14/05/2013 vlsr 1 15/05/2013
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO
7º CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGOS DE ANALISTA E DE TÉCNICO DO MINISTÉRIO
PÚBLICO DA UNIÃO
EDITAL MPU Nº 1, DE 20 DE MARÇO DE 2013
DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR
Prof. Vladimir Luís Silva da Rosa
1 vlsr
Professor Vladimir Luís Silva da Rosa. Doutorando em
Direito Penal/UBA-Arg. Mestre em Direito
Ambiental/UCS. Especialista em Gestão do Meio
Ambiente/UCS. Especialista em Metodologia da
Pesquisa,MJ. Oficial da Brigada Militar/RS.
Como citar. ROSA, Vladimir Luís Silva da. Introdução
ao Direito Penal Militar. Material da 1ª aula de Direito
Penal Militar, ministrada no Curso de Especialização
Televirtual em Direito Militar – Verbo Jurídico, 2012.
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1. Processo Penal Militar e sua aplicação.
2. Polícia judiciária militar.
3. Inquérito policial militar.
4. Ação penal militar e seu exercício.
5. Processo.
6. Juiz, auxiliares e partes do processo.
7. Denúncia.
8. Competência da Justiça Militar da União.
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AÇÃO PENAL NOS CRIMES MILITARES
- Art. 121, CPM:
regra: pública incondicionada
- Art. 122, CPM: pública condicionada para os crimes dos art. 136 a 141 do CPM
- Art. 90-A da Lei nº 9.099/1995 (JECrim): não aplicação das previsões da citada lei no âmbito da Justiça Militar.
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Conceito de ação penal: o monopólio de distribuição
de justiça e o direito de punir pertencem,
exclusivamente, ao Estado, sendo vedada, via de
regra, a autodefesa autorizada pelo Estado, que não
pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo,
bem como a transação, prevista na Lei 9.099/95,
forma de auto composição nas infrações de menor
potencial ofensivo.
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Surgiram outras concepções:
a) teoria concreta da ação (Wach), estabelecendo
que a ação somente compete a quem tem
razão;
b) teoria do direito potestativo (Chiovenda),
dizendo que ação é o poder jurídico de
realizar as condições para atuação da lei;
c) teoria abstrata da ação (Degenkolb e Plóz),
majoritária atualmente, ensinando ser um
poder jurídico, independente de quem tem
razão.
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Modernamente a ação penal pode ser
conceituada como o direito de agir exercido
perante juízes e tribunais, invocando a
prestação jurisdicional, que, na esfera
criminal, é a existência da pretensão punitiva
do Estado.
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vlsr 10
“Ação é o direito subjetivo de se invocar do Estado-Juiz a aplicação do direito objetivo a um caso concreto.” (TOURINHO FILHO)
“Ação penal é o direito subjetivo público de exigir do Estado a prestação jurisdicional sobre uma determinada relação de direito penal.” (JORGE ALBERTO ROMEIRO)
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Conceito. “[...] uma ação correspondente ao
exercício do direito à jurisdição criminal”, para
reconhecimento ou satisfação, da prevalência,
enfim, do jus puniendi estatal ou do ius
libertatis do ser humano envolvido numa
persecutio criminis (Rogério Lauria Tucci.
Teoria do Direito Processual Penal: jurisdição,
ação e processo penal. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2002. p. 82).
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É a manifestação expressa do Estado, através
do Ministério Público ou do ofendido, com o
objetivo de trazer à esfera judicial o
cometimento, em tese, de uma infração penal
e indícios de sua autoria, após o quê será
instaurado um processo que, em sendo aceito,
culmina com a aplicação de uma sanção penal,
absolvição do acusado ou extinção de sua
punibilidade, com base no contraditório e
devido processo legal.
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Elementos: subjetivos e objetivos.
◦ Subjetivos: Partes. Ministério Público, querelante e
acusado ou querelado. (Sujeito ativo e passivo)
◦ Objetivos: Pedido e causa de pedir. É a utilidade
almejada com o seu exercício. No processo penal, há o
pedido de condenação somente caso haja a presença
dos requisitos a serem analisados no decorrer do feito.
Pede-se, em verdade, o exercício da jurisdição penal.
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ART.121 - A ação penal somente
pode ser promovida por denúncia
do Ministério Público da Justiça
Militar.
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A ação penal militar é o direito de pedir ao Estado-Juiz
a aplicação do Direito Penal Militar objetivo; é o direito
de invocar-se o Poder Judiciário para aplicar o direito
penal objetivo.
A ação penal militar é sempre pública (CPPM, art. 29).
Somente pode ser intentada pelo Ministério Público
Militar (CF, art. 129, inc. I), ressalvada a hipótese da
ação privada subsidiária da pública, nos termos do art.
5º, inc. LIX, da Carta Magna, em uma aplicação
analógica do art. 28 do Código de Processo Penal
comum, permitido pelo art. 3º, letra "e", do Código
Processual castrense.
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Ementa: Ação penal subsidiária. Não cabe a
ação penal privada, prevista no art. 29 da
Código de Processo Penal e no art. 102 §3º
do Código Penal, quando o Ministério
Público, não tendo ficado inerte, haja
requerido, no prazo legal (Código de
Processo Penal, art. 46), o arquivamento do
inquérito. (STF - Inquérito 172, 1984 - ReI.
Min. Octavio Gallotti, in: RTJ v. 112-02, p.
473 e DJU 19.12.1984, p. 11.913)
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“Crimes militares: possibilidade, em tese, quanto a eles, de ajuizamento de queixa subsidiária. Ausência, no caso, dos pressupostos autorizadores da utilização da ação penal privada subsidiária. (...) Ausência, no caso, de legitimação ativa ad causam da associação civil de direito privado que ajuizou a queixa subsidiária. Entidade civil que não se qualifica, no contexto em exame, como sujeito passivo das condutas delituosas que imputou aos querelados, achando-se excluída, por isso mesmo, do rol (que é taxativo) daqueles ativamente legitimados ao exercício da queixa subsidiária (CPP, art. 29, c/c os arts. 30 e 31, c/c o art. 3º, a, do CPPM).
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“[...] A questão do sujeito passivo nos crimes militares e
o tema dos delitos castrenses de dupla subjetividade
passiva. Inaplicabilidade, à espécie, de regras inscritas na
lei da ação civil pública e no Código de Defesa do
Consumidor, para efeito de reconhecer-se, quanto à
Febracta, a sua qualidade para agir em sede de queixa
subsidiária. Inexistência, no ordenamento positivo
brasileiro, da ação penal popular subsidiária.” (Pet 4.281,
Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática,
julgamento em 10-8-2009, DJE de 17-8-2009.)
