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André Figueiredo
André Werner
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Fernando Mascarenhas
Andrea Gutman
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BM&F BOVESPA: VALE3
NYSE: VALE
EURONEXT PARIS: VALE3
LATIBEX: XVALO
As informações operacionais e financeiras contidas neste press release, exceto quando de outra forma indicado, são
apresentadas com base em números consolidados de acordo com o IFRS. Tais informações, com exceção daquelas
referentes a investimentos e ao comportamento dos mercados, são baseadas em demonstrações contábeis trimestrais
revisadas pelos auditores independentes. As principais subsidiárias da Vale consolidadas são: Mineração Corumbaense
Reunida S.A., PT Vale Indonesia Tbk, Salobo Metais S.A, Vale Australia Pty Ltd., Vale International Holdings GMBH, Vale
Canada Limited, Vale International S.A., Vale Manganês S.A., Vale Moçambique S.A., Vale Nouvelle-Calédonie SAS, Vale
Oman Pelletizing Company LLC e Vale Shipping Holding PTE Ltd.
3
Índice
Desempenho da Vale em 2017 ................................................................................. 4
Visão de mercado ..................................................................................................... 8
Receita operacional................................................................................................. 11
Custos e despesas .................................................................................................. 13
Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA).................. 17
Lucro líquido ........................................................................................................... 19
Remuneração aos acionistas .................................................................................. 22
Investimentos .......................................................................................................... 23
Fluxo de caixa livre ................................................................................................. 28
Indicadores de endividamento ................................................................................. 30
O desempenho dos segmentos de negócios ........................................................... 33
Minerais Ferrosos ................................................................................................... 34
Metais Básicos ........................................................................................................ 49
Carvão .................................................................................................................... 58
4
Desempenho da Vale em 2017
O CEO da Vale, Fabio Schvartsman, comentou sobre os resultados de 2017: “Nosso
desempenho em 2017 mostra uma geração de caixa excepcional e uma redução significativa da
dívida líquida devido à melhor realização de preços, disciplina rigorosa na alocação e melhora
marginal nos resultados dos ativos de níquel e cobre”. Ele concluiu que “2017 foi o ano de
inflexão para a Vale. Demos início a ambiciosas mudanças em eficiência, gerenciamento de
custos e governança corporativa. Estamos construindo as bases para diversificar a geração de
caixa, melhorando a performance dos ativos que temos hoje e reduzindo, consequentemente, a
dependência ao minério de ferro. Nosso objetivo é transformar a Vale em uma empresa mais
previsível”. 1
• O EBITDA ajustado foi de US$ 15,338 bilhões em 2017, ficando 28% acima de 2016,
apesar do impacto negativo da apreciação do Real (8,4%) e dos maiores preços de
bunker (45%), principalmente em função de maiores preços realizados e prêmios.
• O EBITDA trimestral ajustado foi de US$ 4,109 bilhões, tendo ficado em linha com o
3T17, apesar da redução de US$ 5,3/t no Platts IODEX, como resultado de maiores
preços de Metais Básicos e Carvão, maiores volumes de vendas de Minerais Ferrosos e
menores custos de Metais Básicos.
• O fluxo de caixa livre foi de US$ 8,604 bilhões em 2017, o maior nível desde 2011,
permitindo uma redução de US$ 6,899 bilhões da dívida líquida, que totalizou US$ 18,143
bilhões em 31 de dezembro de 2017.
• O fluxo de caixa livre trimestral aumentou consideravelmente em relação ao 3T17,
totalizando US$ 2,744 bilhões no 4T17. Isso permitiu uma redução significativa da dívida
líquida de US$ 2,923 bilhões no trimestre. “O sólido resultado operacional e a conclusão do
Programa de Desinvestimento aceleraram a redução da dívida líquida. Os US$ 18,1 bilhões
de dívida líquida no 4T17 equivalem a uma dívida líquida pró-forma de US$ 14,4 bilhões,
considerando a entrada em caixa de US$ 3,7 bilhões da conclusão da venda dos ativos de
Fertilizantes para a Mosaic em janeiro e do Project Finance do Corredor de Nacala a serem
recebidos no curto prazo. Obtivemos o financial close do Project Finance de Nacala, o que
significa que todas as condições precedentes foram atendidas e iremos receber os recursos
em 21 de março de 2018. Esses fluxos, em conjunto com a geração contínua de caixa das
operações, nos permitirão atingir nossa meta de US$ 10 bilhões de dívida líquida no curto
prazo”, destacou o CFO da Vale, Luciano Siani Pires.
1 Excluindo Minério de Manganês e Ferroligas.
5
• Os investimentos alcançaram seu menor nível desde 2005, totalizando US$ 3,848 bilhões
em 2017, o que representou uma redução de US$ 1,342 bilhão em comparação com 2016,
devido, principalmente, à conclusão do projeto de mina e usina do S11D. É esperado que
tais investimentos permaneçam neste nível nos próximos anos.
• O EBITDA ajustado para o segmento de Minerais Ferrosos foi de US$ 13,192 bilhões em
2017, ou seja, 26% maior do que em 2016, principalmente devido ao efeito líquido do
aumento de 22% do Platts IODEX nas receitas e nos custos (US$ 2,248 bilhões) e dos
ganhos de maiores prêmios e das iniciativas comerciais (US$ 1,439 bilhão), que foram
parcialmente compensados pelo impacto negativo da variação cambial (US$ 556 milhões) e
pelo aumento de 45% dos preços de bunker (US$ 409 milhões).
• O EBITDA ajustado por tonelada do segmento de Minerais Ferrosos2 foi de US$ 37,9/t em
2017, ficando 24% maior do que em 2016, principalmente devido à maior realização de
preços e ao melhor mix de produtos, apesar do aumento de 45% nos preços de bunker. “A
Vale está focada em maximizar suas margens através do ajuste do portfólio de seus
produtos e de seu volume, levando em consideração o balanceamento dos efeitos positivos
da realização de preço contra os impactos no custo. No futuro, os custos serão menores e a
realização de preço aumentará gradualmente com a melhora constante do mix de produtos e
com a otimização contínua da cadeia de valor”, comentou Peter Poppinga, Diretor-executivo
de Minerais Ferrosos e Carvão.
• O EBITDA ajustado de pelotas representou 18% do EBITDA ajustado total da Vale, totalizando
US$ 2,767 bilhões em 2017, o que significou um aumento de 52% em relação a 2016.
• O EBITDA ajustado do segmento de Minerais Ferrosos foi de US$ 3,319 bilhões no 4T17,
representando uma redução de US$ 355 milhões em relação ao 3T17, principalmente devido
aos menores preços. Após excluirmos os fatores exógenos de menores preços e prêmios
(US$ 581 milhões), o EBITDA ajustado ficou US$ 226 milhões maior do que no 3T17.
• O EBITDA breakeven por tonelada do segmento de finos e pelotas3 aumentou para US$ 33,9/t
no 4T17, ficando US$ 3,9/t maior do que no 3T17, principalmente devido aos fatores exógenos
como maior taxa de frete spot, maiores preços de bunker e menor prêmio para o minério 65% Fe.
• O preço trimestral CFR referência em base seca (dmt4) de finos foi de US$ 72,6/t no 4T17,
ficando US$ 7,0/t acima da média trimestral do Platts IODEX.
• O EBITDA ajustado de Metais Básicos foi de US$ 2,139 bilhões em 2017, superior em 16%
ao de 2016, devido, principalmente, a maiores preços. “Estamos a caminho de garantir que
cada um dos ativos de Metais Básicos tenha fluxo de caixa positivo, independente do cenário
de preços, e, ao mesmo tempo, de manter a opcionalidade para capturar os possíveis
benefícios que virão com a adoção dos carros elétricos. Em 2017, realizamos uma detalhada
avaliação mina-a-mina, colocando em care and maintenance duas minas no Canadá e uma
refinaria de níquel em Taiwan. Outras interrupções estão planejadas para 2018, como a da
2 Excluindo manganês e ferroligas. 3 Medido pelo custo caixa unitário e despesas entregues na China (e ajustados por qualidade, diferencial da margem de
pelota, umidade e excluindo ROM). 4 dmt= tonelada métrica seca.
6
refinaria de metais preciosos de Acton e a da refinaria e smelter de Thompson. Além disso,
acabamos de lançar nosso programa de eficiência de custos com o objetivo de alcançar a
redução de US$ 150 milhões até 2020”, comentou Eduardo Bartolomeo, Diretor-executivo de
Metais Básicos.
• O EBITDA ajustado trimestral de Metais Básicos atingiu US$ 782 milhões no 4T17, o maior
nível desde o 1T11, representando um aumento de US$ 221 milhões devido,
principalmente, a maiores preços e menores custos.
• O EBITDA ajustado trimestral de VNC foi de US$ 11 milhões, devido, principalmente, a
maiores preços de níquel e cobalto, à produção trimestral recorde de cobalto e a custos mais
baixos5, que foram reduzidos em 14%, passando para US$ 8.420/t no 4T17.
• O EBITDA ajustado do carvão embarcado a partir de Nacala alcançou US$ 410 milhões em
2017, levando à evolução no EBITDA Ajustado do segmento de Carvão para US$ 330
milhões em 2017, o primeiro resultado positivo desde 2010.
• O lucro líquido de US$ 5,5 bilhões obtido em 2017, foi US$ 1,5 bilhão superior ao de 2016.
• A Vale distribuirá R$ 4,7 bilhões (US$ 1,5 bilhão) em dividendos sob forma de juros sobre
capital próprio. O Conselho de Administração da Vale aprovou a distribuição de R$ 2,2
bilhões em dezembro de 2017 e R$ 2,5 bilhões em fevereiro de 2018, ambos a serem pagos
em março de 2018. Este valor equivale ao pagamento mínimo estabelecido pelo Estatuto da
Vale. A decisão de pagar o mínimo requerido reflete uma cautelosa e disciplinada
abordagem da Vale, até que a companhia receba os recursos da venda dos ativos e da
geração de caixa das operações. A nova política de dividendos está sendo discutida e será
aprovada até o final de março.
5 Custo caixa de VNC líquido de créditos dos subprodutos.
7
Indicadores financeiros selecionados US$ milhões 2017 2016 2015 2014 2013
Receita operacional líquida 33.967 27.488 23.384 35.124 43.953
Custos e despesas totais 22.743 19.196 20.907 26.486 25.892
EBIT ajustado 11.224 8.292 2.477 17.717 14.915
Margem EBIT ajustado (%) 33,0 30,2 10,6 50,4 33,9
EBITDA ajustado 15.338 11.972 6.513 13.075 22.614
Margem EBITDA ajustado (%) 45,2 43,6 27,9 37,2 51,5
Minério de ferro - Platts 62% IODEX 71,3 58,4 55,5 96,7 135,2
Lucro líquido (prejuízo) 5.507 3.982 (12.129) 657 585
Lucro líquido básico 7.023 4.968 (1.698) 4.419 12.269
Lucro líquido básico por ação diluído (US$/ação) 1,35 0,96 (0,33) 0,85 2,36
Dívida líquida 18.143 25.042 25.234 24.685 24.331
Investimentos 3.848 5.191 8.401 11.979 14.233
US$ milhões 4T17 3T17 4T16
Receita operacional líquida 9.167 9.050 9.265
Custos e despesas totais 6.270 5.866 5.632
EBIT ajustado 2.897 3.184 3.633
Margem EBIT ajustado (%) 31,6 35,2 39,2
EBITDA ajustado 4.109 4.192 4.722
Margem EBITDA ajustado (%) 44,8 46,3 51,0
Minério de ferro - Platts 62% IODEX 65,6 70,9 70,8
Lucro líquido (prejuízo) 771 2.230 525
Lucro líquido básico 1.886 2.090 2.717
Lucro líquido básico por ação diluído (US$/ação) 0,36 0,40 0,52
Dívida líquida 18.143 21.066 25.042
Investimentos 977 863 1.323
8
Visão de mercado
MINÉRIO DE FERRO
Em 2017, a média do Platts IODEX 62% foi de US$ 71,3/dmt, significando um crescimento de
22% sobre 2016, suportado pelo desempenho do setor siderúrgico que levou a preços de aço
mais altos globalmente.
O desempenho do setor siderúrgico chinês em 2017 foi impulsionado pelos setores de
maquinário, manufatura e imobiliário. O setor de infraestrutura mostrou-se robusto, apoiado pela
oferta de crédito relativamente livre nos primeiros três trimestres do ano. Bens manufaturados
foram beneficiados pela saudável demanda externa originada nas encomendas de países
desenvolvidos e pelos projetos ligados à iniciativa “Belt and Road”, fazendo com que a China
obtivesse a produção de aço recorde de 831,7 Mt em 2017, o que significou um aumento de
5,7% na base anual6.
A produção de aço ex-China também registrou forte crescimento em 2017, alcançando 859,5 Mt,
o que representou um aumento de 4,9% em base anual, à medida que a economia global
alcançou o primeiro período de crescimento sincronizado desde a crise financeira global de
2008/2009, com a elevação do consumo, a criação de empregos e a retomada de investimentos,
refletido em demanda e produção de aço.
Destaque-se que em 2017 foram observadas maiores diferenças de preços entre minério de ferro
de alta e baixa qualidade. A elevada rentabilidade nas vendas de aço, os altos preços de carvão
metalúrgico e as restrições ambientais impostas durante 2017 levaram as siderúrgicas a buscar
minério de alta qualidade, como o minério de Carajás (IOCJ), com teor de cerca de 65% de Fe,
que permite alta produtividade e menores níveis de emissão. Enquanto a média de US$ 46,7/t do
Metal Bulletin 58% em 2017 foi apenas 1% superior à média de 2016, a média do Metal Bulletin
65% foi de US$ 88,0 /dmt em 2017, representando uma elevação de 36% com relação à média
do ano anterior.
Acreditamos que o diferencial de preço entre o minério de ferro de alto e baixo teor é uma
mudança estrutural que deve continuar impactando o mercado nos próximos anos. O movimento
em direção a uma indústria siderúrgica mais eficiente, junto com a implementação de políticas
ambientais mais restritas na China, deverá suportar a demanda por produtos de alta qualidade,
como pelotas e o IOCJ, que viabilizam produtividade e menores níveis de emissão.
De forma similar à demanda elevada por minério de alta qualidade que deve suportar os prêmios
de qualidade, a oferta relativamente alta de minério de baixo teor e alto nível de contaminantes
deve manter a pressão sobre os descontos destes produtos.
Em 2018, esperamos uma moderação do ritmo de crescimento da economia chinesa com
relação a 2017, com algum risco no setor residencial. Como os níveis de estoque de habitações
têm se reduzido, os investimentos em novas construções devem mostrar apenas uma pequena
redução. As perspectivas para o ambiente econômico global continuam positivas para 2018, com
o FMI recentemente elevando a projeção de crescimento do PIB de 3,6% para 3,9%. A demanda
6 De acordo com os dados da World Steel Association (WSA).
9
e a produção de aço também devem ser impulsionadas com o surgimento de novos projetos no
Sudoeste Asiático, região com déficit de produção e menor consumo de aço per capita.
CARVÃO
A demanda por carvão metalúrgico no mercado transoceânico permaneceu forte em 2017. A
demanda chinesa por este tipo de carvão continua sendo a principal força por trás do
aumento da demanda global. A previsão é de que as importações chinesas atinjam em 2017
o terceiro maior nível já registrado com 70 Mt, o que significa um aumento de 18% em
relação a 2016. As importações japonesas permaneceram relativamente estáveis, ficando
em torno de 70 Mt, enquanto a Índia apresentou uma elevação nas importações de carvão
metalúrgico de 49 Mt para 55 Mt, ou seja, uma alta de 12% em base anual. De forma geral,
espera-se que as importações globais aumentem em torno de 5,5% em 2017.
Nossa expectativa é de que os preços de carvão percam força ao longo do primeiro semestre de
2018 com a normalização da oferta, pressionada no 4T17 devido ao prolongado
congestionamento nos principais terminais exportadores australianos.
NÌQUEL
No mercado de níquel, a média dos preços da LME foi de US$ 10.411/t em 2017, representando
uma alta de 8% em relação à média de US$ 9.609/t alcançada em 2016, com significativos
ganhos de preços no último trimestre do ano (média de US$ 11.584/t no 4T17). A forte demanda
por aço inoxidável, assim como os fundamentos macroeconômicos positivos, particularmente na
China, e o maior reconhecimento do papel do níquel nas baterias dos carros elétricos, ajudaram
a suportar a elevação do preço.
Os estoques consolidados na LME e SHFE continuaram a declinar, fechando 2017 em 412 kt,
ficando 53 kt abaixo do nível no início do ano, e indicando um déficit de níquel para o ano. A
produção global de aço inoxidável aumentou aproximadamente 5% em 2017 em relação a 2016.
A demanda por níquel em outras aplicações apresentou um forte crescimento no ano (alta de 5%
em comparação com 2016), particularmente nos setores automotivos, de baterias e
aeroespaciais, com o setor de óleo e gás apresentando sinais de recuperação.
