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DESAFIOS DA PRÁTICA DESAFIOS DA PRÁTICA PEDAGÓGICA NA PEDAGÓGICA NA

PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO POPULARPOPULAR

Antonio Fernando Gouvêa da Silva

MÁRIO QUINTANA – NOV / 2007MÁRIO QUINTANA – NOV / 2007

DESTAQUES DA PROPOSTA CURRICULAR DA EM MÁRIO QUINTANA - 2007

EDUCAÇÃO AMBIENTALEDUCAÇÃO ANTIDISCRIMINATÓRIAEDUCAÇÃO POPULAR

Por que a escola adotou esse tripé pedagógico para organizar sua prática curricular?

Esses pressupostos educacionais são independentes? Que relações podemos estabelecer entre eles?

DESTAQUES DA PROPOSTA CURRICULAR DA EM MÁRIO QUINTANA - 2007

PRINCÍPIOS E PRESSUPOSTOS PARA O DIÁLOGO ENTRE TRIBOS (grupos de trabalho):

1.CONTRASTES CULTURAIS - pensar as relações interpessoais na escola, os princípios de convivência, os valores e as crenças que permeiam nossas atitudes, para encontrar alternativas para uma convivência sadia.

2.AFRICANIDADES – valores civilizatórios afro-brasileiros, que tem os princípios da corporeidade, musicalidade, cooperativismo, ancestralidade, memória, ludicidade, energia vital (axé), oralidade, circularidade e religiosidade. A educação antidiscriminatória se pautará no exercício do respeito às diferenças de gênero, orientação sexual, raça/etnia, classe social, deficiências, construção social dos corpos entre outras, abrindo caminhos para a formação de cidadãs e cidadãos capazes de modificar as rígidas estruturas de uma sociedade preconceituosa e discriminadora, na qual estão inseridas(os).

3.VOZ E VEZ – busca de ações que satisfaçam às necessidades da comunidade escolar (construção de espaço alternativo para realização de projetos, esgoto que cerca a escola e cuidado com o patrimônio escolar) o grupo refletirá sobre a participação e a gestão democrática da escola. A comunicação será o método: jornal e rádio com o protagonismo do Grêmio Estudantil e do Conselho Escolar.

DESTAQUES DA PROPOSTA CURRICULAR DA EM MÁRIO QUINTANA - 2007

4.GERAÇÃO DE RENDA - a carência da comunidade e a falência do projeto econômico neoliberal suscitam a discussão da economia popular e solidária como forma de sobrevivência, mas também como concepção de mundo ligada inclusive à preservação do ambiente.

5. EDUCAÇÃO AMBIENTAL - dando continuidade ao trabalho já desenvolvido, esta tribo tem o desafio de coordenar ações no pátio escolar, efetivando suas ações com os conteúdos científicos e éticos.

6.CONCEPÇÕES DE CURRÍCULO E AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO POPULAR - aprofundar a discussão do perfil do ciclo, respondendo às questões através da análise do que os grupos produziram até agora com o contraponto da bibliografia.

7.ENSINAPRENDIZAGEM NA ED. POPULAR - quem aprende ensina e quem ensina aprende; esse processo é recíproco, daí a liberdade tomada com a linguagem... Buscando apoio no referencial teórico existente e na troca entre alternativas encontradas por nós mesmas(os) na prática cotidiana, vamos buscar compreender as dificuldades de aprendizagem em nosso contexto e construir possibilidades de superação.

DESTAQUES DA PROPOSTA CURRICULAR DA EM MÁRIO QUINTANA - 2007

PRINCÍPIOS E PRESSUPOSTOS PARA O DIÁLOGO ENTRE TRIBOS (grupos de trabalho):

1.CONTRASTES CULTURAIS - valores éticos

2.AFRICANIDADES – valores civilizatórios afro-brasileiros educação antidiscriminatória, formação de cidadãs e cidadãos capazes de modificar as rígidas estruturas de uma sociedade preconceituosa e discriminadora – valores ético-críticos .

3.VOZ E VEZ – busca de ações que satisfaçam às necessidades da comunidade escolar tendo a comunicação como método.

4.GERAÇÃO DE RENDA - discussão da economia popular e solidária como forma de sobrevivência. - valores éticos

5.EDUCAÇÃO AMBIENTAL - efetivando suas ações com os conteúdos científicos e éticos.

6.CONCEPÇÕES DE CURRÍCULO E AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO POPULAR.