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Art. 122. Nos crimes previstos nos arts. 136
a 141, a ação penal, quando o agente for
militar ou assemelhado, depende da
requisição do Ministério Militar a que aquele
estiver subordinado; no caso do art. 141,
quando o agente for civil e não houver co-
autor militar, a requisição será do Ministério
da Justiça.
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Primafacie, diga-se que não existe mais a
figura do assemelhado.
Sendo sempre pública a ação penal militar, em
regra incondicionada, em alguns casos ela
depende (está condicionada) da requisição da
autoridade competente.
Se o réu for civil, e no único caso do art. 141
(entendimento para gerar conflito ou
divergência com o Brasil), a requisição é do
Ministro da Justiça.
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vlsr 22
Se o réu for militar, nos casos dos arts. 136 a 141
(hostilidade contra país estrangeiro; provocação a
país estrangeiro; ato de jurisdição indevida; violação
de território estrangeiro; entendimento para
empenhar o Brasil a neutralidade ou a guerra, e
entendimento para gerar conflito ou divergência com
o Brasil), a requisição será do Ministro da Defesa,
independente da Força a que dito réu pertencer.
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Anote-se, entretanto, que a palavra "requisição"
está empregada com o sentido de
representação, caberá ao Ministério Publico
Militar, dominus litis, decidir sobre o
oferecimento ou não da denúncia.
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vlsr 25
Os arts. 129, I, da CF/88 e 29 do CPPM dando
atribuição privativa para ação penal pública
ao Ministério Público Militar pode promover a
ação penal militar, salvo privada subsidiária
da Pública.
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vlsr 26
I - promover, privativamente, a ação penal
pública, na forma da lei;
“Crime militar. Demanda. A titularidade é do Ministério Público, a teor do disposto no art. 129 da CF. Precedente: HC 67.931-5-RS, Tribunal Pleno, decisão unânime, Rel. Min. Moreira Alves, DJ de 31-8-1990.” (RHC 68.178, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 2-10-1990, Segunda Turma, DJ de 19-10-1990.)
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vlsr 27
"A CF deferiu ao Ministério Público o monopólio da ação penal pública (art. 129, I). O exercício do jus actionis, em sede processual penal, constitui inderrogável função institucional do Ministério Público, a quem compete promover, com absoluta exclusividade, a ação penal pública.
A cláusula de reserva, pertinente a titularidade da ação penal pública, sofre apenas uma exceção, constitucionalmente autorizada (art. 5º, LIX), na hipótese singular de inércia do Parquet.
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vlsr 28
Não mais subsistem, em consequência, em
face da irresistível supremacia jurídica de que
se reveste a norma constitucional, as leis
editadas sob regimes constitucionais
anteriores, que deferiam a titularidade do
poder de agir, mediante ação penal pública, a
magistrados, a autoridades policiais ou a
outros agentes administrativos.
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vlsr 29
É inválida a sentença penal condenatória, nas
infrações persequíveis mediante ação penal
pública, que tenha sido proferida em
procedimento persecutório instaurado, a partir
da Constituição de 1988, por iniciativa de
autoridade judiciária, policial ou militar,
ressalvada ao Ministério Público, desde que
inocorrente a prescrição penal, a possibilidade
de oferecer denúncia." (RHC 68.314, Rel.
Min. Celso de Mello, julgamento em 20-9-
1990, Plenário, DJ de 15-3-1991.)
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vlsr 30
Art. 29. A ação penal é pública e
somente pode ser promovida por
denúncia do Ministério Público Militar.
(CPPM).
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vlsr 31
Art. 30. A denúncia deve ser apresentada sempre que houver:
a) prova de fato que, em tese, constitua crime;
b) indícios de autoria.
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vlsr 32
Havendo crime em tese, aferindo apenas a
tipicidade, prova da materialidade e indícios
de autoria, o Ministério Público Militar está
obrigado a ofertar a denúncia.
Para o oferecimento da denúncia deve-se
utilizar o indubio pro societatis, sendo o
fato típico, o Ministério Público Militar
deverá oferecer a denúncia.
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vlsr 33
Proibição de existência da denúncia
Art. 32. Apresentada a denúncia, o
Ministério Público não poderá desistir da
ação penal.
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Havendo vários indiciados, o MP deverá
denunciar todos aqueles em relação aos
quais se convenceu da autoria (ASSIS,
2012).
14/05/2013 vlsr 34
A ação penal militar se desenvolve
com base na lei, e independente
da vontade das partes.
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1. Oficialidade
2. Indisponibilidade
3. Indivisibilidade
4. Legalidade
5. Intranscedência
6. Obrigatoriedade
Ação
pen
al
milit
ar
Pública sempre
Incondicionada
Condicionada/
requisição
Agente Civil: Ministro Justiça
art. 141, CPM
Agente Militar: Ministro Defesa
Art. 136 a 141, CPM
Procurador Geral da Justiça Militar
Art. 34. O direito de ação é exercido pelo
Ministério Público, como representante da lei e
fiscal da sua execução, e o de defesa pelo
acusado, cabendo ao juiz exercer o poder de
jurisdição, em nome do Estado.
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vlsr 40
Condições da Ação Penal
1) Possibilidade jurídica do pedido.
◦ Há discussão acerca de sua natureza. De
início, Liebman a defendeu, como integrando
da tríade, juntamente com interesse e
legitimidade. Porém, reformulou sua teoria
enquadrando-a no conceito de interesse.
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vlsr 41
Condições da Ação Penal
1) Possibilidade jurídica do pedido.
◦ Tem relação direta com o princípio da legalidade penal, pois incumbe ao Ministério Público ao apresentar a denúncia-crime a classificação do crime (art. 41 CPP). Envolve a impossibilidade de agravamento de penal em revisão criminal, condenação formulada em habeas corpus, etc.
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vlsr 42
2) Interesse de agir.
Diz respeito à necessidade de se recorrer ao Poder
Judiciário para a afirmação de um direito alegado.
Envolve o conceito de interesse adequação, pois o
instrumento processual há de ser adequado e idôneo à
pretensão de direito material e interesse necessidade,
que, em sede processual penal, é sempre estatal, ante
a proibição de vingança privada, ressalvados os casos
de excludentes e ilicitude.
