.; IRITANI, M.A.; SILLES, J. (2012) Caracterização hidrogeológica da região entre Indaiatuba e Capivari (SP). Boletim do Instituto Geológico, v. 19, p. 1, p. 105.
7.4. Zoneamento de diretrizes de proteção da área de afloramento do Sistema Aquífero Guarani no Estado de São Paulo
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO - IPT. (2010). Diagnóstico Ambiental para Subsídio ao Plano de Desenvolvimento e Proteção Ambiental da Área de Afloramento do Sistema Aquífero Guarani no Estado de São Paulo. São Paulo: IPT, 2010. 7v. 384 p.
7.5. Delimitação de Perímetros de Proteção de Poços de Abastecimento Público – Sistema Aquífero Bauru – Primeira Etapa (PROJETO PPP-SAB)
32
SÃO PAULO. 2016. Sistema Aquífero Bauru. Delimitação de perímetros de proteção de poços de abastecimento público. Instituto Geológico / Instituto de Pesquisas Tecnológicas, (coord. geral José Luiz Albuquerque Filho; Mara Akie Iritani)., São Paulo, texto e anexos. ISBN 978-85-87235-24-4
http://igeologico.sp.gov.br/noticias/caderno-do-projetos-aquiferos-no6
INSTITUTO GEOLÓGICO, INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS. Sistema Aquífero Bauru. Delimitação de perímetros de proteção de poços de abastecimento público. Cadernos do Projeto Aquíferos, número 6, 72 p.
IRITANI, M. A.; CARVALHO, A. M.; EZAKI, S.; ALBUQUERQUE FILHO, J. L.; CORRÊA, N. F.; MONTEIRO, A. C. M. C.; IKEMATSU, P.; FERNANDEZ, F.; FERREIRA, A. L.; TAVARES, T. L.; FACCINI, L. G.; FERREIRA, L. M. R.; ODA, G. H. (2016) Estabelecimento de subsídios para a delimitação de perímetro de proteção de poços de abastecimento público na região oeste do Estado de São Paulo. In: ABAS, Congresso Brasileiro de Águas Subterrânea, 19, Campinas. Anais, 17 p.
CARVALHO, A.M.; IRITANI, M.A.; ALBUQUERQUE FILHO, J.L.; SATO, L.C.; FERREIRA, A.L. (2015) Proteção de fontes de abastecimento público de água no oeste do Estado de São Paulo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA E AMBIENTAL, 15, Anais, ABGE, Bento Gonçalves, 06 p.
7.6. Implementação da Rede Integrada de monitoramento de qualidade e quantidade de águas subterrâneas
CETESB (São Paulo) (2007) Relatório de qualidade das águas subterrâneas do Estado de São Paulo. 2004-2006 / CETESB. Série Relatórios / Secretaria de Estado do Meio Ambiente, ISSN 0103-4103.199 p. ilus.
CETESB (São Paulo) (2016) Qualidade das águas subterrâneas do estado de São Paulo 2013-2015 [recurso eletrônico] / CETESB ; Execução Rosângela Pacini Modesto... [et al.]. ; Colaboração Blas Marçal Sanchez...[et al.]. - - São Paulo : CETESB, 2016. 1 arquivo de texto (308 p.) : il. color., PDF ; 24 MB - - (Série Relatórios / CETESB, ISSN 0103-4103)
7.7. Pesquisa Aplicada - Estudos de contaminação do Sistema Aquífero Bauru por nitrato
Artigos publicados em periódicos
VARNIER, C.; HIRATA, R.; AVARENA, R. (2017) Examining nitrogen dynamics in the unsaturated zone under an inactive cesspit using chemical tracers and environmental isotopes. Applied Geochemistry, v. 78, p. 129-138.
