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LÍNGUA PORTUGUESAPROFESSOR: MARCOS FELICIANO
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GÊNEROS LITERÁRIOS
Definição de gêneros literários
Para facilitar o agrupamento dos textos literários, seu estudo e sua classificação, organizou-se, desde a Antiguidade Clássica, na Grécia, todo o repertório de produção literária em três grandes grupos (lírico, narrativo e dramático), a que chamaremos de gêneros literários.
Os textos são agrupados de acordo com o estilo de escrita e a estrutura textual.
Não é tão simples classificar os textos dentro desses três gêneros, uma vez que a aproximação dos textos no que diz respeito à forma e conteúdo é prática comum.
Gênero LíricoÉ fortemente marcado pela expressão
de sentimentos, emoções e percepções, sensações e recordações;
O homem expressava seu universo íntimo por meio de poemas, acompanhados por instrumentos musicais, dentre os quais, a lira. Daí o nome do gênero, lírico;
Desvinculou-se a poesia da música a partir do século XV, mantendo estrutura e melodia;
É bastante divulgado entre os jovens, principalmente na forma de música pop;
Mesmo rodeado de muitos exemplos de expressões líricas, não significa que tenha qualidade literária;
Eu lírico = eu poético # autor;A forma mais comum de
expressão de gênero lírico é o poema.
Recursos formais do poema - Verso Conjunto de sílabas que compõem uma
unidade rítmica e melódica, uma linha, geralmente do poema.
Sendo assim, podemos dizer que o fragmento abaixo tem 4 versos:
Tudo de amor que existe em mim foi dado.Tudo que fala em mim de amor foi dito.Do nada em mim o amor fez o infinitoQue por muito tornou-se escravizado.
MORAES, Vinícius de. Livro de Sonetos. (fragmento)
2. EstrofeConjunto de versos. A composição das
estrofes pode variar: um verso, dois versos (dístico), três (terceto), quatro (quarteto), etc.
3. Métrica Medida do verso. Escansão: contagem das
sílabas poéticas (diferentes de sílaba gramatical) – juntam-se as vogais átonas numa única sílaba e se conta até a sílaba tônica da última palavra.
Quanto ao número de sílabas, o verso pode ser: monossílabo, dissílabo, trissílabo, polissílabo.
Nomes especiais: redondilha menor (5 sílabas métricas), redondilha maior (7); decassílabos (10) e alexandrinos (12).
Exemplo de métrica:1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |
Tu|do| de a|mor| que e|xis|te em| mim| foi| da|do.
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |10|
Tu|do |que |fa|la em |mim |de a|mor| foi |di|to.
Obs.: Contamos apenas até a sílaba tônica da última palavra.
4. RimaRecurso de musicalidade, empregado nos
versos;Pode ocorrer no final ou no interior dos
versos;Classificamos as rimas com as letras iniciais
do alfabeto.
Tudo de amor que existe em mim foi dado.Tudo que fala em mim de amor foi dito.Do nada em mim o amor fez o infinitoQue por muito tornou-se escravizado.
MORAES, Vinícius de. Livro de Sonetos. (fragmento)
A
BB
A
Classificação das rimasCruzadas ou alternadas – ababEmparelhadas – aabbInterpoladas ou opostas – abbaMisturadas – ababcbRima perdida ou órfã – outras
letras do alfabeto.
5. RitmoEfeito de musicalidade que pode
ser produzido pela alternância de sílabas poéticas átonas e tônicas (métrica); pela repetição de sons (consonantais ou vocálicos) ou de palavras; alternância de termos e palavras nos versos e nas estrofes.
Formas poéticas tradicionais fixasa) Soneto: poema composto por quatro
estrofes: dois quartetos e dois tercetos.b) Elegia: poema que trata de temas tristes, de
sofrimento, de morte.c) Écloga: poema de tema pastoril, bucólico,
que fala sobre a vida campestre;d) Idílio: poema bucólico, mas que contém
diálogos;e) Ode: poema de exaltação;f) Canção: poema escrito para ser cantado e
acompanhado por instrumentos musicais;g) Hino: poema que glorifica a pátria. É também
cantado.
