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Poder Judicirio
Conselho Nacional de JustiaConselho Nacional de JustiaConselho Nacional de JustiaConselho Nacional de Justia
EDITALDECONVOCAOPBLICAEDESELEO
2 EDIO DA SRIEJUSTIA PESQUISA
Convocaono01/2015
O Conselho Nacional de Justia (CNJ), por meio do assessoramento tcnico do
Departamento de Pesquisas Judicirias (DPJ), lana edital para fins de convocao pblica e de
seleo de propostas de pesquisa que integraro a 2 Edio da SRIE JUSTIA PESQUISA
(Convocaon 01/2015).
A convocao destina-se contratao de Instituies de Ensino Superior e
Instituies incumbidas, regimental ou estatutariamente, de atividades de ensino ou de pesquisa,
pblicas ou privadas (desde que, neste ltimo caso, sejam sem fins lucrativos), para realizao de
10 (dez) pesquisas a respeito do Poder Judicirio no Brasil de acordo com os termos e condies
a seguir estabelecidos por este Edital:
SEO A) CONTEXTUALIZAO DA SRIE JUSTIA PESQUISA
No cenrio das polticas judicirias, a evoluo qualitativa e quantitativa dos
servios oferecidos sociedade envolve a identificao das principais dificuldades e
oportunidades existentes em relao formulao, implementao e ao controle das atividades
de prestao jurisdicional na busca de concretizao de direitos e garantias fundamentais.
exatamente esse o conjunto de desafios institucionais que estimularam o
Departamento de Pesquisas Judicirias do Conselho Nacional de Justia (DPJ/CNJ) a conceber a
SRIEJUSTIA PESQUISA.
Nesta 2 Edio, a SRIE JUSTIA PESQUISA contemplar os seguintes eixos
estruturantes: I) Polticas Pblicas do Poder Judicirio e II) Direitos e Garantias Fundamentais.
SEOB)DO OBJETO
As pesquisas devero ter durao de at 12 (doze) meses, a contar da data da
assinatura do instrumento especfico de contratao. As propostas de pesquisas apresentaro
modelo de amostragem que abarque investigao em, pelo menos, 6 (seis) unidades da
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federao (aqui, exclusivamente compreendidas dentre Estados-Membro e o Distrito Federal),
sendo que deve ser observada a representatividade de todas as 5 (cinco) regies geogrficas
brasileiras (Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul). Sempre que cabvel, as unidades da
federao investigadas devem compreender 2 (dois) tribunais de grande porte, 2 (dois) de mdio
porte, e 2(dois) de pequeno porte, conforme classificao adotada pelo Relatrio Justia em
Nmeros de 2015 (Ano-base 2014) do CNJ.
As instituies proponentes, uma vez selecionadas, tero como
responsabilidades, alm do atendimento das exigncias constantes do presente Edital, acoordenao do grupo de pesquisa destinado ao desenvolvimento da investigao no campo a
ser selecionado e a elaborao de documentos (relatrios, e demais produtos definidos de acordo
com cada rea temtica apresentada) pertinentes a cada um dos 10 (dez) campos temticos a
seguir apresentados.
Importante ressaltar que as pesquisas devem ter carter propositivo, ou seja, os
estudos dos campos temticos devem, obrigatoriamente, contemplar propostas de aes do
Poder Judicirio ou do prprio Conselho Nacional de Justia, de acordo com a realidade
apresentada.
EIXO I) Polticas Pblicas do Poder Judicirio:
Campo Temtico 1) O impacto da implantao do Processo Judicial Eletrnico (PJe) na
produtividade dos tribunais;
Campo Temtico 2) Diagnstico sobre o impacto dos modelos de gesto judicial nos resultados da
Justia Estadual;
Campo Temtico 3) Conciliao e Mediao de Conflitos: o papel dos Centros Judicirios deSoluo de Conflitos e Cidadania (CEJUSCs) na ampliao do acesso Justia no Brasil;
Campo Temtico 4) Os Maiores Litigantes nas Aes Consumeristas na Justia Estadual:
Mapeamento e Proposies;
Campo Temtico 5) Impacto da atuao dos Juzes Leigos no Poder Judicirio brasileiro.
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EIXO II) Direitos e Garantias Fundamentais:
Campo Temtico 6) Recidivismo e Lei Maria da Penha: estudo comparativo de prticas
restaurativas e retributivas;
Campo Temtico 7) Poder Judicirio e superpopulao prisional: diagnstico do funcionamento do
sistema de justia criminal;
Campo Temtico 8) Audincia de custdia, priso provisria e medidas cautelares: obstculos
institucionais e ideolgicos efetivao da liberdade como regra;Campo Temtico 9) Justia Restaurativa Uma avaliao a partir dos Programas piloto
implantados no Poder Judicirio;
Campo Temtico 10) Aes coletivas no Brasil: o processamento, o julgamento e a execuo das
tutelas coletivas.
SEO C) DOS PROPONENTES ELEGVEIS
C.1) Instituies de ensino superior, pblicas ou privadas, e demais entidades incumbidas,
regimental ou estatutariamente de atividades de ensino e/ou de pesquisa, desde que sem fins
lucrativos.
C.2) vedada a participao, neste Edital de Convocao Pblica e de Seleo, de pessoas
jurdicas de direito privado que desempenhem finalidade lucrativa.
C.3) Para a participao, os interessados devero apresentar, no que couber, os seguintesdocumentos:
C.3.a) atos constitutivos devidamente registrados no rgo competente, que atestem sua
existncia e capacidade jurdica, na forma da legislao civil;
C.3.b) prova de inscrio no CNPJ e no cadastro de contribuintes estadual ou municipal se
houver;
C.3.c) prova de regularidade com a Fazenda Federal e Distrital ou Federal, Estadual e
Municipal do domiclio ou equivalente na forma da Lei;
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C.3.d) prova de regularidade relativa Seguridade Social (Instituto Nacional do Seguro
Social INSS);
C.3.e) prova de regularidade com o Fundo de Garantia por Tempo de Servio FGTS;
C.3.f) apresentao de documento contendo endereo, telefone, fax, e-mail e conta
bancria em nome da entidade, com indicao especfica instituio financeira e ao
correspondente nmero da agncia;
C.3.g) ato de designao e documentos pessoais (Registro Geral-RG e Cadastro dePessoa Fsica - CPF) do representante legal; e
C.3.h) documentao relativa regularidade trabalhista, mediante apresentao de
Certido Negativa de Dbitos Trabalhistas (CNDT prevista pelo art. 642-A, da
Consolidao das Leis do Trabalho CLT c/c o art. 29 da Lei de Licitaes, ambos os
dispositivos na redao conferida pela Lei Federal n 12.440, de 07 de julho de 2011); 1
C.3.i) declarao de que atende os requisitos do Edital, inclusive quanto apresentao do
documento exigido no item K.2.c do Edital.
C.4) O estatuto da entidade dever prever a realizao de atividades que sejam compatveis com
o objeto deste edital.
SEO D) DO PROJETO DE PESQUISA
D.1) Em conformidade com os modelos constantes dos Anexos deste Edital, a instituio
proponente dever apresentar o respectivo PROJETO DE PESQUISA, documento nico, composto
pelas seguintes partes indispensveis:
D.1.a) Justificativa contendo 4 (quatro) partes bsicas:
i) caracterizao dos interesses recprocos;
ii) relao entre a proposta apresentada e o objeto descrito em um dos campos
temticos (SEO Bdeste Edital e ITENS 1E 2,DO ANEXO I, deste Edital);
iii) problema(s) a ser(em) pesquisado(s); e
iv) resultados esperados;
1O documento dever ser vlidonos termos do 4 do art. 642-A da CLT, o qual prescreve: O prazo de validade do
CNDT de 180 (cento e oitenta) dias, contado de sua emisso.
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D.1.b) descrio completa do objeto a ser executado e metodologia (mtodo, instrumental
tcnico, estratgias para obteno dos dados e definio da amostra, quando pertinente);
D.1.c) definio das etapas de cada uma das fases do Projeto de Pesquisa;
D.1.d) Cronograma de Execuo do Projeto de Pesquisa e Cronograma de Pagamento.
D.2) O Cronograma de Execuo do Projeto de Pesquisa deve estar em conformidade com oprevisto na alnea J.3, e com os percentuais indicados no Cronograma de Pagamento (ambos noAnexo II).
D.2.a) O Cronograma de Execuo do Projeto de Pesquisa deve contemplar o
planejamento das aes que sero executadas com os recursos financeiros disponveis
em cada etapa da pesquisa.
D.2.b) Uma vez selecionada, a instituio a ser contratada dever apresentar Cronograma
Fsico de Execuo da Pesquisa, com detalhamento de atividades, prazos de incio e
trmino de execuo, e data de entrega dos produtos, para acompanhamento das
atividades e cumprimento dos prazos do projeto, nos moldes a serem acordados
previamente pela instituio e o Departamento de Pesquisas Judicirias (DPJ).
D.3) A instituio proponente poder se candidatar para o desenvolvimento de at 2 (duas)
pesquisas apresentadas na SEO B do presente Edital de Convocao Pblica e de Seleo
(DO OBJETO), sendo que, para cada Projeto de Pesquisa, devero ser apresentadas,
separadamente, todas as peas indicadas no item C.3, em conformidade com os detalhamentos
constantes do ANEXO I (DO PLANO BSICO DO PROJETO DE PESQUISA) e o modelo de
apresentao indicado pelo ANEXO II(MODELO DE APRESENTAO DO PROJETO DE PESQUISA) dopresente Edital de Convocao Pblica e de Seleo.
D.4) Dos Recursos Humanos e dos requisitos mnimos quanto ao perfil dos pesquisadores
D.4.a) A instituio interessada dever observar para o desenvolvimento da pesquisa o
atendimento dos seguintes requisitos mnimos relativos Equipe Bsica de Pesquisa:
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FORMAO MNIMA(Funo
desempenhada e
Titulao)
NMERO MNIMO
EXIGIDO
EXPERINCIAS ESPECFICAS MNIMAS
REQUERIDAS
Coordenador com nvel de
doutorado
Pesquisadores com nvel
de mestre ou deespecialista.
