Experiência da ArcelorMittal Brasil com Projetos de MDL (créditos de carbono)
Luciana Corrêa Magalhãeswww.editoraforum.com.br
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Curitiba, 09/11/2011 ArcelorMittal Aços LongosAmérica Central e do Sul
Luciana Corrêa MagalhãesAnalista Sênior de Meio Ambiente ArcelorMittal Aços Longos – Américas do Sul e Central
Congresso Brasileiro de Direito e SustentabilidadeIII Fórum Brasileiro de Altos Estudos de Direito Público
• A única siderúrgica no mundo verdadeiramente global…
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PERFIL
ARCELORMITTALMAIOR GRUPO SIDERÚRGICO DO MUNDO
ARCELORMITTAL BRASILVALORES
• 28 Unidades em pontos estratégicos no Brasil, Américas do Sul e Central.
• Capacidade produtiva de 14 milhões de toneladas / ano.
• 15 mil empregados.
• Eficiência e competitividade como valores intrínsecos ao negócio.
Constituída em dezembro de 2005, reúne três das mais competitivas empresas siderúrgicas do País - ArcelorMittal Aços Longos (incluindo a Acindar da Argentina e a ArcelorMittal Costa Rica), ArcelorMittal Tubarão e ArcelorMittal Vega.
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ARCELORMITTAL BRASILLOCALIZAÇÃO
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ARCELORMITTAL MONLEVADE
ARCELORMITTAL JUIZ DE FORA
ARCELORMITTAL AÇOS LONGOSUNIDADES
1.250 Kton de aço bruto
1.000 Kton de aço bruto
ARCELORMITTAL PIRACICABA
ARCELORMITTAL CARIACICA
ARCELORMITTAL AÇOS LONGOSUNIDADES
1.050 Kton de aço bruto
600 Kton de aço bruto
ARCELORMITAL AÇOS PLANOSUNIDADES
ARCELORMITTAL TUBARÃO
ARCELORMITTAL VEGA
7.500 Kton de aço bruto
1.400 Kton de aço bruto
Aços Longos ao Carbono• 1ª Siderúrgica a receber o selo verde da ABNT pelos seus
produtos;
• Fio-máquina;
• Produtos para a construção civil (vergalhões, telas, pregos, treliças, barras e perfis);
• Arames para aplicações na indústria e agropecuária.
Aços Planos ao Carbono• Placas, bobinas laminadas a quente e laminados a frio e
galvanizados para diversas aplicações industriais;
• Indústria naval e de construção civil;
• Tubos, vasos de pressão, autopeças, implementos agrícolas, material ferroviário, material eletromecânico, construção civil e embalagens de grande porte;
• Automóveis (partes expostas), eletrodomésticos (linha branca) e eletroeletrônicos, entre outros.
ARCELORMITTAL BRASILPRODUTOS
6,5 milhões tons/ano10.500 empregados
7,5 milhões tons/ano4.900 empregados
POLÍTICA AMBIENTALDIRETRIZES
Gerenciamento e redução, onde tecnicamente e economicamente
viável, das origens das emissões de CO2 na produção de aço.
MUDANÇAS DO CLIMAPRINCIPAIS QUESTÕES
MUDANÇAS DO CLIMAEFEITO ESTUFA
MUDANÇAS DO CLIMAPRINCIPAIS GASES DE EFEITO ESTUFA
Data Marco
1988 A WMO e o UNEP estabelecem o IPCC.
1990 O Primeiro Relatório de Avaliação do IPCC é publicado.
4 de junho de 1992 A Convenção é aberta a assinaturas na "Cúpula da Terra", no Rio de Janeiro.
21 de março de 1994 A Convenção entra em vigor.
7 de abril de 1995 A COP1 inicia uma nova rodada de negociações sobre um "protocolo ou outro instrumento legal".
11 a 15 de dezembro de 1995
O IPCC aprova seu Segundo Relatório de Avaliação. Suas conclusões salientam a necessidade de ações políticas fortes.
19 de julho de 1996 A COP2 toma nota da Declaração Ministerial de Genebra, que funciona como um impulso adicional às negociações em andamento.
11 de dezembro de 1997 A COP3 adota o Protocolo de Quioto à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima em Quioto, Japão.
16 de março de 1998 O Protocolo de Quioto é aberto a assinaturas na sede das Nações Unidas em Nova York. Recebe 84 assinaturas em um período de um ano.
