Universidade Federal do Tocantins
Câmpus Universitário de Gurupi Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal
AQUILES RHUAN BANDEIRA NERES PINHEIRO
EFEITO DA INOCULAÇÃO DE Trichoderma NA PROMOÇÃO DO
CRESCIMENTO DE FORRAGENS NO CERRADO TOCANTINENSE
GURUPI - TO 2016
Universidade Federal do Tocantins
Câmpus de Gurupi Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal
AQUILES RHUAN BANDEIRA NERES PINHEIRO
EFEITO DA INOCULAÇÃO DE Trichoderma NA PROMOÇÃO DO
CRESCIMENTO DE FORRAGENS NO CERRADO TOCANTINENSE
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Produção Vegetal da Universidade Federal do Tocantins como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Produção Vegetal.
Orientador: Prof. Dr. Aloísio Freitas Chagas Junior
2016
GURUPI - TO 2016
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Tocantins
P654e Pinheiro, Aquiles Rhuan Bandeira Neres.EFEITO DA INOCULAÇÃO DE Trichoderma NA PROMOÇÃO DO
CRESCIMENTO DE FORRAGENS NO CERRADO TOCANTINENSE. /Aquiles Rhuan Bandeira Neres Pinheiro. – Gurupi, TO, 2016.
72 f.
Dissertação (Mestrado Acadêmico) - Universidade Federal doTocantins – Câmpus Universitário de Gurupi - Curso de Pós-Graduação (Mestrado) em Produção Vegetal, 2016.
Orientador: Aloísio Freitas Chagas Junior
1. Biocontrole. 2. Promotor de crescimento. 3. Forrageiras. 4.Trichoderma. I. Título
CDD 635
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Universidade Federal do Tocantins Câmpus de Gurupi Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal
Defesa nº 02/2016
ATA DA DEFESA PÚBLICA DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DE AQUILES RHUAN BANDEIRA NERES PINHEIRO, DISCENTE DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
PRODUÇÃO VEGETAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
Aos 4 dias do mês de fevereiro do ano de 2016, às 14:00 horas, na Sala de número 15 do Bloco BALA II, reuniu-se a Comissão Examinadora da Defesa Pública, composta pelos seguintes membros: Prof. Orientador Dr. Aloisio Freitas Chagas Junior do Câmpus Universitário de Gurupi/ Universidade Federal do Tocantins (UFT), Profa. Dra Lillian França Borges Chagas, do Campus Universitário de Gurupi/ UFT, e Dr. Saulo de Oliveira Lima, do Câmpus Universitário de Gurupi/ Universidade Federal do Tocantins (UFT), sob a presidência do primeiro, a fim de proceder a arguição pública da DISSERTAÇÃO DE MESTRADO de AQUILES RHUAN BANDEIRA NERES PINHEIRO, intitulada "EFEITO DA INOCULÇÃO DE Trichoderma NA PROMOÇÃO DO CRESCIMENTO DE FORRAGENS NO CERRADO TOCANTINENSE". Após a exposição, o discente foi arguido oralmente
pelos membros da Comissão Examinadora, tendo parecer aprovado, habilitando-o(a) ao título de Mestre em Produção Vegetal. Nada mais havendo, foi lavrada a presente ata, que, após lida e aprovada, foi assinada pelos membros da Comissão Examinadora.
Dra. Lillian França Borges Chagas
Universidade Federal do Tocantins
Dr. Saulo de Oliveira Lima
Universidade Federal do Tocantins
Dr. Aloisio Freitas Chagas Junior Universidade Federal do Tocantins
Orientador e presidente da banca examinadora
Gurupi, 4 de fevereiro de 2016.
Dr. Rodrigo Ribeiro Fidelis Coordenador do Programa de Pós-graduação em Produção Vegetal
Aos meus pais José Wilson Alves Pinheiro (in memorian)
e Leonete Bandeira Neres Pinheiro,
que sempre acreditaram
e fizeram dos meus, os seus sonhos.
DEDICO
AGRADECIMENTOS
Á Deus, por todas as bênçãos concedidas e por toda proteção durante os
momentos difíceis desta caminhada.
Ao meu pai José Wilson (in memorian), por todo cuidado, amor, zelo e
dedicação, pelos ensinamentos e por sempre acreditar! Mesmo não estando
presente posso sentí-lo constantemente ao meu lado, me direcionando, guardando e
protegendo. E se outras vidas eu viver, que eu tenha a sorte de ser seu filho
novamente em todas elas. Muito obrigado por tudo! Você sempre estará presente
nas minhas orações, nos meus pensamentos e no meu coração. SAUDADES...
À minha mãe, meu irmão Airque Pinheiro, meus avós e demais familiares
pelo incentivo diário, amor, carinho, companheirismo e compreensão. Vocês são
exemplo e a base de tudo.
Aos colegas de Mestrado pelos dois anos de convivência, amizade e
aprendizado.
A todos os colegas, que acabaram se tornando amigos, que fizeram e fazem
parte do grupo de pesquisa Micro-Bio – UFT.
Ao meu orientador Prof. Dr. Aloisio Freitas Chagas Junior, por sua paciência
confiança, compreensão, ensinamentos, conselhos e principalmente pela amizade.
Aos professores do programa de pós-graduação da UFT por todo
conhecimento transmitido.
Aos membros da banca, pela disponibilidade em contribuir.
Ao Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal- UFT, por possibilitar
a concretização desse trabalho.
Aos colegas de trabalho da prefeitura do campus de Palmas - UFT, por todo
apoio, incentivo e compreensão, em especial ao meu chefe Luciano.
À Empresa JCO fertilizantes por todo apoio à pesquisa que foi
imprescindível para a realização e desenvolvimento deste projeto.
A todos amigos que a vida me deu e aos colegas-amigos de trabalho da
UFT campus de Gurupi, que torceram, acreditaram e incentivaram durante esta
árdua jornada.
Muito obrigado!
RESUMO
Os fungos do gênero Trichoderma são capazes de promover interações simbióticas
com as raízes das plantas, possibilitando aumento na qualidade e na produção de
biomassa, através da síntese de substâncias estimuladoras do crescimento,
aumentando a disponibilidade e promovendo a absorção de nutrientes presentes no
solo. Além de atuar como agentes de controle de doenças. Diante disso, este
trabalho teve como objetivo avaliar a resposta de diferentes forrageiras à inoculação
de Trichoderma, no cerrado tocantinense. Foram testados dois produtos que levam
em sua composição fungos do gênero Trichoderma, o produto TrichoPlus na forma
pó (Utilizado no experimento do capítulo III) e granulado (Utilizados nos capítulos I, II
e III) e o TrichoMix granulado (Utilizado no capítulo I), que também leva em sua
composição o microrganismo Paecilomyces, gênero de fungos nematófagos. As
espécies forrageiras testadas neste trabalho foram: Brachiaria decumbens cv.
Basilisk, Brachiaria ruziziensis, Brachiaria brizantha cv. Marandu, Brachiaria
brizantha cv. MG-4, Brachiaria brizantha cv. MG-5 e Panicum maximum cv.
Mombaça. Para a promoção de crescimento por Trichoderma nas forrageiras
Brachiaria brizantha cv. Marandu e Brachiaria ruziziensis, a campo em Porto
Nacional (Capítulo I), observou-se resultados positivos e superiores nos tratamentos
inoculados, em relação ao tratamento não inoculado (testemunha), apresentando
ganhos em quantidade e qualidade de pastagem, na ordem de 69 a 154% e de 19 a
69%, respectivamente. O mesmo ocorreu no segundo capítulo onde se avaliou a
resposta da promoção de crescimento por Trichoderma em Brachiaria brizantha cv.
Marandu, em solos com e sem adubação fosfatada, observando maior incremento
nos tratamentos inoculados, porém verificou-se maior resposta relacionada ao
incremento de biomassa nos solos sem adubação fosfatada, apresentando maiores
ganhos, comparados à testemunha, principalmente nos dados obtidos na primeira
avaliação aos 30 dias, tendo incremento superior a 18% em solos com adubação e
superior a 100% em solos sem adubação fosfatada. Quanto ao efeito de
Trichoderma na biomassa e produtividade de diferentes espécies forrageiras em
casa de vegetação (Capítulo III), também constatou-se ganhos em produtividade,
tendo as espécies forrageiras Brachiaria brizantha cv. MG-4, Brachiaria brizantha cv.
MG-5, Panicum maximum cv. Mombaça e Brachiaria decumbens cv. Basilisk
resultados superiores nos tratamentos inoculados em relação às suas testemunhas.
Destaque para os tratamentos, aos 30 dias, que utilizou TrichoPlus em pó, nas
forrageiras B. brizantha cv. MG-4, B. brizantha cv. MG-5, P. maximum cv. Mombaça
e para o tratamento TrichoPlus na forma granulado da B. decumbens cv. Basilisk,
obtendo, respectivamente, incremento de biomassa na ordem de 314, 410, 342 e
344%, em relação à testemunha. Os resultados desde trabalho comprovam a
eficiência do Trichoderma que compõem os produtos TrichoPlus e TrichoMix
testados como promotores do crescimento de forragens a campo e em casa de
vegetação.
Palavras-chave: Promotor de crescimento vegetal; Trichoderma; produtividade;
forrageiras.
ABSTRACT
Fungi from Trichoderma species are capable to promote symbiotic interactions with
the roots of the plants, making possible the increase in quality and production of
biomass, through the synthesis of stimulating growing substances, a rise at
availability and stimulation at the nutrientes absorption presents in soil. It also acts as
agents of disease control. Therefore, this study had as objective evaluate the answer
of different forage plants to the inoculation of Trichoderma, in the Cerrado, region of
Tocantins. Were tested two products that has in their composition the fungi from
Trichoderma species, the TrichoPlus product in powder form (used at the
experimente in Chapter III), and in pellets (used in Chapters I, II and III), and pellet
TrichMix (used in Chapter I), that also contains Paecilomyces microorganism, genus
of nematophagous fungi. The forage species tested in this study were: Brachiaria
decumbens cv. Basilisk, Brachiaria ruziziensis, Brachiaria brizantha cv. Marandu,
Brachiaria brizantha cv. MG-4, Brachiaria brizantha cv. MG-5 and Panicum maximum
cv. Mombaça. For the promotion in growth by Trichoderma in forages like Brachiaria
brizantha cv. Marandu and Brachiaria ruziziensis, in the field at Porto Nacional,
observed positive and superior results at the inoculated treatments, compared with
the treatment without innoculation (witness), reporting gains in quality and quantity
for the pasture. The same occured in the second trial that evaluate the answer of the
promotion in growth by Trichoderma in Brachiaria brizantha cv. Marandu, in soils with
and without phosphate fertilization notting an increase of the biomass on innoculated
treatments, however verified greater response related to the biomass increase in
soils without phosphate fertilization, presenting better gains, compared to the
witness, specially in data obtained at first evaluation to 30 days, having a superior
increase in 18% in soils with fertilization and higher to 100% in soils without
phosphate fertilization. Thinking about the effect of Trichoderma on biomass
productivity of different species of forage in greenhouse, also confirmed that gains in
productivity, having the forage species of Brachiaria brizantha cv. MG-4, Brachiaria
brizantha cv. MG-5, Panicum maximum cv. Mombaça and Brachiaria decumbens cv.
Basilinsk a huge prominence, compared to the species Brachiaria ruziziensis,
Brachiaria brizantha cv. Marandu. Emphasis for the treatments, in 30 days, that used
TrichoPlus in powder form, on forages like B. brizantha cv. MG-4, B. brizantha cv.
MG-5, P. maximum cv. Mombaça and for the treatment TrichoPlus in a pellet formo f
B. decumbens cv. Basilinsk, resulting, respectively, increase of biomass in an order
of 314, 410, 342 and 344%, compared to the treatment without innoculation. The
results from this study prove that the efficiency of Trichoderma which compounds
TrichoPlus e TrichoMix tested as growth promoters in forage at field and greenhouse.
Key Words: Plant growth promoter, Trichoderma, productivity, forage plants.