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vlsr 43
3) Justa Causa.
Consistente na presença de requisitos
mínimos de autoria e materialidade que
viabilizam a propositura de ação penal. O art.
395, III, CPP diz: “Art. 395. A denúncia ou
queixa será rejeitada quando:(...) III - faltar
justa causa para o exercício da ação penal.”
No julgamento do HC-RO 106.359/MG;
Segunda Turma; Rel. Min. Ayres Britto; Julg.
22/02/2011; DJE 10/06/2011, o Supremo
Tribunal Federal decidiu: 14/05/2013
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“[...] 2. Dois são os parâmetros objetivos do
exame da validade da denúncia: Os arts. 41 e 395
do código de processo penal. O art. 41 indica um
necessário conteúdo positivo para a denúncia. Já
o art. 395, esse impõe à peça de defesa um
conteúdo negativo. Se no primeiro (art. 41) há
uma obrigação de fazer por parte do ministério
público, no segundo (art. 395) há uma obrigação
de não fazer; ou seja, a peça de denúncia não
pode incorrer nas impropriedades de que trata o
art. 395 do diploma penal adjetivo.”
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vlsr 45
4) Legitimidade de agir.
◦ Em casos de delitos de ação penal pública,
seja de natureza incondicionada ou
condicionada, o titular é o Ministério Público,
no segundo caso quando autorizando
legalmente por intermédio de representação.
14/05/2013
vlsr 46
Eugenio Pacelli de Oliveira destaca a presença
de pressupostos de existência do processo e
da relação jurídica processual e requisitos de
validade de seu regular desenvolvimento
(Curso de Processo Penal. 13ª ed., Rio de
Janeiro, Lumen Juris, 2010, p. 135).
O art. 363 CPP diz: “Art. 363. O processo terá
completada a sua formação quando realizada
a citação do acusado.”
14/05/2013
Art. 35. O processo inicia-se com o recebimento
da denúncia pelo juiz, efetiva-se com a citação
do acusado e extingue-se no momento em que a
sentença definitiva se torna irrecorrível, quer
resolva o mérito, quer não.
14/05/2013 vlsr 47
Art. 363. O processo terá completada a sua
formação quando realizada a citação do
acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719,
de 2008).
14/05/2013 vlsr 48
Art. 35. [...]
Casos de suspensão
Parágrafo único. O processo suspende-se ou
extingue-se nos casos previstos neste Código.
14/05/2013 vlsr 49
Suspensão da marcha do processo
Art. 115. Tratando-se de conflito positivo, o
relator do feito poderá ordenar, desde logo,
que se suspenda o andamento do processo,
até a decisão final.
14/05/2013 vlsr 50
Art. 123, a: na alegação séria e fundada, de
questão prejudicial versando sobre estado
civil de pessoa envolvida no processo.
14/05/2013 vlsr 51
Art. 124. O juiz poderá suspender o processo e aguardar a solução, pelo juízo cível, de questão prejudicial que se não relacione com o estado civil das pessoas, desde que:
a) tenha sido proposta ação civil para dirimi-la;
b) seja ela de difícil solução;
c) não envolva direito ou fato cuja prova a lei civil limite.
14/05/2013 vlsr 52
Art. 132. Se reconhecer a suspeição ou
impedimento, o juiz sustará a marcha do
processo, mandará juntar aos autos o
requerimento do recusante com os
documentos que o instruam e, por despacho,
se declarará suspeito, ordenando a remessa
dos autos ao substituto.
14/05/2013 vlsr 53
Prazo para a prova da alegação
Art. 151. Se o argüente não puder apresentar
a prova da alegação, o juiz poderá conceder-
lhe prazo para que o faça, ficando-lhe, nesse
caso, à discrição, suspender ou não o curso
do processo.
14/05/2013 vlsr 54
Internação para a perícia
Art. 157. [...] -
Entrega dos autos a perito
2º Se não houver prejuízo para a marcha do processo,
o juiz poderá autorizar a entrega dos autos aos
peritos, para lhes facilitar a tarefa. A mesma
autorização poderá ser dada pelo encarregado do
inquérito, no curso deste.
14/05/2013 vlsr 55
Art. 158. A determinação da perícia, quer na fase
policial militar quer na fase judicial, não sustará
a prática de diligências que possam ficar
prejudicadas com o adiamento, mas sustará o
processo quanto à produção de prova em que
seja indispensável a presença do acusado
submetido ao exame pericial.
14/05/2013 vlsr 56
Sustação do feito
Art. 168. O juiz poderá sustar o feito até a
apuração da falsidade, se imprescindível para
a condenação ou absolvição do acusado, sem
prejuízo, entretanto, de outras diligências
que não dependam daquela apuração.
14/05/2013 vlsr 57
Pelo reconhecimento de quaisquer das causas de extinção da punibilidade (art. 123 CPM)
14/05/2013 vlsr 58
I - pela morte do agente;
II - pela anistia ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição;
V - pela reabilitação;
VI - pelo ressarcimento do dano, no peculato culposo - ART.303, § 4).
Parágrafo único. A extinção da punibilidade de crime, que é pressuposto, elemento constitutivo ou circunstância agravante de outro, não se estende a este. Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão.
14/05/2013 vlsr 59
Existência de coisa julgada. Arquivamento de
denúncia
Art 153. Se o juiz reconhecer que o feito sob
seu julgamento já foi, quanto ao fato
principal, definitivamente julgado por
sentença irrecorrível, mandará arquivar a
nova denúncia, declarando a razão por que o
faz.
14/05/2013 vlsr 60
Inimputabilidade. Nomeação de curador. Medida
de segurança
Art. 160. Se os peritos concluírem pela
inimputabilidade penal do acusado, nos termos
do art. 48 (preâmbulo) do Código Penal Militar,
o juiz, desde que concorde com a conclusão do
laudo, nomear-lhe-á curador e lhe declarará,
por sentença, a inimputabilidade, com aplicação
da medida de segurança correspondente.
