UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE ATRAVÉS
DO LÚDICO COMO PRÁTICA EDUCATIVA NA
EDUCAÇÃO INFANTIL COM CRIANÇAS DE 3 A 5 ANOS
Por: Lucia Helena Martins Pangaio
Orientador
Profa. Me. Fátima Alves
Rio de Janeiro
2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE ATRAVÉS
DO LÚDICO COMO PRÁTICA EDUCATIVA NA
EDUCAÇÃO INFANTIL COM CRIANÇAS DE 3 A 5 ANOS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Psicomotricidade.
Por: Lucia Helena Martins Pangaio
Rio de Janeiro
2015
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos que contribuíram no desenvolvimento deste trabalho: Deus, minha família, a orientadora Profa. Me. Fátima Alves e a equipe da AVM Faculdade Integrada.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a todos os
profissionais da educação infantil e
Psicomotricistas.
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo analisar e compreender a importância da psicomotricidade lúdica na educação infantil, a sua função como recurso pedagógico e como ela é aplicada, por meio de: música, brincadeiras, dança, modelagem, pintura, entre outros meios e também como o lúdico na psicomotricidade, contribui no aprendizado da criança ampliando a sua linguagem e expressão corporal, oralidade, coordenação motora, movimento, ritmo, conhecimento de mundo e interação social que irá influenciar no desenvolvimento da criança no aspecto cognitivo, afetivo, motor e social. Pretende-se investigar como a psicomotricidade lúdica pode facilitar a aprendizagem do educando , a fim de que os objetivos sejam alcançados para desenvolver o aluno de forma integral. Esta pesquisa demonstra as características da psicomotricidade lúdica e como o lúdico facilita a psicomotricidade na prática da educação infantil segundo os educadores deste segmento de ensino.
PALAVRAS-CHAVES: Psicomotricidade, lúdico e conhecimento.
METODOLOGIA
Este trabalho terá como metodologia a leitura de livros e sites
educacionais da web e entrevista com os educadores de creche para ter uma
visão da prática da psicomotricidade lúdica na educação infantil.
No primeiro capítulo será feita a leitura de livros e pesquisas em sites
para pesquisar sobre o universo infantil e a psicomotricidade lúdica como
prática educativa.
No segundo capítulo será feita a leitura de livros e pesquisa em sites
para pesquisar sobre como o lúdico pode facilitar a psicomotricidade na
educação infantil, suas características, objetivos e utilizações.
O terceiro capítulo será baseado na prática dos educadores, ou seja,
como a psicomotricidade lúdica é aplicada na educação infantil, tendo como
referência a entrevista de educadores e também a leitura do Referencial
Curricular Nacional Para a Educação Infantil, além de pesquisa em livros e
sites.
O desenvolvimento desta pesquisa será realizado tendo como base os
seguintes autores: Carmem Machado, Geraldo Almeida, Aline Negri, Marta
Martinez, Maria Cristina Von, Vitor da Fonseca, além de pesquisa webgráfica e
leitura do Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil.
A entrevista será feita com educadores de creche. Os educadores irão
responder perguntas referentes ao objeto de estudo da pesquisa, e a partir da
prática destes educadores será baseado o terceiro capítulo, tendo como
complemento de pesquisa a leitura do Referencial Curricular Nacional Para a
Educação Infantil, incluindo também: livros e sites.
A leitura de livros, pesquisa webgráfica e entrevista com educadores de
creche que trabalham a psicomotricidade de forma lúdica diariamente de forma
criativa contribuirão no desenvolvimento desta pesquisa sobre a importância da
psicomotricidade lúdica na educação infantil.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - A PSICOMOTRICIDADE E O LÚDICO COMO PRÁTICA EDUCATIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS CARACTERÍSTICAS 10
CAPÍTULO II - O LÚDICO COMO FACILITADOR DA PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: OBJETIVOS E UTILIZAÇÕES 22
CAPÍTULO III - A PRÁTICA DOS EDUCADORES: A PSICOMOTRICIDADE
LÚDICA APLICADA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 36
CONCLUSÂO 44
BIBLIOGRAFIA 47
ÍNDICE 49
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INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é ao longo do estudo analisar e compreender
qual a importância da psicomotricidade lúdica na educação infantil e sua
utilidade como prática pedagógica, ou seja, analisar o seu uso e buscar
compreender como ela pode ser utilizada pelo profissional na educação
infantil.
O presente estudo visa pesquisar as características do lúdico na
psicomotricidade e como sua aplicabilidade influencia no comportamento do
educando e no seu aprendizado, impactando em gestos, sons, emoções,
possibilidades de descobrir sons e movimentos com o próprio corpo, ampliar
sua forma de comunicação consigo mesmo e com outras pessoas, sabendo
que possui um corpo que é um meio de comunicação que produz ritmo,
movimento, expressão, interpretação, imitação e emoções que levam ao
conhecimento de si mesmo e do mundo que o cerca.
Esta pesquisa tem como objetivo investigar como a psicomotricidade
lúdica contribui no conhecimento do aluno de forma dinâmica e alegre
facilitando o seu aprendizado e interação social para conviver com diversas
formas de cultura e expressão que irão influenciar na sua expressão corporal,
linguagem, coordenação motora, ritmo, movimento, afetividade e outros fatores
de desenvolvimento.
O trabalho busca decodificar a psicomotricidade lúdica nas suas
características, objetivos e aplicações na educação infantil, visto que ela é um
meio que o educador tem para trabalhar muitos conceitos com os alunos de
forma dinâmica e criativa facilitando a aprendizagem do aluno e levando-o a
ver o mundo com outros olhos, movimentar-se no espaço explorando as
potencialidades do seu corpo e sentir novas sensações e descobertas
ampliando o seu conhecimento e consciência corporal com alegria, ação e
emoção, visando que a criança seja ela, seja seu corpo, seja um corpo em
descoberta.
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Desta forma, o educando aprende com vontade, com curiosidade, com
alegria e fica estimulado a cada vez querer aprender mais e abrir mais e mais
janelas do conhecimento, sendo uma leitor de mundo.
Assim, este estudo foi dividido em três capítulos. No primeiro capitulo
pretendeu-se pesquisar a psicomotricidade e o lúdico como prática educativa
na educação infantil e suas características.
No segundo capítulo, por sua vez, buscou-se compreender os objetivos
e utilizações da psicomotricidade lúdica como facilitadora na prática
pedagógica da educação infantil, envolvendo atividades com a expressão
corporal, oral, motora e emocional que viabilizam o aprendizado e interação
social do aluno, contribuindo na descoberta de si, do meio que o envolve , dos
seus afetos, alegrias e na interpretação do mundo com suas múltiplas
variedades de sons, danças, músicas, linguagens e possibilidades de
escolhas.
E por fim no terceiro capítulo procurou-se buscar a experiência dos
profissionais de creche sobre a prática da psicomotricidade lúdica como
ferramenta pedagógica com seus alunos contribuindo na socialização,
motricidade, afetividade, autoconhecimento, leitura e conhecimento de mundo
e linguagem (visual, plástica, oral, corporal e, sentimental).
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CAPÍTULO I
A PSICOMOTRICIDADE E O LÚDICO COMO PRÁTICA EDUCATIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS
CARACTERÍSTICAS
Vários são os brinquedos utilizados nas salas de aula, nas
brinquedotecas, nos pátios e nas recreações. Eles possuem várias origens e
histórias e se tornaram importantes para o desenvolvimento da criança
(aspecto: motor,cognitivo, afetivo e social) e para a educação infantil.
Segundo Atzingen (2001), os brinquedos são divididos em:
. Brinquedos afetivos: bonecas, casa de bonecas, marionetes e bichos de
pelúcia. As marionetes eram utilizadas no Egito para divertir os faraós e tinham
o corpo feito de madeira e a cabeça feita de marfim. Em Atenas, o teatro de
marionetes apresentava as tragédias gregas. Na Idade Média, muitos países
europeus utilizam as marionetes para representar autos religiosos e os padres
para ensinar o evangelho. Com o surgimento de peças cômicas, as
autoridades religiosas proibiram sua apresentação nas igrejas e as marionetes
passaram a ser uma diversão popular nas ruas, tendo tema livre e
apresentadas em feiras e parques. No século XII, se tornaram populares na
Itália e na França e difundiram-se pela Europa. O manipulador de bonecos
viajava com seu grupo e se apresentavam para o público contando histórias
que podiam ser tiradas do teatro, de alguma ópera ou de alguma lenda. No
século XVI, os portugueses trouxeram o teatro de marionetes para o Brasil,
para ser utilizado como instrumento para a catequese dos índios. Em
Pernambuco, os bonecos eram vestidos nas mãos (como luvas) e ganharam o
nome de mamulengo (de mão molenga).
. Brinquedos que se referem ao céu, água e terra: aviões, barcos, trens, carros
e bicicleta. Os barcos a vela que percorriam o rio Nilo, há cinco mil anos eram
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observados por crianças e elas começaram a fazer miniaturas de
embarcações. Na Inglaterra em 1898, foi registrada a primeira patente em
nome de Thomas Pilot, de um barco feito de lata em miniatura, que se
movimentava por um sistema de propulsão de jatos de água aquecida através
de um chama. Após cinco anos, as fábricas de brinquedos alemãs lançaram
réplicas de navios famosos, como o Mikasa, da Marinha Imperial Japonesa, e o
HMS Terrible, um navio de guerra inglês.
. Brinquedos clássicos: pião, caleidoscópio, cavalo-de-pau, carrossel, caixinhas
de música e chocalho. O pião é um objeto cônico, que faz um movimento de
giro. Há cerca de três mil anos a.C. na Babilônia existiam os piões que eram
feitos de argila e com as bordas decoradas com formas humanas e também de
animais ou em relevo. Os japoneses pintavam sua superfície com detalhes e
foram os primeiros a sulcarem o redor da circunferência e produzir piões que
quando eram movimentados assobiavam.
. Brinquedos que envolvem o ato de subir, descer e rebolar: aro, argolas,
bambolê, balanço e gangorra. O bambolê era feito de fios secos de parreira
por crianças no antigo Egito e também por crianças da Grécia e de Roma. Ele
era lançado no ar como se fosse um bastão e as crianças o pegavam com o
corpo mantendo em movimento. Ele era feito de cana-de-açúcar na América
do Sul e de metal ou madeira, na Inglaterra. O brinquedo como conhecemos
hoje feito de plástico colorido, foi fabricado nos Estados Unidos em 1958 e se
tornou popular. Os americanos Arthur Melin e Richard Knerr trouxeram esta
ideia da Austrália, em que estudantes de ginástica se divertiam com aros de
bambu na cintura.
. Brinquedos que movimentam a bola: bola, bola de gude e boliche. O primeiro
boliche talvez tenha sido encontrado por um arqueólogo inglês em um túmulo
de uma criança egípcia que continha bolas e pinos. Na Inglaterra no século
XII, surgiu o jogo de boliche na grama em que o objetivo do jogo era colocar a
bola o mais próximo possível do alvo sem derrubá-lo. A versão moderna do
boliche surgiu na Alemanha sendo jogado com nove pinos dispostos na forma
de um losango. Os americanos modificaram o boliche, através da colocação
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dos pinos para a forma triangular e acrescentaram mais um pino, tendo o nome
de ten pin bowling (boliche de dez pinos).
. Brinquedos de pontaria: dardos, bumerangue e ioiô. O bumerangue de
madeira mais antigo foi encontrado na Austrália há aproximadamente dez mil
anos. Em paredes de pedra na África do Norte existem pinturas de
bumerangue e possuem cerca de nove mil anos. Na tumba do faraó
Tutankâmon, foi encontrado um caixote com muitos bumerangues, alguns
adornados com ouro e marfim. Muitos povos conheciam o bumerangue como
uma arma de caça.
. Brinquedos feitos de papel: cata-vento, origame e pipa. O cata-vento surgiu,
segundo referências, na China (antes de Cristo). Também era chamado de
papa-vento. Existe uma relação entre sua criação e a dos moinhos de vento.
Os antigos egípcios tinham conhecimento que se colocasse velas nos barcos,
à força dos ventos iria facilitar sua navegação. Com isto, passaram a utilizar
este princípio para tarefas como moer grão e bombeamento da água. Os
persas utilizaram a força dos ventos poucos séculos antes de Cristo e no ano
de 700 d.C. contruíram moinhos de vento. O cata-vento é associado à energia
eólica (energia que é gerada pela força dos ventos).
. Brinquedos que envolvem o jogo: dados, dominó resta um, tangram, cubo
mágico, jogos de tabuleiro, xadrez, dama, bingo, jogo-da-velha e jogo de
varetas. O cubo mágico foi criado por Erno Rubik. Ele lecionava arquitetura na
capital da Hungria (Budapeste) e gostava de geometria e formas
tridimensionais. Em 1974 juntou com elásticos e pequenos blocos de madeira
até obter um método que levasse ao resultado desejado. Erno apresentou aos
seus alunos o cubo pintado com seis cores diferentes e o efeito foi
surpreendedor. Este novo brinquedo passava de mão em mão e ninguém
conseguia solucioná-lo. Ele causava fascínio, mas era difícil produzi-lo na
indústria, por causa das condições econômicas da Hungria. Somente no ano
de 1977, surgiram nas lojas de Budapeste os primeiros cubos. Em 1981, os
cubos já eram fabricados no Brasil.
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. Brinquedos para passar o tempo: monta-palavras, palavras cruzadas, quebra-
cabeças, labirinto e batalha naval. O monta-palavras foi criado por um arquiteto
desempregado, Alfred Mosher Butts em 1931. Ele fez um jogo de montar
palavras para ocupar o seu tempo e o chamou de criss cross (entrecruzado).
Era uma centena de peças de madeira, em que cada uma tinha letra do
alfabeto. O jogo foi traduzido para diversas línguas e possui uma versão em
braile.
.Brinquedos para movimentar o corpo: peteca, perna-de-pau, futebol de mesa e
de botão e tênis de mesa. A peteca foi passando de geração em geração
pelos índios que brincavam com uma trouxinha de folhas cheias de pedras
amarrada em uma espiga de milho. Eles a chamavam de Peteca que significa
bater. Nos Jogos Olímpicos de 1920 realizados na Bélgica, os atletas
brasileiros levaram peteca como diversão nos intervalos das competições.
Técnicos e atletas de outros países se encantaram com essa novidade e
queriam conhecer suas regras. Foi explicado pelo chefe da delegação
brasileira que ainda não existia regras para o jogo. Estas foram criadas em
1932 por João Perrenoud Teixeira de Souza.
. Brinquedos que juntam as peças: jogos de encaixe que podem formar casas,
carros e o que a imaginação permitir. O jogo de encaixe, o Lego, foi criado em
1949. São tijolinhos de plástico que juntos se transformam em objetos
variados.
. Brinquedos que envolvem a curiosidade: lápis de cera, carimbos de borracha
e molas. Os primeiros lápis de cera foram criados na Europa e o mais provável
é que eram feitos de óleo e carvão.
. Brinquedos que envolvem as brincadeiras de criança: amarelinha, bolhas de
sabão, cama-de-gato e cinco marias. A amarelinha recebeu muitos nomes no
Brasil: sapata, maré, academia, avião, maca, etc. Ela é uma das formas de um
jogo antigo romano dos odres, no qual os jogadores tinham que saltar em um
pé só, sobre sacos feitos com a pele do bode e untados com azeite. A
amarelinha tradicional possui o formato de uma cruz com um semicírculo em
uma das pontas, onde está escrito a palavra céu, lua ou cabeça. Na outra
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ponta vem à casa do inferno ou pescoço (escrito também). Na área de
descanso, chamada de braços ou asas, é que é permitido equilibrar-se sobre
os dois pés. Na área do corpo ou quadrado equilibra-se em um pé só. Outro
formato para a amarelinha é o de caracol ou labirinto. De início era desenhada
no chão com giz ou carvão, atualmente é fabricada em plástico. As bolhas de
sabão são utilizadas em brincadeiras desde o tempo dos romanos, sendo feitas
com um canudo de palha. No século XVII era uma diversão praticada na
França e recebeu o nome de bouteilles, como uma referência às garrafas que
guardavam o líquido feito com sabão e água e algumas vezes com açúcar
também, para aumentar a sua consistência. A cama-de-gato ou brincadeira
com barbante tem por objetivo trançar um cordão entre os dedos das duas
mãos e ir alterando as figuras formadas. O mais provável é que tenha origem
asiática. É praticada em várias partes do mundo. Em 1928, na Austrália
durante uma expedição antropológica constatou-se que os aborígenes já
praticavam muitas brincadeiras com barbantes. Uma versão atual para esta
brincadeira é usar um elástico e trançá-lo com as pernas. O jogo cinco marias
tem vários outros nomes: três marias, jogo do osso, bato onente, telhos, arriós,
nécara, chocos, etc. É um jogo pré-histórico e há várias formas de ser
praticado. Umas dessas formas, é lançar uma peça para o alto e antes que ela
caia no chão, deve-se pegar outra peça. Depois tentar pegar duas, três, quatro
e cinco, ficando com todas elas na mão. Na antiguidade, os reis praticavam
esse jogo com pedras preciosas, pepitas de ouro, âmbar ou marfim. É popular
até os dias de hoje na maior parte do mundo e é praticado com saquinhos de
pano cheios de areia, sementes ou caroços de frutas.
Os brinquedos são classificados em categorias, conforme o International
Council for Children’s Play e o Centre National d’ Information du Jouet (França)
(ATZINGEN, 2001). Sendo assim, estes são classificados em brinquedos para:
a primeira idade, atividades físicas, atividades intelectuais, reproduzir o mundo
técnico, desenvolvimento afetivo, atividades criativas e relações sociais.
Um brinquedo para a primeira idade é o chocalho. O chocalho
proporciona a diversão e a produção de som de acordo com o movimento
que é realizado. Os sacerdotes usavam os chocalhos em rituais da tribo e
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estes eram feitos de argila e frutas secas. Em lugares próximos do mar o
chocalho era feito com pedaços de conchas. No Egito é que foi criado o
chocalho para criança, tendo formato de pássaros, ursos e porcos.
Um brinquedo para atividade física, como a bola, por exemplo, é
utilizada nos jogos e nas brincadeiras e é um dos mais antigos, feitas há
milhares de anos na China (com crinas de animais) e no Japão (fibra de
bambu). Os romanos e gregos confeccionavam a bola com tiras de couro e
penas de aves. No Brasil a bola de futebol chegou em 1894 por Charles Miller.
Quem criou a bola de futebol branca foi Joaquim Simão, um brasileiro, no ano
de 1935. Este tipo de bola foi criada, com a finalidade de que pudesse ser
vista à noite com mais facilidade pelos jogadores.
Na atividade intelectual, o quebra-cabeça é utilizado para compor peças
de figuras, paisagens, animais, pessoas, lugares e outros. Em 1763, o inglês
John Spilsbury, inventou um mapa dividido em pedaços de madeira como
auxílio aos professores para o ensino da geografia. Em 1787, o inglês William
Darton, fez um quebra-cabeças com o retrato dos reis ingleses e após dois
anos lançou um jogo com a linha cronológica da história da Inglaterra.
Para a reprodução do mundo técnico, o carrinho representa o
movimento, a velocidade e possui uma variedade de cores, tamanhos e
modelos. Os carrinhos com motor apareceram nos primeiros anos do século
XX, os mais baratos eram feitos de madeira havendo uma variedade de
modelos e tamanhos. Os pneus eram sólidos e as rodas eram de raio (como
as rodas da bicicleta). Em 1905 uma fábrica de brinquedos (Bing) produziu
uma miniatura de um carro de marca.
No desenvolvimento afetivo, as bonecas, os bichinhos de pelúcia e as
miniaturas de animais, despertam o sentimento de amar e cuidar.
Possivelmente as primeiras estatuetas de bonecas foram feitas de barro pelo
Homo Sapiens há 40 mil anos na África e na Ásia com intenções ritualísticas.
A mudança da boneca de objeto de ritual para brinquedo, provavelmente
aconteceu no Egito, há cinco mil anos. As bonecas e bonecos não possuíam
aparência infantil e sim eram miniaturas de adultos e com o sexo definido, para
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que não fosse um sacrilégio a criança egípcia brincar com um objeto de ritual
de argila, somente seria aceito se o objeto representasse um simples mortal,
como um servo. Em túmulos egípcios, encontraram-se bonecas esculpidas em
pedaços de madeira com o cabelo feito de cordões de argila ou contas de
madeira. Em Roma e na Grécia em 500 a.C., as bonecas eram chamadas de
nympha e pupa, que tinham o significado de “moça pequena”. As meninas
gregas brincavam com as bonecas e algumas tinham braços e pernas
articulados. Os meninos romanos brincavam com bonecos de argila e de cera
que representavam os soldados. A transição das bonecas do modelo adulto
para o infantil, não está documentada de forma clara, porém pode ter ocorrido
quando os artesãos fizeram bonecas carregando seus filhos, que passaram a
ter a preferência das crianças.
Em atividades criativas o origami (dobradura de papel), que possibilita
inventar objetos, animais e outros, estimulando a imaginação da criança. Os
chineses criavam formas e objetos usando o papel no primeiro século da era
cristã.
Nas relações sociais, o jogo-da-velha, oportuniza brincar com o outro e
esperar sua vez de jogar. Foi encontrado no Egito, no Templo de Kurna um
jogo da velha em uma escavação. Ele faz parte dos jogos ditos como trilha,
porque o objetivo do jogador era dispor as peças para formar uma linha reta.
Os chineses conheciam o jogo com o nome de luk tsut k´i, em 500 a.C.. Em
catedrais da Inglaterra, encontraram-se tabuleiros do século XIV, que eram
usados por religiosos para passar o tempo. O jogo-da-velha pode ser jogado
com sementes, grãos, peças ou com uso de desenho sinalizando as jogadas.
De acordo com Fonseca (2008), quando a criança brinca com um carro,
ela age com um objeto concreto de modo que é possível manipular e conduzir,
como se fosse um carro de verdade, reproduzindo um modelo que possui na
sua mente, mas não é com o objeto real que ela brinca e sim com uma
representação mental de um objeto que ela quer conduzir. Ela projeta uma
ação do adulto de forma fiel, ampliando o seu conhecimento de mundo,
imaginação e motricidade lúdica. Portanto, é importante oferecer à criança
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oportunidades para expressar suas representações mentais, vontades,
fantasias e expressão motora.
Segundo Almeida (2014), a psicomotricidade é a ciência que estuda o
ser humano através do seu corpo em movimento, estabelecendo uma relação
com o mundo interior e exterior e seus potenciais de: percepção, atuação, ação
com os outros seres humanos, com os objetos e com o seu mundo interior.
Desta forma, a psicomotricidade, é um termo utilizado para a ação de um
movimento com organização e integração, relacionado com as experienciais
vividas pelo ser humano, em que esta ação é resultado das suas
particularidades, linguagens e socializações. A prática psicomotora está
relacionada com a organização geral do ritmo, desenvolvimento e percepção
geral da criança. A coordenação motora global vai envolver um trabalho
relacionado com os membros superiores (ombros, braços, cabeça e pescoço) e
também os membros inferiores (quadris, pernas, pés, etc.). A expressão do
corpo, a dança e exercícios que são dissociados e combinados são trabalhos
realizados, para que a criança tenha a possibilidade de se desenvolver de
forma plena. A coordenação motora global é boa, quando esta criança
acompanha a dança e as atividades físicas com movimentos associados e
dissociados, tendo ritmo e apresentar equilíbrio. As atividades que contribuem
no desenvolvimento da coordenação motora global são:
. Confeccionar maquetes com papel;
. Dobrar pedaços de papel (grandes) e transformá-los em animais e pessoas;
. Realizar dobraduras gigantes;
. Montar um quebra-cabeça grande no chão;
. Realizar a imagem de um corpo humano no seu tamanho normal, recortando
e montando no chão;
. Confeccionar um tabuleiro grande para brincar de trilha;
. Pintar o próprio corpo com pincel;
. Pintar o seu corpo com o dedo;
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. Se pintar com canetas;
. Realizar colagem com pedaços de papel e tecido em roupas para trabalhar a
expressão corporal;
. Brincar com fitas coloridas, girando as fitas coloridas ao redor da cabeça;
. Pular em cima das fitas coloridas;
. Correr com pedaços de fita e não deixar encostar no chão;
. Jogar bolas a uma certa distância de um cesto;
. Jogar para o alto bolas (bexigas) e não deixar encostar no chão;
. Dançar com bolas de ar espalhadas e não deixar cair;
. Entrar em caixa de papelão de tamanhos variados (pequeno, médio e
grande);
. Passar por dentro de um circuito de bambolês;
. Correr em uma fileira de garrafas de plástico sem encostar nelas;
. Preencher com materiais variados (bolas) cartelas de ovos vazias, que estão
distantes da criança;
. Confeccionar roupas de papel com jormais;
. Dançar e se movimentar com roupas feitas de papel sem deixar que rasgue;
. Brincar de malabarismo com materiais diversos: laranja, bola, e outros
objetos;
. Pular amarelinha;
. Jogar futebol;
. Rodar pneus de borracha;
. Brincar de: queimado, morto ou vivo, estátua, passa bola, passar o anel,
pique-esconde, cantigas de roda, estilingue;
. Passar a bola em cima da cabeça e embaixo das pernas;
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. Jogar bola (vazia ou cheia de água) dentro de um balde, estando a uma certa
distância;
. Colocar uma bola embaixo do corpo e deslizar sem que a bola saia;
. Sentar na bola e andar com ela deslizando no chão;
. Massagear o corpo com a bola realizando movimentos circulares;
. Com a ajuda de outra criança pressionar a bola no seu próprio corpo;
. Acertar um alvo com a bola churando;
. Andar e saltar com a bola em cima da cabeça.
Nestas atividades, o professor deve observar os aspectos motores do
aluno, ou seja, se a atividade está adequada para o seu corpo, e ficar atento
com o aspecto psicológico do educando, em que motivar é importante, mas
respeitar a escolha do aluno é fundamental, para que seu medo e insegurança
não aumentem ainda mais.
De acordo com Almeida (2014), a coordenação motora fina, se realiza
com trabalhos que utilizam as mãos e os dedos, sendo muito importante para
trabalhar concomitantemente, as mãos e os olhos. Se a coordenação motora
fina é bem desenvolvida, consequentemente a sua tonicidade muscular será
boa nos membros superiores e inferiores, por exemplo: pegar objetos finos
sem amassar, colorir e pintar sem realizar muito esforço, equilibrar sua força
para realizar pinturas em texturas e superfícies variadas. O traçado da letra
bem realizado, está associado a coordenação motora fina, sendo importante
desenvolver atividades motoras que auxiliem neste desenvolvimento,
associando estas atividades com os aspectos emocionais que envolvem tal
situação, pois a criança precisa de motivação estando preparada para errar e
saber lidar com o erro. Portanto o professor, quando aplica uma atividade
motora e lúdica deve levar em consideração o lado psicológico e não somente
o lado técnico, pois a união destes dois fatores é que possibilita um
aprendizado melhor. Atividades que contribuem no desenvolvimento da
coordenação motora fina:
. Recortar tiras de papel com os dedos;
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. Recortar quadrados, bolas, triângulos e retângulos em folhas com o dedo;
Recortar formas geométricas em folhas com o dedos em tamanhos maiores e
menores e fazer a comparação de tamanho;
. Realizar recorte das figuras geométricas utilizando a tesoura, tanto cortando
de forma reta ou fazendo zique-zague;
. Confeccionar mosaicos com: grãos, papel rasgado pela própria criança,
pedaços de tecido, botões, etc.;
. Brincar de boliche;
. Confeccionar roupas para boneca;
. Pegar bola de gude da mesa, usando o dedo como pinça e depois passar
entre os dedos sem deixar cair;
. Fazer bolinha de papel crepom, argila, massa de modelar,
. Tentar modelar bolas de ar formando animais e pessoas;
Segundo Almeida (2014),a coordenação visório-motora é integrada com
a coordenação motora fina e desenvolve as mãos e os olhos na execução da
atividade ao mesmo tempo, sendo importante para seu estímulo a brincadeira,
porque trabalha o lúdico e as emoções ao mesmo tempo, facilitando a
socialização da criança. As brincadeiras que desenvolvem a coordenação
visório-motora são:
. Colecionar figurinhas;
. Brincar de lego;
. Montar maquete;
. Pular amarelinha;
. Rodar o bambolê;
. Pular corda;
. Montar quebra-cabeça;
. Jogar argolas;
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. Manusear blocos lógicos;
. Fazer bonecos com areia;
. Correr com o ovo na colher;
. Ver a queda de dominós;
. Brincar de futebol de botão;
. Jogar pingue-pongue;
. Manipular ioiô.
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CAPÍTULO II
O LÚDICO COMO FACILITADOR DA
PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
O lúdico é utilizado na educação infantil nas mais variadas formas:
jogos, brincadeiras, músicas, etc. Através da ludicidade, o professor
desenvolve um trabalho pedagógico que estimula o trabalho com o corpo,
envolvendo a participação do aluno nas atividades que são propostas.
O ato de brincar é importante no desenvolvimento da criança, tanto no
aspecto pscicológico, cognitivo e sociocultural, pois através da brincadeira, ela
aprende, a saber, quem ela é e agir no mundo que a cerca (KRAMER, 2007,
p.179).
Segundo Vygotsky (2007), com o brinquedo a criança vai além do seu
comportamento habitual, pois ele possui as tendências do desenvolvimento e é
uma fonte para o desenvolvimento (VYGOTSKY apud KRAMER, 2007, p.179).
Assim, quando a criança faz uso do brinquedo, o seu modo de brincar e
seu gosto apontam uma criação de atos e também de sentidos, e desta forma
ela se expressa de forma motora, social e afetiva. Durante a brincadeira, ela
se apodera dos conteúdos que estão disponíveis, fazendo com que estes se
tornem um conhecimento através de uma construção específica.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional Para a Educação
Infantil (2002), as crianças possuem uma natureza singular, ou seja, pensam e
sentem o mundo através de um jeito próprio e na construção do conhecimento
se utilizam de diferentes linguagens. Os sinais, os gestos, os espaços e os
objetos que envolvem o ato de brincar, possuem o valor e o significado daquilo
que eles aparentam ter. Quando brinca, a criança repensa e recria os
acontecimentos que lhe deram origem e também transforma o conhecimento
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que já tinha em um conceito com o qual brinca, imitando alguém, algo
conhecido, experiência vivida em família ou outros ambientes, cenas vistas na
televisão, cinema ou narradas em livros, etc. Sua auto-estima é favorecida
com as brincadeiras, pois auxilia a superar de forma progressiva suas
conquistas com criatividade. O ato de brincar se expõe através de categorias
de experiências. Nestas categorias se incluem:
. O movimento e as mudanças que são percebidas através da mobilidade
física.
. A relação com os objetos e suas características físicas e também a
combinação e associação entre eles.
. A linguagem oral e gestual que proporcionam muitos níveis de organização
que são utilizados na brincadeira, os conteúdos sociais, como por exemplo, os
papéis, situações, atitudes e valores que fazem referência ao modo como é
construído o universo social.
. Os limites que são definidos pelas regras, estabelecendo um recurso
necessário para a brincadeira.
Tais categorias de experiências se formam em três modalidades
básicas: brincar de faz-de-conta ou com papéis (atividade importante que
proporciona a origem de outras), brincar com materiais de construção e brincar
com regras. As brincadeiras de faz-de-conta, jogos de construção, jogos que
possuem regras, jogos didáticos, tradicionais e corporais, proporcionam o
desenvolvimento do conhecimento infantil por meio da atividade lúdica. Na
instituição de educação infantil, as brincadeiras são estruturadas pela oferta de
fantasias, brinquedos, objetos específicos e jogos pelo professor e este fixa o
limite de tempo para tais atividades e escolhe o espaço para a sua realização.
Neste momento, o professor tem a oportunidade de observar e formar uma
visão do desenvolvimento da criança, tanto no grupo, como também na sua
individualidade, percebendo seu uso de linguagem, suas emoções e seu
relacionamento social. A intervenção por parte do docente sendo baseada
na observação das crianças e com a oferta de materiais adequados e espaço
estruturado, proporciona o aumento das competências imaginativas, criativas e
24
organizacionais infantis. Na brincadeira a criança, recria e consolida o que
sabe sobre conhecimentos variados de forma espontânea e imaginária.
Seguindo essa perspectiva, o professor deve oportunizar situações que
envolvam aprendizagens relacionadas a conceitos, procedimentos ou atitudes
para alcançar objetivos, ao invés do conhecimento ser experimentado de forma
espontânea sem objetividade. Como atividade didática, pode ser oferecido os
jogos que possuem regras, pois não será uma brincadeira livre, mas sim com
intenções didáticas.
Segundo o Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil
(2002), as situações de aprendizagem orientadas ou com uma intervenção
direta do professor, permite que a criança trabalhe com conhecimentos
diversificados. A intervenção por parte do professor se faz necessária, para
que a criança tanto em situações de interação social ou sozinha possa ampliar
a sua capacidade de apropriação dos conceitos, dos códigos sociais e de
diferentes linguagens, através da expressão e comunicação de suas idéias e
sentimentos, formar perguntas e respostas, construir objetos e brinquedos, etc.
Neste aspecto, o professor é o mediador entre a criança e o objeto do
conhecimento, organizando e oferecendo situações e espaços de
aprendizagem que possam articular os recursos e capacidades emocionais,
cognitivas e sociais do aluno aos seus conhecimentos prévios e conteúdos
relacionados aos diversos campos do conhecimento. A interação social é um
recurso necessário utilizado pelo professor, para promover a aprendizagem do
aluno. O docente deve favorecer situações de conversa, brincadeiras e
aprendizagens orientadas para que se faça a troca entre as crianças, de modo
que se comuniquem e também se expressem, demonstrando suas
características de pensar, agir e sentir, em um ambiente que proporcione a
confiança e a auto-estima.
Com relação aos objetivos a serem desenvolvidos na educação infantil,
o Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil (2002), menciona
quais devem ser desenvolvidos em relação: ao movimento, a música, as artes
visuais, a linguagem oral e escrita, a matemática e a natureza e sociedade.
25
Os objetivos a serem desenvolvidos em relação ao movimento são:
. Explorar gestos e ritmos do corpo, para se expressar nas brincadeiras e
outras situações de interação.
. Deslocar-se com habilidade progressiva ao pular, correr, andar e outros
movimentos, adquirindo confiança na capacidade motora.
. Explorar e utilizar movimentos de segurar, encaixar, lançar e outros ao utilizar
objetos variados.
. Ampliar as expressões de movimento, através de gestos e ritmos do corpo
nas brincadeiras, danças, jogos, etc.
. Controlar o próprio movimento, aperfeiçoando seu deslocamento e habilidade
motora para ser utilizado nos jogos, brincadeiras, etc.
Desta forma, a expressividade do movimento envolve expressões e
comunicação de idéias, sentimentos e sensações como as manifestações do
corpo que se relacionam com a cultura. Brincadeiras que envolvem o canto e o
movimento proporcionam a percepção rítmica, identificação das partes do
corpo e o contato com o outro. As mímicas com a face e os gestos expressam
sentimentos e comunicação de si mesmo e dos outros. O molde, a pintura e o
desenho podem ser feitos com algum objeto de referência. Experiências
podem ser representadas como: balançar que nem as folhas de uma árvore,
voar como um pássaro e correr que nem um rio e este tipo de atividade
desenvolve a imaginação e criatividade. As brincadeiras de roda possuem a
função de socializar e realizar movimentos de características variadas e
expressão rítmica. Os jogos motores que envolvem regras oportunizam a
aprendizagem social, pois o aluno compete, colabora com o outro, combina e
respeitas as regras. Para realização das atividades que desenvolvem o
movimento é necessário que o ambiente seja organizado, assim como os
materiais a serem utilizados.
Os objetivos a serem desenvolvidos em relação à música são:
. Brincar com a música, inventar, imitar e reproduzir criações musicais.
. Explorar elementos da música para expressar-se e interagir com os outros.
26
. Perceber e expressar sentimentos e pensamentos através de improvisações,
composições e interpretações musicais.
Assim, os jogos de improvisação possibilitam a criança de exercer a sua
criatividade em situações musicais e o desenvolvimento de sua comunicação.
O ato de imitar proporciona a interpretação, a criança imita para interpretar
sons vocais, corporais e sons produzidos por instrumentos de música. A
percepção é desenvolvida pelos sons que imitam os animais, ruídos e sons
corporais como palmas e bater o pé. A exploração de materiais sonoros,
brinquedos sonoros e instrumentos (chocalhos, sinos, guizos, tambor e outros)
favorecem a interação, assim como dança que estimula o contato e vínculo
afetivo. Em um jogo temático, cada criança pode ser uma personagem de uma
história que foi contada e ser explorado as variedades dos sons, como o pingo
da chuva, galope do cavalo e seu trotar, etc. Os jogos também podem
estimular a memória musical e auditiva e levar o aluno a perceber a direção do
som no espaço. Podem ser feitas rimas com os nomes do grupo, nomes de
cores, nomes de frutas e do próprio nome do aluno através de uma canção já
conhecida. Os jogos e brinquedos musicais abrangem as parlendas (rimas
sem música), trava-língua (parlenda que tem uma pronúncia difícil), as canções
de roda (integrando poesia, música e dança) e as adivinhas. Trabalhar com a
sonoridade proporciona o contato com questões relacionadas ao som e suas
características, ao silêncio e também a música. O jogo da estátua enfoca o
som e o silêncio e desenvolve a expressão corporal, disciplina, concentração e
atenção. O espaço para realizar tais atividades deve estar preparado para
ativar o interesse e participação das crianças.
Os objetivos a serem desenvolvidos em relação às artes visuais são:
. Utilizar diversos materiais plásticos e gráficos para ampliar suas
possibilidades de expressão e comunicação.
. Ampliar seu conhecimento de mundo, manipulando materiais e objetos
variados, descobrindo suas propriedades, características e possibilidades de
manuseio.
27
. Produzir trabalhos artísticos, utilizando linguagens variadas como: desenho,
pintura, colagem, modelagem e construção, desenvolvendo o gosto, o cuidado
e o respeito pelo processo de produção.
De acordo com os objetivos propostos a serem desenvolvidos, na
atividade de desenho deve ser oferecido materiais diversificados como: lápis
preto, lápis de cor, lápis de cera, giz, canetas, gravetos e com suportes com
diferentes tamanhos e texturas, como cartolinas, papel, chão, areia, lixas, terra,
etc. Os jogos de construção podem ser feitos a partir de sucatas que possam
ser empilhadas, encaixadas e justapostas, realizando maquetes. Os jogos de
percepção e observação contribuem para o conhecimento do corpo do aluno e
dos demais alunos do grupo e após estes jogos, as seguintes atividades
podem ser realizadas: desenhar o corpo humano, observar corpos em
movimento em vídeos e montar um painel com figuras humanas. Atividades
escolhidas pelas próprias crianças como: modelar, desenhar, pintar, fazer
construções e realizar colagens, são atividades que oferecem o
desenvolvimento do percurso individual de cada aluno, pois conforme ele faz
sua escolha experimenta possibilidades diversificadas e regula o tempo que
quer se dedicar para a sua produção. O espaço para realizar atividades
artísticas deve oferecer autonomia para o acesso e uso dos materiais, e
proporcionar a exposição dos trabalhos realizados pelos alunos para ser
visualizado pelo grupo, pois favorece a leitura dos objetos feitos por cada
criança e valoriza a sua produção.
Os objetivos a serem desenvolvidos em relação à linguagem oral e
escrita são:
. Participar de situações variadas de comunicação oral, para interagir e
expressar através da linguagem oral desejos, necessidades e sentimentos.
. Ampliar suas possibilidades de comunicação e expressão, interessando-se
por vários gêneros orais e escritos e participar de situações de intercâmbio
social em que possa contar suas vivências, ouvir as de outras pessoas,
elaborar e responder perguntas.
28
. Familiarizar-se com a escrita através do manuseio de livros, revistas e
portadores de texto diversificados e da vivência de variadas situações em que
seu uso se faz necessário.
. Escutar textos lidos tendo apreço pela leitura.
. Ter interesse por escrever palavras e textos ainda que não de forma
convencional.
. Reconhecer seu nome escrito e saber identificá-lo em diversas situações
diárias.
. Escolher livros para ler e apreciar.
Assim, através dos jogos de contar a criança aprende a narrar, estes
jogos são feitos em parceria com o adulto, são jogos de perguntar e responder,
nos quais o adulto conduz os relatos sobre fatos e experiências de vivência da
criança. Assim, o professor estimula as perguntas e respostas, proporcionando
a criança a detalhar a sua fala. Os jogos de palavras, poesias, parlendas e
trava-línguas fazem com que a criança preste atenção aos aspectos sonoros
da linguagem, como rimas e ritmo e também nas questões culturais e afetivas
que estão envolvidas. O reconhecimento do seu nome pode ser feito através
de brincadeiras variadas e rodas de conversa e o nome deve estar registrado
com letra maiúscula, porque para a criança fica mais fácil perceber cada
caractere, não tendo dificuldade em saber onde começa e onde termina cada
letra. As regras de jogos podem ser usadas como textos para o professor
trabalhar como linguagem escrita, assim como: receitas culinárias, textos de
embalagens, rótulos, cartões, bilhetes, cartazes, anúncios, convites, revistas,
textos de jornais, histórias em quadrinhos, canções, parlendas, quadrinhas,
poemas, trava-línguas, adivinhas, contos de fadas, fábulas, etc. Os jogos de
escrita podem ser oferecidos na forma de: caça-palavras, cruzadinha, forca e
convém ser oferecido para a criança cartelas com letras e letras móveis. O faz-
de-conta pode ser desenvolvido com ambientes de brincadeira dentro e fora da
sala de aula possibilitando novas formas de interagir com a linguagem. Estes
ambientes podem ter materiais variados organizados pelo professor para ficar
mais atrativo o jogo simbólico para a criança. A organização do espaço físico
29
deve ser agradável e garantir o acesso da criança aos portadores de escrita
(livros, revistas, histórias em quadrinhos, etc.)
Os objetivos a serem desenvolvidos em relação à natureza e sociedade
são:
. Explorar o ambiente, para relacionar-se com pessoas, estabelecer contato
com seres da natureza e objetos variados, expressando interesse e
curiosidade.
. Demonstrar interesse pelo mundo natural e social, elaborando perguntas,
pensando em soluções, expondo opiniões sobre os fatos, buscando
informações e confrontando idéias.
. Estabelecer relações entre o modo de vida particular do seu grupo social e de
outros grupos.
. Estabelecer relações entre o meio ambiente e as formas de vida, para saber
a importância da preservação das espécies e qualidade de vida.
Desta forma, as brincadeiras nas suas formas mais variadas, a
exploração do espaço, o contato com a natureza, a interação com pessoas e
observação do meio, possibilitam a aprendizagem desenvolvendo o respeito
ao outro e ao grupo. O trabalho com músicas, histórias, jogos, brincadeiras e
danças tradicionais da comunidade valoriza a cultura do grupo local pelo aluno.
No desenvolvimento da propriedade de objetos e suas possibilidades de
transformação, a criança precisa brincar, explorar e utilizar estes das mais
variadas formas. Estes objetos devem ficar organizados de forma acessível,
como por exemplo: objetos que produzem sons como os chocalhos e
tambores, livros, brinquedos, materiais para construção (que podem ser
empilhados e justapostos). As atividades que proporcionam a observação e o
trabalho com transformação através da mistura de elementos e materiais são
importantes para a criança, tais como: fazer receitas culinárias, tintas (não
tóxicas) e mesclar para proporcionar a diversão (areia, terra, farinha,
pigmentos, água, etc.). O conhecimento de hábitos e costumes socioculturais
de diversos grupos se faz por conhecimento do tipo de alimentação, músicas,
30
jogos, brincadeiras, brinquedos, atividades de lazer e trabalho, deste modo a
criança estabelece relações entre a sua vivência e a de outras pessoas. O
brincar de faz-de-conta, proporciona que a criança reflita sobre o mundo,
reconstruindo elementos do mundo que a rodeia com novos significados,
compondo novas relações, produzindo conhecimentos e idéias que possui
sobre si própria e sobre outras pessoas, sobre lugares conhecidos e distantes.
Conforme a criança desenvolve e sistematiza os conhecimentos que se
relacionam com a cultura, ela constrói e reconstrói informações que beneficiam
mudanças no seu modo de entender o mundo, tornando possível o confronto
entre suas hipóteses e explicações com os conhecimentos propagados de
forma cultural nas interações com outras pessoas, com os fenômenos e os
objetos. Assim, a criança percebe as relações, desenvolvendo aptidões
relacionadas na identificação de características dos objetos e seres, na
percepção dos processos de transformação em experiências com animais,
plantas e materiais. O mundo é nomeado e representado pela criança através
de desenhos, cantos, oralidade e outras formas de linguagens, comunicando a
outras pessoas seus desejos, conhecimentos e sentimentos a respeito do meio
que ela observa e vive. Os animais e plantas despertam o interesse e
curiosidade da criança, com isso o trabalho envolvendo este seres vivos
proporcionam muitas oportunidades de aprendizagem e de ampliação do
entendimento que ela tem sobre o mundo social e natural e este conhecimento
é importante no desenvolvimento de atitude de respeito e preservação à vida e
ao meio ambiente. Este tipo de atividade se desenvolve com perguntas sobre
os animais e plantas, observação destes em livros, no espaço educacional e
fora dele e oportunizar o aluno de falar o que sabe sobre os animais e plantas
que ele tem em casa ou conhece de outros lugares e também fazer uma
brincadeira de imitação de animais (gestos e sons). O espaço da sala de aula
deve favorecer a independência da criança no acesso e na manipulação dos
materiais que estão arrumados para o trabalho e exposição da produção do
grupo, como referência para futuros trabalhos.
Os objetivos a serem desenvolvidos em relação à matemática são:
31
. Estabelecer noções de matemática que são presentes no cotidiano:
contagem, relações espaciais, etc.
. Reconhecer números, operações numéricas, contagem oral e noções de
espaço, valorizando como instrumentos úteis no cotidiano.
. Transmitir idéias matemáticas, hipóteses, métodos utilizados e resultados
encontrados em situações-problema em relação à quantidade, espaço físico e
medida, fazendo uso de linguagem oral e linguagem matemática.
. Confiar em suas estratégias, na própria capacidade em participar de novas
circunstâncias matemáticas, empregando seus conhecimentos prévios.
Portanto, o ato de brincar construindo torres com blocos de madeira ou
encaixe, torna possível representar o espaço em outra dimensão. O espaço do
faz-de-conta pode ser oferecido com objetos e brinquedos que tenham
números (telefone, relógio, máquina de calcular, etc.). As festividades como
aniversários dos membros da turma, oferecem uma oportunidade de se
trabalhar com a função dos números, sendo feito um quadro com a data de
aniversário e idade de cada aluno. As cantigas e rimas infantis do folclore
envolvem contagem e números que podem ser úteis para estabelecer relação
com a seqüência numérica oral. Jogos que envolvam números como os jogos
que utilizam dados, proporcionam momentos para a criança pensar e utilizar a
seqüência dos números. Nas brincadeiras que imitam lugares e situações,
pode ser trabalhado a ordinalidade (primeiro, segundo, terceiro, etc.), utilizando
fichas para decidir a ordem de atendimento em uma padaria, por exemplo.
Jogos que envolvem contagem utilizando os dedos, conchinhas e outros tipos
de material, são utilizados para desenvolver a noção de número. Os jogos e
brincadeiras proporcionam a exploração espacial dos objetos através da
observação das características e propriedades do objeto (quantidade, tamanho
e forma). As cantigas, dança das cadeiras, quebra-cabeças, labirintos, jogos
de encaixe, dados de diversos tipos, dominós e outros tipos de atividades, são
uma rica fonte de idéias matemáticas que envolvem perguntas, observações e
formulação de propostas. Os jogos numéricos (cartões, dominó, dados e
outros), proporcionam a utilização de números, suas representações,
32
contagem, estabelecimento de correspondências e operações por parte da
criança. Por ter um caráter coletivo, as brincadeiras e jogos permitem que o
grupo ganhe estrutura, crie relações de troca e crie o hábito de se trabalhar
com regras, sabendo que pode ganhar ou perder. O espaço educacional deve
oferecer materiais que despertem o interesse da criança para desenvolver
uma atividade significativa e com desafios, como por exemplo, uma coleção
de objetos pequenos (tampinha de garrafa, conchas, figurinhas, etc.) e que a
cada semana a criança traga novos objetos para tal coleção e juntar com os
que já existem, acompanhando, controlando e anotando o crescimento dessa
coleção em registros.
Segundo Negri (2015), as áreas do conhecimento da educação infantil
( linguagem oral e escrita, matemática, natureza e sociedade, música,
movimento e artes visuais) podem ser desenvolvidas por meio de jogos e
brincadeiras que trabalham os movimentos corporais e fazem a criança se
mover no espaço.
Ao aplicar a linguagem oral e escrita, está sendo proposto o
reconhecimento das letras do alfabeto, nome do aluno e nome dos membros
da turma e também a criatividade e oralidade. A linguagem oral e escrita pode
ser promovida do seguinte modo:
. Bolinha ao alvo: Cada criança irá amassar um pedaço de papel e fazer uma
bola. Depois, visualizar as letras que estão coladas na parede e jogar a bola
na primeira letra do seu nome.
. Baú de histórias: Em roda, o professor tira um objeto do baú e começa a
contar a história de acordo com o objeto. O aluno que estiver do lado do
professor pega outro objeto do baú e dá continuidade a história de acordo com
o objeto que pegou e assim, sucessivamente, até que todos tenham
contribuído com a história. A última criança conta o final da história.
Ao trabalhar a matemática está sendo desenvolvido a contagem,
espaço, raciocínio lógico, etc. A matemática pode ser aplicada desta forma:
33
. Contando bolinhas na piscina: As crianças brincam na piscina de bolinhas
coloridas. Depois cada criança pega determinada quantidade de bolinhas e
segura sem deixar cair. A criança conta quantas bolinhas conseguiu pegar.
. Dado com ações: Os alunos ficam em roda e ao som da música passam a
bola um para o outro. Quando a música parar, o aluno que estiver segurando a
bola, irá para o centro da roda e jogará um dado e o número que sair, será a
quantidade de ações que o aluno irá fazer. Se tirar o número dois, pulará duas
vezes. Para cada vez que a música parar, será uma ação diferente,
proporcionando vários movimentos com o corpo (mandar beijo, bater palmas,
etc.).
Quando se trabalha a natureza e sociedade, está sendo desenvolvido o
conhecimento do seu corpo e do mundo que o cerca. A natureza e sociedade
pode enfocada do seguinte modo:
. Dançando com balões: As crianças irão dançar sem deixar o balão cair no
chão. Quando a música parar de tocar, o professor irá falar em qual parte do
corpo, o balão deve encostar quando ficar caindo (braço, cabeça, perna,
orelha, pé, costas, etc.).
. Imitar os animais: Os alunos ficam em roda. Cada um irá jogar o dado que
possui figuras de animais (gato, cachorro, pássaro, etc.) e o animal que sair, a
criança irá imitar por expressão corporal e oral (movimento e som do animal).
Ao trabalhar a música, está se desenvolvendo a percepção auditiva e
ritmo no aluno. A música pode ser aplicada da seguinte forma:
. Acompanhar a música: O aluno ouvir a música e acompanhar o ritmo da
música com os pompons confeccionados por eles com papel crepom.
. Produzindo sons: A criança acompanhar o ritmo da música, produzindo um
som com objetos variados ( colher, caneca plástica, brinquedos sonoros,
chocalhos, guizos, sinos, blocos, tambores, etc.).
Ao trabalhar o movimento, se desenvolve no educando, o equilíbrio e o
deslocamento no espaço. O movimento pode ser desenvolvido deste modo:
34
. Equilibrando os objetos: O aluno andar em cima da linha reta ou curva, com
um objeto na cabeça, realizando movimentos (agachando, andar de costas,
andar de lado, etc.).
. Corrida com balões: O educando corre com o balão entre as pernas, desde o
início de uma linha (ponto de partida) até o ponto de chegada e não pode
deixar o balão cair. Pode fazer variações do local que o balão é colocado ( no
meio das panturrilhas, em dupla com um amigo encostando: na barriga, no
rosto, de lado, etc.). Pode ser variado também a forma de andar: de lado, de
costas, pulando, etc.).
Ao trabalhar as artes visuais, está sendo desenvolvido a exploração dos
sentidos (visual e corporal) e sensações. A arte pode ser experimentada por:
. Brincadeira com tintas: A criança pintar seu próprio corpo com tinta e
visualizar o resultado da mudança no seu corpo.
. Desenho coletivo: Os alunos ficam em roda e cada um desenha de forma
livre na folha ouvindo uma música. Quando a música para de tocar, cada
aluno, passa a sua folha para o colega que está do lado, para que ele continue
o desenho. Esse momento é repetido várias vezes, para que todos desenhem
nas folhas uns dos outros, havendo uma produção em grupo com folhas
individualizadas.
Segundo Machado (2015), a arte é uma linguagem que faz parte do
universo infantil em atividades do cotidiano, como: fazer desenhos na areia,
rabiscar e manusear materiais diversos que rodeiam a criança. A arte é uma
forma de expressão e linguagem do ser humano, pois a partir dela, o indivíduo
se comunica expressando e proporcionando significado as suas emoções,
pensamentos, sentimentos e da realidade que o cerca, por meio de: formas,
linhas, pontos e grafismos variados.
Desta forma, é importante oferecer ao aluno, oportunidades de
expressão pessoal e visualização de trabalhos artísticos de pintores, artistas e
de outras crianças, para que o educando simbolize e faça uma leitura da
imagem, pois o símbolo representa a sociedade e a cultura (visão de mundo).
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O aluno irá desenvolver o seu desenho começando por rabiscos (garatujas),
até construir de forma mais ordenada utilizando símbolos.
36
CAPÍTULO III
A PRÁTICA DOS EDUCADORES: A
PSICOMOTRICIDADE LÚDICA APLICADA NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
A forma como a psicomotricidade e o lúdico são aplicados
concomitantemente na educação infantil diariamente em suas múltiplas faces,
através dos educadores que mediam este processo educacional, é à base
deste terceiro capítulo. Os educadores foram entrevistados com cinco
perguntas. Foram entrevistados cinco educadores de creche.
Segundo os educadores, as atividades lúdicas e psicomotoras
colaboram na interação social e desenvolvimento global dos alunos e podem
ser aplicadas através de:
. Histórias
. Jogos
. Brincadeiras.
. Músicas
. Dramatização das histórias contadas
. Dança
. Mímica
. Imitação
. Faz-de-conta
. Construção coletiva
. Teatro de fantoches
. Festas
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. Brincar na casa da boneca
. Recreação
. Parquinho
. Ginástica historiada,
. Teatro
. Realizar atividades em conjunto
. Cantigas de roda
As histórias podem ser de livros ilustrados ou contadas oralmente
(estimulando a imaginação). Após esse momento, pode ser feita a sua
dramatização, desenvolvendo um trabalho artístico que envolve o corpo, a
mente, a fala e a emoção.
A dança e a música são aliadas para promover o contato com o outro,
ritmo e movimento do seu corpo e descoberta do espaço e nas atividades com
datas comemorativas que fazem parte do meio social.
Os jogos e as brincadeiras estabelecem limites e respeito com o outro, a
fim de saber conviver em harmonia e pacificidade.
A mímica e o faz-de-conta afloram a imaginação, leitura do corpo do
outro e percepção, despertando curiosidade pelo mundo que cerca a criança.
O parquinho possibilita correr, pular, subir, descer e interagir de forma
muito agradável, e também proporciona a criação de brincadeiras de grupo.
A construção coletiva pode ser feita com peças de encaixe a fim de
construir determinado objeto, ou confeccionar um mural em que cada aluno
tenha participação na pintura.
Já as atividades pedagógicas utilizadas para o desenvolvimento da
oralidade são:
. Roda de conversa
. Contação de histórias
. Rede de ideias (perguntas)
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. Músicas
. Trava-línguas
. Leitura de músicas
. Adivinhas
. Conversa contextualizada
. Adivinha de mímicas
. Conversa em grupo
. Recontar histórias
. Identificar e nomear objetos
. Relatar experiências (troca de vivência)
. Transmitir recados para algum membro da turma
. Representar uma história
. Cantar coletivamente
A roda de conversa é um recurso muito utilizado para a aquisição de
novas palavras e conhecimentos, contribuindo para outras tarefas que
envolvam a fala e a comunicação com o grupo, como expor uma idéia, uma
opinião, elaborar um questionamento e relatar seus sentimentos e emoções.
O ato de recontar histórias faz com que o aluno se lembre dos
personagens, suas ações e identifique a mensagem da história.
O trava-línguas é uma atividade que está inserida no nosso folclore e
trabalha a pronúncia de palavras de forma agradável e engraçada. O trava-
línguas pode ser falado ou cantado.
A identificação e nomeação de objetos enfoca o conhecimento de
novas palavras e também sobre o uso destes objetos, levando ao
conhecimento de outras palavras e assim por diante.
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O relato de experiência é um momento em que o aluno se lembra de
fatos ocorridos e procura utilizar as palavras adequadas ao momento que
vivenciou e oraliza para o grupo e os demais escutam.
A transmissão de recados para algum membro do grupo faz com que o
aluno fique atento a mensagem a ser transmitida e memorizar o nome de quem
irá receber a mensagem, além de promover a interação entre os membros da
turma.
A expressão corporal e movimentos são estimulados a partir de:
. Danças
. Brincadeiras
. Expressão musical
. Dramatização de história
. Brincadeira que identifica partes do corpo e envolve música
. Marionete
. Brincar de estátua e atividades rítmicas
. Brincar em frente ao espelho
. Atividades recreativas
. Jogos motores
. Realizar movimentos com o corpo através da música
. Brinquedoteca
. Imitar um personagem da história
As brincadeiras que envolvem a identificação das partes do corpo
despertam a noção de uso dos membros deste corpo e de sua capacidade
para realizar movimentos quando realizar uma dramatização e manipulação de
marionetes.
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As atividades recreativas envolvem brincadeiras com bolas, bambolês,
brinquedos, músicas, números, cores e trabalham com movimentos de saltar,
correr, pular em um pé só e despertam a consciência corporal.
Imitar um personagem da história faz com que a criança se lembre das
suas características (jeito de andar e falar, tipo de personalidade, etc.)
A brinquedoteca é um espaço que oferece diversas opções de
atividades, estimulando a imaginação e percepção de movimentos.
A música é empregada como instrumento de ensino da seguinte forma:
. Contextualização com o tema trabalhado
. Histórias
. Ampliação de vocabulário
. Atividades de dança e expressão
. Brincadeiras
. Leitura e dramatização de músicas e histórias
. Na descoberta de partes do corpo
. Integração social
. Coordenação motora
. Contato afetivo
. Oralidade
. Na hora do relaxamento
. Nas atividades que envolvem a rotina e percepção auditiva
. Nos jogos cantados
. Atividades motoras que envolvam o canto de numerais, conhecimento de
partes do corpo e como ferramenta para o ensino de novas cores, palavras,
números e outros conceitos
A música promove um trabalho rico, pois envolve a percepção auditiva,
a oralidade, o movimento do corpo, o conhecimento de novas palavras, novos
41
ritmos, estilos musicais e a descoberta de movimentos que o corpo pode
realizar com ritmos diferentes.
Seu uso colabora para novos aprendizados e estabelece pontes para
novos conceitos, ou seja, uma música que aborde sobre animais, facilita o
trabalho que será realizado sobre este tipo de tema (nome do animal, como ele
se alimenta, como ele vive, onde ele vive qual som que ele produz, se ele é
coberto de penas, escamas ou pelos). Já uma música que aborde sobre
alimentos pode ser trabalhado sobre a origem do alimento, seu gosto (salgado,
doce ou azedo), onde ele é comprado (supermercado, açougue, padaria, etc.)
e levar a uma conversa sobre alimentação saudável.
O contato afetivo proporcionado pelas melodias musicais contribui no
bom relacionamento do grupo estabelecendo vínculos afetivos que fortalecem
os laços de amizade e união da turma, dando base para um bom trabalho
educativo em que os membros da sala saibam se respeitar e colaborar um com
o outro.
Os recursos pedagógicos considerados necessários pelos educadores
para o desenvolvimento da criança são:
. Histórias
. Brincadeiras
. Rodas de conversa
. Música
. Jogos
. Dramatização
. Dança
. Leituras (diversificadas)
. Expressão corporal e atividades lúdicas (variadas)
. Realizar atividades com o concreto
. Oferecer um ensino contextualizado
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. Expressão oral, corporal e gestual
. Trabalhar em grupo para promover o respeito
. Fazer uso de recursos tecnológicos
. Realizar uma parceria com a família
O trabalho em grupo envolve a participação do aluno, levando-o, a saber,
respeitar os diferentes pontos de vista e tomar decisão que beneficie a todos.
O uso de recursos tecnológicos na sala de aula permite uma conexão com
o mundo atual, conduzindo ao contato com novas formas de se comunicar e se
expressar.
A parceria com a família é fundamental no processo educativo, formando
um vínculo educativo para facilitar o trabalho pedagógico e promover o
conhecimento.
Os jogos nas suas mais variadas formas lúdicas e psicomotoras
envolvem possibilidades de atividades pedagógicas que desenvolvem no
aluno, o conhecimento corporal e os seus diversos movimentos, a expressão
oral com opções de leituras, perguntas e músicas, o aprendizado
contextualizado do mundo em que vive, a interagir socialmente com outras
crianças por meio de conversas que levam a aprender novas palavras e
brincadeiras que promovem o contato com o outro, levando-o, a saber,
conviver em grupo. A psicomotricidade lúdica, estimula a participação do
aluno envolvendo-o nas atividades que são realizadas, tais como: nos
momentos de intercâmbio da fala, nas manifestações artísticas, na escuta de
histórias que o levam a fantasiar, na percepção de seus movimentos em
brincadeiras e jogos, na sua fala quando ouve e canta músicas, na sua
expectativa de responder uma adivinha e falar o trava-línguas, na expressão de
seu corpo quando ouve e sente a música criando sua própria linguagem
corporal e interpretando um personagem quando dramatiza histórias.
Segundo Lucena (2008), as brincadeiras simbólicas viabilizam a
criança, a fantasiar e sonhar, compreendendo o contexto social em que vive
ampliando seus relacionamentos sociais e conhecimento do meio que a cerca.
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As festas contribuem para os relacionamentos sociais, favorecendo o
contato com outras pessoas e conhecimento de danças, músicas e ampliação
do vocabulário. O ato de recontar histórias proporciona o conhecimento de
novas palavras e estimula o ato de falar em público, assim como a ginástica
historiada que conta uma história através da linguagem do corpo, trabalhando
suas potencialidades, expressões e gestos e contribui para que o aluno fique
desinibido quando se expressa. O ato de imitar personagens de histórias
desenvolve não só os movimentos, mas também a memória e a manifestação
única e própria de cada criança. A brinquedoteca é um espaço lúdico que
oferece um vasto repertório de opções para o desenvolvimento da criança por
possuir brinquedos que despertam a afetividade, a motricidade, a socialização,
além de ser um espaço que favorece a divisão, pois os alunos precisam saber
dividir e saber sua vez de brincar, respeitando os demais. A música é usada
como recurso pedagógico para trabalhar com números e também pode ser
utilizada para trabalhar com cores, nomes de membros da turma, datas
comemorativas, tipos de animais, tradições culturais e outros conceitos
importantes para a educação infantil. A contextualização do ensino é um fator
importante para que a atividade lúdica tenha um significado maior para o aluno,
por despertar o interesse e participação dele nas atividades propostas.
Segundo Cunha (2007), quando a criança brinca ela tem a capacidade
de criar e reinventar, demonstrando a afetividade e a fantasia para saber seus
limites e se descobrir desenvolvendo suas potencialidades.
De acordo com Martinez (2003), ao trabalhar com a criança para que ela
construa o conhecimento, sendo um agente de construção da sua autonomia,
é importante que o educador leve em consideração a psicomotricidade com
um olhar amplo, visando que o educando desabroche nos aspectos: afetivos,
sociais, cognitivos e nas suas fantasias.
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CONCLUSÃO
O presente trabalho buscou pesquisar a psicomotricidade lúdica e
suas especificidades (música, brincadeiras, jogos, dança, expressão corporal,
etc ), seus aspectos e na forma como ela pode ser utilizada como recurso
pedagógico no ambiente educacional, desenvolvendo o conhecimento do
aluno, sua imaginação, curiosidade, afetividade, interação social com o meio,
com as pessoas e no contexto social que está inserido.
A psicomotricidade aplicada de forma lúdica cria condições para que o
conhecimento se concretize de forma estimulante e prazerosa, por meio da
música, dança, jogos, brincadeiras, linguagem corporal e visual, expressão
sentimental, gestos, imaginação, percepção, observação, atividades individuais
e coletivas, raciocínio e outros meios que criam um elo entre a
psicomotricidade lúdica , o sujeito e o conhecimento.
O trabalho pedagógico é baseado em objetivos feitos pelo professor com
a intenção de desenvolver o aluno de forma integral nos aspectos: afetivo,
cognitivo, motor, intelectual e social.
O aprendizado ocorre com um ensino estimulante, significativo e
contextualizado com o mundo real, mas sem perder o vínculo com a
imaginação e a criatividade que fazem parte da essência do lúdico.
A dança e a música estão interligadas, pois a música leva o corpo a se
movimentar, criar gestos, seguir o ritmo e também estimula a oralidade,
fazendo a criança cantar, conhecer novas palavras, novos significados e
ampliar o modo como vê o mundo, as pessoas, os objetos e o meio que a
cerca.
A brincadeira e os jogos trabalham com muitos conceitos (músicas,
nomes, cores, números, novas palavras, etc.), além de criar o respeito as
regras de cada brincadeira e jogo que é aplicado. Promovem também o
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contato social e o aprendizado que às vezes se ganha na brincadeira e às
vezes se perde e que isso faz parte da vida em sociedade.
A psicomotricidade desenvolve, a linguagem do corpo e a expressão
oral da criança, trabalhando com a desenvoltura em público, perda da inibição,
concentração, saber conviver em grupo, descobrir suas potencialidades
corporais e orais.
A psicomotricidade aplicada de forma lúdica, é múltipla e dinâmica e
estabelece ligações com vários conceitos contribuindo no aprendizado e
conhecimento do aluno, fazendo com que ele saiba que faz parte de uma
sociedade, mas que também é único em seus sentimentos e no seu modo de
pensar, agir e sentir. Com a vivência psicomotora, o aluno se expressa, cria,
recria, pensa, muda seu pensamento, descobre coisas novas, amplia seu
repertório musical e oral, aprende a respeitar o novo, interage em grupo e
aprende de forma divertida.
Desta forma, a psicomotricidade lúdica sendo utilizada como recurso
pedagógico favorece o aprendizado do aluno no aspecto motor, cognitivo,
afetivo, social e cria um elo com os conceitos através da música, brincadeira,
jogo, dança e expressão corporal, contribuindo no aprendizado atual e
viabilizando os futuros aprendizados.
A dinâmica entre a psicomotricidade e o lúdico, se entrelaçam com o
conhecimento de diversas formas e proporcionam, um novo olhar despertando
a curiosidade e alegria pelo saber, favorecendo com que a criança tenha um
conhecimento mais profundo de si mesmo, se descobrindo, e se expresse
com múltiplas linguagens conhecendo melhor o seu interior e o mundo que a
rodeia.
O presente trabalho demonstrou como a psicomotricidade lúdica é
importante como recurso pedagógico na educação infantil, sendo aplicada com
objetivos e atividades adequadas ao aluno deste segmento de ensino.
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Desta forma, ficou visível um olhar atual, sendo possível que no futuro
mais aspectos sejam estudados para posteriormente serem analisados e
compreendidos para novas descobertas.
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BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Geraldo. Teoria e Prática em Psicomotricidade, 7ª edição,
Editora: Wak, 2014.
ATZINGEN, Maria Cristina Von. História do Brinquedo, 2ª edição, São Paulo,
Editora Alegro, 2001.
CUNHA, Nylse Helena Silva. Brinquedoteca: Um Mergulho no Brincar, 4 ª
edição, São Paulo, Editora: Aquariana, 2007
FONSECA, Vitor da. Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem,
Editora: Artmed, Porto Alegre, 2008.
KRAMER, Sonia. Infância e Produção Cultural, 6 ª edição, São Paulo, Editora
Papirus, 2007.
LUCENA, Regina Ferreira de. Jogos e Brincadeiras na Educação Infantil, 4ª
edição, São Paulo, Editora: Papirus, 2008.
MACHADO, Carmem. Atividades Recreativas e Corporais Para a Educação
Infantil, 2ª edição, Rio de Janeiro, Editora: Wak, 2015.
MARTINEZ, Marta. A Psicomotricidade na Educação Infantil, Rio de
Janeiro, Editora: Artmed, 2003.
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Referencial Curricular Nacional Para a
Educação Infantil, Volume 3 – Conhecimento de Mundo. Brasília, 2002.
NEGRI, Aline. Vamos Brincar?, Rio de Janeiro, Editora: Wak, 2015.
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTOS 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - A PSICOMOTRICIDADE E O LÚDICO COMO PRÁTICA
EDUCATIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS CARACTERÍSTICAS 10
CAPÍTULO II - O LÚDICO COMO FACILITADOR DA PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: OBJETIVOS E UTILIZAÇÕES 22
CAPÍTULO III - A PRÁTICA DOS EDUCADORES: A PSICOMOTRICIDADE
LÚDICA APLICADA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 36
CONCLUSÃO 44
BIBLIOGRAFIA 47
ÍNDICE 49