Quanto à oferta, o mercado observou um crescimento de 2% em 2017 em relação a 2016. No
entanto, o crescimento concentrou-se no material de Classe II (+12% em base anual), não-
aplicável em usos especiais como baterias, enquanto o material de Classe I experimentou uma
significativa redução (-7% em base anual). Em 2017, o mercado entrou em um segundo ano de
déficit, estimado entre 90 kt e 110 kt de níquel.
No que diz respeito à demanda, espera-se que o aço inoxidável continue a crescer, enquanto o
aumento nas aplicações não-aço inoxidável deve permanecer constante. De forma geral,
acreditamos que o mercado se manterá deficitário em 2018. No longo prazo a perspectiva para o
níquel continua a ser positiva. Investimento de capital para novos projetos e reposição de
capacidade foram postergados no contexto de um ambiente econômico desafiador, o que vai
ampliar futuros déficits devido ao contínuo crescimento da demanda à medida que a economia
global se estabiliza. O uso de níquel em baterias de carros elétricos se tornará cada vez mais
importante como fonte de crescimento de demanda, particularmente conforme a composição
10
química das baterias prossiga na tendência de maior conteúdo de níquel, o que permite maior
densidade energética, e o mercado adote a utilização de baterias de maior tamanho.
COBRE
No mercado de cobre, a média do preço da LME foi de US$ 6.166/t em 2017, o que representou
um aumento de 27% em relação a 2016, com o 4T17 (US$ 6.808/t) sendo o mais forte desde o
4T14. Este aumento foi suportado pela maior demanda global e oferta reduzida. Os estoques nas
bolsas permaneceram praticamente estáveis.
A demanda global aumentou 2% em 2017 em relação a 2016. Olhando especificamente para a
China, que responde por aproximadamente 50% do consumo global de cobre, a demanda
aumentou 3,2% em base anual e foi impulsionada, principalmente, pela elevação de
investimentos em infraestrutura e mercado residencial. Do lado da oferta, a produção global de
cobre refinado permaneceu relativamente estável com um crescimento de 0,8% em 2017 em
relação a 2016, com restrições de oferta em minas no primeiro semestre de 2017. Um total de
800 kt relativos a interrupções de oferta nas minas foi identificado em 2017, principalmente
devido a negociações trabalhistas e disputas governamentais, um volume equivalente a 3,9% da
produção esperada para 2017.
A demanda por cobre ligada a veículos elétricos e associada a infraestrutura deve aumentar em
um ritmo maior com relação a anos anteriores. No longo prazo, é também esperado crescimento
da demanda por cobre impulsionado em parte pelo crescente investimento em energia renovável,
enquanto devem ser observadas restrições com relação à oferta devido aos declinantes teores
de minério e à necessidade de investimentos greenfield.
COBALTO
O preço de referência médio de cobalto foi de US$ 57.025/t em 2017, mais que o dobro (127%)
em relação a 2016. O aumento se deveu à expectativa de demanda futura para o mercado de
bateria em virtude do crescimento dos veículos elétricos.
Cobalto é um dos metais mais importantes, além do níquel, na produção de baterias com maior
densidade de energia para serem usadas nos veículos elétricos. O mercado de cobalto precisa
crescer significativamente para atender à demanda do mercado de baterias, porém, ao contrário
de outros metais, o cobalto é predominantemente um subproduto de níquel e cobre. Por isso, a
indústria de cobalto não tem flexibilidade para responder a pressões de demanda tão facilmente
quanto as outras commodities
11
Receita operacional
DESEMPENHO ANUAL
A receita operacional líquida em 2017 totalizou US$ 33,967 bilhões, significando um aumento
de 23,6% em comparação com os US$ 27,488 bilhões registrados em 2016. O aumento na
receita de vendas ocorreu, principalmente, devido a maiores preços realizados de Minerais
Ferrosos (US$ 4,382 bilhões), Metais Básicos (US$ 1,029 bilhão) e Carvão (US$ 386
milhões) e maiores volumes de vendas de Minerais Ferrosos (US$ 397 milhões) e Carvão
(US$ 342 milhões), sendo parcialmente compensados por menores volumes de vendas de
Metais Básicos (US$ 297 milhões).
As tabelas abaixo mostram a receita operacional líquida por destino e por área de negócio,
com os seguintes destaques:
• Receitas operacionais líquidas por destino: maior diversificação geográfica, com
menor participação de receitas da China, representando 41% em 2017 em
comparação aos 46% em 2016, e maior contribuição da Ásia (excluindo China) e da
América do Sul, representando 18% e 12% em 2017, quando comparadas aos 15%
e 9% em 2016, respectivamente.
• Contribuição por segmento de negócios: a participação da receita do segmento de
negócios de Minerais Ferrosos foi de 74% em 2017, ficando em linha com 2016,
enquanto a participação do segmento de Carvão aumentou de 3% para 5%, e a
participação do segmento de Metais Básicos diminuiu de 22% para 20% no mesmo
período.
DESEMPENHO TRIMESTRAL
A receita operacional líquida no 4T17 foi de US$ 9,167 bilhões, ficando 1,3% maior do que os
US$ 9,050 bilhões no 3T17. O aumento na receita de vendas deveu-se, principalmente, aos
maiores volumes de vendas de Minerais Ferrosos (US$ 310 milhões) e aos maiores preços
de venda de Metais Básicos (US$ 193 milhões), sendo parcialmente compensados por
menores preços de venda de Minerais Ferrosos (US$ 432 milhões).
12
Receita operacional líquida por destino US$ milhões 4T17 3T17 4T16 2017 % 2016 %
América do Norte 638 617 647 2.379 7,0 2.186 8,0
EUA 351 352 328 1.310 3,9 1.005 3,7
Canadá 269 246 310 1.008 3,0 1.172 4,3
México 18 19 9 61 0,2 9 0,0
América do Sul 1.307 916 713 4.078 12,0 2.411 8,8
Brasil 1.149 783 627 3.475 10,2 2.064 7,5
Outros 158 133 86 603 1,8 345 1,3
Ásia 5.473 5.520 5.898 20.056 59,0 16.878 61,4
China 3.824 3.822 4.685 14.018 41,3 12.747 46,4
Japão 633 736 513 2.456 7,2 1.741 6,3
Coreia do Sul 449 384 224 1.399 4,1 880 3,2
Outros 567 578 476 2.183 6,4 1.510 5,5
Europa 1.260 1.409 1.497 5.502 16,2 4.649 16,9
Alemanha 374 368 415 1.389 4,1 1.379 5,0
Itália 162 99 85 521 1,5 435 1,6
Outros 724 942 997 3.592 10,6 2.835 10,3
Oriente Médio 301 282 338 1.085 3,2 967 3,5
Resto do mundo 188 306 173 867 2,6 400 1,5
Total 9.167 9.050 9.265 33.967 100,0 27.488 100,0
Receita operacional líquida por destino em 2017
Receita operacional líquida por área de negócio US$ milhões 4T17 3T17 4T16 2017 % 2016 %
Minerais ferrosos 6.698 6.820 7.047 25.129 74,0 20.351 74,0
Minério de ferro - finos 5.023 5.131 5.576 18.524 54,5 15.783 57,4
ROM 8 7 28 38 0,1 41 0,1
Pelotas 1.422 1.441 1.217 5.653 16,6 3.829 13,9
Manganês 88 87 87 289 0,9 205 0,7
Ferroligas 47 44 30 180 0,5 96 0,4
Outros 110 110 109 445 1,3 397 1,4
Carvão 402 360 376 1.567 4,6 839 3,1
Carvão Metalúrgico 306 266 300 1.240 3,7 587 2,1
Carvão Térmico 96 94 76 327 1,0 252 0,9
Metais básicos 2.000 1.762 1.760 6.871 20,2 6.139 22,3
Níquel 941 752 894 3.139 9,2 3.050 11,1
Cobre 744 683 585 2.530 7,4 1.915 7,0
PGMs 62 72 52 296 0,9 351 1,3
Ouro como subproduto 157 161 164 587 1,7 627 2,3
Prata como subproduto 9 7 13 33 0,1 42 0,2
Cobalto 79 79 42 258 0,8 115 0,4
Outros 8 8 10 28 0,1 39 0,1
Outros 67 108 82 400 1,2 160 0,6
Total 9.167 9.050 9.265 33.967 100,0 27.488 100,0
13
Custos e despesas
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (CPV)
DESEMPENHO ANUAL
O CPV7, líquido de depreciação, foi de US$ 17,555 bilhões em 2017, com um aumento
líquido de US$ 268 milhões, ou 2% em relação a 2016, excluindo os seguintes efeitos:
a) forte desempenho operacional, com os maiores volumes de vendas
impactando o CPV (US$ 484 milhões);
b) maiores preços de commodities, resultando no maior custo de arrendamento
para as plantas de pelotização, maiores royalties, maiores custos com
compras de terceiros e provisão para remuneração variável dos empregados
(US$ 695 milhões);
c) fatores exógenos, como o impacto negativo da variação cambial no CPV
(US$ 655 milhões), maiores preços de bunker oil (US$ 409 milhões),
maiores custos com frete8 (US$ 267 milhões) e maiores custos com energia
(US$ 215 milhões).
7 A exposição do CPV por moeda em 2017 foi composta por: 52% em reais, 33% em dólares americanos, 12% em dólares
canadenses, 3% em euro. 8 Excluindo os efeitos dos maiores preços de bunker oil.
IMPACTOS DOS MAIORES PREÇOS DE COMMODITIES NOS CUSTOS E DESPESAS
Os maiores preços de commodities observados em 2017 em relação a 2016 contribuíram
para aumentar a receita da Vale, mas também aumentaram os custos e despesas, um
efeito pró-cíclico.
Parte dos custos e despesas da Vale varia diretamente com os preços de seus produtos,
como: (a) custos de arrendamento das plantas de pelotização, que são ajustados
contratualmente com base no preço de pelotas; (b) royalties; (c) compra de minério de
ferro e níquel de terceiros; e (d) provisão de remuneração variável para os empregados da
Vale. Diferentemente da típica inflação de custos observada pelos analistas da indústria,
estes aumentos de custos se revertem imediatamente com a queda dos preços de minério
de ferro e níquel.
Além disso, os preços de bunker, que são um componente do custo de frete, costumam
aumentar num ambiente de preços de commodities mais elevado. Entretanto, são também
influenciados por outras variáveis macroeconômicas, resultando em uma correlação
menos do que perfeita.
14
d) A tarifa do Corredor Logístico de Nacala (CLN), introduzida em 2017, que
paga a remuneração dos instrumentos remanescentes de dívida (US$ 179
milhões), como parte da estrutura de capital de CLN, é retornada para a Vale
como receita financeira.
O aumento líquido de US$ 268 milhões no CPV deveu-se, principalmente, ao aumento de
custos do segmento de Metais Básicos, devido aos maiores custos de níquel (US$ 359
milhões), como resultado da transição para um fluxo de produção mais simples e eficiente
nas operações do Atlântico Norte e do aumento do custo unitário de níquel devido aos
menores volumes refletindo o compromisso da Vale com a margem em detrimento ao
volume. Este aumento foi parcialmente compensado por menores custos de cobre (US$ 116
milhões).
DESEMPENHO TRIMESTRAL
O CPV9, líquido de depreciação, foi de US$ 4,873 bilhões no 4T17, ficando praticamente em
linha com o 3T17, excluindo os efeitos:
a) forte desempenho operacional, com os maiores volumes de vendas
impactando o CPV (US$ 150 milhões);
b) ambiente de commodities mais forte, resultando em maiores preços de
bunker oil (US$ 39 milhões); e
c) outros fatores exógenos, assim como o impacto positivo da variação cambial
no CPV (US$ 57 milhões), maiores custos com frete10 (US$ 71 milhões) e
maiores custos com energia e combustível (US$ 21 milhões);
Sobre o desempenho de custos, maiores detalhes podem ser encontrados na seção “O
desempenho dos segmentos de negócios”.
CPV por área de negócio US$ milhões 4T17 3T17 4T16 2017 % 2016 %
Ferrosos 3.664 3.375 3.213 13.007 61,8 10.623 60,2
Metais básicos 1.558 1.524 1.498 5.989 28,5 5.697 32,3
Carvão 490 423 292 1.641 7,8 1.057 6,0
Outros 79 90 100 402 1,9 273 1,5
CPV total 5.791 5.412 5.103 21.039 100,0 17.650 100,0
Depreciação 918 868 952 3.484 - 3.267 -
CPV, sem depreciação 4.873 4.544 4.151 17.555 - 14.383 -
9 A exposição do CPV por moeda no 4T17 foi composta por: 50% em reais, 35% em dólares norte-americanos, 12% em
dólares canadenses, 3% em euros. 10 Excluindo os efeitos dos maiores preços de bunker oil.
15
DESPESAS
DESEMPENHO ANUAL
As despesas totais, líquidas de depreciação, foram de US$ 1,480 bilhão em 2017,
representando uma queda de US$ 82 milhões em relação a 201611.
O SG&A, líquido de depreciação, totalizou US$ 440 milhões em 2017, aumentando US$ 34
milhões em relação a 201612, principalmente devido ao ambiente de preços de commodities
mais elevados em 2017, o que resultou em: (a) maiores despesas de venda, impulsionadas
pelo aumento da receita, (b) o impacto do aumento de 8,5% no salário dos empregados
brasileiros, definido no acordo coletivo de novembro de 2016, e (c) despesas com rescisão
de executivos.
As despesas com P&D alcançaram US$ 340 milhões em 2017, ficando em linha com 201613.
As despesas pré-operacionais e de parada, líquidas de depreciação, totalizaram US$ 280
milhões em 2017, sendo US$ 75 milhões menores do que em 201614, principalmente devido
às menores despesas pré-operacionais em Long Harbour (US$ 64 milhões) e em
Moçambique (US$ 37 milhões), com o avanço de seus ramp-ups, que foram parcialmente
compensados pelas maiores despesas pré-operacionais de S11D, devido ao início de seu
ramp-up (US$ 55 milhões).
Outras despesas operacionais alcançaram US$ 420 milhões em 2017, ficando US$ 32
milhões menores do que em 201615, depois do ajuste para o efeito não recorrente da
transação do goldstream (US$ 150 milhões) em 2016.
DESEMPENHO TRIMESTRAL
As despesas totais, líquidas de depreciação, totalizaram US$ 421 milhões no 4T17,
aumentando US$ 19 milhões em relação ao 3T17. Os principais responsáveis pelo aumento
foram: (a) paradas das minas de Stobie e Birchtree no Canadá, depois de uma revisão
detalhada de cada mina, com o objetivo de melhorar a margem do negócio de níquel; e (b)
ramp-up das operações de S11D, que resultaram em maiores despesas pré-operacionais.
Além disso, como resultado da revisão detalhada do negócio de níquel, a Vale está
planejando parar, em 2018, a refinaria de metais preciosos em Acton e o smelter em
Thompson.
11 Após excluir o efeito não recorrente da transação de goldstream de US$ 150 milhões em 2016 e excluindo o impacto da
variação cambial de US$ 86 milhões. 12 Após excluir o efeito do impacto da variação cambial de US$ 19 milhões. 13 Após excluir o efeito do impacto da variação cambial de US$ 18 milhões. 14 Após excluir o efeito do impacto da variação cambial de US$ 14 milhões. 15 Após excluir o efeito do impacto da variação cambial de US$ 35 milhões.
16
O SG&A, excluindo depreciação, totalizou US$ 125 milhões no 4T17, ficando US$ 15
milhões acima do 3T17, principalmente devido às maiores despesas com serviços (US$ 8
milhões) e às despesas com pessoal sazonalmente mais altas (US$ 6 milhões), devido
sobretudo em razão do impacto do acordo coletivo dos empregados brasileiros assinado em
novembro de 2017.
As despesas com P&D alcançaram US$ 104 milhões no 4T17, ficando US$ 13 milhões
maiores do que no 3T17 e seguindo a sazonalidade usual de maiores desembolsos no último
trimestre do ano.
As despesas pré-operacionais e de parada, líquidas de depreciação, totalizaram US$ 88
milhões no 4T17, ficando US$ 40 milhões acima do 3T17, principalmente devido às
despesas de parada das minas de Stobie e Birchtree (US$ 21 milhões) e às maiores
despesas pré-operacionais de S11D, com o avanço de seu ramp-up (US$ 4 milhões).
Outras despesas operacionais alcançaram US$ 104 milhões no 4T17, ficando US$ 47
milhões abaixo do 3T17, principalmente devido às despesas não-recorrentes no valor de
US$ 42 milhões no 3T17, relacionadas a regularização das taxas federais anuais de
ocupação e de foro relativas ao porto de Tubarão e a liquidação da taxa de ICMS no Estado
de Minas Gerais.
