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DIREITO CONSTITUCIONAL 07/08/2013

9. Interveno

- Ocorre apenas no sistema federativo;

Interveno federativa aquela na qual um Ente Federativo autorizado a fazer certa interferncia em outro Ente, mesmo que esse Ente possuindo autonomia.Essa interveno somente permitida em situaes de anormalidade, previstas na Constituio Federal no art. 34. Essas situaes so as excees, a regra a autonomia.

-> Princpios Sensveis art. 34, inciso VII da CF:

VII assegurar a observncia dos seguintes princpios constitucionais:

a)forma republicana, sistema representativo e regime democrtico;b)direitos da pessoa humana;c)autonomia municipal;d)prestao de contas da administrao pblica, direta e indireta;e)aplicao do mnimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferncias, na manuteno e desenvolvimento do ensino e nas aes e servios pblicos de sade.

DIREITO CONSTITUCIONAL 13/08/2013

Nos casos previstos nos incisos I, II, III, e V do art. 34 o presidente poder decretar a interveno de ofcio [ato discricionrio] chamada Interveno Espontnea. No inciso IV, a interveno provocada por solicitao ao Presidente da Repblica pelo legislativo ou executivo. Neste caso o presidente da repblica no obrigado a agir.Nos incisos IV e VI referente ao judicirio a provocao por requisio. Em principio o Presidente da Repblica obrigado a agir, por ser feita por um rgo judicial [um juzo tcnico], de certa forma uma situao mais grave.Nos incisos VI e VII a interveno por representao do Procurador Geral da Repblica [chefe do Ministrio Publico Federal] ao STF. Ele prope uma Ao Direta de Inconstitucionalidade Interventiva [ao direta proposta pelo PGR ao STF por meio de ADIN Interventiva]. Se o STF julgar procedente o Presidente da Repblica estar obrigado a agir.Obs.: em princpio o Presidente da Repblica obrigado a agir em caso de provocao por requisio. Mas h exceo quando o Presidente da Repblica suspende um ato que foi praticado pelo governador, por exemplo, por meio de um decreto. Isso no deixa de ser uma interveno branda. Em casos que esse decreto no foi suficiente necessria a interveno forte do Presidente da Repblica.O Presidente da Repblica deve pedir ajuda [conselho] ao Conselho da Repblica e ao Conselho da Defesa Nacional. Ele no obrigado a seguir os conselhos. E ainda, se o Presidente da Repblica decretar a interveno o Congresso Nacional tem que concordar para ocorr-la. Quando o decreto brando no precisa ser aceito pelo Congresso Nacional. [no inciso IV o Procurador Geral de Justia prope ADIN ao Tribunal de Justia e o rgo controlador a Assembleia Legislativa].

DIREITO CONSTITUCIONAL 14/08/2013

9.?. Interveno aos Municpios

So quatro hipteses de interveno previstas no art. 35 da Constituio Federal.

Art. 35. -O Estado no intervir em seus Municpios, nem a Unio nos Municpios localizados em Territrio Federal, exceto quando:I deixar de ser paga, sem motivo de fora maior, por dois anos consecutivos, a dvida fundada;II no forem prestadas contas devidas, na forma da lei;III no tiver sido aplicado o mnimo exigido da receita municipal na manuteno e desenvolvimento do ensino e nas aes e servios pblicos de sade;Videart. 212 da CF.IV o Tribunal de Justia der provimento a representao para assegurar a observncia de princpios indicados na Constituio Estadual, ou para prover a execuo de lei, de ordem ou de deciso judicial.

Ento so: deixar de pagar dvidas fundadas por dois anos [dvidas que o municpio faz para saldar dvidas com prazo menor para cumprimento].Caso o municpio [prefeito] deixe de prestar as contas do municpio para que os cidados e os rgos administrativos possam fiscalizar as contas do municpio.Quando o municpio deixar de aplicar um mnimo exigido da receita do municpio para educao e sade. Esse mnimo pode ser regulado pela prpria constituio [25%] ou pela lei orgnica do municpio.E por ltimo quando os municpios no observem os princpios da constituio, no cumpram a lei federal ou no cumpram deciso de ordem federal ou ordem judicial. Depende da representao do procurador de justia frente ao TJ.Nos trs primeiros casos o governador pode agir de ofcio, so intervenes espontneas. No ltimo no ser por ele a interveno, depende de representao. Ela ser fiscalizada pela assembleia legislativa do Estado.

10. Poder Legislativo

LEGISLATIVOEXECUTIVOJUDICIRIO

UNIO

CongressoNacional

ENTES FED.AssembleiaLegislativa

MUNICPIOSCmaras Municipais

10.1. Estrutura do Poder Legislativo

SENADO FEDERALCMARA DOS DEPUTADOSCONGRESSO NACIONAL

Nasce com a ideia de Montesquieu e dos Federalistas [dentro do Estado Moderno no fim do sc. XVIII] que criam uma diviso de rgos com poderes que possam realizar interferncias uns nos outros, criando um sistema de freios e contrapesos, para ao mesmo tempo fiscalizar uns aos outros e impedir possveis abusos.No Brasil o poder legislativo da Unio exercido pelo parlamento nacional e se chama Congresso Nacional, formada por uma estrutura bicameral constituda por duas Cmaras [casas], a Cmara dos Deputados e o Senado Federal.Em tese a Cmara dos Deputados [formado por 513 deputados] representa os interesses do povo, o Senado Federal [formado por 81 senadores] representa os interesses dos Entes Federativos [ainda em tese].10.2. Atribuies do Congresso Nacional

As funes mais bsicas do Legislativo so legislar e fiscalizar a atuao dos demais poderes, principalmente do Executivo [ex. por CPI, pelo Tribunal de Contas etc.].

-> Art. 48 [com a sano presidencial]

Art. 48 -Cabe ao Congresso Nacional, com a sano do Presidente da Repblica, no exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matrias de competncia da Unio, especialmente sobre:

As competncias legislativas da Unio esto previstas nos arts. 22 e 24 da Constituio Federal.

I sistema tributrio, arrecadao e distribuio de rendas;Legislar sobre tudo que diz respeito do sistema tributrio.

II plano plurianual, diretrizes oramentrias, oramento anual, operaes de crdito, dvida pblica e emisses de curso forado;Tudo que diz respeito a emisso de moeda e tudo que diz respeito ao oramento pblico.

III fixao e modificao do efetivo das Foras Armadas;O presidente no pode diminuir ou aumentar o contingente das Foras Armadas sem que seja por lei.

IVplanos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;V limites do territrio nacional, espao areo e martimo e bens do domnio da Unio;VI incorporao, subdiviso ou desmembramento de reas de Territrios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas;VII transferncia temporria da sede do Governo Federal;VIIIconcesso de anistia;IX organizao administrativa, judiciria, do Ministrio Pblico e da Defensoria Pblica da Unio e dos Territrios e organizao judiciria, do Ministrio Pblico e da Defensoria Pblica do Distrito Federal;X criao, transformao e extino de cargos, empregos e funes pblicas, observado o que estabelece o art. 84, VI,b;XI criao e extino de Ministrios e rgos da administrao pblica;O presidente no pode criar ministrios, estes devem ser criados por lei.

