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GESTÃO INFORMATIZADA NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES
AGROPEC 2012
HELOISE DUARTE
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Cenários x Relevância
Segundo o Ibope NetRatings, somos 79,9 milhões de internautas tupiniquins, sendo o Brasil o 5º país mais conectado (atrás apenas do Japão, da Índia, dos Estados Unidos e da China). De acordo com a Fecomércio-RJ/Ipsos, o percentual de brasileiros conectados à internet aumentou de 27% para 48%, entre 2007 e 2011.
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Objetivos
Conhecer as informações necessárias à escolha, implantação e utilização de sistemas de informação no Agronegócio.
Conhecer os benefícios obtidos com a utilização de ferramentas informatizadas como apoio à tomada de decisões gerenciais
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Relação benefício/custo
CUSTOS• Investimentos
• Equipamentos• Aquisição licenças• Treinamento• Customização• Desenvolvimento software• Consultoria e planejamento
• Manutenção• Aplicativos• Mão-de-obra• Hardware
BENEFÍCIOS• Aumento de produtividade• Redução de custos• Eliminação de papel• Agilidade na tomada de decisões• Redução de erros• Aumento de segurança• Gestão Eficaz• Facilidade para apuração de
resultados
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1. O que se quer controlar atualmente?
2. O que poderá ser controlado no futuro?
3. Quais os resultados que se espera obter?
Inúmeras são as possibilidades quando se fala de controle zootécnico e também de controle administrativo.
Objetivos finais do processo de informatização
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Situação do Agronegócio
Margens econômicas e
financeiras
Preços de insumos
Por que informatizar
Busca constante de eficiência!
Informática é um importante recurso para a obtenção de índices.
Usar as ferramentas adequadas, com as funcionalidades necessárias para obter suporte adequado para a tomada de decisão.
A informática não é o fim e sim o meio para se alcançar os objetivos.
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• Monitorar:– Índices : Saber como anda meu negócio?
– Criar histórico
– Ajudar na tomada de decisões
– Facilitar o planejamento futuro
– Fornecer um feedback aos envolvidos
Gestão através de índices
Transformar dados em informações é o grande desafio!
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Recursos tecnológicos
Recursos humanos
Recursos materiais
Recursos envolvidos
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• Entrada – compreende a captação dos dados brutos, na fazenda ou no ambiente externo
• Processamento – é a fase onde ocorre o tratamento dos dados coletados
• Saída – o sistema transfere a informação processada às pessoas
• Realimentação – as pessoas utilizam a informação processada pelo sistema para tomar decisões que geram ações ou eventos que irão alimentar novamente o sistema
ProcessamentoEntrada Saída
Realimentação
Empresa
Ambiente externo
Fases
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• Conhecer a realidade da empresa
• Conhecer os recursos humanos envolvidos
• Avaliar cuidadosamente os controles realizados
• Conhecer a situação anterior
Etapas do processo
O processo de informatização começa muito antes de se ligar o
computador!11
• Abrangência dos controles
• Controles específicos
Levantamento das necessidades
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• Controles de estoque
• Processos de compra e venda
• Cadastro de clientes e fornecedores
• Fluxo de caixa
• Controles financeiros em geral
• Comunicações para associações de raça
• Cálculos e definição de manejos nutricionais
• Programas de melhoramento genético
• Dentre outros
Processos específicos
A intensidade da documentação irá depender de características particulares de cada sistema de produção.
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Nenhum Controles em papel Controles em planilhas Controles em software Combinações
Controles existentes
Entender a história de informatização para aprimorar o processo e não repetir erros.
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Avaliar: Qualidade Atualidade Volume de dados Necessidade de integração
Aproveitamento de dados
O preciosismo em lançar o passado pode atrasar o início dos trabalhos e a obtenção de resultados atuais pode demorar – evitar abandono.
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É importantíssimo considerarmos os objetivos finais do processo de informatização para definirmos o melhor roteiro.
• Índices• Cronograma• Feedbacks• PDCA
Metas
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Levantar os investimentos necessários para a implantação do sistema incluindo:
• infraestrutura• ferramentas• mão-de-obra
Desenvolvimento de sistemas próprios x
existentes.