01
02
1) Experincia na coordenao de
projetos e/ou de grupos de pesquisa;
2) realizao de pesquisas, estudos e
publicaes na rea sociojurdica;
Todas comprovadas mediante
apresentao de curriculum LATTES
atualizado.
1) Experincia no desenvolvimento de
projetos e/ou participao em grupos
de pesquisa, realizao de pesquisas e
estudos; comprovadas medianteapresentao de curriculum LATTES
atualizado.
D.4.b) A instituio proponente dever encaminhar currculo (curriculum LATTES)
atualizado de cada um dos integrantes da Equipe Bsica de Pesquisa.
D.4.c) Alm da Equipe Bsica de Pesquisa, podero participar da pesquisa pesquisadores,estudantes e tcnicos, bem como, outros profissionais na qualidade de colaboradores.
D.4.d) A eventual substituio de pesquisadores da Equipe Bsica de Pesquisa poder ser
feita desde que devidamente justificada e comunicada ao Departamento de Pesquisas
Judicirias do Conselho Nacional de Justia (DPJ/CNJ), devendo o pesquisador substituto
atender aos requisitos do pesquisador substitudo, com igual ou superior formao bsica
e experincias especficas requeridas;
D.4.e) vedada a participao de crianas e adolescentes, assim como de estagirios nas
atividades relacionadas consecuo das pesquisas propostas.
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SEO E) DA FORMA DE APRESENTAO DA PROPOSTA DE PESQUISA
E.1) As propostas devero ser assinadas pelo representante legal da instituio proponente e pelo
respectivo Coordenador, e entregues, pessoalmente ou pela via postal (obrigatoriamente por meio
de encomenda expressa), em papel e, tambm,em meio eletrnico (CD-ROM) at o dia 13 de
novembro de 2015, tomando-se por parmetro:
E.1.a) no caso de entrega pessoal, a data da efetivao da entrega de toda a
documentao exigida nas dependncias do Departamento de Pesquisas
Judicirias(no endereo abaixo indicado, devendo ser observado o horrio-limite de
17h, do dia 13 de novembro de 2015); e
E.1.b) no caso de entrega pela via postal, o marco temporal da data de postagem da
documentao completa.
E.2) O encaminhamento das propostas dever ser endereado com base nas seguintesreferncias:
EDITAL DE CONVOCAO PBLICA E DE SELEO2 Edio da SRIE JUSTIA PESQUISA (Convocao n 01/2015)Conselho Nacional de Justia (CNJ)Departamento de Pesquisas Judicirias (DPJ/CNJ)SEPN Quadra 514 Lote 07 Bloco B sala 13Asa Norte, Braslia/DF. CEP: 70.760-542.
SEO F) DO CRONOGRAMA DE RECEBIMENTO,SELEO E DIVULGAO DOS RESULTADOS
FASES ATIVIDADES PERODOS
1. Recebimentode Propostas At 13 de novembro de 2015
2. Anlise das Propostas
e divulgao do resultado
At 15 de janeiro de 2016
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SEO G) DA ANLISE E SELEO DAS PROPOSTAS:
CRITRIOS DE AVALIAO: As propostas sero analisadas por Comisso Avaliadora designada
para este fim e sero selecionadas conforme os seguintes aspectos: (i) anlise documental, (ii)
anlise de contedo, em conformidade com os ANEXOS I (DO PLANO BSICO DO PROJETO DE
PESQUISA),eII(MODELO DE APRESENTAO DO PROJETO DE PESQUISA). A seleo dos projetos de
pesquisa observar os critrios abaixo discriminados, sendo atribuda pontuao entre 0 (zero) e
125 (cento e vinte e cinco) pontos:
CRITRIOS PONTUAO MXIMA
1. Qualificao da Equipe Bsica dePesquisa
AT 40 pontos, sendo:- 10 pontos para propostas em que o coordenadordoutor tenha tambm experincia mnima comprovadade 5 anos (ou mais) em coordenao de pesquisas; ou
- 6 pontos para propostas em que o coordenadordoutor tenha tambm experincia mnima comprovada
inferior a 5 anos em coordenao de pesquisas;- 3 pontos para cada pesquisador da Equipe Bsica(excludo o coordenador) que tiver, no mnimo,mestrado e comprovar experincia prvia de, nomnimo, um ano em pesquisas, com publicao deresultados, totalizando no mximo 6 pontos.
- 2 pontos por livro publicado com ISBN na reasociojurdica, de membro da Equipe Bsica dePesquisa, na qualidade de autor.
- 1 ponto por captulo de livro publicado na rea sciojurdica, de membro da Equipe Bsica de Pesquisa.
- 0,5 ponto por cada publicao, de membro da EquipeBsica de Pesquisa, nos ltimos cinco anos, de artigoem peridicos nacionais inscritos no Qualis(com notasA ou B) ou presentes no Scielo (www.scielo.br),totalizando no mximo 10 pontos.
2.Adequao da proposta ao objetoda pesquisa
AT 45 pontos, sendo:- at 15 pontos para a incluso de reviso bibliogrficasuficiente para um plano de projeto de pesquisa;
- at 15 pontos para a apresentao do recorte dapesquisa em relao descrio do tema;
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- at 15 pontos para a abrangncia (geogrfica, deramos de justia, tipos de serventia, graus dejurisdio) da pesquisa emprica proposta, nos limitesaplicveis aos recortes, sendo 2 pontos para cadaregio pesquisada, com a maior diversidade possvel.
3. Adequao da metodologia eoutros aspectos tcnicos ao objetoda pesquisa:
AT 40 pontos, sendo:- at 10 pontos para a adequao dos critrios deamostragem proposta de pesquisa;
- at 10 pontos para a adequao da metodologia de
coleta de dados proposta de pesquisa;- at 10 pontos para a utilizao de abordagensmetodolgicas mistas;
- at 10 pontos para a descrio detalhada dosmtodos de anlise dos dados a serem empregados.
Pontuao Final Mxima AT 125 pontos
Em relao ao critrio 1, ainda que a instituio proponente possua comprovao de pontos que
ultrapassem os valores estabelecidos, a pontuao mxima computada para o referido critrio ser
de 40 pontos.
As propostas devero atingir, pelo menos, 60 (sessenta) pontos para classificao e sero
selecionadas aquelas que obtiverem maior pontuao nos respectivos campos temticos. Em caso
de empate, prevalecer a proposta de menor preo. Persistindo o empate, ser realizado sorteio
entre os proponentes, pela Comisso Avaliadora, em ato pblico, para o qual todos os interessados
sero convocados.
SEO H) DIVULGAO DOS RESULTADOS:A relao das propostas selecionadas ser divulgada
no Dirio Oficial da Unio (DOU), no Dirio da Justia Eletrnico (DJe) e no stio eletrnico:
http://www.cnj.jus.br (pgina institucional do Conselho Nacional de Justia CNJ) at o dia 15 de
janeiro de 2016.
SEO I) DA FORMALIZAO DAS PROPOSTAS SELECIONADAS
I.1) A parceria entre o CNJ e a instituio selecionada ser formalizada por meio de contrato,
observando-se sempre a legislao aplicvel e o interesse pblico desempenhado pelo CNJ nos
termos em que delineados pelo presente Edital.
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I.2) A celebrao do contrato com a instituio escolhida est sujeita a:
I.2.a) manifestao de concordncia da instituio selecionada em promover os ajustes
previamente indicados pelo CNJ no projeto bsico e no plano de trabalho, caso estes
sejam necessrios;
I.2.b) apresentao de documentos necessrios listados no item C.3 e na legislao
pertinente.
SEO J) DOS RECURSOS FINANCEIROS
J.1) Os recursos financeiros que sero aplicados na implementao dos contratos com as
instituies selecionadas esto consignados na seguinte dotao oramentria referente ao
exerccio de 2015:
Programa: 1389 Controle da Atuao Administrativa e Financeira do Poder Judicirio.
Ao: 2B66 Coordenao Nacional de Estatstica e Pesquisa no Poder Judicirio.
J.2) O valor mximo aceitvel para cada proposta selecionada, em cada um dos temas
pesquisados, ser de at R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) pagos em conformidade com o
cronograma de pagamento a ser estabelecido no contrato.
J.3) Os pagamentos ocorrero ao final de cada uma das 3 (trs) fases previstas, de acordo com o
quadro abaixo:
1 Parcela 20% do valor contratado aps a aprovao doProduto Inicial
2 Parcela 45% do valor contratado aps a aprovao doProduto Parcial
3 Parcela 35% do valor contratado aps a aprovao doProduto Final
J.4) Os Relatrios consistiro em:
J.4.a) Relatrio Inicial (Produto 1) projeto consolidado, previamente discutido com o
Departamento de Pesquisas Judicirias do CNJ e contendo possveis ajustes propostospelo DPJ e pela Comisso de Acompanhamento especialmente designada;
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J.4.b) Relatrio Parcial (Produto 2) relatrio de execuo e desenvolvimento da
pesquisa contendo as informaes detalhadas sobre seu o andamento e execuo,
possveis ajustes realizados e com o cronograma de finalizao da pesquisa.
J.4.c) Relatrio Final (Produto 3) relatrio final da pesquisa, contendo a descrio
detalhada dos resultados da pesquisa, apresentao de proposies para rea temtica
pesquisada e 3 cpias encadernadas em brochura preta (entregues aps aprovao final).
SEO K) DAS OBRIGAES DAS PARTES
K.1)Do Conselho Nacional de Justia(CNJ)
K.1.a) Pagar as pesquisas a serem contratadas, na forma do cronograma de pagamento
constante do contrato;
K.1.b) acompanhar e controlar a execuo do objeto diretamente ou por delegao de
competncia a membros ou servidores do Poder Judicirio;
K.1.c) exercer autoridade normativa, controlar e fiscalizar a execuo das pesquisas;
K.1.d) assumir ou transferir a outro rgo ou entidade do Poder Judicirio a responsabilidade
pela execuo das pesquisas, na ocorrncia de fato relevante que resulte em paralisao de
modo a evitar a sua descontinuidade; e
K.1.e) exercer funo gerencial fiscalizadora dentro do prazo regulamentar de execuo do
contrato com a proponente selecionada, ficando assegurado a seus agentes qualificados o
poder discricionrio de reorientar aes e de acatar, ou no, justificativas quanto a eventuaisdisfunes ou irregularidades havidas na execuo do contrato.
