DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E REDAÇÃO
SESSÃO: 233.1.55.O
DATA: 20/08/15
TURNO: Matutino
TIPO DA SESSÃO: Deliberativa
Extraordinária - CD
LOCAL: Plenário Principal - CD
INÍCIO: 9h08min
TÉRMINO: 13h59min
DISCURSOS RETIRADOS PELO ORADOR PARA REVISÃO Hora Fase Orador 10:26 BC CLAUDIO CAJADO
Obs.:
Ata da 233ª Sessão da Câmara dos Deputados, Deliber ativa Extraordinária,
Matutina, da 1ª Sessão Legislativa Ordinária, da 55 ª Legislatura, em 20 de
agosto de 2015.
Presidência dos Srs.:
Eduardo Cunha, Presidente.
Gilberto Nascimento, 2º Suplente de Secretário.
Carlos Manato, Rômulo Gouveia, Pr. Marco
Feliciano, Missionário José Olimpio, nos termos
do § 2º do artigo 18 do Regimento Interno.
ÀS 9 HORAS E 8 MINUTOS COMPARECEM À CASA OS SRS.:
Eduardo Cunha
Waldir Maranhão
Giacobo
Beto Mansur
Felipe Bornier
Mara Gabrilli
Alex Canziani
Mandetta
Gilberto Nascimento
Luiza Erundina
Ricardo Izar
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Não havendo quórum regimental para
a abertura da sessão, nos termos do § 3° do art. 79 do Regimento Interno,
aguardaremos até meia hora para que ele se complete.
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I - ABERTURA DA SESSÃO
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - A lista de presença registra na Casa o
comparecimento de 51 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.
Está aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos
trabalhos.
II - LEITURA DA ATA
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Fica dispensada a leitura da ata da
sessão anterior.
III - EXPEDIENTE
(Não há expediente a ser lido)
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Passa-se às
IV - BREVES COMUNICAÇÕES
Consulto este Plenário: se V.Exas. permitirem, como há poucos oradores
presentes, eu passaria o prazo para dar o pronunciamento como lido para 2 minutos
improrrogáveis. Pode ser assim? (Pausa.)
Concedo a palavra ao primeiro orador inscrito, Deputado Davidson
Magalhães, do PCdoB da Bahia. S.Exa. tem 2 minutos na tribuna.
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O SR. DAVIDSON MAGALHÃES (PCdoB-BA. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero parabenizar os paratletas brasileiros pelo
desempenho nas Paralimpíadas de Londres. Fomos vencedores.
Destaco que, nessa oportunidade, grande parte deles teve o apoio do
Governo Federal, por meio do apoio do Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte, e, no
caso do Estado da Bahia, 25 paratletas também foram contemplados pelo Programa
Estadual para Apoio à Prática do Esporte.
Quero registrar os nossos parabéns aos paratletas da Bahia, por intermédio
da Verônica Almeida, que tivemos oportunidade de patrocinar quando Presidente da
Companhia de Gás da Bahia – BAHIAGÁS.
Ao mesmo tempo, quero registrar o empenho da Prefeitura Municipal de
Itabuna com o Centro de Reabilitação e Desenvolvimento Humano — CREADH,
que, com o apoio do Governo Federal e do Governo do Estado, recebeu incentivos
financeiros. Foram R$ 3,75 milhões para a construção de um novo centro, moderno
e totalmente adaptado, como também R$ 250 mil para a construção da oficina
ortopédica.
Portanto, esse é um esforço da Prefeitura Municipal de Itabuna. Parabenizo o
Prefeito Claudevane, o Vice-Prefeito Wenceslau e o Secretário de Saúde Eric
Ettinger pela obtenção desses recursos, que servirão para tratar pessoas com
necessidades especiais.
Por último, Sr. Presidente, quero registrar que os funcionários da BAHIAGÁS,
terceira maior empresa de distribuição de gás do Brasil, encontram-se paralisados.
Com certeza, com a competência e a direção do nosso amigo Gavazza na
Presidência da BAHIAGÁS, serão feitos todos os esforços para um processo de
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negociação e de pacificação entre os trabalhadores e a companhia, para o
progresso daquela empresa.
Muito obrigado.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o assunto que me traz a esta tribuna
são as pessoas com deficiência, ou com necessidades especiais. A deficiência é um
fenômeno global, muito comumente associado à pobreza, com impactos políticos,
econômicos, culturais e sociais, e o rumo das políticas públicas voltadas para
pessoas com deficiência gera impactos para toda a sociedade.
Atualmente, a deficiência é vista como uma característica da condição
humana, como tantas outras. Portanto, as pessoas com deficiência têm direito à
igualdade de condições e à equiparação de oportunidades, ou seja, todas devem ter
garantidos e preservados seus direitos, em bases iguais com os demais cidadãos.
Segundo dados do Censo IBGE 2010, há no Brasil cerca de 45,6 milhões de
pessoas com deficiência, o que corresponde a 23,92% da população brasileira.
Temos avançado em relação às políticas públicas voltadas à valorização dos direitos
das pessoas com deficiência, respeitando suas características e especificidades. O
reflexo deste avanço pode ser visto pelos resultados obtidos por nossos paratletas
em competições pelo Brasil e pelo mundo. Das Paralimpíadas de Londres os
paratletas brasileiros retornaram com resultados que nos colocaram entre os 10
maiores medalhistas da competição. A melhor maneira de recompensar o esforço
dos esportistas é manter e ampliar o apoio do Governo ao treinamento e preparo
dos atletas e garantir também o apoio do Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte.
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Itabuna, Município do Sul da Bahia, dá exemplo. A Prefeitura mantém o
Centro de Reabilitação e Desenvolvimento Humano (CREADH), fruto de pacto com
21 Municípios da região, voltado para atender às pessoas com deficiência física e
intelectual e com ostomia. Os atendimentos são realizados por um grupo
multiprofissional, nas áreas de ortopedia, neurologia, enfermagem, fisioterapia,
terapia ocupacional, psicologia, psicopedagogia, fonoaudiologia e assistência social,
além do corpo administrativo.
O Centro compõe a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, no âmbito
do Sistema Único de Saúde (SUS), habilitando-se como Centro Especializado em
Reabilitação — CER II. Ressalto que já está em andamento a implantação da
reabilitação visual, para que o mesmo se torne um CER III.
Através do Ministério da Saúde, o CREADH está recebendo incentivos
financeiros no valor de R$3.750.000,00 para a construção de um novo Centro,
moderno e totalmente adaptado, como também R$250.000,00 para a construção da
oficina ortopédica, a qual disponibilizará serviços de confecção, adaptação e
manutenção de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção. O processo
licitatório para a construção do Centro ocorrerá no próximo dia 13 de setembro, e o
início da construção está previsto para os próximos 60 dias. Há estudos para a
contratação de profissional preparador físico para a implantação de programa de
incentivo ao esporte dedicado às pessoas com deficiência.
Quero parabenizar a Prefeitura de Itabuna pelo programa.
Quero aproveitar para parabenizar esses paratletas pelo esforço e pelos
resultados alcançados. Parabenizo mais especialmente os paratletas baianos, como
Mônica Veloso, paratleta e Presidente da Associação Baiana de Atletas Deficientes
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(ABAD), Leo Curvelo, Verônica Almeida, José Carlos Santos, Ronaldo Souza Santos
e Ricardo Serravalle, entre outros, que nem sempre são medalhistas, mas já são
vencedores desde o momento em que escolheram o caminho do esporte.
O Governo do Estado também está fazendo a sua parte. Em junho último,
concedeu bolsas esporte a 25 atletas e paratletas baianos por meio do Programa
Estadual para Apoio à Prática do Esporte.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Concedo a palavra ao Deputado
Wadih Damous, do PT do Rio de Janeiro, por 2 minutos.
O SR. WADIH DAMOUS (PT-RJ. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados, há poucos dias — no 11 dia de agosto, se não me engano —
, no Consultor Jurídico, site especializado em questões ligadas ao Direito, ao
Judiciário, ao Ministério Público, foi publicada uma matéria dando conta de algo que
já é do nosso conhecimento, mas que foi ali posto de forma sistematizada. Trata-se
do teto remuneratório a que todos os servidores públicos estão submetidos, inclusive
os senhores juízes, os senhores desembargadores, com base na remuneração do
Supremo Tribunal Federal.
O que essa matéria mostra — e isso já é do conhecimento, pelo menos, da
comunidade jurídica — é que muitos juízes e desembargadores percebem acima do
teto. Na verdade, o teto virou piso, graças a expedientes de criação de
penduricalhos do tipo auxílio-moradia, auxílio-táxi, auxílio-educação, auxílio isso,
auxílio aquilo.
E, para nossa surpresa, na relação de juízes, desembargadores e membros
do Ministério Público que percebem acima do teto, está o nome do insuspeito Juiz
Sérgio Moro, esse mesmo que prometeu limpar o Brasil da corrupção, que prometeu
passar o Brasil a limpo. O Juiz Moro, nos últimos meses, percebeu bem acima do
teto — em média, 77 mil reais por mês —, e promete limpar o Brasil.
Acho que essa limpeza deveria começar pela remuneração desses juízes e
desembargadores que percebem acima do teto constitucional, em manobras que
não fazem bem à democracia e à moralidade.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Muito obrigado, nobre Deputado.
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PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, enquanto o Brasil passa por uma
séria crise econômica e o discurso maniqueísta contra a corrupção faz com que
cresça a descrença na política e contra a classe política em geral, juízes e membros
do Ministério Público recebem remunerações estratosféricas, contrariando o art. 37
da Constituição Federal, que expressamente determina o dever de os funcionários
públicos serem remunerados em parcela única, sempre limitados ao salário do
Ministro do Supremo Tribunal Federal, hoje em R$ 37,4 mil.
É o que diz a matéria Levantamento mostra que juízes ganham o dobro do
salário de ministros do STF, do site Consultor Jurídico, de 11 de agosto de 2015. É
inadmissível, e um verdadeiro acinte moral, que, através de subterfúgios como
auxílio-livro, auxílio-saúde, auxílio-educação, auxílio-transporte, essas verbas sejam
incorporadas ao salário como se fossem indenizações.
É o que denuncia o Procurador Federal Carlos André Studart Pereira, que
escreveu o texto O teto virou piso, a pedido da Associação Nacional dos
Procuradores Federais (ANPAF). Diz ele: “Essas verbas têm sido pagas de maneira
disfarçada, como se fossem indenizações — e por isso não estariam sujeitas à
parcela única ou ao teto remuneratório.”
O levantamento aponta que o Juiz Federal Sérgio Moro, um dos expoentes do
discurso moralista contra a corrupção, que tem contribuído para a espetacularização
da Justiça e desrespeitado constantemente direitos e garantias individuais com o
discurso de combater a corrupção, recebeu em determinado mês R$ 64 mil reais,
contando salário, auxílios e benefícios. Outro, levou R$ 73 mil. Outro, afastado da
jurisdição, nesse mesmo mês ganhou R$ 52,5 mil.
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No caso do Ministério Público Federal, há procuradores com remunerações
de R$ 48 mil. Outros, com atuação em segundo grau, que ganham quase R$ 65 mil
por mês.
A remuneração de servidor público depende de lei, sempre de iniciativa do
chefe do poder em questão. Já verbas indenizatórias independem de lei. Basta que
haja “situação jurídica merecedora de reparação, com base no poder da autotutela”,
conforme explica artigo da Procuradora Federal Marina Fontoura de Andrade.
Nessas situações jurídicas estaria a necessidade de benefício para pagar
transporte, comprar livros e estudar matérias relacionadas à atividade-fim do juiz ou
do procurador e até para andar de táxi, já que determinada vara não tem carro
oficial.
“A mais nova benesse” relatada pelo Procurador Federal é a “gratificação por
exercício cumulativo de função” para juízes federais. Criado pela Lei nº 13.093, de
2015, o benefício é concedido a juízes que acumulam funções, como a de titular e
substituto de uma vara ou de varas eleitorais.
Esse benefício é de um terço do salário do juiz, limitado a cada 30 dias de
acúmulo de funções. De acordo com a Resolução nº 341, de 2015, do Conselho da
Justiça Federal, que regulamenta a lei, no entanto, quando esse acúmulo de
jurisdição ultrapassar os 30 dias, esses dias serão remunerados com folgas, que
obedecem ao teto de 15 dias e não podem ser vendidas. “O que deveria ser
vantagem eventual — a ser gozada nas férias e demais afastamentos do colega —
degenerou-se em aumento salarial”, diz o texto de Studart, citando artigo do colega
Luciano Rolim.
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Studart também aponta que a regra do Conselho da Justiça Federal
determina que os juízes federais têm um “limite” de acervo de mil processos, mais
um “limite” de mil processos novos por ano. Passando disso, o acervo será dividido
com outro juiz sempre que o número chegar a múltiplos de mil. Considerando que
em 2010 foram 5,9 milhões de processos para 1,7 mil juízes federais, segundo o
CJF, todos eles têm, em tese, direito à redistribuição de seus trabalhos.
Para além da imoralidade da constatação, ainda mais em momentos em que
milhões de trabalhadores sentem apertar o cinto dos seus rendimentos, trata-se de
uma ilegalidade e de um ataque à Constituição da República cometido por quem
deveria zelar pelo cumprimento da lei. Qual a moral de um magistrado que
ultrapassa o teto do funcionalismo público, recebendo vencimentos estratosféricos,
para julgar e mandar prender ilegalmente acusados de corrupção?
É hora de colocarmos um freio a essa imoralidade, e o momento em que se
discute saídas para a crise torna o debate não só propício como necessário. É
fundamental discutirmos limites para essa vexatória situação que permite a um juiz
federal ganhar 81 vezes o salário mínimo de um trabalhador.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Concedo a palavra ao nobre
Deputado Giovani Cherini, grande liderança do PDT do Rio Grande do Sul, por 2
minutos.
O SR. GIOVANI CHERINI (PDT-RS. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr.
Presidente, Deputado Manato.
Bom dia a todos!
Sras. e Srs. Parlamentares, estamos aqui, depois de grandes votações
realizadas ontem.
Sou coordenador da bancada gaúcha no Congresso Nacional. Fizemos ontem
uma reunião muito importante com os Vereadores que estavam aqui em Brasília.
Os Vereadores do meu Rio Grande do Sul estão mobilizados. Eles não
querem que promotores se metam na vida das Câmaras de Vereadores. Hoje eles
estão sendo pisados. Promotores do Brasil inteiro estão olhando as diárias dos
Vereadores, o salário dos Vereadores. Isso é invasão a um poder tão importante: a
Câmara de Vereadores.
Quando se mexe com a Câmara de Vereadores, mexe-se com a democracia.
Se nós queremos preservar a democracia, vamos respeitar os Vereadores, que têm
autonomia, como todos os Poderes, para determinar aquilo que é mais importante
para os seus mandatos.
Foi realizada ontem a Marcha dos Vereadores, em defesa do pacto
federativo, com a seguinte proposta de distribuição de recursos: 40% para a União,
30% para os Estados e 30% para os Municípios. Isso resolveria até o grande
problema dos recursos gastos com as viagens a Brasília, com o retorno, que inclui
pedágio.
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Também estamos atuando no Movimento Tradicionalista Gaúcho — MTG. Há
uma preocupação muito grande este ano, no nosso Rio Grande do Sul, com uma
doença que está surgindo nos cavalos, chamada mormo. É uma doença
transmissível ao homem, o que, provavelmente, fará com que os desfiles sejam
cancelados, principalmente os desfiles cavalarianos. Isso vai prejudicar muito a
nossa Semana Farroupilha.
Portanto, a bancada gaúcha está aqui trabalhando cada vez mais unida e
forte no sentido da defesa do nosso Rio Grande do Sul.
Gostaria, Sr. Presidente, de que este pronunciamento fosse divulgado no
programa A Voz do Brasil e nos Anais da Casa.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - V.Exa. será atendido, nobre
Deputado.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no final da tarde de quarta-feira, dia
19, na Câmara dos Deputados, coordenei a reunião semanal da bancada gaúcha,
com uma grande representação de vereadores que participam da Marcha dos
Vereadores em Brasília. Apoiamos as reivindicações da UVERGS — União dos
Vereadores do Rio Grande do Sul, atualmente presidida por Silomar Garcia Silveira.
Como coordenador da Bancada Gaúcha Federal, reiteramos o nosso apoio às
três principais pautas dos Vereadores do Rio Grande do Sul: novo pacto federativo
com a redistribuição tributária (40%, União; 30%, Estado; 30%, Municípios), não
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diminuição dos salários dos Vereadores e construção da sede própria em Porto
Alegre.
A Marcha Anual dos Vereadores é um dos mais expressivos eventos
realizados pela União dos Vereadores do Brasil — UVB, representando o clamor dos
representantes legislativos municipais pela atenção de todos os Poderes para as
questões dos Municípios — é onde vivem as pessoas.
O encontro também teve a participação dos Srs. Loiva e Dorvilio Caldeiran, do
Movimento Tradicionalista Gaúcho em Brasília, que explanaram as ações da nossa
bancada sobre o tradicionalismo e divulgaram a agenda do MTG aqui na Capital
Federal.
Tenho vários projetos de lei relacionados à cultura gaúcha. Os mais recentes,
como Deputado Federal, são o PL que regulamenta os rodeios como atividade da
cultura popular e o da inclusão da Semana Farroupilha no calendário de eventos
brasileiro.
No mês de setembro, no dia 13, em Brasília, haverá uma grande cavalgada,
missa crioula e almoço; e no dia 16, sessão solene em homenagem à Semana
Farroupilha.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Com a palavra o Deputado Delegado
Edson Moreira, de Minas Gerais, por 2 minutos.
O SR. DELEGADO EDSON MOREIRA (Bloco/PTN-MG. Sem revisão do
orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ontem foi concluída, em segundo
turno, a votação da redução da maioridade penal. A sociedade, o Brasil como um
todo saiu ganhando com isso, porque, a partir de então, passados os dois turnos no
Senado, poderemos responsabilizar não os nossos menores em si, mas os
infratores, os mais perigosos, os mais temidos, os mais sanguinários, os mais frios,
aqueles que, sem dó e sem nenhuma complacência para com o seu semelhante,
arrancam-lhe a vida, fazendo as maiores perversidades que se possa imaginar.
Sr. Presidente, postei isso por volta de 22 horas. Quando foi por volta de
22h30min, já havia mais de 50 mil curtidas e vários compartilhamentos. Isso mostra
como a sociedade está atenta ao que está acontecendo aqui na Câmara dos
Deputados.
Então, é de suma importância o ato feito aqui ontem. A aprovação da
Proposta de Emenda à Constituição nº 171, de 1993, pela Câmara dos Deputados
foi aplaudida pelo Brasil inteiro, pelas pessoas de bem, pelas pessoas que
realmente querem um país melhor, um país mais seguro.
Portanto, Sr. Presidente, a Câmara dos Deputados está de parabéns. O
nosso Presidente, Deputado Eduardo Cunha, está de parabéns por ter tirado esse
mofo da gaveta, colocando-o em votação.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Muito obrigado, nobre Deputado.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Com a palavra o Deputado Valmir
Assunção, do PT da Bahia, por 2 minutos.
O SR. VALMIR ASSUNÇÃO (PT-BA. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ontem, na Câmara, houve a votação, em
segundo turno, da redução da maioridade penal.
Eu sou contra a redução da maioridade penal, porque os argumentos que se
utilizam não me convencem, e não convencem aqueles e aquelas que trabalham
neste Brasil justamente com crianças e adolescentes.
Os argumentos de que, com a redução da maioridade penal, vai-se resolver o
problema da segurança pública não são verdadeiros. Os argumentos que foram
utilizados durante todo esse período sustentam que a redução da maioridade penal
é justamente para punir os jovens, os adolescentes infratores, porque eles não têm
punição. Na verdade, hoje, quem não é punido é a maioria dos adultos que cometem
crimes neste Brasil. Essa é a grande realidade.
Se o Congresso Nacional quer tomar uma medida mais eficaz, tem que,
justamente, resolver esse problema, para que os adultos que cometem crimes sejam
punidos com o rigor da lei estabelecida.
Agora, só cabe a mim torcer para o Senado Federal não aprovar essa
proposta de emenda à Constituição. Vamos torcer para que o Senado Federal não
tome as mesmas medidas que a Câmara Federal tomou e não reduza a maioridade
penal.
Toda a sociedade que luta e trabalha com crianças e adolescentes tem que
se manifestar, tem que pressionar o Senado para que não faça o que a Câmara fez,
ou seja, para que não reduza a maioridade penal, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Muito obrigado, nobre Deputado.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Com a palavra o Deputado Chico
Lopes, nobre professor e doutor do PCdoB do Ceará, líder da juventude.
O SR. CHICO LOPES (PCdoB-CE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente
dos trabalhos, Deputado Manato, médico e militante da saúde, senhores e senhoras,
ontem, nesta Casa, houve o encontro de vários institutos e de diversos partidos: PT,
PMDB, PDT, PCdoB, Fundação Maurício Grabois, Fundação Perseu Abramo e
outros. Fizemos, rapidamente, uma análise do que vem acontecendo no Brasil.
O Deputado Wadih Damous, do PT do Rio de Janeiro, que me antecedeu, fez
uma análise do comportamento jurídico de certas autoridades. O Prof. Schmidt, da
Universidade de Brasília, o Presidente da OAB e todos nós estamos preocupados
com a maneira como está sendo conduzida, aparentemente, a democracia
brasileira.
Todos os órgãos e instituições, como o Judiciário, pelos quais devemos ter
respeito, e eu tenho, agora resolveram se tornar partidos políticos — se não todos,
boa parte deles.
Outro companheiro que esteve aqui defendeu a Marcha dos Vereadores.
Os promotores, agora, por qualquer vontade individual, mandam prender
vereador, mandam prender prefeito. Depois, o processo não dá em nada, mas já
ficou a mancha na classe política.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Muito obrigado, nobre Deputado.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Concedo a palavra à nobre oradora
Jô Moraes, do PCdoB de Minas Gerais, por 2 minutos.
A SRA. JÔ MORAES (PCdoB-MG. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente,
caros Deputados, queridas Deputadas, hoje nós estamos recebendo a visita da
Primeira-Ministra da Alemanha, Angela Merkel. Evidentemente, isso é parte do
reforço das iniciativas que a Presidente Dilma vem realizando, no último período, no
sentido de se dirigir ao mercado mundial com a perspectiva de novas parcerias.
Nos últimos 5 meses, a Presidente Dilma esteve, no México, em uma reunião
de presidentes de vários países. A Presidente esteve também nos Estados Unidos,
e a visita e os entendimentos com o Presidente Obama levaram a que fossem
assinados 22 acordos.
A Presidente Dilma recebeu aqui o Primeiro-Ministro da China. A parceria do
Brasil com a China levou a que 35 acordos fossem assinados, incorporando um total
de investimentos de 52 bilhões de reais para que o País pudesse desenvolver sua
infraestrutura. Coincidiu também o fato de que, nesse período, nós aprovamos
nossa incorporação e nossa adesão ao Banco do BRICS.
E a Presidente Dilma esteve na Rússia — lembro da União Soviética, de um
tempo em que o socialismo era construído naquele país — para assinar acordos e
entendimentos com o BRICS.
Realizou-se aqui, também, o Seminário do MERCOSUL.
Neste momento, a presença da dirigente da Alemanha no Brasil, para novos
entendimentos, coroa o reforço dessas iniciativas.
Sr. Presidente, peço que seja registrada nota que trago sobre o Dia Mundial
Humanitário.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - V.Exa. será atendida, nobre
Deputada.
NOTA A QUE SE REFERE A ORADORA
A Cooperação Humanitária Horizontal brasileira
Em 19 de agosto, comemora-se o Dia Mundial Humanitário, criado pelas
Nações Unidas em 2008 para homenagear todos os trabalhadores humanitários e
funcionários das Nações Unidas que perderam suas vidas no cumprimento de suas
missões e trabalhando na promoção da causa humanitária, apoiando as vítimas de
conflitos armados e socioambientais. Este é também o dia em que o Alto Comissário
das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Sérgio Vieira de Mello, além de
outros 21 funcionários e colaboradores da ONU em Baghdad, morreram
tragicamente em 2003 em um ataque realizado à sede da ONU.
O OCHA, Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos
Humanitários lidera o planejamento e orientação das celebrações do Dia Mundial
Humanitário pelos Governos, pelas Nações Unidas, pelas organizações
humanitárias internacionais e ONGs de todo o mundo.
Aproveitando a importância desta data para a cooperação humanitária
internacional, a Coordenação-Geral de Ações Internacionais de Combate à Fome
(CGFOME), do Ministério das Relações Exteriores, que coordena as ações de
cooperação humanitária internacional, gostaria de compartilhar um resumo das
principais ações, com os resultados já consolidados referentes a 2014.
A CGFOME foi formalmente implantada em 2004 para coordenar a política
externa brasileira na área de segurança alimentar e nutricional, desenvolvimento
rural e cooperação humanitária internacional. Em suas iniciativas de cooperação
humanitária, o Brasil procura relacionar respostas emergenciais a ações de longo
prazo, direcionadas ao desenvolvimento socioeconômico. O objetivo dessa
estratégia de dupla tração – emergencial e estruturante – é garantir o fortalecimento
da resiliência a desastres socioambientais, sobretudo de grupos menos favorecidos.
Desde 2003, o governo brasileiro contribuiu com ações humanitárias em mais
de 95 países, em sua maioria na América Latina, Caribe, África e Ásia.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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Em 2014, durante o primeiro semestre, as ações de cooperação humanitária
internacional realizadas pelo Governo brasileiro totalizaram US$ 911.177,42 em
contribuições financeiras. A esses recursos, somam-se aproximadamente 6.355
toneladas de alimentos e medicamentos, com valor total estimado em US$
5.207.879,15. Entre as diversas iniciativas, destaca-se o apoio à Síria, no âmbito da
estratégia para evitar a “geração perdida” no país, com o objetivo de ampliar o
acesso à educação para crianças deslocadas e em situação de vulnerabilidade,
especialmente aquelas que vivem em áreas de acesso limitado à educação formal,
onde a infraestrutura escolar foi destruída ou seriamente danificada.
No contexto de resposta à epidemia de Ebola, foram doados medicamentos à
Guiné, para uso no Hospital Nacional de Donka — centro de isolamento e
tratamento de pacientes infectados. Foram doados 4 kits calamidade (medicamentos
e insumos básicos), com valor total estimado em US$ 5.673,00, composto por 30
medicamentos e 18 insumos, com capacidade para atender 500 pessoas por cerca
de 3 meses.
No segundo semestre, as ações de cooperação humanitária internacional
totalizaram US$ 14.008.360,16 em contribuições financeiras. Destes, US$
4.381.868,06 foram oriundos do orçamento de Estado aprovado no início do ano e
US$ 9.626.492,10 resultaram de crédito extraordinário, aprovado com o objetivo de
apoiar a resposta à epidemia do vírus ebola na África Ocidental. A esses recursos,
somaram-se aproximadamente 4.163 toneladas de alimentos e medicamentos, com
valor total estimado em US$ 2.906.740,54.
Destes valores, ressalta a contribuição de US$ 2.028.492,56,00 à
Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e ao
Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA), em caráter de
cooperação humanitária, para implementação da segunda fase do projeto “PAA
África — Purchase from Africans for Africa”, programa que promove compras locais
de alimentos para a alimentação escolar, por meio de projetos conjuntamente
concebidos e executados, com o engajamento da sociedade civil, dos Governos e
das Nações Unidas.
Exemplificando a pluralidade dos temas de trabalho da CGFOME, uma
contribuição importante em 2014, no valor de US$ 500.233,00, foi para a Estratégia
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Internacional das Nações Unidas para Redução de Desastres (UNISDR), em caráter
de cooperação humanitária, para apoiar o estabelecimento do Centro de Excelência
para a Redução do Risco de Desastre (CERRD) e de suas atividades, no Rio de
Janeiro.
No site da CGFOME é possível ver com detalhes todo o histórico de
contribuições desde 2006, como também o compilado de todas as ações de 2014;
compilado das colaborações financeiras 2014; e o compilado das doações de itens
de primeira necessidade 2014. Dados detalhados relativos às doações do primeiro
semestre de 2015 deverão ser anunciados em breve, mas pode-se adiantar que as
contribuições financeiras somam até o momento US$ 480.039,07, enquanto que as
doações de itens de primeira necessidade, como alimentos e medicamentos,
atingiram US$ 3.863.818,41 ou 7.901,35 toneladas.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Com a palavra o nosso Governador
do Tocantins, o Deputado Carlos Henrique Gaguim, por 2 minutos.
O SR. CARLOS HENRIQUE GAGUIM (Bloco/PMDB-TO. Sem revisão do
orador.) - Sr. Presidente, estivemos hoje cedo com a nossa Defensora Pública Stella
Maris. Ela representava todos os defensores públicos do Tocantins. Essa classe tem
ajudado muito o nosso Estado.
Nossos defensores são exemplo para o País. Eles fazem um trabalho
itinerante nas aldeias indígenas, nas comunidades quilombolas, nos assentamentos.
Nesses locais, precisa-se, realmente, do defensor público para olhar por aqueles
que não têm condições de pagar um advogado e de resolver as pendências do dia a
dia.
Então, pode contar comigo a Defensoria Pública do meu Estado do Tocantins,
que é exemplo. Nós vamos trabalhar com o orçamento e fazer um projeto para que
eles possam andar por todas as cidades do Tocantins com um trabalho itinerante,
levando assistência jurídica e tudo o que a Defensoria oferece aos menos
favorecidos.
Nós também estamos dando apoio aos nossos professores, aos nossos
mestres, que há muitos anos deixaram os seus Estados e estão no Tocantins. Quero
hipotecar meu apoio aos professores do meu Estado, à classe da educação do meu
Estado. Tenho certeza de que nós vamos avançar no desenvolvimento, na
qualidade de vida da nossa população.
Quero registrar a presença dos nossos companheiros de Peixe, que estão no
meu gabinete; a presença do Jardel Rocha, Vereador da minha Xambioá, cidade
pela qual tenho um carinho especial.
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Meu nobre Presidente, solicito que este pronunciamento seja divulgado no
programa A Voz do Brasil e nos meios de comunicação desta Casa.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Muito obrigado, nobre Deputado. Nós
somos testemunhas de como V.Exa. luta pelo Estado do Tocantins.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Com a palavra o Deputado Edmilson
Rodrigues, do PSOL do Pará.
V.Exa. tem 2 minutos. Hoje estou gentil, nobre Deputado.
O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, eu quero tratar de dois assuntos nestes 2 minutos.
Primeiramente, quero parabenizar o Ministério Público do Pará, através do Dr.
Nelson Medrado, procurador que abriu um processo de investigação contra um
contrato, avaliado em 200 milhões de reais, feito pela Secretaria de Estado de
Educação com uma empresa privada cujo proprietário está envolvido em ilícitos,
inclusive condenado pela Justiça.
Portanto, são 200 milhões de reais em recursos públicos de um Estado pobre,
com escolas sucateadas, salários atrasados, descontos indevidos. Há uma crise
profunda no sistema de educação, e o Secretário de Educação do Governador
Jatene resolve contratar essa empresa para lecionar inglês aos estudantes da rede,
quando há pelo menos centenas de professores qualificados pela Universidade
Federal do Pará e por outras universidades, com domínio e fluência na língua
inglesa, além do preparo pedagógico. É realmente uma violência contra a educação,
conta os educadores e contra a sociedade paraense.
Em segundo lugar, quero externar minha solidariedade, mais uma vez, aos
servidores do Judiciário e minha crítica contundente ao Supremo Tribunal Federal,
que busca colaborar com uma saída, que não é saída, para a crise que o País vive
hoje. Realmente, são 9 anos sem reajuste; há uma dívida. Mas não se pode jogar o
peso da crise nas costas dos trabalhadores do Judiciário, instituição fundamental
para firmar a democracia como um valor estratégico.
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Nesse sentido, inclusive, as respostas e o projeto apresentado pela Suprema
Corte afirmam que é justo o pleito.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Muito obrigado, nobre Deputado.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocupo esta tribuna para mais uma vez
denunciar o processo de privatização da educação pública no Pará. Desta feita,
trata-se da contratação de aulas volantes de língua inglesa para 110 mil alunos da
rede pública a um custo estimado de R$198 milhões, fruto do Pregão 017/2015, de
17 de junho passado, e que teve como vencedora a empresa BR7 Editora e Ensino,
cujo proprietário é acusado de chefiar quadrilha de fraudadores do seguro de
acidentes de trânsito.
Há fundadas suspeitas de que esse certame tenha sido manipulado para
beneficiar a empresa, que, segundo a imprensa, teria ligações com outras
administrações tucanas no Pará.
No início desta semana, o Procurador de Justiça Nelson Medrado oficiou à
Secretaria de Educação para que no prazo de 10 dias sejam fornecidas todas as
informações referentes a esse nebuloso processo, que ainda é mais escandaloso
quando ocorre em um Estado que ostenta alguns dos piores índices educacionais do
País e que não pode permitir que os recursos da educação sirvam para irrigar
esquemas suspeitos.
De acordo com declarações do procurador registradas pela imprensa, causou
estranheza o fato de oito outras empresas terem concorrido ao certame e todas,
sem exceção, estarem denunciando o direcionamento do processo. Ademais, o que
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justificaria a contratação da BR7 por diversas prefeituras paraenses, em processos
onde se declarou a inexigibilidade de licitação, quando notoriamente existe um
conjunto de empresas que se dizem aptas a oferecer o serviço, questiona Medrado.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Concedo a palavra ao Deputado
Capitão Augusto.
V.Exa. dispõe de 2 minutos na tribuna.
O SR. CAPITÃO AUGUSTO (PR-SP. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, meu amigo Deputado Delegado Edson, venho a
esta tribuna hoje para falar de uma reportagem publicada no jornal O Estado de
S.Paulo, sobre um Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo que está
sendo investigado por ter mandado soltar pelo menos seis criminosos de uma
facção que atua no Estado. São criminosos perigosos e acusados de crimes graves.
O Desembargador teria praticado fraudes no procedimento de distribuição dos
processos para que fosse designado para julgá-los; e, sob o argumento de que não
havia provas suficientes para mantê-los presos, soltou os criminosos.
Em um dos processos, o Desembargador determinou a soltura do maior
traficante de drogas do Estado de São Paulo, argumentando que não havia provas
suficientes para mantê-lo preso. Foram apreendidos, na residência do traficante, em
Santa Isabel, 1.600 quilos de cocaína pura, 900 quilos de misturas para o preparo de
drogas e 4 fuzis — um deles com capacidade para derrubar até aeronaves. E,
segundo o douto magistrado, não havia provas suficientes para mantê-lo preso.
O juiz exerce um papel fundamental para a democracia. Há muitos juízes
comprometidos com a segurança pública. Por isso mesmo, não podemos tolerar
desvios de conduta e ilegalidades praticadas por aqueles a quem a Constituição
reservou a nobre missão de fazer justiça. Precisamos de transparência e rigor na
apuração desse caso específico.
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Apresentarei projeto de lei para agravar a pena de crimes funcionais
praticados pelos juízes e desembargadores e para eliminar a possibilidade de
aposentadoria compulsória remunerada no caso de comprovação da prática de tais
desvios de condutas.
Sr. Presidente, V.Exa. pode me dar só mais 1 minuto, já que o plenário está
vazio, a fim de que eu possa concluir?
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Pois não, nobre Deputado. Eu vou
abrir essa exceção, vou dar meu tempo a V.Exa.
O SR. CAPITÃO AUGUSTO - Obrigado, Presidente.
O julgamento de um juiz deve ser mais transparente para a população e mais
rápido. Afinal, o cidadão não pode continuar tendo os seus direitos decididos por um
criminoso que, envergando a toga sagrada da Justiça, desvia-se do caminho do bem
e se alia a outros criminosos para desrespeitar e pôr em risco a sociedade brasileira.
Contamos realmente com toda a seriedade da Justiça, principalmente a do
Estado de São Paulo, para analisar, julgar e punir, na hipótese de comprovação
desse caso.
Sr. Presidente, peço a V.Exa. que divulgue o meu pronunciamento nos meios
de comunicação da Casa, em especial no programa A Voz do Brasil.
Muitíssimo obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Obrigado, Deputado.
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PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhoras e senhores que nos
acompanham via Internet, pelas redes sociais e pela TV Câmara, subo a esta
tribuna para falar sobre uma denúncia gravíssima.
O jornal O Estado de S.Paulo de hoje, 19 de agosto de 2015, publicou a
notícia de que um Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo está sendo
investigado por ter mandado soltar pelo menos seis criminosos de uma facção que
atua no Estado. São criminosos perigosos e acusados de crimes graves.
O Desembargador teria praticado fraudes no procedimento de distribuição dos
processos para que fosse designado para julgá-los e, sob o argumento de que não
havia provas suficientes para mantê-los presos, soltar os criminosos.
Num dos processos, o Desembargador determinou a soltura do maior
traficante de drogas do Estado de São Paulo, argumentado que não havia provas
suficientes para mantê-lo preso. Detalhe: foram apreendidos na residência do
traficante, em Santa Isabel, 1.600 quilos de cocaína pura, 900 quilos de misturas
para preparo da droga e 4 fuzis — um deles com capacidade para derrubar até
aeronaves. E, segundo o douto magistrado, não havia provas suficientes para
mantê-lo preso.
Os juízes exercem um papel fundamental para a democracia. Há muitos
juízes comprometidos com a segurança pública. Por isso mesmo, não podemos
tolerar desvios.
Precisamos de transparência e rigor na apuração desse caso específico. Não
devemos tolerar desvios de conduta e ilegalidades praticadas por aqueles a quem a
Constituição reservou a nobre missão de fazer justiça.
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Irei apresentar um projeto de lei para agravar a pena dos crimes funcionais
praticados pelos juízes e desembargadores e para eliminar a possibilidade de
aposentadoria compulsória remunerada no caso de comprovação da prática de tais
desvios de conduta.
O julgamento de um juiz deve ser mais transparente para a população e mais
rápido. Afinal o cidadão não pode continuar tendo seus direitos decididos por um
criminoso que, envergando a toga sagrada da Justiça, desvia-se do caminho do bem
e alia-se a outros criminosos para desrespeitar e pôr em risco a sociedade brasileira.
Sr. Presidente, peço a V.Exa. que divulgue o meu pronunciamento nos meios
de comunicação da Casa, em especial no programa A Voz do Brasil.
Muito obrigado.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Com a palavra o último orador inscrito
do período, o nobre Deputado José Airton Cirilo, do PT do Ceará.
V.Exa. tem 2 minutos.
O SR. JOSÉ AIRTON CIRILO (PT-CE. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, venho a esta tribuna para refrescar a memória de alguns Parlamentares
dirigentes do PSDB — inclusive ontem o grande Deputado Arthur Virgílio Bisneto
teve a ousadia de pedir o fim do Governo da Presidente Dilma. Eles se esquecem,
por exemplo, de que nunca houve tanta balbúrdia quanto naquele tempo, na época
de Fernando Henrique Cardoso, em 1999, ou seja, nunca houve tanta
movimentação contra um Governo como naquela época. Digo isso para refrescar a
memória dos tucanos, que parecem ter memória curta.
Para se ter ideia, naquela época, a inflação, que era de 1,78%, passou para
20%. No momento em que a desvalorização não coordenada do real aumentava, em
pouco tempo a cotação do dólar, que era de R$1,32, passou para R$2,16. Isso para
não falar das reservas internacionais, que se haviam exaurido. O Governo dos
tucanos quebrou o País três vezes e teve que recorrer a empréstimos internacionais
para que o Brasil pudesse saldar os seus compromissos.
Também não podemos no esquecer de que, naquele mês de tanta balbúrdia
na economia, o Banco Central teve três Presidentes, um dos quais foi preso pela
Polícia Federal. Ficou evidente que o Governo tinha amigos no mercado financeiro,
pois alguns bancos e corretores receberam informações privilegiadas e ameaçaram
as fortunas, enquanto o resto do País pagava a conta.
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Então, os tucanos não podem se esquecer de que o Brasil já vivenciou uma
crise do tipo da que nós estamos vivenciando hoje. Portanto, eles não têm moral
nem autoridade para falar deste Governo.
Muito obrigado.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, venho a esta tribuna para refrescar a memória de alguns
Parlamentares dirigentes do PSDB — inclusive ontem o grande Deputado Arthur
Virgílio Bisneto teve a ousadia de pedir o fim do Governo da Presidente Dilma. Eles
se esquecem, por exemplo, de que nunca houve tanta balbúrdia quanto naquele
tempo, na época de Fernando Henrique Cardoso, em 1999, ou seja, nunca houve
tanta movimentação contra um Governo. Digo isso para refrescar a memória dos
tucanos, que parecem ter memória curta.
Para se ter ideia, naquela época, a inflação, que era de 1,78%, passou para
20%. No momento em que a desvalorização não coordenada do real se elevava, em
pouco tempo a cotação do dólar, que era de R$1,32, passou para R$2,16. Isso para
não falar das reservas internacionais, que se haviam exaurido. O Governo dos
tucanos quebrou o País três vezes e teve que recorrer a empréstimos internacionais
para que o Brasil pudesse saldar os seus compromissos.
Estamos passando, no País, por um momento político no qual a grande mídia
vem sistematicamente afirmando que o segundo Governo da Presidenta Dilma está
pior do que o segundo Governo do ex-Presidente FHC. Nós precisamos deixar bem
claro que, embora estejamos enfrentando hoje uma crise econômica, em 1999 o
País estava enfrentando uma crise ainda pior, mas naquela época a mídia não fazia
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este ataque midiático para debater um suposto impeachment. Comparando dados
do Brasil de 2002 com os de 2013, em todas as áreas, podemos ver que o Brasil
melhorou e muito.
Cito dados baseados em fontes seguras e oficiais (especificadas ao final),
com os quais consegui fazer uma comparação entre os Governos Lula e Dilma e os
anteriores, do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso.
O problema não é existir na sociedade a Oposição ignorante, incapaz de
entender os acontecimentos que estão ocorrendo não no Brasil, mas no mundo
todo. Grave é o desembaraço com que se movimentam e se expressam lideranças
políticas, empresariais e de instituições que deveriam ter compromisso com a
preservação da democracia, mas, em vez disso, exibem um golpismo cada vez mais
escancarado. Pessoas que saem das eleições derrotadas, no dia seguinte se
colocam a fazer um jogo antidemocrático.
Os tucanos não podem se esquecer de que o Brasil já vivenciou uma crise do
tipo da que nós estamos vivenciando hoje. Portanto, eles não têm moral nem
autoridade para falar deste Governo.
Nós da base do Governo precisamos divulgar os dados comparativos entre o
nosso Governo e o anterior, do ex-Presidente FHC. Aqui estão bem claros os dados
do Brasil real de 2002 a 2013.
Produto Interno Bruto: 2002 - R$ 1,48 trilhões
2013 - R$ 4,84 trilhões
PIB per capita: 2002 - R$ 7,6 mil
2013 - R$ 24,1 mil
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Dívida líquida do setor público: 2002 - 60% do PIB
2013 - 34% do PIB
Lucro do BNDES: 2002 - R$ 550 milhões
2013 - R$ 8,15 bilhões
Lucro do Banco do Brasil: 2002 - R$ 2 bilhões
2013 - R$ 15,8 bilhões
Lucro da Caixa Econômica
Federal:
2002 - R$ 1,1 bilhões
2013 - R$ 6,7 bilhões
Produção de veículos: 2002 - 1,8 milhões
2013 - 3,7 milhões
Safra Agrícola: 2002 - 97 milhões de
toneladas
2013 - 188 milhões de
toneladas
Investimento Estrangeiro Direto: 2002 - 16,6 bilhões de
dólares
2013 - 64 bilhões de dólares
Reservas Internacionais: 2002 - 37 bilhões de dólares
2013 - 375,8 bilhões de
dólares
Índice Bovespa: 2002 - 11.268 pontos
2013 - 51.507 pontos
Empregos Gerados: Governo FHC - 627 mil/ano
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Governos Lula e Dilma - 1,79
milhões/ano
Reservas Internacionais: 2002 - 37 bilhões de dólares
2013 - 375,8 bilhões de
dólares
Índice Bovespa: 2002 - 11.268 pontos
2013 - 51.507 pontos
Taxa de Desemprego: 2002 - 12,2%
2013 - 5,4%
Valor de Mercado da
PETROBRAS:
2002 - R$ 15,5 bilhões
2014 - R$ 104,9 bilhões
Lucro médio da PETROBRAS: Governo FHC - R$ 4,2
bilhões/ano
Governos Lula e Dilma - R$
25,6 bilhões/ano
PRONATEC – 6 milhões de
pessoas
FIES - 1,3 milhões de
pessoas com financiamento
universitário
Minha Casa Minha Vida – 1,5
milhões de famílias
beneficiadas
Luz Para Todos - 9,5 milhões
de pessoas beneficiadas
Capacidade Energética: 2001 - 74.800 MW
2013 - 122.900 MW
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Criação de 6.427 creches Ciência Sem Fronteiras - 100
mil beneficiados
Mais Médicos
(Aproximadamente 14 mil
novos profissionais): 50 milhões
de beneficiados
Brasil Sem Miséria - Retirou
22 milhões da extrema
pobreza
Criação de Universidades
Federais
Governos Lula e Dilma - 18
Governo FHC - zero
Criação de Escolas Técnicas: Governos Lula e Dilma - 214
Governo FHC - 11
De 1500 até 1994 - 140
Desigualdade Social: Governo FHC - Queda de
2,2%
38 milhões de pessoas
ascenderam à Nova Classe
Média (Classe C)
42 milhões de pessoas
saíram da miséria
Operações da Polícia Federal: Governo FHC - 48
2010 - 513
38 milhões de pessoas
ascenderam à Nova Classe
Média (Classe C)/ 50.
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42 milhões de pessoas
saíram da miséria
FONTES: http://www.dpf.gov.br/agencia/estatisticas;
http://www.washingtonpost.com; OMS, UNICEF, Banco Mundial e ONU; índice de
GINI: www.ipeadata.gov.br; Ministério da Educação; IBGE.
Muito obrigado.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Antes de dar prosseguimento à
sessão, esta Mesa dá conhecimento ao Plenário do seguinte
Ato da Presidência
Nos termos do inciso II do art. 34 do Regimento
Interno, esta Presidência decide criar Comissão Especial
destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei n° 2.438, de
2015, da Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a
apurar as causas, razões, consequências, custos sociais
e econômicos da violência, morte e desaparecimento de
jovens negros e pobres no Brasil, que “institui o Plano
Nacional de Enfrentamento ao Homicídio de Jovens,
estabelece a sua avaliação e dá outras providências”.
A Comissão será composta de 26 (vinte e seis)
membros titulares e de igual número de suplentes, mais
um titular e um suplente, atendendo ao rodízio entre as
bancadas não contempladas, designados de acordo com
os §§ 1º e 2° do art. 33 do Regimento Interno.
Brasília, 20 de agosto de 2015
Eduardo Cunha
Presidente da Câmara dos Deputados
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Concedo a palavra, pela ordem, ao
Deputado Wadih Damous, do PT do Rio de Janeiro. V.Exa. tem até 3 minutos na
tribuna.
O SR. WADIH DAMOUS (PT-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, lerei desta tribuna um manifesto subscrito por mais de 200 juristas,
advogados e professores de Direito, pela legalidade e contra o punitivismo,
consubstanciado na Carta do Rio de Janeiro.
Passo à leitura, Sr. Presidente:
“Manifesto de Juristas pela Legalidade e Contra o
Punitivismo
Carta do Rio de Janeiro escrita no II Seminário de
Direito Penal, Criminologia e Processo Penal em
homenagem ao Professor Dr. Winfried Hassemer
15 de agosto de 2015
A soberania popular brasileira está sob ataque.
Enquanto a economia ameaça com desempregos,
arrochos salariais e piora a vida dos trabalhadores, o
capital político do governo liderado pela Presidenta Dilma
Rousseff mostra-se vacilante, ameaçado pelo
oportunismo de uma oposição irresponsável e golpista,
capitaneada por demagogos carreiristas.
Aproveitando-se desta conjuntura desfavorável, os
grandes grupos econômicos e, em especial, de
comunicação, declaram guerra contra o governo sob a
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bandeira do combate à corrupção. Estes grupos
contestam a legítima vitória das urnas, numa tentativa de
estruturar verdadeiro golpe disfarçado de troféu da
democracia. E enquanto a grande mídia semeia a ideia de
ilegal deposição sumária, as cada vez mais raivosas
manifestações pelo impeachment da Presidente ganham
força, embora incapazes de evidenciar, desde sua origem,
um honesto desejo popular por mais democracia.
Assim, acuado e incapaz de mobilizar as massas
que o elegeram, o Executivo Federal se vê obrigado a
tergiversar com uma agenda profundamente
conservadora, que ameaça a consolidação histórica de
anos de luta política contra o autoritarismo.
Por essa razão, é urgente ressuscitar a histórica e
republicana união dos juristas na defesa da legalidade
diante de tentações fascistas. Não podemos nos curvar às
pressões rasteiras de setores retrógrados que desejam a
instabilidade institucional do país para promover seus
interesses privados.
Não há alternativa à legalidade democrática.
O formalismo deste clamor, contudo, não basta. Os
quase trinta anos que se passaram da promulgação da
Constituição Republicana tem mostrado que a herança
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ideológica do passado ditatorial brasileiro não foi
devidamente enterrada.
Esse ranço autoritário é especialmente visível no
conservadorismo pedestre, latente ou explícito dos
grandes partidos brasileiros em matéria penal. Esses
anseios punitivos, compartilhados tanto pela situação
quanto pela oposição, colocam em dúvida a autenticidade
de nossa democracia diante da falta de alternativas à
constante aposta na repressão para o controle social.
A verdade é que, com raras exceções, as
modificações legislativas no campo penal posteriores à
Constituição da República vieram somente para criar
dispositivos despóticos, que violam diretamente os
direitos e garantias processuais as quais definem o limite
entre barbárie e civilização.
Ao mesmo tempo, parte da comunidade jurídica
serve aos interesses escusos do grande capital, negando
direitos ao acusado, reproduzindo jurisprudências
limitadoras de garantias constitucionais, perseguindo
Advogados e Defensores e estigmatizando Promotores e
Juízes que ousam pensar e atuar sob uma perspectiva de
respeito aos direitos fundamentais. As atuais pulsões
punitivistas são perfeito fruto de juristas que servem aos
interesses políticos de parcela bem definida da sociedade
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e aos interesses punitivistas midiáticos. É cada vez mais
notório que a escolha daqueles a serem investigados é
seletiva e pautada por motivação política, ao mesmo
tempo em que os direitos e garantias fundamentais
passam a ser apresentados como obstáculos a serem
afastados em nome da eficiência repressiva. Por último, a
defesa criminal é objeto de perseguição inquisitorial pelas
agências do sistema penal, que intimidam e restringem
ainda mais os direitos do acusado.
Mas os poderes instituídos não afetam a sociedade
somente por meio de ação direta: perante os holofotes, a
Justiça brasileira empenha enorme esforço para parecer
rigorosa, mas é omissa em investigar e controlar os
abusos autoritários dos agentes policiais. É
condescendente com os homicídios perpetrados pelo
Estado enquanto alcançamos um dos patamares mais
altos de mortes violentas por armas de fogo no mundo.
Ensina-nos a história que contextos de crise
política e econômica são campos férteis para discursos e
práticas autoritárias. Por estas razões, nós, juristas
reunidos no II Seminário de Direito Penal, Criminologia e
Processo Penal em homenagem ao Professor Doutor
Winfried Hassemer, munidos das armas da crítica,
afirmamos ao povo brasileiro que não aceitaremos
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qualquer tentativa de golpe, nem cederemos ao mais
vulgar punitivismo em voga, defendendo de maneira
intransigente a legalidade democrática e a soberania
popular.
Não cederemos ao conformismo e ao retrocesso de
direitos do acusado. Reivindicamos um sistema de justiça
criminal despojado de sanhas autoritárias, um Direito
Penal verdadeiramente constitucional e democrático.
Retomemos a luta pela Democracia iniciada na
resistência anterior a 1988.
Juarez Tavares, Professor Titular de Direito Penal
da UERJ
Nilo Batista, Professor Titular de Direito Penal da
UERJ e da UFRJ
Jacinto Nelson de Miranda Coutinho, Professor
Titular de Processo Penal da UFPR
Juarez Cirino dos Santos, Professor Adjunto de
Direito Penal da UFPR
Dalmo de Abreu Dallari, Professor Emérito da
Faculdade de Direito da USP
Cezar Britto, Advogado ex-Presidente da OAB
José Roberto Batocchio, Advogado e ex-Presidente
da OAB
Rubens Casara, Juiz de Direito do TJ/RJ
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Maurício Stegemann Dieter, Professor de
Criminologia da USP
Jacson Zilio, Professor de Direito Penal da UFPR
Reinaldo Santos de Almeida, Professor de Direito
Penal da UFRJ
Antonio Pedro Melchior, Professor de Processo
Penal do IBMEC
Leonardo Isaac Yarochewsky, Professor de Direito
Penal da PUC/MG
Fábio Bozza, Professor de Direito Penal do ICPC
Geraldo Prado, Professor Adjunto de Processo
Penal da UFRJ
Salo de Carvalho, Professor de Direito Penal da
UFRJ
Victoria-Amália de Barros Carvalho Sulocki,
Professora de Processo Penal da PUC/RJ
Marcelo Semer, Juiz de Direito em São Paulo e ex-
Presidente da AJD
Márcio Sotelo Felipe, Advogado e Procurador do
Estado de São Paulo
André Nicolitt, Juiz de Direito do TJ/RJ
Cézar Bittencourt, Professor de Direito Penal da
PUC/RS
Maria Lúcia Karam, Presidente da LEAP
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Luís Carlos Valois, Juiz de Direito do TJ/AM
Antônio Martins, Professor da Universidade de
Frankfurt
Alexandre Morais da Rosa, Professor de Direito da
USFC e Juiz de Direito do TJ/SC
Pedro Estevan Serrano, Professor de Direito
Constitucional da PUC/SP
Sérgio Verani, Desembargador do TJ/RJ
José Geraldo de Souza Junior, Advogado e ex-
reitor da Universidade de Brasília
Ana Elisa Liberatore Silva Bechara, Professora
Associada de Direito Penal da USP
Ana Lúcia Sabadell, Professora Titular de Teoria do
Direito da UFRJ
Lenio Streck, Professor Titular da UNISINOS e
UNESA e Advogado
Christiano Fragoso, Professor Adjunto de Direito
Penal da UERJ e advogado
Salah H. Khaled Jr., Professor de Direito da
PUC/RS
Mário Sergio Pinheiro, Desembargador do TRT/RJ
Rui Portanova, Desembargador do TJ/RS
Elmir Duclerc, Professor de Processo Penal da
UFBA
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Mariana de Assis Brasil e Weigert, Professora de
Direito Penal da UFRJ
Fernando Máximo de Almeida Pizarro Drummond,
Diretor do IAB e do AIDP
Patrick Cacicedo, Defensor Público do Estado de
São Paulo
Amilton Bueno de Carvalho, Desembargador do
TJ/RS
Vera Regina Pereira de Andrade, Professora de
Direito Penal e Criminologia da UFSC
Katie Argüello, Professora de Direito Penal e
Criminologia da UFPR
André Peixoto, Professor de Direito da UFPR
Jair Cirino dos Santos, Advogado criminal e
Promotor de Justiça aposentado
Maurício Cirino dos Santos, Promotor de Justiça e
Mestre em Criminologia (Bologna)
Fábio Cirino dos Santos, Promotor de Justiça em
Guarapuava (PR)
June Cirino, Advogada criminalista e militante do
Coletivo “Direitos Pra Todxs”
Luciano Cirino dos Santos, Advogado
Vitor Stegemann Dieter, Advogado e Mestre em
Ciências Penais (Itália e UFPR)
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Caio Patricio de Almeida, Advogado e Mestrando
em Direito Penal pela USP
Miguel Baldez, Procurador do Estado do Rio de
Janeiro
Julita Lemgruber, Coordenadora do CESec/UCAM
Taiguara Souza, Professor da UFF e do IBMEC
Carol Proner, Professora de Direito da UFRJ
Sayonara Grillo Coutinho Leonardo da Silva,
Professora de Direito da UFRJ
Vanessa Batista Berner, Professora de Direito da
UFRJ
Luciana Boiteaux, Professora de Direito Penal da
UFRJ
Ricardi Lodi, Professor de Direito, Coordenador do
Mestrado e Doutorado da UERJ
Bartira Macedo de Miranda, Professora de Direito
da UFG
André Augusto Salvador Bezerra, Juiz de Direito do
TJ/SP e Presidente da AJD
Maria Ignez Baldez, Defensora Pública do Estado
do Rio de Janeiro
Romulo de Andrade Moreira, Procurador de Justiça
da Bahia
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José Carlos Moreira da Silva, Professor de Direito
da PUC/RS
Luís Gustavo Grandinetti, Professor de Direito da
UERJ
Antonio Vieira, Professor da PUC/Salvador e
Advogado
Maria Helena Barros de Oliveira, Professora do
INSP-FioCruz
Wadih Damous, Advogado
Paulo Teixeira, Advogado
Glauber Braga, Bacharel em Direito
João Ricardo Dornelles, Professor de Direito da
PUC/RJ
Marcio Tenenbaum, Advogado
Cláudio Lembo, Advogado e Professor de Direito
da Mackenzie
Marina Cerqueira, Professora de Direito Penal da
UNIJORGE
Giane Ambrósio Alvares, Advogada e Mestranda
em Processo Penal pela PUC/SP
Magda Biavaschi, Desemb. do TRT da 4ª Região e
pesquisadora da CESIT/IE/Unicamp
Márcia Semer, Procuradora do Estado de São
Paulo
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Agostinho Ramalho Marques Neto, Professor da
UFMA
Daniele Gabrich Gueiros, Professora de Direito da
UFRJ
Patrick Mariano, da Rede Nacional de Advogados e
Advogadas Populares (RENAP)
Gisele Silva Araújo, Professora de Direito da
UNIRIO
Orlando Zaccone, Delegado da Polícia Civil do Rio
de Janeiro
Simone Dalila Nacif Lopes, Juíza de Direito do
TJ/RJ
André Vaz, Juiz de Direito do TJ/RJ
Cristiana Cordeiro, Juíza de Direito do TJ/RJ
Ana Cristina Borba Alves, Juíza de Direito do
TJ/SC e membro da AJD
José Henrique Rodrigues Torres, Juiz de Direito do
TJ/SP e Professor da PUC/Camp
Alexandre Bizzotto, Juiz de Direito do TJ/GO
Antonio José Pecego, Juiz de Direito do TJ/MG
Denival Francisco da Silva, Juiz de Direito do
TJ/GO e Doutorando pela UNIVALI
Caio Granduque, Defensor Público do Estado de
São Paulo
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José Damião de Lima Trindade, Procurador do
Estado de São Paulo
Marcelo Pertence, Desembargador do TRT da 3ª
Região
Maria Goretti Nagime Barros Costa, Advogada
Carlos Magno Sprícigo Venério, Professor da
Faculdade de Direito da UFF
Douglas Guimarães Leite, Professor da Faculdade
de Direito UFF
Maria Luiza Quaresma Tonelli, Advogada, Mestre e
Doutora em Filosofia pela USP
Rafael Borges, Advogado
Jean Keji Uema, Advogado
Fabiana Marques dos Reis González, Advogada e
Professora na EAV e Casa do Saber
Roberto Tardelli, Advogado
Samir Namur, Professor da SEPT/UFPR e
Advogado
Vladimir de Carvalho Luz, Professor da Faculdade
de Direito da UFF
Rafael Valim, Professor de Direito da PUC/SP e
Presidente do IBEJ
Gabriel Ciríaco Lira, Advogado
Antonio Rodrigo Machado, Advogado
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Sérgio Sant’Anna, Professor de Direito da UCAM e
Procurador Federal
Marthius Sávio Cavalcante Lobato, Advogado,
Mestre e Doutor pela UnB
Jarbas Vasconcellos, Advogado e Presidente da
OAB/PA
Carlos Nicodemos, Advogado e Vice-Presidente do
CNDCA
José Carlos Tórtima, Advogado
Luiz Gonzaga Belluzzo, Bel. em Direito e Professor
da Facamp e Unicamp e Economista
Maria Luiza Alencar, Professora de Direito e
Diretora do CCJ da UFPB
Gretha Leite Maia, Professora de Direito da UFCE
Marcelo Ribeiro Uchoa, Professor de Direito da
UNIFOR
Rodrigues Uchoa, Advogado e Juiz do Trabalho
aposentado
Margarete Gonçalves Pedroso, Procuradora do
Estado de São Paulo
Roberta Duboc Pedrinha, Professora de Direito
Penal da UCAM
Daiane Moura de Aguiar, Professora de Direito e
Doutoranda pela UNISINOS
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Taysa Matos, Professora de Direitos Humanos de
Vitória da Conquista
Cyro Saadeh, Procurador do Estado de São Paulo
e Membro do grupo Olhares Humanos
Haroldo Caetano, Promotor de Justiça em Goiás
Marcela Figueiredo, Professora de Direito do
IBMEC
Ney Strozake, Advogado e Doutor em Processo
Civil pela PUC/SP
Roberto Rainha, Advogado e Pós-graduado em
Direitos Humanos pela PGE/SP
Aton Fon Filho, Advogado
Luciana Cristina Furquim Pivato, Advogada
Bruno Ribeiro de Paiva, Advogado
Daniela Félix, Professora de Direito da UFSC e
Advogada
Anna Cândida Alves Pinto Serrano, Procuradora do
Estado de São Paulo
João Vicente Augusto Neves, Advogado
Gladstone Leonel Júnior, Doutor em Direito pela
UnB
Alvaro Oxley Rocha, Professor de Direito da
PUC/RS
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Daniel Lozoya, Defensor Público do Estado do Rio
de Janeiro
Clarice Viana Binda, Defensora Pública do Estado
do MA e Presidente da ADPEMA
Suzana Angélica Paim Figueredo, Advogada e
Mestre pela PUC/SP
Maria Fernanda M. Seibel, Advogada
Eduardo Baldissera Carvalho Salles, Advogado
Luciana Silva Garcia, Advogada e Doutoranda em
Direito pela UnB
Alexandre Mandl, Advogado
Antônio Alberto Machado, Promotor de Justiça em
São Paulo e Professor da UNESP
Silvio Mota, Juiz do Trabalho aposentado
Lucas Sada, Advogado do Instituto de Defesa dos
Direitos Humanos (IDDH)
Janete Peruca da Silva, Advogada
Noaldo Meireles, Advogado
Kenarik Boujikian, Juíza de Direito do TJ/SP e
cofundadora da AJD
Bernardo Gonçalves Fernandes, Professor de
Direito da UFMG
Andreia de Brito Rodrigues, Promotora de Justiça e
Mestre em Ciências Criminais
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Juliana Neueschwander, Professora de Direito da
UFRJ
Marco Aurelio Bastos de Macedo, Juiz Substituto
do TJ/BA
Daniella Vitagliano, Defensora Pública do Estado
do Rio de Janeiro
Emanuel Queiroz Rangel, Defensor Público do
Estado do Rio de Janeiro
Pedro Carriello, Defensor Público do Estado do Rio
de Janeiro
Isabel Coelho, Juíza de Direito do TJ/RJ
Hugo Melo Filho, Juiz do Trabalho da 6ª Região e
Professor da UFPE
Guilherme Guimarães Feliciano, Juiz do Trabalho
do TRT 15 e Professor da USP
Renan Telles, Procurador do Estado de São Paulo
Caio Guzzardi, Procurador do Estado de São Paulo
Eduardo Fernandes de Araújo, Advogado da
RENAP e Professor de Direito da UFPB
Claudia Maria de Arruda, Advogada, Professora de
Direito e Mestranda da UNESP
Thiago Celli Moreira de Araújo, Especialista em
Direito Penal e Criminologia pelo ICPC
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Rafael Modesto dos Santos, Pós-Graduado em
Direitos do Campo pela UFG
Nivaldo dos Santos, Professor de Direito da UFGO
e da PUC/GO
Ronaldo Rajão Santiago, Advogado e Professor de
Direito da PUC/MG
Rodrigo Camargo Barbosa, Advogado e Presidente
da CEDS da OAB/DF
Ângela Maria Konrath, Juíza do Trabalho-SC
Renan Teles, Procurador do Estado de São Paulo
Tédney Moreira da Silva, Advogado e Mestre em
Direito pela UnB
Ana Flávia Lopes, Defensora Pública do Estado do
Rio de Janeiro
Renata Tavares, Defensora Pública do Estado do
Rio de Janeiro
Carolina Anastasio, Defensora Pública do Estado
do Rio de Janeiro
Rosivaldo Toscano, Juiz de Direito do TJ/RN e
Membro da AJD
Marcia Leite Nery, Desembargadora do Trabalho
da 1ª Região
Milton Lamenha de Siqueira, Juiz de Direito do TJ-
TO
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Sueine Souza, Procuradora do Estado de São
Paulo
Bárbara Aragão, Procuradora do Estado de São
Paulo
Leonardo Fernandes, Procurador do Estado de São
Paulo
Sergio Graziano, Professor de Direito da UCS e
Advogado
Wallace Martins, Advogado criminalista, Professor
da UCAM e Mestre em Direito
Maristela Monteiro Pereira, Advogada
Mario Morandi, Advogado e Professor de História
Gabriel Divan, Professor de Direito da Universidade
de Passo Fundo
Lygia Maria de Godoy Batista Cavalcanti, Juíza do
Trabalho-RN
Ricardo André de Souza, Defensor Público do
Estado do Rio de Janeiro
Aldo Arantes, Advogado, ex-Presidente da UNE
Jorge Luiz Souto Maior, Juiz do Trabalho-SP e
Professor de Direito da USP
Andrea Ferreira Bispo, Juíza de Direito do TJPA
Ludmila Cerqueira Correia, Professora de Direito
da UFPB
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Eduardo Newton, Defensor Público do Estado do
Rio de Janeiro
Camila Gomes, Advogada
Juliana Bierrenbach, Advogada, Professora do
IBMEC, mestre em Direito pela USP
Juliana Ribeiro Castello Branco, Juíza do Trabalho
da 1ª Região
João Marcos Buch, Juiz de Direito do TJ/SC
Cesar Cordaro, Advogado e Procurado do
Município de São Paulo aposentado
José Damião Lima Trindade, Procurado do Estado
de São Paulo
Caio Ítalo David, Desembargador do TJ/RJ
Amanda Bastos, Advogada e Mestranda em Direito
Penal pela UFMG
Ademas Borges, Advogado, Procurador do
Município de Belo Horizonte
Diogo Tristão, Procurador Federal e Mestre em
Direito Penal
Marcos Lisboa, Professor de Direito da PUC-
Campinas
Renata Alvares Gaspar, Professor de Direito da
PUC-Campinas
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Victor Augusto Estevam Valente, Advogado e
Professor de Direito da PUC-Campinas
Maria Guadalupe Piragibe da Fonseca, Professora
de Direito da PUC/RJ
Pedro Grossi Matias, Defensor Público Federal
Antônio Escrivão Filho, Advogado e Pesquisador
visitante da Univ. da Califórnia
Reginaldo Melhado, Juiz do Trabalho e Professor
da Universidade de Londrina
Eduardo Luis Baldan, Professor da PUC/SP
André Felipe Alves da Costa Tredinnick, Juiz de
Direito e Coordenador do núcleo RJ da AJD
Bruno Milanez, Professor de Direito Penal da
Uninter
Reginaldo Melhado, Professor da UEL e Juiz do
Trabalho
Leonardo Costa de Paula, Professor da ABDConst
e Doutorando da UFPR.”
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O SR. PEDRO CHAVES - Sr. Presidente, peço 1 minuto para fazer um
registro.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Tem V.Exa. a palavra.
O SR. PEDRO CHAVES (Bloco/PMDB-GO. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, estou apresentando um projeto de resolução que limita em 60 minutos o
tempo das Lideranças nas sessões deliberativas.
O que motiva a apresentação desse projeto de resolução, Sr. Presidente, é a
existência de mais partidos representados nesta Casa — e temos percebido isso a
cada legislatura —, o que, obviamente, aumenta o tempo das Lideranças.
Fiz um levantamento. Em 1991, 69 minutos eram destinados ao tempo de
Lideranças. Hoje, são 103 minutos. Se acrescentarmos o tempo dos Líderes da
Maioria e da Minoria, praticamente um terço da sessão destina-se ao tempo de
Lideranças. As matérias em discussão têm o seu tempo reduzido, porque,
obviamente, os Líderes, na maioria das vezes, utilizam o tempo em todas as
sessões, mesmo nas extraordinárias, destinadas à votação de matérias.
Portanto, visando a dar mais celeridade aos nossos trabalhos, estamos
apresentando esse projeto.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Está feito o registro, nobre Deputado.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Concedo a palavra ao Deputado
Delegado Edson Moreira. S.Exa. disporá de 3 minutos. Antes, porém, concedo a
palavra ao Deputado João Daniel, que terá 1 minuto para fazer o seu registro.
O SR. JOÃO DANIEL (PT-SE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
muito obrigado.
Quero registrar, com muito prazer, que em Sergipe foi organizada a Frente
Sergipana Brasil Popular, em defesa da democracia, em defesa das conquistas da
classe trabalhadora.
Quero parabenizar as centrais sindicais, os movimentos sociais e o
movimento estudantil, que, hoje à tarde, irão às ruas da nossa Capital, Aracaju, lutar
por mais direitos e por garantias para que o nosso País continue sendo governado
pela Presidenta Dilma, num projeto de compromisso com a classe trabalhadora do
campo e da cidade.
Quero parabenizar a todos: Dudu, Presidente da Central Única dos
Trabalhadores — CUT, de Sergipe; Gileno, liderança do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra — MST; Ivânia, da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil — CTB; todo o povo sergipano que sairá às ruas para
garantir e lutar por um grande projeto para Sergipe e para o Brasil.
Muito obrigado.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Concedo a palavra pela ordem ao
Deputado Delegado Edson Moreira.
O SR. DELEGADO EDSON MOREIRA (Bloco/PTN-MG. Pela ordem. Sem
revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, mais uma vez venho à
tribuna e peço que meu pronunciamento seja divulgado nos meios de comunicação
desta Casa.
Sr. Presidente, vencida a primeira etapa, a redução da maioridade penal,
temos que rever os Códigos que se referem à segurança pública. Uma Comissão,
Sr. Presidente, vai estudar as mudanças no Código de Processo Penal. Estamos
esperando a sua instalação.
Precisamos acabar também com esses Códigos da época da ditadura, como,
por exemplo, o Decreto-Lei nº 1.001, de 1969, o Código Penal Militar. Para V.Exa.
ter ideia, Sr. Presidente, o Código Penal Militar prevê o crime de homossexualismo.
É uma discriminação! É matéria vencida há muito tempo. O Decreto-Lei nº 1.002, de
1969, o Código de Processo Penal Militar, é uma cópia do Código de Processo
Penal.
Temos então que fazer essas mudanças, rever todo o arcabouço jurídico
ligado à segurança pública, para fortalecer ainda mais as instituições.
Sr. Presidente, também são de suma importância os arts. 143 e 144 da
Constituição Federal.
Temos que acabar com essas forças auxiliares do Exército. O pessoal quer
ser força auxiliar do Exército, o pessoal quer ser investigador, o pessoal quer ser
juiz, o pessoal quer ser promotor. Querem ser tudo. Vamos fazer a unificação das
polícias e ter uma polícia única, para que a segurança pública e a população
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ganhem com isso. Vamos acabar com esse ringue, em que, de um lado, há uma
polícia fardada, e, de outro, uma polícia civil para investigar, e todo o mundo quer
fazer a mesma coisa.
A população clama por segurança. Ela quer segurança. Vamos fazer a
unificação das polícias e ter uma polícia única com uma ramificação fardada para
distúrbios civis. Com isso, com certeza, a população vai ganhar.
Vamos acabar com esses apetrechos jurídicos e ditatoriais. O Código de
Processo Penal e os Decretos-Leis nºs 1001 e 1002 foram sancionados em 1969,
em pleno AI-5.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Muito obrigado, nobre Deputado.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Eu gostaria de registrar a presença
em plenário dos Vereadores de Vila Velha Marcos Antônio Rodrigues, Belarmino
Nunes Filho e Valter Rito Rocon e do ex-Prefeito da cidade Neucimar Fraga.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Concedo a palavra ao Sr. Deputado
Alberto Fraga.
O SR. ALBERTO FRAGA (DEM-DF. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, eu acho que o Deputado Delegado Edson Moreira está doido para usar
farda. (Risos.)
Bem, Sras. e Srs. Deputados, eu queria trazer aqui uma posição. Diante deste
quadro de inquietação, a grande mídia, em vez de relatar as manifestações públicas
contra a Presidente da República, resolve agora voltar suas baterias contra o
Presidente Eduardo Cunha.
Eu quero dizer ao povo brasileiro que indiciamento ou mesmo denúncia
oferecida está muito longe de condenação. Acusam o Presidente desta Casa como
se ele já fosse culpado. Ora, na mesma tábua de acusação há outra: a de que o
Presidente Lula teria recebido 27 milhões de reais em 5 anos, e sobre isso eu não
vejo nenhum oferecimento de denúncia.
Por causa da coragem e da altivez do Presidente Eduardo Cunha, que não
permitiu que esta Casa se transformasse num “puxadinho” do Palácio do Planalto,
todos agora querem a cabeça do Presidente.
Quero dizer que pelo menos eu estarei aqui para defender o Presidente
Eduardo Cunha enquanto S.Exa. não for declarado culpado. Acusações, quase
todos nesta Casa sofrem acusações. Agora, daí a querer a grande mídia transformar
o Presidente Eduardo Cunha no grande culpado desta história toda há uma
diferença muito grande.
Acho que, assim como eu, muitos Deputados estão dispostos a defender o
Presidente Eduardo Cunha desta acusação arbitrária e indecente. Existe uma coisa
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chamada presunção de inocência. Um simples oferecimento de denúncia não quer
dizer absolutamente nada. O Ministro ainda precisa aceitá-la para começarmos a
discutir o caso.
Portanto, fica registrado o meu apoio irrestrito ao Presidente Eduardo Cunha,
até que se prove alguma coisa contra S.Exa.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Muito obrigado. E, Deputado Alberto
Fraga, quem não se lembra do episódio Ibsen Pinheiro?
O SR. ALBERTO FRAGA - É verdade. Muito bem lembrado.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Com a aquiescência do Deputado
Valmir Assunção, concedo a palavra ao nobre Deputado Davidson Magalhães, para
um registro de 1 minuto.
O SR. DAVIDSON MAGALHÃES (PCdoB-BA. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, meu pronunciamento trata do
Estatuto da Igualdade Racial, que previu uma série de ações para promover políticas
públicas de oportunidades para os afrodescendentes.
O Estatuto diz, por exemplo, que o poder público buscará garantir a
preservação dos elementos formadores tradicionais da capoeira, como uma incursão
cultural do povo negro no Brasil. Diz ainda que a capoeira é reconhecida como
desporto de criação nacional, nos termos do art. 217 da Constituição, e que é
facultado o ensino da capoeira nas instituições públicas e privadas, pelos
capoeiristas e mestres tradicionais, pública e formalmente reconhecidos, conforme o
§ 2º do art. 22 do Estatuto.
No entanto, lei que tramita hoje no Congresso quer determinar que a capoeira
só possa ser ensinada nas escolas por profissionais de Educação Física. Isto é um
retrocesso do ponto de vista do reconhecimento da cultura negra no Brasil e da
incorporação da capoeira como fruto de um acervo cultural e esportivo da população
negra.
Semana que vem, aqui em Brasília, haverá um encontro de capoeiristas,
quando será lançada a Frente Parlamentar em Defesa da Capoeira. Registro a
minha solidariedade a esse movimento.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Muito obrigado, nobre Deputado.
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PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Estatuto da Igualdade Racial trouxe
uma série de ações para promover políticas públicas de igualdade de oportunidades
para afrodescendentes. Os principais ganhos para a população são a adoção de
políticas que preveem, por exemplo, incentivos e facilidades para a inclusão de
comunidades negras em programas específicos de saúde, educação, cultura,
esporte, lazer, etc. Avanços nos indicadores socioeconômicos da população negra
atestam o impacto positivo destas políticas. Na área da educação, por exemplo, é
possível comemorar reduções na diferença entre negros e brancos em relação a
número de anos de estudo formal ou nos índices de analfabetismo.
Em ações voltadas para a educação e cultura, por exemplo, o Estatuto da
Igualdade Racial aponta, no art. 20, Seção III, Da Cultura, que “o poder público
garantirá o registro e a proteção da capoeira, em todas as suas modalidades, como
bem de natureza imaterial e de formação da identidade cultural brasileira, nos
termos do art. 216 da Constituição Federal”, e o parágrafo único deste artigo prevê
que “o poder público buscará garantir, por meio dos atos normativos necessários, a
preservação dos elementos formadores tradicionais da capoeira nas suas relações
internacionais”.
O Estatuto ainda diz, em sua Seção IV, Do Esporte e Lazer, art. 22, que “a
capoeira é reconhecida como desporto de criação nacional, nos termos do art. 217
da Constituição Federal”, e, nos §§ 1º e 2º, respectivamente, que “a atividade de
capoeirista será reconhecida em todas as modalidades em que a capoeira se
manifesta, seja como esporte, luta, dança ou música, sendo livre o exercício em todo
o território nacional” e que “é facultado o ensino da capoeira nas instituições públicas
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e privadas pelos capoeiristas e mestres tradicionais, pública e formalmente
reconhecidos”.
Estas vitórias foram alcançadas depois de muita luta da população negra
brasileira. O tratamento dado à capoeira nesta norma também é considerado um
avanço segundo as premissas de busca da igualdade racial no País, pelas pessoas
que fazem parte do grupo que trata a capoeira como um patrimônio da raça negra
brasileira.
O § 2º do art. 22, citado, diz que o ensino da capoeira nas instituições
públicas e privadas é facultado aos capoeiristas e mestres tradicionais, pública e
formalmente reconhecidos.
O Projeto de Lei do Senado nº 17, de 2014, que tramita agora na Câmara
como Projeto de Lei nº 1.966, de 2015, prevê em seu art. 2º que “os
estabelecimentos de educação básica, públicos e privados, poderão celebrar
parcerias com associações ou outras entidades que representem e congreguem
mestres e demais profissionais de capoeira, nos termos desta Lei”.
Há interesses que pregam que o ensino da capoeira nos estabelecimentos
educacionais do Brasil só pode ser feito por profissionais de Educação Física. Ora,
não podemos subordinar a atuação e a experiência adquirida por mestres e
contramestres capoeiristas às ordens de profissionais de Educação Física. Tal
limitação pode prejudicar as possibilidades amplas do ensino da cultura da capoeira
no âmbito escolar. Só mestres e contramestres capoeiristas poderão expor a forma
de valorizar a herança cultural afrobrasileira, com base na transmissão ancestral
desta prática de pais para filhos, de mestres para alunos.
Era o que tinha a dizer.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Com a palavra o nobre Deputado do
PT da Bahia Valmir Assunção, sempre muito gentil com esta Presidência. S.Exa.
dispõe de 3 minutos.
O SR. VALMIR ASSUNÇÃO (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Obrigado, Sr. Presidente.
Sras. e Srs. Deputados, esta Casa é muito interessante. A cada momento fico
mais surpreso. Agora já começa o discurso de salvo-conduto do Presidente da
Casa. Este não ia ser o tema do meu discurso, mas é preciso dizer que, quando
alguém do PT aparece em manchete de jornal, seja qual for a denúncia, para muitos
Deputados essa pessoa já é um criminoso que tem que ir para a cadeia. Agora, só
porque se está levantando a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal acolher
uma denúncia contra o Presidente desta Casa, já começam as alegações de
presunção da inocência, as defesas de que o processo tem que transitar em julgado
antes que se fale em culpa. É claro que é preciso saber, sem dúvida nenhuma, se
há ou não há culpa. Não tenho dúvida sobre isso. Mas não podem usar dois pesos e
duas medidas. Não pode, de forma nenhuma, a imprensa brasileira ou o Governo
simplesmente acusar o Presidente da Casa. Está se criando aí uma onda para
criminalizar o Presidente da Casa. Não pode ser assim. Sou daqueles que acha que
os meios de comunicação muitas vezes criminalizam a pessoa antes da apuração
da denúncia. Isto é verdade. Agora, Sras. e Srs. Deputados, se o Ministério Público
denunciar o Presidente da Câmara e o Supremo aceitar a denúncia, é lógico que ele
não terá mais condições de continuar presidindo esta Casa, representando nossos
pares aqui. Esta é uma realidade. É lógico que ele terá que se afastar da
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Presidência, até para ter mais tempo para fazer a sua defesa. Esse é um processo
normal, natural, e que nós já vimos acontecer na Mesa desta Casa.
É preciso que nós tratemos nossas dificuldades e problemas com muita
tranquilidade e com muita consciência, sem usar dois pesos e duas medidas. Faço
este registro, Sr. Presidente, porque eu sei como são tratadas as coisas aqui. Sei
que muitos Deputados querem criminalizar o Partido dos Trabalhadores. Mas agora,
antes mesmo de haver uma denúncia formal, acolhida pelo Supremo Tribunal
Federal, já querem um salvo-conduto para o Presidente da Casa. Acho que este não
é o melhor caminho, não é a melhor receita para este caso que, sem dúvida
nenhuma, nós vamos ter que tratar em um determinado momento.
Era isso, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Muito obrigado, nobre Deputado.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Concedo a palavra ao jovem
Deputado Chico Lopes, do PCdoB do Ceará. (Pausa.)
Enquanto S.Exa. se dirige à tribuna, vamos ouvir o registro do Deputado
Chico Alencar.
O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Sem revisão do orador.) - Do PSOL do
Rio de Janeiro, Sr. Presidente. Será uma dobradinha de Franciscos, dos menores,
porque o maior é o de Assis, e, depois dele, o Papa atual.
Sr. Presidente Deputado Carlos Manato, obrigado pela oportunidade.
Quero deixar registrado nos Anais da Casa dois artigos que tive o privilégio de
publicar: Impedimentos Necessários, sábado passado, 15 de agosto de 2015, no
jornal O Globo; e Piracemando, dia 18 de agosto de 2015, no blog do jornalista
Ricardo Noblat.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - A única diferença, Deputado Chico
Alencar, é que o Deputado Chico Lopes é o líder da juventude.
O SR. CHICO LOPES - Ô beleza! Tomara que isso seja verdade.
O SR. CHICO ALENCAR - Daqueles que são jovens há mais tempo, há muito
tempo!
ARTIGOS A QUE SE REFERE O ORADOR
Impedimentos necessários.
Não adianta trocar seis por meia dúzia. Impeachment tem previsão
constitucional, mas nem tudo que é legal é legítimo. Afastamento de presidente
eleito é procedimento excepcional, a ser usado com muito critério e materialidade
probatória. Dilma é, hoje, frágil ‘gerente’ de uma ‘troika’ na qual a ortodoxia do
capital financeiro, ao gosto do PSDB, tem o controle da economia, e o toma-lá-dá-cá
do PMDB faz a gestão da política.
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‘Impeachments’ urgentes, no plural mesmo, são os do sistema político
sequestrado pelo poder do dinheiro, da (des)ordem tributária injusta, da continuada
desigualdade social, da cultura do individualismo. E, de imediato, dos que, tornados
réus, ocupem funções de mando no Legislativo ou no Executivo. Seria o elementar,
mas alguns se aferram aos cargos para fazer da imunidade impunidade.
As forças políticas dominantes barram qualquer mudança substantiva. Em
sua poderosa trincheira, defendem o financiamento empresarial das campanhas,
apesar da roubalheira a ele vinculada ser revelada cotidianamente na Operação
Lava Jato. Com olhos baços de cifrões, não enxergam a pesquisa Datafolha em que
74% dos entrevistados se colocaram contra dinheiro de pessoas jurídicas para
partidos e campanhas.
Patrimonialistas, rejeitam uma reforma tributária progressiva, que taxe
grandes fortunas, com o que se arrecadaria em torno de R$ 90 bilhões por ano. E
que crie meios de repatriar ao menos parte dos estimados U$ 520 bilhões mantidos
por brasileiros em paraísos fiscais.
A inclusão pelo consumo da era Lula não superou a desigualdade social,
agravada pelos cortes nas políticas sociais de educação, saúde e infraestrutura
urbana e rural. A Receita Federal divulgou dados que fariam corar Thomas Piketty,
de “O capital no século XXI”: 71.440 pessoas têm renda mensal superior a 160
salários mínimos – 0,05% da população economicamente ativa. Essa elite de
‘intocáveis’ concentra 14% da renda total e 22,7% da riqueza em bens e ativos
financeiros.
A corrupção sistêmica sugou, nos últimos cinco anos, mais de R$ 13 bilhões
dos cofres públicos – menos de 10% recuperados até aqui. Ela seduz grande parte
dos 70 mil agentes políticos dos poderes municipais, estaduais e federais. Cultural,
também perpassa atitudes de pessoas comuns, prisioneiras da ideologia da
‘vantagem’. No macro, roubar é alavanca para a acumulação de capital. Combater
os desvios, sem corporativismos, é essencial.
Mais do que ética na política, que se viabilizaria através das virtudes
individuais de pessoas honradas, é imperativo resgatar a ética da política. Só ela
garante democracia e transparência nas instituições republicanas, socializando os
meios de governar. Tudo isso depende de intensa mobilização cidadã. Quais entes
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coletivos, como partidos e outras organizações, estão de fato empenhados nessa
tarefa?
Piracemando.
Você estranhou o título? Explico: somos irmãos de todos os seres viventes,
como reiterou agora o papa Francisco, em sua encíclica ‘Laudato sí – sobre o
cuidado da casa comum’. Sabendo-me parente de tudo o que tem patas, asas,
raízes e escamas, fascina-me o fenômeno da piracema, quando os peixes sobem
contra a correnteza dos rios para desovar. Cardumes enfrentam, no seu afã
reprodutor, cachoeiras e barragens. Muitos não conseguem, nenhum desiste. Minha
pretensão é ‘piracemar’ aqui: ir contra a corrente, trazer um ponto de vista diferente.
Não por prazer juvenil, mas por convicção.
Daí que começo dizendo que a tal “Agenda Brasil”, patrocinada por Renan
Calheiros (presidente do Senado, investigado na Lava Jato) e abençoada por
Joaquim Levy (ministro da Fazenda de Dilma, que foi da equipe econômica do
Aécio) e pelo PIB nacional é um ‘tratoraço’ de atração de investimentos que passa
por cima dos povos indígenas, de áreas de proteção ambiental e do patrimônio
histórico, além de agredir direitos trabalhistas. Até o Mercosul é atingido!
A venda de bens públicos, a facilitação do controle sobre licitações, com
ampliação do regime diferenciado de contratações, e a desvinculação de receitas,
vulnerabilizando o gasto social, também estão previstas. Empreiteiras e empresas
de planos de saúde – grandes financiadoras de campanha – são claramente
favorecidas.
Ainda que contendo aqui e ali propostas óbvias, como a redução de
‘estruturas administrativas obsoletas’, considerar que está nessa ‘agenda’ de 42
pontos a saída da nossa crise é não querer enxergá-la em sua profundidade. Como
é recorrente na nossa história, trata-se de um pacto pelo alto, das elites, com a única
preocupação de ‘preservar o ambiente de negócios’. Dilma agarrou a boia,
interessada em preservar a continuidade de seu governo. ‘Seu’ governo - que é
sobretudo o da ortodoxia do capital financeiro, ao gosto tucano, e o da base política
de clientela, especialidade peemedebista.
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Enquanto isso, quantos agentes públicos do Brasil – são setenta mil, de
vereadores a ministros de estado – percebem a rejeição, pelas praças, dos
esquemas corroídos e pouco transparentes que os levam aos palácios? A ‘reforma
política’ de mentirinha que está sendo votada no Congresso é uma ofensa à
cidadania. O nó górdio do sistema político nacional, que é a sua captura por grandes
grupos econômicos, evidenciado em cada escândalo de corrupção, foi até
constitucionalizado pela Câmara dos Deputados. Mas disso a “Agenda Brasil” não
trata.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Concedo a palavra ao nobre e jovem
Deputado Chico Lopes, do PCdoB do Ceará. S.Exa. dispõe de 3 minutos.
O SR. CHICO LOPES (PCdoB-CE. Pela ordem. Pronuncia o seguinte
discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocupo a tribuna para manifestar
minha preocupação com a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de
determinar à Caixa Econômica Federal o cumprimento do acórdão formulado pelo
Procurador-Geral do Ministério Público junto ao TCU contra a prorrogação de
contratos de permissão lotérica pela Caixa Econômica Federal.
Comunico a todos que solicitei hoje o reexame da matéria ao Tribunal de
Contas da União e à Caixa Econômica Federal, uma análise cuidadosa, que leve em
conta o que está escrito na Lei nº 12.869, de 15 de outubro de 2013, que “dispõe
sobre o exercício da atividade e a remuneração do permissionário lotérico e dá
outras providências”. Segundo o que determina a Lei:
“Art. 3º....................................................................
...............................................................................
VI - os contratos de permissão serão firmados pelo
prazo de 20 anos, com renovação automática por idêntico
período, ressalvadas a rescisão ou a declaração de
caducidade fundada em comprovado descumprimento
das cláusulas contratuais, ou a extinção, nas situações
previstas em lei.
Parágrafo único. Em caso de permissão de
serviços lotéricos, o prazo de renovação referido no inciso
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VI deste artigo contar-se-á a partir do término do prazo de
permissão, independentemente do termo inicial desta.”
Portanto, considero justas as reivindicações da FEBRALOT (Federação
Brasileira das Empresas Lotéricas) e do SINDILOCE (Sindicato das Empresas
Lotéricas e Similares do Ceará).
No Ceará, encontram-se nessa situação 159 unidades, de um universo de
385 existentes, ou seja, um percentual de 42%, e em Fortaleza essa cifra chega a
78%, sendo as maiores lotéricas.
A decisão do Tribunal de Contas da União e da Caixa Econômica Federal
afeta diretamente 6.104 casas lotéricas espalhadas no Brasil, causando incerteza,
instabilidade e insegurança.
Portanto, fica o apelo para que a Caixa e o TCU reexaminem a decisão e
cumpram o que determina a lei. Nós temos mais de 40 mil pessoas envolvidas
diretamente nessa medida.
Sr. Presidente, peço a publicação do meu pronunciamento na imprensa da
nossa Casa. Agradeço.
Bom final de semana a todos.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Muito obrigado, nobre Deputado.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Com a palavra o Deputado Caetano,
do PT da Bahia.
S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.
O SR. CAETANO (PT-BA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs.
Deputados, em Salvador, há uma praça chamada Praça Castro Alves, com a estátua
do nosso grande poeta Castro Alves.
E Castro Alves dizia o seguinte:
“A praça é do povo
Como o céu é do condor
É o antro onde a liberdade
Cria águias em seu calor!”
Como dizia ele, a praça é do povo.
No domingo, o tucanato mobilizou parte da elite brasileira para ir às ruas.
Uma parte defendia o golpe, o impeachment; um outro setor defendia a apuração
dos fatos e o combate à corrupção. Também concordamos com essa bandeira.
Temos de combater a corrupção e, cada vez mais, passar o Brasil a limpo. A
Presidenta Dilma está tendo coragem de passar o Brasil a limpo, doa a quem doer
— é o que já dizia ela há 9 meses, 10 meses.
Hoje, os movimentos sociais mobilizam os trabalhadores, o povo brasileiro
para ir às ruas, primeiro, para defender as conquistas que nós tivemos durante o
Governo do Lula e o Governo da Presidenta Dilma: Bolsa Família; políticas sociais;
Programa Minha Casa, Minha Vida; saneamento básico; melhoria da economia
brasileira, que agora passa por um momento difícil, em função da crise internacional
— não é só no Brasil.
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Infelizmente, o tucanato não aceita isso, porque não saiu do palanque até
agora. Continua no terceiro turno, em cima do trio elétrico, fazendo campanha,
tentando desmobilizar, enfraquecer cada vez mais o País.
O povo brasileiro, hoje, vai às ruas cada vez mais, não só para defender as
conquistas que nós já tivemos, mas, acima de tudo, para buscar uma nova agenda,
uma agenda positiva para o País.
Eu acho que nós — todos os partidos políticos, todos os representantes do
povo — não devemos apostar no “quanto pior, melhor”. Devemos, sim, apostar em
um país mais forte, em uma economia mais forte.
O Brasil é muito forte! Nós temos uma economia muito forte, Sr. Presidente!
Mas é preciso que haja os ajustes neste instante, que o Brasil volte a crescer. Para
voltar a crescer, é preciso haver estabilidade política, é preciso haver iniciativa, é
preciso haver uma agenda significativa do Congresso Nacional e do Governo
Federal, que atenda aos anseios da população, nobre Deputado Edmilson
Rodrigues.
Como Deputado Federal pelo Partido dos Trabalhadores, sempre pautei meu
mandato, nesta Casa, na busca de saídas para a crise, para o desenvolvimento
econômico e para a volta do crescimento do País. Não vim aqui fazer política nem
defender o povo pelo fígado e sim pela razão.
O nosso País precisa da nossa união, da união dos setores populares e
democráticos, Deputado Valmir Assunção, para que possamos voltar a crescer,
garantir emprego aos trabalhadores, garantir um salário justo, garantir uma
economia equilibrada e, consequentemente, o desenvolvimento da indústria, da
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pecuária, da agricultura, da agricultura familiar, da micro e pequena empresa e dos
Municípios brasileiros.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Muito obrigado, nobre Deputado.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Concedo a palavra ao nobre
Deputado João Rodrigues, do PSD de Santa Catarina. S.Exa. tem até 3 minutos.
O SR. JOÃO RODRIGUES (PSD-SC. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu quero cumprimentar a todos e, de forma
muito especial, a toda a população brasileira.
Quero comemorar nesta manhã o resultado que obtivemos na noite de ontem,
quando, por maioria absoluta dos Srs. Parlamentares, aprovamos aqui em segundo
turno a redução da maioridade penal, matéria que vai agora para o Senado. Espero
que os Srs. Senadores atendam o apelo da maioria da população brasileira —
palavra dada, palavra cumprida.
E é claro que nós devemos cumprimentar o Sr. Presidente Eduardo Cunha,
que teve a coragem de trazer para a pauta a matéria.
Sr. Presidente, aproveito para dizer que eu vi hoje nas redes sociais — o
colega Parlamentar que me antecedeu comentou isto — que acontece uma série de
manifestações País afora, coordenadas pela CUT e por movimentos sociais, um
movimento, segundo se diz, de trabalhadores que vão às ruas comemorar
conquistas. O único questionamento que eu faço é este: qual é o trabalhador que vai
às ruas manifestar na hora do expediente? Qual é o trabalhador que sai do trabalho
num momento de crise e de desemprego para ir às ruas comemorar? Qual é o
trabalhador que tem compromisso com a sua empresa que deixa o ganha-pão e vai
às ruas agradecer conquistas que o povo brasileiro está perdendo — e perdendo,
com todo o respeito, por culpa má gestão do atual Governo?
Por que não escolheram um domingo, como outros escolheram o último
domingo, e sem a coordenação de movimento social nenhum, de partido político
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nenhum? No último domingo vimos um ato livre, independente, de brasileiros que
trabalham, que pagam impostos, e que estão insatisfeitos com o atual Governo e
também com a classe política, é bem verdade. Há de se respeitar o ato de cada um
destes cidadãos, que não pegou o sanduíche na hora em que desceu do ônibus
nem recebeu 50 reais quando saiu de casa. Há de se respeitar o ato de cada uma
destas famílias, com crianças e tudo, que não empunharam bandeira de partido
político nenhum.
Faço aqui este comentário sob pena de ter um mandato conferido por
221.409 catarinenses e ficar com cara de paisagem diante daquilo a que estamos
assistindo. Com todo o respeito, durante a semana trabalhador está no trabalho,
quem sustenta a família com o suor do seu trabalho está no emprego. Quem se
manifesta livre e espontaneamente geralmente o faz no sábado, no domingo ou na
hora da folga. Comemorar conquistas históricas que estão se perdendo neste
momento é, com certeza absoluta, um contrassenso.
Obrigado, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Eu é que agradeço, nobre Deputado.
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O SR. PR. MARCO FELICIANO - Sr. Presidente, peço a palavra só para um
questionamento.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Tem V.Exa. a palavra.
O SR. PR. MARCO FELICIANO (Bloco/PSC-SP. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - Sr. Presidente, nós estamos em que número na lista de inscritos?
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Número 16.
O SR. PR. MARCO FELICIANO - Muito obrigado, Presidente.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Com a palavra a nobre Deputada
Luiza Erundina, do PSB de São Paulo. S.Exa. dispõe de até 3 minutos na tribuna.
A SRA. LUIZA ERUNDINA (PSB-SP. Sem revisão da oradora.) - Sr.
Presidente, colegas Parlamentares, telespectadores e internautas, na noite de
ontem, esta Casa formulou uma sentença condenatória contra crianças e
adolescentes do País.
A juventude brasileira e o futuro do País estão comprometidos, se essa
decisão da sessão de ontem a que chegou esta Casa for mantida — eu espero que
não — pelo Senado Federal. Nós marcaremos um retrocesso imenso daquilo que se
construiu em torno do direito de nossas crianças, adolescentes e jovens brasileiros.
Aquilo que se decidiu nesta Casa, Sr. Presidente, contraria a Declaração dos
Direitos da Criança, da ONU, a Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da
Criança e do Adolescente, que são patrimônios do povo brasileiro diante da sua
responsabilidade de garantir e preservar os direitos do segmento mais frágil da
nossa sociedade e, com isso, assegurar o futuro da nossa Nação.
Em 1999, o Brasil realizou uma sessão do Tribunal Permanente dos Povos,
que, preparada por cinco sessões, nas cinco regiões do País, chegou a um
diagnóstico sobre a violação dos direitos das crianças e dos adolescentes brasileiros
e proferiu uma sentença condenatória em relação ao Estado brasileiro, ao Governo
brasileiro e às famílias, que também são responsáveis pela garantia dos direitos das
crianças e dos adolescentes. Também condenou, Sr. Presidente, todas as
instituições políticas às quais compete assegurar as políticas públicas e as
condições adequadas, para que nossas crianças e o nosso futuro estejam
devidamente preservados.
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Lamento e fico absolutamente contrariada, porque participei, no curso de
todas essas décadas, desse esforço extraordinário da sociedade civil organizada,
que, lamentavelmente, não foi devidamente ouvida nessa decisão trágica deliberada
por esta Casa na noite de ontem.
Esperemos que o Senado seja mais sensível, mais aberto e mais responsável
quando vier a discutir e a proferir sua posição a respeito da matéria.
Obrigada, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Eu é que agradeço, nobre Deputada.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Concedo a palavra ao Deputado
Edmilson Rodrigues, do PSOL do Pará. S.Exa. tem 3 minutos na tribuna.
O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - Sr. Presidente, primeiro, quero dizer da minha honra de ouvir falar em
seguida desta expressão da dignidade brasileira e de compromisso com a Justiça
que é a Deputada Luiza Erundina, que governou São Paulo em momentos difíceis.
Faço questão de dizer, como arquiteto e urbanista com doutorado em planejamento
territorial e com a experiência de dois governos em Belém, uma metrópole pobre,
que São Paulo nunca teve um governo tão comprometido com o verdadeiro
desenvolvimento econômico-social e com a justiça social como o que teve à frente a
nossa querida Deputada Luiza Erundina. E ela não teve um secretariado, teve um
verdadeiro ministério, composto de gênios da humanidade como Paul Singer,
Marilena Chauí, Amir Khair e tantos outros que, além do grande conhecimento
técnico, emprestaram sua sabedoria à construção de uma São Paulo, de um Brasil,
de um mundo mais justo e mais feliz.
Neste tempo que me resta, Sr. Presidente, quero, primeiro, concluir um
raciocínio sobre a minha solidariedade aos servidores do Poder Judiciário contra o
Veto 26, que lhes retira direitos. O próprio Supremo Tribunal Federal considerou
justo o pleito — a proposta de reajuste foi iniciativa do Supremo —, e deu esta
resposta ao Ministério do Planejamento:
“O Poder Judiciário da União está ciente das
dificuldades enfrentadas pelo País. Tanto é assim que o
projeto de lei da carreira de seus servidores, orçado em
R$ 10,5 bilhões, foi encaminhado ao Congresso Nacional,
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com proposta de parcelamento em 6 parcelas semestrais,
o que implica o desembolso, no primeiro ano de sua
implantação, de R$ 1,5 bilhão. O valor integral do impacto
irá ocorrer apenas no 4° exercício após a sua
implantação.”
Não é justo agora que o Supremo, diante de pressões políticas, desconheça o
direito dos seus servidores e envie ao Congresso Nacional um novo projeto,
negando aquilo que foi sua própria iniciativa.
Nestes 24 segundos que me restam, Sr. Presidente, quero dizer que tive a
honra de apresentar e de ver aprovado requerimento de realização de audiência
pública sobre auditoria da dívida pública, prevista no art. 26 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias. O requerimento é subscrito pela Deputada Simone
Morgado e talvez por outros Deputados. Vou me encaminhar agora a esse debate.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, amanhã, quinta-feira dia 20 de
agosto, terá a oportunidade de realizar um grande debate quem realmente está
preocupado com a crise no Brasil e busca saídas que não prejudiquem o povo
trabalhador. Na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) desta Casa
promoveremos audiência pública para discutir a auditoria da dívida pública. Este
debate, viabilizado por requerimento de minha autoria, terá à mesa importantes
figuras, como Maria Lúcia Fattorelli, coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida;
Carmem Bressani, coordenadora do Núcleo São Paulo da Auditoria Cidadã da
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Dívida; e Ramon Bentivenha, membro da Articulação Brasileira Contra a Corrupção
e Impunidade.
O ano de 2015 começou com duros golpes na classe trabalhadora, que
recebeu a conta da crise internacional, esta crise que deixou de ser “marola”.
Primeiro foram atingidos os pescadores, os desempregados e as viúvas. Depois a
conta chegou aos importantes e estratégicos Ministérios das Cidades, da Saúde e
da Educação, com um contingenciamento de mais de 70 bilhões de reais. Agora,
seguindo a sugestão do Presidente do Senado, Renan Calheiros, o Governo sinaliza
uma agenda que não só aprofunda a crise, como destrói a nossa Constituição e as
conquistas sociais e trabalhistas dos últimos 70 anos. Enquanto isso, os banqueiros
seguem lucrando à margem de qualquer crise.
Todo esse arrocho tem como objetivo viabilizar o chamado “superávit
primário”, ou seja, a reserva de recursos para pagamento de juros e amortizações
da dívida pública federal. Tal opção política serve para, mais uma vez,
tentar “comprar” a credibilidade do mercado financeiro, o principal beneficiário dessa
dívida.
Interessante observar que, enquanto os gastos de várias áreas sociais
urgentes para o País são cortados, os gastos com juros e amortizações da dívida
pública federal já atingiram 528 bilhões de reais em 2015, representando nada
menos que 52% de todos os gastos federais até o momento. Para todo o ano de
2015, está previsto 1,357 trilhão de reais para pagamento da dívida.
A CPI da Dívida Pública realizada na Câmara dos Deputados (2009-2010),
proposta pelo PSOL, reconheceu que essa dívida cresceu principalmente por causa
das altíssimas taxas de juro das últimas décadas, que levaram o endividamento
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interno federal a mais de 3,3 trilhões de reais no fim de 2014. Ou seja, essa dívida
não serviu para financiar os gastos sociais, mas, pelo contrário, para retirar recursos
públicos das áreas sociais e passá-los para o pagamento de juros.
A CPI identificou diversos e graves indícios de ilegalidades nesse
endividamento, tais como as dívidas da ditadura (que estão sendo pagas até hoje),
estatização de dívidas privadas, aplicação de “juros sobre juros” (proibida pela
Súmula 121 do STF), influência de banqueiros na definição das taxas de juro e
pagamentos de amortizações com ágio (sobrepreço) de até 70%, entre muitos
outros.
Para aprofundar essas investigações, deveria haver uma completa auditoria
sobre essa dívida, conforme prevê a Constituição de 1988, violada há 27 anos. Em
recentes leilões de títulos da dívida, o Governo tem aceitado taxas de juros de mais
de 14% ao ano (ou seja, acima da taxa SELIC, que já é estratosférica), pois são os
bancos que participam de tais leilões e eles sabem que o Governo necessita vender
títulos para poder dispor de recursos para pagar os juros que estão vencendo.
Portanto, o Governo acaba aceitando essas taxas absurdas.
Ocorre que esse círculo vicioso pode ser rompido. Há outras saídas para a
crise financeira, que passam a conta para quem lucra com ilegalidades. Há quem já
tenha feito isso com sucesso e quem esteja fazendo com vista a driblar a crise sem
que o povo pague a conta.
No Equador, rompeu-se esse círculo vicioso com uma ampla auditoria, feita
com participação da sociedade civil nacional e internacional, que identificou
claramente as ilegalidades do endividamento. Com isso, reduziu-se em 70% a dívida
externa com os bancos privados. O mesmo foi feito recentemente pela Grécia.
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Esses exemplos deveriam ser seguidos pelo Parlamento brasileiro. Esta é a ideia do
Projeto de Lei Complementar nº 41, de 2011, do qual sou o Relator na Comissão de
Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados e que condiciona o pagamento da
dívida à realização da auditoria prevista na Constituição Federal.
Ou seja, não queremos nada além do mero cumprimento da Constituição e do
atendimento do desejo de 6 milhões de pessoas, que, no Plebiscito Popular da
Dívida Externa, em 2000, votaram “não” ao pagamento da dívida sem que a
auditoria prevista na Constituição fosse realizada.
Nosso povo não merece mais um ciclo de recessão e desemprego, que traz
em seu bojo o sacrifício dos mais pobres e — o outro lado da moeda — o
enriquecimento brutal de uma pequena minoria de plutocratas. Não queremos nada
além do mero cumprimento da Constituição, que no art. 26 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT) determinou a realização, num prazo de 1 ano
após a promulgação da Carta Magna de 1988, de um exame analítico e pericial dos
fatos geradores do endividamento brasileiro. Nada justifica que o Brasil continue
pagando esta dívida imoral e ilegal com o sangue dos brasileiros.
Portanto, saída para crise existe e deve ser enfrentada sem demora: a
auditoria da dívida urge.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Concedo a palavra ao Deputado
Otavio Leite, por 1 minuto.
O SR. OTAVIO LEITE (PSDB-RJ. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
eu gostaria de prestar o meu total apoio aos Prefeitos do Rio de Janeiro que, na
próxima segunda-feira, estarão na porta da PETROBRAS para exigir do Presidente
da empresa informações concretas sobre o Plano de Negócios e Gestão, ou seja,
sobre o que a PETROBRAS pretende fazer com o Complexo Petroquímico do Rio
de Janeiro — COMPERJ. A obra está parada, tem apenas um resíduo em
andamento, e milhares de pessoas estão desempregadas. O efeito da Operação
Lava-Jato sobre a PETROBRAS tem sido catastrófico para o Brasil, em especial
para o Rio de Janeiro. É absolutamente necessário que o Presidente da empresa
diga claramente ao Brasil qual é o Plano de Negócios. Na Comissão de
Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, tentamos por vezes convidá-lo.
Dada a sua ausência, a sua inércia, estamos solicitando à CPI do BNDES — afinal a
PETROBRAS é a maior devedora do BNDES — que convoque o Presidente da
empresa, a fim de que ele informe aos cidadãos do Rio de Janeiro o que a nossa
petrolífera pretende fazer para recuperar os empregos no nosso Estado.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Eu é que lhe agradeço, nobre
Deputado.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Com a palavra o Deputado Capitão
Augusto, do PR de São Paulo.
V.Exa. tem 3 minutos na tribuna.
O SR. CAPITÃO AUGUSTO (PR-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados e senhores que assistem à sessão pela TV
Câmara, pelas redes sociais e pelos grupos de Whatsapp, ontem nós tivemos aqui a
votação, em segundo turno, da redução da maioridade penal. Diga-se de passagem,
a ampla maioria dos Deputados, 320 Deputados, aprovou a matéria em segundo
turno.
Esperamos agora que o Senado seja a ressonância da sociedade, dos quase
92% da população brasileira que anseiam pela redução da maioridade penal.
Esperamos realmente que o Senado cumpra agora o seu papel de representar a
sociedade. Solicitamos à sociedade que faça o mesmo movimento que fez nesta
Casa, quando pediram aos Deputados que votassem favoravelmente à redução da
maioridade penal, agora aprovada em primeiro e segundo turnos na Câmara.
Pedimos que a sociedade agora volte sua atenção para o Senado e que, realmente,
possamos pedir aos Senadores que mantenham a redução da maioridade penal.
Sr. Presidente, está sendo votado, desde ontem, no Supremo Tribunal
Federal, um processo que, se considerado correto, vai, praticamente, descriminalizar
o uso de drogas — praticamente, não, vai descriminalizar o uso de drogas.
No processo, o portador de drogas diz que faz mal para si próprio e não para
a sociedade. Na realidade, usando drogas, ele utilizará, sem dúvida alguma, o
sistema público de saúde e tirará a vaga de outra pessoa. O Estado terá que fazer
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alguma política de recuperação desse drogado, que obviamente deixará de produzir
e contribuir para o Brasil.
Então, descriminalizar as drogas é um perigo sem tamanho. Como foi dito em
várias entrevistas pelo nosso Procurador-Geral, nós vamos criar um exército de
formigas.
Obviamente, o tráfico de entorpecentes vai utilizar uma nova regra dessas, se
vierem realmente a descriminalizar o uso das drogas. O tráfico será apenas em
pequenas quantidades de drogas, a fim de que isso não seja considerado crime.
Será impossível para a polícia combater o tráfico de drogas, que hoje está infiltrado
em todos os crimes, como sequestros, homicídios, roubos a bancos, furtos, roubos e
estelionatos. Por trás de praticamente todos os crimes, há o tráfico de drogas.
Nós pedimos realmente que os nossos Ministros do Supremo Tribunal
Federal tenham a consciência da importância do julgamento desse processo e que
não o julguem improcedente, que mantenham pelo menos o que já é muito branda, a
criminalização do porte de drogas.
Obrigado, Sr. Presidente. Obrigado a todos.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Muito obrigado, nobre Deputado.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Com a palavra o 19º inscrito, o nobre
Deputado Ezequiel Fonseca, do Estado de Mato Grosso.
V.Exa. tem 3 minutos na tribuna.
O SR. EZEQUIEL FONSECA (Bloco/PP-MT. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares desta Casa, ontem, rapidamente, usei da
tribuna para falar sobre uma audiência pública que tivemos na Assembleia
Legislativa de Mato Grosso, em virtude de o Vale do Rio Araguaia ter sido objeto de
um estudo através da Portaria nº 294, de 26 de novembro de 2014, revogada pela
Portaria nº 10, de 30 de janeiro de 2015, em ato contínuo à Portaria nº 25, de 2 de
março de 2015, que instituiu, no âmbito da Secretaria do Patrimônio da União —
SPU, o grupo de trabalho com a finalidade de promover estudos técnicos sobre a
situação fundiária nas áreas sujeitas às inundações periódicas do Rio Araguaia,
localizado nos Municípios de Luciara, em Mato Grosso; Canabrava do Norte, em
Mato Grosso; Novo Santo Antônio, em Mato Grosso; Porto Alegre do Norte, em Mato
Grosso; Santa Terezinha, em Mato Grosso; São Félix do Araguaia, em Mato Grosso;
Formoso do Araguaia, em Tocantins; Lagoa da Confusão, em Tocantins; e Pium,
também no Tocantins, com uma área de 1 milhão, 627 mil e 686 hectares, sendo
que 915 mil hectares, aproximadamente, estão no Estado de Mato Grosso.
Essas portarias citadas anteriormente colocaram a população da região em
um total desânimo, causando prejuízos econômicos e sociais nos Municípios
envolvidos, que recentemente presenciaram a desintrusão da área Suiá Missu, de
onde foram desalojados milhares de brasileiros que escolheram aquela região do
Estado para morar e produzir.
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Além de tudo isso, ainda existe a Portaria nº 89 da Secretaria do Patrimônio
da União — SPU, de 15 de abril de 2010, que dispõe nos seus artigos restrições ao
uso das terras de várzeas, com poderes administrativos para proceder até anulação
de eventuais títulos de propriedades expedidos pelo Governo do Estado nas áreas
de várzeas, evidenciando, claramente, abuso de poder da União sobre os Estados
Federados.
Sr. Presidente, o Vale do Rio Araguaia, que nos últimos anos teve um
crescimento fantástico na produção de grãos e também na pecuária, vive neste
momento uma total insegurança jurídica, após as publicações dessas portarias,
levando grandes grupos empresariais que pretendiam se instalar na região a
recuarem e os que já se encontravam produzindo a reduzirem seus investimentos.
Evidentemente o Estado de Mato Grosso carece, e muito, de infraestrutura,
especialmente na região do Rio Araguaia. Mais uma vez, nós estamos vendo aquele
Estado passar por dificuldades, porque a União avança sem muitas...
(Desligamento automático do microfone.)
O SR. EZEQUIEL FONSECA - Sr. Presidente, eu queria deixar registrado que
é importante termos um olhar para Mato Grosso e que estamos atentos à SPU, que
quer demarcar terras daquele Estado, sem, no mínimo, dar uma atenção a quem
desbravou a região, a quem mora há mais de 30 anos no Araguaia.
Um abraço e muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Eu é que agradeço, nobre Deputado.
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Concedo a palavra ao nobre
Deputado Arnaldo Jordy, do PPS do Pará, que disporá de 3 minutos na tribuna.
O SR. ARNALDO JORDY (PPS-PA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, pessoas que nos assistem nos veículos de
comunicação da Casa, eu queria abordar dois assuntos.
Primeiro, o PPS resolveu, na reunião de bancada, homenagear o Juiz Sérgio
Moro com a Medalha Mérito Legislativo, que é a maior condecoração que esta Casa
oferece a personalidades que tenham serviços prestados ao País. Nesse sentido, a
bancada do PPS reconhece, por unanimidade, o trabalho do Juiz Sérgio Moro.
Aliás, nas manifestações do último dia 16, dez medidas contra a corrupção
defendidas pelo o Ministério Público Federal foram frisadas. Nós apoiamos
absolutamente todas elas e outras que já estão, inclusive, tramitando nesta Casa.
O Brasil precisa superar rapidamente essa recorrência de denúncias de
escândalos, parte delas, evidentemente, devidas à vulnerabilidade das nossas
estruturas e do nosso ordenamento jurídico.
São dez as medidas apoiadas pelo Ministério Público, por promotores, por
procuradores, por aqueles que estão lidando há 1 ano e 5 meses, só na Operação
Lava-Jato, com denúncias envolvendo desvios do Erário, que, segundo o Portal da
Transparência, somam um valor da ordem de 80 bilhões de reais por ano. É essa a
quantidade de dinheiro desviado dos cofres públicos, das políticas públicas que
tanta falta fazem para boa parte da nossa população, que está excluída de qualquer
processo de inclusão social.
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Portanto, prestamos o nosso apoio total, integral, ao Procurador-Geral da
República, Sr. Rodrigo Janot, e ao Juiz Sérgio Moro neste momento de afirmação
das instituições.
Também queria registrar, Sr. Presidente, que a CPI do BNDES já começa
mal. Esta é uma reclamação que nós estamos formalizando ao Presidente da Casa,
Deputado Eduardo Cunha. O PPS é autor do requerimento de criação da CPI do
BNDES. Foi quem, inclusive, promoveu o início da coleta de assinaturas para a
constituição da CPI. Pela tradição da Casa, quem é autor de CPI geralmente é
abrigado com a relatoria ou com a Presidência. Isso é da tradição deste Parlamento
de muito tempo.
Infelizmente, entretanto, o PPS ficou fora. Agora foram anunciadas quatro
sub-relatorias e, mesmo assim, o Partido Popular Socialista ficou excluído, como
autor da CPI, das quatro sub-relatorias. Portanto, nós não estamos aceitando de
bom grado essa discriminação que foi perpetrada pela Mesa Diretora, pelo
Presidente.
Queria que o nosso pronunciamento fosse registrado nos veículos de
comunicação da Casa, inclusive no programa A Voz do Brasil. Esse é o protesto da
bancada do Partido Popular Socialista.
Muito obrigado, Sr. Presidente!
O SR. PRESIDENTE (Rômulo Gouveia) - O pedido de V.Exa. será atendido.
O pronunciamento de V.Exa. será divulgado nos meios de comunicação.
Durante o discurso do Sr. Arnaldo Jordy, o Sr.
Carlos Manato, nos termos do § 2º do art. 18 do
Regimento Interno, deixa a cadeira da Presidência, que é
ocupada pelo Sr. Rômulo Gouveia, nos termos do § 2º do
art. 18 do Regimento Interno.
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O SR. PRESIDENTE (Rômulo Gouveia) - Concedo a palavra ao Deputado
João Daniel, do PT de Sergipe.
V.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.
O SR. JOÃO DANIEL (PT-SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, nós gostaríamos de deixar registrada
e de solicitar a divulgação no programa A Voz do Brasil e nos meios de
comunicação a nossa preocupação com o momento e com a conjuntura que
vivemos em âmbito nacional.
Nós acompanhamos, desde o início dos Governos do Presidente Lula e da
Presidenta Dilma, a firmeza com que o Governo do nosso partido, do Partido dos
Trabalhadores, combateu e apurou a corrupção no Brasil.
Quando falam de Lava-Jato, quando falam de operações da Polícia Federal,
nós temos orgulho de dizer que o Governo da Presidenta Dilma e o do ex-Presidente
Lula nunca taparam o sol com a peneira, nem jogaram lixo embaixo do tapete.
Apuraram e nunca perseguiram um agente do Estado, seja da Polícia Federal, seja
do Ministério Público Federal.
Mas a minha preocupação, Sr. Presidente, Srs. Deputados, é a de que nós
precisamos ver qual é a pauta que querem colocar para o nosso Congresso
Nacional e para a sociedade brasileira. É uma pauta de apuração e de CPI de
investigação permanente contra grandes instituições que fazem parte de um grande
projeto brasileiro, construído com suor e sangue da classe trabalhadora.
Eu me preocupo quando vejo todos os dias nos jornais a questão do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social — BNDES e a da PETROBRAS.
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A apuração e a punição são papéis do Estado, do Judiciário, da Polícia Federal. São
eles que devem tomar todas as providências.
Precisamos ter clareza, e muita clareza, de que o Brasil se tornou uma grande
Nação, chegou aonde chegou com o fim da pobreza e da miséria extrema, graças a
um Estado forte, recuperado pelos 12 anos do Governo do Partido dos
Trabalhadores.
Para ter um Estado forte, que contribua com o nível de educação brasileira e
o eleve, nós precisamos de uma PETROBRAS forte, nós precisamos do controle
total das nossas reservas de petróleo, incluindo a questão do pré-sal.
Nós não podemos admitir que mexam na nossa empresa histórica e
estratégica: a PETROBRAS. E nos preocupam projetos da extrema direita brasileira
ligada às grandes empresas internacionais, que colocam projetos para que o
monopólio do petróleo não seja da PETROBRAS.
E nos preocupam tantas notícias e tantas denúncias sobre o BNDES. O
BNDES é um banco que merece todo o respeito do povo brasileiro, especialmente
desta Casa. O que tiver de denúncia deve ser apurado, mas nós precisamos
preservar esse banco, que eleva a Nação brasileira através dos projetos de
infraestrutura.
Parabenizo o Governo do ex-Presidente Lula e o Governo da Presidenta
Dilma, que também investiram em projetos e os financiaram em outros países, a
exemplo dos projetos de integração da América Latina, o que é fundamental para a
soberania de um povo, para a soberania de nosso País.
Era isso, Sr. Presidente.
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O SR. PRESIDENTE (Rômulo Gouveia) - Concedo a palavra ao Deputado
Claudio Cajado.
O SR. CLAUDIO CAJADO (DEM-BA. Sem revisão do orador.) -
DISCURSO DO SR. DEPUTADO CLAUDIO CAJADO QUE, ENTREG UE AO
ORADOR PARA REVISÃO, SERÁ POSTERIORMENTE PUBLICADO.
(Discurso a ser publicado na Sessão nº 269, de 16/0 9/15.)
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O Sr. Rômulo Gouveia, nos termos do § 2º do art.
18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da Presidência,
que é ocupada pelo Sr. Gilberto Nascimento, 2º Suplente
de Secretário.
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O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Esta Presidência informa que há
279 Deputados na Casa.
A Mesa solicita aos Deputados que venham ao plenário registrar presença, a
fim de que possamos começar a Ordem do Dia o mais breve possível, tendo em
vista que a Presidência desta Casa programou-se para que haja número suficiente
em plenário às 11 horas.
Portanto, mais uma vez, esta Presidência solicita a presença dos Srs.
Deputados em plenário, para que possamos terminar a sessão por volta de 14
horas.
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O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Com a palavra o Deputado
Pedro Uczai. S.Exa. dispõe de 1 minuto.
O SR. PEDRO UCZAI (PT-SC. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu
quero fazer um convite a todos os Deputados e Senadores do Rio Grande do Sul,
Paraná e de Santa Catarina. Amanhã, haverá três audiências públicas, às 9 horas,
em Porto Alegre; às 13h30min, em Florianópolis; e às 17 horas em Curitiba. Nessas
audiências, a VALEC e o Ministro dos Transportes manifestam interesse pela
realização da Ferrovia de Integração. A extensão dessa ferrovia vai de Panorama a
São Paulo; de São Paulo à Chapecó; e de Chapecó ao Porto de Rio Grande, no Rio
Grande do Sul.
É o momento de os empresários do Sul do País e as lideranças políticas do
Sul do País colocarem na agenda política a ferrovia como instrumento estratégico do
desenvolvimento. Ferrovia é um transporte mais barato, mais seguro,
ambientalmente sustentável, que mantém as atividades econômicas, atrai novos
investimentos e ajuda, inclusive, a diminuir o fluxo nas nossas estradas.
Portanto, é esse o convite feito em nome da Frente Parlamentar das Ferrovias
da Câmara dos Deputados.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Muito bem. Feito o convite.
Desejamos sucesso às audiências no Estado tão bem representado por V.Exa.
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O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Com a palavra o Deputado Hélio
Leite, do Pará.
O SR. HÉLIO LEITE (DEM-PA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vivenciamos no País uma crise muito grande. A
política está num momento conturbado, e a economia está vulnerável. Para geração
de emprego e renda, é necessário que sejam refeitos os cálculos e as condições
que hoje são postas aos empresários, àqueles que produzem.
Venho a esta tribuna falar do meu Estado do Pará, da administração do
Governador Simão Jatene. Governador coerente, ele tem como fundamental na
gestão do seu Estado o cumprimento de suas obrigações com a economia e a
sociedade do Pará. O Governador tem sido destaque em todo o Brasil por sua
performance, por sua maneira de governar, com coerência, seriedade, compromisso
e planejamento voltado para o crescimento do Estado.
Pará é um Estado rico, promissor e tem-se destacado por suas riquezas
minerais e naturais perante o Brasil e o mundo.
O Governador Simão Jatene, no último sábado, inaugurou a Avenida
Independência. Trata-se de uma avenida importante para a Zona Metropolitana de
Belém, pois interliga Ananindeua a Marituba e Belém, Capital do Estado. Essa
avenida contém duas pistas, uma duplicação muito grande, ciclovia, calçada. Com
certeza absoluta, ela pode facilitar — e está facilitando — a vida dos paraenses.
Esses empreendimentos são fundamentais para o Estado do Pará.
O Governador tem um projeto: a instalação no Porto de Pernambuco da
Plataforma Logística Intermodal do Rio Guamá. Essa plataforma vai facilitar a
logística daqueles produtores que comercializam seus produtos, que precisam trazê-
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los de Manaus, de Santarém, e precisam levar às grandes capitais os produtos
fabricados e industrializados em nosso Estado do Pará. Isso é fundamental.
Portanto, eu vim aqui parabenizar o Governador Simão Jatene e deixar a
certeza absoluta de que o nosso Estado está progredindo cada vez mais.
Sr. Presidente, quero registrar um fato que aconteceu ontem e é importante
para o setor produtivo do Estado do Pará. A empresa Santa Izabel Alimentos, que
detém a marca Frango Americano recebeu o certificado da SEMAS — Secretaria de
Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Com isso, ela pode exportar os seus
produtos para o exterior.
Essa empresa abate por mês 6 milhões de frangos. Com certeza absoluta, ela
tem progredido e ampliado o mercado de frango não só no Brasil, mas também no
exterior. Ela gera 2.400 empregos diretos e 10 mil empregos indiretos. Com isso,
consegue potencializar a produção de aves no Estado do Pará e vai promover um
crescimento cada vez maior.
Venho à tribuna deixar os meus parabéns a essa empresa que tem três sedes
no Pará, uma no Maranhão e outra em Tocantins. Parabéns também ao Dr.
Yasuhide Watanabe, empreendedor fundamental, que ao longo da sua vida tem se
dedicado à geração de emprego e renda no Estado do Pará.
Portanto, parabéns à empresa Frango Americano. Parabéns ao Governador
do Estado pela sua coerência e pela sua maneira salutar de administrar o Estado do
Pará.
Pará é um dos Estados que não tem débito, está cristalizado e cada vez mais
preparado para fazer sua administração, e os empreendimentos estão acontecendo
nesse Estado.
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Parabéns e muito obrigado ao Governador Simão Jatene.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Estado do Pará recebeu esta
semana uma excelente notícia. A Frango Americano, empresa genuinamente
paraense, localizada na região metropolitana de Belém, mais precisamente no
Município de Santa Isabel do Pará, acaba de ganhar a Licença Ambiental de
Operação para que possa exportar seus produtos para o mercado exterior. Com
granjas próprias e também associadas, a empresa produz em larga escala aves e
embutidos e é, hoje, uma das principais produtoras deste segmento do Norte e
Nordeste do Brasil.
Só para se ter uma ideia, hoje sua produção gira em torno de 6 milhões de
frangos por mês, o que equivale a 15 mil toneladas de carne por mês, que
abastecem o Pará e vários outros Estados da Federação.
Por tradição, Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, a Frango
Americano tornou-se referência em todo o Estado e agora pode levar a bandeira da
nossa produção para o exterior.
Em tempos de crise, são notícias como estas nos fazem acreditar que o Brasil
precisa melhor incentivar quem quer produzir, gerar empregos e tratar as coisas com
seriedade neste País.
Portanto, meus senhores, minhas senhoras, queria aqui deixar, como
Deputado que sou daquela região e de todo o Pará, os meus votos de parabéns ao
Diretor-Presidente da Frango Americano, Yasuhide Watanabe, aos quase 3 mil
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funcionários diretos e também ao Governo do Estado, por esse grande feito que com
certeza enche de orgulho a todos nós paraenses.
Meu muito obrigado.
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O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Vamos agora a Minas Gerais.
Concedo a palavra ao Sr. Deputado Padre João. (Pausa.)
Nós temos a solicitação aqui do Deputado Rogério Rosso, passando o tempo
da Liderança do PSD neste momento para ouvirmos o Deputado Rômulo Gouveia,
que tem o tempo. E, logo em seguida, concedo a palavra ao Sr. Deputado Luiz
Carlos Hauly.
O SR. RÔMULO GOUVEIA - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu
gostaria de iniciar o tempo da Liderança pedindo que corrigisse o tempo, por
gentileza, da Liderança.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Nós vamos solicitar que haja
uma correção. Inclusive, eu quero me desculpar, pois o Padre João estava na
tribuna.
O SR. RÔMULO GOUVEIA - Mas eu posso deixar para ouvir o Padre João.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - V.Exa. pode ouvir o Padre
João? Então, vamos ouvir o Padre João e, em seguida, vamos ao Pará.
Com a permissão do Deputado Rômulo Gouveia, que falará pela Liderança do
seu partido, concedo a palavra ao Deputado Padre João.
O SR. PADRE JOÃO (PT-MG. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr.
Presidente; obrigado, Deputado Rômulo Gouveia.
Gostaria de saudar os colegas Deputados e Deputadas e também a
sociedade brasileira.
Hoje, na verdade, o povo brasileiro vai à rua. E vai à rua não vestido com uma
camisa da CBF — Confederação Brasileira de Futebol, uma camisa de 250 a 300
reais, mas vestido com as camisas das bandeiras que representam as lutas do
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nosso povo, os sonhos do nosso povo, na defesa da soberania nacional, na defesa
da democracia, dizendo “não” ao golpe, dizendo que não aceitam e não permitem o
golpe; dizendo também para esta Casa que a Presidenta Dilma criou uma lei de
combate à corrupção que é modelo para diversos países. E a corrupção nunca foi
tão combatida como agora. Nunca! Isso é fruto de uma lei de iniciativa da Presidenta
Dilma.
O Partido dos Trabalhadores sempre contribuiu para o combate à corrupção.
Mas a hipocrisia de alguns, aliada à própria hipocrisia da grande mídia, quer passar
para a sociedade que nunca houve tanta corrupção. Corrupção sempre houve e
muita, mas era tudo jogado debaixo do tapete. E é nesse sentido que renovamos a
confiança também nas instituições, no combate à corrupção.
Esperamos que agora, na recondução, o Procurador Rodrigo Janot possa
corrigir algumas distorções que estão lá no início, inclusive quando o setor do
Judiciário partidariza as investigações. Isso está muito claro, muito claro.
Por que eu digo isso? Porque algumas delações premiadas têm peso e outras
não. O doleiro Youssef citou o Senador Aécio Neves, disse que o Senador Aécio
recebeu dinheiro e que quem operava isso era Andrea Neves, irmã do Senador. Em
Minas Gerais, todos sabemos disso. Todos sabemos disso!
Esperamos que agora o Procurador Janot possa corrigir as distorções, o
partidarismo que está na Justiça, lá na base. Sabemos da parcialidade.
Não é pouca coisa 450 quilos de pasta de cocaína! Repito: 450 quilos de
pasta de cocaína. E ninguém está preso. Onde está o helicóptero? Está com o dono
do helicóptero, que é Senador aqui também, aliado do Senador Aécio. E nós
sabemos onde era o “aecioporto”: lá em Cláudio. E há informações de que essa rota
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não foi usada apenas uma vez, mas várias vezes. Então, não podemos mais permitir
impunidade.
Concluo, Sr. Presidente, dizendo que ainda bem que algo que é claro se
evidencia em relação a esta Casa. Então, isso não pode acontecer. Quem fez parte
da corrupção tem que ter tratamento igual nesse sentido. Não se pode proteger uns
e condenar outros.
Que o próprio Presidente da Casa, de quem também há evidências de abuso
econômico, com envolvimento de outros colegas, também seja investigado! Jamais
se deve jogar corrupção debaixo do tapete, como se fazia antigamente, e ainda isso
valendo para alguns, lamentavelmente.
Sr. Presidente, espero que se dê divulgação do meu pronunciamento pelos
meios de comunicação da Casa e, inclusive, no programa A Voz do Brasil.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Autorizada a divulgação do
pronunciamento pelos meios de comunicação desta Casa.
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O SR. HERÁCLITO FORTES - Sr. Presidente, peço a palavra para um rápido
esclarecimento.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Deputado Heráclito Fortes, já há
um Deputado na tribuna.
O SR. HERÁCLITO FORTES (PSB-PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, eu queria matar uma curiosidade. Eu quero saber se o Deputado
Padre João continua no exercício da fé ou afastou-se dele, porque o
pronunciamento que acabou de fazer não é compatível com o de um sacerdote.
Atacar o ex-Governador Aécio é problema dele, mas atacar a sua irmã Andrea, uma
pessoa que o Brasil inteiro conhece...
O SR. CÉSAR HALUM - Ele não está inscrito, Sr. Presidente.
O SR. DÉCIO LIMA - Sr. Presidente, estou inscrito. Eu também quero falar. A
hipocrisia nesta Casa está chegando a alguns requintes.
O SR. HERÁCLITO FORTES - Calma, Deputado Décio! V.Exa. é um homem
elegante.
O SR. DÉCIO LIMA - Eu sou, Deputado, mas V.Exa. não está sendo
elegante. Há um Deputado na tribuna, há uma lista de Deputados, e eles precisam
falar.
O SR. MAJOR OLIMPIO - Sr. Presidente, vamos respeitar a lista!
O SR. DÉCIO LIMA - A hipocrisia está chegando a alguns requintes aqui. Não
é possível!
O SR. MAJOR OLIMPIO - Sr. Presidente, nós nos inscrevemos. Vamos
respeitar a lista!
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O SR. DÉCIO LIMA - Deputado Heráclito, não há no Regimento a
possibilidade desse debate.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Deputado Heráclito, eu gostaria
que V.Exa...
O SR. DÉCIO LIMA - Ninguém está nervoso.
O SR. MAJOR OLIMPIO - Nós nos inscrevemos, Sr. Presidente!
O SR. DÉCIO LIMA - Não se pode desrespeitar...
O SR. MAJOR OLIMPIO - Assim esta Casa vira casa da mãe joana!
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Esta Presidência diz aos Srs.
Deputados o seguinte: há uma lista de oradores inscritos e há um Deputado na
tribuna do lado esquerdo aguardando e que vai falar pela Liderança do seu partido.
Eu gostaria, Deputado Heráclito, que V.Exa...
O SR. HERÁCLITO FORTES - Minha palavra foi interrompida!
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Desculpe-me, Deputado
Heráclito. Eu gostaria que V.Exa., que é um homem do diálogo, conversasse com o
Deputado Padre João.
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O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Concedo a palavra ao Deputado
Rômulo Gouveia, para uma Comunicação de Liderança, pelo PSD.
O SR. RÔMULO GOUVEIA (PSD-PB e como Líder. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente Gilberto Nascimento, Deputado Heráclito Fortes e demais Deputados,
eu acho que é preciso calma. Eu entendi a intervenção do Deputado Heráclito
Fortes, mas não cabe debate. Nós estamos nas Breves Comunicações, e eu tenho a
honra neste instante de usar o tempo da Liderança.
Quero registrar que hoje, ao lado de outros companheiros, participei da Frente
Parlamentar do Setor Gráfico e Mídia Impressa. Reitero aqui o meu apoio à
ABIGRAF — Associação Brasileira da Indústria Gráfica, que na Paraíba é presidida
pelo meu amigo Marconi Tarradt Rocha. Ao lado de outros Deputados, pude tratar
de pauta tão importante.
Um dos assuntos de que venho tratar, Sr. Presidente Gilberto Nascimento —
fico feliz quando V.Exa. preside a sessão, porque o faz muito bem —, é a questão
hídrica do Nordeste, especialmente da Paraíba.
Amanhã, a Presidente Dilma, com o Ministro Gilberto Occhi, vai entregar em
Cabrobó a primeira estação de bombeamento do eixo norte da transposição do Rio
São Francisco. Ainda é uma parte pequena da obra, mas a nossa expectativa é que
isso seja ampliado. Eu, Relator da Comissão Externa de Transposição do Rio São
Francisco, e o Deputado Raimundo Gomes de Matos, seu Presidente, temos nos
empenhado bastante.
Para se ter uma ideia da situação, no meu Estado da Paraíba, os nossos
principais mananciais estão com 17% de sua capacidade. Já existe racionamento
d’água nas principais cidades.
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Nesse sentido, encaminhei uma indicação ao Ministro da Integração Nacional,
Gilberto Occhi, sobre o Projeto Multilagos, da Prefeitura de Campina Grande, de
1993, da gestão do Prefeito Félix Araújo Filho. Esse projeto tem uma capacidade de
armazenamento de cerca de 75 milhões de metros cúbicos de água, o que já daria
ao Entorno de Campina uma tranquilidade. As chuvas que caíram no Entorno de
Campina Grande seriam suficientes para o abastecimento dos açudes do Projeto
Multilagos.
Então, através de indicação, fiz ao Ministro Gilberto Occhi o apelo para que
pudesse se sensibilizar diante do quadro e determinar com urgência urgentíssima a
implantação do Projeto Multilagos, elaborado pela Prefeitura de Campina juntamente
com a SUDENE e os órgãos hídricos, para que pudéssemos no futuro atender a
toda aquela região do Compartimento da Borborema.
Outro assunto de que venho aqui tratar, Sr. Presidente — peço que considere
lido o pronunciamento na íntegra — é o Programa Conexão Mundo na Paraíba, que
oferta curso de inglês a 60 jovens, através do Serviço Social da Indústria e da
Federação das Indústrias do Estado da Paraíba, da qual está à frente o atuante e
competente Presidente Francisco Buega. A Paraíba se destacou nessa área. Eu
acho que a educação é algo fundamental, e aqui se trata de educação internacional.
Gostaria de destacar também o encontro da Comissão de Seguridade Social
e Família que comemorou os 10 anos do SUAS — Sistema Único de Assistência
Social. Pude acompanhar, ao lado da Secretária de Assistência Social de Campina
Grande, Eva Gouveia, e de vários Secretários, os avanços na área social nesses 10
anos. Quero também dar como lido um pronunciamento que faço sobre essa
questão.
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Quero dizer ainda, Sr. Presidente, que, nos dias 21 a 25 de agosto, esta Casa
realizará mais uma edição do Parlamento Jovem Brasileiro, o de 2015. Tive a
oportunidade de implantar o Parlamento Jovem na Assembleia da Paraíba, uma
experiência extraordinária. Além de Cinthya Pâmella Casado Paulo, nós temos aqui
selecionado Patrick Teixeira Dorneles Pires, um jovem portador de doença rara que
é um jovem raro, na sua competência, no seu talento, no seu valor. Ele nos
surpreende com sua capacidade de superação de adversidade: sempre preocupado
em debater temas, principalmente os relacionados ao portador de deficiência.
Então, venho aqui destacar esse Parlamento, uma iniciativa muito louvável do
Deputado Lobbe Neto, de que já participaram mais de 850 jovens. O Parlamento
Jovem, na 12ª edição, reunirá jovens do Brasil inteiro, de acordo com a
proporcionalidade de bancadas. São 78 jovens selecionados. A maior bancada é a
de São Paulo. Eu quero destacar a bancada da Paraíba na pessoa de Patrick, que
tem uma história e é uma referência.
Quero também parabenizar os maçons pela data de hoje, 20 de agosto, Dia
do Maçom. Inclusive, haverá nesta Casa amanhã sessão solene em Homenagem ao
Dia do Maçom Brasileiro. Então, faço aqui também uma homenagem a todos os
maçons do Brasil e da Paraíba.
Por último, Sr. Presidente, peço que este meu pronunciamento seja divulgado
nos meios de comunicação da Casa e, principalmente, no programa A Voz do Brasil.
Cumprimento mais uma vez V.Exa., Deputado Gilberto Nascimento.
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PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é com muita alegria que celebramos
os 10 anos do SUAS — Sistema Único de Assistência Social, criado no dia 15 de
julho de 2005, esse importante sistema que efetivou as conquistas da LOAS — Lei
Orgânica da Assistência Social, associando benefícios e serviços e
complementando a renda do povo brasileiro.
Para comemorar essa data, foi realizado no ultimo dia 13 de agosto, na
Câmara dos Deputados, o seminário para debater os 10 anos do Sistema Único de
Assistência Social —SUAS. O evento foi promovido pela Comissão de Saúde e
Seguridade Social da Câmara dos Deputados e pelo Ministério do Desenvolvimento
Social, com a finalidade de discutir a política de assistência social e, em especial, os
10 anos do Sistema Único de Assistência Social.
A abertura do evento contou com a presença da Ministra de Desenvolvimento
Social e Combate à Fome, Tereza Campelo, do Deputado Federal Antônio Brito,
Presidente da Comissão de Saúde e Seguridade Social da Câmara dos Deputados,
do Deputado Federal Raimundo de Matos, que foi autor da propositura para
realização do evento, e do Vice-Líder do PSD na Câmara, que agora vos fala.
Destaco ainda, a presença da Secretária da Assistência Social de Campina Grande,
Deputada Eva Gouveia.
O seminário debateu a implementação do sistema, com a presença dos
Parlamentares, gestores das três esferas de Governo, usuários e trabalhadores da
assistência social. Na oportunidade, foram apresentados: o balanço, avaliação, os
avanços, as condições para efetivar a defesa dos direitos da população e quais os
entraves e desafios para a consolidação desta política pública no Brasil.
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O SUAS é um sistema não contributivo e participativo, constitucionalmente
garantido aos cidadãos. Os serviços, ali oferecidos, não são filantropias, muito
menos caridade. Tem como objetivo ofertar um conjunto de serviços, programas,
projetos e benefícios que concretizem as funções da assistência social, em
consonância com a Política Nacional de Assistência Social — PNAS, quais sejam:
vigilância socioassistencial, a proteção social e a defesa social e institucional,
assegurando que as ações no âmbito da assistência social tenham centralidade na
família e garantam a convivência familiar e comunitária.
Um dos pontos estruturantes do SUAS é a sua organização em torno de
mecanismos de participação e controle social. Os conselhos, fóruns, movimentos e
os cidadãos em geral têm como desafio cotidiano atuar na melhoria dos
mecanismos de participação e controle social do SUAS.
Está lançado o desafio para a consolidação do SUAS: reduzir as
desigualdades e criar atendimentos conformes as necessidades de cada região e
população, oferecendo serviços para atender àqueles que necessitam da ação do
Estado, de forma contínua e satisfatória.
Apesar de ser bem mais novo que o SUS, o SUAS é muito melhor estruturado
em termos de alcance e controle dos dados de seus usuários. Isto porque utiliza o
CADÚNICO — Cadastro Único, que é uma espécie de RG dos seus beneficiários,
um cartão que dá acesso a vários benefícios (podendo ser concomitantes ou não)
em troca de informações socioeconômicas das famílias. Informações valiosas para
projetos de poder, por sinal. Assim como o SUS, o SUAS também se utiliza de
prontuários para rastrear os passos do usuário dentro do sistema: programas e
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serviços acessados, benefícios adquiridos e informações sobre seu histórico de vida
e dificuldades mais recorrentes.
O grande alcance do SUAS se dá através de vinculação com programas
assistencialistas como o Bolsa Família, de forte cunho popular. Os demais serviços
— no geral — contam com busca ativa de usuários; agentes públicos literalmente
saem às ruas em busca de usuários para serviços que, mesmo sendo gratuitos,
ninguém quer.
Assim como no SUS, o SUAS é dividido por grau de complexidade. Proteção
social básica se refere a uma leve intervenção estatal na vida das pessoas, sob o
pretexto de orientar e prevenir situações de risco. Proteção social especial pode ser
de média ou alta complexidade; na primeira o Estado impões ações protetivas e
controladoras sobre as famílias, e na segunda priva o indivíduo de liberdade, do
convívio familiar e ou comunitário ao institucionalizá-lo, sob a alegação de que
somente o Estado é capaz de protegê-lo de sua condição social.
Quero destacar ainda o importante papel do Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome, no financiamento, no investimento, induzindo Estados e
Municípios, tratando do marco legal e das pactuações, sempre com a parceria do
controle social, dos conselhos, em particular do Conselho Nacional da Assistência
Nacional. Desde o seu surgimento, em 2005, até este ano, o SUAS tem sido alvo de
um plano decenal que será concluído com a Conferência Nacional de Brasília, em
dezembro. A partir de então, terá início outro projeto de avaliação do SUAS, entre
2016 e 2026.
Muito obrigado.
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Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero aqui hoje parabenizar os 60
adolescentes alunos do Programa Conexão Mundo na Paraíba. A iniciativa oferta 60
vagas para o curso de inglês destinado a alunos de unidades do Serviço Social da
Indústria — SESI e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial — SENAI da
Paraíba, que tem à frente o Presidente da Federação das Indústrias do Estado da
Paraíba — FIEP, Francisco de Assis Benevides Gadelha, que é a principal entidade
de representação das indústrias do Estado brasileiro da Paraíba.
O Conexão Mundo é um programa de intercâmbio de línguas que visa
propiciar aos alunos do EBEP — Educação Básica articulada com Educação
Profissional a oportunidade de conhecer e aprofundar conhecimentos da língua
inglesa, vivenciando experiências do dia a dia através do acompanhamento contínuo
de monitores americanos. É dividido em três etapas, sendo duas de aulas à
distância, na modalidade virtual, e uma de aula presencial, com a vinda de
monitores americanos para o Brasil.
Ao final do curso, os alunos com melhor desempenho são premiados com
uma viagem de duas semanas aos Estados Unidos, conhecendo a cultura
americana através de visitas técnicas e passeios culturais.
Iniciado em 2012 com cem alunos, o Programa Conexão Mundo é uma
parceria SESI e SENAI com a ONG Americana U.S Brazil Connect, sediada em
Denver, no Colorado. Atualmente, o Programa conta com 2 mil alunos do
SESI/SENAI inscritos.
A segunda etapa do Programa Conexão Mundo consiste em aulas
presenciais com os alunos e monitores norte-americanos, durante 30 dias, de
segunda à sexta, pela manhã (8 horas às 12 horas), ministradas na Escola Corálio
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Soares de Oliveira, unidade do SESI em Bayeux. Já nos meses de agosto e
setembro, os alunos retornarão às aulas on-line para finalizar o curso. Os
concluintes com melhor desempenho serão presenteados com intercâmbio de 15
dias, sem custos, para os Estados Unidos.
A Paraíba está rompendo a barreira do impossível para fazer o possível. Esta
parceria com o SESI/SENAI da Paraíba tem o objetivo de profissionalizar os alunos
para o mercado de trabalho e permitir que os jovens acreditem que podem mudar
sua realidade para melhor através do aprendizado da língua inglesa. A U.S Brazil
Connect tem 250 professores e 4.000 alunos no Brasil.
Os objetivos do Programa Conexão Mundo são: elevar o nível de proficiência
da língua inglesa, visando uma melhor colocação do aluno no mercado de trabalho;
desenvolver competências de liderança, autonomia e autoconfiança; proporcionar
experiência em novas metodologias de ensino, interativas e virtuais e viagem de
imersão aos Estados Unidos da América, para os alunos selecionados.
Muito obrigado.
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O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Depois da Paraíba, vamos ao
Paraná, com o Deputado Luiz Carlos Hauly, antes dando uma passadinha rápida
pelo Tocantins, para que o Deputado César Halum também fale por 1 minuto.
O SR. CÉSAR HALUM (Bloco/PRB-TO. Sem revisão do orador.) - Muito
obrigado, Sr. Presidente, pela deferência.
Sras. e Srs. Deputados, quero apenas fazer mais um registro sobre o descaso
que nós estamos enfrentando por parte do Ministério da Saúde. O problema da
saúde no Brasil não é a falta de dinheiro; é falta de gestão. O dinheiro não chega lá
na ponta, no posto de saúde, para comprar um frasco de dipirona, porque uma parte
some pela incompetência e a outra desaparece pela desonestidade.
Não é possível existir um Ministério que não respeite os próprios programas!
Fazem programas com os Municípios, os Municípios executam as obras, e não
pagam, dão calote. Obrigam-nos a colocar 50% das emendas na saúde, e não
liberam o pagamento. Nós apresentamos emendas para beneficiar Municípios
pequenos, do povo sofrido, igual ao Município de Taipas, ao Município de Axixá, lá
no Tocantins. São emendas de 200 mil reais, apresentadas em 2013, mas não
foram pagas até hoje, mesmo com as obras já executadas.
Então, essa história de dizer que a saúde não tem dinheiro, de ficar nesta
Casa pedindo mais dinheiro para a saúde, é bobagem. Aquilo lá, com aquela gestão,
é um saco sem fundo. Tudo o que se colocar lá não vai chegar: remédios,
equipamentos. Eu não sei o que eles fazem com o orçamento da saúde.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Concedo a palavra ao Deputado
Luiz Carlos Hauly.
O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PSDB-PR. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, desde ontem encontra-se no Brasil a
Chanceler alemã, Angela Merkel. Ela veio fazer uma visita com sete Ministros e aqui
encontrou 39 Ministros da Presidente Dilma.
Aliás, o “sete” é emblemático. Parece-me que ontem ela deu sete conselhos à
Presidente Dilma, e a Presidente Dilma só conseguiu dar um conselho a ela — muito
significativa a piada que corre, se referindo à derrota de 7 a 1 que o Brasil sofreu da
Alemanha na Copa do Mundo.
A Alemanha é o quarto maior parceiro do Brasil e tem muito a ensinar ao
nosso País. Angela Merkel, ao contrário da Presidente Dilma Rousseff, é uma
mulher que dirige uma das mais potentes nações do mundo, a dinâmica Alemanha.
Há uma crise no seu partido, no Parlamento, mas é por conta da Grécia: estão
decidindo se emprestam 80 bilhões de euros àquele país ou não. E a crise da
Presidente Dilma na sua base política é gravíssima, é a maior crise política, ética,
moral e, econômica da história do Brasil. É um momento dramático.
A Alemanha é parlamentarista: tem o Presidente da República, os membros
do Parlamento e a Chanceler Angela Merkel. No parlamentarismo, a dinâmica é
maravilhosa: trocam o governo imediatamente; o governo é enxuto. Então, a
Presidente tem muito a aprender.
Eu ouvi aqui falarem em golpe. No presidencialismo, quais as possibilidades
de se retirar um Presidente da República que está mal no exercício da sua função
pública? Renúncia é um ato unilateral dela, da Presidente Dilma, algo que ela pode
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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fazer a qualquer momento. O impeachment é a previsão legal de retirada de um
Presidente, portanto, não é golpe.
Impeachment é previsão legal quando, por 2 anos seguidos, a economia vai
mal. O Brasil empobreceu, o Brasil está mais pobre hoje do que nos últimos 10
anos; os Estados, mais pobres; os Municípios, mais pobres; as empresas, mais
pobres; e o trabalhador, os empresários, a classe média, todos ficaram pobres pelo
desgoverno da Presidente Dilma, do PT, do Lula. São predadores consumidores.
Como gafanhotos, comeram tudo, não sobrou nada! É preciso trocar o Governo.
Qual é a alternativa que a Presidente Dilma tem, além da renúncia? Um
processo doloroso de impeachment. O povo, domingo, foi às ruas, exigiu de nós,
políticos, o impeachment da Presidente. O povo brasileiro está exigindo, nas
pesquisas, majoritariamente, que ela seja passível de um processo de impeachment.
Eu, pessoalmente, falei de várias alternativas que ela teria aqui. Ela foi
queimando as etapas, a brasinha dela foi-se apagando! Poderia ter feito um
entendimento, renunciando ao seu partido, um entendimento nacional: reformas
tributária, previdenciária, trabalhista, além da reforma do Estado. Poderia ter
enxugado este Governo para 10, 12, 15 Ministérios. Não, ela optou pelo caminho
mais difícil e deixou a crise tomar conta do País!
Dizem, Sr. Presidente, que ela não lê mais jornais, não assiste mais à
televisão. Dizem que os Ministros não têm coragem de falar a verdade a ela, que os
seus principais assessores só levam notícia boa. É o pior dos mundos! É uma
Presidente isolada, que não sabe o que está acontecendo no mundo real!
Presidente Dilma, acorda!
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O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Concedo a palavra ao Deputado
Décio Lima.
O SR. DÉCIO LIMA (PT-SC. Sem revisão do orador.) - Permita-me, nobre
Deputado Edinho Bez, apenas fazer um registro, pedindo que seja dada a
oportunidade de sua divulgação nos meios de comunicação desta Casa, sobre a
realização do 12º Congresso Estadual da Central Única dos Trabalhadores, em
Santa Catarina, com o tema Direito não se reduz, se amplia.
Sr. Presidente, rogo a V.Exa. que receba o pronunciamento como lido.
Também aproveito esta oportunidade, com a generosidade de meu querido
colega Deputado Edinho Bez, do meu Estado, para dizer que às vezes as falas aqui
chegam aos limites da hipocrisia, com alguns requintes. Eu vi aqui Deputado tucano
pedir a renúncia da Presidenta Dilma, e não pede a do Governador do seu Estado,
que teve a pior avaliação da política do Estado do Paraná.
Portanto, quero aqui também expressar a indignação pela hipocrisia dos que
às vezes se reúnem na tribuna desta Casa.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero saudar os trabalhadores e as
trabalhadoras presentes no 12º Congresso Estadual da CUT e parabenizar pela
escolha muito oportuna do tema deste ano: Direito não se reduz, se amplia!
Mais do que nunca, quando nossa jovem democracia é sacudia por arroubos
golpistas e nossas instituições representativas ficam reféns de manobras
autoritárias, os trabalhadores lutam não só para ampliar, mas também para manter
direitos, em meio a um cenário conservador, como foi a recente votação, no
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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Congresso Nacional, do PL da terceirização, um verdadeiro retrocesso nas relações
de trabalho.
A despeito do cenário caótico que nossa mídia bombardeia diariamente, a
crise brasileira existe, sim, mas em proporções infinitamente menores do que no
Japão e na Europa, onde a economia está estagnada; nos Estados Unidos, que só
agora começa e se recuperar da crise; e na China, que apresenta as menores taxas
de crescimento dos últimos 25 anos!
O Brasil é o único país do BRICS, grupo composto também por Rússia, Índia,
China e África do Sul, a reduzir a desigualdade em 15 anos. O abismo social
cresceu nos países ricos, chegando ao nível mais alto dos últimos 30 anos!
A economia mundial, em 2014, teve como marcas a instabilidade e a
incerteza, mas o mundo confia no Brasil! O País foi o quinto maior destino de
investimentos estrangeiros em 2014, chegando a 62,5 bilhões de dólares!
A PETROBRAS, outra instituição que vem sendo ameaçada pelas garras da
Direita e do capital especulativo, é a maior produtora de petróleo do mundo! As
reservas do pré-sal são estimadas entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris. De 2010 a
2014, a média de produção diária de petróleo e gás natural passou de 42 mil barris
por dia para mais de 733 mil barris por dia!