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0883292716301536
ROSENBERGER, M.; VARNIER, C.; IRITANI, M. A.; FERREIRA, L. M. R.; ODA, G. H.; VIOTTI, M. (2013). Vulnerabilidade natural à contaminação do Sistema Aquífero Bauru na área urbana do município de Bauru (SP). Revista do Instituto Geológico, v. 34, p. 51-67.
http://ppegeo.igc.usp.br/index.php/rig/article/view/8952
33
VARNIER, C.; IRITANI, M.; VIOTTI, M.; ODA, G. H.; FERREIRA, L. M. R. (2010). Nitrato nas águas subterrâneas do Sistema Aquífero Bauru, área urbana do município de Marília (SP). Revista do Instituto Geológico, v. 31, p. 1-21.
http://ppegeo.igc.usp.br/index.php/rig/article/view/8922
Capítulos de livros
VARNIER, C. (2011). Plano de Ação - Enfrentamento da contaminação por nitrato nas águas subterrâneas do Sistema Aquífero Bauru, Estado de São Paulo. In: IRITANI, M. A.; FERREIRA, L. M. R.; FERNANDES, A. J.; EZAKI, S.. (Org.). Projeto Ambiental Estratégico Aquíferos: Síntese das Atividades 2007-2010. 1ed.São Paulo: Instituto Geológico, 2011, v. 3, p. 14-16.
http://www.igeologico.sp.gov.br/downloads/livros/Sintese%20Aquiferos.pdf
VARNIER, C.. (2011) Padrões de ocupação e contaminação por nitrato nas águas subterrâneas do Sistema Aquífero Bauru, centro-oeste do Estado de São Paulo. In: IRITANI, M. A.; FERREIRA, L. M. R.; FERNANDES, A. J.; EZAKI, S.. (Org.). Projeto Ambiental Estratégico Aquíferos: Síntese das Atividades 2007-2010. 1ed.São Paulo: Instituto Geológico, 2011, v. 3, p. 35-37.
http://www.igeologico.sp.gov.br/downloads/livros/Sintese%20Aquiferos.pdf
Teses e Trabalhos de Formatura
ROSENBERGER, M. (2013). Mapeamento da vulnerabilidade natural à contaminação do Sistema Aquífero Bauru na área urbana do município de Bauru (SP). 2013. Trabalho de Graduação Individual, Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, 110p.
PROCEL, S. (2011). Contaminação por Nitrato e sua relação com o crescimento urbano no Sistema Aquífero Bauru em Presidente Prudente (SP). Dissertação de Mestrado, Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, 132p.
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44138/tde-20102014-100310/pt-br.php
CAVALIN, M. V. (2011). Padrões de ocupação urbana e contaminação por nitrato nas águas subterrâneas do município de Bauru, centro-oeste do Estado de São Paulo. Trabalho de Conclusão de Curso. Senac, São Paulo, 86 p.
Trabalhos publicados em congressos
VARNIER, C.; FIGUEIREDO, G. M. de; ODA; G. H.; IRITANI, M. A.; FERREIRA, L.; TAVARES, T.; ALBUQUERQUE FILHO, J. L. (2016). Ocorrência de nitrato no Sistema Aquífero Bauru e sua relação com a ocupação urbana no município de Marília (SP). In: XIX Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas/ XX Encontro Nacional de Perfuradores de Poços, 2016, Campinas. Anais do XIX Congresso Brasileiro de Geologia/XX Encontro Nacional de Perfuradores de Poços. São Paulo: Associação Brasileira de Águas Subterrâneas, 17p. http://www.abas.org/xixcabas/anais/103030_113_Artigo_Bastos2.pdf
34
TAVARES, T.; VARNIER, C.; BEVILACQUA, R.; CORREA, N.; FACCINI, L. G.; CARVALHO, A. M. de; ALBUQUERQUE FILHO, J. L.; IRITANI, M. A.; ODA, G.; FERREIRA, L. M. R.; PRANDI, E. C.; MODAELLI, S. (2016). Caracterização hidrogeológica e hidroquímica do Sistema Aquífero Bauru no município de Bastos (SP). In: XIX Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas/ XX Encontro Nacional de Perfuradores de Poços, 2016, Campinas. Anais do XIX Congresso Brasileiro de Geologia/XX Encontro Nacional de Perfuradores de Poços. São Paulo: Associação Brasileira de Águas Subterrâneas, 20p.
http://www.abas.org/xixcabas/anais/103030_113_Artigo_Bastos2.pdf
VARNIER, C.; GUERRA, S.P.; HIRATA, R.; VEIGA, C.; VIOTTI, M. (2010). Contaminação das águas subterrâneas por nitrato e a expansão urbana em Presidente Prudente. In: XVI Congresso Brasileiro de Geologia/XVII Encontro Nacional de Perfuradores de Poços, 2010, São Luís. Anais do XVI Congresso Brasileiro de Geologia/XVII Encontro Nacional de Perfuradores de Poços. São Paulo: Associação Brasileira de Águas Subterrâneas, 2010, v. 1, p. 1-13.