7.ENSINAPRENDIZAGEM NA ED. POPULAR - compreender as dificuldades de aprendizagem e construir possibilidades de superação – intervenção pedagógica

QUER VER?ESCUTA

QUER VER?ESCUTA

FRANCISCO ALVIM. O ELEFANTE. S. PAULO, COMPANHIA DAS LETRAS, 2000, P.76

DAS FALAS SIGNIFICATIVAS DO “OUTRO” PARA A SELEÇÃO DOS CONTEÚDOS (DUSSEL, 1986)

Ouvir o “outro” como:Necessidade epistemológica para a apreensão da realidade a partir de seus diferentes mirantes; Ponto de partida para o diálogo, para desencadear um processo de ensino / aprendizagem crítico e significativo;Construção de um movimento político-pedagógico ético-crítico

A FALA, A VOZ DO “OUTRO”

A FALA, A VOZ DO “OUTRO”

PRÁXIS CURRICULAR ÉTICO-CRÍTICA

SABER OUVIR (expressão, revelação sociocultural a partir de um outro lugar)

SABER COMPREENDER (interpretar a voz do “outro” excluído)

SABER SERVIR (dialogar selecionando e construindo conhecimentos, revelando possibilidades de transformação da realidade)

EXPRESSÃO de um pensamentoREVELAÇÃO sociocultural do “distinto”DENÚNCIA DA NEGATIVIDADE material de “vítimas” do sistema-mundo

CRÍTICO –SOCIAL DOS CONTEÚDOS

COMPORTAMENTALISMO

TECNICISMO DE TYLER (ORGANIZAÇÃO DAS DISCIPLINAS) Sputnik (57’)

TECNICISMO DE BOBBITT(CURRÍCULO CIENTÍFICO: ROL DE CONTEÚDOS)

EDUCAÇÃO POPULAR CRÍTICA (FREIRE)

CONSTRUTIVISMO

COGNITIVISMO (PIAGET)

ALTHUSSER – ESCOLA É IDEOLOGIA

HUMANISMO (DEWEY ESCOLA NOVA)

EDUCAÇÃO POPULAR ASSISTENCIALISTA

CONSTRUTIVISMO SÓCIO-INTERACIONISTA (VYGOTSKY)

TEORIA CRÍTICA: APPLE, GIROUX, MACLAREN – CURRÍCULO: RELAÇÕES DE

PODER POLÍTICA CULTURAL, RESISTÊNCIA

SÉC. XIX - XX

DEC. 90 - SÉC. XXI

CURRÍCULO E EDUCAÇÃO POPULAR: BREVE HISTÓRICO

CLÁSSICO (HUMANISMO): CONCEITO DE CURRÍCULO IMPLÍCITO

DEC. 20 - 40

PRÁTICA CURRICULAR CONCRETA: PRÁTICAS SOCIOCULTURAIS ESCOLARES

DEC. 50 -70

DEC. 80

MULTICULTURALISMO PÓS-ESTRUTURALISTAS

EDUCAÇÃO POPULAR CRÍTICA (FREIRE)

TEORIA CRÍTICA: APPLE, GIROUX, MACLAREN – CURRÍCULO: RELAÇÕES DE

PODER POLÍTICA CULTURAL, RESISTÊNCIA

MULTICULTURALISMO PÓS-ESTRUTURALISTAS

CRÍTICO –SOCIAL DOS CONTEÚDOS

CONSTRUTIVISMO SÓCIO-INTERACIONISTA (VYGOTSKY)

CONSTRUTIVISMO

COGNITIVISMO (PIAGET)

PEDAGOGIA DE PROJETOS

HUMANISMO (DEWEY ESCOLA NOVA)

DEC. 50 -70

DEC. 80

DEC. 20 - 40

SÍNTESE DA INFLUÊNCIA DAS DIFERENTES CORRENTES PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA DA EDUCAÇÃO POPULAR CONTEMPORÂNEA

PRÁTICA PEDAGÓGICA CONCRETA: METODOLOGIA TRADICIONAL COMO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM SOCIOCULTURAIS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS

CLÁSSICO (HUMANISMO): CONCEITO DE CURRÍCULO IMPLÍCITO

TECNICISMO DE TYLER (ORGANIZAÇÃO DAS DISCIPLINAS) Sputnik (57’)

TECNICISMO DE BOBBITT(CURRÍCULO CIENTÍFICO: ROL DE CONTEÚDOS)

EDUCAÇÃO HUMANISTA/PRAGMÁTICA(EDUCAÇÃO POPULAR

CULTURALISTA/SUBJETIVISTA)

EDUCAÇÃO COGNITIVISTA

(EDUCAÇÃO POPULAR CONCEITUAL E SÓCIO-

INTERACIONISTA)

EDUCAÇÃO TRADICIONAL- TÉCNICA/POSITIVISTA(EDUCAÇÃO “POPULAR” ASSISTENCIALISTA)

EDUCAÇÃO LIBERTADORA(EDUCAÇÃO POPULAR

CRÍTICA/DIALÉTICA)

EM QUE CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO POPULAR A E.M. MÁRIO QUINTANA SE FUNDAMENTA? POR QUÊ?

