Fátima Weber Rosas
EDU3051 – Mídias, Tecnologias Digitais e Educação
Professora: Patricia Alejandra Behar
2011/1
Fundamentação
Aprendizagem Significativa – Ausubel; Freire
Construtivismo – Interacionismo - Piaget
A música como discurso metafórico - Swanwick
Trilhas Sonoras – Burt
Propriedades extramusicais – Blacking
Audição ativa – Schaeffer
A composição de trilhas sonoras busca:
Favorecer a interdisciplinaridade;
Motivar e potencializar uma aprendizagem
significativa;
Possibilitar que os alunos avaliem o que
ouvem;
Auxiliar na memorização;
A composição de trilhas sonoras busca:
Favorecer a criatividade;
Favorecer a consciência rítmica e estética;
Proporcionar situações onde alunos e
professores possam criar e produzir suas
próprias trilhas (ou trechos musicais);
Música e TIC’s
Lei 11.769 de 2008.
Mudança na experiência musical e na maneira
de divulgar a música.
MIDI - Musical Instrument Digital Interface.
Instrumentos Virtuais.
Sintetizadores.
Softwares livres.
Afetividade, Aprendizagem e Música
A afetividade é um agente motivador da atividade
cognitiva. (Piaget, 2005 citado por Longhi et al, 2009).
Os domínios de estruturas musicais
relacionadas a altura, tempo, timbre, gesto, ritmo
e métrica também possuem domínios de
estruturas não musicais como o afeto e a
emoção. (Bharucha et al, 2006).
Emoção, estados de humor ou de ânimo,
motivação, sentimento, são termos que dizem
respeito à afetividade.
Afetividade e Música
As elucidações quase místicas são realmente
importantes na análise musical...
...que podem elucidar a possibilidade de
comunicação transcultural em música.
(Blacking, 1987).
Funções da Música
Dez funções
da música
na sociedade:
1) Expressão emocional;
2) Prazer estético;
3) Divertimento;
4) Comunicação;
5) Representação;
6) Reação física; 7) Impor conformidade
às normas sociais;
8) Validação das
instituições
sociais e dos
rituais religiosos;
9) Contribuição para
a continuidade e
estabilidade
da cultura;
10) Contribuição
para a
integração
da sociedade.
(Merriam, 1964, citado por Hummes, 2004).
Funções da Música
Na escola:
(Hummes, 2004).
(Swanwick, 2003).
Para acalmar as criançasPara a reprodução cultural
Para construir
significadosO foco educacional tem, acima de
tudo, de estar nos verdadeiros
processos do fazer musical.
Somente então é possível dar
sentido ao contexto, seja histórico,
social, biográfico, acústico ou
outro. (Swanwick, 2003).
Domínios extramusicais
“A música é uma forma de discurso impregnada
de metáfora”. (Ibidem).
... “parte da experiência musical é subjetiva e
quase mágica, mas ela brota dos próprios
elementos do discurso musical (materiais
sonoros, caracterização expressiva, forma e
valor)”. (Swanwick, 2003).
Metáfora e discurso musical
1- Notas em melodias
ou gestos
2- Gestos em novas
estruturas
3- Estruturas que se
relacionam com a
história pessoal e
cultural
“Conhecer música não quer dizer escutá-la por
acaso e sim, envolver-se com ela profundamente.”
(Ibidem).
Há três modos de
metáfora
(Swanwick, 2003) :
Música, Áudio e Trilha Sonora
Olhar multifacetado numa abordagem
interdisciplinar. Ex.: Conceito de SOM
proveniente da área da Música; da Física; da
Informática.
Termos: “inserir som”; “inserir música”:
Trilha Sonora: A parte sonora de um filme; o
registro obtido mediante um canal de áudio;
pista sonora. (Ferreira, 2004).
Música, Áudio e Trilha Sonora
Som e áudio: Referem-se à parte técnica de
gravação no contexto educacional ou não.
Música: Refere-se à parte artística,
no contexto educacional ou não.
Trilha Sonora de um objeto de aprendizagem
pode referir-se à música de um objeto de
aprendizagem e, em alguns casos, ao áudio
(compreendendo sonorizações, narrações,
trechos de músicas, mixagens, etc).
Música eletroacústica: A música
eletroacústica é realizada através de
procedimentos que sintetizam ou
transformam o som através do
computador.(Fritsch, 2008)
Música instrumental: Obra
composta para ser executada apenas
por instrumentos. (Ferreira, 2004).
