UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “ LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Por: Silas Ferreira dos Santos
Orientadora
Prof. a Renata Alcione de Faria Villela de Araújo
Rio de Janeiro 2017
TRATADOS DE COMÉRCIO INTERNACIONAL
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “ LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de Especialista em Direito Aduaneiro. Por: Silas Ferreira dos Santos
TRATADOS DE COMÉRCIO INTERNACIONAL
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, a todos os autores da Bibliografia, ao corpo docente da AVM/UCAM, a Coordenadora Profa. Dra. Renata Alcione de Faria Villela de Araújo, a todos os colegas de turma que muitas vezes nas conversas me enriqueciam com seus conhecimentos e finalmente, agradeço a minha esposa e filha, que compreenderam meus momentos de isolamento para dedicação aos estudos em detrimento a atenção a elas devida.
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia, especialmente, ao meu falecido Pai, que me possibilitou a estudar, com seu apoio em todos os sentidos, inclusive, até hoje, mesmo na sua ausência física, me inspira a continuar sempre a procurar o aperfeiçoamento intelectual, moral, respeito ao próximo com honestidade e amor a família.
RESUMO
O desenvolvimento das relações internacionais tem contribuído para o
aperfeiçoamento na sociedade internacional, possibilitando grandes acordos firmados através dos Tratados que regem os direitos e obrigações das partes contratantes, trazendo harmonia e segurança para as relações. Os Estados sentem cada vez mais a necessidade de se relacionar com outros países para trocas comerciais, por isto, tem ocorrido a multiplicação das adesões aos Tratados, como o recente Acordo de Facilitação do Comércio da OMC. Em 1969, em Viena, a Convenção sobre os direitos dos Tratados, expôs a seguinte definição para os Tratados:
“Tratado significa um acordo internacional concluído entre os Estados em forma escrita e regulado pelo DI, consubstanciado em um único instrumento ou em dois ou mais instrumentos conexos qualquer que seja a sua designação específica.”1
No aspecto formal, que se define os Tratados, pois os assuntos são combinados através de normas convencionais internacionais. A nomenclatura dos contratos internacionais é muito variável, conforme a seguir exposto. Tratados são acordos solenes, como por exemplo, um Tratado de paz; Convenção é um Tratado que expõe normas gerais, como por exemplo a Convenção sobre Mar Territorial; Declaração são acordos que criam princípios jurídicos, como por exemplo a Declaração de Paris de 1856; Ato estabelece regras de Direito, como por exemplo o Ato Geral de Berlim de 1985; Pacto é um Tratado solene, como por exemplo o Pacto de Renúncia a Guerra de 1928; Estatuto usado para Tratados coletivos que estabelece normas para os Tribunais internacionais, como por exemplo o Estatuto da CIJ; Protocolo é a ata
1 MELLO, Celso D. de Albuquerque. Curso de Direito Internacional Público. 1º Volume. 5ª Ed., Livraria Freitas Bastos. 1967. p. 110.
de uma conferência; Acordo são os Tratados de cunho econômico; Modus vivendi, determina um acordo temporário; Concordata é assinada pela Santa Sé sobre assuntos religiosos; Compromisso acordos sob litígios; troca de notas, acordos administrativos; Acordos simplificados, acordos que não são submetidos ao poder legislativo; Ajuste que versam sob matéria de assunto secundário; Carta que são Tratados que estabelecem direitos e deveres, como por exemplo, Carta Social Européia. Vale ressaltar que para um Tratado ser válido, importante observar alguns requisitos, as partes contratantes devem ter capacidade jurídica, os agentes signatários precisam se habilitar com plenos poderes dado pelo Estado de origem e ainda, o objeto do Tratado deve ser licito e possível. 2
2 Ibidem, p. 111
METODOLOGIA
A pesquisa utilizou coletas de informações a órgãos internacionais
através da internet, pesquisa de Tratados Comerciais Internacional e revisão
bibliográfica.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................. 8
CAPÍTULO 1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA ......................................................... 8
CAPÍTULO 2. PRINCIPAIS TRATADOS DE COMÉRCIO INTERNACIONAL ..10
2.1. GATT ........................................................................................................ 10
2.2. OMC .......................................................................................................... 12
2.3. MERCOSUL .............................................................................................. 14
2.4. NAFTA ..................................................................................................... 17
CAPÍTULO 3. PRINCIPAIS TRATADOS COMERCIAIS DO BRASIL ............ 18
3.1. ACORDOS PARA EVITAR A DUPLA TRIBUTAÇÃO ............................. .18
3.2. ACORDOS PARA INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES SOBRE TRIBUTOS 18
3.3. ACORDOS DE COMPLEMENTAÇÃO ECONÔMICA ............................. 19
3.4. ACORDOS DE COOPERAÇÃO ADUANEIRA ........................................ 21
CONCLUSÃO ................................................................................................. 25
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 27 ANEXO - ACORDOS PARA EVITAR A DUPLA TRIBUTAÇÃO ...................... 28
INTRODUÇÃO
Os países interessados em se relacionarem comercialmente com outros
países formalizam um Tratado de Livre Comércio, acordo internacional feito
entre diferentes países com o objetivo de conceder benefícios entre si,
facilitando o comércio.
Podemos citar o NAFTA, como um exemplo de um Tratado Norte-
Americano de Livre Comércio, que é um Bloco Econômico formado pelo
Estados Unidos, México e Canadá, instituído em 1992, que objetivo de facilitar
as transações econômicas para facilitar a circulação dos seus produtos.
A integração econômica tem como base o princípio da não
discriminação, que busca a igualdade entre os países que comercializam entre
si, e que aderiram a determinados aspectos do intercambio econômico entre si.3
Os principais objetivos deste tratado são os seguintes: Eliminar as
barreiras para facilitar o comércio, melhorar a livre concorrência e estimular a
produção nacional para melhorar a Integração econômica.
3 JUNIOR, Paulo Víbrio, Manual de Comercio Exterior e Crimes Aduaneiros, 1ª Ed., Editora
IOB, 2012. p. 23
CAPÍTULO 1
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
A seguir, vale apresentar um breve histórico da evolução das relações
internacionais que o Brasil fez parte.
No período Colonial, segue o ano de criação e nome do acordo
respectivamente: 1494 - Tratado de Tordesilhas; 1750 - Tratado de Madrid;
1761 - Tratado de El Pardo; 1777 - Tratado de Santo Ildefonso; 1801 - Tratado
de Badajoz; 1808 - Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas; 1810 -
Tratado de Aliança e Amizade; 1810 - Tratado de Comércio e Navegação.
