Download - Geometria Solar
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GEOMETRIA SOLAR
Geometria solar
Importância:
Fundamental para engenheiros e arquitetos, pois a maior parte
do nosso território tem verões quentes com grandes períodos
de sol, tendo o sombreamento como uma das estratégias
bioclimáticas mais indicadas.
Uso de proteções solares – quando a radiação direta não é
desejada dentro do ambiente.
Conhecimento dos movimentos do Sol e da Terra e
seus efeitos sob a visão do observador.
Movimento da Terra ao redor do Sol
ROTAÇÃO
A rotação ao redor de um eixo Norte-Sul, que passa por seus polos, origina o
DIA e a NOITE.
Rotação da Terra
1 volta = 1 dia
Movimento da Terra ao redor do Sol
ROTAÇÃO
A rotação ao redor de um eixo Norte-Sul, que passa por seus polos, origina o
DIA e a NOITE. Rotação da Terra
NORTE
SUL
LESTE OESTE
nascer do SOL pôr do SOL
Animação 1
Movimento da Terra ao redor do Sol
LATITUDE
O maior ou menor aquecimento de um determinado ponto da superfície da
Terra depende das condições geométricas de exposição à radiação solar. Isso
depende da latitude, que vai determinar os ângulos de incidência do Sol.
É um local determinado pelo ângulo entre o plano do Equador e uma reta
partindo do centro da Terra até o local considerado.
Animação 2 e 3
31º N 27º S
A incidência dos raios solares numa determinada
região terrestre é maior ou menor de acordo com o
ângulo que forma com a superfície terrestre.
Movimento da Terra ao redor do Sol
TRANSLAÇÃO - Determina as quatro estações do ano.
A Terra realiza um movimento elíptico ao redor do Sol.
A excentricidade da elipse acarreta uma variação no fluxo da energia solar
recebida pela terra, entre um máximo no solstício de verão e um mínimo no
solstício de inverno; e mais dois momentos de equilíbrio, os equinócios.
Translação da Terra em torno do Sol - 1 volta = 1 ano
21 DEZ
Solstício de verão
21 JUN
Solstício de inverno
21 MAR
Equinócio de outono
21 SET
Equinócio de primavera
Hemisfério SUL
Animação 4
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Movimento da Terra ao redor do Sol
Animação 5 e 6
Movimento da Terra ao redor do Sol
SOLSTÍCIO
Época do ano na qual o eixo de rotação da terra se acha no plano
perpendicular ao plano elíptica passando pelo centro do sol.
Termo solstício é de origem latina e significa “sol parado”.
EQUINÓCIO
Palavra de origem latina que significa “dias iguais”. Corresponde ao período do
ano em que os dias são da mesma duração que as noites.
Data Denominação
21 de março Equinócio de outono
21 de setembro (ou 24) Equinócio de primavera
21 de junho (ou 22) Solstício de inverno
21 de dezembro (ou 22) Solstício de verão
Datas de início das estações do ano para o hemisfério SUL
Animação 7, 8, 9 e 10
Movimento da Terra ao redor do Sol
VERÃO NO HEMISFÉRIO SUL
21 DEZ
Solstício de verão
21 JUN
Solstício de inverno
21 MAR
Equinócio de outono
21 SET
Equinócio de
primavera
Hemisfério SUL
Movimento da Terra ao redor do Sol
VERÃO NO HEMISFÉRIO SUL
Verão
hemisfério norte: inverno
hemisfério sul: verão
ângulos solares mais altos
Inverno
ângulos solares mais baixos
Programação 01/08 . Aula 1. Movimento da Terra ao redor do Sol:
• Rotação – latitude
• Translação – solstícios/equinócios
08/08 . Aula 2. Movimento aparente do Sol (Trajetória solar):
• Abóboda celeste
• Plano do observador
• Curvas solares
• Projeções
• ALTURA SOLAR
• AZIMUTE
• HORA SOLAR
• DECLINAÇÃO SOLAR
Cartas solares:
• O que é?