2002 "Rio+10" "Cúpula da Terra 2002", dez anos após a "Cúpula da Terra" de 1992.
2003 Entrada em vigor do Protocolo de Quioto
2008 a 2012 Primeiro período de compromisso no âmbito do Protocolo de Quioto.
2013 a 2017 Segundo período de compromisso?
MUDANÇAS DO CLIMAPRINCIPAIS MARCOS
Fonte: IPCC 2007 4th Assessment Report
Existe uma forte correlação entre o aumento da temperatura média do planeta e as emissões de Gases Efeito Estufa (GEE).
Resultados reais observados.Modelagem com influência natural.Modelagem com influência natural e antropogênica.
MUDANÇAS DO CLIMAEFEITOS OBSERVADOS DO AQUECIMENTO GLOBAL
• A COP3 adota o Protocolo de Quioto à Convenção-
Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima em
Quioto, Japão.
• Objetivo: Estabilizar e reduzir as emissões dos Gases
Efeito Estufa (GEE) - CO2, CH4, N2O e outros;
• Divisão dos países em dois grandes grupos: Anexo 1 e
Não Anexo 1.
• Metas de redução para Países do Anexo 1 ( -
5,2% base 1990);
Anexo 1 (20%)• EUA, Japão, Canadá, União Européia, Leste
Europeu, Rússia e países desenvolvidos da
antiga URSS.
Não Anexo 1 (80%)
• Países em Desenvolvimento (Brasil,
China, Índia, etc…).
• Não desenvolvidos da antiga URSS.
• Primeiro período de
compromisso 2008
a 2012.
• Não há metas de redução para os países Não
Anexo 1 no primeiro período de compromisso.
MUDANÇAS DO CLIMAPROTOCOLO DE QUIOTO
Rio 92Rio 92Rio 92Rio 92 CQNUMCCQNUMC186 PARTES186 PARTESCQNUMCCQNUMC186 PARTES186 PARTES
3ª COP/MOP3ª COP/MOP3ª COP/MOP3ª COP/MOP Protocolo Protocolo de Quiotode QuiotoProtocolo Protocolo de Quiotode Quioto
Mecanismos de FlexibilidadeMecanismos de FlexibilidadeMecanismos de FlexibilidadeMecanismos de Flexibilidade
ComércioComérciode Emissõesde Emissões
(Anexo I)(Anexo I)
ComércioComérciode Emissõesde Emissões
(Anexo I)(Anexo I)
ImplementaçãoImplementaçãoConjuntaConjunta(Anexo I)(Anexo I)
ImplementaçãoImplementaçãoConjuntaConjunta(Anexo I)(Anexo I)
MDLMDL(Não Anexo I)(Não Anexo I)
MDLMDL(Não Anexo I)(Não Anexo I)
7ª COP/MOP7ª COP/MOP7ª COP/MOP7ª COP/MOP Acordos de MarraquecheAcordos de MarraquecheAcordos de MarraquecheAcordos de Marraqueche
Meta de Redução(1990: -5%)
Meta de Redução(1990: -5%)
1º Período deCompromisso
(2008-2012)
1º Período deCompromisso
(2008-2012)
Países Anexo IPaíses Não Anexo I
Países Anexo IPaíses Não Anexo I
Greenhouse gases x Global warming potential
MUDANÇAS DO CLIMAGERAÇÃO E OFERTA DE CRÉDITOS DE CARBONO
Gestão InternaConsultoria
Técnica
Partes Interessadas
Atendimento Legal
Pesquisa e Desenvolvimento
Inspeção Ambiental
Engenharia Ambiental
Mitigação de emissõesde GEE
Geração de Créditos de Carbono
Sistema de Gestão Ambiental
Educação Ambiental
PROCESSOS
ArcelorMittal Aços PlanosPROGRAMA DE SUSTENTABILIDADE
Desenvolvimento sustentável
Licenciamento Ambiental
• Capacitação de M.O. local
• Empregos e Renda• Programas:
- Educação- Saúde- Cultura- Meio Ambiente- Sócio-econômico
• Altos-fornos• Shredder• Projetos Futuros
• Identificação de linhas de crédito
• Mecanismos financeiros• Desenvolvimento de projetos• Validação e aprovação• Comercialização dos créditos
de carbono• Indicadores de desempenho
ArcelorMittal Juiz de ForaFundação ArcelorMittal Brasil
ArcelorMittalJuiz de Fora ArcelorMittal Brasil
Comunidade Industrial Florestal Créditos de Carbono
ArcelorMittal BioFlorestas
Lucratividade - Segurança e Saúde - Proteção do Ambiente - Diálogo com todos os parceiros Desenvolvimento de Competências - Inovação e Qualidade - Governança Coorporativa - Empresa Cidadã