Investimentos
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Pronto x Sob-medida
Pacote Semi-pronto Sob-encomenda
InvestimentosEquipamentos Aquisição licenças Treinamento Customização Desenvolvimento software Consultoria de planejamento
Baixo Médio Alto
ManutençãoManutenção aplicativo Mão-de-obra Manutenção hardware
Opcional Necessária Fundamental
Impacto cultural Adequação da empresa
Adequado ao setor produtivo
Adequado à empresa
Treinamento de pessoalRaro Incluso Incluso
Capacitação técnicaAutodidata Assistida/
autodidata Assistida
Tratamentos das informações Especializado Especializado Genérico
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Definição dos processos de coleta de dados e fluxo de informações
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Bretes Currais de manejo Balanças Diversos
Adequar o que se quer controlar à realidade da fazenda
Instalações
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• Garantir sucesso• Evitar surpresas com investimentos
• ConferirEscritório na fazenda x lançamento à distância
Equipamentos disponíveis
Rede
Telefone
Internet
Estabilidade da rede elétrica
Sistema operacional
Infraestrutura
Identificação
Segundo MACHADO et al. (2001), qualquer método de identificação deve atender a um mínimo de requisitos:
• Único: cada número deve ser encontrado apenas uma vez no rebanho
• Permanente: não deve correr riscos de perda
• Insubstituível: ao receber uma identificação ao nascimento ou na aquisição do animal, esse deve permanecer com o mesmo número até o momento do abate;
• Positiva: a identificação dos animais não pode gerar dúvidas
Sistemas de identificação na pecuária
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Identificação Sistemas de identificação: brinco, marca a ferro, a frio, tatuagem, dispositivos eletrônicos (bolus, Implante, Bottom, colar, etc.), retina, dna, dentre outros.
Sistemas de identificação na pecuária
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Brinco Ferro Tatuagem Bolus
Bolus Tatuagem
Brinco Ferro
Comparativos Rapidez e facilidade de aplicação
Facilidade de leitura
Segurança
Custo
Bolus Ferro Tatuagem
Brinco
Tatuagem Ferro Brinc
o Bolus
Sistemas de identificação na pecuária
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Comparativo identificação eletrônica
Sistemas de identificação na pecuária
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Caderno de campo
Sistemas de identificação na pecuária
Dispositivos
Relatórios
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• Enfoque especial
• Qualidade da informação gerada
• Importância da entrada de dados
• Ouvir experiências
• Conhecer equipe
Capacitar mão-de-obra
Pessoas
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• Ciclos fechados
• Tudo que não é de caráter confidencial deve ser compartilhado
• Diminuição considerável do número de falhas no processo produtivo
A noção de que o dado coletado é parte importante de um sistema de informações e que sua ausência ou ineficiência causará danos ao todo é importante
para mobilizar as pessoas envolvidas.
Trânsito de informações
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• Indicações de terceiros
• Contato direto
• Importância da orientação
Visualizar não só as análises que serão obtidas, mas também os
levantamentos necessários para obtê-las.
Escolha de sistemas
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Facilidade de uso
Ambiente amigável
Existência de suporte ao usuário
Relatórios emitidos
Frequência de atualizações
Básico
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Atendimento às premissas levantadas no projeto
Soluções mistas x relação custo-benefício
Custos de migração
Independentemente do sistema escolhido, algumas diretrizes devem ser adotadas. As que envolvem a capacitação de mão-de-obra estão entre as mais importantes, tais como: situar o papel desempenhado pelo funcionário no processo de informatização; divulgar os relatórios obtidos a partir das informações anotadas; conferir a compreensão detalhada de todo o conteúdo do relatório de coleta de dados, dentre outros.
Critérios relevantes
Produto Serviço- deixam os processos e o elemento humano de lado;- no modelo de caixinha, a preocupação e prospectar novos clientes em detrimento aos já existentes;- o atendimento a visto como custo - o suporte não atende as necessidades dos clientes;- a forma de trabalho dificulta ou inviabiliza as atualizações;- aumentam o risco de defasagem tecnológica, comprometendo os dados acumulados;- os processos de implantação acabam não atingindo os seus objetivos;- a falta de acompanhamento leva ao abandono ou rejeição;- as rotinas são fixas e/ou com pouca possibilidade de mudança.
- todas as pessoas envolvidas, inclusive clientes, são fundamentais para o desenvolvimento dos processos;- os feedbacks dos usuários são determinantes para a sustentabilidade do sistema;- o atendimento a um dos pontos que recebem a máxima atenção;- a constante atualização e a sintonia com o desenvolvimento tecnológico são premissas do trabalho;- o compromisso com o cliente e a base para o sucesso do trabalho;- o investimento passa a ser diluído ao longo do tempo, diminuindo drasticamente os riscos financeiros relacionados a aquisição de software;- a flexibilidade dos serviços oferecidos atende empresas que buscam soluções integradas.
Escolha do sistema
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• O processo de informatização dever ser considerado como um todo, levando em conta todos as variáveis envolvidas e onde se pretende chegar.