SUMÁRIO
SUMÁRIO ................................................................................................................ VII
LISTA DE TABELAS .............................................................................................. VIII
1 INTRODUÇÃO GERAL .......................................................................................... 13
2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................... 15
2.1 FORRAGEIRAS – ASPECTOS GERAIS ..................................................................... 15 2.2 GÊNERO BRACHIARIA – ASPECTOS GERAIS ........................................................... 15 2.3 GÊNERO PANICUM .............................................................................................. 17 2.4 GÊNERO TRICHODERMA – ASPECTOS GERAIS ....................................................... 17 2.5 PROMOÇÃO DE CRESCIMENTO EM PLANTAS POR TRICHODERMA ............................. 18
3 CAPÍTULO I ........................................................................................................... 19
3.1 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 19 3.2 RESULTADOS .................................................................................................... 21 3.3 DISCUSSÃO ...................................................................................................... 26 3.4 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 28
4 CAPITULO II ......................................................................................................... 29
4.1 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 29 4.2 RESULTADOS .................................................................................................... 31 4.3 DISCUSSÃO ...................................................................................................... 38 4.4 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 40
5 CAPÍTULO III ........................................................................................................ 41
5.1 MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................ 41 5.2 RESULTADOS .................................................................................................... 43 5.3 DISCUSSÃO ........................................................................................................ 62 5.4 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 64
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 65
7. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 66
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Número de perfilhos iniciais aos 15 dias, número de folhas e biomassa da parte aérea de Brachiaria ruziziensis inoculada com TrichoPlus e TrichoMix granulados no solo, nas doses recomendadas (DR) e dobro da dose recomendada (DDR), em Porto Nacional, TO.1.................................................. 22
Tabela 2: Análise bromatológica de Brachiaria ruziziensis inoculada com TrichoPlus e TrichoMix granulados no solo, nas doses recomendadas (DR, 2 kg ha-1) e dobro da dose recomendada (DDR, 4 kg ha-¹), em Porto Nacional, TO. ........... 24
Tabela 3: Número de perfilhos iniciais, número de folhas e biomassa da parte aérea
de Brachiaria brizantha cv. Marandu inoculada com TrichoPlus e TrichoMix granulados no solo, nas doses recomendadas (DR) e dobro da dose recomendada (DDR), em Porto Nacional, TO. 1 ................................................. 24
Tabela 4: Análise bromatológica de Brachiaria brizantha cv. Marandu inoculada com
TrichoPlus e TrichoMix granulados no solo, nas doses recomendadas (DR: 2 kg ha-¹) e dobro da dose recomendada (DDR: 4 kg ha-¹), em Porto Nacional, TO. 26
Tabela 5: Resumo das análises de variância dos tratamentos testados com as espécies forrageiras utilizadas, aos 30 dias após emergência (DAE).1 ............. 43
Tabela 6: Resumo das análises de variância dos tratamentos testados com as espécies forrageiras utilizadas, aos 50 dias após emergência (DAE).1 ............. 43
tabela 7: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os tratamentos testados, para a variável altura de plantas aos 30 dias após emergência (DAE).1 ........................................................................................... 44
Tabela 8: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os
tratamentos testados, para a variável altura de plantas aos 50 dias após emergência (DAE).1 ........................................................................................... 44
Tabela 9: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os tratamentos testados, para a variável número de perfilho aos 30 dias após emergência (DAE). 1 ........................................................................................... 45
Tabela 10: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os
tratamentos testados, para a variável número de perfilho aos 50 dias após emergência (DAE).1 ........................................................................................... 46
Tabela 11: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os tratamentos testados, para a variável número de folhas aos 30 dias após emergência (DAE).1 ........................................................................................... 46
Tabela 12: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os
tratamentos testados, para a variável número de folhas aos 50 dias após emergência (DAE).1 ........................................................................................... 47
Tabela 13: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os tratamentos testados, para a variável massa seca da raiz (MSR) aos 30 dias após emergência (DAE).1 ................................................................................... 47
Tabela 14: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os
tratamentos testados, para a variável massa seca da raiz (MSR) aos 50 dias após emergência (DAE).1 ................................................................................... 48
Tabela 15: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os tratamentos testados, para a variável massa seca da parte aérea (MSPA) aos 30 dias após emergência (DAE).1 ...................................................................... 49
Tabela 16: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os
tratamentos testados, para a variável massa seca da parte aérea (MSPA) aos 50 dias após emergência (DAE).1 ...................................................................... 49
Tabela 17: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os tratamentos testados, para a variável massa seca total (MST) aos 30 dias após emergência (DAE).1 ........................................................................................... 50
Tabela 18: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os
tratamentos testados, para a variável massa seca total (MST) aos 50 dias após emergência (DAE).1 ........................................................................................... 50
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Coleta de amostras de biomassa da parte aérea com quadros de 1 m², em pastagens de Brachiaria ruziziensis e Brachiaria brizantha cv. Marandu, em Porto Nacional – TO. .......................................................................................... 21
Figura 2: Eficiência relativa de Brachiaria ruziziensis inoculada com TrichoPlus e
TrichoMix granulados no solo, na dose recomendada (DR: 2 kg ha-¹) e dobro da dose recomendada (DDR: 4 kg ha-¹), em Porto Nacional, TO. .......................... 23
Figura 3: Eficiência relativa de Brachiaria brizantha cv. Marandu inoculada com TrichoPlus e TrichoMix granulados no solo, na dose recomendada (DR: 2 kg ha-
¹) e dobro da dose recomendada (DDR: 4 kg ha-¹), em Porto Nacional, TO. ..... 25 Figura 4: Processo de inoculação de Trichoderma granulado no solo. .................... 30 Figura 5: Número de folhas de Brachiaria brizantha cv. Marandu, inoculada com
diferentes doses de Trichoderma, com e sem adubação com fosfato natural. A: 30 dias após a emergência (DAE). B: 50 dias após a emergência (DAE). ......... 32
Figura 6: Altura média de plantas de Brachiaria brizantha cv. Marandu, inoculada com diferentes doses de Trichoderma, com e sem adubação com fosfato natural. A: 30 dias após a emergência (DAE). B: 50 dias após a emergência (DAE). ................................................................................................................ 33
Figura 7: Massa seca da parte aérea (MSPA) de plantas de Brachiaria brizantha cv. Marandu, inoculada com diferentes doses de Trichoderma, com e sem adubação com fosfato natural. A: 30 dias após a emergência (DAE). B: 50 dias após a emergência (DAE). ................................................................................. 34
FIGURA 8: Massa seca da raiz (MSR) de plantas de Brachiaria brizantha cv. Maradu, inoculada com diferentes doses de Trichoderma, com e sem adubação com fosfato natural. A: 30 dias após a emergência (DAE). B: 50 dias após a emergência (DAE). ............................................................................................. 35
Figura 9: Massa seca total (MST) de plantas de Brachiaria brizantha cv. Marandu, inoculada com diferentes doses de Trichoderma, com e sem adubação com fosfato natural. A: 30 dias após a emergência (DAE). B: 50 dias após a emergência (DAE). ............................................................................................. 36
Figura 10: Eficiência relativa de plantas de Brachiaria brizantha cv. Marandu, inoculada com diferentes doses de Trichoderma, aos 30 dias após a emergência (DAE). A: sem adubação com fosfato natural. B: com adubação de fosfato natural. ................................................................................................... 37
Figura 11: Eficiência relativa de plantas de Brachiaria brizantha cv. Marandu, inoculada com diferentes doses de Trichoderma, aos 50 dias após a emergência (DAE). A: sem adubação com fosfato natural. B: com adubação de fosfato natural. ................................................................................................... 38
Figura 12: Eficiência relativa de Brachiaria brizantha cv. MG-4, inoculado com Trichoderma em relação à testemunha sem inoculação. A: aos 30 dias após a emergência (DAE). B: aos 50 dias após a emergência (DAE). .......................... 51
Figura 13: Imagens comparando a parte aérea da forrageira Brachiaria brizantha cv.
MG-4 inoculada (30 dias após a emergência). T1 Testemunha, sem adição de Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo; T3 TrichoPlus na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial Trichoderma ICB. ............................................................................................... 52
Figura 14: Imagens comparando o sistema radicular da forrageira Brachiaria brizantha cv. MG-4 inoculada (30 dias após a emergência). T1 Testemunha, sem adição de Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao
solo; T3 TrichoPlus na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial Trichoderma ICB. ............................................................................... 52
Figura 15: Eficiência relativa de Brachiaria brizantha cv. MG-5, inoculado com
Trichoderma em relação à testemunha sem inoculação. A: aos 30 dias após a emergência (DAE). B: aos 50 dias após a emergência (DAE). .......................... 53
Figura 16: Imagens comparando a parte aérea da forrageira Brachiaria brizantha cv. MG-5 inoculada e não inoculada. (30 dias após a emergência). T1 Testemunha, sem adição de Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo; T3 TrichoPlus na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial Trichoderma ICB. ............................................................................... 54
Figura 17: Imagens comparando o sistema radicular da forrageira Brachiaria
brizantha cv. MG-5 inoculada. (30 dias após a emergência). T1 Testemunha, sem adição de Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo; T3 TrichoPlus na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial Trichoderma ICB. ............................................................................... 54
Figura 18: Eficiência relativa de Panicum maximum cv. Mombaça, inoculado com Trichoderma em relação à testemunha sem inoculação. A: aos 30 dias após a emergência (DAE). B: aos 50 dias após a emergência (DAE). .......................... 55
Figura 19: Imagens comparando a parte aérea da forrageira Panicum maximum cv.
Mombaça inoculada. (30 dias após a emergência). T1 Testemunha, sem adição de Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo; T3 TrichoPlus na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial Trichoderma ICB. ............................................................................................... 56
Figura 20: Imagens comparando o sistema radicular da forrageira Panicum maximum cv. Mombaça inoculada. (30 dias após a emergência). T1 Testemunha, sem adição de Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo; T3 TrichoPlus na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial Trichoderma ICB. ................................................ 56
Figura 21: Eficiência relativa de Brachiaria decumbens cv. Basilinsk, inoculado com
Trichoderma em relação à testemunha sem inoculação. A: aos 30 dias após a emergência (DAE). B: aos 50 dias após a emergência (DAE). .......................... 57
Figura 22: Imagens comparando a parte aérea da forrageira Brachiaria decumbens cv. Basilinsk inoculada. (30 dias após a emergência). T1 Testemunha, sem adição de Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo; T3 TrichoPlus na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial Trichoderma ICB. ............................................................................... 58
Figura 23: Imagens comparando o sistema radicular da forrageira Brachiaria
decumbens cv. Basilinsk inoculada. (30 dias após a emergência). T1 Testemunha, sem adição de Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo; T3 TrichoPlus na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial Trichoderma ICB. ................................................ 58
Figura 24: Eficiência relativa de Brachiaria brizantha cv. Marandu, inoculado com Trichoderma em relação à testemunha sem inoculação. A: aos 30 dias após a emergência (DAE). B: aos 50 dias após a emergência (DAE). .......................... 59
Figura 25: Imagens comparando a parte aérea da forrageira Brachiaria brizantha cv.
Marandu inoculada. (30 dias após a emergência). T1 Testemunha, sem adição de Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo; T3 TrichoPlus na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial Trichoderma ICB. ............................................................................................... 60
Figura 26: Imagens comparando o sistema radicular da forrageira Brachiaria
brizantha cv. Marandu inoculada. (30 dias após a emergência). T1 Testemunha, sem adição de Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo; T3 TrichoPlus na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial Trichoderma ICB. ............................................................................... 60
Figura 27: Eficiência relativa de Brachiaria ruziziensis, inoculado com Trichoderma em relação à testemunha sem inoculação. A: aos 30 dias após a emergência (DAE). B: aos 50 dias após a emergência (DAE). .............................................. 61
Figura 28: Imagens comparando a parte aérea da forrageira Brachiaria ruziziensis
inoculada. (30 dias após a emergência). T1 Testemunha, sem adição de Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo; T3 TrichoPlus na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial Trichoderma ICB. ............................................................................................... 62
Figura 29: Imagens comparando o sistema radicular da forrageira Brachiaria ruziziensis inoculada. (30 dias após a emergência). T1 Testemunha, sem adição de Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo; T3 TrichoPlus na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial Trichoderma ICB. ............................................................................................... 62
13
1 INTRODUÇÃO GERAL
A bovinocultura é um dos principais destaques do agronegócio brasileiro no
cenário mundial, presente em todos os estados é responsável por gerar um valor
bruto estimado de R$ 67 bilhões, em suas duas parcelas lucrativos, as cadeias
produtivas da carne e leite, mostrando assim a importância econômica e social
desse segmento. O Brasil é dono do segundo maior rebanho efetivo do mundo, com
cerca de 200 milhões de cabeças, liderando as exportações desde 2004, com um
quinto da carne comercializada internacionalmente. O clima tropical, a extensão
territorial, investimentos em tecnologias e o controle da sanidade animal e
segurança alimentar são alguns dos principais fatores que contribuíram para esse
resultado (MAPA, 2015).
O Tocantins é um dos estados brasileiros com grande tradição na pecuária de
corte, contando, atualmente, com um rebanho de 8 milhões de animais distribuídos
por todo o estado, tendo destaque não só pela quantidade, mas também pela
qualidade da carne. O boi produzido aqui apresenta o rótulo de “boi verde”, que são
animais alimentados a pasto, livres das rações de origem animal (SEAGRO, 2015).
Segundo dados do IBGE (2014) desde o surgimento do estado, a criação de
gado de corte e de leite dobrou, passando de cerca de 4,2 milhões de cabeças de
gado, em 1988, para mais de 8,5 milhões em 2014, dobrando também a
necessidade de aumento da disponibilidade de forragens, base da alimentação dos
bovinos. Esse aumento expressivo do rebanho tocantinense contribuiu diretamente
para o desenvolvimento do Estado, se tornando um pilar da nossa economia.
O investimento em alternativas ambientalmente corretas e economicamente
viáveis, é primordial para a quebra do sistema de produção atual, fundamentado
predominantemente na utilização de recursos naturais não renováveis. Vários
modelos alternativos vem de encontro com esses ideais, um deles é o
desenvolvimento de inoculantes à base de microganismos promotores do
crescimento vegetal, utilizados em tratamentos de sementes ou aplicados
diretamente no solo, tendo um grande potencial para o futuro do agronegócio
brasileiro.
