José Carlos Alves Roberto, Msc - [email protected].
Empreendedorismo,
transformando idéias em negócios
(Introdução)
Prof. Jose Carlos Alves Roberto, Msc. Baseado no Livro do Dr. José Dornelas, sobre
Empreendedorismo
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Origem do Termo
“O termo empreendedor vem do francês entrepeneur que significa: aquele que assume
riscos e começa algo novo.”
O empreendedor é a pessoa que inicia e ou opera um negócio para realizar uma idéia ou projeto pessoal assumindo riscos e responsabilidades e
inovando continuamente.
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Diferença entre o Empreendedor x
Intra-Empreendedor O Empreendedor Clássico é aquele que identifica um nicho de
mercado e ou produto e se lança em um negócio por conta própria e é geralmente o dono do capital e por conseguinte se apropriará dos resultados das atividades
O Intra-Empreendedor é o individuo que atua internamente na
organização e na maioria das vezes não é proprietário, não é sócio , não é dono de equipamento algum e nem tampouco do capital. Porém, não significa que não possa ter idéias, criar produtos, inovar ou modificar processos. Ou seja, agregar valor ao negócio. É prudente que as organizações possuam programas de incentivos e desenvolvimento de pessoas de tal sorte a encorajá-las na busca da inovação.
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A revolução do empreendedorismo
“O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século 21 mais do que a revolução industrial foi para o século 20” (Timmons, 1990)
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Definindo o tema
Como você definiria empreendedorismo?
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Empreendedorismo, o que é?
Historicamente, empreendedorismo tem sido definido como uma maneira diferenciada de alocação de recursos e otimização de processos organizacionais, sempre de forma criativa, visando à diminuição de custos e melhoria de resultados.
Percebe-se ainda que o termo é constantemente relacionado à
criação de novos negócios, geralmente micro e pequenas empresas. Por trás destes negócios estão indivíduos diferenciados, conhecidos por empreendedores.
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Empreendedorismo, o que é?
Isto tem gerado certa confusão de definições, pois muitas pessoas têm considerado o empreendedorismo como sendo sinônimo do ato de abrir empresas.
Definições mais abrangentes mostram que o empreendedorismo
vai além do ato de abrir novas empresas e que pode estar relacionado a vários tipos de organizações, em vários estágios de desenvolvimento.
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Exemplos de definições clássicas
A Harvard Business School considera que empreendedorismo é “a identificação de novas oportunidades de negócio, independentemente dos recursos que se apresentam disponíveis ao empreendedor”.
O Babson College define o termo de forma ainda mais
abrangente: “empreendedorismo é uma maneira holística de pensar e de agir, sempre com obsessão por oportunidades, e balanceada por uma liderança”.
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Detalhando um pouco mais…
O ato de empreender está relacionado à identificação, análise e implementação de oportunidades de negócio, tendo como foco a inovação e a criação de valor.
Isto pode ocorrer através da criação de novas empresas, mas
também ocorre em empresas já estabelecidas, organizações com enfoque social, entidades de natureza governamental etc.
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Aplicações do empreendedorismo
O empreendedorismo aplica-se a uma variedade de organizações em seus vários estágios de desenvolvimento, como por exemplo:
– Uma pequena empresa em início de desenvolvimento – Uma média empresa em fase de crescimento – Uma empresa familiar em fase de profissionalização – Uma ONG (Organização Não Governamental) – Em entidades e órgãos públicos – Em associações e cooperativas – Em empresas já estabelecidas, que buscam renovação e
crescimento
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Empreendedorismo
Feitas estas ressalvas, pode-se então apresentar o objetivo do
se estudar empreendedorismo como disciplina. Normalmente, no caso das Instituições de Ensino Superior no Brasil, grande enfoque é dado ao empreendedorismo de criação de novos negócios.
Desta forma, o foco do livro “Empreendedorismo,
transformando idéias em negócios” é a criação e gestão de negócios em fase inicial de desenvolvimento, as chamadas micro e pequenas empresas, ou “startups”; bem como o entendimento do papel do empreendedor neste contexto.
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Quem é o empreendedor?
Para que o empreendedorismo ocorra nas organizações haverá a necessidade de pessoas que o façam acontecer, ou seja, os empreendedores.