VARNIER, C.; GUERRA, S.P.; HIRATA, R. (2009). Metodologia de avaliação dos padrões de ocupação urbana e contaminação por nitrato nas águas subterrâneas do Sistema Aquífero Bauru, Centro-Oeste do Estado de São Paulo. In: I International Congress on Subsurface Environment, 2009, São Paulo. Anais do I International Congress on Subsurface Environment. São Paullo: ABAS, 2009, v. 1. p. 1-8.
VARNIER, C.; HIRATA, R.; ARAVENA, R. (2008). Uso de isótopos estáveis e gases para avaliação de desnitrificação na zona não-saturada do Aquífero Adamantina (Urânia, SP). In: XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas/XVIEncontro Nacional de Perfuradores de Poços, 2008, Natal. Anais do XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas/XVI Encontro Nacional de Perfuradores de Poços, 2008, v. 1. p. 1-19.
VARNIER, C.; HIRATA, R.; ARAVENA, R. (2007). Use of stable isotopes and chemical data to evaluate the fate nitrate associated in an inactive cesspit in the unsaturated zone of the Adamantina Aquifer in Urânia (Brazil). In: XXXV IAH Congress on Grounwater and Ecosystems, 2007, Lisboa. XXXV IAH Congress on Groundwater and Ecosystems. Lisboa: IAH, 2007, v. 1. p. 1-10.
Resumos expandidos publicados em congressos
VARNIER, C.; ODA, G. H.; IRITANI, M.; FERREIRA, L. M. R.; VIOTTI, M. (2012). Relación entre la urbanización y la contaminación por nitrato en el Sistema Acuífero Bauru (ciudad de Bauru, Brasil). In: XI Congreso Latinoamericano de Hidrogeología, 2012, Cartagena de Índias. Memorias do XI Congreso Latinoamericano de Hidrogeología. Cartagena de Índias: ALHSUD, 2012, v. 1. p. 1-5.
CARVALHO, A. M. de; IKEMATSU, P.; ALBUQUERQUE FILHO, J. L.; BARBOSA, M. C; CAVANI, A. C. M.; VARNIER, C. (2011). Estudo da ocorrência de nitrato na área de afloramento do Sistema Aquífero Guarani no Estado de São Paulo. In: II International Congress on Subsurface Environment, 2011, São Paulo. Anais do II International Congress on Subsurface Environment. São Paulo: ABAS, 2011, p. 1-4.
VARNIER, C.; HIRATA, R.; ARAVENA, R. (2005). Chemical and isotopic fate of nitrate from a single inactive cesspit in the unsaturated and saturated zones of the Adamantina Aquifer in Urânia (São Paulo, Brazil). In: 6th International Symposium on Applied Isotope Geochemistry, 2005, Praga. Anais do 6th International Symposium on Applied Isotope Geochemistry, 2005, p. 249-250.
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Resumos publicados em congressos
FIGUEIREDO, G. M. de; VARNIER, C.; ODA, G. H.; IRITANI, M. A.; FERREIRA, L. (2015). Contaminação por nitrato e sua relação com o crescimento urbano no Sistema Aquífero Bauru, na área urbana de Marília (SP). In: 6º Seminário de Iniciação Científica PIBIC-IG, 2015, São Paulo. Resumos do 6º Seminário de Iniciação Científica PIBIC-IG. São Paulo, SMA, 2015, p. 07.
http://igeologico.sp.gov.br/files/2016/06/RESUMOS_6_SIC-IG_2016.pdf
PROCEL, S.; HIRATA, R.; VARNIER, C. (2015). Tendencias de nitrato en las aguas subterráneas del Sistema Acuífero Bauru en la zona urbana de Presidente Prudente (São Paulo - Brasil). In: IV Jornadas de Ingeniería Civil y Ambiental, 2015, Quito. IV Jornadas de Ingeniería Civil y Ambiental. Quito: EPN/FICA, 2015.