No período Monárquico em 1825 houve o Tratado do Rio de Janeiro,
celebrado com a interveniência da Grã-Bretanha, pelo qual Portugal
reconheceu a independência do Brasil; Em 1828 houve o Tratado do Rio de
Janeiro que estabeleceu a independência do Uruguai; As chamadas Questões
Platinas foram intervenções por parte do Império do Brasil nos países vizinhos
a fim de controlar possíveis invasões em seu território e assegurar a
hegemonia brasileira na América do Sul, que foram as seguintes: Guerra da
Cisplatina (1825-1828); Guerra do Prata ou Guerra Contra Oribe e Rosas
(1851-1852); Guerra do Uruguai ou Guerra contra Aguirre (1864); Guerra do
Paraguai ou Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870).
No contexto da Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai, pelos
termos do Tratado da Tríplice Aliança (1865) o Império do Brasil comprometeu-
se a não reivindicar vantagens territoriais além das já reivindicadas antes do
conflito, especificamente a delimitação da fronteira no rio Apa, tendo em vista a
intransigência Argentina na reivindicação de territórios, o Governo Imperial
descumpriu a cláusula do Tratado da Tríplice Aliança e celebrou a paz em
separado com o Paraguai em 1872.
No Período republicano, a República Velha, apesar dos limites territoriais
brasileiros estarem definidos pelos compromissos diplomáticos no período do
Império, haviam ainda assuntos controvertidos que trariam problemas quando
fosse feito a marcação da limitação total das fronteiras.
Na fase da Primeira República Brasileira (1889-1930), que seria
continuada pela Segunda República (1930-1985) tinha a função de solucionar
todas as duvidas inerentes a demarcação das fronteiras.
Durante a Primeira República, o Barão do Rio Branco foi o responsável
pela maior parte da tarefa de condução das chamadas Questões de Limites,
em 1903 no Tratado de Petrópolis e em 1917 no período da Primeira Guerra
Mundial.
A integração do território nacional com a condução da ocupação de
forma integral nas fronteiras ocidentais estimulou um aumento da necessidade
de delimitar e demarcar as fronteiras com mais precisão, como, por exemplo, o
que aconteceu com as questões diplomáticas suscitadas em torno do Salto das
Sete Quedas nos anos de 1965 e 1966, entre o Brasil e o Paraguai.
No Período da Nova República, houve uma maior ênfase nas questões
ligadas à Antártida e aos limites do mar territorial, que era a Zona Econômica
Exclusiva do Brasil.4
Vale citar os comentários do Jurista Brasileiro Dr. José Francisco
Rezek sobre a capacidade do Estado para celebrar Tratados Internacionais:
“Todo Estado soberano tem capacidade para celebrar
tratados, e igual capacidade costumam ter organizações
internacionais. Cuida-se agora de determinar quem está
habilitado a agir em nome daquelas personalidades
jurídicas à hora do procedimento negocial”.5
4.https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_das_rela%C3%A7%C3%B5es_internacionais_do_Brasil, <Acesso em: 19janeiro2017> 5 REZEK, Francisco. Direito Internacional Público. 10ª Ed., Editora Saraiva. 2007. p. 33
CAPÍTULO 2
PRINCIPAIS TRATADOS DE COMÉRCIO INTERNACIONAL
2.1. GATT
O Acordo Geral sobre Aduanas e Comércio ou Acordo Geral sobre
Tarifas e Comércio, ou seja, General Agreement on Tariffs and Trade tratou
das questões gerais das tarifas, Aduanas e Comércio, foi instituído em 1947
com objetivo principal de harmonizar as questões aduaneiras entre os Estados
signatários.
No final da Segunda Guerra Mundial, ocorreram muitos problemas
econômicos decorrentes da guerra, nos campos financeiros e econômicos, e
para resolver estes problemas foram criados o Banco Mundial - BIRD e o
Fundo Monetário Internacional - FMI, visando o desenvolvimento econômico e
social.
O GATT foi criado pelos seguintes países: África do Sul, Austrália,
Bélgica, Brasil, Canadá, Ceilão, Chile, China, Cuba, Checoslováquia, Estados
Unidos, França, Holanda, Índia, Líbano, Luxemburgo, Nova Zelândia, Noruega,
Paquistão, Reino Unido, Rodésia do Sul e Síria.
Os membros criadores do GATT, e outros países formaram um grupo
que criou a OMC - Organização Mundial de Comércio. Os Estados Unidos foi
um dos países que mais se empenhou para estimular a idéia do liberalismo
comercial.
A OMC criou um conjunto de normas e concessões tarifárias para
impulsionar o comércio, combater práticas protecionistas e regular as relações
comerciais internacionais.
As discussões se estenderam de novembro de 1947 a março de 1948,
que ocorreu em Havana, Cuba, e finalmente conclui-se com a assinatura da
Carta de Havana, criando definitivamente a OMC.
Os Estados Unidos, apesar da sua importante atuação na criação da
OMC, em 1950 anunciou que não ia encaminhar o projeto para seu congresso
para ratificação, prejudicando a criação desta organização, com isto, o GATT
que a principio foi criado para regular as normas, provisoriamente, foi o
principal regulamentador das relações comerciais entre os países por mais de
quarenta anos.6
Finalmente na Rodada do Uruguai instituiu o acordo constitutivo da
Organização Mundial de Comércio (OMC), para garantir a efetivação e
aplicação dos acordos.
Vale ressaltar que o GATT se aplica a todos os setores de serviços, com
exceção dos serviços prestados exclusivamente pelo governo.7
Concluindo, o GATT foi criado com a finalidade principal de harmonizar a
política aduaneira entre os países signatários.
2.2. OMC
A Organização Mundial do Comércio, com sede em Genebra na Suíça,
tem como Diretor Geral o brasileiro Roberto Azevedo. A língua oficial é o
inglês, espanhol e francês.
A OMC foi criada durante a Rodada de Negociações do General
Agreement on Trade and Tarifs (GATT), que aconteceu no Uruguai entre os
anos de 1986 a 1994.8
Esta organização foi criada com o objetivo de supervisionar e liberalizar
o comércio internacional, e foi, oficialmente, instituída em 1 de janeiro de 1995,
no Acordo de Marraquexe, substituindo o GATT - Acordo Geral de Tarifas e
Comércio.