“O empreendedor é aquele que faz acontecer, antecipa-se aos fatos e
tem uma visão futura da organização” (Dornelas, 2001) “O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente
através da introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização, ou pela exploração de novos recursos e materiais” Joseph Schumpeter (1949)
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Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos
• O empreendedor é aquele que percebe uma oportunidade e cria meios (nova empresa, área de negócio, etc.) para persegui-la.
• O processo empreendedor envolve todas as funções, ações, e atividades associadas com a percepção de oportunidades e a criação de meios para persegui-las
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O empreendedor
• Em qualquer definição de empreendedorismo encontram-se, pelo menos, os seguintes aspectos referentes ao empreendedor:
– Iniciativa para criar/inovar e paixão pelo o que faz
– Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa transformando o ambiente social e econômico onde vive
– Aceita assumir os riscos e a possibilidade de fracassar
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Quem é o empreendedor?
Alta
Inventor Empreendedor
A grande maioria
Gerente, Administrador
Criatividade e Inovação
Baixa
Alta
Habilidades gerenciais e know-how em business
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Evolução das teorias administrativas 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000
Movimento de Racionalização do trabalho: foco na gerência administrativa.
Movimento das Relações humanas: foco nos processos
Movimento do Funcionalismo estrutural: foco na gerência por objetivos
Movimento dos Sistemas abertos: foco no planejamento estratégico
Movimento das Contingências ambientais: foco na competitividade
Não se tem um movimento predominante, mas há cada vez mais o foco no papel do empreendedor como gerador de riqueza para a sociedade.
Obs.: Movimento : refere-se ao movimento que predominou no período. Foco : refere-se aos conceitos administrativos predominantes.
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O “velho” modelo econômico (a era da manufatura)
• Dirigido pelos modelos clássicos
• Recursos escassos eram materiais raros
• Força de trabalho (poder dos músculos)
• Retornos pequenos
• Economias de escala
• Barreiras de entrada
• Ativos físicos
• Sobrevivência dos maiores
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O “novo” modelo econômico (a era da inovação empreendedora) • Dirigido por novos modelos de negócios
• Recursos escassos são imaginação e conhecimento
• Retornos maiores
• Baixas barreiras de entrada
• Ativos intelectuais
• Poder do conhecimento
• Sobrevivência dos mais rápidos
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Por que empreendedorismo? • Reino Unido
– Em 1998 publicou um relatório a respeito do seu futuro competitivo, o qual enfatizava a necessidade de se desenvolver uma série de iniciativas para intensificar o empreendedorismo na região
• Alemanha – Tem estabelecido vários programas que destinam recursos financeiros,
e apoio na criação de novas empresas. Na década de 90, aproximadamente 200 centros de inovação foram criados, provendo espaço e outros recursos para empresas start-ups
• Finlândia – Em 1995, o decênio do empreendedorismo foi lançado na Finlândia
com vistas a: criar uma sociedade empreendedora, promover o empreendedorismo como uma fonte de geração de emprego e incentivar a criação de novas empresas.
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Por que empreendedorismo?
• Israel – Programa de Incubadoras Tecnológicas (+ de 500 negócios já foram
criados nas 26 incubadoras do projeto) – Houve ainda uma avalanche de investimento de capital de risco nas
empresas israelenses, sendo que mais de 100 empresas criadas em Israel encontram-se com suas ações na NASDAQ (Bolsa de ações de empresas de tecnologia e Internet, nos EUA).
• França – Iniciativas para promover o ensino de empreendedorismo nas
universidades, particularmente para engajar os estudantes. – Incubadoras baseadas nas universidades estão sendo criadas; uma
competição nacional para novas empresas de tecnologia foi lançada; e uma fundação de ensino do empreendedorismo foi estabelecida.
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Por que empreendedorismo?
• A década de 90 foi a década do empreendedorismo nos EUA – Desfrutou de 8 anos de crescimento econômico, o período mais longo
de crescimento contínuo no século 20. – Boom da Internet – Crescimento do venture capital – Ganhos vultosos nas bolsas de Nova York e Nasdaq – Novos jovens milionários
• Conclusão do Departamento de Comércio – “A conjunção desse intenso dinamismo empresarial e rápido
crescimento econômico, somados aos baixos índices de desemprego e baixas taxas de inflação, aparentemente apontam para uma única conclusão: o empreendedorismo é o combustível para o crescimento econômico, criando emprego e prosperidade”.