14/05/2013 vlsr 61
14/05/2013 vlsr 63
Os órgãos do Poder Judiciário são os
seguintes:
Supremo Tribunal Federal
Superior Tribunal de Justiça
Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais
Tribunais e Juízes do Trabalho
Tribunais e Juízes Eleitorais
Tribunais e Juízes Militares Tribunais e Juízes dos Estados
14/05/2013 vlsr 64
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
SUPERIOR
TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
TRIBUNAL
SUPERIOR DO
TRABALHO
TRIBUNAL
SUPERIOR
ELEITORAL
SUPERIOR
TRIBUNAL
MILITAR
TRIBUNAIS
REGIONAIS DO
TRABALHO
TRIBUNAIS
DE
JUSTIÇA
TRIBUNAIS
REGIONAIS
FEDERAIS
TRIBUNAL
DE
JUSTIÇA
MILITAR
TRIBUNAIS
REGIONAIS
ELEITORAL
ÓRGÃO
RECURSAL
PEQUENAS
CAUSAS
VARAS
ESTADUAIS
JUIZ SINGULAR
PEQUENAS
CAUSAS
TRIBUNAIS
DO
JURI
VARAS
FEDERAIS
CONSELHO
DE
JUSTIÇA
AUDITORIAS
MILITARES
FEDERAIS
JUIZES
ELEITORAIS
JUNTAS
ELEITORAIS
JUNTAS DE
CONCILIAÇÃO E
JULGAMENTO
14/05/2013 vlsr 65
a)SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (arts. 101 a 103 da CF)
Compõem-se de onze ministros, competindo-lhe, a guarda da CF.
Segundo o Min. Sydney Sanches, do STF, “a função de guarda da
Constituição confere ao STF posição de enorme responsabilidade e
importância na implantação e preservação da nova ordem
constitucional”.
14/05/2013 vlsr 66
a)SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (arts. 101 a 103 da CF)
Parte da competência que era atribuída ao Supremo pela
Constituição anterior é conferida, agora, ao STJ, uma das inovações
da Carta Magna no tocante à estrutura do Poder Judiciário.
O STF é o órgão de cúpula do Judiciário, último grau de
jurisdição para revisão das decisões proferidas por quaisquer órgãos
que o integram, nos casos permitidos pela própria Carta Magna.
14/05/2013 vlsr 67
b)SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (arts. 104 a 105 da CF)
Criação da nova Constituição, o STJ absorveu o
Tribunal Federal de Recursos e parte da extinta
competência do STF, que passou a atuar na guarda da
Carta Magna.
14/05/2013 vlsr 68
c)TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E JUÍZES
FEDERAIS (arts. 106 a 110 da CF)
Tanto os Tribunais Regionais Federais como os
Juízes Federais integram a Justiça Federal Comum,
denominação que se adota para distingui-los dos
órgãos que compõem a Justiça Especial da União
(Trabalho, Eleitoral e Militar).
14/05/2013 vlsr 69
c)TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E JUÍZES
FEDERAIS (arts. 106 a 110 da CF)
Na competência dos TRFs, que também foram criados
pela nova Carta Magna, destaca-se o julgamento, em grau de
recurso, das causas decididas pelos Juízes Federais; aos
Juízes Federais, entre outras causas, compete processar e
julgar aquelas em que a União, entidade autárquica ou
empresa pública federal forem interessadas na condição de
autoras ou rés, exceto as sujeitas à Justiça Eleitoral e à
Justiça do Trabalho.
14/05/2013 vlsr 70
c)TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E JUÍZES
FEDERAIS (arts. 106 a 110 da CF)
A Lei 7.727, publicada no Diário Oficial da União de 10/01/89,
regula a criação dos cinco primeiros TRFs, com as seguintes sedes:
Brasília (1a Região: DF, AC, AP, AM, BA, GO, MA, MG, MT,
PA, PI, RO, RR e TO);
Rio de Janeiro (2a Região: RJ e ES);
São Paulo (3a Região: SP e MS);
Porto Alegre (4a Região: RS, PR e SC);
Recife (5a Região: PE, AL, CE, PB, RN e SE).
14/05/2013 vlsr 71
f)TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES (arts. 122 a 124
da CF)
Trata-se de Justiça Especial da União, de competência
exclusivamente penal, composta pelo Superior Tribunal
Militar e “Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei”(art.
122, II, da CF).
14/05/2013 vlsr 72
g)TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS (arts. 125 a 126
da CF)
Compõe-se a Justiça dos Estados de órgãos de primeiro e
segundo graus, representados estes últimos pelos Tribunais de
Justiça e aqueles pelos juízes de Direito, Tribunais do Júri (apesar
da denominação “Tribunais”, é órgão de primeiro grau) e Juizados
Especiais.
Os Juizados Especiais, são disciplinados pela Lei 9.099/95,
providos por Juízes togados e leigos, têm competência para a
conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor
complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo.
14/05/2013 vlsr 73
Justiça Especializada, criada no Brasil em 01 de abril de 1808, sob a denominação de Conselho Supremo Militar e de Justiça. Pertencia, à época, ao Poder Executivo.
Em 1893 passou a se chamar de Supremo Tribunal Militar.
A CF 1946 consagrou o atual nome: Superior Tribunal Militar.
Introduzido ao Poder Juciário no ano de 1934.
14/05/2013 vlsr 74
Juízes de Direito (Juiz-auditor)
e Conselhos de Justiça
(Auditorias Militares Estados
DF e Territórios).
TJM ou TJ
STJ
Conselhos de Justiça
(Auditorias Militares da União)
STM
STF
14/05/2013 vlsr 75
Prevista nos art. 122 a 124 da CF.
Competência exclusiva penal.
Competência para processar e julgar os crimes
militares definidos em lei.
Julga, além de integrantes das Forças Armadas, em
certos casos, civis.
Órgãos da Justiça Militar: o Superior Tribunal Militar
(STM) e os Tribunais e Juízes Militares instituídos por
lei.
STM
Auditoria de Correição
Conselhos de Justiça
Juízes Auditores
Juízes Auditores-substitutos
14/05/2013 vlsr 76
14/05/2013 vlsr 77
Composição: 15 Ministros vitalícios.
Estrutura da composição – 3 oficiais-generais
da Marinha; 4 do Exército; 3 da Aeronáutica;
e 5 civis – sendo 3 advogados com notório
saber jurídico e conduta ilibada, com mais de
10 anos de atividade, 1 dentre juízes-
auditores e 1 membro do MPM.
14/05/2013 vlsr 78
Forma de nomeação: pelo Presidente da República, após aprovação pelo Senado Federal, por maioria simples.
Requisitos – a CF prevê, tão-só, para os civis. São eles:
a) ser brasileiro nato ou naturalizado;
b) ter mais de 35 anos de idade.