K.2) Da Instituio Proponente Selecionada
K.2.a) destinar os recursos em conformidade com o Projeto de Pesquisa aprovado;
K.2.b) entregar os produtos e relatrios constantes do contrato, nos prazos e condies
contratualmente estabelecidos, observada a Seo N deste Edital (DO PRAZO DE VIGNCIA);
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K.2.c) apresentar Nota Fiscal ao final de cada etapa prevista no item 3.3 do Anexo 1 deste
Edital, em conformidade com os moldes estabelecidos pelo CNJ na Seo L (DO
PAGAMENTO), nos prazos estabelecidos e nos termos da legislao de regncia;
K.2.d) garantir livre acesso de servidores do CNJ e do Sistema de Controle Interno e Externo
ao qual esteja subordinado o CNJ, a qualquer tempo e lugar, a todos os atos e fatos
relacionados direta e indiretamente com o contrato firmado, quando em misso tcnica, de
fiscalizao ou de auditoria; e
K.2.e) efetuar as eventuais restituies e/ou recolhimento de recursos mediante recolhimento
a favor do CNJ.
SEO L) DO PAGAMENTO
L.1) A Entidade proponente, uma vez selecionada e firmado o contrato, nos termos deste Edital,
dever apresentar Comisso de Acompanhamento, ao final de cada fase da pesquisa, para finsde pagamento, os seguintes documentos:
L.1.a) Nota Fiscal, no valor total das despesas efetuadas:
L.1.b) Relatrio/Produto indicado para a respectiva fase, que dever ser assinado pelo
Coordenador da equipe de pesquisa, devendo observar os critrios estabelecidos na
SEO K (DAS OBRIGAES DAS PARTES) deste Edital e, em especial, no item 3 do ANEXOI
deste Edital (Do escopo, do cronograma, das fases e dos produtos de cada pesquisa).
L.2) A Entidade proponente dever apresentar Comisso de Acompanhamento, especialmentedesignada, ao final da ltima fase da pesquisa, Relatrio Analtico Propositivo circunstanciado do
cumprimento dos objetivos fixados pelo presente Edital, nos termos do contrato a ser firmado
entre o CNJ e a entidade proponente, contendo proposies de aes e polticas pblicas
relativas ao tema pesquisado.
L.3) Os documentos requeridos na alnea L.1 desta seo sero submetidos Comisso de
Acompanhamento especialmente designada, para anlise.
L.4) A Comisso de Acompanhamento analisar e aprovar os documentos exigidos na alnea L.1desta seo com referncia a todas as fases previstas, assim como o cumprimento dos contratos
decorrentes do presente Edital, no prazo de at 30 (trinta) dias de sua apresentao.
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L.4.1) O prazo de anlise e aprovao poder ser prorrogado pelo mesmo prazo, no caso
de diligncias solicitadas pela Comisso de Acompanhamento, para que sejam
complementadas as informaes ou a documentao apresentada, ou ainda, para ajustes
nos relatrios, de forma a cumprir o objetivo do contrato, contando-se o novo prazo a partir
do atendimento das diligncias ou ajustes requeridos.
L.5) A Comisso de Acompanhamento dever emitir termo de encerramento do projeto ao final da
entrega do produto previsto na Fase 3, em que, caso aprovado, seja declarada, expressamente, a
entrega de todos os produtos requeridos para o adimplemento contratual.
L.6) Caso a documentao requerida na alnea L.1 no seja aprovada, exauridas todas as
providncias cabveis para a regularizao da pendncia, o CNJ no efetuar o pagamento da
respectiva fase;
L.7) A instituio que no tiver nota fiscal dever solicitar perante a Secretaria da Fazenda do Estado
a nota fiscal avulsa.
SEO M) DO PRAZO DE VIGNCIA:Os contratos celebrados com as instituies selecionadas tero
vigncia de at 12 (doze) meses, a contar da data da sua assinatura.
SEO N) DISPOSIES FINAIS
N.1) Esclarecimentos e informaes adicionais acerca do contedo deste Edital de Convocao
Pblica e de Seleo podero ser solicitados por meio do endereo eletrnico: [email protected]
assunto: EDITAL DE CONVOCAO PBLICA E DE SELEO DA 2 Edio da SRIE JUSTIAPESQUISA Convocao n 01/2015.
N.2) O CNJ reserva-se o direito de convocar, por meio de videoconferncia ou presencialmente,
os Coordenadores das Pesquisas selecionadas para reunio de ajustes metodolgicos e
validao da amostra da pesquisa, em qualquer uma de suas fases.
N.3) Em qualquer ao promocional ou publicao dos produtos resultantes das pesquisas do
presente Edital somente poder ser realizada, mediante prvia autorizao e aprovao do CNJ,
e, ademais, dever ocorrer, necessariamente, meno expressa ao Departamento de Pesquisas
Judicirias do CNJ e Srie JUSTIA PESQUISA, com referncia especfica edio de
correspondncia.
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N.4) As instituies selecionadas cedero ao CNJ os direitos autorais, patrimoniais e imateriais
da(s) pesquisa(s) contratada(s), bem como autorizaro o contratante utiliz-la(s) a seu exclusivo
critrio.
N.5) Resultados, opinies, concluses ou recomendaes oriundas da atividade desenvolvida
sero de exclusiva responsabilidade da instituio selecionada e no necessariamente
representam ponto de vista oficial ou institucional do CNJ, ou de quaisquer rgos do Poder
Judicirio relacionados pesquisa realizada.
N.6) vedada a manuteno, aditamento ou prorrogao de contrato de prestao de servios
com empresa que venha a contratar empregados que sejam cnjuges, companheiros ou parentes
em linha reta, colateral ou por afinidade, at o terceiro grau, inclusive, de ocupantes de cargos de
direo e de assessoramento, de membros ou juzes vinculados ao respectivo Tribunal
contratante, conforme determinao do artigo 3 da Resoluo CNJ n 7/2005.
N.7) O CNJ reserva-se no direito de resolver os casos omissos e as situaes no previstas neste
Edital de Convocao Pblica e de Seleo.
N.8) O prazo para a interposio de recursos sobre os itens deste Edital ser de 5 (cinco ) dias,
prorrogando-se os prazos automaticamente.
N.9) Fica estabelecido o foro da cidade de Braslia, Distrito Federal/DF, para dirimir questes oriundas
da execuo do presente Edital.
Braslia, 29 de setembro de 2015.
Fabyano Alberto Stalschmidt Prestes
Diretor-Geral do Conselho Nacional de Justia
FABYANO ALBERTO
STALSCHMIDT
PRESTES:1790
Assinado de forma digital por FABYANO
ALBERTO STALSCHMIDT PRESTES:1790
DN: c=BR, o=ICP-Brasil, ou=Autoridade
Certificadora da Justica - AC-JUS, ou=Cert-JUS
Institucional - A3, ou=Conselho Nacional de
Justica-CNJ, ou=Servidor, cn=FABYANO
ALBERTO STALSCHMIDT PRESTES:1790
Dados: 2015.09.30 14:28:47 -03'00'
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ANEXOI
PLANO BSICO DO PROJETO DE PESQUISA
1) DETALHAMENTO DO OBJETO
O presente Edital de Convocao Pblica e Seleo tem por objeto selecionar
propostas para execuo de 10 (dez) pesquisas com o objetivo de investigar assuntos de interesse
do Conselho Nacional de Justia (CNJ) a partir de dois eixos temticos principais, cujos campos
temticos sero detalhados de maneira individualizada em seguida:
EIXO I) Polticas Pblicas do Poder Judicirio:
Campo Temtico 1) O impacto da implantao do Processo Judicial Eletrnico (PJe) na
produtividade dos tribunais;
Campo Temtico 2) Diagnstico sobre o impacto dos modelos de gesto judicial nos resultados da
Justia Estadual;
Campo Temtico 3) Conciliao e Mediao de Conflitos: o papel dos Centros Judicirios de
Soluo de Conflitos e Cidadania (CEJUSCs) na ampliao do acesso Justia no Brasil;
Campo Temtico 4) Os Maiores Litigantes nas Aes Consumeristas na Justia Estadual:
Mapeamento e Proposies;
Campo Temtico 5) Impacto da atuao dos Juzes Leigos no Poder Judicirio brasileiro.
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EIXO II) Direitos e Garantias Fundamentais:
Campo Temtico 6) Recidivismo e Lei Maria da Penha: estudo comparativo de prticas
restaurativas e retributivas;
Campo Temtico 7) Poder Judicirio e superpopulao prisional: diagnstico do funcionamento do
sistema de justia criminal;
Campo Temtico 8) Audincia de custdia, priso provisria e medidas cautelares: obstculos
institucionais e ideolgicos efetivao da liberdade como regra;Campo Temtico 9) Justia Restaurativa Uma avaliao a partir dos Programas piloto
implantados no Poder Judicirio;
Campo Temtico 10) Aes coletivas no Brasil: o processamento, o julgamento e a execuo das
tutelas coletivas
2)CAMPOS TEMTICOS
2.1) Campo Temtico 1 - O impacto da implantao do Processo Judicial Eletrnico (PJe) na
produtividade dos tribunais
2.1.a) Contextualizao temtica
A instituio do Sistema Processo Judicial Eletrnico (PJe) no Poder Judicirio
(Resoluo CNJ n185, de 18 de dezembro de 2013) significa um avano sem precedentes. Hoje
com mais de quatro milhes de processos, que tramitam em pelo menos 2,2 mil rgos
julgadores, o PJe tem o intuito de fomentar ganhos tanto em termos de eficincia e efetividade,
quanto no que diz respeito aproximao com os destinatrios dos seus servios, sem esquecer
dos ganhos em termos de reduo de custos e adequao do funcionamento do Judicirio aos
princpios da proteo ambiental.