Música vocal: é a música feita para
ser cantada por coro ou por um cantor
solista. (Wikipedia, 2009).
Alguns formatos de áudio
WMA: Windows Media Audio. Arquivo de
áudio gerado no Windows Media Player,desenvolvido pela
Microsoft.
WAV: Ou WAVE (waveform ou forma de onda). Arquivo de
áudio sem compressão.
MP3: MPEG-1/2 Audio Layer 3. Formato de áudio que pode
ser comprimido em diversas qualidades.
MIDI: Musical Instrument Digital Interface. Padrão de
comunicação de dados entre instrumentos musicais e
computadores.
OGG: Formato de áudio comprimido com igual ou melhor
qualidade que o mp3, reproduzido pelo Winamp.
Algumas ferramentas tocadoras e geradoras de arquivos de áudio
Windows Media Player (player):
http://www.baixaki.com.br/download/windows-media-player-10-portugues-.htm
Real Player (player/conversor):
http://www.baixaki.com.br/download/RealPlayer.htm
Audacity (gravador/editor/gerador/conversor):
http://audacity.sourceforge.net/?lang=pt
Switch File Sound Converter (conversor):
http://www.baixaki.com.br/site/dwnld46452.htm
Freecorder Toolbar (gravador/player/gerador/conversor);
http://www.superdownloads.com.br/download/126/freecorder/
Winamp (player ogg/mp3/wav): http://www.winamp.com/
Como inserir áudio em um OA
Através do botão inserir ou importar: som, áudio ou objeto
(Ex.:Power Point);
Através do menu “importar áudio ou música”.
(Ex.: Movie Maker);
Adicionar recursos ou adicionar e editar links para recursos.
(Ex.: CmapTools).
Trilha Sonora
Trilha sonora, música incidental ou música para
filmes. (Sadie, 2001).
Música de fundo.
Source music: música
contida no âmbito da ação.
Música incidental: Música composta, arranjada,
compilada ou improvisada para acompanhar
filmes. (Sadie, 2001).
Funções da música incidental
Caracterização de personagens e
idéias (Burt, 1994).
Comunicar emoções; mudar uma emoção(estado de ânimo).
(Burt, 1994)(Blanco, s/d).
Associação a determinado local
ou ambiente. (Burt, 1994).
Funções
Estabelecerconotações com
outras áreas.(Blanco, s/d).
Ludibriar osespectadores;
comunicarsignificados e
pensamentos nãoverbalizados.
(Wingstedt, 2005).
Música funcional
Música funcional:
Com aplicações extramusicais baseada nos efeitos psicofisiológicos;
(Nocko, 2005)
(Brenner et al, 2006)
Para aumentar a produtividade dos funcionários;
Para ser ouvida passivamente.
Música para ser ouvida passiva ou criticamente?
Passivamente: A percepção se dá
de maneira inconsciente.
(Brenner et al, 2006).
Criticamente: A percepção sonora
se dá de maneira consciente. O
ouvinte foca sua atenção na música,
analisando-a.
Ex.: Música ambiental;
para filmes; funcional.
Ex.: Aprendizagem
musical; apreciação.
Uso de Trilhas Sonoras em OAs
Como construtora de conhecimentos e
significados (dependendo da proposta
pedagógica do professor - composição
colaborativa).
Duas principais abordagens:
Como motivação: Uso da música de forma
passiva (influenciando estados de ânimo);
Mecanismos de escuta
Ouvir: Receber informação auditiva através
do sistema auditivo, sem prestar atenção
(escuta passiva);
Escutar: Dedicar atenção ao som de
maneira ativa, com vontade de identificá-lo ou
interpretá-lo;
Reconhecer: Identificar uma forma sonora e
associá-la a uma fonte;
Compreender: Obter a informação final que
no ato da escuta, procuramos no som.
Interpretar o que foi escutado e reconhecido.
( Schaeffer, 1966 citado por Rodríguez, 2006).
Exemplos de Trilha Sonorapara OAs
Trilha sonora: “Pense, tente, invente” :
Partitura:
Letra:
Objeto de aprendizagem Práticas Criativas na Web 2.0: http://www.nuted.ufrgs.br/objetos_de_aprendizagem/2009/criativas/i
ndex.html
A Trilha Sonora“Evolução”
OA CompEAD (Competências na EAD):http://www.nuted.ufrgs.br/objetos_de_aprendizagem/2009/compead/index.html
Trilha sonora: Evolução:
Possibilidade de download para posterior
reutilização.