Despesas US$ milhões 4T17 3T17 4T16 2017 2016
SG&A sem depreciação 125 110 106 440 387
SG&A 146 129 136 531 507
Administrativas 127 112 128 463 472
Pessoal 62 56 52 234 209
Serviços 29 19 25 77 72
Depreciação 21 19 30 91 120
Outros 15 18 21 61 71
Vendas 19 17 8 68 35
P&D 104 91 112 340 319
Despesas pré-operacionais e de parada 125 83 129 413 453
Long Harbour - - 30 50 114
S11D 43 39 34 150 95
Moatize - - 17 - 41
Outros 45 9 18 80 103
Depreciação 37 35 30 133 100
Outras despesas operacionais 104 151 152 420 267
Despesas totais 479 454 529 1.704 1.546
Depreciação 58 52 59 224 221
Despesas sem depreciação 421 402 470 1.480 1.325
Custos e despesas US$ milhões 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Custos 5.791 5.412 5.103 21.039 17.650
Despesas 479 454 529 1.704 1.546
Custos e despesas totais 6.270 5.866 5.632 22.743 19.196
Depreciação 976 920 1.011 3.708 3.487
Custos e despesas sem depreciação 5.294 4.946 4.621 19.035 15.709
17
Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA)
DESEMPENHO ANUAL
O EBITDA ajustado em 2017 foi de US$ 15,338 bilhões, ficando 28,1% acima de 2016,
principalmente em função de maiores preços realizados em todos os segmentos de negócio
da Vale (US$ 4,537 bilhões) e maiores prêmios e ganhos com iniciativas comerciais em
Minerais Ferrosos (US$ 1,439 bilhão). Estes impactos positivos foram parcialmente
compensados pelos efeitos pró-cíclicos em custos e despesas resultantes do aumento dos
preços das commodities e por fatores exógenos, conforme detalhamento abaixo:
a) aumento dos preços das commodities, resultando em maiores custos de
arrendamento das plantas de pelotização, maiores royalties, maiores custos de
compras de terceiros e provisão de participação dos resultados aos empregados,
todos devidos aos maiores preços de minério de ferro (US$ 695 milhões) e
maiores preços de bunker oil (US$ 409 milhões);
b) Outros fatores exógenos, tais como os impactos negativos em custos e
despesas provenientes de variação cambial (US$ 725 milhões), maiores custos
de frete16 (US$ 267 milhões) e maiores custos com energia (US$ 215 milhões).
DESEMPENHO TRIMESTRAL
O EBITDA ajustado no 4T17 foi de US$ 4,109 bilhões, ficando em linha com os US$ 4,192
bilhões registrados em 3T17, apesar da redução de US$ 5,3/t no Platts IODEX, como
resultado dos maiores preços de Metais Básicos e Carvão, maiores volumes de vendas de
Minerais Ferrosos e menores custos de Metais Básicos.
O EBITDA ajustado do segmento de Minerais Ferrosos totalizou US$ 3,319 bilhões no 4T17,
ficando 9,7% abaixo do registrado no 3T17, impactado pela redução de 7,5% do Platts
IODEX e pelos menores prêmios no mercado. Os custos e despesas ligeiramente maiores
foram parcialmente compensados pelos maiores volumes.
O EBITDA trimestral ajustado do segmento de Metais Básicos foi de US$ 782 milhões no
4T17, o maior nível desde o 1T11, representando um aumento de US$ 221 milhões em
relação ao 3T17, principalmente devido aos maiores preços realizados, menores custos e
maiores volumes de níquel e cobre, que foram parcialmente compensados pelos menores
volumes de subprodutos e maiores despesas.
16 Excluindo o efeito de maiores preços de bunker oil.
18
O EBITDA ajustado do segmento de Carvão foi de US$ 66 milhões no 4T17, ficando US$ 20
milhões acima do registrado no 3T17, devido, principalmente, aos maiores preços realizados
de vendas, que foram parcialmente compensados pelos menores volumes de vendas e
maiores custos e despesas.
O EBITDA ajustado de Outros segmentos de negócio foi negativo em US$ 58 milhões,
ficando melhor do que o do 3T17 em US$ 31 milhões, principalmente devido aos dividendos
recebidos da MRN, CSI e Aliança Energia.
EBITDA ajustado US$ milhões 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Receita operacional líquida 9.167 9.050 9.265 33.967 27.488
CPV (5.791) (5.412) (5.103) (21.039) (17.650)
Despesas com vendas, gerais e administrativas (146) (129) (136) (531) (507)
Pesquisa e desenvolvimento (104) (91) (112) (340) (319)
Despesas pré-operacionais e de parada (125) (83) (129) (413) (453)
Outras despesas operacionais (104) (151) (152) (420) (267)
EBIT ajustado 2.897 3.184 3.633 11.224 8.292
Depreciação, amortização e exaustão 976 920 1.011 3.708 3.487
Dividendos e juros de coligadas e JVs 236 88 78 406 193
EBITDA ajustado 4.109 4.192 4.722 15.338 11.972
Minério de ferro - Platts 62% IODEX 65,6 70,9 70,8 71,3 58,5
EBITDA ajustado por segmento US$ milhões 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Minerais ferrosos 3.319 3.674 4.109 13.192 10.476
Carvão 66 46 156 330 (54)
Metais básicos 782 561 543 2.139 1.848
Outros (58) (89) (86) (323) (298)
Total 4.109 4.192 4.722 15.338 11.972
Minério de ferro - Platts 62% IODEX 65,6 70,9 70,8 71,3 58,5
19
Lucro líquido
DESEMPENHO ANUAL
O lucro líquido foi de US$ 5,507 bilhões em 2017, aumentando US$ 1,525 bilhão quando
comparado com 2016.
O lucro básico (lucro líquido ajustado para os itens não recorrentes) foi de US$ 7,023 bilhões
em 2017, ficando US$ 2,055 bilhões acima do registrado em 2016, principalmente devido ao
aumento de US$ 3,366 bilhões do EBITDA ajustado.
Os impairments e outros resultados de ativos não circulantes e de coligadas e JVs geraram
perdas não-caixa de US$ 474 milhões em 2017 contra US$ 2,460 bilhões em 2016. Em 2017, os
impairments foram relacionados principalmente ao fechamento da mina de Stobie (US$ 133
milhões) e à Samarco (US$ 180 milhões). Os impairments da Samarco estão relacionados às
baixas contábeis dos instrumentos de dívida destinados ao seu capital de giro.
O resultado financeiro líquido registrou uma perda de US$ 3,019 bilhões em 2017 contra um
ganho de US$ 1,843 bilhão em 2016. A redução de US$ 4,862 bilhões aconteceu,
principalmente, em razão do resultado de perdas não-caixa de variação monetária e cambial
em 2017 contra ganhos não-caixa em 2016 (US$ 3,772 bilhões) e menores ganhos nos
derivativos de swap de moedas e taxa de juros (US$ 802 milhões).
Em 2017, os juros brutos diminuíram 4%, ficando em US$ 1,697 bilhão comparado ao US$
1,768 bilhão em 2016 devido à redução da dívida bruta. Tal redução foi parcialmente
compensada pelo aumento no custo médio da dívida, já que a companhia pré-pagou dívidas
de curto prazo, que são mais baratas. A capitalização dos juros diminuiu de US$ 653 milhões
em 2016 para US$ 370 milhões em 2017, como resultado da conclusão do projeto do
Corredor Logístico de Nacala e do ramp-up do S11D.
Outras despesas financeiras aumentaram em US$ 254 milhões em 2017, em relação a 2016,
das quais US$ 183 milhões foram relacionadas à recompra dos bonds e ao pré-pagamento
de empréstimos em 2017.
As receitas financeiras incluem US$ 179 milhões relativos aos juros sobre os empréstimos ao
Corredor Logístico de Nacala (CLN), considerando que desde o 3T17 passamos a
reconhecer os juros dos empréstimos do CLN com a Vale.
As despesas com imposto de renda e contribuição social totalizaram US$ 1,495 bilhão em 2017,
representando uma alíquota efetiva de imposto de 19%. A efetiva taxa foi menor do que a taxa
nominal de 34% do imposto, em razão dos benefícios e incentivos fiscais (US$ 1,100 bilhão), os
quais foram parcialmente compensados pelos prejuízos fiscais de ativos não reconhecidos no
ano (US$ 432 milhões), principalmente em Moçambique e em Nova Caledônia.
20
US$ milhões 2017 %
Resultado antes de imposto 7.829
IR (2.662) 34%
Ajustes para apurar a alíquota de imposto:
Benefícios e incentivos fiscais 1.100 (14%)
Equivalência patrimonial 35 (0%)
Impostos não reconhecidos em perdas no ano corrente (432) 5%
Impairment indedutível (43) 0%
Outros ganhos (perdas) não taxáveis 507 (6%)
IR e contribuição social (1.495) 19%
DESEMPENHO TRIMESTRAL
O lucro líquido foi de US$ 771 milhões no 4T17, significando uma redução de US$ 1,459
bilhão contra os US$ 2,230 bilhões registrados no 3T17, principalmente como resultado dos
seguintes impactos: (a) perdas não-caixa nas variações monetárias e cambiais no 4T17
contra ganhos não-caixa no 3T17 (US$ 1,374 bilhão); (b) maiores impairments e outros
resultados de ativos não circulantes e de coligadas e JVs (US$ 281 milhões).
O lucro básico foi de US$ 1,886 bilhão no 4T17, ficando US$ 204 milhões abaixo do
registrado no 3T17, principalmente devido às perdas de equivalência patrimonial de
coligadas e JVs no 4T17 contra ganhos no 3T17 (US$ 181 milhões).
Lucro líquido básico milhões de US$ 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Lucro líquido básico 1.886 2.090 2.717 7.023 4.968
Itens excluídos do lucro líquido básico
Impairment e outros resultados em ativos não correntes (417) (169) (1.145) (294) (1.240) Redução ao valor recuperável e outros resultados na participação em coligadas e joint ventures
(59) (26) (74) (180) (1.220)
Debêntures participativas (54) (72) (167) (625) (417)
Variação cambial (544) 452 66 (463) 3.307
Variação monetária (297) 81 (53) (211) (158)
Swaps de moedas e taxas de juros (133) 295 38 313 958
Outros resultados financeiros 134 (29) 14 - (85)
Imposto sobre os itens excluídos 543 (172) 34 830 (1.226)
Lucro líquido (prejuízo) 771 2.230 525 5.507 3.982
O resultado financeiro líquido registrou uma perda de US$ 1,287 bilhão no 4T17 contra um
ganho de US$ 220 milhões no 3T17. A redução de US$ 1,507 bilhão deveu-se,
principalmente, ao resultado de perdas não-caixa de variação monetária e cambial no 4T17
contra ganhos não-caixa no 3T17 (US$ 1,374 bilhão) e perdas nos derivativos de swap de
moedas e taxa de juros no 4T17 contra ganhos no 3T17 (US$ 394 milhões). As perdas nas
variações cambiais e nos derivativos da moeda foram devidas, principalmente, à depreciação
de 4,2% do Real em relação ao Dólar, passando de R$ 3,17/US$ em 30 de setembro de
2017 para R$ 3,31/US$ em 31 de dezembro de 2017.
21
Resultado financeiro US$ milhões 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Despesas financeiras (562) (826) (762) (3.276) (2.677)
Juros brutos (378) (417) (441) (1.697) (1.768)
Capitalização de juros 73 111 91 370 653
Contingências fiscais e trabalhistas (10) (22) 15 (52) (10)
Debêntures participativas (54) (72) (167) (625) (417)
Outros (124) (332) (133) (875) (621)
Despesas financeiras (REFIS) (69) (94) (127) (397) (514)
Receitas financeiras 149 152 52 481 170
Derivativos¹ (29) 365 96 454 1.256
Swaps de moedas e taxas de juros (133) 295 39 313 959
Outros² (bunker oil, commodities, etc) 104 70 57 141 297
Variação cambial (540) 443 64 (463) 3.252
Variação monetária (305) 86 (53) (215) (158)
Resultado financeiro líquido (1.287) 220 (603) (3.019) 1.843
¹ A perda líquida com derivativos de US$ 29 milhões no 4T17 inclui a realização por perdas de US$ 17 milhões e perdas de marcação a mercado de US$ 12 milhões.
² Outros derivativos incluem ganhos com derivativos de bunker oil por US$ 16 milhões.
Resultado de equivalência patrimonial
DESEMPENHO ANUAL
O resultado de equivalência patrimonial representou um ganho de US$ 98 milhões em 2017
contra um ganho de US$ 309 milhões em 2016. As principais contribuições para a
equivalência patrimonial foram as contribuições provenientes das usinas de pelotização em
Tubarão (US$ 224 milhões), MRS (US$ 69 milhões), CSI (US$ 42 milhões) e Aliança
Geração de Energia (US$ 27 milhões), as quais foram parcialmente compensadas pelos
prejuízos de Nacala (US$ 62 milhões) e CSP (US$ 264 milhões).
DESEMPENHO TRIMESTRAL
O resultado de equivalência patrimonial representou uma perda de US$ 66 milhões no 4T17
contra um ganho de US$ 115 milhões no 3T17. As principais contribuições para a
equivalência patrimonial foram as provenientes das usinas de pelotização em Tubarão (US$
60 milhões), MRS (US$ 9 milhões), Aliança Geração de Energia (US$ 9 milhões) e CSI (US$
7 milhões), as quais foram parcialmente compensadas pelos prejuízos de Nacala (US$ 40
milhões), devido às despesas relacionadas à assinatura dos contratos do Project Finance, e
CSP (US$ 122 milhões), devido ao impacto não-caixa da depreciação do Real na dívida
denominada em dólares norte-americanos.
22
Remuneração aos acionistas
A Vale distribuirá R$ 4,7 bilhões (US$ 1,5 bilhão) em dividendos sob forma de juros sobre
capital próprio. O Conselho de Administração aprovou em dezembro de 2017 a distribuição
de R$ 2,2 bilhões complementados por R$ 2,5 bilhões aprovados em fevereiro de 2018, a
serem pagos em março de 2018, o que equivale ao pagamento mínimo estabelecido pelo
Estatuto da Vale. A decisão de pagar a remuneração mínima é consistente com o objetivo de
reduzir sua dívida líquida para US$ 10 bilhões.
Tendo em vista o ambiente atual de preços mais fortes e considerando, consequentemente,
uma geração de caixa superior à que tivemos no 2S17 (US$ 4,2 bilhões) e a entrada de
caixa de US$ 3,7 bilhões provenientes da venda dos ativos de Fertilizantes e do Project
Finance do Corredor Nacala, a Vale poderá atingir seu objetivo de dívida líquida até o final do
1S18.
Com a redução da dívida líquida, será possível adotar uma política de dividendos agressiva,
aplicável em qualquer cenário de preços de commodities, vinculando a remuneração dos
acionistas à geração de caixa da empresa.
A nova política de dividendos será mais robusta, sustentável e mais previsível, destinada a
gerar retornos expressivos para os acionistas da Vale nos próximos anos. Esta nova política
está sendo discutida com o Conselho de Administração e será anunciada até o final de
março de 2018.
23
Investimentos
Os investimentos atingiram o menor nível desde 2005, totalizando US$ 3,848 bilhões em
2017, sendo compostos por US$ 1,617 bilhão em execução de projetos e US$ 2,231 bilhões
na manutenção das operações. Também é o primeiro ano desde 2005 em que os
investimentos correntes na manutenção das operações excedem os projetos de crescimento.
Os investimentos diminuíram US$ 1,342 bilhão quando comparados aos US$ 5,190 bilhões
gastos em 2016, devido, principalmente, à conclusão do projeto da mina e planta do S11D.
Isto mostra o nosso foco na disciplina de alocação de capital.
O guidance de investimentos permanece sendo de US$ 3,8 bilhões para 2018, conforme
anunciado no último Vale Day, com CLN S11D sendo o único projeto de capital em
desenvolvimento.
Os investimentos no 4T17 totalizaram US$ 977 milhões, ficando US$ 114 milhões maiores
do que no 3T17, acompanhando a sazonalidade usual, porém 26,1% abaixo do 4T16.
Investimento total por área de negócio US$ milhões 4T17 3T17 4T16 2017 % 2016 %
Minerais ferrosos 680 551 769 2.680 69,7 3.248 62,6
Carvão 33 14 171 118 3,1 612 11,8
Metais básicos 259 289 366 1.009 26,2 1.057 20,4
Energia 6 7 17 34 0,9 73 1,4
Outros 0 1 0 7 0,2 202 3,9
Total 977 863 1.323 3.847 100,0 5.191 100,0
Execução de projetos
Os investimentos em execução de projetos totalizaram US$ 347 milhões no 4T17,
aumentando 17,6% e acompanhando a sazonalidade usual dos desembolsos.
Os Minerais Ferrosos representaram cerca de 91% do total investido na execução de
projetos no 4T17.
Execução de projetos por área de negócio US$ milhões 4T17 3T17 4T16 2017 % 2016 %
Minerais ferrosos 315 273 468 1.485 91,9 2.356 75,9
Carvão 5 2 98 45 2,8 463 14,9
Metais básicos 23 13 6 50 3,1 12 0,4
Energia 5 7 15 30 1,9 71 2,3
Outros 0 1 0 7 0,4 201 6,5
Total 347 295 588 1.617 100,0 3.102 100,0
24
MINERAIS FERROSOS
Cerca de 85% dos US$ 315 milhões investidos no segmento de minerais ferrosos no 4T17
referem-se ao projeto do S11D e à sua expansão de logística associada (US$ 301 milhões).
Mina S11D – Pátio de regularização
O projeto S11D (incluindo mina, usina e logística associada – CLN S11D) alcançou 93% de
avanço físico consolidado no 4T17, sendo composto pela conclusão da mina e 88% de
avanço na logística.
A duplicação da ferrovia alcançou 80% de avanço físico com 505 Km de ferrovia duplicados.