Ao uniformizar e automatizar os trmites processuais, as comunicaes dos atos e
a prpria transmisso das peas que compem as aes judiciais, o PJe no apenas incide nas
rotinas de trabalho internas aos tribunais, como tambm demanda adaptaes de todos aqueles
que atuam junto ao Poder Judicirio, como advogados, defensores, membros do Ministrio
Pblico, alm dos prprios litigantes. Como toda e qualquer mudana que incide sobre as
organizaes, preciso algum tempo de funcionamento para que os ganhos reais apaream e
superem os esforos iniciais de adaptao.
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Alm do grande esforo de amoldamento organizacional, os desafios do PJe
incluem sua flexibilidade s distines fundamentais entre os ramos de justia, e at mesmo
dentro deles, se se tem em mente os ritos processuais comuns e aqueles praticados nos juizados
especiais. Alm disso, o Sistema deve acompanhar o prprio dinamismo das leis processuais,
mantendo sua estabilidade e a segurana da relao processual.
Outro desafio importante refere-se ao constante aprimoramento do sistema, quer no
sentido da sua navegabilidade e segurana, quer implantando ferramentas de inteligncia que
auxiliem a atividade jurisdicional, apoiando as atividades de anlise dos juzes, tanto com basenas peas previamente produzidas, quanto tornando mais cleres as buscas nas fontes de
legislao e jurisprudncia.
O Judicirio vem fazendo frente aos desafios de um projeto desta envergadura,
com seus olhos voltados ao futuro, quando o tempo de tramitao e a qualidade das decises
sero positiva e profundamente impactadas. Entretanto, como h unidades em que o PJe funciona
h pelo menos cinco anos, o CNJ entende que o momento j propcio para avaliaes sobre os
ganhos e para a mensurao dos desafios remanescentes. Alm disso, impulsionadas pelo PJe,
podem ser construdas agendas institucionais diversas, como a reconfiguraes do espao e daorganizao dos cartrios, isso sem falar das relaes com os usurios, sejam eles profissionais
do sistema de Justia, sejam os cidados.
Adicionalmente, oportuno mencionar que a pesquisa poder trazer contribuies
fundamentais considerao do PJe como ferramenta de ampliao do nvel de conhecimento
analtico sobre o Judicirio, j que a disponibilidade e padronizao das informaes estatsticas
para fins de planejamento ser muito maior, sem falar da rapidez para seu acesso.
2.1.b) Aspectos relevantes
Tendo isso em vista, o Conselho Nacional de Justia est interessado em
propostas de pesquisas que comparem a produtividade de uma amostra estatisticamente
representativa de processos cujo trmite ocorreu a partir do PJe e processos similares que
tramitaram em papel. Preferencialmente, os processos em comparao devero ser de classes e
assuntos similares, alm de terem sido processados em serventias com caractersticas
organizacionais parecidas (recursos humanos disponveis, tipo de competncia e nvel de
especializao). Para controlar eventuais resultados enviesados por estruturas ainda em processo
de adaptao ao PJe, a pesquisa dever incluir apenas aqueles tribunais em que a tramitao via
PJe seja mais antiga, com destaque para a Justia do Trabalho e a Justia Federal.
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Entende-se por produtividade, a razo entre os recursos (fatores de produo: mo-
de-obra, infraestrutura), resultados (processos baixados e tempo) e custos de produo. Alm de
compreender os efeitos do PJe na produtividade dos tribunais, importante que as pesquisas
propostas contenham desenhos que permitam alcanar os principais fatores a impactar na
produtividade, resultando em elementos propositivos ao CNJ e eventualmente aos tribunais
includos na pesquisa. Tal desenho dever permitir perguntas de pesquisa como: em que medida
determinado aspecto do PJe impacta positiva ou negativamente a produtividade da serventia e do
tribunal? Para tanto, sero necessrios mtodos mistos de pesquisa (qualitativos e quantitativos)que abarquem pesquisas com processos judiciais, mapeiem os recursos e os custos das unidades
includas na amostra, e que entrevistem os principais atores (juzes e servidores).
Dentre os fatores que podero compor o desenho da pesquisa, e que so do
interesse do CNJ, esto:
i. aspectos da arquitetura informacional e sua contribuio para as atividades jurisdicionais;
a. dificuldades com ferramentas de busca e navegao no processo judicial;
b. grau de adaptabilidade do sistema s peculiaridades dos distintos ramos de justia
e ritos processuais;c. grau de adaptabilidade do sistema s peculiaridades das distintas classes
processuais;
d. forma de tramitao de pareceres;
ii. aspectos polticos e institucionais do desenvolvimento do PJe no tribunal;
a. grau de envolvimento da alta administrao com a implantao do PJe;
b. grau de proximidade entre equipes de desenvolvimento das tecnologias da
informao do tribunal e do CNJ;
c. grau de adeso dos usurios finais do PJe ao projeto;
iii. aspectos humanos e fsicos;
a. grau de investimento em recursos humanos por parte do tribunal na implantao do
PJe;
b. qualificao dos recursos humanos disponibilizados pelo tribunal na implantao do
PJe;
c. grau de investimento oramentrio do tribunal na implantao do PJe;
d. grau de proximidade entre equipes de desenvolvimento do tribunal e magistrados;
e. grau de proximidade entre equipes de desenvolvimento do tribunal e servidores da
rea finalstica;
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f. nvel de capacitao dos operadores finais do Sistema sobre os aspectos do PJe;
g. grau de investimento no desenvolvimento de uma cultura do processo eletrnico,
evitando a que o PJe seja a mera transposio da lgica do processo fsico;
h. adequao da organizao do trabalho dos cartrios judiciais realidade do PJe;
i. adequao do espao fsico dos cartrios judiciais realidade do PJe;
j. adequao dos perfis de magistrados e de servidores (perfil etrio, nvel de
instruo, escolarizao, etc) realidade do PJe;
k. Aes do tribunal dedicadas adaptao dos perfis de magistrados e servidores realidade do PJe (alteraes nas caractersticas dos concursos pblicos, da
estrutura organizacional, etc).
2.2) Campo Temtico 2 - Diagnstico sobre o impacto dos modelos de gesto judicial nos
resultados da Justia Estadual
2.2.a) Contextualizao temtica
O Conselho Nacional de Justia, no exerccio do controle administrativo e financeiro
do Poder Judicirio (art. 103-B, da Constituio Federal), tem protagonizado o papel de
formulador de polticas voltadas ao incentivo da modernizao da gesto judiciria. Com essa
pauta, o CNJ busca promover aes especficas em parceria com os tribunais com a finalidade de
aproximar o Judicirio da sociedade e de tornar a prestao jurisdicional mais efetiva e clere.
No obstante o esforo empreendido pelo CNJ e pelos tribunais em estabelecer
planejamentos e prticas de cunho estratgico, so necessrios estudos e pesquisas empricos
mais aprofundados sobre o tema que demonstrem em que medida tais esforos tm produzidoresultados em termos de entrega de justia de modo equilibrado.
Evidncias recentes do Censo do Poder Judicirio (CNJ, 2014) demonstraram na
percepo de juzes e servidores que h excesso de trabalho, como tambm apontaram
resultados considerveis no nvel de insatisfao em relao ao modo como so geridas as
rotinas de trabalho e a gesto de pessoas no Poder Judicirio.
Vislumbra-se, portanto, o interesse do Conselho Nacional de Justia em realizar
pesquisa neste campo, com o objetivo de investigar a relao entre o planejamento estratgico e
a execuo das atividades para o cumprimento dos objetivos planejados, e avaliar em que medidaessa relao impacta positivamente a gesto dos tribunais brasileiros. Objetiva-se a produo de
anlises sobre resultados tangveis em termos de melhoria na prestao dos servios judicirios.
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2.2.b) Aspectos relevantes
A pesquisa dever identificar e descrever quais os fatores e aspectos da gesto
judiciria que provocaram impacto considervel nos resultados atuais observados no primeiro grau
de jurisdio, ou num conjunto de unidades judicirias de um dado tribunal estadual, em termos de
entrega de justia. Considera-se como entrega de justia a prestao jurisdicional clere e eficaz,
mensurada por indicadores de desempenho e de produtividade.
Os fatores condicionantes de desempenho a serem investigados devem
compreender, obrigatoriamente, os aspectos a seguir expressos:
Bloco I:
i. iniciativas regulamentadas institucionalmente em termos de gesto e alocao de recursos
humanos e oramentrios, executadas de forma cientfica ou estruturada e em conformidade
com as necessidades da demanda processual, a qual tenham resultado no aperfeioamento
dos processos de trabalho, promovido a agilidade nos trmites judiciais e administrativos e
impactado a melhoria do ambiente de trabalho;
ii. identificao do modelo de gesto adotado: a figura do juiz como gestor administrativo das
unidades judicirias sem delegao a diretor/servidor, ou a figura do diretor/servidor investido
na liderana e na gesto das unidades judicirias e/ou administrativas e, nesse ponto, a
avaliao sobre a viabilidade e o grau de aceitao criao de um cargo efetivo de carreira
denominado gestor judicirio.
Bloco II:i. realizao de investimentos sistemticos em diagnstico e monitoramento sobre as causas
de pedir (temas e objetos dos processos protocolizados), que tenham permitido a gesto
adequada dos conflitos e o desencadeamento de solues com mais agilidade, seja pela via
i) da pacificao (conciliao, mediao); ii) da instaurao de processos coletivos; iii) da
gesto de processos em repercusso geral e recursos repetitivos; iv) da identificao e do
controle de pauta dos demandantes contumazes; ou outra via identificada;
ii. investimento e monitoramento de aes contnuas que permitiram acelerar o cumprimentodas decises, com nfase no desenvolvimento de solues que concederam maior celeridade
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na fase de execuo (incluindo solues integradas de citao, localizao de bens, penhora,
adjudicao etc e outras aes decorrentes da atuao eficiente das centrais de mandados e
dos oficiais de justia);
Bloco III:
i. mecanismos implantados em tecnologia da informao nos moldes dos conceitos de
governana eletrnica, aliados modernizao da gesto de meios e uso de sistemas
informatizados, que contriburam diretamente para a transparncia e para a celeridade
processual;
ii. aperfeioamento permanente do sistema de coleta e informao de dados estatsticos para
uniformizao de padres e para o mapeamento de empecilhos estruturais ao trnsito de
processos organizacionais fluente e alimentao da informao para a constante reviso do
ciclo de planejamento, desenvolvimento, coordenao e controle das aes estratgicas;
Bloco IV
i. adoo de sistemticas de implantao e reviso de metas internas para o alcance das metas
globais do planejamento estratgico, medio e controle de prazos e o acompanhamento e omonitoramento dos resultados das unidades judicirias.
ii. alinhamento entre misso, viso e objetivos e os projetos estratgicos, que tenham produzido
resultados concretizados em indicadores de produtividade, clima organizacional e entrega de
justia.