XIItelecomunicaes e radiodifuso;Cdigo Brasileiro de Telecomunicaes: Lei n. 4.117, de 27-8-1962.A Lei n. 9.295, de 19-7-1996, dispe sobre os servios de telecomunicaes e sua organizao.Organizao dos Servios de Telecomunicaes: Lei n. 9.472, de 16-7-1997.Servio de Radiodifuso Comunitria: Lei n. 9.612, de 19-2-1998.XIII matria financeira, cambial e monetria, instituies financeiras e suas operaes;XIVmoeda, seus limites de emisso, e montante da dvida mobiliria federal;XVfixao do subsdio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispem os arts. 39, 4.; 150, II; 153, III; e 153, 2., I.Remunerao da Magistratura da Unio: Lei n. 10.474, de 27-6-2002.A Lei n. 12.041, de 8-10-2009, dispe sobre a reviso do subsdio de Ministro do STF, referido neste artigo.Importante, pois o salrio dos Ministros do STF [R$ 27 mil] o piso mximo dos funcionrios dos poderes executivo, legislativo e judicirio por isso deve estar na lei. Porm na prtica no isso que acontece devido a auxlios governamentais, comisses etc.

-> Art. 49 [competncias exclusivas que no precisam da aprovao do presidente]So decretos legislativos pois necessitam apenas da aprovao das casas do Congresso Nacional, e no por lei.

Art. 49 - da competncia exclusiva do Congresso Nacional:

Iresolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimnio nacional;Ratificao dos tratados estrangeiros [pode aceitar ou no].

II autorizar o Presidente da Repblica a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que foras estrangeiras transitem pelo territrio nacional ou nele permaneam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar;Declarao de guerra um ato do presidente mas que somente pode ser realizado se aceito pelo Congresso por meio de decreto legislativo.

III autorizar o Presidente e o Vice Presidente da Repblica a se ausentarem do pas, quando a ausncia exceder a quinze dias. O Presidente e o Vice somente podem se ausentar do territrio nacional por mais de 15 dias com autorizao do Congresso Nacional, sob pena se no houver autorizao de sofrer impeachment.

IV aprovar o estado de defesa e a interveno federal, autorizar o estado de stio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;V sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegao legislativa;VI mudar temporariamente sua sede;VII fixar idntico subsdio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que dispem os arts. 37, XI, 39, 4., 150, II, 153, III, e 153, 2., I;Fixar o salrio dos Deputados e Senadores sem que o presidente possa vetar, mediante decreto legislativo.

VIII fixar os subsdios do Presidente e do Vice-Presidente da Repblica e dos Ministros de Estado, observado o que dispem os arts. 37, XI, 39, 4., 150, II, 153, III, e 153, 2., I;IX julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da Repblica e apreciar os relatrios sobre a execuo dos planos de governo;X fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, includos os da administrao indireta;XI zelar pela preservao de sua competncia legislativa em face da atribuio normativa dos outros Poderes;XII apreciar os atos de concesso e renovao de concesso de emissoras de rdio e televiso;XIIIescolher dois teros dos membros do Tribunal de Contas da Unio;O Decreto Legislativo n. 6, de 22-4-1993, regulamenta a escolha de Ministros do Tribunal de Contas da Unio pelo Congresso Nacional.XIVaprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;XVautorizar referendo e convocar plebiscito;XVI autorizar, em terras indgenas, a explorao e o aproveitamento de recursos hdricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais;XVII aprovar, previamente, a alienao ou concesso de terras pblicas com rea superior a dois mil e quinhentos hectares.

10.3. Cmara dos Deputados

Composta por deputados federais. O nmero total de deputados federais estabelecido pela Lei Complementar 78/1993 que fixa 513 deputados de maneira proporcional com relao a demanda populacional e estabelece que nenhum Ente Federativo [junto do Distrito Federal] possa eleger menos de 8 e mais de 70 deputados.A idade mnima para que se elejam de 21 anos. Esse nmero de parlamentares pode ser alterado por nova Lei Complementar que revogue a LC 78/1993.A eleio se d por meio de sistema proporcional que funciona estabelecendo um coeficiente eleitoral ao qual as legendas devem alcanar para garantir suas cadeiras, pois o partido estabelecer quais sero os deputados que ocuparo os votos desse qurum.DIREITO CONSTITUCIONAL 20/08/2013

A Cmara dos Deputados tem competncias privativas que so previstas no art. 51 da Constituio Federal. Essas competncias se formalizam atravs de resolues. So competncias privativas da Cmara dos Deputados:

Art. 51.Compete privativamente Cmara dos Deputados:

Iautorizar, por dois teros de seus membros, a instaurao de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da Repblica e os Ministros de Estado;Por meio de tal autorizao que a Cmara dos Deputados concede licena [autorizao] para que o Senado possa julgar o presidente e o vice-presidente [ex. do caso de impeachment].

II proceder tomada de contas do Presidente da Repblica, quando no apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias aps a abertura da sesso legislativa;A sesso legislativa o ano legislativo, o presidente deve apresentar as contas do que gastou no ltimo ano legislativo, caso no o faa a Cmara dos Deputados podem proceder a tomada de contas do presidente.

III elaborar seu regimento interno;IV dispor sobre sua organizao, funcionamento, polcia, criao, transformao ou extino dos cargos, empregos e funes de seus servios, e a iniciativa de lei para fixao da respectiva remunerao, observados os parmetros estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias;Servios internos da Cmara.

V eleger membros do Conselho da Repblica, nos termos do art. 89, VII.

10.4. Senado Federal

Os senadores compem um nmero de 81 parlamentares, dos quais cada Unidade Federativa junto do Distrito Federal tem direito a eleger trs representantes que, em tese, representem os interesses da Unidade Federativa. O mandato de oito anos e a cada eleio se renovam algumas cadeiras [em uma eleio se renovam duas, em outra uma e assim sucessivamente]. O sistema eleitoral majoritrio e de maioria simples.So competncias privativas do Senado Federal, tambm validadas por meio de resolues:

Art. 52.Compete privativamente ao Senado Federal:

Iprocessar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da Repblica nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;A Lei n. 1.079, de 10-4-1950, define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento.IIprocessar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justia e do Conselho Nacional do Ministrio Pblico, o Procurador-Geral da Repblica e o Advogado-Geral da Unio nos crimes de responsabilidade;Julgamento de impeachment por meio do Senado. uma competncia semelhante a da Cmara dos Deputados.

