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Page 1: Ética em Deleuze - Luiz B. L. Orlandi

Encontros Intensivos

Entretempos

Criação: Como recomeçar o novo? (pergunta deleuziana) Ex.: Você usa a força da gravidade para movimentar um moinho...

Recomeçar o novo em todas as áreas. Artes. Filosofia (linguagem). Religião. Política.

Em Deleuze não há morte da filosofia.

O filósofo é um re-criador de conceitos.

Iniciativa.

Destruir a monotonia.

Ressonância.

Vontade de Potência é uma disparação intensiva que não depende da sua consciência.

Deleuze relaciona a Vontade de Potência de Nietzsche à ética.

A consciência (assim como o corpo) não dá conta de tudo que aquilo que nos atravessa.

Você não quer “verdadeiramente” quando não está tomado pela intensidade.

Ética não é Moral que procura “filiar-se” a dispositivos do dever.

Ética é (ou está) na imanência (em Deleuze).

A ética te conecta com modos de vida.

O que vc quiser, queira-o até a enésima potência.

Aproximar-se da forma superior da Vontade de Potência é entregar-se a uma virtude que doa. A virtude que dá... (nos encontros), a virtude da doação.

Eu não sou o “Faraó” do grupo, mas sim o colaborador do grupo.

Somos condenados a absorver (capturar) partes do mundo para sobrevivência. Isso ocorre também com linguagem.

Eu “absorvo” o mundo e o mundo me absorve. (relações constitutivas)

Somos “condenados” a capturar partes do mundo pra sobreviver e insistir na sobrevivência.

Isto ocorre também nas idéias... no espírito.

Cada corpo combina-se “dificilmente” com os outros.

Como estabelecer uma coexistência intensiva para melhor?

Page 2: Ética em Deleuze - Luiz B. L. Orlandi

Somos graus de potência (essência singular que me constitui) infinita da natureza. Em cada situação aumenta-se ou diminui essa potência.

A tristeza revela que estou “perdendo” potência e a alegria revela “ganho” de potência.

Potência é intensidade.

O reencontro acontece no outro.

Intensivo entrelaçado ao extensivo na pulsação da existência.

Prefiro morrer vivendo do que viver morrendo.

Há os encontros “corporais” e há também (nestes mesmos encontros) os incorporais.

Quando Proust mastiga seu “torrão” de açúcar ele fica extasiado e se pergunta (esta alegria não pode ter nascido deste pequeno torrão) – em verdade, ele resgata aquele bloco da infância que restaura sua intensidade naquele momento.

Devemos aprender a “acolher” o acontecimento. (Eu quero ser “dono” deste último acontecimento).

O ovo para os estóicos: a lógica é a casca – a física da natureza é a gema – a clara é a ética.

Sem o caos não há como se criar nada. Ele é o nosso pressuposto.


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