6 https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_Geral_de_Tarifas_e_Com%C3%A9rcio 7 JUNIOR, Paulo Víbrio. op. cit., p. 44. 8 Ibidem, p. 71.
Esta organização regulamenta os atos do comércio entre os seus países
signatários, e fornece a estrutura para negociação e formalização de acordos
comerciais, e ainda, regulamenta o processo de resolução de conflitos com
objetivo melhorar a adesão de outros países para participarem dos acordos da
OMC, acordos estes, assinados pelos Governos dos Estados membros, sendo
necessária a sua ratificação por parte dos seus congressos.
Os principais conflitos referentes ao livre comércio internacional de bens
e serviços está entre a manutenção do protecionismo em subsídios agrícolas
para os setores agrícolas nacionais, que é o pleito dos países desenvolvidos e
o compromisso da liberalização internacional do comércio de forma justa para
os produtos agrícolas, defendido pelos países em desenvolvimento, sendo este
a principal dificuldade nas negociações.
Estes pontos controversos têm dificultado novas negociações na OMC,
consequentemente, tem acontecido maior número de acordos de livre comércio
bilaterais.
Cabe informar que as principais funções da OMC são os seguintes:
Gerenciar os acordos no sistema multilateral de comércio, servir de fórum para
o comércio nacional, firmar acordos internacionais, supervisionando os acordos
e implementação destes acordos pelos membros da organização, e ainda
participar das políticas comerciais.
A cada dois anos a OMC deve realizar pelo menos uma Conferência
Ministerial, para isto, existe o Conselho Geral que programa as decisões da
Conferência, sendo responsável pela administração.
A OMC tem como base vários princípios: Princípio da não-discriminação
que estabelece o princípio da nação mais favorecida, que afirma na hipótese
de um país conceder a outro país um benefício, terá a obrigação de estender
aos demais membros da OMC a mesma vantagem ou privilégio.
O princípio do tratamento nacional visa impedir o tratamento
diferenciado aos produtos internacionais para evitar desfavorecê-los na
competição com os produtos nacionais.
O Princípio da Previsibilidade visa evitar a restrição ao comércio
internacional, este princípio garante o respeito às regras e sobre o acesso ao
comércio internacional.
O Princípio da Concorrência Leal visa garantir um comércio internacional
de forma justa, sem haver práticas desleais, tais como os subsídios com
excesso, sem respeitar o equilíbrio das relações entre os países.
O Princípio da Proibição de Restrições Quantitativas impede que os
países restrinjam quantidades, ou seja, impor quotas ou proibições a certos
produtos internacionais, para proteger a produção nacional.
A OMC obriga o uso tarifário para proteger a indústria local, desde que a
lista das obrigações estabeleça a utilização do uso das quotas de tarifa.
O Princípio do Tratamento Especial e Diferenciado determina que os
países que estão em desenvolvimento tenham vantagens tarifárias.
2. 3. MERCOSUL
Em março de 1991 o Brasil, Argentina Paraguai e Uruguai fizeram um
acordo, chamado Tratado de Assunção, com objetivo de criar um mercado
comum, o MERCOSUL, com sede em Montevidéu, cujas línguas oficiais são o
Português, Espanhol e Guarani.9
O Mercado Comum do Sul integra a economia dos países participantes,
com uma melhor configuração para viabilizar uma união aduaneira, para que
haja um livre comércio com uma política comercial comum.
Os países participantes da América do Sul, atualmente são quatro
membros, a sua formação original era composta pela Argentina, Brasil,
Paraguai e Uruguai, depois a Venezuela aderiu, mas, no momento está
suspensa. Este bloco está em fase de expansão, a Bolívia está aguardando a
ratificação do protocolo de adesão por parte do seu congresso nacional.
9 Ibidem., p. 52.
O Brasil e a Argentina fizeram progressos, quando assinaram a
Declaração do Iguaçu em 1985, estabelecendo uma comissão bilateral,
viabilizando uma série de acordos comerciais.
O Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento, entre ambos
os países foi fixado no ano de 1988, com objetivo de criar um mercado comum,
possibilitando a adesão de outros países latino-americanos, em seguida, o
Paraguai e o Uruguai aderiram, com isto, estes quatro países se tornaram
signatários do Tratado de Assunção no ano de 1991, formando uma aliança
comercial com o objetivo de implementar uma melhor economia regional,
possibilitando um grande movimento entre si de mercadorias e pessoas
viabilizando uma melhor força de trabalho, inclusive de capital.
Foi estabelecida uma zona de livre comércio, na qual os países
participantes não tributariam ou restringiriam as importações um do outro, em
seguida, em janeiro de 1995, esta zona se transformou em uma União
Aduaneira para os países poderem cobrar as mesmas quotas nas importações
em relação aos outros demais países, que foi chamado de tarifa externa
comum.
Outros países se manifestaram interesse em entrar para o MERCOSUL,
com isto, em 2002 o Protocolo de Olivos entrou em vigor, criando o Tribunal
Arbitral Permanente de Revisão do Mercosul, sua sede era na cidade de
Assunção no Paraguai, criado devido a insegurança jurídica no Tratado.
Os principais objetivos do tratado desta zona de livre comércio é a livre
circulação de bens, serviços e fatores produtivos, com a eliminação dos direitos
alfandegários e restrições não tarifárias para circulação de mercadorias e com
uma adoção de uma política comercial comum em relação a terceiros países,
ou outros países unidos através de tratados, formando outros blocos
econômicos.
A implementação de políticas de comércio exterior, industrial, agrícola,
monetária, fiscal, cambial, e de capitais, com acordos asseguram melhores
condições adequadas para concorrência entre os países membros, assumindo
o compromisso destes países em harmonizar suas legislações, principalmente
nas questões para fortalecer o processo de integração.
Quando o comércio for realizado com países não participantes do bloco
econômico, os membros assegurarão condições eqüitativas para o comércio,
neste caso, aplicaram suas legislações nacionais para desestimular
importações, cujos preços tenham influência pelos subsídios, dumping, etc, em
fim, para evitar os procedimentos desleais, para isto, as políticas nacionais tem
o objetivo de implementar normas comuns sobre a concorrência comercial.
Durante o período de transição foi determinado que os países
signatários aplicassem um regime geral de origem, sistema para resolver os
eventuais conflitos, com cláusulas de salvaguarda, inclusive para assegurar a
ordem e o cumprimento dos prazos.
O Conselho do Mercado Comum foi criado como uma Instituição de
maior autoridade no MERCOSUL, para administrar as decisões políticas e
garantir o cumprimento dos prazos.
A adesão de um novo membro, para ter validade deve ser aprovada por
decreto legislativo em todos os países participantes do bloco, sob pena de ser
considerada inválida a adesão.
A partir de dezembro de 2016, mais cinco países aderiram de forma
associada ao MERCOSUL, que são: Chile, Bolívia, Colômbia, Equador e Peru;
e mais dois países observadores: Nova Zelândia e México.
Em novembro de 2004 o Fórum Permanente de Cortes Supremas do
Mercosul foi institucionalizado em Brasília, integrado pelos Tribunais e pelas
Cortes Supremas dos Estados Partes do Mercosul e Associados, este Fórum
tem por compromisso de contribuir para a evolução institucional do processo de
integração e para o fortalecimento e aperfeiçoamento jurídico do bloco.
Sediado na cidade de Brasília, no Brasil, o Fórum Permanente de Cortes
Supremas reúne-se em sua sede no segundo semestre de cada ano. O Fórum
pode realizar reuniões preparatórias dos Encontros, bem como reuniões
extraordinárias, em qualquer dos Estados Partes.
O Fórum delibera por consenso e tem a seguinte finalidade:
I - promover a cooperação dos Tribunais e das Cortes Supremas dos
Estados Partes e Associados;
II - participar de atividades que repercutam na melhoria e no
desenvolvimento do ordenamento jurídico do Mercosul;
III - manter intercâmbio com Cortes Supremas e Constitucionais de
outros Estados e com tribunais de blocos econômicos regionais ou
organizações supranacionais;
IV - compartilhar informações sobre decisões jurisdicionais que
contemplem normativa do Mercosul;
V - estimular o estudo, a pesquisa e a disseminação do ordenamento
jurídico do Mercosul; e
VI - realizar e apoiar atividades culturais e científicas na área jurídica,
notadamente na área do direito internacional e da integração.10
2.4. NAFTA
A Zona de livre Comércio na America do Norte foi criada na segunda
metade do século XIX, nesta época o Canadá, sobre controle britânico,
favoreceu o comércio na America do Norte, cujo comércio entre si eram
facilitados com mesmas normas e regras de mercado.11
10 http://www.cortesmercosul.jus.br/forum/cms/verTexto.asp?pagina=apresentacao <Acesso em: <10janeiro 2017> 11 CAPARROZ, Roberto, Comercio Internacional e Legislação Aduaneira. 3. Ed. Rev., São Paulo: Editora Saraiva, 2016. p. 273.
O NAFTA, oficialmente, foi fundado em janeiro de 1994, trata-se de um
Bloco Econômico, cuja sede era na Cidade do México, Ottawa e Washington.
O Tratado Norte-Americano de Livre Comércio é um tratado cujos países
integrantes são: Canadá, México e Estados Unidos, sendo o Chile como
associado, para livre comércio, com menor custo para troca de mercadorias
entre os países.12
Este comércio regional na América do Norte favoreceu a economia
mexicana, que contribui para enfrentar melhor a concorrência do Japão e da
União Européia.
O NAFTA é um tratado sob as legislações internacionais, e sobre as Leis
dos Estados Unidos, mas esta classifica o Nafta como um acordo
congressional executivo ao invés de um simples tratado.
Os objetivos deste bloco são: Eliminar as barreiras alfandegárias do
imposto de importação; facilitar o comércio dos produtos e serviços entre os
países que fazem parte do Tratado; dar condições para uma competição mais
justa no livre comércio; aumentar o investimento dos países participantes;
proteger e garantir os direitos de propriedade intelectual dos países; dar uma
administração conjunta para a resolução de disputas com uma estrutura para
expandir e fortalecer os benefícios.
É um tratado regional que definia uma zona de livre troca, que previa a
liberação de 65% das exportações industriais e agrícola entre os países
signatários, inclusive ficou aberto a todos os países da America Central e Sul.
Trata-se de um acordo, com uma visão econômica que foi criado em
resposta a criação da União Européia.13
12 https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_Norte-Americano_de_Livre_Com%C3%A9rcio, <Acesso em: 19janeiro2017> 13 JUNIOR, Paulo Víbrio, op. cit., p. 61.
CAPÍTULO 3
PRINCIPAIS TRATADOS COMERCIAIS DO BRASIL
3.1. ACORDOS PARA EVITAR A DUPLA TRIBUTAÇÃO
Tratam-se de Acordos para evitar a dupla tributação feito pelo Brasil com
outros países, que são os seguintes: África do Sul, Alemanha, Argentina,
Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, China, Coreia do Sul, Dinamarca, Equador,
Eslováquia, Espanha, Filipinas, Finlândia, França, Hungria, Índia, Israel, Itália,
Japão, Luxemburgo, México, Noruega, Países Baixos, Peru, Portugal,
República Tcheca, Suécia, Trinidad e Tobago, Turquia, Ucrânia, Venezuela.
A Receita Federal determina os métodos para aplicação da Convenção
entre o Governo do Brasil e do outro país, tratando de assuntos referentes a
dupla tributação e ainda, procura prevenir a evasão fiscal, sobre os
rendimentos e os juros e do tratamento tributário, cujas convenções seguem no
anexo. 3.2. ACORDOS PARA INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES SOBRE TRIBUTOS
Tratam-se de Acordos de intercâmbio para informações relativas a
tributos da Subsecretaria de Aduana e Relações Internacionais.
É uma Convenção Multilateral de Assistência Mútua Administrativa em
Matéria Tributária, ratificada pelo Decreto Legislativo nº 105/2016 que aprovou
esta Convenção Multilateral.
O Decreto Legislativo nº 211/2013 aprovou o Acordo entre o Governo da
República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América, e
o Decreto nº 8.003/2013 promulgou o Acordo.
O Decreto Legislativo nº 146/2015 aprovou o Acordo entre o Governo da
República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América
para Melhoria da Observância Tributária Internacional e Implementação do
FATCA, celebrado em Brasília em 23 de setembro de 2014, o Decreto nº
8.506/2015 promulgou o Acordo que estabelece os procedimentos para a troca
automática de informações.
3.3. ACORDOS DE COMPLEMENTAÇÃO ECONÔMICA
Tratam-se de Acordos de complementação econômica elaborado pela
Subsecretaria de Aduana e Relações Internacionais, que são os seguintes:
• Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Colômbia, Equador e Venezuela;
• Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Peru;
• Bolívia, Colômbia, Venezuela, Equador, Peru, Brasil, Argentina,
Paraguai e Uruguai;
• Brasil e Argentina;
• Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai;
• Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile;
• Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e México;
• Brasil e México;
• Brasil e Uruguai;
• Mercosul e Bolívia.
O Decreto nº 5.361/2005 dispõe sobre a execução do Acordo de
Complementação Econômica nº 59 entre os Governos da República Argentina,
da República Federativa do Brasil, da República do Paraguai, da República
Oriental do Uruguai, dos Estados Partes do Mercosul, e dos Governos da
República da Colômbia, da República do Equador, da República Bolivariana da
Venezuela e Países Membros da Comunidade Andina.
Entre a Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Peru, o Decreto nº
5.651/2005 dispõe sobre a execução do Acordo de Complementação
Econômica nº 58, bem como de seu segundo protocolo adicional, entre os
Governos da República Argentina, da República Federativa do Brasil, da
República do Paraguai, da República Oriental do Uruguai, Estados Partes do
MERCOSUL e o Governo da República do Peru.
Entre a Bolívia, Colômbia, Venezuela, Equador, Peru, Brasil, Argentina,
Paraguai e Uruguai o Decreto nº 4.604/2003 dispõe sobre a execução do
Acordo de Complementação Econômica nº 56, entre os Governos da República
da Bolívia, da República da Colômbia, da República Bolivariana da Venezuela,
da República do Equador e da República do Peru, Países-membros da
Comunidade Andina, da República Federativa do Brasil, da República
Argentina, da República do Paraguai e da República Oriental do Uruguai,
Estados Partes do MERCOSUL.
Entre o Brasil e Argentina o Decreto nº 5.835/2006 dispõe sobre a
execução do Trigésimo Quinto Protocolo Adicional ao Acordo de
Complementação Econômica nº. 14, pactuado entre os Governos da República
Federativa do Brasil e da República Argentina.
Entre o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai o Decreto nº 5.455/2005
dispõe sobre a execução do Quadragésimo Quarto Protocolo Adicional ao
Acordo de Complementação Econômica numero 18, entre os Governos da
República Federativa do Brasil, da República Argentina, da República do
Paraguai e da República Oriental do Uruguai.
O Decreto nº 4.386/2002 dispõe sobre a execução do Quadragésimo
Protocolo Adicional ao Acordo de Complementação Econômica nº 18, entre os
Governos da República Federativa do Brasil, da República Argentina, da
República do Paraguai e da República Oriental do Uruguai.
O Decreto nº 2.734/1998 dispõe sobre a execução do Vigésimo Primeiro
Protocolo Adicional ao Acordo de Complementação Econômica nº 18, entre
Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Entre o Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile, o Decreto nº
2.075/1996 dispõe sobre a execução do Acordo de Complementação
Econômica, entre Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile.
Entre o Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e México o Decreto nº
4.598/2003 dispõe sobre a execução do Acordo de Complementação
Econômica nº 54, entre os Governos da República Federativa do Brasil, da
República Argentina, da República do Paraguai, da República Oriental do
Uruguai e dos Estados Unidos Mexicanos.
O Decreto nº 4.458/2002 dispõe sobre a execução do Acordo de
Complementação Econômica nº 55, entre os Governos da República
Federativa do Brasil, da República Argentina, da República do Paraguai, da
República Oriental do Uruguai e dos Estados Unidos Mexicanos.
Entre o Brasil e México o Decreto nº 4.383/2002 dispõe sobre a
execução do Acordo de Complementação Econômica nº 53, entre os Governos
da República Federativa do Brasil e dos Estados Unidos Mexicanos.
Entre o Brasil e Uruguai Decreto nº 6.195/2007 dispõe sobre a execução
do Sexagésimo Sétimo Protocolo Adicional ao Acordo de Complementação
Econômica nº 2, entre os Governos da República Federativa do Brasil e da
República Oriental do Uruguai.
O Decreto nº 4.612/2003 dispõe sobre a execução do Sexagésimo
Primeiro Protocolo Adicional ao Acordo de Complementação Econômica nº 2,
entre os Governos da República Federativa do Brasil e da República Oriental
do Uruguai.
Entre o Mercosul e Bolívia o Decreto nº 2.240/1997 dispõe sobre a
execução do Acordo de Complementação Econômica, entre os Governos dos
Estados Partes do MERCOSUL, e o Governo da República da Bolívia.
3.4. ACORDOS DE COOPERAÇÃO ADUANEIRA
Foram celebrados Acordos de cooperação aduaneira e fazem parte os
seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba,
El Salvador, Equador, Espanha, Honduras, México, Nicarágua, Panamá,
Paraguai, Peru, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.
Com a África do Sul o Decreto Legislativo nº 662/2010 aprovou o Acordo
entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República
da África do Sul relativo à Assistência Mútua entre suas Administrações
Aduaneiras, celebrado na Cidade do Cabo.
O Decreto nº 8.362/2014 promulgou o Acordo entre o Governo da
República Federativa do Brasil e o Governo da República da África do Sul
relativo à Assistência Mútua entre suas Administrações Aduaneiras, firmado na
Cidade do Cabo.
Com os Estados Unidos da América o Decreto Legislativo nº 209/2004
aprovou o texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e
o Governo dos Estados Unidos relativo à Assistência Mútua entre suas
Administrações Aduaneiras, concluído em 20 de junho de 2002, em Brasília.
O Decreto nº 5.410/2005 promulgou o Acordo entre o Governo da
República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América
relativo à Assistência Mútua entre as suas Administrações Aduaneiras.
Com a França o Decreto Legislativo nº 80/1995 aprovou o texto do
Acordo sobre Cooperação Administrativa Mútua para a Prevenção, a Pesquisa
e a Repressão às Infrações Aduaneiras, celebrado entre o Governo da
República Federativa do Brasil e o Governo da República Francesa.
O Decreto Legislativo nº 140/1995 aprovou o texto do Acordo, por Troca
de Notas, de 4 de novembro de 1994, que emenda o Acordo sobre Cooperação
Administrativa Mútua para a Prevenção, a Pesquisa e a Repressão às
Infrações Aduaneiras, de 18 de março de 1993, entre o Brasil e a França.
O Decreto nº 1.611/1995 promulgou o Acordo sobre Cooperação
Administrativa Mútua para a Prevenção, a Pesquisa e a Repressão às
Infrações Aduaneiras, entre o Governo da República Federativa do Brasil e o
Governo da República Francesa.
O Decreto nº 1.783/1996 promulgou o Acordo, por troca de Notas, que
emenda o Acordo sobre Cooperação Administrativa Mútua para a Prevenção, a
Pesquisa e a Repressão às Infrações Aduaneiras, de 18 de março de 1993,
celebrado entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da
República Francesa, em Brasília.
Com a Índia o Decreto Legislativo nº 304/2011 aprovou o texto do
Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da
República da Índia sobre Assistência Mútua em Matéria Aduaneira, celebrado
em Nova Delhi, internalizado pelo Decreto nº 8.363/2014.
Com Israel, o Decreto Legislativo nº 602/2009 aprovou o texto do Acordo
de Assistência Mútua Administrativa entre o Governo da República Federativa
do Brasil e o Governo do Estado de Israel para a Correta Aplicação da
Legislação Aduaneira e a Prevenção, Investigação e Combate a Infrações
Aduaneiras, celebrado em Jerusalém.
O Decreto nº 7.065/2010 promulgou o Acordo entre o Governo da
República Federativa do Brasil e o Governo do Estado de Israel sobre
Assistência Mútua Administrativa para a Correta Aplicação da Legislação
Aduaneira e a Prevenção, Investigação e Combate a Infrações Aduaneiras,
firmado em Jerusalém.
Com os Países Baixos o Decreto Legislativo nº 55/2006 aprovou o texto
da Convenção entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo
do Reino dos Países Baixos relativa à Assistência Administrativa Mútua para a
Aplicação Apropriada da Legislação Aduaneira e para a Prevenção,
Investigação e Combate às Infrações Aduaneiras, concluído no dia 7 de março
de 2002.
O Decreto nº 5.866/2006 promulgou a Convenção entre o Governo da
República Federativa do Brasil e o Governo do Reino dos Países Baixos
relativa à Assistência Administrativa Mútua para Aplicação Apropriada da
Legislação Aduaneira e para a Prevenção, Investigação e Combate às
Infrações Aduaneiras, celebrada em Brasília.
Com o Reino Unido, o acordo foi celebrado através do chamado de
Memorando de Entendimento.
Com a Rússia o Decreto Legislativo nº 61/2004 aprovou o texto do
Acordo de Assistência Mútua entre o Governo da República Federativa do
Brasil e o Governo da Federação da Rússia para Prevenção, Investigação e
Combate a Infrações Aduaneiras, celebrado em Brasília.
O Decreto nº 5.237/2004 promulgou o Acordo entre o Governo da
República Federativa do Brasil e o Governo da Federação da Rússia para
Prevenção, Investigação e Combate a Infrações Aduaneiras, celebrado em
Brasília.
Com o Chile o Decreto nº 3.428/2000 dispõe sobre a execução do
Vigésimo Terceiro Protocolo Adicional ao Acordo de Complementação
Econômica nº 35, (Prevenção e Luta Contra Ilícitos Aduaneiros), entre os
Governos da República Federativa do Brasil, da República Argentina, de
República do Paraguai e da República Oriental do Uruguai, como Estados
Partes do MERCOSUL, e o Governo da República do Chile.
Com o MERCOSUL o Decreto Legislativo nº 197/1991 aprovou o texto
do Tratado para a Constituição de um Mercado Comum entre a República
Federativa do Brasil, a República Argentina, a República do Paraguai e a
República Oriental do Uruguai, firmado em Assunção.
O Decreto nº 350/1991 promulgou o Tratado para a Constituição de um
Mercado Comum entre a República Argentina, a República Federativa do
Brasil, a República do Paraguai e a República Oriental do Uruguai (TRATADO
MERCOSUL).
O Decreto nº 6.870/2009 dispõe sobre a vigência de Decisões do
Conselho do Mercado Comum, Resolução do Grupo Mercado Comum e de
Diretrizes da Comissão de Comércio do Mercosul.
A CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa o Decreto
Legislativo nº 97/1995 aprovou os textos das Convenções sobre Cooperação
Aduaneira, celebradas entre o Governo da República Federativa do Brasil e
países de língua oficial portuguesa, em Luanda.
O Decreto nº 8.361/2014 promulgou as Convenções sobre Cooperação
Aduaneira, celebradas entre a República Federativa do Brasil e demais países
de língua oficial portuguesa, em Luanda.
A Comucam: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica,
Cuba, El Salvador, Equador, Espanha, Honduras, México, Nicarágua, Panamá,
Paraguai, Peru, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.
O Decreto Legislativo nº 46/1984 aprovou o texto do Convênio
Multilateral sobre Cooperação e Assistência Mútua entre as Direções Nacionais
de Aduanas da América Latina, celebrado na cidade do México.
O Decreto nº 91.366/1985 promulgou o Convênio Multilateral sobre
Cooperação e Assistência Mútua entre as Direções Nacionais de Aduanas da
América Latina.14
14 SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Disponível em: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/legislacao/acordos-internacionais><Acesso em: 19janeiro2017>
CONCLUSÃO
Os Acordos Internacionais de comércio são Tratados de grande
importância para a troca internacional de mercadoria, além da troca de
tecnologia, conhecimento e de cultura, que é de suma importância para os
países buscarem novos mercados, propiciando melhor a distribuição de
riquezas, viabilizando o desenvolvimento econômico, não só local mais
mundial.
Vale ressaltar que o intercambio entre os países, permite, através de
reuniões para debates sobre a situação econômica global, assim como
acontece nas reuniões do G-8 (Grupo dos 8) que é um grupo internacional
formado pelos sete países mais desenvolvidos e industrializados do mundo e
no G-20 - Grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos
centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Européia.15,
Os Tratados de Comércio Internacional contribui para a aproximação
comercial entre os países, para possibilitar o comércio entre si, visando novos
mercados, contribuindo para o desenvolvimento econômico, comercial e
humano, este último visa colocar as pessoas como principal personagem no
desenvolvimento, promovendo a realização da sua capacidade produtiva,
melhorar suas possibilidades com liberdade para realizar seus maiores anseios
na vida.
15 https://pt.wikipedia.org/wiki/G20. <Acesso em: 19janeiro2017>
BIBLIOGRAFIA
CAPARROZ, Roberto, Comércio Internacional e Legislação Aduaneira. 3ª. Ed.
rev., São Paulo: Editora Saraiva, 2016.
JUNIOR, Paulo Víbrio, Manual de Comércio Exterior e Crimes Aduaneiros,
1ªEd., Editora IOB, 2012.
MELLO, Celso D. de Albuquerque. Curso de Direito Internacional Público. 1º
Volume. 5ª Ed., Livraria Freitas Bastos. 1967.
REZEK, Francisco. Direito Internacional Público. 10ª Ed., Editora Saraiva.
2007.
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Disponível em:
<http://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/legislacao/acordos-
internacionais. <Acesso em: 19janeiro2017>
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_das_rela%C3%A7%C3%B5es_int
ernacionais_do_Brasil, <Acesso em: 19janeiro2017>
http://www.cortesmercosul.jus.br/forum/cms/verTexto.asp?pagina=apresentaca
o <Acesso em: <10janeiro 2017>
ANEXO
ACORDOS PARA EVITAR A DUPLA TR IBUTAÇÃO
Os Acordos feitos pelo Brasil com outros países para evitar a dupla
tributação tem respectivamente a Legislação a seguir:
ÁFRICA DO SUL *Decreto Legislativo nº 301/2006 *Decreto nº 5.922/2006 *Portaria MF nº 433/2006 ALEMANHA - ACORDO SEM EFEITO DESDE 1º DE JANEIRO DE 2006 ARGENTINA *Decreto Legislativo nº 74/1981 *Decreto nº 87.976/1982 *Portaria MF nº 22/1983 ÁUSTRIA *Decreto Legislativo nº 95/1975 *Decreto nº 78.107/1976 *Portaria MF nº 470/1976 BÉLGICA *Decreto Legislativo nº 76/1972 *Decreto nº 72.542/1973 *Decreto nº 6.332/2007 *Portaria MF nº 271/1974 *Portaria MF nº 71/1976 *Portaria MF nº 140/2008
CANADÁ *Decreto Legislativo nº 28/1985 *Decreto nº 92.318/1986 *Portaria MF nº 199/1986 *Portaria MF nº 55/1988 CHILE *Decreto Legislativo nº 331/2003 *Decreto nº 4.852/2003 *Portaria MF nº 285/2003 CHINA *Decreto Legislativo nº 85/1992 *Decreto nº 762/1993 COREIA DO SUL *Decreto Legislativo nº 205/1991 *Decreto nº 354/1991 *Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 3/2006 DINAMARCA *Decreto Legislativo nº 90/1974 *Decreto nº 75.106/1974 *Portaria MF nº 68/1975 *Portaria MF nº 70/1976 EQUADOR *Decreto Legislativo nº 4/1986 *Decreto nº 95.717/1988 ESLOVÁQUIA E REPÚBLICA TCHECA - (ANTIGA REPÚBLICA SOCIALISTA DA TCHECOSLOVÁQUIA) *Decreto Legislativo nº11/1990 *Decreto nº 43/1991
ESPANHA *Decreto Legislativo nº 62/1975 *Decreto nº 76.975/1976 *Portaria MF nº 45/1976 *Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 6/2002 *Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 27/2004 *Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 4/2006 FILIPINAS *Decreto Legislativo nº 198/1991 *Decreto nº 241/1991 FINLÂNDIA *Decreto Legislativo nº 35/1997 *Decreto nº 2.465/1998 *Ato Declaratório SRF nº 12/1998 FRANÇA *Decreto Legislativo nº 87/1971 *Decreto nº 70.506/1972 *Portaria MF nº 287/1972 *Portaria MF nº 20/1976 HUNGRIA *Decreto Legislativo nº 13/1990 *Decreto nº 53/1991 ÍNDIA *Decreto Legislativo nº 214/1991 *Decreto nº 510/1992
ISRAEL *Decreto Legislativo nº 931/2005 *Decreto nº 5.576/2005 *Portaria MF nº 1/2006 ITÁLIA *Decreto Legislativo nº 77/1979 *Decreto nº 85.985/1981 *Portaria MF nº 203/1981 *Portaria MF nº 226/1984 JAPÃO *Decreto Legislativo nº 43/1967 *Decreto nº 61.899/1967 *Troca de Notas (24/01/1967) e Memorando de Entendimentos/Agreed minutes *Decreto Legislativo nº 69/1976 *Decreto nº 81.194/1978 *Troca de Notas (23/03/1976) e Memorando de Entendimentos/Agreed Minutes *Portaria MF nº 92/1978 LUXEMBURGO *Decreto Legislativo nº 78/1979 *Decreto nº 85.051/1980 *Portaria MF nº 413/1980 *Portaria MF nº 510/1985 MÉXICO *Decreto Legislativo nº 58/2006 *Decreto nº 6.000/2006 *Portaria MF nº 38/2007 *Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 1/2007 *Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 22/2008 NORUEGA *Decreto Legislativo nº 50/1981
*Decreto nº 86.710/1981 *Portaria MF nº 25/1982 *Portaria MF nº 227/1984 PAÍSES BAIXOS *Decreto Legislativo nº 60/1990 *Decreto nº 355/1991 PERU *Decreto Legislativo nº 500/2009 *Decreto nº 7.020/2009 *Portaria MF nº 553/2010 PORTUGAL *Decreto Legislativo nº 188/2001 *Decreto nº 4.012/2001 *Portaria MF nº 28/2002 SUÉCIA *Decreto Legislativo nº 93/1975 *Decreto Legislativo nº 57/1997 *Decreto nº 77.053/1976 *Portaria MF nº 44/1976 *Portaria MF nº 5/1979 TRINIDAD E TOBAGO *Decreto Legislativo nº 1/2011 *Decreto nº 8.335/2014 TURQUIA *Decreto Legislativo nº 248/2012 *Decreto nº 8.140/2013
UCRÂNIA *Decreto Legislativo nº 66/2006 *Decreto nº 5.799/2006 *Portaria MF nº 198/2006 VENEZUELA *Decreto Legislativo nº 559/2010 *Decreto nº 8.336/2014 ÁFRICA DO SUL *Decreto Legislativo nº 301/2006 *Decreto nº 5.922/2006 *Portaria MF nº 433/2006 ALEMANHA ACORDO SEM EFEITO DESDE 1º DE JANEIRO DE 2006 *Decreto Legislativo nº 92/1975 *Decreto nº 76.988/1976 *Decreto nº 5.654/2005 *Portaria MF nº 43/1976 *Portaria MF nº 469/1976 *Portaria MF nº 313/1978 *Ato Declaratório Executivo SRF nº 72/2005 ARGENTINA *Decreto Legislativo nº 74/1981 *Decreto nº 87.976/1982 *Portaria MF nº 22/1983 ÁUSTRIA *Decreto Legislativo nº 95/1975 *Decreto nº 78.107/1976 *Portaria MF nº 470/1976 BÉLGICA
*Decreto Legislativo nº 76/1972 *Decreto nº 72.542/1973 *Decreto nº 6.332/2007 *Portaria MF nº 271/1974 *Portaria MF nº 71/1976 *Portaria MF nº 140/2008 CANADÁ *Decreto Legislativo nº 28/1985 *Decreto nº 92.318/1986 *Portaria MF nº 199/1986 *Portaria MF nº 55/1988 CHILE *Decreto Legislativo nº 331/2003 *Decreto nº 4.852/2003 *Portaria MF nº 285/2003 CHINA *Decreto Legislativo nº 85/1992 *Decreto nº 762/1993 COREIA DO SUL *Decreto Legislativo nº 205/1991 *Decreto nº 354/1991 *Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 3/2006 DINAMARCA *Decreto Legislativo nº 90/1974 *Decreto nº 75.106/1974 *Portaria MF nº 68/1975 *Portaria MF nº 70/1976 EQUADOR *Decreto Legislativo nº 4/1986
*Decreto nº 95.717/1988 ESLOVÁQUIA E REPÚBLICA TCHECA - (antiga República Socialista da Tchecoslováquia) *Decreto Legislativo nº11/1990 *Decreto nº 43/1991 ESPANHA *Decreto Legislativo nº 62/1975 *Decreto nº 76.975/1976 *Portaria MF nº 45/1976 *Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 6/2002 *Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 27/2004 *Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 4/2006 FILIPINAS *Decreto Legislativo nº 198/1991 *Decreto nº 241/1991 FINLÂNDIA *Decreto Legislativo nº 35/1997 *Decreto nº 2.465/1998 *Ato Declaratório SRF nº 12/1998 FRANÇA *Decreto Legislativo nº 87/1971 *Decreto nº 70.506/1972 *Portaria MF nº 287/1972 *Portaria MF nº 20/1976 HUNGRIA *Decreto Legislativo nº 13/1990 *Decreto nº 53/1991 ÍNDIA *Decreto Legislativo nº 214/1991
*Decreto nº 510/1992 ISRAEL *Decreto Legislativo nº 931/2005 *Decreto nº 5.576/2005 *Portaria MF nº 1/2006 ITÁLIA *Decreto Legislativo nº 77/1979 *Decreto nº 85.985/1981 *Portaria MF nº 203/1981 *Portaria MF nº 226/1984 JAPÃO *Decreto Legislativo nº 43/1967 *Decreto nº 61.899/1967 *Troca de Notas (24/01/1967) e Memorando de Entendimentos/Agreed minutes *Decreto Legislativo nº 69/1976 *Decreto nº 81.194/1978 *Troca de Notas (23/03/1976) e Memorando de Entendimentos/Agreed Minutes *Portaria MF nº 92/1978 LUXEMBURGO *Decreto Legislativo nº 78/1979 *Decreto nº 85.051/1980 *Portaria MF nº 413/1980 *Portaria MF nº 510/1985 MÉXICO *Decreto Legislativo nº 58/2006 *Decreto nº 6.000/2006 *Portaria MF nº 38/2007 *Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 1/2007 *Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 22/2008
NORUEGA *Decreto Legislativo nº 50/1981 *Decreto nº 86.710/1981 *Portaria MF nº 25/1982 *Portaria MF nº 227/1984 PAÍSES BAIXOS *Decreto Legislativo nº 60/1990 *Decreto nº 355/1991 PERU *Decreto Legislativo nº 500/2009 *Decreto nº 7.020/2009 *Portaria MF nº 553/2010 PORTUGAL *Decreto Legislativo nº 188/2001 *Decreto nº 4.012/2001 *Portaria MF nº 28/2002 SUÉCIA *Decreto Legislativo nº 93/1975 *Decreto Legislativo nº 57/1997 *Decreto nº 77.053/1976 *Portaria MF nº 44/1976 *Portaria MF nº 5/1979 TRINIDAD E TOBAGO *Decreto Legislativo nº 1/2011 *Decreto nº 8.335/2014 TURQUIA *Decreto Legislativo nº 248/2012 *Decreto nº 8.140/2013
UCRÂNIA *Decreto Legislativo nº 66/2006 *Decreto nº 5.799/2006 *Portaria MF nº 198/2006 VENEZUELA *Decreto Legislativo nº 559/2010 *Decreto nº 8.336/2014
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO ..................................................................................... 1
AGRADECIMENTOS ...........................................................................,....... 3
DEDICATÓRIA ............................................................................................. 4
RESUMO ....................................................................................................... 5
METODOLOGIA ............................................................................................. 6
SUMÁRIO ....................................................................................................... 7
INTRODUÇÃO................................................................................................. 8
CAPÍTULO 1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA ......................................................... 9
CAPÍTULO 2. PRINCIPAIS TRATADOS DE COMÉRCIO INTERNACIONAL .11
2.1. GATT ........................................................................................................ 11
2.2. OMC .......................................................................................................... 13
2.3. MERCOSUL .............................................................................................. 15
2.4. NAFTA ..................................................................................................... 18
CAPÍTULO 3. PRINCIPAIS TRATADOS COMERCIAIS DO BRASIL ............ 19
3.1. ACORDOS PARA EVITAR A DUPLA TRIBUTAÇÃO ............................. .19
3.2. ACORDOS PARA INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES SOBRE TRIBUTOS ..19
3.3. ACORDOS DE COMPLEMENTAÇÃO ECONÔMICA ............................. 21
3.4. ACORDOS DE COOPERAÇÃO ADUANEIRA ........................................ 22
CONCLUSÃO ................................................................................................. 27
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 28 ANEXO - ACORDOS PARA EVITAR A DUPLA TRIBUTAÇÃO ..................... 29 INDICE ............................................................................................................ 39