Educação Integral: afinal do que estamos falando?
Território de Disputas
Profa. Dra. Jaqueline Moll
POLÍTICA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL e POLÍTICA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL e AMPLIAÇÃO DE DIREITOS A OUTROS AMPLIAÇÃO DE DIREITOS A OUTROS
TEMPOS E ESPAÇOS EDUCATIVOS: TEMPOS E ESPAÇOS EDUCATIVOS:
Plano Nacional de Educação Plano Nacional de Educação (lei 13.005/2014) como horizonte(lei 13.005/2014) como horizonte
Formação humana integral em tempo Formação humana integral em tempo integralintegral
“A educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele e, com tal gesto, salvá-lo da ruína que seria inevitável não fosse a renovação dos novos e dos jovens; ... se amamos as nossas crianças o bastante para não expulsá-las de nosso mundo e abandoná-las aos seus próprios recursos, e tão pouco arrancar de suas mãos a oportunidade de empreender alguma coisa nova imprevista para nós preparando-as, em vez disso, com antecedência, para a tarefa de renovar nosso mundo comum.” Hanna Arendt
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6 anos 12 anos
16 anos 19 anos
Adequação Idade-Anos de escolaridade Adequação Idade Adequação Idade-Anos de escolaridade
Florestan Fernandes
“Há muitos que pensam na educação para a classe
trabalhadora como uma educação exclusiva. É
trabalhador? Então vai ser operário, ele precisa de uma
educação técnica, precisa ser instruído, não educado;
ele precisa ser adestrado, não polido. Intelectualizado?
Ora, o trabalhador tem tanta necessidade de cultura
quanto aquele que não é trabalhador, aquele que é
proprietário dos meios de produção. Por que os que
são proprietários dos meios de produção têm
capacidade de comandar, arrogância de mandar etc?
Porque eles aprendem nas escolas uma educação de
classe e adquirem uma cultura geral que é uma cultura
formativa. Temos de dar ao trabalhador essa mesma
educação. O educador precisa conhecer o mundo,
explicar o mundo, transformar o mundo e, para isso,
não basta dar ao trabalhador adestramento na situação
de trabalho, a escolaridade técnica. Ele precisa,
inclusive, se possível, percorrer todos os graus de
ensino.“
MATRIZES HISTÓRICAS MATRIZES HISTÓRICAS -- ANÍSIO TEIXEIRAANÍSIO TEIXEIRA
"Todos os estudos, de verdadeira e autêntica formação para o
trabalho seja o trabalho intelectual, científico, técnico, artístico
ou material, dificilmente podem ser estudados em tempo
parcial, dificilmente podem ser feitos em períodos apenas de
aula, exigindo além disso e, sempre, longos períodos de estudo
individual – e para tal grandes bibliotecas , com abundância de
livros e de espaço para o estudante – longos períodos de
prática em laboratórios, salas-ambiente, ateliês, etc., e longos
períodos de convivência entre os que estão formando e os
professores. Somente com professores de tempo integral e
alunos de tempo integral poderemos formar esses
trabalhadores de nível médio”.
Anísio Teixeira
POLÍTICAS DE FORMAÇÃO INTEGRAL: POLÍTICAS DE FORMAÇÃO INTEGRAL: diálogo com os pilares da educaçãodiálogo com os pilares da educação
FONTEFONTE:: -- RelatórioRelatório Delors/UNESCODelors/UNESCO -- LeonardoLeonardo BoffBoff
APRENDER APRENDER A A
CONHECERCONHECER
APRENDER APRENDER A SERA SER
APRENDER APRENDER A A
CONVIVERCONVIVER
APRENDER APRENDER A FAZERA FAZER
APRENDER APRENDER A CUIDARA CUIDAR
EDUCAÇÃO COMO
EMANCIPAÇÃO
Formação sensitiva, intelectual, artística, esportiva, filosófica, profissional, política
Educar é humanizar-se no direito de historicizar-se,
... no direito de biografar-se,
...no direito de existenciar-se, territorializando-se.
A escola que ainda temos... Sem maioridade institucional
http://escuelatradicional.blogspot.com/2008/12/escuela-tradicional.html
http://psicosis-multiple.blogspot.com/2010/11/aspectos-y-conceptos-de-la-escuela.html
A escola que podemos
desejar...
que podemos
construir...
MATRIZES HISTÓRICAS MATRIZES HISTÓRICAS -- DARCY RIBEIRODARCY RIBEIRO
“A Escola de dia completo, vale dizer, a que atende seus
alunos das 7 ou 8 da manhã até às 4 ou 5 da tarde, não é
nenhuma invenção do Brizola nem minha, nos CIEPs. Este
é o horário das escolas de todo o mundo civilizado. Todas
essas horas de estudo são absolutamente indispensáveis
para fazer com que o menino francês aprenda a ler e
escrever em francês, ou o japonês em japonês. Oferecer a
metade dessa atenção e às vezes menos ainda a uma
criança mais carente que a daqueles países, porque
afundada na pobreza e porque recentemente urbanizada, é
condená-la a fracassar na escola e depois na vida”. Darcy Ribeiro
EE Maria Leite Marcoski – Cuiabá/MT
Canto e Coral CIEP Brizolão Toninho Marques – Volta Redonda/RJ
Oficina de teatro EMEF Maria Lygia – Esteio/RS
Atividade de Teatro EM Paulo Freire – RJ/RJ
Atividade de Letramento EM Teotonio Vilela – RJ/RJ
EMEF Professora Ana Íris do Amaral – POA/RS
Alunos das escolas municipal em atividades externas – BH/MG Visita ao município de Tiradentes/MG
EMEF Oziel Alves Pereira – Campinas/SP Rádio Escolar Responsável pela fotografia: Jovana M. S. Conceição
EMEF Edson Luís Lima Souto Campinas/SP - Teatro de Fantoches (letramento/alfabetização) Responsável pela fotografia: Ana Luísa Sader Tagliolatto
EE Antonia Fernandes – Rio Branco/AC Oficina: Capoeira
“Desde que, adulto, comecei a escrever romances, tem-me
animado até hoje a ideia de que o menos que um escritor
pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a
nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz a realidade do seu
mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos
ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a sua
lâmpada a despeito da náusea e do horror.
Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos nosso
toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos
repetidamente, como sinal de que não desertamos do nosso
posto”.
ÉRICO VERÍSSIMO, Solo de Clarineta
Jaqueline Moll Faculdade de Educação Universidade Federal do Rio Grande do Sul Conselho Estadual de Educação [email protected]