Um grande exemplo, objeto de vários estudos no Brasil e no mundo e que já
se apresenta como produto comercial no mercado, é a inoculação de diferentes
culturas de importância agrícola com fungos do gênero Trichoderma, sendo também
14
um dos agentes de controle biológico de fitopatógenos mais utilizados em pesquisas
(KUNIEDA-ALONSO et al., 2005; HOYOS-CARVAJAL et al., 2009; MORANDI;
BETTIOL, 2009). Os mesmos podem ser encontrados em diversos ambientes, sendo
capazes de promover interações simbióticas com as raízes das plantas,
possibilitando aumento na qualidade e na produção de biomassa, através da síntese
de substâncias estimuladoras de crescimento, aumento na disponibilidade e
estímulo na absorção de nutrientes presentes no solo (HARMAN et al., 2004; AVIS
et al., 2008), reduzindo os gastos com adubação, promovendo o aumentando no
estande inicial e diminuindo custos com agroquímicos, que apresentam controle
temporário, necessitando de aplicações repetidas. Já os agentes de biocontrole se
estabelecem no solo, colonizando-o e reproduzindo-se (ÁVILLA et al., 2005).
A utilização de espécies de Trichoderma é altamente desejável, objetivando
reduzir ou eliminar o uso de fertilizantes químicos, pois, além de dispendiosos
causam graves prejuízos ao meio ambiente (AZARMI et al., 2011). Assim,
considerando os benefícios observados e visando obter maior retorno econômico em
produtividade e incremento de biomassa em pastagens no cerrado tocantinense, o
presente trabalho apresentado em três capítulos, teve os seguintes objetivos:
Capítulo I: Avaliar a resposta da inoculação de produtos a base de Trichoderma e
de Trichoderma com Paecilomyces na biomassa de Brachiaria brizantha cv.
Marandu e Brachiaria ruziziensis, em campo;
Capítulo II: Avaliar a resposta, em casa de vegetação, da inoculação de produtos a
base de Trichoderma na biomassa de Brachiaria brizantha cv. Marandu, em solos
com e sem adubação fosfatada;
Capítulo III: Avaliar a eficiência da inoculação de Trichoderma, como promotor de
crescimento vegetal em cinco espécies do gênero Brachiaria (Brachiaria decumbens
cv. Basilisk, Brachiaria ruziziensis, Brachiaria brizantha cv. Marandu, Brachiaria
brizantha cv. MG-4 e Brachiaria brizantha cv. MG-5) e uma do gênero Panicum
(Panicum maximum cv. Mombaça), em casa de vegetação.
15
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Forrageiras – Aspectos gerais
A pecuária brasileira apresenta a característica de ter a maior parte de seu
rebanho criado a pasto (FERRAZ et al., 2010), sendo à base dos sistemas de
produção de bovinos, e responsável majoritariamente pela produção de carne e leite
consumido em nosso país. Apesar disso, essas pastagens apresentam baixa
produtividade. Dias-Filho (2011) obteve em seus estudos, que as pastagens
brasileiras se encontram com algum grau de degradação na ordem de 50% a 70%.
Essa degradação está presente em todas as regiões, tendendo a ser maior nos
locais em que a pecuária vem apresentando as maiores taxas de expansão (DIAS-
FILHO, 2014).
De acordo com a FAO (2009), uma das principais causas de degradação de
pastagens no mundo é o manejo inadequado das mesmas, em particular o uso
sistemático de altas taxas de lotação, excedendo a capacidade do pasto de se
recuperar do pastejo e do pisoteio dos animais. Bonfim-Silva et al. (2011) apontam
ainda como causas de degradação o manejo inadequado, a falta de adubação
corretiva no estabelecimento e da adubação de manutenção para a reposição de
nutrientes no solo.
2.2 Gênero Brachiaria – Aspectos gerais
Pertence à tribo Paniceae, abrangendo cerca de 100 espécies, distribuídas pelas
regiões tropicais e subtropicais. Apresentam grande concentração no continente
africano, em diferentes habitats, desde várzeas inundáveis até savanas. Foram
introduzidas no Brasil a partir de 1950, exibindo bons resultados pois viabilizaram a
atividade pecuária nos solos de baixa fertilidade e ácidos do cerrado (VALLE et al.,
2008).
O gênero Brachiaria apresenta elevada capacidade de adaptação, sendo
responsáveis por grande parte da alimentação do rebanho bovino criado a pasto.
Trata-se de uma excelente fonte de alimento, de boa qualidade, desde que se
obedeça à exigência nutricional da planta, com adubação e manejo adequado
(VALLE et al., 2000). As pastagens brasileiras são formadas majoritariamente por
forrageiras do gênero Brachiaria, sendo a Brachiaria brizantha, Brachiaria
16
ruziziensis, Brachiaria decumbens e a Brachiaria humidicola responsáveis por cerca
de 80% de toda área de pastagens cultivadas (HODGSON; SILVA, 2002). Dentre as
espécies do gênero, destaque para as utilizadas neste trabalho.
A Brachiaria brizantha cv. Marandu ou Brachiarão, como é mais conhecido
popularmente é uma espécie de grande importância desse gênero, sendo perene,
cespitosa, com colmos eretos, possuindo sistema radicular vigoroso e profundo,
apresenta elevada tolerância à deficiência hídrica, absorvendo os nutrientes em
camadas mais profundas do solo, apresentando também boa tolerância ao frio e
sombreamento, baixa resistência à umidade, adaptando-se a solos de média a alta
fertilidade (BARDUCCI et al., 2009).
A cultivar MG-5 também é uma gramínea perene, com excelente vigor
vegetativo e alta produtividade. Apresenta crescimento cespitoso, com talos
prostrados que podem se enraizar quando em maior contato com o solo, podendo
atingir até 1,6 m de altura. Desenvolvem-se em solos de média a alta fertilidade,
com boa palatabilidade, digestibilidade e tolerância à seca, apresentando média
resistência às cigarrinhas das pastagens e tolerância ao frio (MATSUDA, 2016). A
cultivar MG-4 apresenta bom comportamento em solos ácidos e de baixa fertilidade,
de testura arenosa ou argilosa. Tolera seca prolongada, tem boa recuperação após
a queimada e excelente capacidade de rebrota. Não tolera solos encharcados e
“queima” com a geada, recuperando em seguida, tendo boa tolerância ao frio
(MATSUDA, 2016).
A Brachiaria decumbens cv. Basilisk apresenta como características principais
a facilidade e rápido estabelecimento, alta competição com plantas invasoras e boa
eficiência na proteção do solo contra a erosão (CAVALCANTI-FILHO et al., 2008),
fazendo com que esta planta tenha um bom potencial forrageiro. Possui elevado
número de gemas de rebrota próximas do solo, devido ao seu habito estolonífero,
que assegura a maior capacidade de rebrota da planta tanto sob cortes quanto sob
pastejo intenso, fazendo com que apresente bom potencial para ser manejada para
a confecção de fenos (RAMIREZ, 2011), exibindo tolerância a solos ácidos e de
baixa fertilidade e elevada resposta à adubação.
Já a Brachiaria ruziziensis é uma espécie sub-ereta com 1 a 1,5 m de altura,
apresentando a base decumbente e radicante nos nós inferiores. Apresenta elevada
qualidade de forragem e produção de sementes, alta palatabilidade e valor
17
nutricional, facilidade de estabelecimento, adequada para fenação e não atacada por
formigas cortadeiras (CORRÊA, 2003).
2.3 Gênero Panicum
Pertencente ao gênero Panicum, a espécie P. maximum cv. Mombaça foi
lançado no Brasil pela Embrapa Gado de Corte em 1993. É uma planta cespitosa,
com altura aproximadamente de 1,65 m, folhas com 3 cm de largura, tendo como
principais características a elevada produção de massa seca sob adubação
intensiva, alto valor alimentício e a resistência média a cigarrinhas das pastagens.
Apresenta exigência quanto à fertilidade dos solos (SOUZA, 2013), sendo indicado
para produção de silagem, devido sua grande produção de massa verde.
2.4 Gênero Trichoderma – Aspectos gerais
São fungos classificados como Ascomycetos anamórficos, pertencentes à
ordem Hypocreales e ao gênero Hypocrea (DRUZHININA; KUBICEK, 2005).
Apresentam ocorrência natural, estando presentes em praticamente todos os tipos
de solos, especialmente os orgânicos, em diferentes zonas climáticas, vivendo
saproficamente ou parasitando outros fungos (MELO, 1991), por isso são
mundialmente estudados, possuindo grande interesse biotecnológico.
Compreendem um grande número de variantes de fungos, demonstrando elevado
potencial para promover diferentes benefícios às plantas, como proteção contra
fitopatógenos (AGUIAR, 2013), promoção de crescimento vegetal, por meio de
mecanismos como produção de fitohormônios, a exemplo do ácido indolacético,
(WAHID et al., 2007; CARVALHO-FILHO, 2008b; OLIVEIRA et al., 2012), aumento
na disponibilidade de nutrientes no solo (GODES, 2007; KOROLEV et al., 2008;
HERMOSA et al., 2012; QI; ZHAO, 2013; VINALE et al., 2013), através da
reciclagem de nutrientes e consequentemente, aumento da produtividade das
culturas, além de serem utilizados na produção de enzimas e metabólitos para
aplicação na indústria e na medicina.
Algumas enzimas produzidas por fungos do gênero Trichoderma tem grande
importância no desenvolvimento de energias renováveis, um dos grandes exemplos,
são as enzimas hidrolíticas, capazes de degradar celulose e hemicelulose,
constituintes da parede celular dos vegetais, tendo grande utilidade na produção do
18
etanol de segunda geração, a partir de resíduos lignocelulósicos provindos de
agroindústrias (RUEGGER; TAUK-TORNISIELO, 2004; BEATRIZ-SILVA, 2015).
Exibem rápido crescimento e capacidade de desenvolvimento em inúmeros
substratos, apresentando tolerância a compostos nocivos e esporulação profusa
(HARMAN et al., 2004). Seu uso no controle biológico se dá devido à sua alta
eficiência reprodutiva, a sobrevivência em condições ambientais desfavoráveis,
grande eficiência na utilização de nutrientes e agressividade contra fungos
fitopatogênicos (BENÍTEZ et al., 2004). Além de empregarem diversos mecanismos
próprios, tais como: antibiose, micoparasitismo, competição (por espaço e/ou
nutrientes) e indução de resistência, sendo que mais de um desses mecanismos é
utilizado para exercer o biocontrole das doenças (MELO; COSTA, 2005; ROSA;
HERRERA, 2009; VITERBO; HORWITZ, 2010; CONSOLO et al., 2012; WOO et al.,
2014).
2.5 Promoção de crescimento em plantas por Trichoderma
A interação Trichoderma – planta geralmente se dá na região das raízes, e é
aí que ocorre o processo de promoção do crescimento, que está relacionada com a
produção de hormônios vegetais, vitaminas, ou conversão de materiais a uma forma
útil para a planta. Assim, fungos do gênero Trichoderma podem atuar como
bioestimulantes do crescimento vegetal, pois os mesmos promovem uma interação
com as raízes, favorecendo o seu maior desenvolvimento, devido à secreção de
fitormônios, permitindo uma melhor assimilação de água e nutrientes (LUCON, 2009;
PEREIRA, 2012; AKLADIOUS; ABBAS, 2012). Podem colonizar o sistema radicular,
superficial e o interior dos tecidos vegetais das plantas, sem lhes causar doenças,
por isso são denominados de fungos simbiontes oportunistas avirulentos (HARMAM,
2004).
Essa zona de contato Trichoderma – Planta forma uma região de interação
química, onde a planta e o fungo se comunicam por meio da troca de moléculas
bioativas. Os metabólitos produzidos pelos fungos induzem o espessamento das
paredes celulares das células vegetais e a produção de compostos fenólicos, que
delimitam o crescimento do fungo à área de infecção, coibindo que este se torne
patogênico à planta (SHORESH; HARMAN, 2008).
19
3 CAPÍTULO I
Resposta da inoculação de Trichoderma e Paecilomyces na biomassa de
Brachiaria brizantha cv. Marandu e Brachiaria ruziziensis, em campo
3.1 Material e métodos
Os experimentos foram conduzidos na Estação de Pesquisa da empresa ALX
Farias Agro Pesquisa Agropecuária dos Cerrados LTDA, localizada nas
coordenadas 23º 36´ 45,1" S - 51º 11' 01,4" O, em Porto Nacional, TO. A
caracterização climática local é de clima tropical úmido com classificação do tipo Aw
segundo Köppen e Geiger, temperatura média é de 26,1 °C e 1622 mm o valor da
pluviosidade média anual.
Antes do plantio coletou-se uma amostra de solo composta, procedendo-se a
caracterização física e química, encontrando-se os seguintes valores: 1,75 cmolc dm-
3 de Ca; 1,15 cmolc dm-3 de Mg; 0,17 cmolc dm-3 de K; 9,4 mg dm-3 de P; 0 cmolc dm-
3 de Al; 4,93 cmolc dm-3 de CTC; 1,49 cmolc dm-3 de SB; 62% de V; pH 5,56 em
CaCl2; 2,0 % de matéria orgânica; textura de 73,3, 7,2 e 19,5 % de areia, silte e
argila, respectivamente (EMBRAPA, 2011). Foi realizada a adubação mineral antes
da semeadura conforme recomendações de acordo com a análise de solo e
necessidade das forrageiras, aplicando-se 400 kg ha-¹ do formulado 05-25-15 + Zn.
Foram utilizados duas espécies do gênero Brachiaria: Brachiaria brizantha cv.
Marandu e Brachiaria ruziziensis.