• Como é construído
• Aplicação: período de insolação/sombra nos ambientes
15/08 - FERIADO
22/08 . Aula 3. Proteções solares – brises (horizontal/vertical/finito/infinito)
29/08 – JORNADA ACADÊMICA
05/09 . Aula 4. Proteções solares – brises (horizontal/vertical/finito/infinito)
12/09 . Aula 5. PROVA
19/09 e 26/09 . Aulas 6 e 7. TRABALHO:
• Desenvolvimento de um projeto de um brise
• Maquete sob o sol - avaliação
CARTA SOLAR São instrumentos para resolução de problemas de geometria da insolação a
partir de plantas e cortes e coordenadas horizontais da posição do Sol acima
da linha do horizonte.
A carta solar é específica para a latitude. Nela, são desenhadas as projeções
das trajetórias do Sol em datas particulares – solstícios e equinócios - e outras
intermediárias. Conhecendo a orientação do edifício (norte verdadeiro), a Carta
Solar da latitude permite que seja conhecida a insolação da fachada, quando
livre de qualquer obstrução de céu, ao longo do ano.
Usos mais correntes da geometria de insolação em projetos:
• Determinação de tempos de insolação de fachadas;
• Traçado de sombras;
• Penetração de sol pelas aberturas;
• Traçado de máscaras;
• Projeto de brise-soleil;
• Ajuste de valores de radiação solar incidente.
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Diferença de Norte Magnético e Norte verdadeiro ou geográfico:
O norte, usado na geometria de insolação, é o verdadeiro ou geográfico.
O norte magnético, determinado pela bússola, é variável ao longo do tempo e
sua posição relativa resulta também em uma variação de um lugar para outro.
• Verificar, se o Norte do projeto é o magnético ou verdadeiro.
• Utilize o Google Sketchup – o Norte geralmente está para cima.
• Se só for possível “achar” o norte com a bússola – utilizar as cartas de
declinação magnética do ano em que você verificou com a bússola. Ou no
site do Observatório Nacional: http://obsn3.on.br/~jlkm/magdec/index.html
• Polo magnético é diferente do polo geográfico – necessidade de correção
do ângulo do norte magnético.
Declinação magnética é a diferença "em graus" apontado pelo norte magnético
terreno e o norte geográfico
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Diferença entre Tempo solar e Tempo legal:
Tempo solar: toma como referência o Sol.
Hora solar: é o ângulo horário do Sol
Tempo legal: forma convencional de contagem do tempo.
O tempo legal é igual ao tempo solar médio no meridiano centra do fuso ao
qual o lugar está vinculado.
Ou seja: há pequenas diferenças em relação ao horário da carta solar.
A Carta solar é construída com base no tempo solar verdadeiro (TSV), pelo
qual o meio-dia corresponde realmente à passagem de Sol pelo meridiano do
lugar – na verdade, o Sol meridiano é que determina o meridiano do lugar.
Assim sendo, os horários de nascer e de pôr-do-sol são sempre simétricos,
quer dizer, por exemplo que, se o nascer do sol é as 5h10, o pôr-do-sol é às
18h50.
O movimento aparente do Sol ao longo do dia e do ano, como consequência
dos movimentos de rotação e translação da Terra, é semelhante ao de uma
espiral quase paralela.
A figura abaixo mostra a esfera terrestre, com seu Equador, trópicos de Câncer
e de Capricórnio, os Polos Norte e Sul e o Sol nas três posições particulares:
solstício de junho, equinócios de março e setembro e solstício de dezembro.
TRAJETÓRIA APARENTE DO SOL
Esse movimento diário do Sol, percebido na esfera celeste como circunferência
e visto por um observador como um arco de circunferência, é denominado
TRAJETÓRIA APARENTE DO SOL. Assim, pode-se determinar uma trajetória
aparente do sol para cada dia do ano, em função de cada latitude.