III aprovar previamente, por voto secreto, aps arguio pblica, a escolha de:a)magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituio;b)Ministros do Tribunal de Contas da Unio indicados pelo Presidente da Repblica;c)Governador de Territrio;d)presidente e diretores do banco central;e)Procurador-Geral da Repblica;f)titulares de outros cargos que a lei determinar;IV aprovar previamente, por voto secreto, aps arguio em sesso secreta, a escolha dos chefes de misso diplomtica de carter permanente;V autorizar operaes externas de natureza financeira, de interesse da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territrios e dos Municpios;VIfixar, por proposta do Presidente da Repblica, limites globais para o montante da dvida consolidada da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios;VII dispor sobre limites globais e condies para as operaes de crdito externo e interno da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Pblico federal;VIII dispor sobre limites e condies para a concesso de garantia da Unio em operaes de crdito externo e interno;IXestabelecer limites globais e condies para o montante da dvida mobiliria dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios;Todos estes esto [V ao IX] ligados a ateno federativa com relao a situao financeira das Entidades Federativas.

Xsuspender a execuo, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por deciso definitiva do Supremo Tribunal Federal;XIaprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exonerao, de ofcio, do Procurador-Geral da Repblica antes do trmino de seu mandato;XII elaborar seu regimento interno;XIII dispor sobre sua organizao, funcionamento, polcia, criao, transformao ou extino dos cargos, empregos e funes de seus servios, e a iniciativa de lei para fixao da respectiva remunerao, observados os parmetros estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias;4-6-1998.XIV eleger membros do Conselho da Repblica, nos termos do art. 89, VII;XV avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributrio Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administraes tributrias da Unio, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municpios.Pargrafo nico.Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionar como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenao, que somente ser proferida por dois teros dos votos do Senado Federal, perda do cargo, com inabilitao, por oito anos, para o exerccio de funo pblica, sem prejuzo das demais sanes judiciais cabveis.

10.5. Reunies do Congresso Nacional

-> Sesso Legislativa: O Congresso Nacional se rene em Braslia de 02 de fevereiro a 22 de dezembro, sendo conhecida essa reunio como sesso legislativa esse perodo que o ano legislativo.

-> Sesso Ordinria: a sesso diria de trabalho dos deputados e senadores [no horrio da tarde em segundas-feiras, no horrio da manh em sextas-feiras e durante o dia todo de tera a quinta].

-> Sesso Extraordinria: so aquelas sesses que acontecem fora dos perodos normais de trabalho sobre assuntos do interesse dos parlamentares ou em casos especficos.

-> Recesso: perodos em que no h sesses ordinrias no Congresso Nacional. O recesso vai de 18 de julho at 31 de julho, depois ele vai de 31 de dezembro at 1 de fevereiro contabilizando 55 dias de recesso anual. No recesso pode haver convocao extraordinria a qualquer momento se houver necessidade.

-> Comisso Representativa do Congresso Nacional: Ao final de cada perodo legislativa o Congresso elege uma comisso que durante o perodo de recesso ficam no Congresso fiscalizando o poder legislativo e fazendo atos administrativos de menor importncia. uma comisso mista que contabiliza por volta de 30 membros.

-> Legislatura: perodo de quatro [4] anos que compreende o mandato dos deputados. O mandato de um senador compreende duas legislaturas.

-> Perodo Legislativo: cada parte da sesso legislativa, cada semestre da sesso legislativa.

* Hipteses de convocao extraordinria do Congresso Nacional.

Estado de Stio;

Estado de Defesa;

Interveno Federal;

Compromisso e posse do presidente da repblica e do vice [somente de quatro em quatro anos].

Nesses quatro casos quem faz a convocao o presidente do Congresso Nacional [presidente do Senado]. Nessas convocaes o Congresso Nacional obrigado a se apresentar.

Urgncia ou Relevante Interesse Pblico.

Nesse ltimo caso a convocao pode ser realizada: pelo Presidente da Repblica, Presidente do Senado, Presidente da Cmara ou a maioria simples de ambas as casas do Congresso Nacional. Tambm neste ltimo caso o Congresso Nacional deve aceitar ou no essa convocao por meio de maioria absoluta de cada uma das casas do congresso.Nesse caso a convocao extraordinria fica meio em aberto.

DIREITO CONSTITUCIONAL 21/08/2013

10.5. Reunies do Congresso Nacional Art. 57

* Sesso Conjunta entre os membros da Cmara dos Deputados e o Senado Federal, so situaes previstas na Constituio Federal.

Para inaugurar a sesso legislativa;

Para elaborar ou modificar o regimento comum do Congresso;

Compromisso e posse do presidente e do vice presidente em 1 de janeiro;

Conhecer e deliberar sobre o veto presidencial

* Sesso Preparatria: acontece a cada dois anos no dia 1 de Fevereiro ou de quatro em quatro anos.

Posse dos parlamentares [de 4 em 4 anos];

Eleio dos integrantes da Mesa Diretora [Cmara dos Deputados, Senado Federal e Congresso Nacional] e que ocorre de 2 em 2 anos.

-> Mesa Diretora:

Presidente funes do presidente da Cmara dos Deputados: substitui o presidente da Repblica e o Vice Presidente quando ambos esto impossibilitados de exercer o mandato, cabe tambm ao presidente cuidar da superviso geral do poder, distribuir a matria que ir as Comisses, define as matrias que sero votadas pelos deputados [pauta de votao], tambm pode receber e mandar adiante ou receber e mandar arquivar os pedidos de impeachment.As funes do Presidente do Senado Federal so equivalentes, com exceo do impeachment que feito pelos Deputados, porm participa do julgamento do pedido do impeachment. Tem 41 cargos a disposio para contratar assessores, secretrios, cargos auxiliares etc.

* Linha de Sucesso no exerccio do poder executivo:

- Presidente da Repblica;- Vice Presidente da Repblica;- Presidente da Cmara dos Deputados;- Presidente do Senado Federal;- Presidente do Supremo Tribunal Federal;

1 Vice Presidente tem como funo principal: substituir o presidente da Cmara dos Deputados quando este estiver ausente;

2 Vice Presidente tem como funo principal: ser o corregedor, que aquele que recebe as denncias de irregularidades dos membros da casa;

1 Secretrio um dos cargos mais cobiados da Cmara, uma espcie de prefeito que vai regular o funcionamento das funes auxiliares da casa, responsvel por gerenciar as compras de material por isso ele lida com um montante enorme de dinheiro;

2 Secretrio cuida da emisso dos passaportes dos parlamentares e viagens ao exterior;

3 Secretrio tem a funo de receber e aceitar justificativas de ausncias e atestados mdicos;

4 Secretrio cuida dos apartamentos funcionais aos parlamentares e tambm cuida da ajuda de custos de moradia aos parlamentares que no tem direito aos apartamentos funcionais.;

Quatro [4] suplentes.

