DOENÇAS DA CONJUNTIVA
DOENÇAS DA CONJUNTIVA
Diego Nery B. GadelhaDiego Nery B. Gadelha
Fellow de Córnea e Cirurgia Refrativa (FAV-HOPE)Mestre e doutorando em Cirurgia pela UFPEMember of Pan-American association of ophthalmology.
CONJUNTIVACONJUNTIVA
Definição: Definição:
Membrana mucosa, vascularizada, semi-transparente que recobre a porção interna
das pálpebras e a porção anterior da esclera.
Membrana mucosa, vascularizada, semi-transparente que recobre a porção interna
das pálpebras e a porção anterior da esclera.
CONJUNTIVACONJUNTIVA
Aspectos anatômicos: Aspectos anatômicos:
CONJUNTIVACONJUNTIVA
Aspectos Histológicos: Aspectos Histológicos:
EPITÉLIO: - Cilíndrico, estratificado, não queratinizado, com microvilosidades. Possui 2-5 camadas. - Células caliciformes (Goblet) → produção de muco. - Melanócitos.
ESTROMA / SUBST. PRÓPRIA:
- CAMADA LINFÓIDE SUPERFICIAL: linfócitos, mastócitos e histiócitos.
- CAMADA FIBROSA: vasos, nervos e glândulas lacrimais accesórias (Wolfring e Krause).
EPITÉLIO: - Cilíndrico, estratificado, não queratinizado, com microvilosidades. Possui 2-5 camadas. - Células caliciformes (Goblet) → produção de muco. - Melanócitos.
ESTROMA / SUBST. PRÓPRIA:
- CAMADA LINFÓIDE SUPERFICIAL: linfócitos, mastócitos e histiócitos.
- CAMADA FIBROSA: vasos, nervos e glândulas lacrimais accesórias (Wolfring e Krause).
DOENÇAS DA CONJUNTIVADOENÇAS DA CONJUNTIVA
DEGENERAÇÕES: pingúecula, pterígio, cistos (retenção, dermóides), granuloma piogênico.
TUMORES: benignos (papiloma, hemangioma, nevus) e malignos (céls. escamosas, melanoma, linfoma.)
CONJUNTIVITES• Infecciosas:• Alérgicas• Mecânicas• Auto-imunes: eritema multiforme, penfigóide
ocular, • Química.• Medicamentosa.
DEGENERAÇÕESDEGENERAÇÕES
Pinguécula: Pinguécula:
DEGENERAÇÕESDEGENERAÇÕES
Pterígio: Pterígio:
DEGENERAÇÕES: PTERÍGIODEGENERAÇÕES: PTERÍGIO
Tratamento cirúrgico: Tratamento cirúrgico:
Exérese de pterígio e transplante conjuntival
DEGENERAÇÕESDEGENERAÇÕES
Cisto de inclusão: Cisto de inclusão:
CONJUNTIVITE BACTERIANACONJUNTIVITE BACTERIANA
Colírio antibiótico Colírio antibiótico
CONJUNTIVITE BACTERIANA SIMPLESCONJUNTIVITE BACTERIANA SIMPLES
Tobramicina
Ofloxacina
Moxifloxacina
Ciprofloxaxina
Neisseria gonorrhoeae Neisseria gonorrhoeae
CONJUNTIVITE GONOCÓCICACONJUNTIVITE GONOCÓCICA
Conjuntivite neonatal
Capacidade de invadir epitélio íntegro
Ceratoconjuntivite grave e endoftalmite
Profilaxia com nitrato de prata ou eritromicina
Sinais Sinais
CONJUNTIVITE GONOCÓCICACONJUNTIVITE GONOCÓCICA
Edema palpebral
Secreção profusa e purulenta
Hiperemia conjuntival intensa
Adenomegalia proeminente
Tratamento Tratamento
CONJUNTIVITE GONOCÓCICACONJUNTIVITE GONOCÓCICA
Hospitalar
Coleta de material para cultura e gram
Sistêmico: Cefotaxima 1g e.v. 12/12h
Tópico: Gentamicina ou bacitracina
Ceratoconjuntivite Adenoviral Ceratoconjuntivite Adenoviral
INFECÇÕES VIRAISINFECÇÕES VIRAIS
CERATOCONJUNTIVITE ADENOVIRALCERATOCONJUNTIVITE ADENOVIRAL
Período de incubação: 4-10 dias
Período de transmissão: 12 dias