• Produtor Florestal• Reflorestamento• Proteção de Mananciais• Unidades de Produção de Carvão
Princípios ArcelorMittal
ArcelorMittal Aços LongosPROGRAMA DE SUSTENTABILIDADE
Outra Entidade Outra Entidade Operacional Operacional DesignadaDesignada
Outra Entidade Outra Entidade Operacional Operacional DesignadaDesignada
AtividadesAtividadesde Projetode ProjetoAtividadesAtividadesde Projetode Projeto
Conselho Executivo Conselho Executivo (ONU)(ONU)
Conselho Executivo Conselho Executivo (ONU)(ONU)
(2) DCP (PDD) – Documento de Concepção de Projeto
(3) Validação
(5) Registro das Atividades de Projeto
(6) Monitoramento
Emissão Emissão Reduzida Reduzida
CertificadaCertificada
Emissão Emissão Reduzida Reduzida
CertificadaCertificada(8) Emissão
Entidade Entidade Operacional Operacional DesignadaDesignada
Entidade Entidade Operacional Operacional DesignadaDesignada
(7) Verificação/Certificação
Metodologia Metodologia de Projetode Projeto
Metodologia Metodologia de Projetode Projeto
Autoridade Autoridade NacionalNacional
Autoridade Autoridade NacionalNacional
(4) Aprovação
Painel de Painel de Metodologia (ONU)Metodologia (ONU)
ParticipantesParticipantesdo Projetodo Projeto
ParticipantesParticipantesdo Projetodo Projeto
(1) Construção da Metodologia de Linha de Base e de Monitoramento
Painel de Painel de Metodologia (ONU)Metodologia (ONU)
Conselho Executivo Conselho Executivo (ONU)(ONU)
Conselho Executivo Conselho Executivo (ONU)(ONU)Carbonização
Programa Produtor Florestal
Gás Natural no Alto Forno
PROJETOS DE CARBONOEtapas de Desenvolvimento
Mudança de Modal
Projeto Industrial
Recuperação de Calor - HRCP
Recuperação de Gás LDG
(9) Comercialização
Objetivo
Recuperar o gás LD através de um adequado sistema e seu uso para co-geração de energia elétrica nas centrais termelétricas, logo deslocando emissões equivalentes da parcela de geração térmica do grid nacional.
ArcelorMittal Aços PlanosCOGERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA COM GÁS LDG
Ignition O2 Blow Stop
0
20
40
60
80
100
Gas Recovery Period
0
10
20
30
40
50
0
2
4
6
8
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CO2 O2CO
Ga
s C
om
po
sitio
n (
%)
Blowing Time (min)
Ga
s C
om
po
sitio
n (
%)CO
CO2
O2
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ignition O2 Blow Stop
0
20
40
60
80
100
Gas Recovery Period
0
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20
30
40
50
0
2
4
6
8
10
CO2 O2
0
10
20
30
40
50
0
2
4
6
8
10
CO2 O2CO
Ga
s C
om
po
sitio
n (
%)
Blowing Time (min)
Ga
s C
om
po
sitio
n (
%)CO
CO2
O2
0 2 4 6 8 10 12 14 160 2 4 6 8 10 12 14 16
75 MWGERADOR
80 MVA
TURBINA
LDG
Limpeza dos Gases
Gasômetro
CTE #4
Registro do Projeto:
2006
Geração de Créditos de Carbono:
45.000 tonCO2eq/ano .
Status:
Concluída 2ª Verificação
Observações•1º projeto de MDL em larga escala registrado na produção integrada de aço mundial.• Uso de metodologia já aprovada para co-geração de energia elétrica com gases de processo. • Adicionalidade demonstrada através de análise de investimento.• Já verificadas e comercializadas 354 mil toneladas de CO2e.
Objetivo
Recuperar o calor gerado na produção de coque de forma a produzir vapor através de trocadores de calor e turbo-geradores, e produção de energia elétrica. Logo, haverá o deslocamento das emissões equivalentes da parcela de geração térmica do grid nacional.