PRINCÍPIOS GERAIS DA EDUCAÇÃO POPULAR CRÍTICA1. Intencionalidade política (excluídos)2. Pesquisa em educação processos educativos de participação3. Conhecimentos populares e científicos transformação social4. Prática educativa totalidade concreta (integração das práticas sociais e simbólicas, suas bases epistemológicas e político-econômicas)5. Consciência crítica (da consciência à conscientização) organização / mobilização dos excluídos (transformação da realidade injusta)

DIÁLOGO COMO MÉTODO DE TRABALHO POPULAR : PRESSUPOSTOSTodos têm sabedoria. Busca o saber sistematizado pertinente às necessidadesA formação se dá a partir da ação: a educação popular é um

processo de luta e de formação permanenteO trabalho popular é crítico:

parte da visão da classe trabalhadora é coletivo e planejado, deve ser feito com a ajuda de todos é conflituoso e não inventa necessidades, mas desvela

interesses e intencionalidades

Romper com a interdição do discurso do oprimido

direito à voz

PEDAGOGIA DIALÓGICA EM FREIRE

Caracterização e DENÚNCIA das situações de opressão

Distanciamento crítico da desumanização vigente resistências culturais e problematizando visões fatalistas

Intervenções transformadoras da realidade recriar o real conscientização como prática de tornar-se sujeito de sua própria história ANÚNCIO

Apreensão contextualizada da realidade acesso ao conhecimento sistematizado, desvelamento das contradições tomada de consciência coletiva

DIALOGICIDADE COMO PRÁTICA SOCIOCULTURAL PARA A RECRIAÇÃO DO REAL

DESTAQUES DA PROPOSTA CURRICULAR DA EM MÁRIO QUINTANA - 2007

“Vivenciar situações problema relacionadas com o cotidiano” – Quais são os critérios adotados para selecionar os conteúdos das diferentes áreas? Pedagogia do cotidiano e pedagogia popular crítica partem dos mesmos pressupostos educacionais?

“Medida de tempo”, “sistema de numeração decimal” e conceitos de “espaço, tempo, identidade, transformação” pertencem ao mesmo nível ou ordem de abstração? Por quê?

O que é uma situação problema para o professor também o é para a comunidade e alunos? Por quê? Que implicações essa compreensão tem para a organização curricular?

“Formar alunos críticos” - Qual é a diferença entre “conhecimento funcional” e “conhecimento crítico”?

FALA SIGNIFICATIVA: “Professora, eu não fiz a lição porque a gente tá sem luz lá em casa. Meu pai fez um “gato” na casa do vizinho, mas a luz ficou fraquinha e depois apagou tudo, aí o vizinho mandou tirar. Ele (o vizinho) também fez “gato” e a luz é boa ... Por que todo mundo não pode ter luz boa?”

PEDAGOGIA DE INTERESSE – EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO

PROGRAMAÇÃO DE CIÊNCIAS•ORIGEM DA ENERGIA ELÉTRICA:•MAQUETE DE UMA HIDRELÉTRICA EXPLICANDO SEU FUNCIONAMENTO;•DISTRIBUIÇÃO DA ENERGIA ELÉTRICA PARA GRANDES CENTROS;•UTILIZAÇÃO DA ENERGIA ELÉTRICA PELO HOMEM;•FORMAS ALTERNATIVAS DE SE OBTER ENERGIA ELÉTRICA;

ENERGIA ELÉTRICA

ATIVIDADE PEDAGÓGICADESCRIÇÃO DAS TRANSFORMAÇÕES QUE OCORREM EM UMA USINA

HIDRELÉTRICAO QUE É ENERGIA ELÉTRICA? PARA QUE UTILIZAMOS?DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM UMA CIDADELEITURA E PESQUISA SOBRE ITAUPU; HISTÓRICO, CAPACIDADE,

REGIÕES ATENDIDASCOMO A ENERGIA CHEGA EM SUA CASA?