TRAJETÓRIA APARENTE DO SOL
Junho
Dezembro
Março e Setembro
A Carta Solar é a projeção sobre um plano dos pontos cardeais e das
trajetórias aparentes do Sol acima do horizonte do lugar, assinalando-se, em
cada trajetória projetada, as posições do Sol em instantes anteriores e
posteriores ao meio-dia solar verdadeiro.
CARTA SOLAR
Projeção estereográfica horizontal
Abóbada celeste é um círculo, cujo centro é a projeção do zênite do observador no
plano do horizonte.
O plano no qual se projetam as trajetórias aparentes do sol é o plano do horizonte do
observador.
Animação
O SOL NA LATITUDE 0º - EQUADOR
CARTA SOLAR
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O SOL NA LATITUDE 23º30’ – TRÓPICO DE CARPICÓRNIO
CARTA SOLAR
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TRAJETÓRIA APARENTE DO SOL Assim como um ponto na esfera terrestre é localizado por meio do sistema de
coordenadas terrestres (latitude e longitude), para um observador situado em
uma dada latitude da Terra, a posição de um corpo celeste em relação ao seu
plano do horizonte pode ser determinada a partir de dois ângulos:
• AZIMUTE (A): ângulo que a projeção do sol faz com a direção NORTE
• ALTURA SOLAR (H): ângulo que o sol faz com o plano horizontal.
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TRAJETÓRIA APARENTE DO SOL O azimute (a) é medido no plano do horizonte, a partir da direção norte.
Indicará a quantos graus, à direita do norte do observador, passa o plano
perpendicular ao do horizonte, que contém a estrela X e o observador A.
A altura solar (h) relaciona-se com a hora do dia. Ao nascer, a altura do Sol é
igual a zero, aumentando esse valor até atingir o máximo ao meio-dia (90º).
Após esse horário, a altura solar passará a decrescer de valor até igualar-se a
zero, no pôr-do-sol.
• A Carta solar é a projeção, no plano do horizonte do lugar, das trajetórias
aparentes do sol;
• O “observador” (pessoa, janela ou fachada) está sempre no centro da carta;
• O zênite da carta tb está no centro – lugar do sol a pino;
• A circunferência de contorno corresponde à linha de horizonte do lugar;
• O Norte é o verdadeiro – NV;
LEITURA DA CARTA SOLAR
• O Sol nasce no Leste e põe-se no Oeste, entretanto, ele só nasce e põe-se
exatamente no Leste e Oeste nos equinócios;
• A trajetória mais ao norte é a de 22 de junho;
• A trajetória mais ao sul é a de 22 de dezembro
LEITURA DA CARTA SOLAR Determinar AZIMUTE e ALTURA SOLAR com a carta solar:
CARTA LATITUDE: 16º SUL
Brasília (DF), Cuiabá (MT), Porto Seguro (BA)
LEITURA DA CARTA SOLAR
Data Horário Azimute (a) Altura (h)
22 junho 9h
12h
03 de abril 11 de setembro
7h
16h
22 de dezembro
10h
12h
16h30
48º
30º
48º 30º
Determinar AZIMUTE e ALTURA SOLAR com a carta solar:
CARTA LATITUDE: 16º SUL
LEITURA DA CARTA SOLAR
Data Horário Azimute (a) Altura (h)
22 junho 9h
12h
03 de abril 11 de setembro
7h
16h