No Congresso que tem as duas casas funcionando juntas a mesa diretora determinada da seguinte forma:

Presidente Presidente do Senado Federal; 1 Vice Presidente - 1 Vice Presidente da Cmara dos Deputados; 2 Vice Presidente 2 Vice Presidente do Senado Federal;

10.6. Comisses

Existem comisses permanentes previstas no regimento interno como a Comisso de Constituio e Justia [que avalia os detalhes da produo dos textos normativos principalmente observando se so seguidos os preceitos constitucionais].Em geral os projetos de lei no vo a plenrio, o parecer da comisso terminativo e o que decidido pela comisso vale como deciso da casa.

DIREITO CONSTITUCIONAL 27/08/2013

10.6. Comisses [cont.]

So grupos pequenos de parlamentares que se renem para discutir projetos de lei, dar pareceres sobre tais projetos, modificando-os e aprovando-os. Quando um projeto de aprovado em uma comisso, ela j ir para votao na outra casa.

Permanentes [temticas]Especiais [Temticas]ComissesTemporrias ExternasCPI

Comisso Representativa do Congresso Nacional [comisso que fica de planto no perodo de recesso]

As comisses tm trs [3] cargos importantes em sua estrutura:

1. Presidente da Comisso [gerencia a comisso, define as datas];2. Relator [escolhido pelo presidente, v o projeto minuciosamente e emite um parecer];3. Revisor [analisa o projeto]

- O partido escolhe quais parlamentares da sua legenda iro fazer parte da comisso.

DIREITO CONSTITUCIONAL 28/08/2013

10.7. Imunidades Parlamentares

Imunidades proteger o parlamentar para que ele possa discordar do governo e para que ele possa exercer sua funo de debater sem que seja ameaada sua liberdade. A imunidade dos parlamentares no definida pelo local ou horrio, e sim pelo uso das palavras, se forem de vis poltico estaro abrangidas pela imunidade, uso de palavras de cunho pessoal no esto dentro dos casos de imunidade.

-> Material [inviolabilidade] somente opinio, palavras e votos, exclui a possibilidade de crime de opinio, desde que os parlamentares estejam no exerccio da funo para qual foi eleito.

Art. 53 -Os Deputados e Senadores so inviolveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opinies, palavras e votos.

Cabe a: deputados federais, senadores, deputados estaduais/distritais e vereadores*.

* O Vereador tem imunidade material apenas na circunscrio do municpio que ele atua.

Priso parlamentares no podem ser presos, nem com sentena penal transitada em julgado. Exceo: se ele for pego em flagrante praticando um crime inafianvel. A autoridade que realizou a priso dever informar em 24 a Casa Parlamentar a qual pertence o parlamentar para que eles possam relaxar ou manter a priso por maioria absoluta-> FormalProcesso por crimes cometidos depois da diplomao, os parlamentares podem ser processados mas tem a prerrogativa do foro privilegiado, sendo julgados apenas pelo Supremo Tribunal Federal, enquanto estiver no seu mandato. A casa tem a prerrogativa de entre os 45 dias pedir para que o STF suspenda o processo, e o STF tem de acatar tal pedido.

Prerrogativa do Foro Privilegiado

Art. 53, 1.Os Deputados e Senadores, desde a expedio do diploma, sero submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.

Cabe a: Deputados Federais, Deputados Estaduais/Distritais e Senadores.

A imunidade comea aps a diplomao, que o reconhecimento pela justia eleitoral de que a eleio de tal pessoa foi vlida, antes mesmo do candidato tomar posse. Para crimes ocorridos antes da diplomao no vale a imunidade.Abuso de prerrogativas segundo o inciso II do art. 55 se quebrado o decoro parlamentar, o parlamentar pode ser punido politicamente, no judicialmente, perdendo o mandato por deciso dos outros parlamentares. No pode ser julgado depois de terminado o mandato.As imunidades parlamentares so irrenunciveis para proteger o parlamentar de qualquer tipo de coao.

DIREITO CONSTITUCIONAL 03/09/2013

10.8. IncompatibilidadesSo possiblidades em que os parlamentares no podem realizar tais atos com pena de poder perder o mandato.

Art. 54.Os Deputados e Senadores no podero:

I -desde a expedio do diploma:

a)firmar ou manter contrato com pessoa jurdica de direito pblico, autarquia, empresa pblica, sociedade de economia mista ou empresa concessionria de servio pblico, salvo quando o contrato obedecer a clusulas uniformes;

Todas estas empresas possuem capital pblico envolvido em suas atividades. O parlamentar s pode assinar contratos com pessoas jurdicas de direito pblico se estes contratos forem celebrados com clusulas uniformes [comum a todos].

b)aceitar ou exercer cargo, funo ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissveisad nutum, nas entidades constantes da alnea anterior;

II -desde a posse:

a)ser proprietrios, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurdica de direito pblico, ou nela exercer funo remunerada;

No pode ser proprietrio de empresas que necessitem de concesses do governo federal. [Livro: Os Donos do Poder]

b)ocupar cargo ou funo de que sejam demissveisad nutum, nas entidades referidas no inciso I,a;c)patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I,a;

No pode defender interesse dessas empresas, no pode ser lobista sobre esses interesses.

d)ser titulares de mais de um cargo ou mandato pblico eletivo.10.9. Perda de Mandato

Art. 55.Perder o mandato o Deputado ou Senador:

O certo seria: poder perder.

I -que infringir qualquer das proibies estabelecidas no artigo anterior;II -cujo procedimento for declarado incompatvel com o decoro parlamentar;

Quebrar o decoro parlamentar.

III -que deixar de comparecer, em cada sesso legislativa, tera parte das sesses ordinrias da Casa a que pertencer, salvo licena ou misso por esta autorizada;IV -que perder ou tiver suspensos os direitos polticos;

*Art. 15. vedada a cassao de direitos polticos, cuja perda ou suspenso s se dar nos casos de:

I -cancelamento da naturalizao por sentena transitada em julgado;II -incapacidade civil absoluta;III -condenao criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;IV -recusa de cumprir obrigao a todos imposta ou prestao alternativa, nos termos do art. 5., VIII;V -improbidade administrativa, nos termos do art. 37, 4..

Mesmo perdendo os direitos polticos a perda do mandato no se d automaticamente.

V -quando o decretar a Justia Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituio;VI -que sofrer condenao criminal em sentena transitada em julgado;

1. incompatvel com o decoro parlamentar, alm dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepo de vantagens indevidas.

Quebrar o decoro parlamentar pode se originar tambm do abuso de imunidades.

2.Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato ser decidida pela Cmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocao da respectiva Mesa ou de partido poltico representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. 3.Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda ser declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofcio ou mediante provocao de qualquer de seus membros, ou de partido poltico representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

Esses pargrafos que determinam que o parlamentar no perde o seu mandato automaticamente.