No diagnstico devem ser consideradas as aes do planejamento institucional que
foram executadas ao longo de um horizonte de tempo no inferior a dois anos.As amostras da pesquisa devem, com relao a todos os aspectos acima
indicados, ser representativas de cada uma das 5 (cinco) regies geogrficas brasileiras, em seis
tribunais, observando-se os portes (dois de cada porte: pequeno, mdio e grande). Alm disso,
precisam contemplar necessariamente a realidade das varas cveis das capitais e das regies
metropolitanas.
A pesquisa deve se concentrar na anlise do impacto do planejamento na execuo
das aes estratgicas no mbito do primeiro grau de jurisdio dos Tribunais de Justia, seja de
forma global de resultados obtidos em toda primeira instncia, seja em um conjunto de varas dedeterminada comarca ou frum.
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2.2.c) Requisitos complementares
Com referncia s amostras e aos demais aspectos a serem desenvolvidos, a
entidade proponente poder apresentar abordagens complementares, as quais, uma vez
pertinentes, adequadas e teis ao detalhamento e compreenso crtica da questo pesquisada,
sero qualitativa e quantitativamente avaliadas pelo CNJ.
2.3)Campo Temtico 3 - Conciliao e Mediao de Conflitos: o Papel dos Centros Judicirios de
Soluo de Conflitos e Cidadania (CEJUSCs) na ampliao do acesso Justia no Brasil.
2.3.a) Contextualizao temtica
A Resoluo CNJ n 125, de 29 de novembro de 2010, que institui a Poltica
Nacional de Tratamento dos Conflitos de Interesses, prev a conciliao e a mediao como
elementos estruturantes do acesso Justia no Brasil. Diante de uma cultura de litgio e do
crescimento exponencial das demandas judiciais, a conciliao e a mediao representam umamudana paradigmtica na busca pela resoluo de conflitos com carter mais participativo e
justo. Nesse sentido, a conciliao tem como sua principal misso a realizao de acordos,
evitando, assim, a continuidade do conflito.
Considerando os avanos construdos nos tribunais com a realizao de audincias
de conciliao envolvendo temas os mais variados e nos diversos ramos da Justia, preciso
averiguar as formas de atuao dos profissionais da conciliao e da mediao, a eficcia
alcanada nos acordos efetuados do ponto de vista da satisfao dos jurisdicionados e as
percepes dos jurisdicionados quanto participao no processo de conciliao/mediao.Assim, visando ao descongestionamento do Poder Judicirio e ao aperfeioamento
da prestao jurisdicional, preciso conhecer para buscar aprimorar as prticas de
conciliao/mediao. Para que o conhecimento resvale no desenho de mais e melhores aes
de conciliao/mediao, o foco do CNJ neste chamamento de pesquisas concentra-se nas
razes dos xitos e insucessos deste tipo de prtica. Tambm do interesse deste Conselho a
anlise dos mecanismos de gesto das demandas a partir da criao e da manuteno dos
rgos que tm por objetivo realizar as aes de conciliao/mediao (Ncleos, Centros ou
estruturas afins), alm de atuarem como meio de gesto do trabalho e de organizar o espao.
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Tudo isso tendo em conta o contexto ampliado de que a abordagem
conciliatria/mediadora constitui elemento novo na organizao e no atendimento das demandas
dos usurios podendo revelar aspectos inovadores no apenas para o processo de trabalho no
mbito da conciliao/mediao, como para o conjunto das polticas judicirias.
2.3.b) Aspectos relevantes
As pesquisas sobre o tema devero limitar-se s causas cveis e, com base nas
audincias de conciliao nos Centros Judicirios de Soluo de Conflitos e Cidadania(CEJUSCs) ou estruturas que concentrem as atividades de conciliao/mediao, identificar
temas e partes nas disputas, no plo ativo e passivo, alm dos itens abaixo elencados.
Propostas de pesquisa que utilizem mtodos mistos (quantitativos e qualitativos)
tero acrscimos de pontos em suas avaliaes, quando comparados quelas abordagens
exclusivamente quantitativas ou, do mesmo modo, exclusivamente qualitativas. As pesquisas
devero avanar no sentido de apresentar proposies ao final do trabalho na perspectiva de
colaborar com sugestes de intervenes para melhorar a prestao jurisdicional.
importante que a abordagem analtica exposta na proposta de pesquisa incluaalguns dos pontos relacionados de cada bloco abaixo:
Bloco I Mapeamento de processos de conciliao/mediao
i. identificao e anlise das causas das disputas;
ii. mapeamento dos cursos de formao sobre o tema (modalidade presencial/ distncia,
carga horria, perfil dos instrutores e dos cursistas rea de formao, contedos
abordados, atividades prticas de conciliao, formas de avaliao e de certificao);
iii. inventrio e anlise das tcnicas utilizadas pelos profissionais (magistrados, juzes leigos,
servidores, voluntrios, colaboradores) envolvidos nas audincias de conciliao e na
mediao de conflitos;
iv. mapeamento e anlise dos sistemas de tecnologia e informao utilizados para registro de
dados sobre os conflitos que chegam aos CEJUSCs (ou estruturas correlatas);
v. identificao e anlise de boas prticas em execuo nas aes de conciliao/mediao.
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Bloco II Anlise das percepes sobre a conciliao
i. levantamento e anlise, junto aos profissionais envolvidos nas aes de
conciliao/mediao, sobre o que entendem por conciliao e em que momentos ela deve
ser tentada;
ii. coleta e anlise das percepes desses profissionais quanto ao trabalho desenvolvido em
termos de efetividade, tempo despendido e qualidade da prestao jurisdicional;
iii. coleta e anlise das opinies dos jurisdicionados (partes nos plos ativo e passivo) sobre
sua participao na audincia e satisfao quanto aos resultados alcanados.
Bloco III Levantamento sobre os desfechos da conciliao
i. identificao dos valores mdios dos acordos efetuados;
ii. identificao e anlise dos motivos que levam no efetivao do acordo por meio da
conciliao/mediao e, por consequncia, da transformao da disputa em processo
judicial (em razo de temas, valores indenizatrios, ou outras questes);
iii. identificao e anlise dos fatores de sucesso ou de insucesso no cumprimento dos
acordos firmados pela via da conciliao.Es
Bloco IV Estrutura organizacional
i. identificao e anlise das dificuldades para a criao e a manuteno dos Ncleos
Permanentes de Mtodos Consensuais de Soluo de Conflitos e dos Centros Judicirios
de Soluo de Conflitos e Cidadania ou estruturas correlatas;
ii. aspectos relativos gesto do trabalho nos Ncleos/Centros ou estruturas correlatas;
iii. aspectos relacionados organizao do espao dos Ncleos/Centros ou estruturas
correlatas.
2.4)Campo Temtico 4 - Os Maiores Litigantes nas Aes Consumeristas na Justia Estadual:
Mapeamento e Proposies
2.4.a) Contextualizao temtica
A Justia Estadual brasileira gasta grande parte do tempo de trabalho no
atendimento s aes consumeristas envolvendo entidades, tais como os setores bancrio, de
telefonia, indstria, servios e comrcio, dentre outros.
O Departamento de Pesquisas Judicirias realizou levantamentos sobre os 100
maiores litigantes entre os anos de 2010 a 2012, e apresentou dados indicando que o setor
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pblico (federal, estadual e municipal), os bancos e a telefonia representam aproximadamente
35,5% do total de processos ingressados entre 1 de Janeiro e 31 de Outubro de 2011 do
consolidado das Justias Estadual, Federal e do Trabalho (CNJ, 2012, pg. 7)
Nesse sentido, preciso a partir do mapeamento desses litigantes e das causas
de litgio desenhar estratgias de ao capazes de reduzir o nmero de processos em
tramitao e prevenir novas lides. Diante das medidas para fortalecer as aes de conciliao e
outras iniciativas voltadas para tornar o Judicirio mais clere, pesquisas sobre este tema sero
de extrema relevncia para contribuir com a eficincia deste Poder perante o cidado,especialmente, em razo do aumento das condies de compra da nova classe C.
2.4.b) Aspectos relevantes
Requerem-se pesquisas que realizem o mapeamento dos trinta maiores litigantes
do Poder Judicirio Estadual, nos setores pbico e privado, bem como em mbito global, em
aes consumeristas considerando e diferenciando os dados pelos setores da economia, pelas
regies brasileiras em especial as capitais, e pelas causas dos litgios. Alm disso, no
apenas como descrio dos maiores litigantes, ser necessrio avaliar e apontar, a partir docenrio acima, quais as solues para diminuir os processos e evitar novos pleitos.
As pesquisas tambm podero realizar um levantamento qualitativo dos
argumentos utilizados pelos demandados para justificar a violao aos direitos do consumidor,
assim como outras caractersticas da litigncia de massa, como a relao entre custo-benefcio
envolvida por trs do descumprimento do CDC, ou seja, quais as reais consequncias financeira
e de credibilidade - das empresas que no respeitam os direitos do consumidor.