Gênero narrativoObjetivo principal: contar uma história.
Teve sua origem nas epopeias gregas;
O gênero épico, como assim era chamado, esteve presente até os séculos XV e XVI, período de grandes descobertas marítimas;
São histórias narradas em versos, nas quais os heróis (quase deuses), que têm muitas qualidades morais, representavam o valor e o ideal de um povo
Elementos característicos do gênero narrativoDe modo geral, não se manifesta
por meio de versos, mas sim pela prosa, atualmente.
1. NarradorÉ a voz que conta a história, já
que o ambiente literário é ficcional.
Pode ser onisciente – sabe tudo o que acontece;
Observador – não conhece todos os fatos que se propõe a contar.
2. Foco NarrativoO autor escolhe de qual ponto de vista,
de qual ângulo de visão o narrador vai contar a história;
O ponto de vista pode ser:de primeira pessoa (eu) – o narrador é
sempre um personagem da história, muitas vezes, é a personagem principal;
de terceira (ele) – ponto de vista mais distante em relação aos fatos; é o narrador onisciente.
3. PersonagensSão os seres que desenvolvem os fatos
da história.
Podem ser:
Planos: simples, descritas essencialmente por suas características físicas, são previsíveis e não tendem a ter mudanças drásticas em sua conduta ao longo da história.
Personagens redondasComplexas, imprevisíveis, com atitudes bem próximas às de pessoas reais.
Não há apresentação formal por parte do narrador; a personagem vai desvendando-se por si mesma ao longo da narrativa.
4. Enredo É a própria trama da narrativa, ou seja, o desenrolar
dos acontecimentos. Como o próprio nome indica, enredar significa “tecer, entrelaçar os fatos”.
O enredo divide-se em quatro partes:
1- Apresentação: é a parte do texto em que são apresentados alguns personagens e expostas algumas circunstâncias da história, como o momento e o lugar em que a ação se desenvolverá.Cria-se um cenário e uma marcação de tempo para os personagens iniciarem suas ações. Nem todo texto narrativo tem essa primeira parte; há casos em que já de início se mostra a ação em desenvolvimento.
2 – Complicação: é a parte do enredo em que as ações e os conflitos são desenvolvidos, conduzindo o enredo ao clímax.
3 – Clímax: é o ponto em que a ação atinge seu momento crítico, momento de maior tensão, tornando o desfecho inevitável.
4 – Desfecho: é a solução do conflito produzido pelas ações dos personagens.
5. TempoRefere-se ao momento em que a
ação acontece – é o quando.
Pode ser: Cronológico (marcado pelo relógio) ou psicológico (tempo interno da personagem, que, geralmente, não coincide com o tempo interno, porque revela sensações, reflexões, pensamentos, etc.)
5. TempoO tempo pode seguir um fluxo
linear e apresentar-se em uma sequência de fatos, ou romper com isso. Nesse caso pode ocorrer uma retomada de tempo, por meio de flashback ou ainda seguir o fluxo mental, psicológico, da personagem.
6. EspaçoRefere-se ao lugar, cenário,
ambiente em que os fatos ocorrem – é o onde.
Pode ser externo ou interno, dependendo do narrador, do tempo e das personagens.
7. DiscursoÉ a expressão do pensamento
das personagens, das ideias que elas apresentam em relação aos fatos narrados.
Isso se materializa pelo registro de suas falas e seus pensamentos.
7. DiscursoDiscurso direto – personagens falam
diretamente ao leitor.
Discurso indireto – o narrador conta o que a personagem falou, já que narra fatos transcorridos, usa-se a 3ª pessoa.
Discurso indireto livre – o narrador mescla a sua fala com a das personagens, sem marcações que as distingam.
Manifestações mais comuns do gênero literário narrativoRomanceNovelaContoCrônicaMemória / diárioApólogoFábulaParábola