Para cada espécie de forrageira foram utilizados cinco tratamentos e quatro
repetições, em experimentos independentes, sendo quatro tratamentos com
inoculação de Trichoderma e uma testemunha sem inoculação, sendo utilizados os
formulados TrichoPlus (Trichoderma) e TrichoMix (Trichoderma + Paecilomyces). Os
tratamentos com inoculação foram: TrichoPlus na dose de 2 kg ha-¹ (DR – Dose
recomendada), TrichoPlus na dose de 4 kg ha-¹ (DDR – Dobro da dose
recomendada), TrichoMix na dose de 2 kg ha-¹ (DR) e TrichoMix na dose de 4 kg ha-
¹ (DDR).
Para o tratamento com a utilização do inoculante TrichoPlus foi utilizada a
forma granulada com princípio ativo a base de Trichoderma asperelum (UFT 201),
selecionados com potencial para o biocontrole e como promotor do crescimento
20
vegetal, formulado com concentração mínima de conídio viáveis de 2 x 109 L-1, na
JCO Fertilizantes, tendo como composição o milheto.
Para o tratamento com a utilização do TrichoMix, foi utilizado o inoculante
granulado com princípio ativo a base de Trichoderma asperelum (UFT 201), também
formulados com concentração mínima de conídio viáveis de 2 x 109 L-1 e
Paecilomyces lilacinus selecionado com potencial para o controle de nematóides,
formulado do mesmo modo, com concentração de 7 x 108 L-1.
Para cada tratamento as sementes e os inoculantes foram misturados ao
fertilizante mineral e plantadas com semeadeira via caixa de adubo, caindo
diretamente sob o solo. Logo após o plantio foi realizado uma gradagem leve com
grade niveladora. O quantidade de sementes utilizada foi de 12 kg ha-¹ para a
forrageira Brachiaria brizantha cv. Marandu e 10 kg ha-¹ para a forrageira Brachiaria
ruziziensis.
Os experimentos foram implados em fevereiro de 2015. As parcelas foram de
12 metros de largura por 200 metros de comprimento, tendo área experimental de
2400 m² por parcela.
Inicialmente foi feita a contagem de perfilho aos 15 dias após a emergência. A
coleta de biomassa da parte aérea (Figura 1) ocorreu aos 40 dias após emergência,
fase em que normalmente os animais entram a campo para pastoreio em pastos
recém-implantados. A amostragem foi realizada com quadros de um metro
quadrado, onde se coletou, com o auxílio de tesouras, toda a forragem presente no
mesmo (Figura 1), aproximadamente 10 cm acima solo, sendo acondicionada em
sacos de papel, previamente identificados e levados para secagem em estufa a 65
°C por 72 horas, até atingir o peso constante. Após secagem as amostras foram
pesadas, obtendo-se a massa seca do material.
21
Figura 1 - Coleta de amostras de biomassa da parte aérea com quadros de 1 m²,
em pastagens de Brachiaria ruziziensis e Brachiaria brizantha cv. Marandu, em
Porto Nacional – Tocantins.
As variáveis analisadas foram número de perfilhos iniciais, número de folhas,
e biomassa da parte aérea seca da pastagem. A biomassa da parte aérea dos
tratamentos foram trituradas em moinho com facas, sendo encaminhadas para
análise em laboratório específico, para determinação da análise bromatológica, que
caracterizou a composição nutritiva das forragens, quantificando a percentagem (%)
de proteína bruta (PB), fibra bruta, extrato etério (EE), cinzas, cálcio, fósforo e
nutrientes digestíveis totais (NDT). Com a biomassa da parte aérea determinou-se a
eficiência relativa (ER), que relacionou os tratamentos inoculados ao tratamento
testemunha aos 40 DAE.
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias
comparadas pelo teste de Duncan a 1 e 5% de probabilidade, utilizando o programa
ASSISTAT versão 7.6 beta (SILVA; AZEVEDO, 2009).
3.2 Resultados
Para a Brachiaria ruziziensis, os tratamentos inoculados com Trichoderma
apresentaram maior número de folhas e biomassa, em relação à testemunha, tendo
destaque para biomassa no tratamento TrichoPlus na dose recomendada (DR).
Quanto ao número de perfilho foi observada a maior média no tratamento TrichoMix
DR, diferindo significativamente apenas do tratamento TrichoPlus DR (Tabela 1).
22
Tabela 1: Número de perfilhos iniciais aos 15 dias, número de folhas e biomassa da
parte aérea de Brachiaria ruziziensis inoculada com TrichoPlus e TrichoMix
granulados no solo, nas doses recomendadas (DR) e dobro da dose recomendada
(DDR), em Porto Nacional, TO. 1
Tratamentos No de Perfilhos No de Folhas (m2) Biomassa (Kg m-2)
TrichoPlus DR 2,3 b 75,5 a 2,7 a
TrichoPlus DDR 2,5 ab 61,8 bc 2,1 b
TrichoMix DR 3,0 a 52,3 bc 2,6 a
TrichoMix DDR 2,6 ab 65,3 ab 1,9 b
Testemunha 2,4 ab 39,5 d 1,6 c
CV (%)2 12,7 12,4 8,7 1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Duncan a 5%
de probabilidade. 2 CV: Coef. de Variação. DR: Dose de 2 kg ha
-1. DDR: Dose de 4 kg ha
-1.
Quanto à Eficiência Relativa (ER), que relacionou a biomassa da parte aérea,
aos 40 dias após a emergência (DAE), da Brachiaria ruziziensis com a testemunha,
os tratamentos inoculados apresentaram valores superiores, variando de 19 a 69%
em relação à testemunha, tendo destaque os tratamentos TrichoPlus e TrichoMix na
dose recomendada (DR) (Figura 2).
23
Figura 2: Eficiência relativa de Brachiaria ruziziensis inoculada com TrichoPlus e
TrichoMix granulados no solo, na dose recomendada (DR: 2 kg ha-¹) e dobro da
dose recomendada (DDR: 4 kg ha-¹), em Porto Nacional, TO.
Em relação à análise bromatológica, que teve como objetivo principal avaliar a
composição química da forrageira Brachiaria ruziziensis, observamos porcentagens
superiores nos tratamentos inoculados com Trichoderma para as variáveis proteína
bruta (PB), extrato etéreo (EE), cinzas e nutrientes digestíveis totais (NDT) (Tabela
2). Para os valores de fibra bruta (FB), observou-se a maior porcentagem na
testemunha. Já para os valores de cálcio, destaque para os tratamentos TrichoMix
DR, TrichoPlus DR e TrichoMix DDR, possuindo valores superiores. Para o teor de
fósforo (P) os tratamentos com inoculação de TrichoPlus e TrichoMix na dose
recomendada (DR) foram superiores em relação aos demais tratamentos.
24
Tabela 2: Análise bromatológica de Brachiaria ruziziensis inoculada com TrichoPlus
e TrichoMix granulados no solo, nas doses recomendadas (DR, 2 kg ha-1) e dobro
da dose recomendada (DDR, 4 kg ha-¹), em Porto Nacional, TO.
Tratamentos (%) PB FB EE CINZAS Ca P NDT
TrichoPlus DR 16,5 26,9 0,9 5,8 0,44 0,16 73,2
TrichoPlus DDR 13,4 21,0 0,9 5,8 0,30 0,12 75,2
TrichoMix DR 13,0 27,4 1,4 6,6 0,59 0,16 71,7
TrichoMix DDR 13,0 25,4 1,1 5,8 0,44 0,11 72,7
Testemunha 11,0 28,4 0,8 5,4 0,30 0,11 70,2
PB: Proteína Bruta; FB: Fibra Bruta; EE: Extrato Etério; Ca: Cálcio; P: Fósforo; NDT: Nutrientes
Digestíveis Totais.
Para a forrageira Brachiaria brizantha cv. Marandu os tratamentos inoculados
se apresentaram com médias superiores para as variáveis número de perfilho e
biomassa, em relação à testemunha (Figura 3). Para o número de folhas a maior
média foi observada no tratamento TrichoPlus DDR, diferindo apenas da
testemunha.
Tabela 3: Número de perfilhos iniciais, número de folhas e biomassa da parte aérea
de Brachiaria brizantha cv. Marandu inoculada com TrichoPlus e TrichoMix
granulados no solo, nas doses recomendadas (DR) e dobro da dose recomendada
(DDR), em Porto Nacional, TO. 1
Tratamentos No de Perfilhos No de Folhas (m2) Biomassa (kg m-2)
TrichoPlus DR 2,9 ab 28,3 ab 2,3 b
TrichoPlus DDR 3,4 a 34,0 a 3,3 a
TrichoMix DR 2,8 bc 28,3 ab 2,2 b
TrichoMix DDR 3,2 ab 31,0 ab 2,5 b
Testemunha 2,5 c 23,7 b 1,3 c
CV (%)2 10,9 13,3 7,1 1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Duncan a 1 e
5% de probabilidade. 2 CV: Coef. de Variação. DR: Dose de 2 kg ha
-1. DDR: Dose de 4 kg ha
-1.
25
Em relação à eficiência relativa da forrageira Brachiaria brizantha cv.
Marandu, foi observada médias superiores para os tratamentos com inoculação,
variando de 69 a 154%, em relação ao tratamento testemunha, com a maior média
para o tratamento com inoculação de TrichoPlus DDR (Figura 3).
Figura 3: Eficiência relativa de Brachiaria brizantha cv. Marandu inoculada com
TrichoPlus e TrichoMix granulados no solo, na dose recomendada (DR: 2 kg ha-¹) e
dobro da dose recomendada (DDR: 4 kg ha-¹), em Porto Nacional, TO.
Na análise bromatológica da Brachiaria brizantha cv. Marandu observou-se
maiores porcentagens nas variáveis PB, Cinzas, P e NDT para os tratamentos
inoculados com TrichoPlus e TrichoMix, em relação à testemunha (Tabela 4). Os
valores de cálcio permaneceram iguais em todos os tratamentos. O maior valor
encontrado para a variável FB, foi visto no tratamento TrichoPlus DR, seguindo pela
testemunha, apresentando-se com maior porcentagem de fibras. Para EE foi
observado maior valor no tratamento testemunha, sendo menor nos tratamentos
inoculados.
26
Tabela 4: Análise bromatológica de Brachiaria brizantha cv. Marandu inoculada com
TrichoPlus e TrichoMix granulados no solo, nas doses recomendadas (DR: 2 kg ha-¹)
e dobro da dose recomendada (DDR: 4 kg ha-¹), em Porto Nacional, TO.
Tratamentos (%) PB FB EE CINZAS Ca P NDT
TrichoPlus DR 16,1 33,3 0,4 6,9 0,3 0,30 69,5
TrichoPlus DDR 12,6 29,3 1,1 7,7 0,3 0,10 69,5
TrichoMix DR 15,0 24,2 0,9 6,7 0,3 0,11 74,1
TrichoMix DDR 16,8 25,5 1,0 6,4 0,3 0,11 74,1
Testemunha 12,3 31,8 1,4 5,3 0,3 0,10 68,9
PB: Proteína Bruta; FB: Fibra Bruta; EE: Extrato Etério; Ca: Cálcio; P: Fósforo; NDT: Nutrientes
Digestíveis Totais.
3.3 Discussão
Analisando os resultados, pode-se observar que os ganhos foram positivos
nos tratamentos inoculados em relação à testemunha, mostrando o grande potencial
dos produtos à base de Trichoderma testados a campo. O ganho obtido nas
espécies inoculadas com fungos desse gênero pode ser explicado pelo fato dos
mesmos estarem relacionados à produção de hormônios ou fatores de crescimento,
à maior eficiência no uso de nutrientes, aumentando a disponibilidade e absorção
pelas plantas (VERMA et al. 2006; LUCON, 2009), além de serem encontradas em
uma diversidade de ambientes, devido à facilidade de serem cultivados, ao rápido
crescimento em diferentes substratos e por não serem patogênicas para plantas
superiores (PAPAVIZAS et al., 1982).
Os nutrientes solubilizados através da ação dos fungos tornam-se
prontamente disponíveis para as raízes (ALTOMORE et al., 1999),
consequentemente reduzindo gastos com adubação. Outro ponto importante é que
fungos do gênero em questão apresentam a capacidade de atuar como agentes de
controle biológico de fitopatógenos (SANTIAGO, 2007; SANTOS, 2008; CADIOLI,
2009; SILVA, 2010; CARVALHO et al., 2011; HARMAN, 2011; MACHADO et al.,
2011; GAVA; MENEZES, 2012), através de vários mecanismos particulares,
27
aumentando o estande inicial e diminuindo custos com agroquímicos, que
apresentam controle temporário, necessitando de repetidas aplicações durante o
desenvolvimento da cultura.
Quanto à análise bromatológica, que teve como objetivo principal avaliar a
composição química das forrageiras Brachiaria ruziziensis e Brachiaria brizantha cv.
Marandu (Tabelas 2 e 4), também foi observado resultados positivos para as
variáveis analizadas, sendo explicado, além do que foi exposto acima, através da
capacidade desses fungos em promover uma associação simbiôntica com as raízes
das plantas (LUCON, 2008), permitindo vantagens mútuas para as espécies
envolvidas. Espécies vegetais que contenham esse microrganismo associado às
suas raízes, exibem melhor capacidade de sobrevivência e absorção de nutrientes
em situações desfavoráveis, tendo vantagem produtiva em relação àquelas que não
o possuem (VERMA et al., 2006).