22 de dezembro
10h
12h
16h30
0º
50º
48º 30º
0º 50º
Determinar AZIMUTE e ALTURA SOLAR com a carta solar:
CARTA LATITUDE: 16º SUL
LEITURA DA CARTA SOLAR
Data Horário Azimute (a) Altura (h)
22 junho 9h
12h
03 de abril 11 de setembro
7h
16h
22 de dezembro
10h
12h
16h30
81º
13º
48º 30º
0º 50º
81º 13º
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Determinar AZIMUTE e ALTURA SOLAR com a carta solar:
CARTA LATITUDE: 16º SUL
LEITURA DA CARTA SOLAR
Data Horário Azimute (a) Altura (h)
22 junho 9h
12h
03 de abril 11 de setembro
7h
16h
22 de dezembro
10h
12h
16h30
284º
28º
48º 30º
0º 50º
81º 13º
284º 28º
Determinar AZIMUTE e ALTURA SOLAR com a carta solar:
CARTA LATITUDE: 16º SUL
LEITURA DA CARTA SOLAR
Data Horário Azimute (a) Altura (h)
22 junho 9h
12h
03 de abril 11 de setembro
7h
16h
22 de dezembro
10h
12h
16h30
112º
60º
48º 30º
0º 50º
81º 13º
284º 28º
112º 60º
Determinar AZIMUTE e ALTURA SOLAR com a carta solar:
CARTA LATITUDE: 16º SUL
LEITURA DA CARTA SOLAR
Data Horário Azimute (a) Altura (h)
22 junho 9h
12h
03 de abril 11 de setembro
7h
16h
22 de dezembro
10h
12h
16h30
180º
82º
48º 30º
0º 50º
81º 13º
284º 28º
112º 60º
180º 82º
Determinar AZIMUTE e ALTURA SOLAR com a carta solar:
CARTA LATITUDE: 16º SUL
LEITURA DA CARTA SOLAR
Data Horário Azimute (a) Altura (h)
22 junho 9h
12h
03 de abril 11 de setembro
7h
16h
22 de dezembro
10h
12h
16h30 252º
28º
48º 30º
0º 50º
81º 13º
284º 28º
112º 60º
180º 82º
252º 28º
É possível ler os horários do nascer e do pôr-do-sol.
Exemplo: carta latitude 24º SUL:
• Dobra-se o valor da latitude – 24 x 2 = 48
• Solstício de verão – o sol nasce 48 minutos antes das 6 = 5h12
o sol põe-se 48 minutos depois das 18 = 18h48
• Solstício de inverno – o sol 48 minutos depois das 6 = 6h48
o sol põe-se 48 minutos antes das 6 = 5h12
LEITURA DA CARTA SOLAR Carta 12º SUL – Salvador (BA), Gurupi (TO) e Sinop (MT)
FACHADA LESTE FACHADA OESTE
PERÍODO DE INSOLAÇÃO NA FACHADA
Data Período de sol Tempo
22/06 – inverno 6:24 – 12:00 5:36
21/03 e 24/09 – equinócio 6:00 – 12:00 6:00
22/12 - verão 5:36 – 12:00 6:24
Data Período de sol Tempo
22/06 – inverno 12:00 – 17:36 5:36
21/03 e 24/09 – equinócio 12:00 – 18:00 6:00
22/12 - verão 12:00 – 18:24 6:24
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Carta 32º SUL – Rio Grande, Pelotas, Bagé e Santana do Livramento (RS)
FACHADA LESTE FACHADA OESTE
PERÍODO DE INSOLAÇÃO NA FACHADA
Data Período de sol Tempo
22/06 – inverno 7:04 – 12:00 4:56
21/03 e 24/09 – equinócio 6:00 – 12:00 6:00
22/12 - verão 4:56 – 12:00 7:04
Data Período de sol Tempo
22/06 – inverno 12:00 – 16:56 4:56
21/03 e 24/09 – equinócio 12:00 – 18:00 6:00
22/12 - verão 12:00 – 19:04 7:04
Carta 12º SUL – Salvador (BA), Gurupi (TO) e Sinop (MT)
FACHADA NORTE FACHADA SUL
PERÍODO DE INSOLAÇÃO NA FACHADA
Data Período de sol Tempo
22/06 – inverno 6:24 – 17:36 11:12
21/03 e 24/09 – equinócio 6:00 – 18:00 12:00