FIGUEIREDO, G. M. de; VARNIER, C.; ODA, G. H.; IRITANI, M. A.; FERREIRA, L. (2015). Delimitação de zonas sensíveis à contaminação por nitrato nas águas subterrâneas do Sistema Aquífero Bauru, na área urbana do município de Marília. In: 5º Seminário de Iniciação Científica PIBIC-IG, 2015, São Paulo. Resumos do 5º Seminário de Iniciação Científica PIBIC-IG. São Paulo, SMA, 2015, p. 09.
http://igeologico.sp.gov.br/files/2015/06/BoletimIG_20_Resumos_Seminario_Iniciacao_Cientifica.pdf
VARNIER, C.; IRITANI, M.; ODA, G.; FERREIRA, L.; HIRATA, R.; ARAVENA, R.; PROCEL, S. (2013). Land urban occupation and groundwater contamination by nitrate: a complex relationship in the mid-western region of the São Paulo State (Brazil). In: International Association of Hydrogeologists - 40th International Congress, 2013, Perth. Anais do International Association of Hydrogeologists - 40th International Congress. Perth, IAH, 2013, p. 222.
PROCEL, S.; HIRATA, R.; VARNIER, C. (2013). Relationship between the urban development and nitrate pollution in Bauru Aquifer: The case of Presidente Prudente (São Paulo - Brazil). In: International Association of Hydrogeologists - 40th International Congress, 2013, Perth. Anais do International Association of Hydrogeologists - 40th International Congress, Perth, IAH, 2013, p. 255.
7.8. Pesquisa Aplicada - Recarga do Sistema Aquífero Guarani através do Aquífero Serra Geral
Artigos publicados em periódicos
WAHNFRIED I.W., FERNANDES A.J., HIRATA R., MALDANER C.H., VARNIER C.V., FERREIRA L.M.R., IRITANI
M.A., PRESSINOTTI M.N. (2017) Anisotropia e confinamento hidráulico do sistema Aquífero Guarani em
Ribeirão Preto (SP, Brasil). Artigo aceito para publicação, Revista Geologia USP.
FERNANDES, A. J., MALDANER, C. H., NEGRI, F., ROULEAU, A., & WAHNFRIED, I. D. (2016). Aspects of a conceptual groundwater flow model of the Serra Geral basalt aquifer (Sao Paulo, Brazil) from physical and structural geology data. Hydrogeology Journal, 24(5), 1199-1212.
https://www.springer.com/article/10.1007/s10040-016-1370-6
FERNANDES, A. J., NEGRI, F., AZEVEDO SOBRINHO, J. M., VARNIER, C., & JANASI, J. (2012). Analise de fraturas dos basaltos do Aquífero Serra Geral e o potencial de recarga regional do Sistema Aquifero Guarani. Boletın Geológico y Minero, 123, 325-339.
36
http://www.igme.es/Boletin/2012/123_3/13_ARTICULO%209.pdf
FERNANDES, A. J., MALDANER, C. H., & ROULEAU, A. (2011). Análise das fraturas nos basaltos de Ribeirão Preto, SP: aplicação à elaboração de modelo hidrogeológico conceitual. Geologia USP. Série Científica, 11(3), 43-64.
http://www.ppegeo.igc.usp.br/index.php/GUSPSC/article/view/1191
FERNANDES, A.J.; MALDANER, C.; AZEVEDO SOBRINHO, J.M.; PRESSINOTTI, M.M.N.; WAHNFRIED, I. (2010) Estratigrafia dos Derrames de Basaltos da Formação Serra Geral (Ribeirão Preto - SP) baseada na Geologia Física, Petrografia e Geoquímica. Revista Geologia USP, 10(2):73-99.
http://www.revistas.usp.br/guspsc/article/view/27484
Tese de Doutorado
WAHNFRIED, I. (2010) Modelo conceitual de fluxo do Aquitarde Serra Geral e do Sistema Aquífero Guarani na região de Ribeirão Preto, SP (Tese de Doutorado, Instituto de Geociências-USP). http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44138/tde-07072010-163245/en.php
Trabalhos publicados em congressos
WAHNFRIED, I.; FERNANDES, A.J.; HIRATA, R.; MALDANER C.; VARNIER, C.; FERREIRA, L.M.R.; IRITANI, M.; PRESSINOTTI, M.M.N. (2010) Anisotropia e confinamento hidráulico do Sistema Aquífero Guarani em Ribeirão Preto (SP, Brasil). In: ABASXVI CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS, ABAS, São Luís, Anais, 20pP. Em CD ROM.
FERNANDES, A.J.; MALDANER, C.; ROULEAU, A. (2010) Análise das fraturas nos basaltos de Ribeirão Preto, SP: aplicação à elaboração de modelo hidrogeológico conceitual. In: XVI CONGRESSO BRASILEIRO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS, ABAS, São Luís. 20pp em CD ROM.