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Iniciativas de suporte ao empreendedorismo no Brasil Começam a aumentar...
– Softex (Genesis) – Empretec (SEBRAE) – Brasil Empreendedor – Projeto REUNE (CNI/IEL) – Começa a haver a figura do capitalista de risco – Crescimento das incubadoras de empresas tradicionais, tecnológicas e
mistas – Ensino de empreendedorismo nas universidades – Entidades de apoio (Sebrae, Endeavor, Instituto Empreendedor do Ano
da Ernst & Young...) – Alternativas de financiamento: Fapesp, Finep, Angels, VCs... – Crescimento de franquias
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A experiência brasileira
• Assunto começa a ser discutido no mundo acadêmico no início da década de 80
• Permanece na periferia da academia por vários anos
• Nos anos 90 começam a surgir os primeiros programas ligados aos cursos de tecnologia, via ação induzida de entidades de fomento (CNI/IEL, Softex etc.)
• Maior visibilidade acontece quando o foco na pequena empresa passa a ser prioridade governamental com vistas à geração de emprego (ex.: Programa Brasil Empreendedor)
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A experiência brasileira
• Brasil segue tendência mundial e questões como inovação tecnológica, capital de risco, transferência de tecnologia etc., predominam na agenda da época (segunda metade da década de 90)
• Grandes oportunidades surgem para criação de empresas ponto.com
• Disciplinas de empreendedorismo são criadas em todo o país, ligadas aos mais variados cursos superiores (administração, engenharia, computação, turismo…)
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Por que empreendedorismo? Mortalidade de Pequenas Empresas
69% 63%51% 47%
40%
31% 37%49% 53%
60%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
(fund. Em 2001) (fund. em 2000) (fund. em 1999) (fund. em 1998) (fund. em 1997)
Emp. com 1 ano Emp. com 2 anos Emp. com 3 anos Emp. com 4 anos Emp. com 5 anos
Empresas em atividade Empresas encerradas
Fonte: Sebrae-SP, 2003
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Mobilidade Social e Empreendedorismo
Números da mobilidade
82% dos milionários brasileiros construíram a própria fortuna
66% das empresas privadas que estavam na lista das 50 maiores de Exame há 30 anos desapareceram do ranking
30% das fortunas brasileiras são ligadas ao agronegócio
200% foi o aumento do número de pessoas que compraram carros na Região Norte, conhecida pelo seu histórico atraso, nos últimos 15 anos
8% foi o aumento do número de milionários no Brasil num período de dois anos mobilidade
65% foi o aumento da renda per capita na Região Centro-Oeste nos últimos 15 anos
Fontes: IBGE, Ministério da Agricultura, USP e Inpe, Revista Exame (out/2004)
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Melhores e maiores As maiores em cada fase
Eis a lista das maiores companhias privadas com atuação no Brasil da década de 50 até 2004
ANO SETOR EMPRESA
1954 Indústrias Reunidas F. Matarazzo Industrial
1964 São Paulo Light S/A Serviços
1974 Volkswagen Industrial
1984 Shell Industrial
1994 Autolatina Brasil (Volkswagen) Industrial
2004 Telemar Serviços
Fontes: Melhores e Maiores (de 1974 a 2004); "Quem é quem na economia brasileira", revista Visão
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Total Entrepreneurial Activity [TEA] Index
• Baseado em pesquisa com população adulta
• Localizar empreendedores em atividade
• Contar aqueles em fase start-up – Ativos, iniciativa própria, sem pagamento de salários/recebimentos por mais de 3 meses
• Contar aqueles proprietários/gerenciando o próprio negócio – Ativos, com salários/recebimentos no período de 3-42meses
• Adicioná-los em conjunto ao índice TEA – Considerar apenas uma vez se a pessoa estiver em ambos, como 6% estão
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ATIVIDADE EMPREENDEDORA TOTAL POR PAÍS
Fonte: GEM 2003
Brasil na sexta posição
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Fatores associados com maiores níveis de atividade empreendedora (GEM)
• Percepção da oportunidade
• Fatores sociais e culturais
• Educação (segundo grau e universitário) • Participação das mulheres
• Experiência
• Suporte financeiro para start-ups