O maior valor observado para a variável fibra bruta (FB) na análise
bromatológica de Brachiaria ruziziensis, foi no tratameto testemunha, sem adição de
produto a base de Trichoderma e Paecelomyces, mostrando que plantas sem a
inoculação se apresentaram mais fibrosas em relação às plantas dos tratamentos
inoculados. Não observamos o mesmo na análise bromatológica da Brachiaria
brizantha cv. Marandu, apresentando o tratamento TrichoPlus DR o maior valor de
FB, em seguida o tratamento testemunha. Plantas fibrosas apresentam menor
digestibilidade, portanto menor absorção e aproveitamento da forragem pelos
animais, enquanto que plantas com baixo valores de fibras permitem ao animal
consumir uma forragem de melhor qualidade.
Já para os valores de cálcio (Ca) e fósforo (P), verifica-se na análise
bromatológica da forrageira Brachiaria ruziziensis que os teores de Ca
apresentaram-se dentro dos níveis considerados ideais para tecido foliar de plantas
forrageiras (BALSALOBRE, 2000). Para os teores de P somente os tratamentos
TrichoPlus DR e TrichoMix DR se apresentaram dentro dos níveis ideais. Já na
análise bromatológica da Brachiaria brizantha cv. Marandu os valores de Ca se
apresentaram iguais e dentro do limite inferior dos níveis ideais. Para os teores de P
todos os valores apresentados se mostraram inferiores.
Os valores do Extrato Etéreo (EE), fração do alimento que é insolúvel em
água (gorduras ou lipídios) variou de 0,8 a 1,4% na análise da Brachiaria ruziziensis
e de 0,4 a 1,4% na Brachiaria brizantha cv. Marandu. As forragens, base da
28
alimentação dos ruminantes apresentam naturalmente baixos valores de EE,
situando-se próximos a 3% na matéria seca (MS). Esse nutriente tem limitações na
sua inclusão nas dietas, não devendo ultrapassar os 6% da MS ingerida, pois seria
uma influência negativa da gordura na degradabilidade da fibra (MEDEIROS, 2015).
3.4 Conclusão
Os produtos TrichoPlus e TrichoMix a base dos microrganismos Trichoderma
e Trichoderma e Paecilomyces promoveram o incremento de biomassa das
forrageiras Brachiaria brizantha cv. Marandu e Brachiaria ruziziensis, testadas a
campo, mostraram-se promissores no uso como promotor de crescimento e
desenvolvimento de pastagens no cerrado tocantinense.
29
4 CAPITULO II
Efeito da inoculação de Trichoderma na biomassa de Brachiaria brizantha cv.
Marandu, em solos com e sem adubação fosfatada em casa de vegetação
4.1 Material e métodos
Os experimentos foram implantados em casa de vegetação na estação
experimental da Universidade Federal do Tocantins no Campus de Gurupi,
localizado a 11º 43’ de latitude Sul e 49º 04’ de longitude Oeste, estando a 280 m de
altitude e tendo caracterização climática local de clima tropical úmido, com pequena
deficiência hídrica (B1wA’a’), segundo a classificação Tornthwaite (TOCANTINS,
2005); ou cerrado ou Savana Tropical segundo Köppen-Geiger (PEEL, 2007).
Foram utilizados vasos com capacidade de 2 kg, preenchidos com solo
classificado como Latossolo Vermelho Amarelo distrófico de textura média, na
profundidade de 0 – 20 cm, obtido em área de cultivo na própria estação
experimental da UFT, onde uma amostra composta foi coletada e realizou-se a
caracterização física e química, encontrando os seguintes valores: 4,0 cmolc dm-³ de
Ca; 0,9 cmolc dm-³ de Mg; 0,1 cmolc dm-³ de K; 2,8 mg dm-³ de P; 0,06 cmolc dm-³
de Al; 8,3 cmolc dm-³ de CTC; 5,0 cmolc dm-³ de soma de bases (S); 61 % de
saturação de bases (V); pH 5,8 em água; 1,7% de matéria orgânica; textura de 79,
5,0 e 16% de areia, silte e argila, respectivamente: P e K – extrator Mehich 1; Al3+,
Ca2+ e Mg2+ - Extrator KCl (1 mol L-1) (EMBRAPA, 2009).
Os experimentos foram conduzidos durante os meses de maio a julho de 2015,
utilizando delineamento inteiramente casualizado (DIC), contendo cinco tratamentos
correspondentes a diferentes doses de Trichoderma (0, 2, 4, 6 e 8 kg ha-1)
inoculados em solos com e sem adubação com fosfato natural, e oito repetições.
Para o tratamento com a utilização do Trichoderma, foram utilizados os
inoculantes TrichoPlus granulado com princípio ativo a base de Trichoderma
asperelum (UFT 201) selecionados com potencial para o biocontrole e como
promotor do crescimento vegetal, formulados com concentração mínima de conídio
viáveis de 2 x 109 L-1, na JCO Fertilizantes, tendo como composição o milheto.
O produto a base de Trichoderma, foi inoculado na forma granulada, retirando-
se cerca de 1/3 de solo de cada vaso, adicionando o granulado e homogeneizando
30
em bandejas plásticas, sendo posteriormente devolvido aos vasos. O formulado foi
inoculado uma semana antes da semeadura nas diferentes doses (0, 2, 4, 6 e 8 kg
ha-1), correspondendo a aproximadamente 2, 4, 6 e 8 mg vaso-¹.
Figura 4: Processo de inoculação de Trichoderma granulado no solo.
Os tratamentos que receberam adubação, foram suplementados com fosfato
natural insolúvel, com uma taxa de 100 mg kg-¹ de solo. A concentração de fosfato
foi de 32% de P₂O₅ total e 2% de P₂O₅ solúvel em ácido cítrico.
O solo utilizado não foi corrigido, nem adubado, com exceção do ensaio que
continha fosfato natural, objetivando expressar o real potencial do produto
TrichoPlus granulado, composto de micélio, esporos viáveis e metabólitos de
Trichoderma, no desenvolvimento da forragem testada (Brachiaria brizantha cv.
Marandu).
Foram semeadas 10 sementes por vaso. A emergência ocorreu a partir do
quarto dia após a semeadura, e o desbaste se deu uma semana após a germinação,
deixando uma planta por vaso.
As plantas foram irrigadas periodicamente, e as avaliações foram feitas em
duas épocas, aos 30 e 50 dias após a emergência (DAE). A avaliação de altura da
forrageira foi realizada com o auxílio de régua milimetrada, medindo do colo da
planta até o ápice das folhas. A parte aérea foi separada das raízes com corte feito
31
na base do caule, e as raízes lavadas em água corrente, com auxílio de uma
peneira, para retirada de todo material indesejado, tomando cuidado para não
danificar o sistema radicular das plantas. Posteriormente a parte aérea e a raiz
foram colocadas em sacos de papel separadamente, devidamente identificados e
conduzidos para secagem em estufa por 72 horas a 65 ºC, até atingir o peso
constante, realizando assim a pesagem do material.
A avaliação da biomassa foi feita através da altura de planta, número de
perfilho, quantidade de folhas, massa seca da parte aérea (MSPA), da raiz (MSR) e
total (MST), sendo a eficiência relativa (ER) determinada através da relação da parte
aérea, aos 50 DAE, dos tratamentos inoculados, controle e testemunha. Os dados
foram submetidos à análise de regressão.
4.2 Resultados
Para a característica número de folhas, aos 30 DAE, em solo sem e com
adubação fosfatada, observou-se resposta quadrática para a variável analisada
(Figura 5). Desta forma a forrageira obteve seu número máximo de folhas nas doses
4,49 e 6,67 mg vaso-¹ de Trichoderma granulado, respectivamente, constatando-se
decréscimo na quantidade de folhas por planta com a utilização de doses acima
desses valores. Destacando a dose 4,49 mg vaso-¹, que foi menor que a dose
observada nos solos com adubação fosfatada, porém proporcionou maior número de
folhas. Aos 50 DAE as doses mais responsivas observadas foram de 4,49 e 4,9 mg
vaso-¹ de Trichoderma, em solos sem e com adubação fosfatada, respectivamente.
32
Figura 5: Número de folhas de Brachiaria brizantha cv. Marandu, inoculada com
diferentes doses de Trichoderma, com e sem adubação com fosfato natural. A: 30
dias após a emergência (DAE). B: 50 dias após a emergência (DAE).
Quanto a variável altura de plantas observou-se resposta linear aos 30 DAE,
em solos sem e com adubação fosfatada (Figura 6). Aos 50 DAE em solos com
adubação também se observou a mesma resposta, mostrando que a forrageira
aumentou seu porte com o incremento de doses de Trichoderma. Nos solos sem
adubação fosfatada houve resposta quadrática para a variável analisada, sendo a
dose 5,23 mg vaso-¹ a que apresentou melhor desempenho, constatando-se
decréscimo na altura das plantas com a utilização de doses superiores.
B
33
Figura 6: Altura média de plantas de Brachiaria brizantha cv. Marandu, inoculada
com diferentes doses de Trichoderma, com e sem adubação com fosfato natural. A:
30 dias após a emergência (DAE). B: 50 dias após a emergência (DAE).
Em relação à massa seca da parte aérea, aos 30 DAE, observou-se resposta
quadrática, e as doses de Trichoderma que proporcionaram maior incremento de
massa se apresentaram próximas, sendo elas, 5,45 mg vaso-¹ em solos sem e 5,64
mg vaso-¹ em solos com adubação fosfatada (Figura 7). Já aos 50 DAE as melhores
doses foram 5,5 mg vaso-¹ em solos sem e 6,2 mg vaso-¹ em solos com adubação
fosfata. O aumento das doses proporcionou queda no incremento de massa na parte
aérea da forrageira.
34
Figura 7: Massa seca da parte aérea (MSPA) de plantas de Brachiaria brizantha cv.
Marandu, inoculada com diferentes doses de Trichoderma, com e sem adubação
com fosfato natural. A: 30 dias após a emergência (DAE). B: 50 dias após a
emergência (DAE).
Para a massa seca da raiz aos 30 e 50 DAE, em solos sem adubação,
observou-se resposta quadrática e as doses de Trichoderma mais responsivas se
encontram próximas, sendo elas de 4,2 e 4,35 mg vaso-¹ (Figura 8). Já em solos
com adubação fosfatada, aos 30 DAE, verificou-se resposta quadrática, sendo a
dose 5,71 mg vaso-¹ a que proporcionou maior incremento de massa nas raízes. Aos
50 DAE a resposta verificada foi linear. Destaque para a dose 4,2 mg vaso-¹ de
Trichoderma, que proporcionou maior incremento na MSR.
A
B
35
Figura 8: Massa seca da raiz (MSR) de plantas de Brachiaria brizantha cv. Maradu,
inoculada com diferentes doses de Trichoderma, com e sem adubação com fosfato
natural. A: 30 dias após a emergência (DAE). B: 50 dias após a emergência (DAE).
Analisando a massa seca total observou-se resposta quadrática para todos os
resultados. Aos 30 DAE em solos sem e com adubação fosfatada verificou-se as
doses de Trichoderma mais responsivas de 4,7 e 7,81 mg vaso-¹, tendo destaque a
primeira dose, pois mesmo sendo menor, apresentou maior incremento em gramas
na MST da forrageira testada (Figura 9). Já aos 50 DAE as doses foram: 5,67 e 8,45
mg vaso-¹. Doses superiores a esses valores mostraram-se ineficientes, pois
causaram queda no incremento de massa na forrageira.
B
36
Figura 9: Massa seca total (MST) de plantas de Brachiaria brizantha cv. Marandu,
inoculada com diferentes doses de Trichoderma, com e sem adubação com fosfato
natural. A: 30 dias após a emergência (DAE). B: 50 dias após a emergência (DAE).
Quanto à eficiência relativa (ER), que relaciona a biomassa da parte aérea
dos tratamentos inoculados com Trichoderma, com o tratamento controle, sem
inoculação, foi observado valores superiores em todas as doses aplicadas. Aos 30
DAE as doses que obtiveram melhores resultados foram 2 e 8 mg vaso-¹. O
incremento de biomassa nos tratamentos inoculados variou de 120 a 155% em solos
sem adubação em relação à testemunha. Já nos solos com adubação o ganho em
biomassa variou de 18 a 25%.
A
B
37
Figura 10: Eficiência Relativa de plantas de Brachiaria brizantha cv. Marandu,
inoculada com diferentes doses de Trichoderma, aos 30 dias após a emergência
(DAE). A: sem adubação com fosfato natural. B: com adubação de fosfato natural.
Aos 50 DAE as doses também se mostraram superiores comparadas à
testemunha, tendo incremento variando de 75 a 105% nos solos sem adubação e
variando de 56 a 85% nos solos adubados. Destaque para as mesmas doses, 2 e 8
mg vaso-¹.
38
Figura 11: Eficiência Relativa de plantas de Brachiaria brizantha cv. Marandu,
inoculada com diferentes doses de Trichoderma, aos 50 dias após a emergência
(DAE). A: sem adubação com fosfato natural. B: com adubação de fosfato natural.
4.3 Discussão
A maioria das variáveis (Número de folhas, altura de planta, MSPA, MSR,
MST) obtiveram seus melhores resultados entre as doses 4 e 5 mg vaso-¹ de
Trichoderma em solos com e sem adubação fosfata, atestando o bom desempenho
do produto, pois os tratamentos inoculados apresentaram médias superiores a
testemunha.
O experimento que apresentou adubação fosfatada visou verificar o potencial
de fungos do gênero Trichoderma como solubilizadores de fosfato, pois em diversos
39
trabalhos os mesmos são relatados como produtores de fosfatases (VASSILEV et
al., 2006; BARROSO; NAHAS, 2008; KAPRI; TEWARI, 2010; CHAGAS, 2015).