ATIVIDADE PEDAGÓGICADESCRIÇÃO DAS TRANSFORMAÇÕES QUE OCORREM EM UMA USINA

HIDRELÉTRICAO QUE É ENERGIA ELÉTRICA? PARA QUE UTILIZAMOS?DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM UMA CIDADELEITURA E PESQUISA SOBRE ITAUPU; HISTÓRICO, CAPACIDADE,

REGIÕES ATENDIDASCOMO A ENERGIA CHEGA EM SUA CASA?

FALA SIGNIFICATIVA: “Professora, eu não fiz a lição porque a gente tá sem luz lá em casa. Meu pai fez um “gato” na casa do vizinho, mas a luz ficou fraquinha e depois apagou tudo, aí o vizinho mandou tirar. Ele (o vizinho) também fez “gato” e a luz é boa ... Por que todo mundo não pode ter luz boa?”

PRÁXIS DO DIÁLOGO CRÍTICO – EXEMPLO DE ATIVIDADE: ACESSO À ENERGIA ELÉTRICA NA FAVELA

PROBLEMATIZAÇÃO INICIAL1. O QUE É FAZER “GATO”? POR QUE AS PESSOAS PRECISAM FAZER “GATO”? 2. POR QUE A LUZ FICOU FRACA NA CASA DO ALUNO? E POR QUE NA CASA DO VIZINHO A LUZ É BOA, EMBORA TAMBÉM SEJA “UM GATO”?3. POR QUE NÃO HÁ LUZ PARA TODOS?4. PROCURE ESQUEMATIZAR OS DOIS TIPOS DE LIGAÇÃO ELÉTRICA (”GATO”): A QUE PERMITE A LUZ FICAR “FRACA” E AQUELA EM QUE A LUZ FICA “BOA”.

APROFUNDAMENTO TEÓRICO

Por que a lâmpada acende? Por que a lâmpada não “pega” fogo?

Por que a lâmpada acende? Por que a lâmpada não “pega” fogo?

Fig. 1. Funcionamento de uma lâmpada: fechando o circuito

-

+

Filete incandescente

soquete

pilha

Corrente elétrica

FATALISMO RESISTÊNCIA

Fig. 2. Circuito em série

O que acontece com a luminosidade da segunda lâmpada? Por quê?

Retire a segunda lâmpada do circuito sem retirar o soque: o que acontece com a luminosidade da primeira lâmpada? Por quê?

Fig. 3 Circuito em paralelo

Retire uma lâmpada e veja o que acontece. Por que o “gato” na casa do aluno não funcionou bem?

PLANO DE AÇÃO1. Como funciona um interruptor de luz? O que acontece quando a lâmpada queima?2. Como deve ser o circuito elétrico de uma casa para que a queima de uma lâmpada não ocasione o desligamento geral do sistema elétrico? 3. O QUE DETERMINA O ACESSO À ENERGIA ELÉTRICA EM NOSSA SOCIEDADE?4. FAZER “GATO” É LEGAL? É LEGÍTIMO? POR QUÊ? QUE RISCOS FÍSICOS E LEGAIS CORREMOS?5. Como a comunidade pode se organizar para que todos tenham acesso à energia elétrica?

“Gato” em paralelo

“Gato” em série

CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DOS CONTEÚDOS EM DIFERENTES TENDÊNCIAS CURRICULARES

1. CONTEÚDO PRESCRITIVO

FALA SIGNIFICATIVA PARA O “OUTRO”

DIÁLOGO: REALIDADE DESUMANIZADORA FALA SIGNIFICATIVA DOS SUJEITOS CONTEÚDOS DISCIPLINARES ÉTICOS, POPULARES E CRÍTICOS

REALIDADE IDEAL E SUJEITOS GENÉRICOS

CONHECER É TRANSMITIR AS VERDADES DO CONTEÚDO

2. CONTEÚDO PRECONCEBIDO

ADAPTADO À REALIDADE

REALIDADE É ILUSTRAÇÃO DO CONTEÚDO INTERESSES DOS ALUNOS FINALIDADES DIDÁTICAS

3. CONTEÚDO SELECIONADO A

PARTIR DA REALIDADE

REALIDADE VISÃO DE MUNDO DA COMUNIDADE / LIMITES SIGNIFICATIVOS NA APREENSÃO DO REAL

Construção do conhecimento a partir de necessidades, conflitos vivenciados na realidade concreta

CONHECER É TRANSMITIR AS VERDADES DO CONTEÚDO

“Toda colaboração, todo humanitarismo por trato e envolvimento é mera máscara para a aceitação tácita do que é desumano. É com o sofrimento dos homens que se deve ser solidário”. (ADORNO, 1951).