4.A renncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar perda do mandato, nos termos deste artigo, ter seus efeitos suspensos at as deliberaes finais de que tratam os 2. e 3..

10.10. Atividades Compatveis com o Mandato Parlamentar

Art. 56. -No perder o mandato o Deputado ou Senador:

I -investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Territrio, Secretrio de Estado, do Distrito Federal, de Territrio, de Prefeitura de Capital ou chefe de misso diplomtica temporria;II -licenciado pela respectiva Casa por motivo de doena, ou para tratar, sem remunerao, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento no ultrapasse cento e vinte dias por sesso legislativa.

1.O suplente ser convocado nos casos de vaga, de investidura em funes previstas neste artigo ou de licena superior a cento e vinte dias. 2.Ocorrendo vaga e no havendo suplente, far-se- eleio para preench-la se faltarem mais de quinze meses para o trmino do mandato. 3.Na hiptese do inciso I, o Deputado ou Senador poder optar pela remunerao do mandato.

Os parlamentares podem optar pelo maior salrio, mesmo se este for do cargo de parlamentar, enquanto estiver em outro cargo.

DIREITO CONSTITUCIONAL 04/09/2013

10.11. Processo Legislativo

I) Conceito

um conjunto de regras e procedimentos que conduzem a elaborao das leis. Esse conjunto de regras e procedimentos constitucionais e regimentais para a elaborao das espcies legislativas [previstas na Constituio e nos regimentos das casas legislativas].Devem ser rigorosamente obedecidos sob pena de processo legislativo viciado sendo assim considerada inconstitucional de maneira formal.

II) Espcies Legislativas

Emenda constitucional a espcie legislativa que altera a constituio federal.Leis Complementares regulam assuntos de maneira geral e abstrata e regulam assuntos que a Constituio determina como sendo da lei complementar. A lei complementar tem um qurum mais duro de aprovao do que a ordinria. A lei complementar dispor sobre a elaborao, redao, alterao e consolidao das leis.Leis Ordinrias tambm regulam assuntos de maneira geral e abstrata sem visar casos concretos e serve para qualquer tipo de coisa a ser regulamentada.Lei Delegada como se fosse uma lei ordinria, mas realizada pelo Presidente da Repblica mediante prvia autorizao do Congresso Nacional. No se usa mais leis delegadas no Brasil.Medida Provisria uma espcie legislativa editada pelo presidente da repblica com fora ordinria, que comea a viger no dia em que for promulgada e tem prazo de vigncia de 60 dias, e durante esse perodo deve ser aprovada pelo Congresso, se for aprovada ser transformada em lei ordinria, se no for aprovada perder a sua eficcia. Prevista no art. 62 da Constituio Federal.Decreto Legislativo que o ato privativo do Congresso Nacional, que no precisa passar pelo presidente da repblica e trata das competncias exclusivas do Congresso Nacional.Resoluo um ato normativo que materializa as competncias exclusivas da Cmara ou do Senado.

III) Esquema do Processo Legislativo

Iniciativa* quem prope o processo legislativo?

DiscussoDeliberao parlamentarVotaoConstitutiva FASESSanoDeliberao ExecutivaVeto

PromulgaoComplementar Publicao

Fase de Iniciativa a fase em que proposto o projeto de lei. Importante, pois se for proposta por quem no pode propor projeto de lei sobre tal assunto ter vcio de iniciativa.

A fase constitutiva tem dois momentos:Deliberao Parlamentar realizada pelas duas casas do Congresso onde ambas discutem e votam o projeto de lei.Deliberao executiva o prazo que o Presidente tem para sancionar ou vetar o projeto de lei aprovado no Congresso.

A fase complementar a que ocorre para que o projeto de lei seja promulgado e receba seu diploma de promulgao e a publicao que iniciar o prazo de vacatio legis da lei para que ela possa depois comear seus efeitos.

Fase Iniciativa

Baseia-se na competncia dos legisladores, podendo ser de iniciativa privativa ou concorrente [onde qualquer pessoa legalizada pode propor o projeto de lei].As pessoas que podem propor projeto de lei esto, em regra, determinadas no art. 61 da Constituio Federal. No tem nenhuma ordem de preferncia.

Art. 61 -A iniciativa das leis complementares e ordinrias cabe a qualquer membro ou Comisso da Cmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da Repblica, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da Repblica e aos cidados, na forma e nos casos previstos nesta Constituio.

As mesas da Cmara e do Senado tambm podem propor projeto de lei sobre a competncia exclusiva de aumentar os seus prprios salrios. 51, inciso IV 52, XII.

So competncias privativas do Presidente da Repblica:

1.So de iniciativa privativa do Presidente da Repblica as leis que:I -fixem ou modifiquem os efetivos das Foras Armadas;II -disponham sobre:

a)criao de cargos, funes ou empregos pblicos na administrao direta e autrquica ou aumento de sua remunerao;b)organizao administrativa e judiciria, matria tributria e oramentria, servios pblicos e pessoal da administrao dos Territrios;c)servidores pblicos da Unio e Territrios, seu regime jurdico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;d)organizao do Ministrio Pblico e da Defensoria Pblica da Unio, bem como normas gerais para a organizao do Ministrio Pblico e da Defensoria Pblica dos Estados, do Distrito Federal e dos Territrios;

A competncia da alnea d, segundo o 5 do art. 128 dividida com o Procurador Geral da Repblica [com relao a por serem facultadas a estes.

e)criao e extino de Ministrios e rgos da administrao pblica, observado o disposto no art. 84, VI;f)militares das Foras Armadas, seu regime jurdico, provimento de cargos, promoes, estabilidade, remunerao, reforma e transferncia para a reserva.

So competncias privativas do Supremo Tribunal Federal as previstas no art. 93 e no art. 96, inciso II, estas ltimas dizem respeito a todos os tribunais superiores, incluindo-se o Supremo.

A iniciativa popular de lei prevista no pargrafo 2 do art. 61. S pode ser proposta desde que haja a colheita de assinatura de 1% do eleitorado nacional.

2.A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentao Cmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mnimo, um por cento do eleitorado nacional, distribudo pelo menos por cinco Estados, com no menos de trs dcimos por cento dos eleitores de cada um deles.

DIREITO CONSTITUCIONAL 10/09/2013

Deliberao Parlamentar Discusso e Votao

- Na grande maioria dos casos a Cmara dos Deputados a casa que inicia a propositura do projeto de lei, s comea no Senado se o projeto de lei for proposto por senador, mesa do senado, comisso.

Art. 64.A discusso e votao dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da Repblica, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores tero incio na Cmara dos Deputados.

Art. 61 - 2.A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentao Cmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mnimo, um por cento do eleitorado nacional, distribudo pelo menos por cinco Estados, com no menos de trs dcimos por cento dos eleitores de cada um deles.