O pátio de estocagem movimentou mais de 22 Mt de minério e mais de 200 mil vagões
carregados até dezembro.
A expansão do Porto alcançou 97% de avanço físico, com a expansão do pátio onshore
ainda em construção, porém toda a infraestrutura onshore remanescente, foi concluída (a
expansão do porto offshore - píer IV, circuitos de carga de navio - foi concluída em 2016).
25
Logística S11D – Duplicação da ferrovia
Indicadores de progresso17
Capex de manutenção das operações existentes
Os investimentos na manutenção das operações existentes totalizaram US$ 2,231 bilhões
em 2017, aumentando ligeiramente quando comparados aos US$ 2,088 bilhões em 2016,
devido, principalmente, à transição para a operação em forno único em Metais Básicos e à
retomada das plantas de pelotização em Minerais Ferrosos.
Os investimentos na manutenção das operações totalizaram US$ 631 milhões no 4T17,
aumentando 11,1% quando comparados ao 3T17, devido, principalmente, à usual
sazonalidade de desembolsos e ao início dos dispêndios nos projetos das plantas de São
Luís e Tubarão I. Os segmentos de negócios de Minerais Ferrosos e Metais Básicos
representaram 58% e 37%, respectivamente, do total investido na manutenção das
operações no 4T17.
17 Na tabela, não incluímos as despesas pré-operacionais no capex estimado para o ano, embora estas despesas estejam
incluídas na coluna de capex estimado total, em linha com o nosso processo de aprovação pelo Conselho de Administração. Além disso, nossa estimativa para o capex é revisada apenas uma vez por ano.
Projeto Capacidade
(Mtpa)
Data de start-up
estimada
Capex realizado (US$ milhões)
Capex estimado (US$ milhões) Avanço
físico 2017 Total 2018 Total
Projetos de minerais ferrosos
CLN S11D 230 (80)a 1S14 a
2S19 914 6.576 647 7.850b 88%
a Capacidade líquida adicional. b Capex original orçado em US$ 11.582 bilhões.
26
Os investimentos correntes das operações de Metais Básicos incluíram, principalmente: (a)
melhorias nas operações (US$ 150 milhões); (b) melhorias nos padrões atuais de saúde e
segurança, projetos sociais e de proteção ambiental (US$ 56 milhões); (c) manutenção,
melhoria e expansão das barragens de rejeitos (US$ 17 milhões).
Os investimentos correntes das operações de Minerais Ferrosos incluíram, entre outros: (a) a
substituição e as melhorias nas operações (US$ 207 milhões); (b) melhorias nos padrões
atuais de saúde e segurança, projetos sociais e de proteção ambiental (US$ 73 milhões); (c)
manutenção, melhoria e expansão das barragens de rejeitos (US$ 49 milhões). A
manutenção de ferrovias e portos no Brasil e na Malásia totalizou US$ 86 milhões.
Os projetos para retomar as operações das plantas de pelotização seguem conforme o
planejado, com os start-ups das plantas de Tubarão I e de São Luís previstos para o 2T18 e
3T18, respectivamente. A planta de pelotização de Tubarão II já se iniciou em janeiro de
2018. Os três projetos totalizam US$ 150 milhões, e se referem, basicamente, a trabalhos de
revitalização nas plantas de pelotização que serão alocados em investimentos correntes.
Os investimentos de manutenção em finos de minério de ferro, excluindo investimentos de
manutenção nas plantas de pelotização, somaram US$ 256 milhões, equivalentes a US$
3,4/dmt de finos de minério de ferro no 4T17, representando um aumento de 17,2% em
relação ao 3T17, devido, principalmente, à sazonalidade dos desembolsos. A média dos
últimos 12 meses dos investimentos de manutenção em finos de minério de ferro foi de US$
3,2/dmt.
Investimento realizado por tipo - 4T17
US$ milhões Minerais Ferrosos
Carvão Metais
Básicos TOTAL
Operações 209 15 150 373
Pilhas e Barragens de Rejeitos 49 1 17 67
Saúde & Segurança 48 7 17 72
Responsabilidade Social Corporativa 26 1 39 67
Administrativo & Outros 35 4 13 52
Total 367 28 236 631
Investimento em manutenção realizado por área de negócio US$ milhões 4T17 3T17 4T16 2017 % 2016 %
Minerais ferrosos 365 278 301 1.195 53,6 892 42,7
Carvão 28 12 73 73 3,3 149 7,1
Metais básicos 236 276 360 959 43,0 1.045 50,0
Energia 1 0 1 3 0,1 2 0,1
Outros 0 0 - - - 1 0,0
Total 631 568 735 2.231 100,0 2.088 100,0
27
Responsabilidade social corporativa
Os investimentos em responsabilidade social corporativa totalizaram US$ 612 milhões em
2017, dos quais US$ 487 milhões foram destinados à proteção e conservação ambiental e
US$ 125 milhões destinados a projetos sociais.
Gestão de portfólio
A Vale assinou no 4T17 o Project Finance do Corredor Logístico de Nacala (CLN), pelo qual
a CLN irá receber US$ 2,730 bilhões. Os fundos recebidos serão pagos à Vale sobretudo
com o objetivo de amortizar parte dos empréstimos dos acionistas, concedidos para a
construção do CLN, mas também serão usados para suportar o ramp-up do corredor.
No 4T17, a Vale vendeu dois navios VLOCs de 400 mil dwt a mandatários do Bank of
Communications Finance Leasing Co., Ltd. (Bocomm), no valor total de US$ 178 milhões.
No 4T17, a Vale celebrou um acordo de compra de cotas com a Yara International ASA, no
valor total de US$ 255 milhões, para a venda de sua subsidiária Vale Cubatão Fertilizantes
Ltda., que atualmente detém e opera os ativos de nitrogenados e fosfatados. A conclusão da
transação e a entrada de caixa devem ocorrer no 2S18, uma vez que as condições
precedentes serão cumpridas.
A Vale concluiu a venda do seu negócio de fertilizantes, excluindo os ativos em Cubatão,
para a The Mosaic Company em janeiro de 2018.
28
Fluxo de caixa livre
Desempenho anual
O fluxo de caixa livre foi de US$ 8,604 bilhões em 2017.
O caixa gerado pelas operações foi de US$ 15,562 bilhões em 2017, ficando US$ 224
milhões acima do EBITDA Ajustado, devido, principalmente, ao impacto positivo da redução
do capital de giro.
Fluxo de caixa livre 2017
US$ milhões
Desempenho trimestral
O fluxo de caixa livre foi de US$ 2,744 bilhões em 4T17.
O caixa gerado pelas operações foi de US$ 4,298 bilhões no 4T17, ficando US$ 189 milhões
acima do EBITDA Ajustado, devido, principalmente, ao impacto positivo da redução do
capital de giro. No 4T17 houve uma reversão da variação de capital de giro, tal qual prevista
no Relatório de Desempenho do 3T17, com uma redução no Contas a Receber em relação
ao 3T17 conforme os recebimentos de vendas aumentaram ao longo do 4T17.
30
Indicadores de endividamento
A Vale alcançou uma redução substancial de sua dívida em relação ao trimestre anterior e ao
ano anterior. A dívida bruta totalizou US$ 22,489 bilhões em 31 de dezembro de 2017, se
reduzindo em US$ 6,833 bilhões em relação a 31 de dezembro de 2016, e em US$ 3,301
bilhões em relação a 30 de setembro de 2017.
A redução da dívida bruta no último trimestre de 2017, se deveu principalmente ao
repagamento líquido18 da dívida de US$ 3,447 bilhões no 4T17 e aos efeitos da depreciação
do real na dívida da Vale, que diminuiu a dívida denominada em reais quando convertida
para USD em US$ 539 milhões (parcialmente compensada pelos US$ 320 milhões de
impacto da variação cambial da dívida denominada em USD e em Euros quando convertida
para o real, a moeda funcional da Vale). Os juros acumulados no período foram de US$ 378
milhões.
A dívida líquida decresceu em US$ 2,923 bilhões se comparada com o final do trimestre
anterior, e em US$ 6,899 bilhões se comparada ao final de 2016, totalizando US$ 18,143
bilhões baseados na posição de caixa de US$ 4,346 bilhões em 31 de dezembro de 2017.
Considerando o montante líquido de US$ 3,7 bilhões19 da venda dos ativos de Fertilizantes
recebida em janeiro de 2018 e do Project Finance do Corredor Logístico de Nacala a ser
recebido pela Vale em 21 de março de 2018, a dívida líquida pró-forma é equivalente a US$
14,4 bilhões.
18 Amortizações menos captações. Inclui pagamentos de juros. 19 Montante total das duas transações.
31
Posição da dívida
Em 31 de dezembro de 2017, a dívida bruta, após transações de swap de moedas e juros,
era 91% denominada em dólares norte-americanos, sendo composta por 27% de dívidas a
taxas de juros flutuantes e 73% a taxas de juros fixas.
O prazo médio da dívida aumentou para 8,9 anos em 31 de dezembro de 2017, quando
comparado aos 8,4 anos em 30 de setembro de 2017 e aos 7,9 anos em 31 de dezembro de
2016. O custo médio da dívida, após as operações de swap cambiais e de juros
mencionadas acima, aumentou ligeiramente para 5,06% ao ano em 31 de dezembro de 2017
em relação aos 4,96% ao ano em 30 de setembro de 2017. Como a empresa repagou sua
32
dívida com prazos mais curtos e com custo de financiamento mais barato, tanto o prazo
quanto o custo médio da dívida aumentaram.
O índice de cobertura de juros, medido pelo indicador LTM20 EBITDA ajustado/LTM juros
brutos, se manteve em 9,0x no 4T17, o mesmo nível do 3T17, e mais alto que o nível do
4T16 de 6,8x.
A alavancagem, medida pela relação da dívida bruta/LTM EBITDA ajustado, diminuiu para
1,5x em 31 de dezembro de 2017 em comparação com 1,6x em 30 de setembro de 2017 e
2,4x em 31 de dezembro de 2016. Medida pela relação da dívida líquida/LTM EBITDA
ajustado, a alavancagem diminuiu para 1,2x em 31 de dezembro de 2017 em comparação
com 1,3x em 30 de setembro de 2017 e 2,1x em 31 de dezembro de 2016.
Indicadores de endividamento US$ milhões 4T17 3T17 4T16
Dívida bruta 22.489 25.790 29.322
Dívida líquida 18.143 21.066 25.042
Dívida bruta / LTM EBITDA ajustado (x) 1,5 1,6 2,4
Dívida líquida / LTM EBITDA ajustado (x) 1,2 1,3 2,1
LTM EBITDA ajustado/ LTM juros brutos (x) 9,0 9,1 6,8
20 Últimos doze meses.
33
O desempenho dos segmentos de negócios
Informações dos segmentos - 2017, conforme nota explicativa das demonstrações contábeis Despesas
US$ milhões Receita Líquida
Custos¹ SG&A e outras¹
P&D¹ Pré-
operacional e de parada¹
Dividendos e juros de
coligadas e JVs
EBITDA Ajustado
Minerais ferrosos 25.129 (11.410) (356) (109) (192) 130 13.192
Minério de ferro - finos
18.524 (7.950) (284) (88) (181) 30 10.051
ROM 38 - - - - - 38
Pelotas 5.653 (2.876) (65) (19) (7) 81 2.767
Outros 445 (306) 5 (2) - 19 161
Mn & ferroligas 469 (278) (12) - (4) - 175
Carvão 1.567 (1.354) (44) (14) (4) 179 330
Metais básicos 6.871 (4.416) (179) (62) (75) - 2.139
Níquel² 4.667 (3.437) (153) (48) (75) - 954
Cobre³ 2.204 (979) (27) (13) - - 1.185
Outros 400 (375) (281) (155) (9) 97 (323)
Total 33.967 (17.555) (860) (340) (280) 406 15.338
¹ Excluindo depreciação e amortização.
² Incluindo cobre e outros subprodutos das operações de níquel.
³ Incluindo subprodutos das operações de cobre.
Informações dos segmentos - 4T17, conforme nota explicativa das demonstrações contábeis Despesas
US$ milhões Receita Líquida
Custos¹ SG&A e outras¹
P&D¹ Pré-
operacional e de parada¹
Dividendos e juros de
coligadas e JVs
EBITDA Ajustado
Minerais ferrosos 6.698 (3.239) (130) (34) (56) 80 3.319
Minério de ferro - finos
5.023 (2.302) (103) (27) (53) 29 2.567
ROM 8 - - - - - 8
Pelotas 1.422 (779) (22) (6) (2) 44 657
Outros 110 (76) (1) (1) - 7 39
Mn & ferroligas 135 (82) (4) - (1) - 48
Carvão 402 (433) (12) (3) - 112 66
Metais básicos 2.000 (1.130) (45) (18) (25) - 782
Níquel² 1.358 (874) (33) (15) (25) - 411
Cobre³ 642 (256) (12) (3) - - 371
Outros 67 (71) (42) (49) (7) 44 (58)
Total 9.167 (4.873) (229) (104) (88) 236 4.109
¹ Excluindo depreciação e amortização.
² Incluindo cobre e outros subprodutos das operações de níquel.
³ Incluindo subprodutos das operações de cobre.
34
Minerais Ferrosos
O EBITDA ajustado de Minerais Ferrosos totalizou US$ 13,192 bilhões em 2017, ficando
25,9% acima do registrado em 2016, principalmente como resultado do efeito líquido do
aumento de 22% do Platts IODEX na receita e nos custos (US$ 2,248 bilhões) e de ganhos
na realização de preço (US$ 1,439 bilhão), como por exemplo: maiores prêmios e menores
descontos (US$ 1,003 bilhão) e renegociações do valor de referência do frete nas vendas
FOB (US$ 367 milhões), que foram parcialmente compensados pelo impacto negativo da
variação cambial (US$ 556 milhões) e do aumento de 45% nos preços de bunker oil (US$
409 milhões).
Algumas naturezas de custos variam de acordo com os preços de minério de ferro e,
consequentemente, aumentaram US$ 695 milhões21, ficando em linha com o ambiente de
preços mais fortes, como por exemplo: (a) os custos de arrendamento das plantas de
pelotização, que são ajustados com base nos preços de pelotas; (b) os royalties de minério
de ferro; (c) a compra de minério de terceiros; (d) a provisão de remuneração variável dos
empregados da Vale. Entretanto, a Vale capturou os benefícios dos maiores preços de
minério de ferro, gerando um impacto positivo muito maior na receita (US$ 2,943 bilhões).
Variação EBITDA 2017 vs. 2016 – Minerais Ferrosos
21 Impacto total de todos os fatores relacionados ao preço do minério de ferro no ano.
35
Margem EBITDA de Minerais Ferrosos22
O EBITDA ajustado por tonelada de Minerais Ferrosos, excluindo Manganês e Ferroligas, foi
de US$ 37,9/t em 2017, ficando 24,2% maior do que os US$ 30,5/t registrados em 2016,
principalmente devido à maior realização de preço mencionada acima.
De 2016 em diante, a Vale manteve o mesmo patamar de EBITDA/t de seus peers
australianos, apesar da desvantagem estrutural do frete e da evolução do preço do bunker oil
no período. Isso foi alcançado com as iniciativas da Vale, como a otimização da cadeia de
valor integrada, o gerenciamento dinâmico de seu mix de produtos, a maior realização de
preços e sua disciplina em custos.
Finos de minério de ferro (excluindo pelotas e ROM)
PERFORMANCE ANUAL
O EBITDA ajustado de finos de minério de ferro foi de US$ 10,051 bilhões em 2017, ficando
19,0% maior do que em 2016, apesar dos impactos negativos da variação cambial, do
aumento dos preços de bunker e do frete spot. O aumento foi resultado dos maiores preços
de mercado, maiores prêmios e das iniciativas acima mencionadas de disciplina de oferta,
gestão do mix de produtos, gerenciamento da cadeia de valor global e iniciativas de redução
de custos.
22 Excluindo minério de manganês e ferroligas.
36
Os custos de finos de minério aumentaram US$ 928 milhões quando comparados a 201623,
devido, principalmente, a maiores custos de frete (US$ 642 milhões) e ao efeito negativo pro
cíclico dos fatores de custo associados ao preço de minério de ferro, mencionados acima
(US$ 283 milhões).
O custo unitário de frete marítimo de finos de minério de ferro por tonelada métrica foi de
US$ 15,4/t em 2017, ficando US$ 3,2/t maior do que em 2016, devido, principalmente, ao
impacto de maiores fretes spot (US$ 1,2/t) e aos maiores preços de bunker oil (US$ 1,9/t). O
preço médio do bunker oil no portfólio de frete da Vale aumentou 45%, passando de US$
219/t em 2016 para US$ 318/t em 2017.
O custo caixa total C1 FOB no porto por tonelada métrica, sem royalties, totalizou US$ 14,8/t
em 2017, aumentando US$ 1,5/t em relação a 2016, devido, principalmente, aos impactos
negativos: (a) da apreciação de 8,4% do BRL frente ao USD (US$ 1,1/t); (b) do efeito pró-
cíclico dos fatores de custo ligados ao preço de minério de ferro (US$ 0,6/t); (c) da inflação
(US$ 0,4/t). Estes impactos negativos foram parcialmente compensados pelo ramp-up de
S11D (US$ 0,4/t) e pela menor contribuição do Sistema Sul e da compra de terceiros no total
de vendas (US$ 0,4/t).