22/12 - verão - 0h
Data Período de sol Tempo
22/06 – inverno - 0h
21/03 e 24/09 – equinócio - 0h
22/12 - verão 05:36 – 18:24 12:48
Carta 32º SUL – Rio Grande, Pelotas, Bagé e Santana do Livramento (RS)
FACHADA NORTE FACHADA SUL
PERÍODO DE INSOLAÇÃO NA FACHADA
Data Período de sol Tempo
22/06 – inverno 7:04 – 16:56 9:52
21/03 e 24/09 – equinócio 6:00 – 18:00 12:00
22/12 - verão 8:55 – 15:05 6:10
Data Período de sol Tempo
22/06 – inverno - 0h
21/03 e 24/09 – equinócio - 0h
22/12 - verão 04:46 – 08:55 8:18
15:05 – 16:04
Carta 12º SUL – Salvador (BA), Gurupi (TO) e Sinop (MT)
FACHADA NORDESTE (Az=45º) FACHADA SUDOESTE (Az=225º)
PERÍODO DE INSOLAÇÃO NA FACHADA
Data Período de sol Tempo
22/06 – inverno 14:24 – 17:36 3:12
21/03 e 24/09 – equinócio 12:50 – 18:00 5:10
22/12 - verão 11:10 – 18:24 7:14
Data Período de sol Tempo
22/06 – inverno 6:24 – 14:24 8:00
21/03 e 24/09 – equinócio 6:00 – 12:50 06:50
22/12 - verão 5:36 – 11:10 5:34
Carta 32º SUL – Rio Grande, Pelotas, Bagé e Santana do Livramento (RS)
FACHADA NORDESTE (Az=45º) FACHADA SUDOESTE (Az=225º)
PERÍODO DE INSOLAÇÃO NA FACHADA
Data Período de sol Tempo
22/06 – inverno 7:04 – 15:10 8:06
21/03 e 24/09 – equinócio 6:00 – 13:50 7:50
22/12 - verão 4:46 – 12:35 7:49
Data Período de sol Tempo
22/06 – inverno 145:10 – 16:56 1:46
21/03 e 24/09 – equinócio 13:50 – 18:00 5:10
22/12 - verão 12:35 – 19:04 6:39
Carta 32º SUL – Rio Grande, Pelotas, Bagé e Santana do Livramento (RS)
FACHADA NORDESTE (Az=45º) FACHADA SUDOESTE (Az=225º)
EXEMPLO
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O conhecimento do movimento aparente do sol é
necessário para o projeto de proteções solares (brises) que
impeçam a entrada de raios solares no interior do ambiente
durante as horas do dia e os meses do ano em que se
deseja proteção.
O tipo de brise e suas dimensões são função da eficiência
desejada. Portanto, um brise será considerado eficiente
quando impedir a entrada de raios solares no período
desejado.
PROTEÇÕES SOLARES PROTEÇÕES SOLARES
Para projetar proteções solares, a segunda informação que deve
ser conhecida é o tipo de mascaramento que cada brise
proporciona. Portanto, o traçado de máscaras é a ferramenta
utilizada no projeto de proteções solares.
Máscara de sombra – é a representação gráfica, nas cartas
solares, dos obstáculos que impedem a visão da abóbada celeste
por parte de um observador localizado em um local qualquer.
Pela máscara de sombra podemos saber qual parte da abóbada
celeste está visível e qual parte está obstruída, em função de
várias barreiras existentes, e a partir de um ponto dado.
Utilizamos o GRÁFICO AUXILIAR OU TRANSFERIDOR DE
ÂNGULOS para o traçado de máscaras de sombra
TRAÇADO DE MÁSCARA TRANSFERIDOR DE ÂNGULOS
Ângulo α – É o ângulo
formado entre o plano
horizontal que contém o
observador até a borda do
brise, variando de 0º até
90º (zênite) visto em
CORTE!!!