14/05/2013 vlsr 79
Primeiro Grau: sistema de escabinato. É
formado pelos chamados Conselhos de
Justiça (art. 16, Lei n.8.457/92), que são o
Especial e o Permanente. São presididos por
militares (Oficiais) e não pelos juízes-
auditores.Item este que difere da JME, que a
partir da EC 45 passou a ser presidida pelos
juízes de direito.
14/05/2013 vlsr 80
São 12 Circunscrições da Justiça Militar em todo o país. A 3ª Circunscrição tem jurisdição sobre o RS.
A 3ª CJM possui 3 Auditorias (a 1ª com sede em Porto Alegre, a 2ª com sede em Bagé e a 3ª com sede em Santa Maria) cada uma com 1 Juiz-Auditor e um Substituto;
Nas Auditorias reúnem-se os Conselhos de Justiça Militar (permanente e especial) compostos por 1 Juiz-Auditor e 4 Juízes Militares temporários (sorteados entre oficiais das forças armadas para o trimestre).
14/05/2013 vlsr 82
Primeiro Grau: sistema de escabinato. É
formado pelos chamados Conselhos de Justiça
(art. 16, Lei n.8.457/92), que são o Especial e o
Permanente. São presididos por militares
(Oficiais) e não pelos juízes-auditores.Item este
que difere da JME, que a partir da EC 45 passou
a ser presidida pelos juízes de direito.
14/05/2013 vlsr 83
Os Conselhos de Justiça constituem os órgãos
de 1º grau da Justiça Militar, tanto da União,
quanto dos Estados e do Distrito Federal.
Tal conselho é um órgão jurisdicional
colegiado sui generis, formado por um juiz
togado (auditor) e quatro juízes militares,
pertencentes à Força a que pertencer o
acusado, tendo fundamento nos arts. 122, II e;
125, § 3º, da Carta Magna.
14/05/2013 vlsr 85
Processa e julga crimes militares
cometidos por praças ou civis (este
último, somente na Justiça Militar da
União), tem seus juízes renovados a
cada trimestre, sem vincular os juízes
militares ao processo nos quais
atuarem naquele período.
14/05/2013 vlsr 86
Destinado a processar e julgar oficiais até o posto
de Coronel ou Capitão-de-Mar-e-Guerra.
Tem seus juízes militares escolhidos para cada
processo, aplicando-se, excepcionalmente, e
somente em relação aos juízes militares, o
princípio da identidade física do juiz, ou seja,
aquele Conselho somente se extinguirá com a
decisão final do processo.
14/05/2013 vlsr 87
Em regra, assim como os demais magistrados que atuam no foro penal, o juiz-auditor não fica vinculado a processo algum.
O Conselho de Justiça é ainda diferenciado em relação à forma de investidura e das garantias e prerrogativas de seus membros.
14/05/2013 vlsr 88
O juiz auditor, togado, é civil e ingressa na carreira
através de concurso público de provas e títulos, com a
participação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
em todas as suas fases (CRFB, art. 93, I), gozando das
seguintes garantias: vitaliciedade, inamovibilidade e
irredutibilidade de subsídios (CRFB, art. 95), tendo em
contrapartida as vedações do parágrafo único do
referido artigo.
14/05/2013 vlsr 89
Os juízes militares investem-se na função por
meio de sorteio, realizado sob uma lista de
oficiais apresentados, nos termos dos arts. 19
e 23 da Lei 8.457/92.
São juízes de fato, não gozando das
prerrogativas afetas aos magistrados de
carreira.
14/05/2013 vlsr 90
Os oficiais são juízes somente enquanto
reunido o Conselho, que é efetivamente o
órgão jurisdicional.
Isoladamente, fora das reuniões do Conselho
de Justiça, os oficiais que atuam naquela
Auditoria não serão mais juízes, submetendo-
se aos regulamentos e normas militares que a
vida de caserna lhes impõe.
Função do juiz
Art. 36. O juiz proverá a regularidade do processo e a
execução da lei, e manterá a ordem no curso dos
respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a forca
militar.
1º Sempre que este Código se refere a juiz abrange,
nesta denominação, quaisquer autoridades judiciárias,
singulares ou colegiadas, no exercício das respectivas
competências atributivas ou processuais.
14/05/2013 vlsr 91
Função do juiz
Art. 36.
Independência da função
2º No exercício das suas atribuições, o juiz não
deverá obediência senão, nos termos legais, à
autoridade judiciária que lhe é superior.
14/05/2013 vlsr 92
Impedimento para exercer a jurisdição
Art. 37. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:
a) como advogado ou defensor, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar de justiça ou perito, tiver funcionado seu cônjuge, ou parente consangüíneo ou afim até o terceiro grau inclusive;
b) ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha;
c) tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão;
d) ele próprio ou seu cônjuge, ou parente consangüíneo ou afim, até o terceiro grau inclusive, for parte ou diretamente interessado.
14/05/2013 vlsr 93
Inexistência de atos
Parágrafo único. Serão considerados
inexistentes os atos praticados por juiz
impedido, nos termos deste artigo.
14/05/2013 vlsr 94
Casos de suspeição do juiz
Art. 38. O juiz dar-se-á por suspeito e, se o não fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:
a) se fôr amigo íntimo ou inimigo de qualquer delas;
b) se êle, seu cônjuge, ascendente ou descendente, de um ou de outro, estiver respondendo a processo por fato análogo, sôbre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
c) se êle, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo ou afim até o segundo grau inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;
14/05/2013 vlsr 95
Casos de suspeição do juiz
Art. 38. O juiz dar-se-á por suspeito e, se o não fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:
d) se êle, seu cônjuge, ou parente, a que alude a alínea anterior, sustentar demanda contra qualquer das partes ou tiver sido procurador de qualquer delas;
e) se tiver dado parte oficial do crime;
f) se tiver aconselhado qualquer das partes;
g) se êle ou seu cônjuge fôr herdeiro presuntivo, donatário ou usufrutuário de bens ou empregador de qualquer das partes;
h) se fôr presidente, diretor ou administrador de sociedade interessada no processo;
i) se fôr credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes.
14/05/2013 vlsr 96
Suspeição entre adotante e adotado
Art. 39. A suspeição entre adotante e adotado será considerada nos mesmos têrmos da resultante entre ascendente e descendente, mas não se estenderá aos respectivos parentes e cessará no caso de se dissolver o vínculo da adoção.