Deve-se ressaltar que a abordagem analtica apresentada na proposta de pesquisa
inclua alguns dos pontos relacionados abaixo:
i. O universo da pesquisa deve ser constitudo pelos trinta maiores litigantes,
subdivididos em: os trinta maiores litigantes no setor pblico, no setor privado e os
trinta maiores em mbito geral (setores pblico e privado);
ii. Apresentao dos resultados de modo regional e nacional. Os dados regionalizados
so necessrios para conhecer os problemas ali existentes, bem como impedir que os
dados de regies mais representativas socioeconomicamente ofusquem as
particularidades locais;
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iii. Levantamento de tentativas anteriores de resoluo de conflitos por meio dos servios
de atendimento ao consumidor (SAC, PROCON e outros no judiciais);
iv. Verificar os meios utilizados para soluo dos conflitos;
v. Aferir a viabilidade de encaminhamento aos mutires de conciliao e julgamento;
vi. Apresentar mecanismos para fortalecimento das agncias reguladoras;
vii. Sugerir alternativas para maior efetividade das sanes administrativas aplicadas s
empresas e outras possibilidades factveis;
viii. Relacionar a dinmica das relaes consumeristas a outros instrumentos de dennciae proteo do consumidor, como, por exemplo, consumidor.gov.br, do Ministrio da
Justia.
2.5)Campo Temtico 5 - Impacto da atuao dos Juzes Leigos no Poder Judicirio brasileiro.
2.5.a) Contextualizao temtica
A Constituio Federal de 1988 definiu a figura do juiz leigo, com atuao nos
juizados especiais (CF, art. 98, I). Tal funo foi um pouco mais detalhada pela Lei dos Juizados
Especiais Cveis e Criminais (Lei Federal n 9.099, de 26 de setembro de 1995), a qual lhe
atribuiu funes, sempre supervisionadas pelo juiz togado, importantes para a tramitao de
processos cveis e criminais (respectivamente, arts. 7 e 60 da referida norma infraconstitucional).
Desse modo, embora no sejam titulares das garantias constitucionais
reconhecidas aos magistrados (vitaliciedade, inamovibilidade e a irredutibilidade de vencimentos),
inegvel a importncia desempenhada pelos juzes leigos, vez que se tratam de atores que
exercem atividades compreendidas na funo jurisdicional do Estado. Apesar disso, alm da
carncia de dados estatsticos consistentes a respeito, h preocupao institucional com uma
reflexo mais profunda acerca do papel que os juzes leigos desempenham e do detalhamento de
aspectos relacionados sua atuao para a Justia brasileira.
2.5.b) Aspectos relevantes
A principal finalidade da pesquisa consiste na identificao de fatores singulares do
perfil de atuao profissional dos juzes leigos e de sua relao com o sistema judicial brasileiro.
Os seguintes aspectos devero necessariamente ser observados como parmetros bsicos para
o desenvolvimento da pesquisa:
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i. anlise dos modelos de recrutamento e de seleo dos juzes leigos (modos de
seleo, formas contratao, remunerao mdia, padres mdios de qualificao
profissional e acadmica e demais exigncias profissionais mnimas para o
desempenho da atividade);
ii. levantamento estatstico do ndice de homologao das decises proferidas pelos
juzes de carreira com base nas instrues realizadas pelos juzes leigos e percentual
de reforma de sentena homologatria, tempo gasto nas decises reformadas;iii. comparao entre as estruturas de rgos judicirios que utilizam os juzes leigos e as
que no usam (em relao produtividade e, tambm, qualidade das decises);
iv. averiguao da validade da hiptese de que a atuao dos juzes leigos afetaria o
atendimento ao princpio da oralidade (incidente no mbito dos juizados);
v. estudo sobre os modelos de gesto, capacitao e treinamento dos juzes leigos e de
sua relao com as centrais de conciliao dos juizados;
vi. levantamento sobre a opinio dos juzes togados, advogados, defensores pblicos e
membros do Ministrio Pblico sobre a atuao do juiz leigo;vii. considerando o requisito de eficincia a partir do critrio da produtividade, estabelecer
comparao entre o nmero de julgamentos e de audincias relativas a juizados
especiais (cveis e criminais) com e sem juzes leigos;
viii. verificao do impacto negativo junto aos juzes togados da denominao juiz leigo,
com mapeamento de eventuais conflitos decorrentes.
2.6) Campo Temtico 6 - Recidivismo e Lei Maria da Penha: estudo comparativo de prticas
restaurativas e retributivas
2.6.a) Contextualizao temtica
A Lei Federal n 11.340, tambm conhecida como Lei Maria da Penha,
promulgada em 7 de agosto de 2006, criou mecanismos para coibir a violncia domstica e
familiar contra a mulher, nos termos do 8 do art. 226 da Constituio Federal e de tratados
internacionais sobre a matria2e, alm de definir medidas de assistncia e proteo, disps sobre
a instituio dos Juizados especializados correspondentes.
1Conforme dispe a ementa da Lei Federal n 11.340/2006, tal diploma Cria mecanismos para coibir a violncia domstica
e familiar contra a mulher, nos termos do 8 do art. 226 da Constituio Federal, da Conveno sobre a Eliminao deTodas as Formas de Discriminao contra as Mulheres e da Conveno Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a
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O Departamento de Pesquisas Judicirias vem acompanhando a aplicao desta lei
e, em seu ltimo levantamento, publicado em 2013, intitulado O Poder Judicirio na Aplicao da
Lei Maria da Penha, traz uma srie de dados sobre a estrutura judiciria para efetiva
implementao desta normativa, especialmente, com base na Recomendao CNJ n 09/2007, a
qual prev a instalao e estruturao de juizados de violncia domstica e familiar contra a
mulher em capitais e interior dos estados. Alm disso, a promulgao da Lei n 13.104/2015 prev
o feminicdio como circunstncia qualificadora do crime de homicdio, incluindo-o no rol dos crimes
hediondos.Desse modo, transcorridos 9 (nove) anos desde a promulgao dessa lei, faz-se
pertinente a realizao de um levantamento acerca do redicivismo frente lei a partir de estudo
comparativo que distinga prticas restaurativas e retributivas. Significa dizer, na aplicao da lei,
quais prticas como resultados de acordos ou sentenas so mais favorveis a que o agressor
no venha a reincidir no crime de violncia domstica.
2.6.b) Aspectos relevantes
Requer-se a realizao de pesquisas que possam mapear, dentre as modalidadesde violncia expressamente previstas pelos incisos I a V do art. 7 da mencionada lei (violncia
fsica, psicolgica, sexual, patrimonial e moral), os casos levados ao Poder Judicirio (seja em
Juizados Especiais Criminais ou Justia Comum) e quais prticas so desenvolvidas nos tribunais
para responsabilizao do agressor levando em conta sua natureza retributivas ou restaurativa.
Na hiptese de aplicao de pena, requer-se a verificao das condies da execuo das penas,
os possveis bices sua efetividade e em que condies ocorre a reincidncia dos agressores no
cometimento do crime de violncia domstica.
importante lembrar que as situaes que configuram violncia domstica e
familiar devem ser mapeadas a partir da anlise dos tipos de relao entre o autor do fato e a
vtima, de forma a se identificar o nvel de amplitude de aplicao da Lei (por exemplo, relaes
homoafetivas, relaes de emprego no mbito domstico, etc.). Aps a realizao das pesquisas,
o relatrio final dever apresentar proposies que sugiram mecanismos para melhor atendimento
jurisdicional de vtimas e agressores no enfrentamento da violncia domstica e familiar.
Considerando o escopo acima delineado, a pesquisa deve abordar aspectos
contextuais da situao de violncia domstica e familiar, elementos relativos ao detalhamento
Violncia contra a Mulher; dispe sobre a criao dos Juizados de Violncia Domstica e Familiar contra a Mulher; altera oCdigo de Processo Penal, o Cdigo Penal e a Lei de Execuo Penal; e d outras providncias.
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acerca do atendimento de agressor e vtima no Poder Judicirio e fora dele e/ou a investigao do
perfil dos magistrados que atuam nas Varas ou Juizados de Violncia Domstica contra a Mulher,
Exclusivos ou Especializados.
Dessa forma, deve-se ressaltar que a abordagem analtica apresentada na
proposta de pesquisa inclua alguns dos pontos relacionados abaixo:
i. A construo do perfil das vtimas e dos agressores quanto a etnia, grau de escolaridade,
renda, situao ocupacional e tipo de relao existente entre ambos;ii. O estudo de casos de violncia domstica contra a mulher que culminam em feminicdio;
iii. A aferio da interrelao entre as medidas adotadas e a reiterao de casos envolvendo
os mesmos, agressor e vtima;
iv. O levantamento de aspectos na resoluo de casos de violncia domstica pelo Poder
Judicirio, compreendendo os critrios utilizados na resoluo dos casos, as medidas de
responsabilizao do agressor, bem como as medidas protetivas para salvaguardar as
vtimas;
v. A verificao dos mecanismos utilizados pelo Poder Pblico, em especial pelo Judicirio,para fiscalizao da execuo das penas nos casos de violncia domstica contra a
mulher, envolvendo a avaliao sobre o atendimento prestado ao agressor, inclusive
quanto s instituies que realizam o acompanhamento psquico e social;
vi. Um estudo sobre a reincidncia do agressor em novos casos de violncia domstica e
familiar contra a mulher, inter-relacionando, inclusive, com a existncia de
acompanhamento psquico-social;
vii. A verificao dos mecanismos utilizados pelo Poder Pblico, em especial pelo Judicirio,
para fiscalizao do cumprimento das medidas protetivas que visam salvaguardar a vtima,
incluindo, em especfico, o cumprimento de medidas que visam o empoderamento
financeiro da vtima;
viii. O estudo de casos de violncia domstica contra a mulher que culminem no suicdio do
agressor;
ix. O levantamento de casos de violncia sexual e/ou moral, como pornovingana ou
cybervingana, que chegam ao Poder Judicirio;
x. A construo do perfil scioeconmico, jurdico e ideolgico dos magistrados que atuam
regularmente na aplicao da Lei Maria da Penha, envolvendo o perfil pessoal e funcional
(sexo, idade, escolaridade, capacitao em Violncia Domstica e Familiar contra a
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Mulher), concepes acerca dos limites de abrangncia de aplicao da Lei Maria da
Penha (aplicao em violncia cometida contra mulheres transgneros, travestis, homens
homossexuais, homens heterossexuais), do conceito de violncia domstica familiar
(aplicao a relaes de amizade, a relaes que envolvem apenas diviso de residncia,
etc.), do papel ou responsabilidade da vtima e do agressor no conflito e da
exequibilidade, eficcia e importncia das medidas protetivas preconizadas na Lei Maria
da Penha;
xi. A anlise dos resultados alcanados na aplicao da Lei Maria da Penha.