Alguns microrganismos do solo apresentam a capacidade de sintetizar uma série de
enzimas, sendo necessárias para solubilização em meios contento fosfato ligado ou
imobilizado.
Relacionando os dados obtidos da eficiência relativa da Brachiaria brizantha
cv. Marandu em solos sem e com adubação fosfatada, inoculados com produto a
base de Trichoderma, verificou-se maior resposta relacionada ao incremento de
biomassa nos solos sem adubação fosfatada, apresentando maiores ganhos,
comparados à testemunha, principalmente nos dados obtidos na primeira avaliação,
aos 30 dias após emergência. Isso pode ter ocorrido pelo fato do fosfato natural
apresentar baixa solubilidade, não se tornando disponível para a planta durante os
primeiros 30 dias ou o fungo não apresentou capacidade de produção de fosfatases,
talvez por já existir quantidade mínima suficiente no solo para o período de duração
do experimento.
Na segunda época onde se fez a coleta de dados aos 50 dias, observou-se
maior incremento de biomassa nos solos sem adição de fosfato natural, pórem os
valores foram próximos. A aplicação desses microrganismos solubilizadores tem
sido empregada como uma forma de reduzir ou substituir a utilização de fertilizantes
fosfatados solúveis (SILVA-FILHO et al., 2002), diminundo os custos de produção,
visto que além de caro, é uma fonte finita, podendo se esgotar em décadas.
Os dados obtidos nos experimentos corroboram com os resultados de Santos
(2008), que testando isolados como promotor de desenvolvimento de plantas obteve
bons resultados de incremento de massa seca de raízes e parte aérea nos
tratamentos com Trichoderma, em relação ao tratamento controle, nas culturas do
feijoeiro, soja e milho em casa de vegetação. Segundo Reis et al. (2006) plantas
com sistema radicular pouco desenvolvido apresentam menor capacidade de
crescimento, sofrendo efeitos negativos em ambientes com deficiência hídrica.
Moreira et al. (2014) observaram em seus testes utilizando feijão comum
inoculados com Trichoderma que plantas tratadas com o mesmo, apresentaram um
aumento na massa seca final na maioria dos estágios analisados tendo como
destaque os indivíduos tratados com o isolado Trichoderma harzianum ALL42 sendo
mais enfático no estágio R5 com um aumento de 86% em relação ao controle. A
utilização de microrganismos no tratamento de sementes protege as mesmas contra
40
a ação de fitopatógenos do solo, promovendo o seu crescimento e consequente
desenvolvimento vegetal (HARMAN, 2011).
Jesus et al. (2011) avaliando em dois experimentos o potencial de
Trichoderma asperellum como condicionador de substrato para a produção de
mudas de café, concluindo no primeiro experimento que o condicionador, produto
biológico composto de milheto colonizado pelo fungo, proporcionou maior área foliar,
fitomassa seca total, caule e folhas. Já no segundo experimento houve aumento na
eficiência de absorção de fósforo pelas mudas de café nos tratamentos inoculados.
Resultados positivos também foram observados por Resende et al. (2004),
onde verificou maior acúmulo de matéria seca nas raízes provenientes de sementes
inoculadas com fungos do gênero Trichoderma. Já Lima (2014) trabalhando com
Trichoderma harzianum inoculado em Brachiaria brizantha cv. Marandu não obteve
resultados satisfatórios, uma vez que essa espécie de fungo não foi capaz de
promover o crescimento em altura da forrageira utilizada. Os mesmos resultados
foram encontrados por Romão (2010), utilizando Trichoderma viriens em cana-de-
açúcar, indicando que as linhagens utilizadas não foram capazes de reduzir e nem
promover o crescimente das plantas nas condições avaliadas.
4.4 Conclusão
Os tratamentos inoculados com Trichoderma na forma granulada promoveram
o incremento de biomassa em Brachiaria brizantha cv. Marandu em casa de
vegetação, se mostrando superiores nos solos sem adubação fosfatada.
41
5 CAPÍTULO III
Efeito de Trichoderma na biomassa de diferentes espécies forrageiras em casa
de vegetação
5.1 Material e métodos
Os ensaios foram conduzidos durante os meses de agosto a outubro de 2015,
em casa de vegetação na estação experimental da Universidade Federal do
Tocantins, no Campus de Gurupi, localizado a 11º 43’ de latitude Sul e 49º 04’ de
longitude Oeste, estando a 280 m de altitude. A caracterização climática local é de
clima tropical úmido, com pequena deficiência hídrica (B1wA’a’), segundo a
classificação Tornthwaite (TOCANTINS, 2005).
Para condução do experimento utilizou-se vasos com capacidade de 2 kg,
sendo preenchidos com solo classificado como Latossolo Vermelho Amarelo
distrófico (peneirado) de textura média, na profundidade de 0 – 20 cm, obtido em
área de cultivo na própria estação experimental da UFT, onde uma amostra foi
coletada e realizou-se a caracterização física e química, conforme Embrapa (2011).
Apresentando os seguintes valores: 4,0 cmolc dm-³ de Ca; 0,9 cmolc dm-³ de Mg; 0,1
cmolc dm-³ de K; 2,8 mg dm-³ de P; 0,06 cmolc dm-³ de Al; 8,3 cmolc dm-³ de CTC;
5,0 cmolc dm-³ de soma de bases (S); 61% de saturação de bases (V); pH 5,8 em
água; 1,7% de matéria orgânica; textura de 79, 5,0 e 16% de areia, silte e argila,
respectivamente: P e K – extrator Mehich 1; Al3+, Ca2+ e Mg2+ - Extrator KCl (1 mol
L-1) (EMBRAPA, 2009).
Os experimentos foram realizados em delineamento inteiramente casualizado
(DIC), utilizando seis espécies diferentes de forrageira, com quatro tratamentos e
oito repetições. Foram utilizadas cinco espécies do gênero Brachiaria (Brachiaria
decumbens cv. Basilisk, Brachiaria ruziziensis, Brachiaria brizantha cv. Marandu,
Brachiaria brizantha cv. MG-4 e Brachiaria brizantha cv. MG-5) e uma do gênero
Panicum (Panicum maximum cv. Mombaça).
Os tratamentos foram constituídos por: a) Testemunha, sem adição de
Trichoderma; b) TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo; c) TrichoPlus na
forma pó, inoculado via semente; d) Controle – produto comercial Trichoderma ICB
MATSUBIO, inoculado após o plantio diretamente no solo.
42
Para o tratamento com a utilização do Trichoderma, foram utilizados os
inoculantes TrichoPlus granulado e em pó com princípio ativo a base de
Trichoderma asperelum (UFT 201) selecionados com potencial para o biocontrole e
como promotor do crescimento vegetal, formulados com concentração mínima de
conídio viáveis de 2 x 109 L-1, na JCO Fertilizantes, tendo como composição o
milheto (TrichoPlus granulado) e o caulim (TrichoPlus em pó), respectivamente.
Para o inoculante TrichoPlus na forma granulado, retirou-se cerca de 1/3 de
solo de cada vaso momentos antes do plantio, adicionando a quantidade referente a
2 kg do granulado por hectare, e homogeneizando em bandejas plásticas
específicas, sendo posteriormente devolvido aos vasos. O inoculante TrichoPlus em
pó foi utilizado na dose de 20 g por quilo de semente, efetuando-se posteriormente o
plantio. Já para o produto comercial Trichoderma ICB MATSUBIO, foi diluída a
quantidade de 0,5 mL deste, em um litro de água destilada, após homogeneização
100 ml da mistura foram adicionados aos vasos do tratamento em questão.
O solo não foi corrigido, nem adubado, objetivando expressar o real potencial
do produto TrichoPlus, composto de micélio, esporos viáveis e metabólitos de
Trichoderma, no desenvolvimento das forragens aqui testadas.
A emergência ocorreu a partir do quarto dia após a semeadura, e o desbaste
foi efetuado, uma semana após a germinação, deixando duas plantas em cada vaso.
As plantas foram irrigadas periodicamente, e as avaliações foram feitas em dois
períodos, trinta e cinquenta dias após a geminação. A avaliação de altura da
forrageira foi realizada com o auxílio de régua milimetrada, medindo do colo da
planta até o ápice médio das folhas.
A parte aérea foi separada das raízes com corte feito na base do caule, e as
raízes lavadas em água corrente, com auxílio de uma peneira, para retirada de todo
material indesejado, tomando cuidado para não causar danos ao sistema radicular
das plantas. Posteriormente a parte aérea e a raiz foram acondicionadas
separadamente em sacos de papel, devidamente identificados e conduzidos para
secagem em estufa por 72 horas a 65 ºC, sendo submetidos à circulação forçada de
ar quente, até atingir o peso constante, realizando assim a pesagem da massa seca.
As avaliações foram feitas aos 30 e 50 dias após emergência, determinando a
altura de planta, quantidade de perfilho, quantidade de folhas, massa seca da parte
aérea (MSPA), da raiz (MSR) e total (MST), e a eficiência relativa (ER), determinada
43
através da biomassa da parte aérea aos 50 dias após emergência, relacionando os
tratamentos inoculados com a testemunha.
Os dados foram submetidos à análise de variância em esquema fatorial e as
médias dos tratamentos comparadas pelo teste de Scott-knott a 5%, utilizando o
programa estatístico ASSISTAT versão 7.6 beta (SILVA; AZEVEDO, 2009).
5.2 Resultados
Nas Tabelas 5 e 6 encontra-se o resumo das análises de variância dos
tratamentos testados com as espécies forrageiras utilizadas, aos 30 e 50 dias após
emergência. De acordo com os resultados, verifica-se que os tratamentos
influenciaram, ao nível de 1% de probabilidade pelo teste F, as variáveis analisadas.
Tabela 5: Resumo das análises de variância dos tratamentos testados com as
espécies forrageiras utilizadas, aos 30 dias após emergência (DAE).1
FV GL Qm
Altura N° Perf. N° Folhas MSR MSPA MST
Promotor 3 276,805 5,455 172,028 ** 1,874** 3,558** 10,617**
Espécie 5 334,085 14,460 184,717 ** 7,777** 1,868** 17,183**
Interação 15 126,739 1,171 29,111 ** 0,220** 0,453** 1,163 **
Resíduo 72 22,719 0,649 8,576 0,084 0,082 0,270
Total 95
Média 50,200 2,323 16,208 1.248 1,361 2,615
CV % 9,50 34,69 18,07 23,21 20,99 19,89 1
** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p<0,01); * significativo ao nível de 5% de
probabilidade (0,01=< p <0,05); ns não significativo (p >= 0,05).
Tabela 6: Resumo das análises de variância dos tratamentos testados com as
espécies forrageiras utilizadas, aos 50 dias após emergência (DAE).1
FV GL Qm
Altura N° Perf. N° Folhas MSR MSPA MST
Promotor 3 270,427 9,528 165,094 8.294** 5,385** 27,008**
Espécie 5 389,322 86,592 198,485 13,803** 26,460** 69,184**
44
Interação 15 138,562 3,953 29,902 1,761** 3,063** 8,816**
Resíduo 72 36,855 1,264 7,614 0,428 0,278 1,023
Total 95
Média 49,783 4,042 16,260 3,174 3,494 6,667
CV % 12,19 27,82 16,97 20,62 15,09 15,17 1
** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01); * significativo ao nível de 5% de
probabilidade (0,01 ≤ p < 0,05); ns não significativo (p ≥ 0,05).
Para a variável altura de plantas somente foi observado diferença estatística,
entre tratamentos inoculados e o não inoculado sem adição do promotor de
crescimento, nas forrageiras B. brizantha cv. MG-4 e B. brizantha cv. MG-5,
apresentando médias superiores nos tratamentos inoculados, nos dois períodos de
avaliação, aos 30 e 50 DAE (Tabelas 7 e 8). Aos 30 DAE foi observado na forrageira
P. maximum cv. Mombaça médias superiores nos tratamentos Granulado e Pó,
deferindo estatisticamente dos demais.
Tabela 7: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os
tratamentos testados, para a variável altura de plantas aos 30 dias após emergência
(DAE). 1
Forrageiras Tratamentos
Testemunha Granulado Pó Comercial
Basilisk 56,1 aA 54,5 aA 59,8 aA 56,3 aA
Marandu 50,2 aB 47,1 aB 47,7 aB 48,3 aB
MG-4 39,3 bC 52,1 aA 50,2 aB 48,4 aB
MG-5 32,6 bC 59,3 aA 56,1 aA 56,3 aA
Mombaça 47,5 bB 58,8 aA 57,6 aA 50,8 bB
Ruziziensis 45,8 aB 40,9 aB 44,4 aB 44,8 aB
1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Scott Knott
de probabilidade a 5% de probabilidade. Colunas - letras maiúsculas; Linhas – letras minúsculas.
Tabela 8: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os
tratamentos testados, para a variável altura de plantas aos 50 dias após emergência
(DAE). 1
Esp. Forrageiras Tratamentos
45
Testemunha Granulado Pó Comercial
Basilisk 56,1 aA 54,5 aA 59,8 aA 56,8 aA
Marandu 50,2 aA 45,9 aB 47,7 aB 47,5 aB
MG-4 39,3 bB 52,1 aA 50,2 aB 48,4 aB
MG-5 30,8 bB 59,3 aA 56,1 aA 54,0 aA
Mombaça 47,8 aA 58,8 aA 56,1 aA 52,1 aA
Ruziziensis 45,8 aA 40,1 aB 44,4 aB 41,1 aB
1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Scott Knott
de probabilidade a 5% de probabilidade. Colunas - letras maiúsculas; Linhas – letras minúsculas.