Variação de custo caixa C1 de finos de minério de ferro - 2017 vs. 2016
O volume de vendas de finos de minério de ferro alcançou 288,7 Mt em 2017, ficando em
linha com 2016, devido, principalmente, ao ramp-up de S11D, à redução de oferta de
23 Após ajustar para os efeitos de maiores volumes de vendas (US$ 70 milhões) e do impacto negativo da variação cambial
(US$ 330 milhões). Excluindo depreciação.
37
produtos de alta sílica nos Sistemas Sul e Sudeste e à formação de estoque nos centros de
distribuição offshore.
O preço CFR/FOB wmt da Vale para finos de minério (ex-ROM) foi de US$ 64,2/t em 2017,
aumentando em US$ 9,8/t quando comparado a 2016, enquanto a média anual do Platts
IODEX aumentou US$ 12,9/t no mesmo período. A diferença de US$ 3,1/t deveu-se,
principalmente, a impactos negativos dos mecanismos do sistema de precificação (US$ 4,2/t)
e aos ajustes de umidade (US$ 0,8/t). Tais impactos foram parcialmente compensados pelos
seguintes efeitos positivos em: (a) prêmios/descontos e condições comerciais (US$ 1,3/t); (b)
qualidade (US$ 0,4/t); (c) ajuste de vendas FOB (US$ 0,2/t).
Reconciliação do preço realizado da Vale, 2017 vs. 2016
A redução de US$ 4,2/t relativa aos Sistemas de Precificação deveu-se, principalmente, aos
ajustes do mecanismo de preço provisório. O aumento acentuado dos preços no 4T16 fez
com que os preços provisórios desse trimestre fossem estabelecidos bem acima da média
anual do Platts, o que impactou significativamente o preço realizado de 2016. Esse
comportamento, contudo, não foi observado em 2017, uma vez que os preços provisórios
estabelecidos no 4T17 ficaram em linha com a média anual do IODEX em 2017.
O aumento de US$ 0,2/t relativo ao ajuste de vendas FOB deveu-se, principalmente, às
renegociações do frete de referência das vendas FOB (US$ 0,9/t), que foram parcialmente
compensadas pelo aumento do preço do bunker oil (US$ 0,7/t).
A redução de US$ 0,8/t relativa à umidade foi resultado do aumento do Platts IODEX, já que
o percentual de umidade permaneceu constante em torno de 8%.
PERFORMANCE TRIMESTRAL
EBITDA
O EBITDA ajustado de finos de minério de ferro foi de US$ 2,567 bilhões no 4T17, ficando
11,1% menor do que no 3T17, devido, principalmente, aos menores preços realizados (US$
324 milhões), pela redução de 7,5% no Platts IODEX e pelos menores prêmios de mercado.
US$ / t 2017 (A) 2016 (B) (A) – (B)
Média do Platts (dmt) 71,3 58,4 12,9
Qualidade 1,8 1,4 0,4
Prêmios/Descontos e condições comerciais 1,6 0,3 1,3
Sistemas de Precificação (1,1) 3,1 (4,2)
Ajuste para vendas FOB (3,6) (3,8) 0,2
Umidade (5,8) (5,0) (0,8)
Preço Vale CFR/FOB (wmt) 64,2 54,4 9,8
38
Os custos e despesas24 registraram um ligeiro aumento, que foi parcialmente compensado
por maiores volumes.
RECEITA E VOLUMES DE VENDAS
A receita líquida das vendas de finos de minério de ferro, excluindo pelotas e run of mine
(ROM), reduziu-se para US$ 5,023 bilhões no 4T17 em comparação com os US$ 5,131
bilhões registrados no 3T17, devido aos menores preços (US$ 324 milhões), que foram
parcialmente compensados por maiores volumes de venda (US$ 216 milhões).
O volume de vendas de finos de minério de ferro alcançou 79,6 Mt no 4T17, ficando 4,2%
acima do 3T17, devido, principalmente, ao ramp-up de S11D. No 4T17, algumas vendas
foram deliberadamente postergadas para o 1T18 visando a otimização das margens.
As vendas CFR de finos de minério de ferro totalizaram 55,6 Mt no 4T17, representando 70%
do total de vendas de finos de minério de ferro no 4T17 e ficando em linha com o percentual
de vendas CFR registrado no 3T17.
Composição das vendas
24 Após ajustar pelo efeito da variação cambial.
39
Receita operacional líquida por produto US$ milhões 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Minério de ferro - finos 5.023 5.131 5.576 18.524 15.783
ROM 8 7 28 38 41
Pelotas 1.422 1.441 1.216 5.653 3.828
Manganês e Ferroligas 135 131 117 469 301
Outros 110 110 110 445 397
Total 6.698 6.820 7.047 25.129 20.351
Volume vendido
mil toneladas 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Minério de ferro - finos 79.603 76.388 80.287 288.692 289.940
ROM 355 406 2.220 2.637 3.496
Pelotas 13.579 13.135 13.190 51.775 47.709
Manganês 740 498 534 1.826 1.851
Ferroligas 34 32 35 132 127
PREÇOS REALIZADOS
Distribuição do sistema de preços
40
Realização de preços – finos de minério de ferro
O preço CFR referência em base seca (dmt) de finos de minério de ferro da Vale (ex-ROM)
foi de US$ 72,6/t, ficando US$ 7,0/t maior do que o IODEX, porém US$ 3,5/t menor do que
os US$ 76,1/t registrados no 3T17, principalmente em função de: (a) redução do IODEX
(US$ 5,3/t); (b) menores prêmios (US$ 2,0/t25), que foram parcialmente compensados pelo
aumento de qualidade (US$ 0,3/t) e pelos ajustes positivos oriundos do sistema de
precificação (US$ 3,1/t).
O preço CFR/FOB wmt de finos de minério de ferro da Vale (ex-ROM) reduziu-se apenas
6,1% (US$ 4,1/t) após os ajustes de umidade e do efeito das vendas FOB, que somaram
30% do total de vendas no 4T17, enquanto o IODEX diminuiu 7,5% (US$ 5,3/t), caindo de
US$ 67,2/t no 3T17 para US$ 63,1/t no 4T17.
A redução de US$ 2,0/t no efeito registrado em ‘Prêmios/Descontos e condições comerciais’,
de US$ 3,9/t no 3T17 para US$ 1,9/t no 4T17, decorreu, principalmente, de menores prêmios
para o minério de Carajás.
A realização de preço no 4T17 foi impactada pelos seguintes motivos:
a) Preços provisórios no final do 3T17 de US$ 62,7/t, que mais tarde foram
reajustados com base no preço de entrega do 4T17, que impactaram
negativamente os preços do 4T17 em US$ 0,5/t contra um efeito positivo de US$
2,7/t no 3T17, como resultado de menores preços realizados no 4T17 em
comparação à curva futura utilizada para a provisão do 3T17.
25 Diferença entre os US$ 3,9/t registrados no 3T17 e o valor de US$ 1,9/t registrado no 4T17.
41
b) Preços provisórios estabelecidos no final do 4T17 de US$ 72,8/t contra a média
IODEX de US$ 65,6/t no 4T17, que impactaram positivamente os preços no
4T17 em US$ 2,4/t contra um impacto negativo de US$ 3,2/t no 3T17.
c) Contratos com preços defasados (lagged) no trimestre, precificados a US$ 66,6/t
e baseados nos preços médios de jun-jul-ago, que impactaram positivamente os
preços no 4T17 em US$ 0,2/t se comparados ao impacto positivo de US$ 0,3/t
no 3T17.
As vendas de minério de ferro de 32,3 Mt, ou 40% do mix de vendas da Vale, foram
registradas sob o sistema de preços provisórios fixado no final do 4T17 em US$ 72,8/t. Os
preços finais destas vendas serão determinados e registrados no 1T18.
Preço médio realizado
US$ por tonelada 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Minério de ferro - Metal Bulletin 65% index 84,70 91,20 82,60 88,00 64,95
Minério de ferro - Platts 62% IODEX 65,57 70,90 70,76 71,30 58,45
Preço de referência de finos de minério de ferro CFR (dmt) 72,60 76,10 79,10 88,00 62,34
Preço realizado de finos de minério de ferro CFR/FOB 63,10 67,17 69,40 64,17 54,44
ROM 22,55 17,24 12,61 14,41 11,73
Pelotas CFR/FOB (wmt) 104,71 109,71 92,27 109,18 80,26
Manganês 119,34 175,81 162,92 159,01 110,87
Ferroligas 1.361,31 1.380,30 857,14 1.353,72 757,67
CUSTOS
Os custos de finos de minério de ferro totalizaram US$ 2,302 bilhões (ou US$ 2,595 bilhões
incluindo depreciação) no 4T17. Os custos aumentaram US$ 175 milhões quando
comparados ao 3T17, após a dedução dos efeitos de maiores volumes de vendas (US$ 68
milhões) e do impacto positivo das variações cambiais (US$ 27 milhões), devido,
principalmente, aos preços de minério de ferro, que ficaram maiores do que os projetados,
afetando a provisão de remuneração variável dos empregados, e a maiores custos da tarifa
ferroviária de terceiros (MRS) no Sistema Sul, que foram parcialmente compensados por
menores custos de manutenção.
42
CPV MINÉRIO DE FERRO - 3T17 x 4T17
Principais variações
US$ milhões 3T17 Volume Câmbio Outros Variação
Total 3T17 x 4T17
4T17
Custo caixa C1 1.109 46 (27) 39 57 1.166
Frete 819 16 - 111 128 947
Outros 158 6 - 25 31 189
Custos totais antes de depreciação e amortização
2.086 68 (27) 175 216 2.302
Depreciação 281 12 (7) 7 12 293
Total 2.367 80 (34) 182 228 2.595
Os custos de frete marítimo, que são integralmente contabilizados como custos dos produtos
vendidos, atingiram US$ 947 milhões no 4T17, o que significou um aumento de US$ 128
milhões quando comparados com os do 3T17.
O custo unitário de frete marítimo de finos de minério de ferro por tonelada métrica foi de
US$ 17,0/t no 4T17, ficando US$ 2,0/t maior do que no 3T17, devido, principalmente, ao
impacto de maiores fretes spot (US$ 0,8/t) e aos maiores preços de bunker oil (US$ 0,7/t). O
preço médio do bunker oil no portfólio de frete da Vale aumentou de US$ 308/t no 3T17 para
US$ 342/t no 4T17.
CUSTO CAIXA C1
O custo caixa total C1 FOB no porto por tonelada métrica, sem royalties, totalizou US$ 14,6/t
no 4T17, permanecendo em linha com o 3T17. Após excluir o impacto positivo da
depreciação do BRL frente ao USD de 2,6% no 4T17, os custos aumentaram US$ 0,4/t,
devido, principalmente: a) aos preços de minério de ferro, que ficaram maiores do que os
projetados, afetando a provisão de remuneração variável dos empregados (US$ 0,3/t); b) aos
maiores custos da tarifa ferroviária de terceiros (MRS) no Sistema Sul (US$ 0,2/t); c) ao
impacto da renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (US$ 0,1/t). Estes fatores foram
parcialmente compensados por menores custos de manutenção (US$ 0,2/t).
O custo caixa C1 FOB porto por tonelada métrica de finos de minério de ferro em BRL
aumentou 4,1%, passando de R$ 45,8/t no 3T17 para R$ 47,7/t (US$ 14,6/t) no 4T17, devido
aos efeitos mencionados acima. Quando comparados ao 4T15, o custo caixa C1 aumentou
somente 1,5%, apesar da inflação de 10,8% no período26.
Custos e despesas de finos de minério de ferro em reais R$/t 4T17 3T17 4T16
Custo caixa C1 ¹ 47,7 45,8 47,8
Despesas¹ 6,2 6,6 7,5
Total 53,9 52,4 55,3
¹ Líquido de depreciação.
26 Utilizando o índice IGP-M (FGV) desde 4T15 até 4T17.
43
Evolução do custo caixa C1¹ por tonelada em BRL
Custo unitário de finos de minério de ferro e frete 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Custos (US$ milhões)
Custos, sem depreciação e amortização 2.301 2.086 2.013 7.949 6.622
Custos de distribuição 54 51 25 163 95
Custos de frete marítimo 947 819 725 3.064 2.332
Custos FOB no porto (ex-ROM) 1.300 1.216 1.263 4.722 4.195
Custos FOB no porto (ex-ROM e royalties) 1.166 1.109 1.159 4.263 3.856
Volumes de vendas (Mt)
Volume total de minério de ferro vendido 80,0 76,8 82,5 291,3 293,4
Volume total de ROM vendido 0,4 0,4 2,2 2,6 3,5
Volume vendido (ex-ROM) 79,6 76,4 80,3 288,7 289,9
Custo unitário de minério de ferro (ex-ROM, ex-royalties), FOB (US$/t) 14,6 14,5 14,4 14,8 13,3
Frete
Custos de frete marítimo 947 819 725 3.064 2.332
% de Vendas CFR 70% 71% 69% 69% 66%
Volume CFR (Mt) 55,6 54,5 55,1 199,3 191,9
Custo unitário de frete de minério de ferro (US$/t) 17,0 15,0 13,2 15,4 12,2
DESPESAS
As despesas com minério de ferro, excluindo depreciação, foram de US$ 183 milhões no
4T17, ficando 15,8% maiores do que no 3T17. As despesas de SG&A e outras despesas
totalizaram US$ 103 milhões no 4T17, aumentando US$ 14 milhões em comparação com o
3T17, devido, principalmente, aos preços de minério de ferro, que ficaram maiores do que os
projetados, afetando a provisão de remuneração variável dos empregados, ao impacto da
renovação do Acordo Coletivo de Trabalho e às maiores despesas com serviços. As
despesas com P&D foram de US$ 27 milhões, ficando 22,7% maiores do que no 3T17,
devido, principalmente, à sazonalidade usual dos desembolsos. As despesas pré-
operacionais e de parada, líquidas de depreciação, totalizaram US$ 53 milhões, aumentando
44
US$ 6 milhões em comparação com o 3T17, principalmente como resultado de maiores
despesas pré-operacionais do S11D.
Evolução do custo caixa de finos de minério de ferro, frete e despesas
Evolução de investimentos de manutenção por tonelada de finos de minério de ferro
45
Pelotas
PERFORMANCE ANUAL
O EBITDA ajustado de pelotas foi de US$ 2,767 bilhões em 2017, representando 18% do
EBITDA ajustado total da Vale. O aumento de 52% em comparação com 2016, deveu-se,
principalmente, aos maiores preços e prêmios realizados (US$ 1,496 bilhão) e aos maiores
volumes de vendas (US$ 149 milhões), que foram parcialmente compensados por maiores
custos27 (US$ 583 milhões).
O prêmio médio das pelotas aumentou de US$ 34/t em 2016 para US$ 46/t em 2017, e irá
aumentar ainda mais em 2018, dado que todos os contratos foram fechados com um prêmio
médio de US$ 60/t em razão da forte demanda do mercado.
O custo de pelotas totalizou US$ 2,876 bilhões (ou US$ 3,247 bilhões com depreciação) em
2017. Após serem ajustados pelos efeitos de maiores volumes de vendas (US$ 181 milhões)
e da variação cambial (US$ 110 milhões), os custos aumentaram em US$ 583 milhões
quando comparados com 2016, devido, principalmente, aos efeitos pró-cíclicos dos maiores
preços que impactaram os custos de arrendamento das plantas de pelotização (US$ 374
milhões) e, também, devido aos a maiores custos de manutenção (US$ 63 milhões).
PERFORMANCE TRIMESTRAL
O EBITDA ajustado de pelotas foi de US$ 657 milhões no 4T17, ficando 3,2% menor do que
os US$ 679 milhões registrados no 3T17. A redução de US$ 22 milhões deveu-se,
principalmente, a menores preços de venda (US$ 68 milhões) e maiores custos27 (US$ 28
milhões), que foram parcialmente compensados por dividendos recebidos28 no 4T17 (US$ 44
milhões) e por maiores volumes de venda (US$ 20 milhões).
A receita líquida de pelotas alcançou US$ 1,422 bilhão no 4T17, diminuindo US$ 19 milhões
contra o US$ 1,441 bilhão registrado no 3T17, como resultado dos menores preços
realizados (US$ 68 milhões), que foram reduzidos de uma média CFR/FOB de US$ 109,7/t
no 3T17 para US$ 104,7/t no 4T17 em função da queda de US$ 5,3/t do Platts IODEX,
parcialmente compensados por maiores volumes de venda (US$ 49 milhões). Os volumes de
venda aumentaram de 13,1 Mt no 3T17 para 13,6 Mt no 4T17.
As vendas CFR de pelotas de 3,2 Mt no 4T17 representaram 24% do total das vendas de
pelotas, ficando ligeiramente acima dos 22% registrados no 3T17. As vendas em base FOB
totalizaram 10,3 Mt no 4T17, ficando em linha com os 10,2 Mt registrados no 3T17.
27 Após ajustar para os efeitos de maiores volumes e variação cambial. 28 Dividendos das plantas de pelotização arrendadas, que são usualmente pagos a cada 6 meses (no 2T e no 4T).