2.7) Campo Temtico 7 - Poder Judicirio e superpopulao prisional: diagnstico do
funcionamento do sistema de justia criminal;
2.7.a) Contextualizao temtica
O diagnstico de um encarceramento seletivo e excessivo est mais do que
comprovado por pesquisas acadmicas e pelo monitoramento realizado por instituies pblicas
governamentais e no governamentais. Submetido a uma lgica cartorial que refora o controlesocial excludente, o sistema de justia criminal acaba por subjugar a garantia de direitos
fundamentais dos cidados que a ele esto submetidos a um clamor disseminado por mais ordem e
punio. Como resultado, alm do aumento exponencial da populao carcerria, constatam-se
problemas de toda sorte, seja durante a determinao objetiva da culpa e a definio da pena a ser
aplicada, seja durante o momento de cumprimento das sentenas dos que foram condenados.
Porm, se muito j se sabe sobre as precrias condies de aprisionamento no pas,
assim como muitos so os estudos referentes s caractersticas de algumas decises que resultam
nesse aprisionamento, pouco ainda se explorou a respeito da dinmica geral das varas criminais eseu impacto para o encarceramento massivo e para uma microgesto dos processos.
Diante desse cenrio, a fim de enfrentar o problema de forma objetiva e conectada
com os dados empricos, faz-se necessrio mudar a perspectiva sob a qual se analisa e se aplica o
direito penal e a estrutura que ele movimenta e buscar alternativas ao aprisionamento massivo,
pautadas na garantia de direitos e na promoo de um projeto de pacificao social e orientadas a
uma gesto eficiente da justia criminal.
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2.7.b) Aspectos relevantes
A proposta de pesquisa a ser apresentada deve avanar para alm do diagnstico
de falncia do sistema prisional e basear-se necessariamente em metodologias da pesquisa
emprica, promovendo uma reflexo crtica sobre o cotidiano da justia criminal e, por conseguinte,
propondo alternativas ao seu funcionamento.
Deve-se, por meio da pesquisa, questionar o modelo de substituio das polticas
de segurana pblica pelo uso do direito penal que se instalou no pas, que resulta no inchao
sistema de justia criminal, e com base no qual o Poder Judicirio assume para si a responsabilidadede promover a ordem e restituir a sensao de segurana dos cidados, deslocando o foco da
proteo das vtimas e dos bens juridicamente tutelados para o foco no castigo e na conteno dos
apenados como ponto fulcral que movimenta a mquina estatal.
Nesse sentido, pergunta-se: como o funcionamento da justia criminal, em termos
de estrutura e gesto, impacta a aplicao dos princpios constitucionais e das leis em matria penal?
Assim, considerando a representatividade regional requerida no edital e partindo
dos fundamentos acima exposto, interessa por meio da pesquisa entender as dinmicas internas ao
sistema de justia criminal que resultam no encarceramento massivo, incluindo, entre outroselementos:
i. a anlise da formao, argumentao formal e opinio pessoal dos operadores que compem
as varas (de conhecimento e execuo) e fruns criminais e a relao destes aspectos com a
gesto processual;
ii. o estudo comparativo entre os modelos de gesto das varas de conhecimento, com
identificao de critrios de ordem de julgamento e composio de amostra dos casos por
tipo penal e correspondente anlise da argumentao jurdica e da dosimetria da pena
aplicada.
iii. estudos comparativos entre os modelos de gesto das varas de execuo criminal e o
impacto na prestao jurisdicional, em especial no que tange progresso de regime e
concesso de benefcios, identificando outros elementos, alm dos critrios jurdicos, que
justificam o no cumprimento das determinaes da Lei de Execuo Penal nesse sentido;
iv. estudos de casos de experincias inovadoras no fluxo entre diferentes rgos do sistema de
justia criminal (Poder Judicirio, Ministrio Pblico, Defensoria Pblica, Polcia Civil, Polcia
Militar, Secretarias Estaduais), com destacado interesse para a interlocuo entre os Juzos
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de Execuo e os Conselhos da Comunidade, e daqueles com Diretores ou Gestores das
Unidades Prisionais;
v. a identificao de fluxos processuais e administrativos entre as varas de conhecimento e as
varas de execuo criminal, bem como os correspondentes reflexos no cumprimento do
princpio da razovel durao do processo, na relao entre celeridade processual e
sensao de segurana da populao e entre priso provisria e condenao definitiva, em
comarcas com diferentes caractersticas socioeconmicas e poltico-geogrficas;
vi. aproximaes e dissonncias entre as Resolues do CNJ referentes poltica criminal e ofuncionamento das varas de conhecimento e execuo penal.
2.8) Campo Temtico 8 - Audincia de custdia, priso provisria e medidas cautelares:
obstculos institucionais e ideolgicos efetivao da liberdade como regra.
2.8.a) Contextualizao temtica
A Lei 12.403 foi promulgada em 2011 com o propsito de ampliar o leque de medidas
cautelares diversas da priso cautelar, proporcionando-se ao juiz a escolha, dentro de critrios de
legalidade e de proporcionalidade, da providncia mais ajustada ao caso concreto (artigo 319) e,
assim, proceder ao ajuste do sistema s exigncias constitucionais atinentes priso e liberdade
provisria (Exposio de Motivos, Dirio da Cmara dos Deputados, 30 de maro de 2001, p. 9542-
43).
Mais recentemente, o Conselho Nacional de Justia, em parceria com o Ministrio da
Justia e diversos governos estaduais, para dar cumprimento ao Pacto de San Jos da Costa Rica
do qual o Brasil signatrio, passou a estimular a adoo da Audincia de Custdia como rotina dostribunais estaduais para apresentao dos presos em flagrante autoridade judiciria no prazo
mximo de 24 horas aps sua priso e garantir que a manuteno da priso se configure apenas nas
hipteses estritamente necessrias.
Entretanto, o acompanhamento cotidiano da implementao dessas inovaes, assim
como a anlise advinda de pesquisas a respeito do tema, tem revelado que a priso preventiva
continua sendo a principal opo dos magistrados para substituir a priso em flagrante e, mais,
quando fazem uso das medidas cautelares, os juzes o fazem em substituio liberdade, que
poderia, seguindo os requisitos legais, ser concedida sem condicionantes. Alm disso,
majoritariamente, a fiana aparece como a medida cautelar de maior incidncia nas decises
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judiciais, mesmo considerando que grande parte das pessoas presas em flagrante integra parcela da
populao em situao de vulnerabilidade social e econmica.
Assim, em que pesem os estudos que indicam a potencialidade da audincia de
custdia e das medidas cautelares para fazer cumprir os requisitos constitucionais de presuno de
inocncia e primazia da liberdade; em reduzir os custos do sistema de justia criminal com presos de
menor potencial ofensivo; em evitar com que a priso provisria se transforme em condenao
antecipada, ainda persistem condies estruturais e ideolgicas que dificultam que referidas
inovaes sejam efetivamente implementadas no sistema de justia.
2.8.b) Aspectos relevantes
Diante desse cenrio, incentiva-se a apresentao de projetos que articulem as
perspectivas jurdicas e procedimentais das medidas cautelares nova rotina das audincias de
custdia adotadas em alguns dos estados brasileiros, bem como utilizem tcnicas como observaes
participantes, entrevistas, anlises de discursos sob a tica das teorias institucionalistas, da
sociologia poltica e jurdica, do direito comparado, da criminologia, entre outras correntes pertinentes
e relevantes, observando, ainda, a representatividade regional indicada no editalTambm compe o objeto de interesse deste campo temtico a experincia especfica
da monitorao eletrnica, considerando suas potencialidades e seus limites como alternativa ao
aprisionamento e suas implicaes reais e simblicas para as pessoas que, ainda que no
condenadas, passam a submeter-se vigilncia do Estado. Outro aspecto a ser considerado nesse
mbito refere-se s implicaes para e reaes da comunidade que recebe o monitorado.
Busca-se, assim, pesquisas que problematizem a relao entre as alteraes
legislativas e administrativas, principalmente as que visam modernizao e humanizao do
processo penal, e sua aplicabilidade na rotina da justia criminal, compreendendo em que medidatenses entre o convencimento pessoal e o dever institucional dos magistrados e servidores balizam
os impactos resultantes destas modificaes.
Nesse sentido, discusses sobre os ajustes entre princpios como a legalidade, a
discricionariedade e o livre convencimento, entre os ditames constitucionais e as experincias
jurisdicionais, entre a formao profissional e a vivncia social dos profissionais, e entre formalismo e
empiria tambm podero ser abordadas no bojo desta pesquisa.
Projetos de pesquisa que atendam a este campo temtico devero fazer um
levantamento dos elementos estruturais e ideolgicos acima indicados, comparando comarcas ou
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circunscries ou estados que tenham e no tenham adotado a audincia de custdia, incluindo
em sua anlise, entre outros aspectos empricos:
i. os recursos materiais e humanos dos tribunais destinados implementao das
audincias de custdia e aplicao das medidas cautelares;
ii. a participao de outros atores e instituies do sistema de justia criminal, como
defensoria pblica, ministrio pblico, secretarias de segurana e afins, e sua contribuio
para a difuso e efetiva realizao da audincia de custdia e uso das medidas cautelares;iii. a dinmica criminal (tipos penais e caractersticas dos/as presos/as) sujeita priso
provisria e sua relao com o tipo de medida aplicada e a fundamentao da deciso do
juiz responsvel pela audincia de custdia;
iv. o possvel impacto da instituio das audincias de custdia na quantidade e qualidade
dos flagrantes levados a juzo;
v. a opinio de magistrados e servidores da justia criminal a respeito da operabilidade e
efetividade da audincia de custdia e das medidas cautelares, em especial sobre a fiana;
Os resultados apresentados devero contribuir para que se entenda de que maneira
as regulamentaes do Conselho Nacional de Justia em matria criminal impactam ou modificam o
funcionamento dos tribunais do pas e para que este Conselho, como rgo de planejamento do
Poder Judicirio, formule e desenvolva polticas de administrao da justia criminal que conciliem a
autonomia de seus membros com a implementao efetiva das garantias constitucionais e legais,
tendo como objetivo precpuo dar cumprimento s diretrizes estabelecidas para o binio 2015-2016,
em especial a que orienta o CNJ a Desenvolver uma poltica criminal judiciria para o sistema
penitencirio e socioeducativo, tendo por pilares a concretizao e a efetividade de direitos, e ocombate cultura do encarceramento desnecessrio, em especial, nas prises provisrias.