Guia da Trilha:
Metáforas: Linha do tempo e alvo.
Trilhas Sonoras para OAsA proposta de composição colaborativa
de música (trilhas sonoras) para OAs busca:
Promover interações sociais e trabalho
colaborativo;
Aumentar o grau de interatividade com o
objeto de aprendizagem;
Incentivar o cumprimento da Lei 9610/98;
Possibilitar a familiaridade com os sons e
com a música;
Trilhas Sonoras para OAs
Promover não apenas a escuta passiva da
música, mas uma audição (apreciação) crítica
como sujeito ativo no processo de
aprendizagem;
Favorecer a vivência sonora através da
interação com a música, envolvendo
o sujeito cognitiva e afetivamente
(audição, composição, contextualização).
Trilhas Sonoras para OAs
Vivência Sonora
Apreciar
Criar sons
Interpretar sons
Editar, manipular sons
Adicionar efeitos sonoros
Refletir sobre os sons
Construir significados
Aviary: http://www.aviary.com/
Cantabile Lite: http://www.cantabilesoftware.com/download/
JamStudio: http://www.jamstudio.com/Studio/index.htm
CODES: http://gia.inf.ufrgs.br/CODES3/#
Captura e edição: “Audacity”: http://audacity.sourceforge.net/
Conversor de áudio on-line para
vários formatos: http://media.io/
Conversor de áudio: “Switch Sound File
Converter”: http://www.baixaki.com.br/site/dwnld43887.htm
Captura e gravação “Freecorder”: http://www.baixaki.com.br/download/freecorder.htm
Edição: “Aviary”: http://www.aviary.com/
Observações ao utilizar áudio ou construir uma trilha para um OA
A música deve estar de acordo com o público-
alvo;
A música deve estar contextualizada (de acordo
com o conteúdo);
Procurar utilizar sons familiares;
Sons associados à imagens poderão ser utilizados,
desde que estejam ligados ao conteúdo;
Evitar sons estranhos (para não distrair);
Observações ao utilizar áudio ou construir uma trilha para um OA
Se tiver textos escritos, evitar que músicas
vocais toquem ao mesmo tempo;
Não utilizar narração com texto na tela,
simultaneamente;
Editar o áudio, evitando cortes repentinos da
música.
Trilhas Sonoras para OAs
Estado da arte:
Quando as propriedades ou domínios
extramusicais são explorados e vivenciados, a
função da música torna-se ainda mais nobre,
transcendendo suas propriedades intrínsecas e
de mera função decorativa.
Considerações finais
O som pode carregar consigo toda uma bagagem
emotiva e interpretativa que o texto escrito nem sempre
consegue transmitir com a mesma intensidade.
A música presente em OAs, com a mediação do
professor, pode levar à construção de conhecimentos
musicais a partir da audição crítica e da interatividade.
Nessa audição crítica ou escuta consciente, o sujeito
não é apenas passivo (recebe as informações prontas),
mas construtor de significados e do próprio
conhecimento.
Considerações finais
Diante do avanço da informática na educação e dos
recursos tecnológico-musicias, os OAs são recursos
interativos que enriquecem o espaço pedagógico.
Com o advento das ferramentas livres e no intuito de
respeitar a lei dos direitos autorais, abre-se a
possibilidade para professores e alunos construírem
suas próprias trilhas sonoras.
Tutoriais:
JamStudio: http://www.mevio.com/episode/243330/ep.2-tutorial-
jamstudio
CODES: http://www.mevio.com/episode/252248/tutorial-codes
Audacity: http://penta3.ufrgs.br/tutoriais/Audacity/
Microsoft Power Point: Clip –art.
OA Práticas Criativas na Web 2.0.
Disponível em:http://www.nuted.ufrgs.br/objetos_de_aprendizagem/2009/criativas/index.html
OA CompEAD (Competências na EAD).
Disponível em: http://www.nuted.ufrgs.br/objetos_de_aprendizagem/2009/compead/inicio.html
Imagens:
Referências:
Imagens animadas: http://br.bestgraph.com/gifs/notes-2.html
Créditos
Edição mixagem e composição da trilha
sonora:Fátima Weber Rosas
Produção:Núcleo de Tecnologia Digital Aplicada
à Educação (NUTED): http://www.nuted.ufrgs.br/
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