Quanto ao número de perfilho, aos 30 e 50 DAE, foi observado que não
houve diferença significativa entre tratamentos nas espécies B. brizantha cv.
Marandu e P. maximum cv. Mombaça. O maior incremento em número de perfilho foi
observado nos tratamentos inoculados, em relação ao não inoculado, nas
forrageiras B. decumbens cv. Basilisk, B. brizantha cv. MG-4 e B. brizantha cv. MG-
5, aos 30 e 50 DAE (Tabelas 9 e 10).
Tabela 9: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os
tratamentos testados, para a variável número de perfilho aos 30 dias após
emergência (DAE). 1
Forrageiras Tratamentos
Testemunha Granulado Pó Comercial
Basilisk 5,8 cA 9,8 aA 7,8 bA 9,3 aA
Marandu 3,0 aB 3,3 aB 2,3 aC 2,3 aD
MG-4 2,3 bB 4,8 aB 4,5 aB 4,5 aC
MG-5 1,1 bB 3,8 aB 3,0 aC 3,3 aC
Mombaça 1,5 aB 1,5 aC 1,5 aC 2,0 aD
Ruziziensis 5,5 aA 3,8 bB 5,0 aB 6,0 aB
1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Scott Knott
de probabilidade a 5% de probabilidade. Colunas - letras maiúsculas; Linhas – letras minúsculas.
46
Tabela 10: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os
tratamentos testados, para a variável número de perfilho aos 50 dias após
emergência (DAE).1
Esp. Forrageiras Tratamentos
Testemunha Granulado Pó Comercial
Basilisk 5,75 cA 9,75 aA 7,75 bA 9,25 aA
Marandu 3,00 aB 3,25 aB 2,25 aC 2,25 aD
MG-4 2,25 bB 4,75 aB 4,50 aB 4,50 aC
MG-5 1,00 bB 3,75 aB 3,00 aC 3,25 aC
Mombaça 1,50 aB 1,50 aC 1,50 aC 2,00 aD
Ruziziensis 5,50 aA 3,75 bB 5,00 aB 6,00 aB
1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Scott Knott
de probabilidade a 5% de probabilidade. Colunas - letras maiúsculas; Linhas – letras minúsculas.
Para a variável número de folhas, aos 30 DAE, foi observado diferença
significativa entre os tratamentos inoculados e o não inoculado, para as forrageiras
B. decumbens cv. Basilisk, B. brizantha cv. MG-4 e B. brizantha cv. MG-5. Na
forrageira P. maximum cv. Mombaça virificou-se média superior no tratamento que
utilizou Trichoderma na forma pó, diferindo estatisticamente dos demais. Aos 50
DAE também foi verificado maior incremento no número de folhas nas quatro
forrageiras citadas anteriormente, onde os tratamentos inoculados mostraram-se
superiores à testemunha (Tabelas 11 e 12).
Tabela 11: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os
tratamentos testados, para a variável número de folhas aos 30 dias após
emergência (DAE).1
Esp. Forrageiras Tratamentos
Testemunha Granulado Pó Comercial
Basilisk 11,25 bC 22,50 aA 23,25 aA 23,50 aA
Marandu 14,50 aB 13,75 aB 13,50 aB 14,50 aC
MG-4 9,00 bC 19,75 aA 18,00 aB 19,00 aB
MG-5 8,75 bC 13,00 aB 14,25 aB 14,50 aC
Mombaça 9,75 bC 17,75 aA 13,75 bB 13,00 bC
Ruziziensis 20,00 aA 20,50 aA 21,75 aA 19,50 aB
47
1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Scott Knott
de probabilidade a 5% de probabilidade. Colunas - letras maiúsculas; Linhas – letras minúsculas.
Tabela 12: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os
tratamentos testados, para a variável número de folhas aos 50 dias após
emergência (DAE).1
Esp. Forrageiras Tratamentos
Testemunha Granulado Pó Comercial
Basilisk 11,75 bB 22,50 aA 23,50 aA 23,75 aA
Marandu 14,50 aB 13,75 aB 13,50 aC 14,50 aC
MG-4 9,00 bC 19,75 aA 18,00 aB 19,00 aB
MG-5 8,75 bC 13,00 aB 14,25 aC 14,50 aC
Mombaça 9,25 cC 17,75 aA 13,75 bC 13,00 bC
Ruziziensis 20,75 aA 20,00 aA 21,75 aA 20,00 aB
1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Scott Knott
de probabilidade a 5% de probabilidade. Colunas - letras maiúsculas; Linhas – letras minúsculas.
Quanto à massa seca da raiz (MSR), aos 30 DAE, foi observado diferença
significativa entre os tratamentos, nas forrageiras B. decumbens cv. Basilisk, B.
brizantha cv. MG-4, B. brizantha cv. MG-5, P. maximum cv. Mombaça e B.
ruziziensis, apresentando maior incremento nos tratamentos inoculados. Ocorrendo
o mesmo para as forrageiras B. decumbens cv. Basilisk, B. brizantha cv. MG-4, B.
brizantha cv. MG-5 e P. maximum cv. Mombaça aos 50 DAE (Tabelas 13 e 14).
Tabela 13: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os
tratamentos testados, para a variável massa seca da raiz (MSR) aos 30 dias após
emergência (DAE).1
Esp. Forrageiras Tratamentos
Testemunha Granulado Pó Comercial
Basilisk 0,29 bC 1,05 aC 0,87 aC 0,78 aC
Marandu 2,57 aA 2,49 aA 2,67 aA 2,41 aA
MG-4 0,32 cC 0,89 bC 0,95 bC 1,34 aC
48
MG-5 0,28 bC 1,18 aC 1,07 aC 0,93 aC
Mombaça 0,26 bC 0,92 aC 1,32 aB 1,06 aC
Ruziziensis 1,25 bB 1,91 aB 1,42 bB 1,69 aB
1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Scott Knott
de probabilidade a 5% de probabilidade. Colunas - letras maiúsculas; Linhas – letras minúsculas.
Tabela 14: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os
tratamentos testados, para a variável massa seca da raiz (MSR) aos 50 dias após
emergência (DAE).1
Esp. Forrageiras Tratamentos
Testemunha Granulado Pó Comercial
Basilisk 2,36 cC 5,78 aA 3,93 bA 4,38 bA
Marandu 3,27 aB 4,27 aB 3,98 aA 3,43 aB
MG-4 1,41 bC 2,85 aC 2,83 aB 2,66 aC
MG-5 0,68 bD 2,71 aC 2,45 aB 2,44 aC
Mombaça 1,72 bC 2,97 aC 3,25 aB 2,22 bC
Ruziziensis 4,57 aA 3,71 bC 3,72 bA 4,59 aA
1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Scott Knott
de probabilidade a 5% de probabilidade. Colunas - letras maiúsculas; Linhas – letras minúsculas.
Para a variável massa seca da parte aérea, aos 30 DAE, os tratamentos
inoculados obtiveram maiores médias, em relação ao tratamento testemunha, para
as espécies B. decumbens cv. Basilisk, B. brizantha cv. MG-4, B. brizantha cv. MG-
5, P. maximum cv. Mombaça e B. ruziziensis. Aos 50 DAE os tratamentos com
inoculação foram superiores para as forrageira B. decumbens cv. Basilisk, B.
brizantha cv. MG-4, B. brizantha cv. MG-5 e P. maximum cv. Mombaça (Tabelas 15
e 16).
49
Tabela 15: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os
tratamentos testados, para a variável massa seca da parte aérea (MSPA) aos 30
dias após emergência (DAE).1
Esp. Forrageiras Tratamentos
Testemunha Granulado Pó Comercial
Basilisk 0,39 cC 1,66 aB 1,59 aB 1,19 bB
Marandu 2,15 aA 2,09 aA 1,84 aA 1,77 aA
MG-4 0,33 cC 1,02 bC 1,23 bB 1,71 aA
MG-5 0,29 bC 1,33 aC 1,53 aB 1,29 aB
Mombaça 0,39 cC 1,35 bC 1,81 aA 1,45 bB
Ruziziensis 1,21 bB 1,56 aB 1,89 aA 1,59 aA
1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Scott Knott
de probabilidade a 5% de probabilidade. Colunas - letras maiúsculas; Linhas – letras minúsculas.
Tabela 16: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os
tratamentos testados, para a variável massa seca da parte aérea (MSPA) aos 50
dias após emergência (DAE).1
Esp. Forrageiras Tratamentos
Testemunha Granulado Pó Comercial
Basilisk 3,79 bB 7,00 aA 6,18 aA 6,63 aA
Marandu 3,37 aB 3,66 aB 3,14 aC 2,97 aC
MG-4 1,66 bC 3,93 aB 3,84 aB 3,20 aB
MG-5 0,94 bD 2,92 aC 2,73 aC 2,50 aC
Mombaça 2,01 bC 2,86 aC 2,93 aC 2,67 aC
Ruziziensis 5,06 aA 2,94 bC 3,19 bC 3,72 bB
1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Scott Knott
de probabilidade a 5% de probabilidade. Colunas - letras maiúsculas; Linhas – letras minúsculas.
Quanto à massa seca total (MST) só não observamos diferença estatística
entre tratamentos, aos 30 DAE, na espécie forrageira B. brizantha cv. Marandu. Nas
demais espécies foi observado maior incremento nos tratamentos inoculados. Aos
50 DAE para as forrageiras B. decumbens cv. Basilisk, B. brizantha cv. MG-4, B.
50
brizantha cv. MG-5 e P. maximum cv. Mombaça verificou-se maior incremento de
massa nos tratamentos granulado e pó (Tabelas 17 e 18).
Tabela 17: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os
tratamentos testados, para a variável massa seca total (MST) aos 30 dias após
emergência (DAE).1
Esp. Forrageiras Tratamentos
Testemunha Granulado Pó Comercial
Basilisk 0,69 bC 2,70 aC 2,47 aC 1,98 aC
Marandu 4,72 aA 4,59 aA 4,52 aA 4,18 aA
MG-4 0,65 cC 1,92 bC 2,18 bC 3,05 aB
MG-5 0,58 bC 2,51 aC 2,60 aC 2,22 aC
Mombaça 0,65 bC 2,27 aC 3,12 aB 2,50 aC
Ruziziensis 2,46 bB 3,62 aB 3,32 aB 3,28 aB
1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Scott Knott
de probabilidade a 5% de probabilidade. Colunas - letras maiúsculas; Linhas – letras minúsculas.
Tabela 18: Médias das interações entre as espécies forrageiras utilizadas e os
tratamentos testados, para a variável massa seca total (MST) aos 50 dias após
emergência (DAE).1
Esp. Forrageiras Tratamentos
Testemunha Granulado Pó Comercial
Basilisk 6,16 cB 12,78 aA 10,11 bA 11.01 bA
Marandu 6,64 aB 7,92 aB 7,12 aB 6,39 aC
MG-4 3,07 bC 6,78 aC 6,67 aB 5,86 aC
MG-5 1,63 bD 5,63 aC 5,18 aB 4,95 aC
Mombaça 3,73 bC 5,83 aC 6,18 aB 4,89 bC
Ruziziensis 9,63 aA 6,64 bC 6,91 bB 8,32 aB
1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Scott Knott
de probabilidade a 5% de probabilidade. Colunas - letras maiúsculas; Linhas – letras minúsculas.
Quanto à eficiência relativa (ER), que relaciona a biomassa da parte aérea dos
tratamentos inoculados em relação a testemunha, aos 50 DAE, foram observados
para a forrageira Brachiaria brizantha cv. MG-4, valores superiores para os
51
tratamentos inoculados com TrichoPlus e para o tratamento controle, em relação à
testemunha, com incremento de biomassa aos 30 DAE, de 232, 314 e 311%,
respectivamente em relação à testemunha e de 161, 154 e 112%, respectivamente,
aos 50 DAE (Figura 12, 13 e 14).
Figura 12: Eficiência relativa de Brachiaria brizantha cv. MG-4, inoculado com
Trichoderma em relação à testemunha sem inoculação. A: Aos 30 dias após a
emergência (DAE). B: Aos 50 dias após a emergência (DAE).
52
Figura 13: Imagens comparando a parte aérea da forrageira Brachiaria brizantha cv.
MG-4 inoculada (30 dias após a emergência). T1 Testemunha, sem adição de
Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo; T3 TrichoPlus
na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial Trichoderma
ICB.
Figura 14: Imagens comparando o sistema radicular da forrageira Brachiaria
brizantha cv. MG-4 inoculada (30 dias após a emergência). T1 Testemunha, sem
adição de Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo; T3
TrichoPlus na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial
Trichoderma ICB.
Para a Brachiaria brizantha cv. MG-5, aos 30 DAE, os tratamentos inoculados
com TrichoPlus granulado e em pó e para o tratamento controle aparesentaram
eficiência relativa (ER) com incremento de 314, 410 e 300% em relação a
53
testemunha, e de 229, 208 e 187%, respectivamente, aos 50 DAE (Figura 15, 16 e
17).
Figura 15: Eficiência relativa de Brachiaria brizantha cv. MG-5, inoculado com
Trichoderma em relação à testemunha sem inoculação. A: Aos 30 dias após a
emergência (DAE). B: Aos 50 dias após a emergência (DAE).