46
O custo de pelotas totalizou US$ 779 milhões (ou US$ 876 milhões, considerando a
depreciação) no 4T17. Após serem ajustados pelos efeitos de maiores volumes (US$ 29
milhões) e da variação cambial (US$ 11 milhões), os custos cresceram US$ 28 milhões
quando comparados ao 3T17, devido, principalmente, aos maiores custos de arrendamento
das plantas pelotizadoras, que aumentaram como resultado de maiores lucros, impactando a
fórmula contratual predeterminada.
As despesas pré-operacionais e de parada de pelotas atingiram US$ 2 milhões no 4T17,
ficando em linha com o 3T17. As despesas de SG&A e outras despesas totalizaram US$ 22
milhões, ficando em linha com o 3T17.
A margem EBITDA de pelotas foi de US$ 48,4/t no 4T17, ficando 6,4% menor do que o 3T17.
Pelotas - EBITDA
4T17 3T17
US$
milhões US$/wmt
US$ milhões
US$/wmt
Receita Líquida / Preço Realizado 1.422 104,7 1.441 109,7
Dividendos recebidos (plantas de pelotização arrendadas) 44 3,2 0 0,0
Custo (Minério de ferro, arrendamento, frete, suporte, energia e outros) (779) (57,4) (733) (55,8)
Despesas (SG&A, P&D e outros) (30) (2,2) (29) (2,2)
EBITDA 657 48,4 679 51,7
Break-even de caixa de finos de minério de ferro e pelotas
O break-even do EBITDA de minério de ferro e pelotas, medido pelos custos e despesas
caixa unitários numa base entregue na China (e ajustado por qualidade, diferencial de
margem de pelotas e umidade, excluindo ROM), aumentou US$ 3,9/t no 4T17 quando
comparado com o 3T17, totalizando US$ 33,9/dmt no 4T17. Isto se deve aos efeitos
mencionados acima de maiores fretes e menores prêmios.
O break-even de caixa de minério de ferro e pelotas numa base entregue na China, incluindo
o investimento de manutenção de US$ 3,4/dmt, aumentou de US$ 32,9/dmt no 3T17 para
US$ 37,3/dmt no 4T17.
47
Break-even caixa entregue na China de minério de ferro e pelotas¹ US$/t 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Custo unitário de minério de ferro (ex-ROM, ex-royalties), FOB (US$/t) 14,6 14,5 14,4 14,8 13,3
Custo de frete de finos de minério de ferro (ex-bunker oil hedge) 17,0 15,0 13,2 15,4 12,2
Custo de distribuição de finos de minério de ferro² 0,7 0,7 0,3 0,6 0,3
Despesa³ & royalties de finos de minério de ferro 3,6 3,5 3,5 3,4 3,6
Ajuste de umidade de minério de ferro 3,1 2,9 2,7 3,0 2,6
Ajuste de qualidade de minério de ferro (3,9) (5,6) (2,1) (3,4) (1,7)
EBITDA breakeven de finos de minério de ferro entregue na China (US$/dmt)
35,2 31,0 31,9 33,8 30,4
Ajuste de pelotas de minério de ferro (1,3) (1,0) (1,5) (1,5) (1,5)
EBITDA breakeven de finos minério de ferro e pelotas (US$/dmt) 33,9 30,0 30,4 32,2 28,8
Investimentos correntes de finos de minério de ferro 3,4 2,9 3,2 3,2 2,6
Break-even caixa entregue na China de minério de ferro e pelotas (US$/dmt)
37,3 32,9 33,6 35,5 31,4
¹ Medido pelo custo unitário + despesas+ investimentos correntes ajustado por qualidade ² O método de cálculo dos custos de distribuição por tonelada foi revisado, ajustando agora pelo volume total de vendas e
não pelo volume de vendas CFR
³ Líquido de depreciação e incluindo dividendos recebidos
Manganês e ferroligas
PERFORMANCE ANUAL
O EBITDA ajustado de minério de manganês e ferroligas foi de US$ 175 milhões em 2017,
ficando US$ 119 milhões acima dos US$ 56 milhões registrados em 2016, devido,
principalmente, a maiores preços realizados (US$ 166 milhões), que foram parcialmente
compensados por maiores custos29 (US$ 28 milhões).
PERFORMANCE TRIMESTRAL
O EBITDA ajustado de minério de manganês e ferroligas foi de US$ 48 milhões no 4T17,
ficando US$ 9 milhões abaixo dos US$ 57 milhões registrados no 3T17, devido,
principalmente, a menores preços realizados (US$ 42 milhões), que foram parcialmente
compensados por maiores volumes (US$ 25 milhões) e menores custos30 (US$ 9 milhões).
Vendas de minério de ferro e pelotas por destino mil toneladas métricas 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Américas 9.995 9.306 10.699 40.504 36.485
Brasil 7.232 6.710 8.679 30.535 29.008
Outros 2.763 2.596 2.020 9.969 7.477
Ásia 68.105 65.854 68.013 244.864 242.244
China 54.182 52.355 56.181 197.247 196.348
Japão 7.518 8.127 7.042 27.444 28.188
Outros 6.405 5.372 4.790 20.173 17.708
Europa 11.460 10.226 12.619 43.459 49.421
Alemanha 4.747 4.309 5.839 18.314 20.543
França 1.795 1.678 1.851 6.526 6.609
Outros 4.918 4.239 4.929 18.619 22.269
Oriente Médio 2.351 2.153 2.795 8.091 8.999
Resto do mundo 1.626 2.390 1.571 6.186 3.996
Total 93.537 89.929 95.697 343.104 341.145
29 Após ajustar os efeitos de maiores volumes e variação cambial. 30 Após ajustar os efeitos de maiores volumes e variação cambial.
48
Indicadores financeiros selecionados - Minerais Ferrosos US$ milhões 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Receita líquida 6.698 6.820 7.047 25.129 20.351
Custos¹ (3.239) (2.967) (2.753) (11.410) (9.125)
Despesas¹ (130) (116) (141) (356) (572)
Despesas pré-operacionais e de parada¹ (56) (49) (52) (192) (186)
Despesas com P&D (34) (27) (45) (109) (105)
Dividendos e juros de coligadas e JVs 80 13 53 130 113
EBITDA ajustado 3.319 3.674 4.109 13.192 10.476
Depreciação e amortização (466) (456) (489) (1.766) (1.616)
EBIT ajustado 2.773 3.205 3.567 11.296 8.747
Margem EBIT ajustado (%) 41,4 47,0 50,6 45,0 43,0
¹ Excluindo depreciação e amortização.
Indicadores financeiros selecionados - Finos de minério de ferro
- 4T17 3T17 4T16 2017 2016
EBITDA ajustado (US$ milhões) 2.567 2.888 3.391 10.051 8.445
Volume vendido (Mt) 79,6 76,4 80,3 288,7 289,9
EBITDA ajustado (US$/t) 32,2 37,8 42,2 34,8 29,1
Indicadores financeiros selecionados - Pelotas - 4T17 3T17 4T16 2017 2016
EBITDA ajustado (US$ milhões) 657 679 625 2.767 1.820
Volume vendido (Mt) 13,6 13,1 13,2 51,8 47,7
EBITDA ajustado (US$/t) 48,4 51,7 47,4 53,4 38,1
Indicadores financeiros selecionados - Ferrosos ex Manganês e Ferroligas - 4T17 3T17 4T16 2017 2016
EBITDA ajustado (US$ milhões) 3.271 3.617 4.064 13.017 10.420
Volume vendido (Mt)¹ 93,5 89,9 95,7 343,1 341,1
EBITDA ajustado (US$/t) 35,0 40,2 42,5 37,9 30,5
¹ Volume inclui finos de minério de ferro, pelotas e ROM.
49
Metais Básicos
Desempenho anual
O EBITDA ajustado de Metais Básicos alcançou US$ 2,139 bilhões em 2017, representando
um aumento de US$ 291 milhões em relação ao US$ 1,848 bilhão registrado em 2016. O
aumento ocorreu, principalmente, devido aos maiores preços de cobre (US$ 642 milhões),
aos maiores preços de níquel (US$ 257 milhões) e aos maiores preços de cobalto (US$ 138
milhões), que foram parcialmente compensados por: a) maiores custos (US$ 237 milhões) e
despesas (US$ 148 milhões), marcando 2017 como um ano de transição para um fluxo de
produção mais simples e eficiente nas operações de níquel do Atlântico Norte que gerará
resultados mais robustos de 2018 em diante; b) menores volumes (US$ 203 milhões),
refletindo o compromisso da Vale em priorizar margens sobre volume no negócio de níquel;
c) ao efeito desfavorável das variações cambiais (US$ 150 milhões).
Desempenho trimestral
O EBITDA ajustado foi de US$ 782 milhões no 4T17, o maior nível desde o 1T11,
representando um aumento de US$ 221 milhões em relação ao 3T17, principalmente devido
aos maiores preços de níquel e de cobre (US$ 152 milhões), menores custos31 (US$ 55
milhões), maiores preços de subprodutos (US$ 40 milhões), maiores volumes de níquel e de
cobre (US$ 25 milhões) e ao efeito favorável das variações cambiais32 (US$ 16 milhões), que
foram parcialmente compensadas por menores volumes de subprodutos (US$ 50 milhões) e
maiores despesas33 (US$ 16 milhões).
RECEITA E VOLUMES DE VENDAS
A receita das vendas de níquel foi de US$ 941 milhões no 4T17, aumentando US$ 189
milhões em relação ao 3T17 como resultado dos maiores preços realizados de níquel no
4T17 (US$ 94 milhões) e maiores volumes de venda (US$ 94 milhões). O volume das
vendas de níquel foi de 80 kt, ficando 9 kt acima do 3T17.
A receita das vendas de cobre foi de US$ 744 milhões no 4T17, aumentando US$ 61 milhões
em relação ao 3T17, principalmente como resultado de maiores preços realizados de cobre
no 4T17 (US$ 58 milhões). O volume das vendas de cobre foi de 111 kt, ficando em linha
com o 3T17.
A receita das vendas do subproduto de ouro nos concentrados de níquel e de cobre foi de
US$ 157 milhões no 4T17, diminuindo US$ 4 milhões em relação ao 3T17, principalmente
31 Líquido dos efeitos de volume e das variações cambiais. 32 Variações cambiais no CPV e nas despesas. 33 Líquido das variações cambiais.
50
como resultado de menores volumes que foram parcialmente compensados por maiores
preços realizados do subproduto de ouro no 4T17. O volume das vendas do subproduto de
ouro alcançou 108.000 onças no 4T17, ficando 30.000 onças abaixo do 3T17.
A receita das vendas de PGMs (metais do grupo da platina) alcançou US$ 62 milhões no
4T17, diminuindo US$ 10 milhões em relação ao 3T17. Os volumes de venda foram de
68.000 onças no 4T17 contra 85.000 onças no 3T17. O volume das vendas de PGMs
diminuiu devido, principalmente, aos menores volumes de venda de paládio.
A receita das vendas de cobalto alcançou US$ 79 milhões no 4T17, ficando em linha com o
3T17 como resultado dos maiores preços de cobalto (US$ 7 milhões) que foram
compensados por menores volumes de venda (US$ 7 milhões) no trimestre. O volume das
vendas do subproduto de cobalto alcançou 1.368 t no 4T17, ficando 114 t abaixo do 3T17.
Receita operacional líquida por produto US$ milhões 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Níquel 941 752 894 3.139 3.050
Cobre 744 683 585 2.530 1.915
Ouro como subproduto 157 161 164 587 627
Prata como subproduto 9 7 13 33 42
PGMs 62 72 52 296 351
Cobalto 79 79 42 258 115
Outros 8 8 10 28 39
Total 2.000 1.762 1.760 6.871 6.139
PREÇO REALIZADO DE NÍQUEL
O preço realizado de níquel no 4T17 foi de US$ 11.781/t, ou seja, US$ 197/t acima da média
do preço de níquel na LME, que foi de US$ 11.584/t no mesmo trimestre.
As vendas de produtos refinados de níquel representaram 85% do total das vendas de níquel
no 4T17. As vendas de produtos intermediários de níquel representam o restante das
vendas.
O preço realizado de níquel diferiu da média de preços na LME no 4T17 devido aos
seguintes impactos:
• prêmio dos produtos refinados de níquel com média de US$ 511/t, com impacto no
preço realizado agregado de níquel de US$ 434/t;
• desconto dos produtos intermediários de níquel com média de US$ 1.580/t, com
impacto no preço realizado agregado de níquel de -US$ 237/t.
51
Preço realizado de níquel
PREÇO REALIZADO DE COBRE
O preço realizado de cobre foi de US$ 6.735/t, ficando US$ 73/t abaixo da média do preço de
cobre na LME, que foi de US$ 6.808/t no 4T17. Os produtos de cobre da Vale são vendidos a
preços provisórios durante o trimestre, com os preços finais sendo determinados em um
período futuro, geralmente entre um e quatro meses à frente34.
O preço realizado de cobre diferiu da média de preços da LME no 4T17 devido aos seguintes
impactos:
• ajustes de preço do período atual: marcação a mercado das faturas ainda abertas no
trimestre com base na curva de preços futuros da LME35 no fim do trimestre (US$
236/t);
• ajustes de preço de períodos anteriores: variação entre o preço usado nas faturas
finais (e na marcação a mercado das faturas de trimestres anteriores ainda em
aberto ao fim do trimestre atual) e os preços provisórios usados nas vendas dos
trimestres anteriores (US$ 242/t);
• TC/RCs, penalidades, prêmios e descontos dos produtos intermediários (-US$ 551/t).
34 Em 31 de dezembro de 2017 a Vale tinha precificado provisoriamente 106.178 toneladas de cobre a um preço da curva
forward de cobre na LME de US$ 7.232/t, sujeitas à precificação final durante os próximos meses. 35 Inclui um pequeno número de faturas finais que foram precificadas provisoriamente e fechadas no próprio trimestre.
52
Preço realizado de cobre
Preço médio realizado US$ por tonelada 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Níquel - LME 11.584 10.528 10.810 10.411 9.609
Cobre - LME 6.808 6.349 5.277 6.166 4.863
Níquel 11.781 10.554 10.803 10.654 9.800
Cobre 6.735 6.203 5.093 5.970 4.458
Platina (US$ por onça troy) 880 917 887 891 919
Ouro (US$ por onça troy) 1.450 1.175 1.246 1.247 1.260
Prata (US$ por onça troy) 15,48 15,87 18,52 15,30 16,22
Cobalto (US$ por tn) 57.680 53.428 28.021 51.513 24.273
DESEMPENHO DO VOLUME DE VENDAS
O volume de vendas de níquel foi de 80 kt no 4T17, ficando 9 kt acima do 3T17 e 3 kt abaixo
do 4T16. O volume de vendas ficou acima do 3T17 principalmente devido à maior produção
de níquel no 4T17, assim como ao maior consumo de estoques de níquel acabado no 4T17.
O volume de vendas de cobre alcançou 111 kt no 4T17, ficando em linha com o 3T17 e 4 kt
abaixo do 4T16.
O volume de vendas do subproduto de ouro alcançou 108.000 onças no 4T17, ficando
30.000 onças abaixo do 3T17, principalmente devido aos ajustes de correção dos volumes
de metais preciosos nas operações do Atlântico Norte no 4T17.
53
Volume vendido mil toneladas 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Operações de Níquel & Subprodutos
Níquel 80 71 83 295 311
Cobre 37 37 44 143 172
Ouro como subproduto ('000 oz) - 34 25 74 94
Prata como subproduto ('000 oz) 383 242 524 1.338 1.851
PGMs ('000 oz) 68 85 73 350 507
Cobalto (ton) 1.368 1.482 1.487 5.013 4.734
Operações de Cobre & Subprodutos
Cobre 74 73 71 281 258
Ouro como subproduto ('000 oz) 108 104 107 397 403
Prata como subproduto ('000 oz) 219 223 203 841 727
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (CPV)
Os custos alcançaram US$ 1,130 bilhão no 4T17 (ou US$ 1,558 bilhão incluindo
depreciação). Os custos diminuíram US$ 56 milhões em relação ao 3T17 após o ajuste pelos
efeitos dos maiores volumes (US$ 70 milhões) e variação cambial (US$ 13 milhões).
CPV DE METAIS BÁSICOS – 3T17 x 4T17
Principais variações
Milhões de US$ 3T17 Volume Câmbio Outros Variação total 3T17 x 4T17
4T17
Operações de níquel 882 68 (6) (69) (7) 875
Operações de cobre 247 2 (7) 13 8 255
Custos totais antes de depreciação e amortização
1.129 70 (13) (56) 1 1.130
Depreciação 395 24 (9) 18 33 428
Total 1.524 94 (22) (38) 34 1.558
DESPESAS
As despesas de SG&A e outras despesas, excluindo depreciação, alcançaram US$ 45
milhões, representando uma diminuição de US$ 7 milhões em relação aos US$ 52 milhões
no 3T17, principalmente como resultado de custos não recorrentes relacionados a TI
alocados no 3T17.