Projetos de Lei votados primeiro pela Cmara dos Deputados quando feitos por:

Presidente da Repblica; Supremo Tribunal Federal; Tribunais Superiores; Proposta por deputado; Proposta por mesa da Cmara dos Deputados; Proposta por iniciativa popular;

Emendas a um Projeto de Lei feitas pela Casa Revisora

Emenda Aditiva -> adiciona algo ao PL;

Emenda Supressiva -> retira algo do PL;

Emenda Modificativa -> modifica alguma parte do PL sem retirar tal parte do projeto.

Emenda Substitutiva -> quando h dois projetos de lei sobre o mesmo tema e o mais completo, ou menos complicado substitui o outro;

Emenda Aglutinativa -> aquela em que h vrios projetos de lei que versam sobre uma matria e ao invs de escolher apenas um PL, se aproveita vrias ideias de vrios PLs.

Nas duas casas o PL passa pelas comisses, como a Comisso de Constituio e Justia. Em alguns projetos mais simples a prpria comisso pode aprovar sem a deliberao do plenrio, mas se for necessria a deliberao em plenrio para ser aprovado dever ter maioria simples [50% + 1].Ao ser aprovado na Cmara o PL passado ao Senado que pode fazer trs coisas com o projeto de lei:

Aprovar o PL e assim manda-lo para a deliberao executiva;

Rejeitar o PL e assim arquiv-lo; ou:

Aprovar o PL com a aquisio de emendas a tal.

Se houverem emendas na casa revisora, o PL voltar a casa iniciadora [nesse exemplo a Cmara dos Deputados] que pode aceitar ou rejeitar as emendas, se rejeitar pode enviar o PL com o texto original a deliberao executiva, que pode sancionar ou vetar, parcial ou totalmente, o PL.No se pode ter emenda na casa iniciadora em uma emenda feita na casa revisora.

Deliberao Executiva

O presidente pode sancionar ou vetar o PL aprovado na deliberao parlamentar. A sano pode ser expressa ou tcita. Ela ser tcita quando aps correrem 15 dias do inicio da deliberao executiva se o Presidente no se pronunciar sobre o PL.O veto pode ser

TotalParcial

VETO

Poltico contrariedade ao interesse pblico;Jurdico inconstitucionalidade;

O presidente, ao fazer o veto parcial deve vetar dispositivos inteiros, e no uma parte do texto de um dispositivo.Se o presidente realizar um veto parcial ou total, o PL voltar agora ao Congresso Nacional, que em sesso conjunta [unicameral] apreciar e deliberar o veto, e a votao deve ser secreta e por maioria absoluta [mais de 2/3]. Na sesso conjunta o Congresso tem 30 dias para apreciar o veto, esse prazo contado a partir do momento em que o PL vetado entra no Congresso. Ao apreciar o veto total, se o veto no for derrubado por maioria absoluta o PL ser arquivado, se ele for derrubado o texto segue para promulgao com o texto original.Ao apreciar o veto parcial se este no for derrubado o PL ser promulgado com o texto junto dos vetos, se ele for derrubado o texto segue para promulgao com o texto original.O veto tem de ser justificado e motivado alm de ser apresentado na internet e no Dirio Oficial o texto vetado e a razo do veto. Um veto no justificado como uma sano tcita.

DIREITO CONSTITUCIONAL 11/09/2013

IniciativaProcesso LegislativoConstitutivaComplementar

PromulgaoPublicao [exteriorizao da lei]

-> Projeto de Lei que sancionado vai para a promulgao;-> Publicao o ingresso da lei no ordenamento jurdico;

Regime de Urgncia

Art. 64.A discusso e votao dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da Repblica, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores tero incio na Cmara dos Deputados. 1.O Presidente da Repblica poder solicitar urgncia para apreciao de projetos de sua iniciativa. 2.Se, no caso do 1., a Cmara dos Deputados e o Senado Federal no se manifestarem sobre a proposio, cada qual sucessivamente, em at quarenta e cinco dias, sobrestar-se-o todas as demais deliberaes legislativas da respectiva Casa, com exceo das que tenham prazo constitucional determinado, at que se ultime a votao. 3.A apreciao das emendas do Senado Federal pela Cmara dos Deputados far-se- no prazo de dez dias, observado quanto ao mais o disposto no pargrafo anterior. 4.Os prazos do 2. no correm nos perodos de recesso do Congresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de cdigo.

-> Presidncia da repblica pode pedir essa urgncia para apreciao dos projetos de iniciativa presidencial;-> Se o PL for de iniciativa pelo presidente da Cmara e pedido regime de urgncia ele comeara a ser apreciado na Cmara dos Deputados ter 45 dias para ser votado, ser trancada a pauta da casa, ou seja, nenhuma outra coisa poder ser votada, exceto projetos que tenham prazo. Depois encaminhada ao Senado Federal [tambm com 45 dias] que pode aprovar ou rejeitar, acrescentando ou no emenda, e voltar para a CD que ter mais 10 dias;

Espcies Normativas

Art. 59.O processo legislativo compreende a elaborao de:

I emendas Constituio;II leis complementares;III leis ordinrias;IV leis delegadas;V medidas provisrias;VI decretos legislativos;VII resolues.

Pargrafo nico.Lei complementar dispor sobre a elaborao, redao, alterao e consolidao das leis.

-> Emenda Constitucional

Art. 60.A Constituio poder ser emendada mediante proposta:

I de um tero, no mnimo, dos membros da Cmara dos Deputados ou do Senado Federal;II do Presidente da Repblica;III de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federao, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

1.A Constituio no poder ser emendada na vigncia de interveno federal, de estado de defesa ou de estado de stio. 2.A proposta ser discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, trs quintos dos votos dos respectivos membros. 3.A emenda Constituio ser promulgada pelas Mesas da Cmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo nmero de ordem. 4.No ser objeto de deliberao a proposta de emenda tendente a abolir:I a forma federativa de Estado;II o voto direto, secreto, universal e peridico;IIIa separao dos Poderes;IV os direitos e garantias individuais.

5.A matria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada no pode ser objeto de nova proposta na mesma sesso legislativa.

Limitaes Materiais: clusulas ptreas/ voto secreto, direto, universal e peridico/forma federativa de Estado/direitos individuais/ separao dos poderes.

Limitaes Circunstanciais: Estado de Stio, Estado de Defesa, Interveno Federal;

Limitao Temporal: limitao de tempo que a CF no pode ser alterada. No existe na Constituio Federal de 1988.

Limitaes Implcitas: no est escrito na CF, mas com uma leitura e por deduo lgica consegue ser encontrado.

* PEC = Proposta de Emenda Constitucional

DIREITO CONSTITUCIONAL 18/09/2013

-> Medidas Provisrias Art. 62

Art. 62.Em caso de relevncia e urgncia, o Presidente da Repblica poder adotar medidas provisrias, com fora de lei, devendo submet-las de imediato ao Congresso Nacional.