ArcelorMittal Aços PlanosCOGERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NA PRODUÇÃO DE COQUE PELO PROCESSO HEAT RECOVERY
Registro do Projeto (Estimado):
2011
HRSG 2
HRSG 3
HRSG 4
HRSG 5
HRSG 1
CA
LO
R
HRSG 6
HRSG 7
HRSG 8
98 MW
GERADOR
115 MVA
TURBINA
98 MW
GERADOR
115 MVA
TURBINA
ENERGIA ELÉTRICA
Geração de Créditos de Carbono:
250.000 tonCO2eq/ano .(10 anos)
Status:
Aprovação - DNA
Objetivo
Transferência do modal rodoviário para marítimo (barcaças oceânicas) para transporte de bobinas a quente. A redução no consumo de combustível é proporcional à redução das emissões de CO2, uma vez que substitui modal de transporte para uma maior eficiência energética.
ARCELORMITTAL PLANOSMUDANÇA DE MODAL DE TRANSPORTE DE PRODUTOS SIDERÚRGICOS
Registro do Projeto:
Não Definido
Geração de Créditos de Carbono:
125.000 tonCO2eq/ano .
Status:
Desenvolvimento de PDD
Observações
• Desenvolvimento de metodologia específica para o projeto.• Determinado pelo EB a utilização de análise de investimento como condição básica para a adicionalidade.• Em fase de realinhamento do PDD com base na metodologia desenvolvida.
VITÓRIA
CST
SÃO PAULO
SÃO FRANCISCO DO SUL
RS
SC
PR
SP
MG
RJ
Atlantic Ocean
ES
Ocean Barges
VEGA
Registro do Projeto (Estimado):
2012
Geração de Créditos de Carbono:
101.100,00 t CO2 eq / ano (10 anos)
Status:
Desenvolvimento de Metodologia e PDD
ObjetivoQueima dos gases da Carbonização, evitando a emissão do metano na atmosfera
Observações:
Metodologia foi apresentado anteriormente ao Meth Panel e não foi aprovada devido à necessidade de rever o plano de monitoramento proposto. Atualmente estão sendo realizadas medições de gases (CO, CO2, O2 e CH4) nos fornos e chaminé para evidenciar a eficiência na redução das emissões de CH4 na chaminé do queimador. Está prevista de reunião do Meth Panel para avaliação / aprovação em Fev/2012.
ArcelorMittal Aços Longos REDUÇÃO DE METANO NA CARBONIZAÇÃO
Registro do Projeto (Estimado):
2012
Geração de Créditos de Carbono:
12.700 t CO2 eq/ano. (7 anos)
Status:
Preparatório para Validação
Objetivo
Plantar 30,000 hectares de eucalipto com o seqüestro e armazenamento de CO2 em florestas plantadas.
Observações
• Primeiro projeto de MDL programático desenvolvido para florestas;• Primeira cooperativa para projetos de MDL no mundo (Programa Produtor Florestal);• Demonstração da adicionalidade depende do Projeto Industrial;• Necessidade de fiscalização freqüente das áreas plantadas.
ArcelorMittal Aços Longos SEQUESTRO DE CO2 EM FLORESTAS PLANTADAS
Registro do Projeto (Estimado):
2012
Geração de Créditos de Carbono:
464.908 ton CO2 eq/ano . (7 anos)
Status:
Validação – Análise da DNV das respostas às constatações de auditoria
Objetivo
Utilização de bio-redutor em dois altos-fornos na unidade de Juiz de Fora. Uma vez que o mesmo é produzido a partir de fontes renováveis, o balanço de emissões de CO2 é zero.
Observações
• A aprovação desta metodologia foi conduzida pela ArcelorMittal Brasil Aços Longos e o Grupo Estratégico de Carvão Vegetal. Deverá ser o primeiro projeto registrado sob esta abordagem. • Adicionalidade demonstrada por análise de barreiras, aguardando relatório final da DOE.
ArcelorMittal Aços Longos PROJETO INDUSTRIAL: USOS DE BIO-REDUTOR EM ALTOS FORNOS
Conclusões
• Os 06 projetos atuais em desenvolvimento pela ArcelorMittal Brasil totalizam créditos de carbono da ordem de 10 milhões de toneladas de CO2eq ao longo de 10 anos.
• Foram desenvolvidas 02 metodologias (Carbonização e Mudança de Modal) como contribuição à comunidade mundial.
• A experiência acumulada pela empresa permeou todas as etapas do MDL, desde a sua concepção, metodologias, aprovações, registros e comercialização dos créditos gerados.
Obrigada!Luciana C. Magalhães