As despesas pré-operacionais e de parada foram de US$ 25 milhões, principalmente devido
aos custos de care and maintenance associados à mina de Stobie, em Sudbury (US$ 7
milhões), à mina de Birchtree, em Thompson (US$ 6 milhões), à refinaria de Acton (US$ 2
milhões) e aos custos de revisão do plano de lavra de Voisey’s Bay (US$ 2 milhões).
CUSTO CAIXA UNITÁRIO
O custo caixa das operações do Atlântico Norte, líquido dos créditos de subprodutos,
aumentou de US$ 4.484/t no 3T17 para US$ 4.624/t no 4T17 devido, principalmente, aos
54
menores créditos de subproduto parcialmente compensados por menores custos associados
com a compra de minério de terceiros e menores custos com serviços e insumos no 4T17.
O custo caixa unitário em PTVI aumentou de US$ 5.866/t no 3T17 para US$ 6.609/t no 4T17
devido, principalmente, aos menores ajustes de estoque e maiores custos de energia.
O custo caixa unitário em VNC, líquido dos créditos de subprodutos, diminuiu de US$ 9.841/t
no 3T17 para US$ 8.420/t no 4T17 devido, principalmente, ao impacto favorável do aumento
de 13% da produção na diluição dos custos fixos e aos menores custos com serviços e
insumos no 4T17.
O custo caixa unitário em Onça Puma diminuiu de US$ 7.944/t no 3T17 para US$ 7.536/t no
4T17 devido, principalmente, aos menores custos com serviços de manutenção e insumos,
bem como ao impacto favorável da variação cambial.
O custo caixa unitário em Sossego aumentou de US$ 2.951/t no 3T17 para US$ 3.270/t no
4T17 devido, principalmente, aos menores teores do minério processado na usina e aos
custos não recorrentes de manutenção.
O custo caixa unitário em Salobo diminuiu de US$ 792/t no 3T17 para US$ 679/t no 4T17
devido, principalmente, aos maiores volumes e preços do subproduto de ouro.
Metais Básicos – custo caixa unitário das vendas após crédito de subprodutos¹
US$ / t 4T17 3T17 4T164 2017 2016
OPERAÇÕES DE NÍQUEL
Operações do Atlântico Norte2 4.624 4.484 5.125 5.287 4.489
PTVI2 6.609 5.866 5.770 6.515 5.518
VNC3 8.420 9.841 11.375 10.053 12.458
Onça Puma 7.536 7.944 9.204 8.642 8.319
OPERAÇÕES DE COBRE
Sossego 3.270 2.951 3.207 2.935 2.866
Salobo 679 792 589 1,009 838
1 Números do Atlântico Norte incluem os custos de refino em Clydach e Acton. 2 Períodos anteriores recalculados para incluir royalties, frete e outros custos do período. 3 Custo caixa unitário recalculado para períodos anteriores ao 1T17 para excluir despesas pré-operacionais e outras despesas
operacionais. 4 Realinhamos nossa metodologia de custo caixa unitário das vendas no 1T17 para incluir todo frete, royalties e outros custos divulgados,
como custo dos produtos vendidos e para excluir outras despesas operacionais e despesas pré-operacionais em certas operações. Considerando o critério anterior, o custo caixa unitário no 4T16 teria sido de US$ 3.412/t no Atlântico Norte; de US$ 5.695/t em PTVI e de US$ 11.017/t em VNC.
55
EBITDA breakeven – operações de níquel36
EBITDA breakeven – operações de cobre37
O EBITDA breakeven considera os custos caixa unitário mencionados anteriormente depois
do crédito de subprodutos e também as despesas e os prêmios/descontos por tonelada para
os volumes vendidos de níquel e cobre. Para as operações de níquel, a receita de
subprodutos é decorrente das vendas de cobalto e cobre, enquanto que para as operações
de cobre (Sossego e Salobo) a receita de subproduto decorre principalmente dos volumes de
venda de ouro e prata. No caso das operações de cobre, o preço realizado a ser usado para
o EBITDA breakeven deve ser o preço realizado de cobre antes dos descontos (US$
36 Se fosse considerado somente o efeito caixa de US$ 400/onça que a Wheaton Precious Metals paga por 70% do ouro
como subproduto de níquel de Sudbury, o EBITDA breakeven das operações de níquel aumentaria para US$ 7.321/t. 37 Se fosse considerado somente o efeito caixa de US$ 400/onça que a Wheaton Precious Metals paga por 75% do ouro
como subproduto de cobre de Salobo, o EBITDA breakeven das operações de cobre aumentaria para US$ 3.204/t.
56
7.286/t), dado que o TC/RC e os outros descontos fazem parte do gráfico do EBITDA
breakeven.
Desempenho por operação
Na tabela a seguir, os componentes do EBITDA de Metais Básicos.
EBITDA de Metais Básicos por operação – 4T17
Milhões de US$ Atlântico
Norte PTVI VNC
Onça Puma
Sossego Salobo Outros Total
Metais Básicos
Receita líquida 973 181 133 91 170 472 (20) 2.000
Custos (597) (130) (121) (58) (91) (165) 32 (1.130)
SG&A e outras despesas 13 (5) 2 (3) (11) (1) (40) (45)
P&D (20) - - (1) - - (4) (25)
Despesa pré-operacional e de parada
(7) (3) (3) (1) (3) - (1) (18)
EBITDA 362 43 11 28 65 306 (33) 782
Venda de níquel1 (kt) 42 20 10 8 - - - 80
Venda de cobre (kt) 37 - - - 22 51 - 111 1 As vendas do Atlântico Norte consideram as vendas dessas operações bem como as eliminações de estoques entre PTVI/VNC
e as refinarias, estejam elas localizadas na Ásia Pacífico ou no Atlântico Norte. Portanto, uma perspectiva gerencial que separe
esses efeitos resultaria em vendas de níquel de 47 kt nas operações do Atlântico Norte e de -5 kt em Outros.
EBITDA
Os detalhes do EBITDA ajustado de Metais Básicos por operação são os seguintes:
a) O EBITDA das operações do Atlântico Norte foi de US$ 362 milhões,
aumentando US$ 125 milhões em relação ao 3T17, principalmente devido aos
maiores preços realizados de níquel e cobre (US$ 116 milhões).
b) O EBITDA de PTVI foi de US$ 43 milhões, aumentando US$ 9 milhões em
relação ao 3T17, principalmente devido aos maiores aos preços realizados de
níquel (US$ 29 milhões), que foram parcialmente compensados pelos maiores
custos38 (US$ 15 milhões) e maiores despesas (US$ 4 milhões).
c) O EBITDA de VNC foi de US$ 11 milhões, aumentando US$ 18 milhões em
relação ao 3T17, principalmente devido a: (a) aos menores custos39 (US$ 15
milhões), impulsionados pela diluição de custos fixos; (b) menores gastos com
serviços e fornecedores, bem como a reversão de uma provisão de estoques e
despesa (US$ 6 milhões); c) maiores preços realizados de cobalto (US$ 4
milhões). Estes efeitos foram parcialmente compensados pelos menores
volumes vendidos (US$ 6 milhões).
38 Custos incluindo o efeito de volume. 39 Custos incluindo o efeito de volume.
57
d) O EBITDA de Onça Puma foi de US$ 28 milhões, aumentando US$ 17 milhões
em relação ao 3T17, principalmente devidos aos maiores preços realizados de
níquel (US$ 11 milhões) e maiores volumes vendidos (US$ 3 milhões).
e) O EBITDA de Sossego foi de US$ 65 milhões, ficando US$ 9 milhões abaixo do
3T17, principalmente devido aos maiores custos (US$ 11 milhões).
f) O EBITDA de Salobo foi de US$ 306 milhões, aumentando US$ 46 milhões em
relação ao 3T17, principalmente como resultado dos maiores preços realizados
de cobre e subprodutos (US$ 30 milhões) e dos maiores volumes (US$ 12
milhões).
Metais Básicos – EBITDA por operação
Indicadores financeiros selecionados - Metais Básicos US$ milhões 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Receita líquida 2.000 1.762 1.760 6.871 6.139
Custos¹ (1.130) (1.129) (1.112) (4.416) (4.128)
Despesas¹ (45) (52) (57) (179) 30
Despesas pré-operacionais e de parada¹ (25) - (30) (75) (114)
Despesas com P&D (18) (20) (22) (62) (83)
Dividendos e juros de coligadas e JVs - - 4 - -
EBITDA ajustado 782 561 543 2.139 1.848
Depreciação e amortização (438) (398) (410) (1.615) (1.658)
EBIT ajustado 344 163 129 524 186
Margem EBIT ajustado (%) 17,2 9,3 7,4 7,6 3,0
¹ Excluindo depreciação e amortização.
Milhões de US$ 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Operações do Atlântico Norte1, 3 362 237 245 898 954
PTVI 43 34 49 112 133
VNC 11 (7) (32) (66) (169)
Onça Puma 28 11 7 35 (8)
Sossego 65 74 36 262 127
Salobo 306 260 203 923 736
Outros2, 3 (33) (48) 35 (25) 75
Total 782 561 543 2,139 1,848 1 Inclui as operações no Canadá e no Reino Unido. 2 Inclui os off-takes de PTVI e VNC, vendas intercompany, compras de niquel acabado e a parte referente ao centro corporativo alocada
aos Metais Básicos. 3 Refletindo o realinhamento da forma de divulgação das operações do Atlântico Norte e da metodologia de cálculo do custo caixa
unitário, o EBITDA dos períodos anteriores seria de US$ 298 milhões para o Atlântico Norte no 4T16, e -US$18 milhões para Outros no 4T16.
58
Carvão
Desempenho anual
O EBITDA ajustado para o carvão embarcado através do porto de Nacala alcançou US$ 410
milhões, levando à melhora no EBITDA ajustado do segmento de Carvão para US$ 330
milhões em 2017. É o primeiro resultado anual positivo desde 2010, ficando US$ 384 milhões
superior em comparação aos US$ 54 milhões negativos registrados em 2016. O aumento no
EBITDA deveu-se, principalmente, a maiores preços realizados (US$ 386 milhões) e maiores
volumes de vendas a partir de Moçambique (US$ 129 milhões) que foram parcialmente
compensados por maiores custos e despesas40 (US$ 73 milhões), devido ao impacto da
tarifa logística aplicada após a desconsolidação do Corredor Logístico de Nacala, e ao menor
EBITDA da Austrália (US$ 57 milhões), onde as operações foram descontinuadas com a
venda de Carborough Downs em novembro de 2016.
Desempenho trimestral
EBITDA
O EBITDA ajustado do segmento de Carvão no 4T17 foi de US$ 66 milhões, com o carvão
embarcado através do porto de Nacala representando US$ 84 milhões. O resultado do
segmento ficou US$ 20 milhões superior aos US$ 46 milhões registrados no 3T17, devido,
principalmente, a maiores preços realizados (US$ 68 milhões) que foram parcialmente
compensados por maiores custos e despesas40 (US$ 46 milhões).
RECEITA E VOLUME DE VENDAS
A receita líquida do segmento de Carvão cresceu para US$ 402 milhões no 4T17 em
comparação aos US$ 360 milhões no 3T17, como resultado de maiores preços (US$ 68
milhões) que foram parcialmente compensados por menores volumes de vendas (US$ 26
milhões).
As vendas de carvão metalúrgico e de carvão térmico no 4T17 totalizaram 1,715 Mt e 1,228
Mt, ficando 8% e 4% inferiores ao 3T17, respectivamente. A falha, já endereçada, em uma
das escavadeiras hidráulicas afetou o volume de produção e, consequentemente, o volume
de vendas.
Carvão metalúrgico
No 4T17, 77% das vendas de carvão metalúrgico foram precificadas com base no índice de
mercado, incluindo índice de preços defasados; 19% foram vendidos com base em preços
40 Líquido da provisão para serviço da dívida do Corredor Logístico de Nacala à Vale.
59
fixos (embarques spot e cargas trial); e 4% baseados em índices de preços benchmark
trimestrais.
Preços carvão metalúrgico US$ / tonelada métrica 4T17 3T17 4T16
Premium Low Vol HCC index price¹ 204,7 188,9 168,2
HCC benchmark price 192,2 170,3 200,0
Preço realizado Vale Carvão Metalúrgico 178,5 141,8 165,2
1 Platts Premium Low Vol Hard Coking Coal FOB Australia.
O preço realizado de carvão metalúrgico cresceu US$ 36,6/t no trimestre enquanto o índice
de preço do mercado transoceânico subiu US$ 15,9/t no mesmo período. O melhor
desempenho na realização de preço deveu-se, principalmente, à maior exposição a contratos
baseados no índice do trimestre corrente ou com defasagem e a menores penalidades e
descontos comerciais com relação ao 3T17. A redução nos volumes de produção e vendas,
concentrada no final do trimestre, coincidiu com o período de índice de preço mais alto,
compensando parcialmente os ganhos obtidos.
Realização de preço – carvão metalúrgico de Moçambique
US$/t 4T17
Carvão térmico
No 4T17, 86% das vendas de carvão térmico foram precificadas com base no índice de
preços e os 14% restantes com base em preços fixos.
O preço realizado de carvão térmico foi de US$ 78,6/t no 4T17, ficando 6,4% acima do 3T17
e em linha com o aumento do índice de referência no mesmo período.
60
A realização de preço do carvão térmico em relação ao índice de referência foi impactada,
principalmente, pelos ajustes de qualidade devido ao menor valor calorífico e dos níveis de
cinza mais altos de nossos produtos, que afetaram negativamente os preços em US$ 14,1/t.
Realização de preço – carvão térmico de Moçambique
CUSTOS E DESPESAS
Os custos e despesas pró-forma41 totalizaram US$ 336 milhões em 4T17 (ou US$ 398
milhões com depreciação), crescendo US$ 22 milhões em comparação aos US$ 314 milhões
em 3T17, principalmente como resultado da menor diluição do custo fixo de mina e logística
(US$ 29 milhões) e maiores tarifas logísticas42 (US$ 10 milhões), que foram parcialmente
compensadas pelo impacto do menor volume (US$ 24 milhões).
O custo caixa pró-forma de produção por tonelada de carvão embarcado pelo porto de
Nacala foi de US$ 104,4/t no 4T17, ficando US$ 10,6/t acima do 3T17 devido ao impacto de
maiores custos operacionais (US$ 21,3/t) e de maiores tarifas cobradas pelo CLN no 4T17
(US$ 4,6/t), que foram parcialmente compensados pela maior provisão para o serviço da
dívida do CLN com a Vale (US$ 15,4/t). Os custos operacionais43 cresceram devido,
principalmente, à (a) menor diluição dos custos fixos como resultado de uma falha na
escavadeira hidráulica, que impactou a produção no 4T17; e (b) maiores custos de serviços
na preparação da ferrovia de Nacala para a temporada de chuvas, enquanto o serviço da
41 Considera custos de mina, usina, ferrovia, porto e royalties, excluindo os custos de movimentação de estoque, e despesas,
líquidos da provisão do serviço da dívida do CLN para a Vale.
42 Líquido da provisão do serviço da dívida do CLN para a Vale. 43 Considera mina, usina, ferrovia e porto, excluindo royalties e custos de movimentação de estoques por tonelada de volume
vendido.
61
dívida do CLN com a Vale cresceu como resultado de cobrança retroativa no 4T17 para
ajuste da tarifa de acordo com o Project Finance.
Custo caixa via Corredor de Nacala US$ por tonelada métrica 4T17 3T17 4T16
Custo operacional (A) 92,6 71,3 97,8
Tarifa CLN (B) 52,0 47,4 -
Serviço da dívida CLN para a Vale (C) 40,2 24,8 -
Custo de produção pró-forma (A + B - C) 104,4 93,8 97,8
Custos pró-forma de produção por Nacala
Receita operacional líquida por produto US$ milhões 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Carvão metalúrgico 306 266 300 1.240 587
Carvão térmico 96 94 76 327 252
Total 402 360 376 1.567 839
Preço médio realizado US$ por tonelada 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Carvão metalúrgico 178,4 141,8 217,0 172,7 119,5
Carvão térmico 78,6 73,8 67,7 71,0 46,2
Volume vendido mil toneladas 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Carvão metalúrgico 1.715 1.869 1.382 7.178 4.907
Carvão térmico 1.228 1.279 1.121 4.602 5.457
Total 2.943 3.148 2.503 11.780 10.365
62
Indicadores financeiros selecionados - Carvão US$ milhões 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Receita líquida 402 360 376 1.567 839
Custos¹ (433) (368) (185) (1.354) (872)
Despesas¹ (12) (9) (10) (44) 35
Despesas pré-operacionais e de parada¹ - - (18) (4) (41)
Despesas com P&D (3) (4) (7) (14) (15)
Dividendos e juros em coligadas e JVs 112 67 - 179 -
EBITDA ajustado 66 46 156 330 (54)
Depreciação e amortização (62) (56) (111) (300) (190)
EBIT ajustado (108) (77) 45 (149) (244)
Margem EBIT ajustado (%) (27) (21) 12 (10) (29)
¹ Excluindo depreciação e amortização.
63
Indicadores financeiros selecionados das principais empresas não consolidadas
Indicadores financeiros selecionados das principais empresas não consolidadas estão
disponíveis nas demonstrações contábeis trimestrais da Vale, no website da Companhia,
www.vale.com/Investidores/Resultados Trimestrais e Relatórios/Demonstrações Contábeis –
Vale.