FERNANDES, A.J.; ROULEAU, A.; MALDANER, C.; PRESSINOTTI, M.M.N. (2009) Métodos e resultados de levantamento e de análise das fraturas de basaltos, em Ribeirão Preto, SP, aplicados à hidrogeologia. In: XII SIMPÓSIO NACIONAL DE ESTUDOS TECTÔNICOS, Ouro Preto. 1p em CD ROM.
FERNANDES, A.J.; ROULEAU, A. (2008) Simulação de deslocamentos em fraturas em basaltos da formação serra geral (Ribeirão Preto, SP) e implicações para a sua transmissividade. In: XV CONGRESSO BRASILEIRO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS. ABAS, Natal. 19pp em CD ROM.
FERNANDES, A.J.; WAHNFRIED, I.; VARNIER, C.; MALDANER, C.; PRESSINOTTI, M.M.N.; FERREIRA, L.M.R.; IRITANI, M.A.; HIRATA, R.; SHAPIRO, A.; ROULEAU, A. (2008) Modelo conceitual de circulação de água nos basaltos de Ribeirão Preto e como isto afeta a vulnerabilidade do SAG. In: III CONGRESSO DO AQUÍFERO GUARANI, Ribeirão Preto. 5pp em CD ROM.
FERNANDES, A.J.; MALDANER, C.; AZEVEDO SOBRINHO, J.M.; PRESSINOTTI, M.M.N.; WAHNFRIED, I., FERREIRA, L.M.R.; VARNIER, C.; IRITANI, M.A.; HIRATA, R. (2008) Estratigrafia e estruturas dos basaltos da Formação Serra Geral na região de Ribeirão Preto. In: IV SIMPÓSIO DE VULCANISMO E AMBIENTES ASSOCIADOS. Foz do Iguaçu, 6pp em CD ROM.
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FERNANDES, A.J.; MALDANER, C.; WAHNFRIED, I.; FERREIRA, L.M.R.; PRESSINOTTI, M.M.N.; VARNIER, C.; IRITANI, M.A.; HIRATA, R. (2006) Modelo conceitual preliminar de circulação de água subterrânea do aquífero Serra Geral, Ribeirão Preto, SP In: XIV CONGRESSO BRASILEIRO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS. ABAS, Curitiba, 16 pp em CD ROM.
MALDANER, C.; FERNANDES, A.J.; PRESSINOTTI, M.M.N.; WAHNFRIED, I.; FERREIRA, L.M.R.; VARNIER, C.; IRITANI, M.A.; HIRATA, R. (2006) Representação tridimensional do Aquífero Serra Geral na região de Ribeirão Preto In: XLIII CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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M. Mancuso (coord.), Governo do Estado de São Paulo, Mapa em 1:1.000.000, Nota explicativa, 119 p. ilus.
DAEE-UNESP (2013) Águas subterrâneas do Estado de São Paulo, diretrizes de utilização e proteção.
Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), Instituto Geociências e Ciências Exatas. Laboratório de
Estudo de Bacias (UNESP-LEBAC). Governo do Estado de São Paulo. 44 p. ilus.
Governo do Estado de São Paulo (2014) Plano Estadual de Recursos Hídricos, PERH 2012-2015, Relatório de
Acompanhamento, ano 2012. Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Saneamento e Recursos
Hídricos, Coordenadoria de Recursos Hídricos, São Paulo. 107 p. ilus.
http://www.sigrh.sp.gov.br/arquivos/perh/relatorio_PERH12-15.pdf
CETESB (São Paulo) (2007) Relatório de qualidade das águas subterrâneas do Estado de São Paulo
2004-2006 / CETESB. Série Relatórios / Secretaria de Estado do Meio Ambiente, ISSN 0103-4103.199 p. ilus.
CETESB (São Paulo) (2016) Qualidade das águas subterrâneas do estado de São Paulo 2013-2015 [recurso
eletrônico] / CETESB ; Execução Rosângela Pacini Modesto... [et al.]. ; Colaboração Blas Marçal Sanchez...[et
al.]. - - São Paulo : CETESB, 2016. 1 arquivo de texto (308 p.) : il. color., PDF ; 24 MB - - (Série Relatórios /
CETESB, ISSN 0103-4103)