Norm
al à f
ach
ada
TRANSFERIDOR DE ÂNGULOS Ângulo β – É o ângulo formado entre a normal ao
plano que contém o observador (fachada) e a
projeção horizontal do brise identificado em
planta. Seu valor pode variar de 0º a 90º para a
direita ou esquerda. Normal à fachada
TRANSFERIDOR DE ÂNGULOS Ângulo γ – É traçado da mesma forma
que o α, porém rotacionado em 90º em
relação a este, e pode delimitar os
ângulos α e β. Usado na ELEVAÇÃO.
Norm
al à f
ach
ada
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TRANSFERIDOR DE ÂNGULOS BRISE HORIZONTAL INFINITO
BRISE HORIZONTAL FINITO BRISE HORIZONTAL
Utiliza o ângulo α (corte), limitado pelo ângulo γ (elevação).
Os ângulos γe e γd estão determinados conforme o umbral seja o esquerdo ou
o direito, para o observador que está no interior da sala, olhando para o
exterior.
BRISE HORIZONTAL Utiliza o ângulo α (corte), limitado pelo ângulo γ (elevação).
Linha de base – paralela ao plano da fachada e com sua linha normal à fachada.
Região hachurada – máscara de sombra – zona de eficiência total do brise.
Mascara-se uma porção do céu bem alta, incluindo o zênite.
Sol só poderá incidir na janela inteira na linha do horizonte altura 0º – linha de eficiência
nula do brise.
A partir de qualquer altura maior que 0º (menos na máscara), a região pode ser
considerada com eficiência parcial. Parte da janela estará insolada e parte sombreada.
Quanto mais próximo da linha do horizonte o sol estiver, maior será a área da janela
insolada e menor a sombreada.
BRISE HORIZONTAL Utiliza o ângulo α (corte), limitado pelo ângulo γ (elevação).
Mudou o γd =70º - zona de eficiência total reduzida e a parcial aumentada.
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BRISE HORIZONTAL Utiliza o ângulo α (corte), limitado pelo ângulo γ (elevação).
Mudou o γd =90º - brise do lado direito no limite da janela.
BRISE HORIZONTAL Utiliza o ângulo α (corte), limitado pelo ângulo γ (elevação).
Mudou o γd = γe = 90º - brise no limite da janela.
A janela só estará totalmente sombreada quando o Sol ocupar posições com altura
superior a 48º e estiver no plano normal à fachada.
Como uma “viseira” na praia – rosto todo na sombra
parte do rosto na sombra
rosto todo no sol
BRISE HORIZONTAL Uma placa horizonta pode ser substituída por duas mais estreitas, que, mantido os
ângulos, fica mantida a máscara.
Cada placa tem metade da largura α = 48º
Os trechos para a esquerda e direita também foram
reduzidos à metade γd = γe = 50º
2ª - deixa entrar mais luz
- permite circulação do ar
- maior visão para o exterior
BRISE HORIZONTAL Conjunto afastado da janela – troca menos calor com a janela quando aquecido pelo
sol; melhora ventilação – fluxo ascendente facilitado – melhor desempenho térmico.
À medida que o sol está em posições mais elevadas, as placas vão sombreando umas
às outras, quando, no caso de uma marquise, à medida que o sol fica mais alto, mais
calor ela recebe.
2ª - prateleira de luz
- melhora iluminação natural
- cor clara
- material isolante térmico
- baixa emissividade
BRISE HORIZONTAL É possível ter um brise horizontal possuindo a mesma máscara anterior, mas não
dispondo de zona de eficiência nula.
Ainda que o Sol esteja com altura 0º, na linha do horizonte, a placa sempre estará
sombreando parte da janela.
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BRISE VERTICAL INFINITO BRISE VERTICAL FINITO
BRISE VERTICAL
Utiliza o ângulo β (planta), limitado pelo ângulo γ (elevação).