Seleção de falas e temas locais (problemas,

conflitos, contradições)

Problematização das dificuldades pedagógicas do

cotidiano escolar

Pesquisa qualitativa envolvendo educadores, educandos e comunidade

Avaliação permanente das políticas curriculares

e das práticas pedagógicas

Articulação de práticas pedagógicas transformadoras da

realidade concreta

Recorte interdisciplinar de conteúdos a partir da

contextualização da realidade local (critérios dialógicos para

o recorte epistemológico)

PRÁXIS CURRICULAR POPULAR CRÍTICA

PRÁXIS CURRICULAR POPULAR CRÍTICA

Organização dialógica da prática pedagógica

(práxis libertadora)

PROBLEMATIZAÇÃO

SISTEMATIZAÇÃO

APREENSÃO CRÍTICA

PLANO DE AÇÃO

INVESTIGAÇÃO

A CONSTRUÇÃO ÉTICO-CRÍTICA DO CURRÍCULO NA A CONSTRUÇÃO ÉTICO-CRÍTICA DO CURRÍCULO NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO POPULARPERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO POPULAR

DESTAQUES DA PROPOSTA CURRICULAR DA EM MÁRIO QUINTANA - 2007

“Há muita violência na vila” “Desenvolvimento de uma postura crítica e

transformadora” Como explicamos a “violência” vivenciada pela

comunidade? A forma como explicamos a violência é a mesma

explicitada pela comunidade? Por quê? Como a violência na vila pode ser objeto de estudo da

prática curricular? Como a pesquisa realizada em 2005/2006 interferiu na

seleção dos conteúdos e na metodologia pedagógica adotada?

A forma adotada para selecionar o conteúdo escolar pode legitimar formas de exclusão social? Por quê?

FALAS SIGNIFICATIVAS DOS JOVENS

“Os caras chegam jogando banca, xavecando as mina, querem ser galo no terreiro dos outros, e você quer que a gente deixe barato?” “Não tem essa de dois, aqui sou eu ou eles.”

“Quem gosta de pagode tá no sistema, é coisa de traíra.”

“Vacilão tem que tomar porrada, tem que morrer.”

ANÁLISE DE UM EXEMPLO - VIOLÊNCIA ENTRE GRUPOS (“GANGUES”) EM UM BAIRRO PERIFÉRICO DE UM GRANDE CENTRO URBANO – PROJETO: ZOANDO COM

OUTROS MANOS (ZOM).

Resgate das visões de mundo dos jovens e análise das situações pelos educadores

“Se bobear levo a beca e o pisante, aqui otário não tem vez ..., e se piar leva pipoco.”

1. VISÃO DE MUNDO DOS JOVENS X ANÁLISE DOS CONFLITOS NA CONCEPÇÃO DOS EDUCADORES

2. ANÁLISE CRÍTICA DA VIOLÊNCIA LOCAL PARA O PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES DE FORMAÇÃO DESENVOLVIDAS PELO PROJETO ZOM

3. CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO E PRÁTICAS SOCIOCULTURAIS DOS JOVENS A PARTIR DE PRÁTICAS DIALÓGICAS

Infra-estrutura e distribuição dos equipamentos coletivos

Violência como forma de desorganização sociocultural e econômica

Convivência comunitária conflituosa

Plano da violência: falta de acesso aos bens sociais

Os conflitos na concepção dos educadores – A violência como manifestação primária de pertença a um grupo a partir da negação do “outro”, de construção de identidade individual e coletiva.

Políticas Públicas para a Seguridade Social

Planos da violência: física e psicológica

Plano da violência: falta de acesso aos bens culturais

Plano da violência falta de acesso aos bens materiais

Problematização 2 Problematização 1

Problematização 3

Problematização 4

Problematização 5

Problematização 6

Propondo Planos de Ação: da violência à humanização comunitária

PLANEJAMENTO A PARTIR DAS DIMENSÕES DA

VIOLÊNCIA EM DIFERENTES PLANOS DA REALIDADE - ORIGEM DA VIOLÉNCIA VIVENCIADA

Visão de mundo dos jovens – A legitimidade da disputa hostil: defesa e reconhecimento de direitos e espaço, competição como prática de sobrevivência e auto-afirmação.

Falas significativas dos jovens

“Os caras chegam jogando banca, xavecando as mina, querem ser galo no terreiro dos outros, e você quer que a gente deixe barato?”

“Não tem essa de dois, aqui sou eu ou eles.”

“Quem gosta de pagode tá no sistema, é coisa de traíra.”

“Se bobear levo a beca e o pisante, aqui otário não tem vez ..., e se piar leva pipoco.”

“Vacilão tem que tomar porrada, tem que morrer.”


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