Suspeição por afinidade
Art. 40. A suspeição ou impedimento decorrente de parentesco por afinidade cessará pela dissolução do casamento que lhe deu causa, salvo sobrevindo descendentes. Mas, ainda que dissolvido o casamento, sem descendentes, não funcionará como juiz o parente afim em primeiro grau na linha ascendente ou descendente ou em segundo grau na linha colateral, de quem fôr parte do processo.
Suspeição provocada
Art. 41. A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz, ou de propósito der motivo para criá-la.
14/05/2013 vlsr 97
vlsr 98
Aprovada pela Lei nº 8.457, de 4 de setembro de 1992 e alterada pelas Leis nº 8.719, de 19 de outubro de
1993; 9.283, de 13 de junho de 1996; 10.333, de 19 de dezembro de 2001 e 10.445, de 7 de maio de 2002
PARTE III
CAPÍTULO ÚNICO
DA ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA MILITAR EM TEMPO DE GUERRA
14/05/2013
vlsr 99
[...] -
Parágrafo único. O comandante do teatro de
operações responderá a processo perante o
Superior Tribunal Militar, condicionada a
instauração da ação penal à requisição do
Presidente da República.
14/05/2013
vlsr 100
Não se aplica à Justiça Militar a Lei nº
9.099/95, tendo em vista disposição expressa
no art. 90-A e, pelo mesmo motivo, não se
aplica a Lei nº 10.259/2001, que trata dos
Juizados Especiais Cíveis e Criminais no
âmbito da Justiça Federal.
Art. 90-A. As disposições desta Lei não se
aplicam no âmbito da Justiça Militar. 14/05/2013
Funcionários e serventuários da Justiça
Art. 42. Os funcionários ou serventuários da justiça Militar são, nos processos em que funcionam, auxiliares do juiz, a cujas determinações devem obedecer.
14/05/2013 vlsr 102
Escrivão
Art. 43. O escrivão providenciará para que estejam em ordem e em dia as peças e termos dos processos.
Lei n. 8.457, 04/09/92 – Funções do antigo escrivão são
executadas:
SEÇÃO III
Dos Técnicos Judiciários
Art. 80. São atribuições do Técnico Judiciário:
I - substituir o Diretor da Secretaria, nas férias, licenças, faltas e impedimentos, por designação do Juiz-Auditor;
II - executar os serviços determinados pelo Juiz-Auditor e Diretor de Secretaria, inclusive os atos previstos nos incisos III, VIII, X e XI do art. 79 desta lei que serão por este último subscritos;
III - lavrar procuração apud acta, quando estiver funcionando em audiência.
14/05/2013 vlsr
103
Oficial de Justiça
Art. 44. O oficial de justiça realizará as diligências que lhe atribuir a lei de organização judiciária militar e as que lhe forem ordenadas por despacho do juiz, certificando o ocorrido, no respectivo instrumento, com designação de lugar, dia e hora.
Diligências
1º As diligências serão feitas durante o dia, em período que medeie entre as seis e as dezoito horas e, sempre que possível, na presença de duas testemunhas.
Mandados
2º Os mandados serão entregues em cartório, logo depois de cumpridos, salvo motivo de forca maior.
14/05/2013 vlsr
104
LOJMU - Art. 81. São atribuições do Oficial de Justiça Avaliador:
LEI 11.416/06, ART. 4º, § 1o
Oficial de Justiça Avaliador FEDERAL
14/05/2013 vlsr 105
Convocação de substituto. Nomeação ad hoc
Art. 45. Nos impedimentos do funcionário ou serventuário de justiça, o juiz convocará o substituto; e, na falta deste, nomeará um ad hoc, que prestará compromisso de bem desempenhar a função, tendo em atenção as ordens do juiz e as determinações de ordem legal.
Suspeição de funcionário ou serventuário
Art. 46. O funcionário ou serventuário de justiça fica sujeito, no que for aplicável, às mesmas normas referentes a impedimento ou suspeição do juiz, inclusive o disposto no art. 41.
14/05/2013 vlsr
106
Nomeação de peritos
Art. 47 Os peritos e intérpretes serão de nomeação do juiz, sem intervenção das partes.
Preferência
Art. 48. Os peritos ou intérpretes serão nomeados de preferência dentre oficiais da ativa, atendida a especialidade.
Compromisso legal
Parágrafo único. O perito ou intérprete prestará compromisso de desempenhar a função com obediência à disciplina judiciária e de responder fielmente aos quesitos propostos pelo juiz e pelas partes.
14/05/2013 vlsr
108
Encargo obrigatório
Art. 49. O encargo de perito ou intérprete não pode ser recusado, salvo motivo relevante que o nomeado justificará, para apreciação do juiz.
Penalidade em caso de recusa
Art. 50. No caso de recusa irrelevante, o juiz poderá aplicar multa correspondente até três dias de vencimentos, se o nomeado os tiver fixos por exercício de função; ou, se isto não acontecer, arbitrá-lo em quantia que irá de um décimo à metade do maior salário mínimo do país.
14/05/2013 vlsr 109
Casos extensivos
Parágrafo único. Incorrerá na mesma pena o perito ou o intérprete que, sem justa causa:
a) deixar de acudir ao chamado da autoridade;
b) não comparecer no dia e local designados para o exame;
c) não apresentar o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos estabelecidos.
14/05/2013 vlsr 110
Não comparecimento do perito
Art. 51. No caso de não comparecimento do perito, sem justa causa, o juiz poderá determinar sua apresentação, oficiando, para esse fim, à autoridade militar ou civil competente, quando se tratar de oficial ou de funcionário público.
14/05/2013 vlsr 111
Impedimentos dos peritos
Art. 52. Não poderão ser peritos ou intérpretes:
a) os que estiverem sujeitos a interdição que os inabilite para o exercício de função pública;
b) os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da perícia;
c) os que não tiverem habilitação ou idoneidade para o seu desempenho;
d) os menores de vinte e um anos.
Suspeição de peritos e intérpretes
Art. 53. É extensivo aos peritos e intérpretes, no que lhes for aplicável, o disposto sobre suspeição de juízes.
14/05/2013 vlsr 112
14/05/2013 vlsr 114
O Ministério Público Militar é instituição permanente e
essencial à função jurisdicional do Estado, prevista
constitucionalmente, tendo por principal atribuição
promover, privativamente, a ação penal pública, na
forma da lei (CRFB, 127, caput, e 129, I).