Em regra as medidas provisrias podem apenas ser adotadas pelo Presidente, porm o STF decidiu em que os governadores tambm podem editar MPs com base no princpio da simetria.

1. vedada a edio de medidas provisrias sobre matria:

I relativa a:a)nacionalidade, cidadania, direitos polticos, partidos polticos e direito eleitoral;b)direito penal, processual penal e processual civil;c)organizao do Poder Judicirio e do Ministrio Pblico, a carreira e a garantia de seus membros;d)planos plurianuais, diretrizes oramentrias, oramento e crditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, 3.;

II que vise a deteno ou sequestro de bens, de poupana popular ou qualquer outro ativo financeiro;III reservada a lei complementar;IV j disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sano ou veto do Presidente da Repblica.

2.Medida provisria que implique instituio ou majorao de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, s produzir efeitos no exerccio financeiro seguinte se houver sido convertida em lei at o ltimo dia daquele em que foi editada.

O 2 trata de medidas provisrias sobre matria tributria, impostos no respondem ao perodo de anterioridade.

3.As medidas provisrias, ressalvado o disposto nos 11 e 12 perdero eficcia, desde a edio, se no forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogvel, nos termos do 7., uma vez por igual perodo, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relaes jurdicas delas decorrentes.

As MPs perdero a sua eficcia se no forem convertidas em lei no prazo de 60 dias, que pode ser prorrogado apenas uma nica vez no mesmo perodo.

4.O prazo a que se refere o 3. contar-se- da publicao da medida provisria, suspendendo-se durante os perodos de recesso do Congresso Nacional.

O prazo de 60 + 60 dias que prev o 3 deve ser contado a partir da publicao e se houver recesso do CN esse prazo ser suspenso.

5.A deliberao de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mrito das medidas provisrias depender de juzo prvio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais.

So pressupostos a real relevncia e urgncia na edio da MP.

6.Se a medida provisria no for apreciada em at quarenta e cinco dias contados de sua publicao, entrar em regime de urgncia, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, at que se ultime a votao, todas as demais deliberaes legislativas da Casa em que estiver tramitando.

Determina que se a MP no for apreciada em 45 dias de sua publicao ser submetida a regime de urgncia pelas casas do Congresso Nacional e todas as demais deliberaes da casa que estiver deliberando ficaro sobrestadas.

7.Prorrogar-se- uma nica vez por igual perodo a vigncia de medida provisria que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicao, no tiver a sua votao encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. 8.As medidas provisrias tero sua votao iniciada na Cmara dos Deputados.

A votao de MP sempre se inicia na Cmara dos Deputados.

9.Caber comisso mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisrias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sesso separada, pelo plenrio de cada uma das Casas do Congresso Nacional.

A comisso mista aprecia antes das casas legislativas.

10. vedada a reedio, na mesma sesso legislativa, de medida provisria que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficcia por decurso de prazo.

Se a MP for rejeitada no poder ser proposta novamente no mesmo ano legislativo.

11.No editado o decreto legislativo a que se refere o 3. at sessenta dias aps a rejeio ou perda de eficcia de medida provisria, as relaes jurdicas constitudas e decorrentes de atos praticados durante sua vigncia conservar-se-o por ela regidas. 12.Aprovado projeto de lei de converso alterando o texto original da medida provisria, esta manter-se- integralmente em vigor at que seja sancionado ou vetado o projeto.

-> Decreto Legislativo: ato pelo qual o Congresso Nacional formaliza suas competncias exclusivas [Sesso Conjunta ou em sesses individuais]. No necessita de aval do presidente. Essa competncia est prevista no Art. 49.

-> Resolues: atos realizados pelas casas legislativas e que servem para determinar as suas competncias privativas [Cmara dos Deputados Art. 51/Senado Federal Art. 52].

DIREITO CONSTITUCIONAL 24/09/2013

Poder Legal

Processo Legal

1. Legislar2. Fiscalizar [financeira e oramentria]

TCUTCETCM/SPTCM/RJ

Tribunal de Contas um rgo que no faz parte do poder judicirio, um rgo fiscalizador vinculado, mas no subordinado, ao legislativo. Ministrio Pblico ligado ao executivo.

O Tribunal de Contas da Unio tem as seguintes funes:

1. Apreciar as contas do presidente da repblica ao fim do ano [parte financeira dos atos do presidente]. feita pelo Presidente ao Congresso que enviar tais contas ao TCU. O Congresso pode rejeitar a posio do tribunal de contas, o congresso no est sujeito ao Tribunal;

2. Apreciar os registros, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indireta, includas as fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, excetuadas as nomeaes para cargo de provimento em comisso, bem como a das concesses de aposentadorias, reformas e penses;

3. Fiscalizar a aplicao de recursos.

DIREITO CONSTITUCIONAL 25/09/2013

11. Poder Executivo

11. 1. Elegibilidade

Para se eleger so condies de elegibilidade as previstas no 3 do art. 14 da Constituio Federal, os requisitos da lei da Ficha Limpa, alm de no poder ser analfabeto e no poder se reeleger mais de uma vez consecutivamente.

3.So condies de elegibilidade, na forma da lei:

I a nacionalidade brasileira;II o pleno exerccio dos direitos polticos;III o alistamento eleitoral;IVo domiclio eleitoral na circunscrio;V a filiao partidria;

11.2. Forma de Eleio

A eleio se dar por sistema majoritrio de maioria absoluta.

11.3. Posse

Ocorre em 1 de Janeiro do ano posterior ao ano de eleio, tem durao de quatro anos e apenas pode haver reeleio uma nica vez.

11.4. Atribuies do Presidente da Repblica art. 84

Art. 84.Compete privativamente ao Presidente da Repblica:Inomear e exonerar os Ministros de Estado;II exercer, com o auxlio dos Ministros de Estado, a direo superior da administrao federal;III iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituio;IV sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execuo;Vvetar projetos de lei, total ou parcialmente;VI dispor, mediante decreto, sobre:

a)organizao e funcionamento da administrao federal, quando no implicar aumento de despesa nem criao ou extino de rgos pblicos;b)extino de funes ou cargos pblicos, quando vagos;

VIImanter relaes com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomticos;VIIIcelebrar tratados, convenes e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;IXdecretar o estado de defesa e o estado de stio;Xdecretar e executar a interveno federal;XI remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasio da abertura da sesso legislativa, expondo a situao do Pas e solicitando as providncias que julgar necessrias;XIIconceder indulto e comutar penas, com audincia, se necessrio, dos rgos institudos em lei;XIIIexercer o comando supremo das Foras Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica, promover seus oficiais-generais e nome-los para os cargos que lhes so privativos;XIVnomear, aps aprovao pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territrios, o Procurador-Geral da Repblica, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;XVnomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da Unio;XVInomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituio, e o Advogado-Geral da Unio;XVII nomear membros do Conselho da Repblica, nos termos do art. 89, VII;XVIII convocar e presidir o Conselho da Repblica e o Conselho de Defesa Nacional;XIXdeclarar guerra, no caso de agresso estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sesses legislativas, e, nas mesmas condies, decretar, total ou parcialmente, a mobilizao nacional;XX celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;XXI conferir condecoraes e distines honorficas;XXII permitir, nos casos previstos em lei complementar, que foras estrangeiras transitem pelo territrio nacional ou nele permaneam temporariamente;XXIIIenviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes oramentrias e as propostas de oramento previstos nesta Constituio;XXIV prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias aps a abertura da sesso legislativa, as contas referentes ao exerccio anterior;XXVprover e extinguir os cargos pblicos federais, na forma da lei;XXVIeditar medidas provisrias com fora de lei, nos termos do art. 62;XXVII exercer outras atribuies previstas nesta Constituio.