Teleconferência/webcast No dia 28 de fevereiro, serão realizadas duas conferências telefônicas e webcasts. A
primeira, em português, ocorrerá às 10:00 horas da manhã, horário do Rio de Janeiro. A
segunda, em inglês, ocorrerá às 12:00 horas, horário do Rio de Janeiro (10:00 horas da
manhã em Nova Iorque e 15:00 horas em Londres).
Seguem os dados para acesso às conferências telefônicas/webcasts:
Conferência em português: Participantes que ligam do Brasil: (55 11) 3193-1001 ou (55 11) 2820-4001 Participantes que ligam dos EUA: (1 800) 492-3904 Participantes que ligam de outros países: (1 646) 828-8246 Código de acesso: VALE Conferência em inglês: Participantes que ligam do Brasil: (55 11) 3193-1001 ou (55 11) 2820-4001 Participantes que ligam dos EUA: (1 800) 492-3904 Participantes que ligam de outros países: (1 646) 828-8246 Código de acesso: VALE
A instrução para participação nesse evento está disponível no website da Vale,
www.vale.com/investidores. Uma gravação em podcast estará disponível no website de
Relações com Investidores da Vale.
Esse comunicado pode incluir declarações que apresentem expectativas da Vale sobre eventos ou resultados futuros. Todas as declarações
quando baseadas em expectativas futuras, envolvem vários riscos e incertezas. A Vale não pode garantir que tais declarações venham a ser
corretas. Tais riscos e incertezas incluem fatores relacionados a: (a) países onde temos operações, principalmente Brasil e Canadá, (b)
economia global, (c) mercado de capitais, (d) negócio de minérios e metais e sua dependência à produção industrial global, que é cíclica por
natureza, e (e) elevado grau de competição global nos mercados onde a Vale opera. Para obter informações adicionais sobre fatores que
possam originar resultados diferentes daqueles estimados pela Vale, favor consultar os relatórios arquivados na Comissão de Valores
Mobiliários – CVM, na U.S. Securities and Exchange Commission – SEC, e na Autorité des Marchés Financiers (AMF) em particular os
fatores discutidos nas seções “Estimativas e projeções” e “Fatores de risco” no Relatório Anual - Form 20F da Vale.
64
ANEXO 1 – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SIMPLIFICADAS
Demonstração de resultado US$ milhões 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Receita operacional líquida 9.167 9.050 9.265 33.967 27.488
Custo dos produtos vendidos (5.791) (5.412) (5.103) (21.039) (17.648)
Lucro bruto 3.376 3.638 4.162 12.928 9.840
Margem bruta (%) 36,8 40,2 44,9 38,1 35,8
Despesas com vendas, gerais e administrativas (146) (129) (136) (531) (507)
Despesas com pesquisa e desenvolvimento (104) (91) (112) (340) (319)
Despesas pré-operacionais e de parada (125) (83) (129) (413) (453)
Outras despesas operacionais (104) (151) (152) (420) (267)
Impairment e outros resultados de ativos não circulantes (417) (169) (1.145) (294) (1.240)
Lucro operacional 2.480 3.015 2.488 10.930 7.054
Receitas financeiras 149 152 52 481 170
Despesas financeiras (562) (826) (762) (3.276) (2.677)
Ganho (perda) com derivativos (29) 365 96 454 1.256
Variações monetárias e cambiais (845) 529 11 (678) 3.094
Resultado de participações em coligadas e joint ventures (66) 115 (83) 98 309
Redução ao valor recuperável e outros resultados na participação em coligadas e joint ventures
(59) (26) (74) (180) (1.220)
Resultado antes de impostos 1.068 3.324 1.728 7.829 7.986
IR e contribuição social correntes 243 (522) (125) (849) (943)
IR e contribuição social diferido (85) (457) 67 (646) (1.838)
Lucro líquido das operações continuadas 1.226 2.345 1.670 6.334 5.205
Prejuízo atribuído aos acionistas não controladores 32 (7) 33 (21) 8
Ganho (perda) de operações descontinuadas (487) (108) (1.178) (806) (1.231)
Lucro líquido (atribuídos aos acionistas da controladora)
771 2.230 525 5.507 3.982
Lucro por ação (atribuídos aos acionistas da controladora - US$)
0,15 0,43 0,10 1,06 0,77
Lucro por ação diluído (atribuídos aos acionistas da controladora - US$)
0,15 0,43 0,10 1,06 0,77
Resultado de participações societárias US$ milhões 4T17 3T17 4T16 2017 % 2016 %
Minerais Ferrosos 77 91 41 329 333,7 179 (49,4)
Carvão - 4 4 20 20,4 (4) (4,8)
Metais Básicos - 1 - 1 1,0 (4) -
Logística - - - - - - -
Siderurgia (115) 9 (140) (222) (226,5) 57 168,7
Outros (28) 10 14 (30) (28,6) 81 (14,5)
Total (66) 115 (81) 98 100,0 309 100,0
65
Balanço patrimonial US$ milhões 31/12/2017 30/09/2017 31/12/2016
Ativo
Ativo circulante 18.954 19.889 22.567
Caixa e equivalentes de caixa 4.328 4.719 4.262
Contas a receber 2.600 2.712 3.663
Outros ativos financeiros 2.022 2.149 292
Estoques 3.926 4.083 3.349
Tributos antecipados sobre o lucro 781 333 159
Tributos a recuperar 1.172 1.125 1.625
Outros 538 443 628
Ativos não circulantes mantidos para venda e operação descontinuada
3.587 4.325 8.589
Ativo não circulante 13.291 13.417 10.461
Depósitos judiciais 1.986 2.005 962
Outros ativos financeiros 3.232 3.262 626
Tributos a recuperar sobre o lucro 530 539 527
Tributos a recuperar 638 651 727
Tributos diferidos sobre o lucro 6.638 6.651 7.343
Outros 267 309 276
Ativos fixos 66.939 68.786 65.986
Ativos Total 99.184 102.092 99.014
Passivo
Passivos circulante 13.114 10.717 11.232
Contas a pagar a fornecedores e empreiteiros 4.041 4.013 3.630
Empréstimos e financiamentos 1.703 1.838 1.660
Outros passivos financeiros 374 381 767
Tributos pagáveis 697 730 657
Tributos sobre o lucro a recolher 355 309 171
Provisões 1.394 1.197 952
Dividendos e juros sobre o capital próprio 1.441 - 816
Passivos associados a controladas e joint ventures 326 301 292
Outros 1.604 816 1.197
Passivos relacionados a ativos não circulantes mantidos para venda e operação descontinuada
1.179 1.132 1.090
Passivos não circulante 41.298 44.893 46.758
Empréstimos e financiamentos 20.786 23.952 27.662
Outros passivos financeiros 2.894 2.963 2.087
Tributos pagáveis 4.890 5.168 4.961
Tributos diferidos sobre o lucro 1.719 1.604 1.700
Provisões 7.027 6.877 5.748
Passivos associados a controladas e joint ventures 670 725 785
Operação de goldstream 1.849 1.922 2.090
Outros 1.463 1.682 1.725
Total do passivo 54.412 55.610 57.990
Patrimônio líquido 44.772 46.482 41.024
Total do passivo e patrimônio líquido 99.184 102.092 99.014
66
Fluxo de caixa US$ milhões 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Fluxo de caixa das atividades operacionais:
Lucro líquido (prejuízo) antes dos tributos sobre o lucro 1.068 3.324 1.726 7.829 7.984
Ajustes para reconciliar
Depreciação, exaustão e amortização 976 920 1.006 3.708 3.487
Resultado de participação societária 66 (115) 83 (98) (309)
Outros itens provenientes dos ativos não circulantes 417 169 45 294 1.240
Imparidade nos ativos e investimentos 59 26 1.174 180 1.220
Itens dos resultados financeiros 1.287 (220) 603 3.019 (1.843)
Variação dos ativos e passivos:
Contas a receber 173 (936) (1.557) 1.277 (2.744)
Estoques 157 (52) 396 (339) 288
Contas a pagar a fornecedores e empreiteiros (131) 37 (163) 232 243
Salários e encargos sociais 210 205 106 372 133
Tributos ativos e passivos, líquidos (246) (114) (7) (297) (109)
Transação de goldstream 0 0 0 0 524
Outros 262 (121) 273 (615) 441
Caixa líquido proveniente das operações 4.298 3.123 3.685 15.562 10.555
Juros de empréstimos e financiamentos (352) (407) (420) (1.686) (1.663)
Derivativos recebidos (pagos), líquido (17) (113) (548) (240) (1.602)
Remuneração paga às debêntures participativas (65) 0 (47) (135) (84)
Tributos sobre o lucro (74) (84) (50) (563) (388)
Tributos sobre o lucro - REFIS (123) (124) (113) (488) (417)
Caixa líquido proveniente das atividades operacionais de operações continuadas
3.667 2.395 2.507 12.450 6.401
Caixa líquido proveniente das atividades operacionais de operações descontinuadas
9 87 24 87 180
Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 3.676 2.482 2.531 12.537 6.581
Fluxos de caixa das atividades de investimento:
Adições em investimentos (19) (57) (9) (93) (239)
Aquisição de subsidiária 0 0 0 0 0
Adições ao imobilizado e intangível (978) (856) (1.310) (3.831) (4.951)
Recursos provenientes da alienação de bens do imobilizado e de investimentos
201 198 203 922 543
Dividendos e juros sobre capital próprio recebidos de joint ventures e coligadas
124 21 79 227 193
Recebimentos da transação de goldstream 0 0 0 0 276
Outros resgatados (aplicados) (168) (131) (163) (583) (239)
Caixa líquido utilizado nas atividades de investimento de operações continuadas
(840) (825) (1.200) (3.358) (4.417)
Caixa líquido utilizado nas atividades de investimento de operações descontinuadas
(90) (71) (86) (305) (281)
Caixa líquido utilizado nas atividades de investimento (930) (896) (1.286) (3.663) (4.698)
Fluxos de caixa provenientes das atividades de financiamento:
Empréstimos e financiamentos:
Adições 175 351 788 1.976 6.994
Pagamentos (3.210) (2.818) (2.775) (8.998) (7.717)
Pagamentos aos acionistas:
Dividendos e juros sobre o capital próprio (2) 0 (250) (1.456) (250)
Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos aos acionistas não controladores
(2) (116) (87) (126) (291)
Outras transações com não controladores 0 0 0 (98) (17)
Caixa líquido provenientes das (utilizado nas) atividades de financiamento de operações continuadas
(3.039) (2.583) (2.324) (8.702) (1.281)
Caixa líquido provenientes das (utilizado nas) atividades de financiamento de operações descontinuadas
0 (34) (6) (34) (17)
Caixa líquido provenientes das (utilizado nas) atividades de financiamento
(3.039) (2.617) (2.330) (8.736) (1.298)
Aumento (redução) no caixa e equivalentes de caixa (293) (1.031) (1.085) 138 585
Caixa e equivalentes no início do período 4.719 5.720 5.369 4.262 3.591
Efeito de variações da taxa de câmbio no caixa e equivalentes (98) 28 (22) (60) 86
Caixa das subsidiárias alienadas 0 2 0 0 0
Caixa e equivalentes de caixa no final do período 4.328 4.719 4.262 4.328 4.262
Transações que não envolveram caixa:
Adições ao imobilizado com capitalizações de juros 73 111 90 370 653
67
ANEXO 2 – VENDAS, PREÇOS E MARGENS
Volume vendido - minérios e metais mil toneladas métricas 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Minério de ferro - finos 79.603 76.388 80.287 288.692 289.940
ROM 355 406 2.220 2.637 3.496
Pelotas 13.579 13.135 13.190 51.775 47.709
Manganês 740 498 534 1.826 1.851
Ferroligas 34 32 35 132 127
Carvão térmico 1.228 1.279 1.121 4.602 5.457
Carvão metalúrgico 1.715 1.869 1.382 7.178 4.907
Níquel 80 71 83 295 311
Cobre 111 110 115 424 430
Ouro como subproduto ('000 oz) 108 138 132 471 497
Prata como subproduto ('000 oz) 602 465 727 2.179 2.578
PGMs ('000 oz) 68 85 73 350 507
Cobalto (tonelada métrica) 1.368 1.482 1.487 5.013 4.734
Preços médios
US$/tonelada métrica 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Preço de referência de finos de minério de ferro CFR (dmt)
72,60 76,10 79,10 88,00 62,34
Preço realizado de finos de minério de ferro CFR/FOB
63,10 67,17 69,40 64,17 54,44
ROM 22,55 17,24 12,61 14,41 11,73
Pelotas CFR/FOB 104,71 109,71 92,27 109,18 80,26
Manganês 119,34 175,81 162,92 159,01 110,87
Ferroligas 1.361,31 1.380,30 857,14 1.353,72 757,67
Carvão térmico 78,57 73,82 67,67 71,05 46,17
Carvão metalúrgico 178,38 141,84 217,01 172,69 119,54
Níquel 11.781 10.554 10.803 10.654 9.800
Cobre 6.735 6.203 5.093 5.970 4.458
Platina (US$ por onça troy) 880 917 887 891 919
Ouro (US$ por onça troy) 1.450 1.175 1.246 1.247 1.260
Prata (US$ por onça troy) 15,48 15,87 18,52 15,30 16,22
Cobalto (US$ por tn) 57.680 53.428 28.021 51.513 24.273
Margens operacionais por segmento (margem EBIT ajustada) % 4T17 3T17 4T16 2017 2016
Minerais ferrosos 41,4 47,0 50,6 45,0 43,0
Carvão (26,9) (21,4) 12,0 (9,5) (29,1)
Metais básicos 17,2 9,3 7,3 7,6 3,0
Total¹ 31,6 35,2 39,2 33,0 30,2
¹ Excluindo efeitos não recorrentes.
68
Anexo 3 – reconciliação de informações “NÃO-GAAP” e informações correspondentes em IFRS (a) Adjusted EBIT¹
US$ milhões 4T17 3T17 4T16
Receita operacional líquida 9.167 9.050 9.265
CPV (5.791) (5.412) (5.103)
Despesas com vendas, gerais e administrativas (146) (129) (136)
Pesquisa e desenvolvimento (104) (91) (112)
Despesas pré-operacionais e de parada (125) (83) (129)
Outras despesas operacionais (104) (151) (152)
EBIT ajustado 2.897 3.184 3.633
¹ Excluindo efeitos não recorrentes
(b) EBITDA ajustado
O termo EBITDA se refere a um indicador definido como lucro (prejuízo) antes de juros, impostos, depreciação e amortização. A Vale utiliza o termo EBITDA ajustado para refletir que este indicador exclui ganhos e/ou perdas na venda de ativos, despesas não recorrentes e inclui os dividendos recebidos de coligadas. Todavia, o EBITDA ajustado não é uma medida definida nos padrões IFRS e pode não ser comparável com indicadores com o mesmo nome reportados por outras empresas. O EBITDA ajustado não deve ser considerado substituto do lucro operacional ou medida de liquidez melhor do que o fluxo de caixa operacional, que são determinados de acordo com o IFRS. A Vale apresenta o EBITDA ajustado para prover informação adicional a respeito da sua capacidade de pagar dívidas, realizar investimentos e cobrir necessidades de capital de giro. O quadro a seguir demonstra a reconciliação entre EBITDA ajustado e fluxo de caixa operacional, de acordo com a sua demonstração de fluxo de caixa:
Reconciliação entre EBITDA ajustado x fluxo de caixa operacional US$ milhões 4T17 3T17 4T16
EBITDA ajustado 4.109 4.192 4.722
Capital de giro:
Contas a receber 173 (936) (1.557)
Estoque 157 (52) 396
Fornecedor (131) 37 (163)
Salários e encargos sociais 210 205 106
Outros 16 (235) 266
Ajuste para itens não-recorrentes e outros efeitos (236) (88) (105)
Caixa proveniente das atividades operacionais 4.298 3.123 3.665
Tributos sobre o lucro (74) (84) (50)
Tributos sobre o lucro - REFIS (123) (124) (113)
Juros de empréstimos e financiamentos (352) (407) (420)
Pagamento de debêntures participativas (65) - (47)
Recebimentos (pagamentos) de derivativos, líquido (17) (113) (548)
Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 3.667 2.395 2.708
(c) Dívida líquida US$ milhões 4T17 3T17 4T16
Dívida bruta 22.489 25.790 29.322
Caixa¹ 4.346 4.724 4.280
Dívida líquida 18.143 21.066 25.042
¹ Incluindo investimentos financeiros.
(d) Dívida total / LTM EBITDA ajustado
US$ milhões 4T17 3T17 4T16
Dívida Total / LTM EBITDA ajustado (x) 1,5 1,6 2,4
Dívida Total / LTM Fluxo de Caixa Operacional (x) 1,8 2,3 4,6
(e) LTM EBITDA ajustado / LTM Pagamento de juros
US$ milhões 4T17 3T17 4T16
LTM EBITDA ajustado/ LTM juros brutos (x) 9,0 9,1 6,8
LTM EBITDA ajustado / LTM Pagamento de juros (x) 9,1 9,1 7,2
LTM Lucro operacional / LTM Pagamento de juros (x) 6,5 6,1 4,2