Ao inverso do que denota o termo de identificação
empregado – militar –, o Ministério Público é uma
instituição civil, como também civis são seus
membros, possuindo autonomia e independência
funcional. Representa o Estado (acusação e
persecução) no processo penal.
14/05/2013 vlsr 115
No exercício funcional, cada membro possui
autonomia, estando subordinado apenas às
leis.
Ressalva-se, todavia, a responsabilidade
subjetiva por danos concretamente causados,
pelo uso indevido ou de má-fé, de suas
funções institucionais.
14/05/2013 vlsr 116
O Ministério Público Militar é ramo
especializado do Ministério Público da União,
ao lado de seus congêneres: Ministério Público
Federal, do Ministério Público do Trabalho e do
Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios; atuando perante a Justiça Militar
federal, com inúmeras atribuições judiciais e
extrajudiciais.
14/05/2013 vlsr 117
Em 1ª instância, a carreira é composta por
Promotores de Justiça Militar e Procurador de
Justiça Militar – órgãos de execução, os quais
oficiam nas Auditorias Militares – e, em 2ª
instância, por Subprocuradores-Gerais da Justiça
Militar, que têm exercício perante o Superior
Tribunal Militar.
14/05/2013 vlsr 118
São também órgãos do Ministério Público Militar:
o Procurado-Geral, a Corregedoria-Geral, o
Colégio de Procuradores do Ministério Público
Militar, o Conselho Superior e a Câmara de
Coordenação e Revisão.
14/05/2013 vlsr 119
Na esfera dos Estados-Membros e do Distrito
Federal não existe Ministério Público Militar. São
os próprios representantes dos Ministérios
Públicos Estaduais que atuam junto às Auditorias
Militares.
14/05/2013 vlsr 120
De igual modo que os representantes do Parquet, os
advogados que atuam na Justiça Militar Brasileira são
todos civis.
Nos termos da Constituição, o advogado é
indispensável à administração da justiça, estando o
Estado incumbido de prestar assistência jurídica
integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência
de recursos (CF, art. 5º, LXXIV), motivo pelo qual se
tem a figura da Defensoria Pública – instituição
essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em
todos os graus, dos necessitados.
14/05/2013 vlsr 121
A Lei 8.906, de 04.07.1994, dispõe sobre o
Estatuto da Advocacia e a Ordem dos
Advogados do Brasil[9] (OAB). De outra banda,
a Lei Complementar nº 80, de 12.01.1994,
organizou a Defensoria Pública da União, do
Distrito Federal e dos Territórios, e prescreve
normas gerais para sua organização nos
Estados.
14/05/2013 vlsr 122
Na Justiça Militar, a constituição de defensor
independerá de mandato se o acusado o
indicar por ocasião do interrogatório, ou em
qualquer outra fase do processo, por termo
nos autos.
Havendo mandato (procuração), entretanto,
este obedecerá aos termos do art. 38 do
Código de Processo Civil.
14/05/2013 vlsr 123
A função de defensor é privativa do Advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil (art. 1º, I, EAOAB).
Na ausência de defensor constituído, será nomeado um dativo.
A competência para nomeação é do presidente do Conselho de Justiça (art. 29, III, LOJMU). O patrocínio da causa é obrigatório, salvo motivo relevante arguido pelo defensor dativo.
14/05/2013 vlsr 124
Vale lembrar que, na jurisdição federal, os
militares poderão ser representados
judicialmente por membros da Advocacia-
Geral da União, conforme previsto na Lei nº
9.028, de 12 de abril de 1995, e disposto em
regulamento, quando envolvidos em inquéritos
ou processos judiciais.
Intervenção do assistente no processo
Art. 65. Ao assistente será permitido, com aquiescência do juiz e ouvido o Ministério Público:
a) propor meios de prova;
b) requerer perguntas às testemunhas, fazendo-o depois do procurador;
c) apresentar quesitos em perícia determinada pelo juiz ou requerida pelo Ministério Público;
d) juntar documentos;
e) arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público;
f) participar do debate oral.
14/05/2013 vlsr
125
Assistente em processo perante o Superior Tribunal Militar
ART. 65, §3º Caberá ao relator do feito, em despacho irrecorrível,
após audiência do procurador-geral, admitir ou não o assistente,
em processo da competência originária do Superior Tribunal
Militar. Nos julgamentos perante esse Tribunal, se o seu
presidente consentir, o assistente poderá falar após o
procurador-geral, por tempo não superior a dez minutos. Não
poderá opor embargos, mas lhe será consentido impugná-los, se
oferecidos pela defesa, e depois de o ter feito o procurador-
geral.
14/05/2013 vlsr 126
Personalidade do acusado
Art. 69. Considera-se acusado aquele a quem é imputada a prática de infração penal em denúncia recebida.
Antes do recebimento da denúncia: indiciado, depois acusado e réu depois de a condenação.
14/05/2013 vlsr 128
Identificação do acusado
Art. 70. A impossibilidade de identificação do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos não retardará o processo, quando certa sua identidade física. A qualquer tempo, no curso do processo ou da execução da sentença, far-se-á a retificação, por termo, nos autos, sem prejuízo da validade dos atos precedentes.
14/05/2013 vlsr 129
Nomeação obrigatória de defensor
Art. 71. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor.
Constituição de defensor
1º A constituição de defensor independerá de instrumento de mandado, se o acusado o indicar por ocasião do interrogatório ou em qualquer outra fase do processo por termo nos autos.
14/05/2013 vlsr 130
Nomeação obrigatória de defensor
Art. 71.
Defesa de praças
5º As praças serão defendidas pelo advogado de ofício, cujo patrocínio é obrigatório, devendo preferir a qualquer outro.
14/05/2013 vlsr 131
Nomeação de curador
Art. 72. O juiz dará curador ao acusado incapaz.
Prerrogativa do posto ou graduação
Art. 73. O acusado que for oficial ou graduado não perderá, embora sujeito à disciplina judiciária, as prerrogativas do posto ou graduação. Se preso ou compelido a apresentar-se em juízo, por ordem da autoridade judiciária, será acompanhado por militar de hierarquia superior a sua.
Parágrafo único. Em se tratando de praça que não tiver graduação, será escoltada por graduado ou por praça mais antiga.
14/05/2013 vlsr 132
Petição inicial acusatória proposta pelo MPM,
pela qual esse órgão exerce seu direito como
titular da ação penal.