Ex: Tem-se uma placa vertical à esquerda do observador.
A máscara vai ser produzida a partir do ângulo βe na planta e γe na elevação.
BRISE VERTICAL βe = 55º medido a partir da normal da fachada que passa pelo ponto A.
γe = 39º medido a partir do ponto A e da horizontal que por ele passa (verga da
janela).
Eficiência total = região hachurada – sombra no ponta A da planta e elevação
Eficiência nula = sol ocupar qualquer lugar na metade direita da abóbada.
Eficiência parcial = entre a zona de eficiência total e nula.
Sol próximo da zona eficiência total – bastante área sombreada
Sol próximo da zona de eficiência nula – bastante área insolada
Brise vertical – Sol ocupar posições à esquerda ou direita da janela em alturas
baixas – fachadas Leste e Oeste nos locais de baixa latitude.
BRISE VERTICAL
À medida que a placa vertical se estende bem acima a janela, o ângulo γ vai
se tornando cada vez maior e a máscara vai se aproximando do zênite.
BRISE VERTICAL
À medida que a placa vertical vai tendo alturas menores, com o topo de
aproximando da altura da janela, o ângulo γ vai se tornando menor
aproximando-se da linha do horizonte.
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BRISE VERTICAL
Quando a placa vertical se estende apenas ao longo do umbral, o ângulo γ
passa a ter valor 0º e a máscara fica reduzida a uma linha que coincide com a
linha do horizonte, delimitada pelo ângulo β.
Dificilmente uma proteção solar que só tenha eficiência total quando o Sol
estiver na linha do horizonte seja adotada conscientemente em projeto.
BRISE VERTICAL O brise vertical também pode ser subdividido.
Se, quando se parcela um brise horizontal em placas mais estreitas, a zona de
eficiência total fica mantida, quando se divide um brise vertical situado à
esquerda, como nosso exemplo, GANHA-SE TAMBÉM UM BRISE À DIREITA.
A metade direita da janela vai ter uma placa à esquerda, com βe=55º e γe=39º
A outra esquerda vai ter uma placa à esquerda e também à direita, iguais e
simétricas βe=βe=55º e γd=γe=39º e passa a ter duas máscaras de eficiência
total e duas máscaras de eficiência parcial simétricas, ficando a zona de
eficiência nula reduzida a uma linha de eficiência nula, coincidente com a
normal à fachada.
BRISE VERTICAL
BRISE MISTO
Composição de brise horizontal e vertical.
Sendo uma caixa, a máscara fica definida pelos ângulos α da placa
horizontal e βe e βd das verticais.
A zona de eficiência nula ficará reduzida a um ponto, na linha do horizonte e
na normal à fachada.
BRISE MISTO
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BRISE MISTO
Ex: Uma das placas verticais mais estreitas.
BRISE MISTO
Ex: Placa superior mais larga que as verticais.
O que este conjunto tem de diferente é a extensão da placa horizontal para
fora, resultando entre os ângulos α=48º e α1=40º, em uma placa horizontal
que vai apenas de um umbral ao outro, cuja máscara se limita a um
segmento de reta perpendicular ao plano da fachada.
BRISE MISTO
Já nesse conjunto, o que tem de diferente é que as placas verticais estão
soltas e tem a mesma altura dos umbrais entre os ângulos β e β1, tanto
para a direita quanto para a esquerda.
BRISE MISTO
PROJETO DE PROTEÇÕES SOLARES
03/06/2014
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EXEMPLO
Determinar dispositivos de sombreamento com eficiência
total para uma abertura de 1,50 x 1,00 metros, para as
seguintes condições:
• Orientação: Nordeste (NE) – Azimute da fachada: 45º
• Período: 23 de setembro a 21 de março
• Horário: das 9h às 13h
EXEMPLO EXEMPLO
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03/06/2014
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EXEMPLO EXEMPLO
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