Conclusões
• Eficiência reprodutiva• Intervalo entre partos• Observação de cio• Taxa de concepção • Perdas de prenhez• Repetição de cios• Natimortos• Retenção de placenta
• Qualidade do leite
Alguns índices que alteram o desempenho econômico na pecuária de leite
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Parto Parto
Intervalo de partos
Lactação=10 meses
12 meses
P. Seco=2 meses
Vacas em lactação = 10 / 12 83,3% no ano
Parto
Intervalo de partos
Lactação=10 meses
14 meses
P. Seco=4 meses
71,4% no ano
Parto
Vacas em lactação = 10 / 14
Impacto econômico da baixa Eficiência Reprodutiva
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Intervalo% vacas Lactação
12 m 83,3
14 m 71,4
16 m 62,5
18 m 55,5
Impacto econômico da baixa Eficiência Reprodutiva
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Intervalo = 12m
Intervalo = 18m
Prod. Lactação 4.500 4.500
Vida útil 6 anos 6 anos
Partos 6 4
Produção Vida Útil
27.000 18.000
Kg/dia de vida útil
12,2 8,2
Perda diária 4,0 kg/vaca
100 vacas 400 kg/dia
Perda anual de 17 bezerras
Aumento do Intervalo entre partos
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• Queda de 47% no resultado• Redução na venda de animais, redução da produção (aumento vacas secas)
Mesma fazenda
Intervalo entre partos
12 meses 16 meses
Vacas adultas 120
Rebanho estabilizado Sim
Taxa de reposição anual
17%
Mortalidade 3%
Descarte involuntário 14%
Volumoso Cana
Produção média anual
7,0 lts/VL/dia
Resultado anual de caixa
R$121.000,00 R$64.000,00
Simulações econômicas
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Posso monitorar o rebanho através do Intervalo entre partos?
• Problemas do uso do IEP na rotina como ferramenta de monitoramento
• Índice histórico
• Demora para ser calculado
• As vacas vazias não entram na conta
• As primíparas não são consideradas
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• Preciso monitorar índices que levam ao
aumento do Intervalo entre Partos:– Observação de cio
– Concepção (Avaliação por diferentes fatores: Inseminador,Touros, Número de
IA/cobertura, Fase do pós-parto, Condição de IA/cobertura, Natural, prostaglandinas,
protocolo, Muco, etc.)
– Taxa de prenhez
– Perdas de prenhez
– Distribuição de concepção por dias pós-parto
– Repetição de cios
Ferramentas de monitoramento dos índices reprodutivos
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Fazenda A
Vacas aptas para IA 100 vacas
Quantas foram inseminadas em 21 dias 50 vacas
Cálculo da taxa de serviço 50 vacas inseminadas100 vacas aptas
Taxa de serviço 50%
Das inseminadas, quantas ficaram prenhes 25 vacas
Cálculo da taxa de concepção 25 vacas prenhes__ 50 vacas inseminadas
Taxa de concepção 50%
Cálculo da taxa de prenhez 25 vacas prenhes100 vacas aptas
Taxa de prenhez 25%• A cada 21 dias 50% das vacas aptas são inseminadas• 50% das vacas que são inseminadas ficam prenhes• A cada 21 dias 25% das vacas inseminadas ficam prenhes• Taxa de prenhez é o produto entre a taxa de observação de cio e taxa de concepção!
Taxa de prenhez
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Taxa de prenhez
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Taxa de concepção
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– Identificação em função da fase de gestação onde ocorreram as perdas;
– Perdas precoces x tardias (abortos).
Confirmação
da gestaçãoParto
Novo cio ou IADiagnóstico
NegativoAbortos
Descartes
Perdas de prenhez
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Perdas de prenhez
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• Distribuição das ocorrências de repetições de cio baseado nos
intervalos (entre os cios).
– Fases
• 1 a 17 dias – erros de identificação dos animais, cistos;
• 18 a 24 dias – ciclo normal;
• 25 a 36 dias – indicativos de perdas;
• 37 a 44 dias – ciclo normal (falha de observação) ou perdas;
• Acima de 45 dias – indicativos de perdas, falhas de observação.
Repetições de cio
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Repetições de cio
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• Natimortos– Dificuldade de parto x tempo para a primeira IA
• Retenção de placenta– Aumento metrites– Atraso no tempo para a primeira IA– Queda na taxa de concepção
Informações complementares
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• Perdas diretas– Bonificação através da qualidade
– CCS e Gordura
• Perdas indiretas– Mastite clinica– Mastite sub-clínica– Alteração composição do leite
Ferramentas de monitoramento da qualidade do leite
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U$ 107 / Caso
Fonte: Eberhart R.J. et al, 1982
Perdas devido a Mastite Clínica
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Mastite Clínica
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NMC, 1996
CCS do Tanque(1.000
cels/ml)
% de quartos infectados
% de perda na produção
200 6% -
500 16% 6%
1000 32% 18%
1500 48% 29%
Prevalência estimada de infecções e perdas na produção de leite associadas à CCS elevada no tanque
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Mastite sub-clínica
• Índices altamente correlacionados• Só podemos melhorar o que medimos• Novo conceito de gerenciamento• Busca constante da eficiência• Índices zootécnicos interferindo em índices
econômicos• Resultados rápidos para a tomada de decisões
Conclusões
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Obrigada!
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