Será oferecida quando houver prova de fato
que em tese constitui crime e indícios de
autoria.
14/05/2013 vlsr 134
a) a designação do juiz a que se dirigir;
b) o nome, idade, profissão e residência do acusado, ou esclarecimentos pelos quais possa ser qualificado;
c) o tempo e o lugar do crime;
d) a qualificação do ofendido e a designação da pessoa jurídica ou instituição prejudicada ou atingida, sempre que possível;
e) a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias;
f) as razões de convicção ou presunção da delinquência;
g) a classificação do crime;
h) o rol das testemunhas, em número não superior a seis, com a indicação da sua profissão e residência; e o das informantes com a mesma indicação.
14/05/2013 vlsr 135
Rejeição de denúncia
Art. 78. A denúncia não será recebida pelo juiz:
a) se não contiver os requisitos expressos no artigo anterior;
b) se o fato narrado não constituir evidentemente crime da competência da Justiça Militar;
c) se já estiver extinta a punibilidade;
d) se for manifesta a incompetência do juiz ou a ilegitimidade do acusador.
Na ausência de requisitos formais. o juiz, por despacho fundamentado, remeterá ao MP para que, em 3 dias, contados da data do recebimento dos autos, sejam preenchidos os requisitos que não o tenham sido.
14/05/2013 vlsr 136
Prazo para oferecimento da denúncia
Art. 79. A denúncia deverá ser oferecida, se o acusado estiver preso, dentro do prazo de cinco dias, contados da data do recebimento dos autos para aquele fim; e, dentro do prazo de quinze dias, se o acusado estiver solto. O auditor deverá manifestar-se sobre a denúncia, dentro do prazo de quinze dias.
14/05/2013 vlsr 137
Prorrogação de prazo
1º O prazo para o oferecimento da denúncia poderá, por despacho do juiz, ser prorrogado ao dobro; ou ao triplo, em caso excepcional e se o acusado não estiver preso.
2º Se o Ministério Público não oferecer a denúncia dentro deste último prazo, ficará sujeito à pena disciplinar que no caso couber, sem prejuízo da responsabilidade penal em que incorrer, competindo ao juiz providenciar no sentido de ser a denúncia oferecida pelo substituto legal, dirigindo-se, para este fim, ao procurador-geral, que, na falta ou impedimento do substituto, designará outro procurador.
14/05/2013 vlsr
138
A definição constitucional não deixa margens a dúvidas: são da competência da jurisdição militar os crimes qualificados como tais na legislação.
É importante analisar as alterações ofertadas pela EC 45 na Justiça
Militar. De qualquer sorte, aos Juízes de Direito da Justiça Militar competirá o julgamento dos crimes militares cometidos contra civil bem como ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça (órgão colegiado) o processo e julgamento dos demais crimes militares.
A Justiça Militar estadual julga, portanto, os militares nos
crimes militares definidos em lei, ressalvada a competência do Tribunal do Júri, quando a vítima for civil (art. 125, § 4°, CF) – Ver Súmula 53, STJ. A Justiça Militar federal, por sua vez, julga tanto civis, quanto militares.
Art. 82. O fôro militar é especial e a êle estão sujeitos, em tempo de paz:
Art. 82. O foro militar é especial, e, exceto nos crimes dolosos contra a vida praticados contra civil, a ele estão sujeitos, em tempo de paz: (Redação dada pela Lei nº 9.299, de 7.8.1996)
Pessoas sujeitas ao fôro militar I - nos crimes definidos em lei contra as instituições militares ou a
segurança nacional: a) os militares em situação de atividade e os assemelhados na
mesma situação; b) os militares da reserva, quando convocados para o serviço
ativo; c) os reservistas, quando convocados e mobilizados, em
manobras, ou no desempenho de funções militares; d) os oficiais e praças das Polícias e Corpos de Bombeiros,
Militares, quando incorporados às Forças Armadas;
II - nos crimes funcionais contra a administração militar ou contra a administração da Justiça Militar, os auditores, os membros do Ministério Público, os advogados de ofício e os funcionários da Justiça Militar.
§ 1° O fôro militar se estenderá aos militares da reserva, aos reformados e aos civis, nos crimes contra a segurança nacional ou contra as instituições militares, como tais definidas em lei. (Renumerado do parágrafo único, pela Lei nº 9.299, de 7.8.1996)
§ 2° Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil, a Justiça Militar encaminhará os autos do inquérito policial militar à justiça comum. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.299, de 7.8.1996)
Fôro militar em tempo de guerra Art. 83. O fôro militar, em tempo de guerra,
poderá, por lei especial, abranger outros casos, além dos previstos no artigo anterior e seu parágrafo.
Assemelhado Art. 84. Considera-se assemelhado o
funcionário efetivo, ou não, dos Ministérios da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, submetidos a preceito de disciplina militar, em virtude de lei ou regulamento.
DA COMPETÊNCIA EM GERAL Determinação da competência Art. 85. A competência do fôro militar será
determinada: I - de modo geral: a) pelo lugar da infração: Art. 88 – Lugar da Infração Art. 89 – A bordo de navio Art. 90 – A bordo de aeronave Arts. 91 e 92: fora do território nacional b) pela residência ou domicílio do acusado; c) pela prevenção; II - de modo especial, pela sede do lugar de serviço.
DA COMPETÊNCIA EM GERAL
Determinação da competência
Na Circunscrição Judiciária
Art. 86. Dentro de cada Circunscrição Judiciária Militar,
a competência será determinada:
a) pela especialização das Auditorias;
b) pela distribuição;
c) por disposição especial deste Código.
A definição constitucional não deixa margens a dúvidas: são da
competência da jurisdição militar os crimes qualificados como tais
na legislação.
É importante analisar as alterações ofertadas pela EC 45 na Justiça
Militar. De qualquer sorte, aos Juízes de Direito da Justiça
Militar competirá o julgamento dos crimes militares cometidos
contra civil bem como ações judiciais contra atos disciplinares
militares, cabendo ao Conselho de Justiça (órgão colegiado) o
processo e julgamento dos demais crimes militares.
A Justiça Militar estadual julga, portanto, os militares nos
crimes militares definidos em lei, ressalvada a competência do
Tribunal do Júri, quando a vítima for civil (art. 125, § 4°, CF) –
Ver Súmula 53, STJ. A Justiça Militar federal, por sua vez, julga
tanto civis, quanto militares.
vlsr 150
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REFERÊNCIAS
14/05/2013