2.9) Campo Temtico 9 - Justia Restaurativa Uma avaliao a partir dos Programas piloto
implantados no Poder Judicirio
2.9.a) Contextualizao temtica
A Resoluo 2002/12 do Conselho Econmico e Social da ONU o marco
inaugural que reconhece a Justia Restaurativa como um novo paradigma de justia criminal a serimplantado para a resoluo de conflitos diferente do modelo penal tradicional. Por meio de
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procedimento dialgico e cooperativo, que aproxima os envolvidos no conflito de forma ativa e
interessada, as prticas restaurativas esto sendo implantadas e consolidadas no Brasil h um
dcada como uma das alternativas de acesso justia.
No ambito do Poder udici!rio" a #reocu#ao com a e$e%i&idade e celeridade da
#res%ao 'urisdicional resul%ou na #u(licao da Resoluo n) 12* CN" +ue de$la,ra no&as
perspectivas para a democratizao do acesso justia ao ins%i%uir a -Pol.%ica udici!ria Nacional
de tratamento adequado dos conflitos de interesses.
A citada Resoluo, em seu art. 7, 3, +uali$ica a us%ia Res%aura%i&a como uma
al%erna%i&a aos m%odos %radicionais de adminis%rao de con$li%os ao dis#or +ue os Ncleos
Permanen%es de %odos Consensuais de Soluo de Con$li%os" a serem criados nos %ri(unais"
podero centralizar e estimular programas de mediao penal ou qualquer outro processo
restaurativo, desde que respeitados os princpios bsicos e processos restaurativos previstos na
Resoluo n 2002/12 do onsel!o "con#mico e $ocial da %rganizao das &a'es (nidas)*
Neste contexto, o CNJ justifica o interesse em realizar pesquisas empricas em
direito que promovam uma reflexo interdisciplinar sobre os programas piloto de Justia
Restaurativa implantados pelo Poder Judicirio com o objetivo de avaliar a efetividade e o impacto
das prticas restaurativas no sistema de justia e na sociedade. Os resultados alcanados
serviro para o aprimoramento das polticas judicirias do CNJ que recomendam a utilizao dos
mtodos alternativos de resoluo de conflitos.
2.9.b) Aspectos relevantes
importante que proposta de pesquisa a ser apresentada neste campo temtico
considere diferentes metodologias de pesquisa quantitativa e qualitativa. As pesquisas devero
avanar no sentido de apresentar proposies ao final do trabalho na perspectiva de colaborar
com sugestes de intervenes para melhorar a prestao jurisdicional.
importante que a abordagem analtica exposta na proposta de pesquisa inclua
alguns dos pontos relacionados de cada bloco abaixo:
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Bloco I Mapeamento dos Programas piloto de Justia Restaurativa
i. Levantamento dos Programas piloto de Justia Restaurativa que esto sendo
desenvolvidos no mbito do Poder Judicirio;
ii. Identificao das metodologias e tcnicas aplicveis nas prticas restaurativas,
ressaltando as prticas inovadoras;
iii. Identificao detalhada das particularidades dos programas, registrando as dificuldades de
implantao, as formas de gesto, os custos dos programas, a estrutura fsica, acapacitao do material humano, os tipos de conflitos penais, as rotinas, os procedimentos
e fluxos adotados em cada um dos programas pesquisados;
iv. Estudo comparativo entre diferentes modelos de prticas restaurativas, de acordo com a
realidade social de cada Estado pesquisado e;
Bloco II Anlise dos prticas restaurativas e resultados alcanados
i. Anlise dos efeitos das prticas restaurativas quanto reincidncia e vitimizao
secundria;
ii. Analise dos resultados alcanados a partir do grau de satisfao das partes envolvidas
com as prticas restaurativas;
iii. Anlise, junto aos profissionais envolvidos (magistrados, servidores e sociedade) nas
aes de prticas restaurativas, sobre o resultado alcanado e qualidade da prestao
jurisdicional;
iv. Anlise do impacto das prticas restaurativas no sistema de justia;v. Proposio de indicadores para a avaliao e monitoramento dos Programas de Justia
Restaurativa.
2.9.c) Requisitos complementares
Com referncia s amostras e aos demais aspectos a serem desenvolvidos, a
entidade proponente poder apresentar abordagens complementares, as quais, uma vez
pertinentes, adequadas e teis ao detalhamento e compreenso crtica da questo pesquisada,
sero qualitativa e quantitativamente avaliadas pelo CNJ.
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2.10) Campo Temtico 10 - Aes coletivas no Brasil: o processamento, o julgamento e a
execuo das tutelas coletivas
2.10.a) Contextualizao temtica
As aes coletivas representaram novo cenrio para a democratizao brasileira no
contexto institucional ampliado ainda mais pela Constituio Federal de 1988. Passadas mais de
duas dcadas da introduo de instrumentos processuais destinados proteo de direitos
substantivos individuais homogneos, coletivos e difusos, ainda no h dados estatsticos
seguros e atualizados sobre o volume e a repercusso dessas aes no Poder Judicirio, assim
como acerca de sua influncia na garantia de direitos.
H carncia de elementos fticos no somente sobre o julgamento e a execuo
dos pleitos coletivos no sistema judicial ptrio, mas tambm sobre os entendimentos
prevalecentes na tramitao desses pedidos e as condies institucionais e profissionais, s quais
os magistrados esto submetidos, para a devida apreciao e julgamento desse tipo peculiar de
demanda que exemplifica uma das dimenses da massificao dos conflitos judiciais. Pouco se
conhece sobre quais so as percepes dos magistrados acerca desse tipo de processo e aindano se efetuou, tampouco, um diagnstico preciso, a respeito dos aspectos funcionais, tcnicos
ou estruturais distintos para que seja possvel o julgamento clere e a execuo tempestiva de
sentenas proferidas (em especial, em sede de aes civis pblicas, mandados de segurana
coletivos e aes populares), ou ainda para a implementao e cumprimento de termos de
ajustamento de conduta de modo efetivo.
2.10.b) Aspectos relevantes
Considerado esse contexto, as propostas devem abranger os seguintes temasobrigatrios para uma amostra que recaia, necessariamente, sobre rgos judiciais
representativos dos segmentos da justia do trabalho, da justia estadual e da justia federal, e
que incluam, pelo menos, 1 (uma) Unidade da Federao (Estados-membro ou Distrito Federal)
de cada uma das 5 (cinco) regies geogrficas brasileiras:
i. caracterizao quantitativa e anlise do nmero de aes coletivas julgadas, as classes
processuais correspondentes, causas de pedir e sentenas proferidas,
ii. coleta e anlise de informaes quantitativas e qualitativas sobre condies institucionais,
funcionais e estruturais para a apreciao e julgamento de aes coletivas;
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iii. levantamento das percepes dos magistrados sobre o papel desempenhado pelo
julgamento de aes coletivas comparativamente s demais medidas jurisdicionais, com
detalhamento da evoluo de prticas e das rotinas atuais adotadas para o julgamento de
tais aes.
2.10.c) Aspectos complementares
Dos 2 (dois) temas abaixo listados e desde que observada a mesma regra geral
quanto abordagem geogrfica do desenho da pesquisa, a investigao deve abarcar, ao menos,
1 (um) dos temas a seguir apresentados:
i. identificao e anlise dos processos em que tenham sido suscitados conflitos de
competncia territorial no julgamento e execuo de aes coletivas, com nfase na
forma com que foram solucionados tais conflitos, as instituies envolvidas na soluo e
o teor das decises; e
ii. coleta e anlise de informaes quantitativas e/ou qualitativas sobre as condies
institucionais, funcionais e estruturais para a execuo de sentenas e para o cumprimento
de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) no mbito do Poder Judicirio.
3) DO ESCOPO,DO CRONOGRAMA,DAS FASES E DOS PRODUTOS
3.1)Os projetos de pesquisas apresentados devero seguir as orientaes e os objetivos
constantes no item 2 (conforme o caso) do presente PLANO BSICO DO PROJETO DE
PESQUISA deste ANEXO.
3.2) O Cronograma de Execuo do Projeto de Pesquisa previsto no Anexo II deste Edital
deve ser preenchido levando-se em considerao as atividades, aes e produtos de cada
fase do projeto, de forma a contemplar as despesas necessrias execuo da respectiva
fase.
3.3) O Cronograma de Execuo do Projeto de Pesquisa deve ser elaborado de forma a
coincidir com os percentuais de pagamento por fase previstos no Cronograma de
Pagamento, quais sejam, 20%, 45% e 35%, respectivamente, para as fases 1, 2 e 3.
3.4) Cada instituio responsvel pelas pesquisas atuar no desenvolvimento de estudosobservando-se as seguintes fases e produtos:
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FASE DESCRIO ATIVIDADES
1
Planejamento,estudos prviossobre o tema dapesquisa edefinio daamostra
- Aes: Levantamento bibliogrfico e documental sobre o temaobjeto do Edital, especialmente as pesquisas j realizadas na rea.Descrio mais detalhada possvel do fenmeno a ser investigado,inclusive observando-se os enfoques explicitados pela justificativa epelo objeto do presente Edital; definio da metodologia, douniverso, da amostra e dos instrumentos de coleta de dados,definio do(s) sistema informatizado(s) para a formao da base dedados (se couber).
- Produto 1: Projeto de planejamento da pesquisa com base noPlano Bsico do Projeto de Pesquisa, indicando os elementosconstantes no item anterior, com cronograma detalhando todas asfases da pesquisa e com texto resumindo as pesquisasanteriormente realizadas na literatura e suas principais concluses eresultados.
- Prazo