Transmissão por via respiratória ou secreções oculares
Extremamente contagioso Problema de saúde pública
Ceratoconjuntivite Adenoviral Ceratoconjuntivite Adenoviral
INFECÇÕES VIRAISINFECÇÕES VIRAIS
Tratamento Tratamento
CERATOCONJUNTIVITE ADENOVIRALCERATOCONJUNTIVITE ADENOVIRAL
Sintomático
AINE oral
Lubrificante ocular
Compressa gelada
Recomendações sobre higiene
Conjuntivite do adulto Conjuntivite do adulto
INFECÇÕES POR CLAMÍDIAINFECÇÕES POR CLAMÍDIA
Sorotipos D a K da Chlamydia trachomatis
Adultos jovens com cervicite ou uretrite
Transmissão por auto-inoculação
Subaguda ou crônica, pode persistir até 12 meses
Conjuntivite do adulto Conjuntivite do adulto
INFECÇÕES POR CLAMÍDIAINFECÇÕES POR CLAMÍDIA
Tratamento: Azitromicina / Eritromicina oral
Conjuntivite neonatal por Clamídia Conjuntivite neonatal por Clamídia
INFECÇÕES POR CLAMÍDIAINFECÇÕES POR CLAMÍDIA
Causa mais comum de conjuntivite neonatal
Transmissão no parto
Apresentação entre 5 e 19 dias após o parto
Secreção mucopurulenta
Tratamento: Eritromicina oral / tetraciclina tópica
Conjuntivite neonatal por Clamídia Conjuntivite neonatal por Clamídia
INFECÇÕES POR CLAMÍDIAINFECÇÕES POR CLAMÍDIA
Tracoma Tracoma
INFECÇÕES POR CLAMÍDIAINFECÇÕES POR CLAMÍDIA
Sorotipos A, B, Ba e C
Relação com más condições de higienes
Mosca comum é o principal vetor
Maior causa de cegueira que pode ser prevenida no mundo
Tracoma Tracoma
INFECÇÕES POR CLAMÍDIAINFECÇÕES POR CLAMÍDIA
Apresentação na infância
Conjuntivite folicular e papilar
Inflamação conjuntival crônica
Ceratite
Fibrose conjuntival e opacidade corneana
Tracoma – Classificação OMS Tracoma – Classificação OMS
INFECÇÕES POR CLAMÍDIAINFECÇÕES POR CLAMÍDIA
TF: Cinco ou mais folículos no tarso superiorTI: Inflamação difusa envolvendo conjuntiva tarsal, impedindo a identificação de 50% ou mais dos vasos profundos.TS: Cicatrização conjuntival tracomatosaTT: Triquíase tracomatosa tocando a córneaCO: Opacidade corneana
Conjuntivite atópica agudaConjuntivite atópica aguda
Resposta mediada por igE
Reação de hipersensibilidade tipo I
Estimulada pelos alérgenos ambientais
Alergia limitada ou generalizada
História familiar de atopia (+)
Citologia – Raspado conjuntival
Resposta mediada por igE
Reação de hipersensibilidade tipo I
Estimulada pelos alérgenos ambientais
Alergia limitada ou generalizada
História familiar de atopia (+)
Citologia – Raspado conjuntival
Características:
Conjuntivite atópica agudaConjuntivite atópica aguda
Sinais e Sintomas:
Prurido
Queimor
Hiperemia
Edema conjuntival
Secreção aquosa ou mucóide
Papilas na conjuntiva tarsal superior
Conjuntivite atópica agudaConjuntivite atópica aguda
Medicações usadas no tratamento de conjuntivite alérgica
Anti-histamínicos - Levocabastina
Estabilizadores de membrana de mastócitos - Lodoxamida
Anti-histamínicos + estabilizadores de mastócitos - Olopatadina
Antiinflamatórios não hormonais - cetorolaco de trometamina
Vasoconstrictores - Nafazolina
Esteróides tópicos – Fluormetolona
Anti-histamínicos orais - Loratadina
Tratamento:
Dermatoconjuntivite alérgicaDermatoconjuntivite alérgica
Reação de hipersensibilidade tipo IV
Estimulantes mais comuns
Reação de hipersensibilidade tipo IV
Estimulantes mais comuns
Drogas associadas:
Neomicina
Gentamicina
Atropina
Penicilina
Dermatoconjuntivite alérgicaDermatoconjuntivite alérgica
Sinais e sintomas:
Prurido
Conjuntivite papilar (inferior)
Dermatite eczematosa
Ceratite epitelial
Dermatoconjuntivite alérgicaDermatoconjuntivite alérgica
Tratamento:
Eliminar o estimulante externo
Corticóide tópico
Raspado conjuntival:
Monócitos, muco, eosinófilos, neutrófilos
Conjuntivite papilar giganteConjuntivite papilar gigante
Inflamação da conjuntiva palpebral superior
Associações
Lentes gelatinosas 10:1 lentes rígidas
Inflamação da conjuntiva palpebral superior
Associações
Lentes gelatinosas 10:1 lentes rígidas
Conjuntivite papilar giganteConjuntivite papilar gigante
Sintomas:Sintomas:
Prurido após remoção da lente
Turvação visual
Intolerância ao uso da lente
Conjuntivite papilar giganteConjuntivite papilar gigante
Sinais:Sinais:
Espessamento e hiperemia da conjuntiva tarsal superior
Reação papilar Quadro clássico de CPG
Excesso de muco no olho e na lente
Nódulos de trantas, limbite, infiltração corneana
Síndrome de Stevens JohnsonSíndrome de Stevens Johnson
Características:
Doença mucocutânea bolhosa aguda
Reação de hipersensibilidade tipo III
Grave e auto-limitada
Causa desconhecida Reação imunológica anormal
Predisposição genética HLA-Bw44 e HLA-B12
Vasculite generalizada Deposição de imunocomplexos circulantes
Sexo, idade
Síndrome de Stevens JohnsonSíndrome de Stevens Johnson
Fatores precipitantesVírus Hepatite C, Varicela, Epstein-Barr
Drogas Sulfonamidas, penicilinas, tropicamida, Timolol, cloranfenicol
M. pneumoniae
Bactérias
Fungos
Herpes simples
Irradiação
Neoplasia
Síndrome de Stevens JohnsonSíndrome de Stevens Johnson
Apresentação clínica:
Febre, astenia, cefaléia, artralgia
Lesões em alvo
Sintomas infecciosos do trato respiratório superior
Lesões de pele simétricas
Boca e olhos são mais afetados
Fase aguda: 2 – 3 semanas
Síndrome de Stevens JohnsonSíndrome de Stevens Johnson
Apresentação clínica:
Pálpebras com crostas, edema
Blefaroconjuntivite
Conjuntivite mucopurulenta
Conjuntivite membranosa ou pseudomembranosa
2-25% dos casos: Fatal Sepse
Síndrome de Stevens JohnsonSíndrome de Stevens Johnson
Complicações:
Simbléfaro
Olho seco
Ulceração, vascularização e opacificação da córnea
Epífora
Entrópio, triquíase, lagoftalmo
Após a fase aguda da doença não há formação
adicional de fibrose cicatricial
Síndrome de Stevens JohnsonSíndrome de Stevens Johnson
Tratamento:
Lubrificante
Anel escleral
Lente de contato terapêutica
Corticóide sistêmico
Cirurgia para corrigir deformidades
Não estimula cicatrização adicional
Membrana amniótica
Oclusão do ponto lacrimal
Tumores BenignosTumores Benignos
Nevus:
Tumores BenignosTumores Benignos
Papiloma:
Tumores MalignosTumores Malignos
Melanoma:
Tumores MalignosTumores Malignos
Carcinoma de células escamosa:
Tumores MalignosTumores Malignos
Linfoma: