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II | 20 ABR 2016 | QUARTA-FEIRA

DIÁRIO DA TURMA

DiáriodeCoimbra

Rosette Marques

Com 1200 alunos, do pré-es-colar ao secundário, o Agrupa-mento de Escolas de Mira éconstituído por seis jardins deinfância, oito escolas do 1.º ci-clo, uma EB 2 e a Escola Se-cundária com 3.º ciclo MariaCândida, que é a sede do agru-pamento.

O Agrupamento caracteriza--se por oferecer à comunidade«uma oferta formativa diver-sificada» por forma a responderàs necessidades locais. Trata-sede uma preocupação da actualdirecção presidida por Fer-nando Rovira, coadjuvado porLurdes Costa, Hélio Pacheco,Carlos Ferreira e Lurdes Mes-quita e que integra um dos ob-jectivos gerais do projecto edu-cativo. Nesse sentido, o Agru-pamento oferece três cursosprofissionais de nível IV (GestãoDesportiva, Gestão de Equipa-

mentos Informáticos e GestãoAmbiental), além de um cursovocacional (secundário) de Téc-nico de Controlo Alimentar. Jáno 3.º ciclo, o curso vocacionalabrange as áreas de Comércio,Socorrismo e Jardinagem.

Fernando Rovira indica queo segundo objectivo do pro-jecto educativo é dar respostaadequada a todos os alunoscom necessidades educativas.Com mais de cem alunosnessa situação, o Agrupamentode Escola de Mira dispõe deduas Unidades de Ensino Es-truturado para a Educação deAlunos com Perturbações doEspectro do Autismo (UEEAs).

O objectivo é promover aparticipação dos alunos comeste diagnóstico em activida-des junto dos pares das turmasa que pertencem. As unidadessão um recurso pedagógico es-pecializado e recebem alunosdo concelho de Mira e dos con-

celhos limítrofes. Paralela-mente, promovem ainda a di-ferenciação pedagógica neces-sária na resposta educativapara esses alunos.

De resto, o Agrupamentotem ainda um outro projectopara os alunos com NEE, par-tindo do princípio da inclusão.Nesse sentido, através do pro-jecto “Caminhos Diferentes”, aescola organiza currículos fun-cionais, oferecendo uma res-posta inovadora e diferenciadade actividades com carácter es-sencialmente prático (queneste caso inclui a hortoflori-cultura, trabalhos em madeira,culinária, ou mesmo activida-des da vida diária, entre outras),de modo a motivá-los para aaprendizagem em meio esco-lar. Com estas actividades,criam-se as oportunidadespara o desenvolvimento dascapacidades cognitivas e so-ciais de cada aluno.

Outra preocupação da direc-ção do Agrupamento prende--se com as actuais instalaçõesda sede. Com mais de 30 anos,a edifício apresenta-se inade-quado para as exigências dodia-a-dia. Fernando Rovira re-fere que a direcção vai colma-tando as dificuldades, «com re-parações pontuais, mas quenão resolvem os problemas defundo». Quando aos restantesedifícios, este problema não secoloca na medida em que amanutenção cabe à CâmaraMunicipal de Mira, que está afinalizar a recuperação de umdos blocos da EB2, que sofreudanos avultados em virtude dotemporal de há dois anos. Deresto, as escolas do 1.º ciclo fun-cionam ainda nas antigas es-colas primárias, que beneficia-ram de obras de melhora-mento, à excepção da EB1 daLentisqueira que é de constru-ção de raiz. |

Projecto educativo apostana diversidade, na oferta formativa e na inclusão Apoio Agrupamento de Escolas de Mira tem duas unidades de ensino estruturado para alunos com autismo que vêm de vários concelhos

AMBIENTE O Agrupamentode Escolas de Mira, na sede, de-senvolve ainda o projecto dehortas pedagógicas que envolveos alunos do curso vocacional(3.º ciclo), na área da jardinagem,

mas também os funcionários,na vertende de formação, daresponsabilidade da professoraMargarida Oliveira. O projectocontempla ain da um centro decompostagem. |

Hortas Pedagógicas envolveformação de funcionários

O edifício da Escola Secundária de Mira, sede do agrupamento, precisa de obras de melhoramento

APRENDIZAGENS Pareceuma sala de aula igual a tantasoutras, mas o cheiro agradávelque emana faz adivinhar quealgo diferente ali se passa.Trata-se da Oficina de Sabores,que resulta da unidade curri-cular Actividade da Vida Diáriapara alunos com currículo es-pecífico individual que ali sededicam a aprendizagens dife-rentes, mas que têm uma fortecomponente prática.

Cecília Rato e Margarida Pi-cado são as professoras res-ponsáveis pela Oficina e quedeitaram mãos à obra paratransformar uma parte da salanuma cozinha totalmente

equipada e com capacidadepara ensinar os alunos a con-feccionar refeições e aprendertudo o que se relaciona comserviço de cozinha e mesa.Assim, é a eles que tambémcabe a missão de pôr a mesa,lavar a loiça, limpar a cozinha,entre outras actividades.

Cecília Rato referiu ao Diáriode Coimbra que a preparaçãoda referida sala contou com oapoio de algumas empresaslocais, da Teka e com o traba-lho e dedicação de alguns pro-fessores e funcionários quetiveram a seu cargo a pintura eos arranjos de carpintaria eoutros. |

Sala de Educação Especialpassa a Oficina de Sabores

Alunos e professoras na Oficina de Sabores

Números

11edifícios escolares, sendo quea maioria dos jardins-de-in-fância funcionam nas EB1

140docentes e 80 funcionáriosasseguram o bom funciona-mento do agrupamento

1200alunos do pré-escolar ao secundário, incluindo os cursos profissionais

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