Pargrafo nico.O Presidente da Repblica poder delegar as atribuies mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da Repblica ou ao Advogado-Geral da Unio, que observaro os limites traados nas respectivas delegaes.

O pargrafo nico determina quais so as competncias dentre as quais o presidente pode delegar a outros cargos de alto escalo do executivo.

11.5. Impedimento e vacncia arts. 79 a 81

Art. 79.Substituir o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-, no de vaga, o Vice-Presidente.Pargrafo nico.O Vice-Presidente da Repblica, alm de outras atribuies que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliar o Presidente, sempre que por ele convocado para misses especiais.

Art. 80.Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacncia dos respectivos cargos, sero sucessivamente chamados ao exerccio da Presidncia o Presidente da Cmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.

Art. 81.Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da Repblica, far-se- eleio noventa dias depois de aberta a ltima vaga. 1.Ocorrendo a vacncia nos ltimos dois anos do perodo presidencial, a eleio para ambos os cargos ser feita trinta dias depois da ltima vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. 2.Em qualquer dos casos, os eleitos devero completar o perodo de seus antecessores.

Linha de Sucesso:

Presidente da Repblica;

Vice Presidente da Repblica -> nico autorizado a concluir o mandato na impossibilidade do mandato;

Presidente da Cmara dos Deputados -> se faltarem pelo menos dois anos para o fim do mandato o PCD ocupar o cargo provisoriamente e devero ser convocadas eleies diretas no prazo de 90 dias. Se faltarem menos da metade do mandato as eleies devero ser convocadas em 30 dias e sero feitas pelo modo indireto;

Presidente do Senado Federal;

Presidente do Supremo Tribunal Federal.

11.6. Conselhos de Consulta Superior arts. 89, 90, 91

Art. 89.O Conselho da Repblica rgo superior de consulta do Presidente da Repblica, e dele participam:

I o Vice-Presidente da Repblica;II o Presidente da Cmara dos Deputados;III o Presidente do Senado Federal;IV os lderes da maioria e da minoria na Cmara dos Deputados;V os lderes da maioria e da minoria no Senado Federal;VI o Ministro da Justia;VII seis cidados brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da Repblica, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Cmara dos Deputados, todos com mandato de trs anos, vedada a reconduo.

Art. 90.Compete ao Conselho da Repblica pronunciar-se sobre:

I interveno federal, estado de defesa e estado de stio;II as questes relevantes para a estabilidade das instituies democrticas. 1.O Presidente da Repblica poder convocar Ministro de Estado para participar da reunio do Conselho, quando constar da pauta questo relacionada com o respectivo Ministrio. 2.A lei regular a organizao e o funcionamento do Conselho da Repblica.

So Conselhos de consulta superior convocados em casos de estado de stio, de defesa e interveno federal. Tambm sero convocados em casos de abalo das estruturas democrticas, como exemplo, no caso do mensalo.So conselhos de consulta superior, o momento de abalo a estabilidade das instituies meio subjetivo e fica ao critrio do Presidente o entendimento desses momentos.O Conselho de Defesa Nacional tem um carter mais ligado segurana, e o da Repblica est mais ligado a estabilidade do Estado.O parecer emitido no obriga o Presidente da Repblica, no tem fora cogente. As seis pessoas que so convocadas Comisso so eleitas por maioria absoluta nas casas em que so escolhidas [Senado e Cmara dos Deputados].O Conselho de Defesa convocado em casos de ameaa a soberania nacional e a defesa do Estado democrtico.

11.7. Ministros de Estado

um cargo de confiana do Presidente tendo de ser, brasileiro nato, maior de 21 anos e estar no pleno gozo de seus direitos polticos. Essa escolha do Presidente da Repblica se d por arranjos polticos com base no apoio dos partidos em poca de eleio, logo os ministrios so loteados com base nos apoios polticos.Os ministrios podem ser dissolvidos a qualquer momento, assim como pode excluir funes vagas dos ministrios [por decreto] e excluir e criar novos ministrios, estes que devem ser aprovados pelas casas do legislativo e feitos por lei, assim como deve ser aprovada a excluso de rgos. As atribuies dos ministros esto previstas no art. 87

11.8. Crimes de Responsabilidade

So infraes politico-administrativas as quais todos os cargos de grande autoridade da repblica podem cometer esses crimes de responsabilidade, menos os parlamentares que so regidos pela prpria disposio das casas legislativas.A lei que regula os crimes de responsabilidade a lei 1.079/50 que depois foi alterada, em poucas partes, pela lei 10.028/00. As hipteses gerais desses crimes cometidos pelo presidente esto previstas no art. 85 da CF/88.A sano pela condenao de crime de responsabilidade a perda de mandato, essa se aplica por meio de impeachment. Essa lei 1.079/50 no se aplica ao impeachment dos prefeitos, est determinada por decreto [que a professora no se lembra de qual ser].Esse impeachment gera perda de mandato e proibio de exercer qualquer funo pblica, por mais simples que esta seja, no prazo de oito anos.O impeachment ocorre em duas fases, a primeira o juzo de admissibilidade e a segunda o julgamento. Qualquer cidado em pleno gozo dos direitos polticos pode realizar uma denncia de crime de responsabilidade, se houverem indcios de que isso pode ser verdade, esse juzo de admissibilidade dever ser feito pela Cmara, e se aprovada ser remetida ao Senado para que este realize o julgamento.Essa votao da admissibilidade se d pela maioria de 2/3. A concesso da licena se da por resoluo da Cmara. Se a sesso da Cmara no aprovar esse mrito a denncia ser arquivada.O julgamento poltico, feito pelo senado e conduzido pelo presidente do STF, por ser um julgamento que possa gerar pena tambm, porm o presidente no vota e essa votao deve atingir pelo menos 2/3.A renncia do presidente somente descaracteriza o julgamento se for realizada antes da abertura do julgamento pelo senado federal. Assim que instaurado o processo no senado o Presidente afastado do cargo. Esse afastamento dura no mximo 180 dias. Esse julgamento poltico no pode ser alterado em recurso perante o STF.


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