54
Figura 16: Imagens comparando a parte aérea da forrageira Brachiaria brizantha cv.
MG-5 inoculada e não inoculada. (30 dias após a emergência). T1 Testemunha, sem
adição de Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo; T3
TrichoPlus na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial
Trichoderma ICB.
Figura 17: Imagens comparando o sistema radicular da forrageira Brachiaria
brizantha cv. MG-5 inoculada. (30 dias após a emergência). T1 Testemunha, sem
adição de Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo; T3
TrichoPlus na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial
Trichoderma ICB.
Quanto a forrageira Panicum maximum cv. Mombaça, aos 30 DAE, os
tratamentos inoculados com TrichoPlus granulado e em pó e o tratamento controle
apresentaram ER com incremento de 224, 342 e 171%, respectivamente, em
relação a testemunha, e de 43, 47 e 337%, espectivamente, aos 50 DAE (Figura 18,
19 e 20).
55
Figura 18: Eficiência relativa de Panicum maximum cv. Mombaça, inoculado com
Trichoderma em relação à testemunha sem inoculação. A: Aos 30 dias após a
emergência (DAE). B: Aos 50 dias após a emergência (DAE).
56
Figura 19: Imagens comparando a parte aérea da forrageira Brachiaria Panicum
maximum cv. Mombaça inoculada. (30 dias após a emergência). T1 Testemunha,
sem adição de Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo;
T3 TrichoPlus na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial
Trichoderma ICB.
Figura 20: Imagens comparando o sistema radicular da forrageira Brachiaria
Panicum maximum cv. Mombaça inoculada. (30 dias após a emergência). T1
Testemunha, sem adição de Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado,
misturado ao solo; T3 TrichoPlus na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle –
produto comercial Trichoderma ICB.
Quanto a forrageira Brachiaria decumbens cv. Basilinsk, aos 30 DAE, os
tratamentos inoculados com TrichoPlus granulado e em pó e o tratamento controle
apresentaram ER com incremento de 344, 282 e 205%, respectivamente, em
relação a testemunha, e de 85, 63 e 75%, respectivamente, aos 50 DAE (Figura 21,
22 e 23).
57
Figura 21: Eficiência relativa de Brachiaria decumbens cv. Basilinsk, inoculado com
Trichoderma em relação à testemunha sem inoculação. A: Aos 30 dias após a
emergência (DAE). B: Aos 50 dias após a emergência (DAE).
58
Figura 22: Imagens comparando a parte aérea da forrageira Brachiaria decumbens
cv. Basilinsk inoculada. (30 dias após a emergência). T1 Testemunha, sem adição
de Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo; T3
TrichoPlus na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial
Trichoderma ICB.
Figura 23: Imagens comparando o sistema radicular da forrageira Brachiaria
decumbens cv. Basilinsk inoculada. (30 dias após a emergência). T1 Testemunha,
sem adição de Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo;
T3 TrichoPlus na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial
Trichoderma ICB.
Quanto a forrageira Brachiaria brizantha cv. Marandu, aos 30 DAE, os
tratamentos inoculados com TrichoPlus granulado e em pó apresentaram ER com
incremento de apenas 2%, em relação à testemunha, e aos 50 DAE apenas o
tratamento com TrichoPlus apresentou ER superior a testemunha (Figura 24, 25 e
26).
59
Figura 24: Eficiência relativa de Brachiaria brizantha cv. Marandu, inoculado com
Trichoderma em relação à testemunha sem inoculação. A: Aos 30 dias após a
emergência (DAE). B: Aos 50 dias após a emergência (DAE).
60
Figura 25: Imagens comparando a parte aérea da forrageira Brachiaria brizantha cv.
Marandu inoculada. (30 dias após a emergência). T1 Testemunha, sem adição de
Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo; T3 TrichoPlus
na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial Trichoderma
ICB.
Figura 26: Imagens comparando o sistema radicular da forrageira Brachiaria
brizantha cv. Marandu inoculada. (30 dias após a emergência). T1 Testemunha, sem
adição de Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo; T3
TrichoPlus na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial
Trichoderma ICB.
Quanto a forrageira Brachiaria ruziziensis, aos 30 DAE, os tratamentos
inoculados com Trichoplus granulado e em pó e o tratamento controle apresentaram
ER com incremento de 47, 110 e 39%, respectivamente, em relação a testemunha, e
de 11, 11 e 12%, respectivamente, aos 50 DAE (Figura 27, 28 e 29).
61
Figura 27: Eficiência relativa de Brachiaria ruziziensis, inoculado com Trichoderma
em relação à testemunha sem inoculação. A: Aos 30 dias após a emergência (DAE).
B: Aos 50 dias após a emergência (DAE).
62
Figura 28: Imagens comparando a parte aérea da forrageira Brachiaria ruziziensis
inoculada. (30 dias após a emergência). T1 Testemunha, sem adição de
Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo; T3 TrichoPlus
na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial Trichoderma
ICB.
Figura 29: Imagens comparando o sistema radicular da forrageira Brachiaria
ruziziensis inoculada. (30 dias após a emergência). T1 Testemunha, sem adição de
Trichoderma; T2 TrichoPlus na forma granulado, misturado ao solo; T3 TrichoPlus
na forma pó, inoculado via semente; T4 Controle – produto comercial Trichoderma
ICB.
5.3 Discussão
Os resultados evidenciaram que o produto TrichoPlus testado, composto de
micélio, esporos viáveis e metabólitos de Trichoderma, na forma pó e granulado,
promoveram efeitos positivos no ganho de biomassa, altura de plantas, no número
63
de folhas e perfilho, nas espécies testadas, apresentando-se como uma alternativa
viável para o tratamento de sementes e/ou inoculação em solo.
No experimento que utilizou a forrageira Brachiaria brizantha cv. Marandu, foi
observado menores ganhos em relção às demais espécies testadas. Nela as
variáveis analisadas se mostraram não significativas.
De modo geral observou-se que as médias mais altas encontradas nas
tabelas e figuras foram dos tratamentos que utilizaram o produto TrichoPlus JCO na
forma pó ou granulado, em alguns casos, maiores até que o tratamento que utilizou
o produto comercial a base de Trichoderma, evidenciando a promoção de
crescimento.
Fungos do gênero Trichoderma são considerados saprófitas potentes e
eficientes por atuarem como antagonistas de alguns fitopatógenos de importância
econômica, promovendo o crescimento de plantas (RESENDE, 2004; HARMAN et
al., 2004). A inibição dos fitopatógenos pode ocorrer por competição, parasitismo
direto, amensalismo ou produção de metabólitos secundários e micoparasitismo de
estruturas de resistência (MELO, 1998), além da indução de resistência (SANTOS,
2008). Eles promovem o desenvolvimento radicular através da produção de
fitohormônios, degradando e melhorando a absorção de nutrientes, aumentando
assim a resistência das plantas (LUCON, 2008). Isso acontece devido à capacidade
que os mesmo possuem de colonizar o sistema radicular, promovendo uma
associação simbiôntica (BENÍTEZ et al., 2004). Os mecanismos de ação desses
fungos promotores do crescimento são específicos e podem variar conforme o
ambiente, como substrato, disponibilidade de nutrientes e interferência de outros
microrganismos (MACHADO et al., 2015).
Efeitos positivos na utilização de Trichoderma como promotor no crescimento
de plantas foi relatado por diversos pesquisadores, em diversas culturas. Resende et
al. (2004) em seu experimento utilizando Trichoderma harzianum como promotor de
crescimento em sementes de milho 45 dias após semeadura, observou diferença
significativa para o fator inóculo na característica peso de matéria seca de raízes,
verificando-se que o fungo Trichoderma harzianum estimulou o maior acúmulo de
matéria seca nas raízes das plantas, corroborando com os dados obtidos neste
trabalho, mostrados nas tabelas.
Wagatsuma (2012) também trabalhando com milho observou diferença
significativa entre os tratamentos para massa seca de parte aérea e maior altura de
64
planta quando os híbridos foram inoculados com Trichoderma harzianum
isoladamente. Contreras-Cornejo et al. (2009), estudando o papel da auxina,
produzida e isolada por Trichoderma virens e Trichoderma atroviride, na regulação
do crescimento e desenvolvimento de Arabidopsis thaliana, observou aumentos na
porcentagem e precocidade de germinação, no peso de matéria seca, na altura das
plântulas e no desenvolvimento das raízes laterais. Esses efeitos de crescimento
estão relacionados ao aumento no acúmulo de auxina, um produto direto do seu
metabolismo, tento este hormônio papel importante na promoção de crescimento
vegetal.
Chagas Jr. et al. (2014), estudando a resposta de feijão-caupi cultivar
Vinagre, inoculado com rizóbio e Trichoderma spp. a campo, nas safras 2011 e
2012, obteve que a inoculação com os dois microrganismos na semente e no solo,
proporcionaram melhores resultados para as variáveis analisadas nas duas safras,
com produtividade superior aos demais tratamentos, sendo de fundamental
importância para o acúmulo de biomassa, nodulação e produtividade. Aguiar et al.
(2013), trabalhando com isolados IT2, IT3 e IT4 de Trichoderma viride, observou que
a mistura dos três isolados promoveu as maiores alturas de plantas de feijão cultivar
carioca, em substrato esterilizado e não esterilizado, comparados aos tratamentos
não inoculados.
Carvalho-Filho et al. (2008a) trabalhando com eucalipto e Trichoderma
harzanium, observaram aumentos significativos, na ordem de 57 a 136% na massa
de matéria seca de plântulas e aumento na altura de mudas. Já Machado et al
(2015) trabalhando com Trichoderma na emergência e crescimento de mudas de
cambará, observou que os isolados 2B2 e 2B22 de Trichoderma harzianum
apresentam potenciais como promotores de crescimento de mudas.
5.4 Conclusão
Os tratamentos inoculados com Trichoderma promoveram o incremento de
biomassa nas forrageiras testadas, apresentando as forrageiras Brachiaria brizantha
cv. MG-4, Brachiaria brizantha cv. MG-5, Panicum maximum cv. Mombaça e
Brachiaria decumbens cv. Basilinsk os melhores resultados para produção de
biomassa em casa de vegetação.
65
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
De modo geral os tratamentos inoculados com Trichoderma apresentaram
plantas com maior porte, maior número de folhas, maior incremento de massa da
parte aérea, raiz e massa total, em relação aos tratamentos sem inoculação,
mostrando o potencial dos produtos testados, como promotores do crescimento
vegetal e como forma de desenvolver a agricultura sustentável, baseada no manejo
bem sucedido dos recursos agrícolas, satisfazendo às necessidades da geração
atual, mantendo ou melhorando a qualidade do meio ambiente e conservando os
recursos naturais sem comprometer as futuras gerações.
Segundo Chagas (2015) a utilização de Trichoderma no processo de
promoção de crescimento de plantas, será provavelmente, uma das estratégias ou
alternativas mais importantes para o desenvolvimento do setor agrário e aumento da
produção, principalmente devido às demandas emergentes para diminuição da
dependência de fertilizantes químicos e pesticidas.
O uso desses produtos, para o controle de fitopatógenos de solo tem um
custo elevado, além de causar graves transtornos aos ecossistemas, sinalizando
para a utilização de inoculantes a base de microrganismos, objeto de estudo deste
trabalho, em pastagens e outras culturas, na região do Cerrado. Eles elevam a
produção de biomassa e também permitem que as plantas sobrevivam a condições
e ambientes adversos, através de vários mecanismos particulares, se estabelecendo
no solo, colonizam-o e reproduzindo-se, o que não acorre com os agroquímicos, que
apresentam controle temporário, necessitando de aplições repetidas durante o
desenvolvimento da cultura (ÁVILLA et al., 2005).
A utilização dessas alternativas possibilita o aumento na produtividade das
culturas, sem que ocorra prejuízos ao meio ambiente, contribuindo para o
desenvolvimento de novas tecnologias, imprescindíveis para a preservação e
conservação dos recursos naturais.
66
7. REFERÊNCIAS
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34(2) - Departamento de Biologia. 47–58, 2012/13. AKLADIOUS A. S , ABBAS S M. Application of Trichoderma harziunum T22 as a biofertilizer supporting maize growth. African Journal of Biotechnology, 11:8672-
8683. 2012.
ÁVILLA, R.Z. et al. Seleção de isolados de Trichoderma spp. antagônicos a Sclerotium rolfsii e Sclerotinia sclerotiorum. Brasília, DF. Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia. 30p. (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, 117). 2005.
BARDUCCI, R. S. A. et al. Produção de Brachiaria brizantha e Panicum maximum com milho e adubação nitrogenada. Arch. Zootec., v. 58, n. 222, 211-222, 2009. BARROSO, C.B.; NAHAS, E. Solubilização de fosfato de ferro em meio de cultura. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 43, n. 4, p. 529-535. 2008. BALSALOBRE, M. A. A. 2000. Análise foliar em plantas forrageiras. Disponível em: <http://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/pastagens/analise-foliar-em-plantas-forrageiras-16072n.aspx>. Acesso: 09/12/2015. BEATRIZ SILVA, D. et al. Bioprospecção de linhagens de trichoderma sp. na degradação de resíduos lignocelulósicos de sabugo de milho. Revista Verde (Pombal - PB - Brasil) v. 10, n.1, p. 252 - 258, jan-mar, 2015. BENÍTEZ, T. et al. Biocontrol mechanisms of Trichoderma strains. International
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