Estratégia de Controle da MORTALIDADE MATERNA
Dr. Jorge Telles
Secretaria da Saúde do RSDepartamento de Ações em Saúde
SEÇÃO DE SAÚDE DA MULHER
MORTALIDADE MATERNA NO MUNDO
Canadá e EUA: 9 óbitos / 100.000 NV
Bolívia, Peru e Haiti: 200 óbitos / 100.000 NV
Chile, Cuba, Costa Rica e Uruguai: ↓ 40 óbitos /100.000 NV
Brasil (2002):74,5 óbitos /100.000 NV
POPULAÇÃO1.090.4784.394.221890.7981.096.320950.7721.006.610880.620Hospitais selecionados para referência em
gestação de alto risco
LEGENDALEGENDA
Mortalidade Materna no ano de 2006
Mortalidade Materna no ano de 2005
Mortalidade Materna no ano de 2004
Mortalidade Materna RS 2004-2006
REDUÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA
MOVIMENTOS MUNDIAIS
1. INCIATIVA PARA UMA MATERNIDADE SEGURA. ( 50% até 2000) Nairóbi, 1987;
2. PLANO REGIONAL PARA REDUÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA NAS AMÉRICAS. ( 75% até 2015) 23a Conferência Sanitária Pan-Americana , 1990;
3. DECLARAÇÃO DA CÚPULA DAS NAÇÕES PARA O MILÊNIO. (Inadequação da ações propostas, 2000).
4. CONSENSO ESTRATÉGICO INTERAGENSIAL PARA AMÉRICA LATINA E CARIBE. Washington DC: PAHO, 2003.
5. DECLARAÇÃO DA GUATEMALA. FLASOG / OPAS, 2004.
Comitês de Mortalidade Maternano Brasil
• 1984 – Implantação de Comitês de MM – PAISM (Política de Assistência Integral à Saúde da Mulher)
• 1987 – Desenvolvimento dos Primeiros Comitês – São Paulo, Paraná, Goiás e Rio de Janeiro
• 1993 a 96 – Implantação de Comitês Estaduais de MM
• 1994 – Criação da Comissão Nacional de MM• 2005 – 27 Comitês Estaduais de MM; 172
Regionais 748 municipais e 206 Hospitalares
Seminário Estadual de Atenção Obstétrica e Neonatal Humanizada Baseada em Evidências Científicas
• Foi realizado de 24-28 de abril de 2006 (10 turnos)• Organizado e Coordenado pelo MS• Foram convidados 15 Hospitais de Referência para
GAR – 13 compareceram• Representantes da Obstetrícia e Neo (profissionais
médicos e enfermeiros)• Elaboração de Projeto para cada hospital
Plan de Accion Regional para la Reduccion de la Mortalidad Materna en la Americas. 1990
• Garantizar el Acceso y Seguimiento a la Planificacion Familiar
• Brindar Atencion para la Prevencion del Aborto y Garantizar la Asistencia para los casos de Aborto Incompleto
• Garantizar el Seguimiento del Puerperio• Poner en Marcha y/o Reforzar Redes de Bancos de
Sangre
• Instaurar y Mantener Comites de Mort. Materna a Nivel Nacional y local
Estrategias de Intervencion
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Pasos para disminuir la mortalidad materna
1. Considerar el tema de mortalidad materna como un problema de derechos humanos y justicia social.
2. Promover la salud materna como una inversion economica y social vital.
3. Retrasar la Maternidad.4. Prevenir el embarazo no deseado.5. Prevenir el aborto no seguro.6. Reconocer que todo embarazo tiene un riesgo.7. Asegurar personal entrenado para atender el parto.8. Facilitar el acceso a los servicios de salud materna.9. Mejorar la calidad de los servicios de salud materna.10. Supervisar y medir el progreso.
QUALQUER PROGRAMA DE COMBATE À MORTALIDADE MATERNA DEVE INCLUIR :
• Parto hospitalar com acesso a banco de sangue.
• Detecção e tratamento pré-natal das infecções genito-urinárias.
• Educação médica para combate ao uso abusivo da cesariana.
• Detecção pré-natal das desordens hipertensivas, com referência das pacientes aos hospitais de atenção terciária.
• Detecção precoce e tratamento do TP disfuncional com uso de partogramas.
• Planejamento familiar para prevenção da gestação indesejada.
COMITÊS DE MORTE MATERNA
• organismos de natureza interinstitucional, multiprofissional e confidencial
• visam analisar todos os óbitos maternos e apontar medidas de intervenção para a sua redução
• importante instrumento de acompanhamento e avaliação permanente das políticas de atenção integral à saúde da mulher.
FINALIDADES E FUNÇÕES
• Análise do óbito materno• Definição de medidas de intervenção• Mobilização• Informação• Educação
Prevenção da Mortalidade Materna
Ações SES – Saúde da Mulher/NIS• Investigação da Mortalidade da Mulher em Idade Fértil (MIF)• Incentivo à criação de Comitês Municipais e Hospitalares• Boletins de Mortalidade Materna Semanal (NIS)• Adesão ao Pacto Nacional para Redução da Morte Materna• Decreto Lei estruturando o Comitê Estadual de MM• Subsídios a 29 Hospitais de referência para Alto Risco no Estado• Capacitação no ALSO – Advanced Live Survive Support in
Obstetrics• Finalização das Análises de Óbitos Maternos 2007• Elaboração de fluxo na SES e adequação de prazos para
investigação dos óbitos• Reuniões do Comitê Estadual de Morte Materna
CARACTERÍSTICAS TÍPICAS DA VÍTIMA DE
MORTE MATERNA NO SUL DO BRASIL
• Idade : 20 - 29 anos.
• Escolaridade : < de 4 anos.
• Renda : < de 3 salários mínimos.
• Estado civil: solteira.
• Intervalo interpartal: < de 2 anos.
• No de gestações: > do que 4.
• Tipo de parto: cesariana.
Fonte: adaptado de CEMM do Paraná, Relatório Trienal, 1994 - 1996.
Intervenções na Morte Materna
Promover cultura e saúde
Detectar patologias pré-gestacionais
Gestação de Alto-Risco
Gestação não
planejada
Abortamento provocado
Consulta pré-concepção para
detectar o
Risco reprodutivo
IntensificarPlanejamento Familiar
Morte Materna
Aprimorar Sistema de saúde:
Referência - Contra-Referência
Regulação de leitos hospitalares
Preparar os profissionais para reconhecer e agir antes e durante urgências
FEBRASGO
Gestante
Detectar Risco Materno Pré-Natal e no Parto
Diagnóstico Pré-Natal
Assistir o Aborto
Prevenção da Mortalidade Materna
Conclusões• Pode ser evitada na imensa maioria dos casos• Traduz exclusão social, sistema de saúde não
eficientemente capacitado • É uma questão de gênero e de Direitos Humanos• Prevenção é de responsabilidade do Gestor Público,
dos Prestadores de Serviço e de toda a Sociedade• Precisamos melhorar nossos registros e incentivar os
Comitês
““Não só porque as mulheres se encontram nos melhores anos de suas vidas...
não só porque a morte pela gravidez ou parto é uma das piores formas de morrer...
mas, antes de tudo, porque quase todas as mortes maternas poderiam ter sido evitadas e não se deveria permitir que ocorressem”
Mahmoud Fathalla,
Ex Presidente da Federação Internacional de
Obstetrícia e Ginecologia