O expressivo saldo positivo do emprego e a manutenção do desemprego nas
taxas mais baixas dos registros do IBGE constituem diferenças marcantes do Brasil
frente à maioria das economias desenvolvidas. Nos últimos 12 anos, foram gerados
mais de 20 milhões de empregos formais, e a taxa de desemprego tem atingido as
menores taxas da série histórica.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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O valor do salário mínimo cresceu mais de 70%, e o poder de compra do
salário mínimo é o maior em 50 anos! Desde 2003, a renda do trabalhador cresceu
mais de 33%, e 36 milhões de brasileiros superaram a linha da pobreza.
Em 2014, o Brasil saiu do mapa mundial da fome, e hoje é referência mundial
no combate à fome!
Essas são conquistas que fizeram diferença concreta na vida dos
trabalhadores e precisam ser reafirmadas para fazer frente a essa onda
conservadora, que defende privilégios de poucos em detrimento de muitos.
Por isso, quero reafirmar meu compromisso, enquanto representante dos
trabalhadores e das trabalhadoras na Câmara Federal, com a tese de que direito
não se reduz, se amplia!
Sr. Presidente, peço a divulgação deste pronunciamento nos meios de
comunicação desta Casa.
Muito obrigado.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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O SR. HERÁCLITO FORTES - Sr. Presidente, V.Exa. pode me conceder 1
minuto?
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Deputado Heráclito Fortes, nós
já temos um Deputado na tribuna.
O SR. HERÁCLITO FORTES - Com a generosidade dele...
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Se o Deputado Edinho Bez
permitir...
O SR. EDINHO BEZ - Concordo, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Tem V.Exa. 1 minuto, Deputado
Heráclito Fortes.
O SR. HERÁCLITO FORTES (PSB-PI. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, eu quero justificar minha irritação minutos atrás, o que não é do meu
perfil nem do meu feitio, porque fiquei indignado em ver o Deputado Padre João
agredir de maneira grosseira uma cidadã brasileira chamada Andrea Neves.
Ora, se os ataques fossem feitos ao seu irmão, o Senador Aécio Neves,
estaria tudo bem, mas a ela não aceito. Eu me senti no dever de defendê-la, porque
eu a conheço há muitos e muitos anos. Fui amigo do seu avô, amigo do seu pai, e
não é o fato de ser irmã de um Senador da República que justifica que ela seja
colocada aqui na vala comum, com esses ataques torpes. Daí por que eu me excedi,
tentando atropelar o Regimento, e peço desculpas a V.Exa. Mas, às vezes, isso é
preciso.
E essa minha indignação se redobrou porque é o Deputado Padre João,
salvador de almas, que quer botar essa pobre cidadã nos quintos dos infernos.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Deputado Heráclito Fortes, peço
que conclua, por favor.
O SR. HERÁCLITO FORTES - Estou concluindo. Daí por que eu faço o meu
registro. E, quanto à calúnia que se cometeu na campanha contra o Governador
Aécio, com relação ao aeroporto da cidade da sua família, isso já foi definido pela
Justiça, e ele foi absolvido. Se falarem dele, tudo bem. Agora, eu acho uma lástima
tentar enlamear uma figura que eu conheço, que é Andrea Neves.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Está justificado. V.Exa. é
sempre um homem cordato, tranquilo, e nós não esperávamos outra atitude de
V.Exa. quando se manifestasse nessa tribuna.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Concedo a palavra ao Deputado
Edinho Bez, de Santa Catarina.
O SR. EDINHO BEZ (Bloco/PMDB-SC. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, meus colegas Parlamentares, uso a tribuna nesta oportunidade para
fazer um apelo à Direção da Caixa Econômica Federal, com a qual eu tenho
afinidade. Sou funcionário de carreira, fui gerente da Caixa Econômica Federal por
14 anos, funcionário por 19 anos. Quero dizer aos meus colegas que, no ano
passado, houve um acordo, um entendimento com a Direção da Caixa Econômica
de que seriam contratados 2 mil novos funcionários. Em decorrência de incentivos
para demissão e também de aposentadorias, há carência de pessoal hoje.
A empresa é reconhecida, é uma empresa de nome e precisa corresponder
aos programas do Governo e à sociedade como um todo como uma das maiores
instituições financeiras do mundo, não só do Brasil.
Em Santa Catarina, por exemplo, ocorreram mobilizações nas agências de
Tubarão, Capivari de Baixo, Orleans, Jaguaruna, Lauro Müller, São José, entre
outros Municípios. A Caixa realizou um programa de demissões incentivadas, como
eu disse, e precisa contratar novos funcionários.
Nobres colegas, os funcionários alegam que há sobrecarga de trabalho, que o
remanejamento proposto pela Presidente não será suficiente para suprir a carência
de trabalhadores e que o não cumprimento do acordo da convenção sobrecarregará
ainda mais os colegas. Mas eles esperam que, até dezembro deste ano, sejam
feitas contratações ou concurso público, porque, na verdade, precisam desses
funcionários.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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No fim de 2014, a Caixa Econômica tinha 101 mil empregados. Após o
programa de desligamento, houve retração desse número para 97.975 bancários, e
não foram convocados outros em quantidade suficiente para suprir a ausência dos
que saíram.
O movimento enunciado foi realizado em quase todo o País e busca novas
contratações, para melhorar o trabalho e atender à população com rapidez e
qualidade, característica do corpo funcional e da própria empresa.
Por isso, faço um apelo à Presidente da Caixa Econômica Federal, no sentido
de que receba as pessoas que estão no movimento, para que se encontre uma
saída para o problema, conversando, dialogando e suprindo as necessidades.
A Caixa Econômica Federal, sem sombra de dúvida, é uma instituição que
tem credibilidade, que tem quase 2 décadas de história e, por isso, merece a nossa
consideração.
Sr. Presidente, gostaria que fosse dada ampla divulgação a este
pronunciamento.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - O pronunciamento de V.Exa.
será divulgado em todos os órgãos de comunicação da Casa.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ilustres cidadãos do meu Estado,
Santa Catarina, e do meu Brasil, na qualidade de Deputado Federal pelo sexto
mandato consecutivo e Relator-Geral do Sistema Financeiro Nacional, como colega
e ex-gerente da Caixa Econômica Federal, venho a esta tribuna para falar sobre a
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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mobilização feita pelos bancários para contratação pela Caixa de mais funcionários,
conforme acordado em convenção coletiva com os sindicatos, em especial os de
Santa Catarina, que, obviamente, conheço mais que os demais Estados.
Em Santa Catarina, ocorreram mobilizações nas agências de Tubarão,
Capivari de Baixo, Orleans, Jaguaruna, Lauro Müller e São Ludgero, entre outros.
A Caixa realizou um programa de demissão incentivada, e saíram 4 mil
funcionários em todo o País. Foi acordado em convenção que 2 mil funcionários
seriam contratados, mas a Presidente da Caixa, Miriam Belchior, já anunciou que
não haverá mais contratação de funcionários. Disse que haverá apenas um
remanejamento, que, a nosso ver, poderia haver na maioria das agências.
Nobres colegas, na manifestação, os funcionários alegam que há sobrecarga
de trabalho e que o remanejamento proposto pela Presidente não será suficiente
para suprir a carência de trabalhadores. O não cumprimento do acordo feito na
convenção sobrecarregará ainda mais os colegas. Mas eles esperam que até
dezembro deste ano sejam feitas essas contratações.
O que se percebe, nobres Parlamentares, é que hoje as agências estão
quase sempre lotadas. A falta de empregados é uma realidade na maioria das
unidades da Caixa. Os trabalhadores reclamam da sobrecarga de trabalho, que
provocam doenças, além de prejudicar o atendimento ao público. Portanto há
necessidade de novas contratações, e urgentemente.
No fim de 2014, a Caixa tinha 101 mil empregados. Após o programa de
desligamento, houve retração para 97.975 bancários, e não foram convocados
novos trabalhadores em número suficiente para suprir a falta dos que saíram.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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O movimento enunciado foi realizado em quase todo o País e busca novas
contrações para melhorar o trabalho e o serviço prestado à população, com
atendimentos mais rápidos, direcionados, atendimentos de qualidade, característica
da Caixa nos seus quase 2 séculos de existência.
Solicito bom senso à Presidente e aos demais membros da Direção da Caixa,
objetivando atender à solicitação acima citada, um compromisso da empresa e
desejo daqueles que são os maiores colaboradores com o funcionamento dessa
conceituada instituição financeira.
Um abraço a todos os meus amigos bancários, classe que muito me orgulha.
Solicito ampla divulgação deste pronunciamento nos veículos de
comunicação desta Casa e também no programa A Voz do Brasil pela importância
deste assunto.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigado.
Durante o discurso do Sr. Edinho Bez, assumem
sucessivamente a Presidência os Srs. Pr. Marco
Feliciano, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento
Interno, e Gilberto Nascimento, 2º Suplente de Secretário.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Concedo a palavra ao nobre
Deputado Valadares Filho.
O SR. VALADARES FILHO (PSB-SE. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, faço o registro, na manhã de hoje, dos dados
alarmantes sobre o desemprego com que o nosso País vem sofrendo.
Ontem a indústria nacional divulgou um número significativo de desemprego,
um dos maiores dos últimos 10 anos. Hoje o IBGE faz o registro do desemprego de
7,5%, o maior desde junho de 2009.
Esta Casa vem aprovando e discutindo o ajuste fiscal, mas não temos boas
notícias para o povo brasileiro, para as famílias brasileiras. Nós precisamos, Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, convidar Ministros para debater essa grande
crise de forma mais profunda, porque, infelizmente, o Congresso Nacional faz a sua
parte, faz a discussão, mas as notícias da economia brasileira são cada vez piores,
e os dados são cada vez mais assustadores. Quem sofre com isso é o povo
brasileiro, são as famílias mais carentes, que veem uma recessão cada vez mais
forte chegando ao nosso País.
Então, Sr. Presidente, eu quero registrar esses dados. No mês de junho deste
ano, segundo os dados sobre o desemprego, 111 mil postos de trabalho foram
desativados em nosso País, e, durante todo este ano, cerca de 365 mil. Esses
dados são extremamente significativos e preocupam a todos nós.
Vamos convidar Ministros para fazer esse debate mais profundo. Fizemos a
nossa parte em relação ao ajuste fiscal, mas precisamos ter melhores notícias para
o povo brasileiro.
Muito obrigado.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - O.k., Deputado Valadares Filho.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, já ultrapassamos a metade do
primeiro ano desta Legislatura sem uma sinalização clara sobre os rumos que
devemos tomar para tranquilizar as famílias, sem recuperar a confiança do setor
empresarial e sem restabelecer as condições para a tão esperada retomada do
crescimento econômico.
Ao contrário, estamos convivendo, cada vez mais, com más notícias. O
noticiário de ontem trouxe os dados mais recentes coletados pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística — IBGE relativos ao emprego, e o resultado é
assombroso.
Pela sexta vez consecutiva, o IBGE registrou resultado negativo no número
de empregados na indústria nacional. O emprego na indústria caiu 1% no mês de
junho em relação a maio, e esse número percentual, aparentemente pequeno,
corresponde a uma série de tragédias.
O mercado de trabalho, em junho deste ano, fechou 111 mil postos de
trabalho. São 111 mil histórias de tristeza, de frustração, às vezes de desespero.
Muitas famílias, como se sabe, vivem em função de uma única renda, de um único
salário, que paga as despesas do supermercado, da prestação da casa própria e
ainda financia o sonho do curso superior de um ou mais filhos.
Tenho manifestado a minha preocupação com esse problema que tenho visto
crescer dramaticamente em todas as cidades que percorro em meu Estado, Sergipe,
a começar pela nossa Capital, Aracaju.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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Nas cidades interioranas, a preocupação de meses atrás dá lugar à
ansiedade e ao desânimo. Prefeitos, vereadores, líderes comunitários, comerciantes
e demais pequenos empresários, como também os amigos e as pessoas com quem
converso querem, e esperam, um sinal, ou uma palavra que lhes devolva a
esperança. Mas as informações que recebemos na Capital da República, desde o
início dos trabalhas legislativos deste ano, não nos permitem levar boas notícias
para os nossos conterrâneos.
Ontem mesmo, além dos dados que revelam crescimento do desemprego na
indústria e em praticamente todos os setores da nossa economia, fomos informados
de que o Banco Central do Brasil anunciou uma queda da atividade econômica
acima dos 3% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo
período do ano passado.
Também ontem a Secretaria da Receita Federal divulgou os dados da
arrecadação de impostos do mês de julho. Foi a terceira queda consecutiva. Pela
terceira vez entra menos dinheiro nos cofres públicos.
Essas notícias explicam o desemprego de junho, que teve o pior resultado
para o mês em 23 anos. Em maio foram fechados 115 mil postos de emprego
formal, que é o emprego com carteira assinada. Foi também o pior resultado para
um mês de maio em 23 anos. E o total do desemprego deste ano, de janeiro a
junho, já ultrapassa 345 mil postos de emprego perdidos.
Sr. Presidente, esta Casa não pode tomar conhecimento desses números
como se estivesse lidando com objetos ou mercadorias. Cada um desses empregos
perdidos instala um drama familiar.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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Desde o início deste ano só se fala em ajuste fiscal e aumento de impostos.
Mais IPI para carros, mais IOF nas operações de crédito, mais tributação na gasolina
e no óleo diesel, mais impostos sobre cosméticos, bebidas e produtos importados.
Os jornais Valor Econômico e Correio Braziliense, ontem, informaram que o
Governo prepara mais um pacote com mais impostos. Para que tanto imposto, se
não há crescimento econômico? Para que tanto imposto, se as empresas estão
quebrando e aquelas que sobrevivem não conseguem ou têm medo de investir?
Para que aumentar impostos, se a arrecadação está caindo, e as empresas,
demitindo?
Eu estou preocupado, meus colegas de partido estão preocupados, meus
conterrâneos sergipanos estão preocupados. Eu acredito que, se não todos, ao
menos a grande maioria das Deputadas e Deputados estão preocupados com o
desemprego, que é o resultado mais perverso da recessão econômica que estamos
vivendo.
Creio que precisamos de mais discussão, precisamos chamar os Ministros a
esta Casa para falarem não mais sobre o ajuste fiscal, mas sim para apresentarem
soluções para estancar a recessão que aí está, que já sufoca os brasileiros com
impostos e penalizam as famílias com o desemprego.
Muito obrigado.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Concedo a palavra pela ordem
ao Deputado Valmir Assunção, do PT da Bahia.
O SR. VALMIR ASSUNÇÃO (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho fazer um registro de algo muito
importante hoje sobre as greves que estão acontecendo no País. Uma delas é a dos
servidores do INSS, o que é uma preocupação muito grande, porque esses
trabalhadores atendem justamente à população mais pobre que existe neste Brasil.
É preciso que o Ministério da Previdência Social, juntamente com o Ministério
do Planejamento, tome uma atitude para resolver essa questão da greve. É
inaceitável também o INSS cortar o ponto, o salário dos servidores, no período da
greve. É preciso que se encontre uma alternativa, uma forma para resolver essa
questão, porque isso está prejudicando boa parte da nossa população.
A outra greve é a das universidades federais do País. Essa greve vem
durando um bom tempo, e isso impacta justamente o ano letivo. A preocupação é
muito grande, pois os alunos estão aguardando o retorno das atividades de
universidades federais.
É preciso que o Governo se preocupe com isso. Mesmo todos nós sabendo
que estamos vivendo um período de crise econômica e política — isso é verdade —,
eu acredito que temos condições suficientes para retomar esse diálogo, esse
debate, junto a todos esses setores, para o País continuar crescendo,
desenvolvendo-se, e para as políticas públicas continuarem a chegar às pessoas, à
população brasileira.
É preciso que o Ministério da Educação e o Ministério do Planejamento,
através do diálogo, debatam muito sobre as universidades federais, para que se
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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resolva essa questão e para que os alunos não sejam prejudicados com isso. Essa é
uma preocupação que eu tenho, Sr. Presidente.
Concluo saudando todas aquelas e todos aqueles que vão às ruas hoje para
exercer o seu direito legítimo de reivindicar os seus direitos. É fundamental
apresentar suas pautas e suas demandas. Ao mesmo tempo, deve-se defender um
Governo legítimo, que ganhou as eleições.
Há setores da sociedade que não aceitaram perder as eleições e querem
reverter a situação. Mas as próximas eleições serão em 2018. Não tem jeito,
aquelas e aqueles que não estão contentes com o processo eleitoral terão que
aguardar as eleições de 2018.
Nós vamos continuar governando o Brasil para as pessoas que mais
precisam. Essa é uma convicção. Ao longo desses 13 anos, foram implementadas
muitas políticas públicas, muitas políticas de inclusão, com muito desenvolvimento. E
é em nome disso que vamos continuar governando o Brasil.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Concedo a palavra ao Deputado
Cesar Souza, de Santa Catarina.
O SR. CESAR SOUZA (PSD-SC. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
nobres Srs. Deputados, nós estamos hoje trazendo uma notícia boa, diante de tanto
tiroteio nesta Casa, sobre um evento que aconteceu no último dia 5 de agosto, em
Santa Catarina, mais precisamente, em Florianópolis: a reinauguração do Mercado
Público Municipal.
O Mercado foi construído em 1899 e é considerado um dos espaços mais
democráticos da Ilha de Santa Catarina. Ele reúne, em um só lugar, artistas,
políticos, empresários e gente do povo. Havia a necessidade de reforma há mais de
50 anos, bem como de licitação dos boxes. Isso só aconteceu agora.
Em 2013, o Mercado Público Municipal foi fechado para as obras de
revitalização. Devido aos constantes incêndios que ocorriam, nessa reforma, foi
trocada toda a instalação elétrica. Agora, com gás encanado e instalação hidráulica,
o mercado foi entregue à população de Florianópolis totalmente modernizado no
setor de segurança, acessibilidade, higiene e sustentabilidade. Também foi, pela
primeira vez, determinado o habite-se a todos os 112 boxes, que estão agora
devidamente legalizados, inclusive com alvará sanitário e inspeção dos Bombeiros,
tudo dentro das normas da NBR 9050. Então, o Mercado, que antigamente tinha
apenas dez segmentos comerciais, passou a ter 53.
Nós gostaríamos de cumprimentar aqui o Prefeito de Florianópolis, que
conseguiu fazer esse investimento de 15 milhões de reais para reforma do Mercado
sem um centavo de dinheiro público — o dinheiro foi conseguido apenas com a
venda dos espaços.
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Queremos cumprimentar o Secretário de Administração, Gustavo Miroski, o
Prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Júnior, e toda a sua equipe de secretariado,
que entregou esse belo presente à população da Ilha de Santa Catarina. É mais um
espaço que a comunidade realmente está aproveitando. O Mercado está lotado,
principalmente aos sábados pela manhã, e realmente virou o grande cartão postal
de Florianópolis e da Ilha de Santa Catarina.
Parabéns à Prefeitura Municipal de Florianópolis por esse presente à cidade!
Muito obrigado, Sr. Presidente.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna hoje para falar
sobre o Mercado Público Municipal de Florianópolis.
Construído no ano de 1899, o Mercado Municipal é considerado um dos
espaços mais democráticos da Ilha de Santa Catarina: reúne em um só lugar
artistas, políticos, empresários e gente do povo, sem distinções.
O Mercado já passou por diversas reformas, principalmente após incêndios
ocorridos, primeiro, em 1988, ocasionado por um vazamento de gás, e, depois, em
2005, quando uma fritadeira elétrica deu início à queima de toda a ala norte da
edificação.
Em 2013, o Mercado Público Municipal foi fechado para obras de
revitalização. Devido aos constantes incêndios que ocorriam, essa reforma contou
com a troca de toda a instalação elétrica. Agora o Mercado terá gás encanado e
instalação hidráulica.
O Mercado foi totalmente modernizado com itens de segurança,
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acessibilidade, higiene e sustentabilidade, adquiriu o habite-se, e todos os 112
boxes estão devidamente legalizados com alvarás, sanitários, inspeções do Corpo
de Bombeiros, tudo de acordo com as normas da NBR 9050, ou seja, acessível e
sem obstáculos para deficientes físicos e visuais, além de possuir agora uma maior
variedade de produtos para os clientes — o Mercado passou de 10 para 53
segmentos comerciais. E uma licitação foi realizada para ocupação dos 112 boxes
comerciais, cujos contratos estavam vencidos há mais de 10 anos.
Semana passada, estive na reinauguração do Mercado Público da minha
querida Florianópolis. Foi a maior reforma por que já passou o Mercado.
Florianópolis esperava por esse momento há muitos anos e, agora, recebe o
prédio e os espaços adjacentes ao Mercado Público revitalizados. Aquele não é
apenas um local onde é vendida uma infinidade de produtos, a exemplo do que
acontece nas feiras e no comércio em geral de várias cidades. Estamos falando de
um lugar histórico, prazeroso, cheio de charme e onde as pessoas se encontram e
interagem. É o coração de Florianópolis que agora pulsará mais forte, pois está
totalmente revitalizado.
Junto à obra, ocorreu um momento muito marcante para mim e para a minha
família: na ala sul do Mercado foi reinstalado o tradicional relógio, símbolo de beleza
e história para os florianopolitanos. Esse monumental relógio foi doado para a
Prefeitura em 1975 por uma empresa inglesa que explorava os serviços de cabo
submarino. No entanto, com o passar dos anos, a relíquia ficou parada por muito
tempo por problemas técnicos. Meu saudoso pai, Antonio de Souza, que era
relojoeiro, dedicou-se à restauração do belíssimo relógio e o devolveu à Prefeitura.
Agora, Sr. Presidente, o antigo, mas restaurado relógio de mais de 50 anos
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está funcionando e exposto em um local de destaque no Mercado Público,
esbanjando elegância e precisão.
Eu não poderia deixar de registrar, ainda, a atuação do Prefeito Cesar Souza
Júnior, por ter promovido a restauração e a reinauguração do nosso Mercado
Público. Graças a sua decisão, milhares de pessoas poderão desfrutar de uma área
maravilhosa, moderna, segura e que marca a exuberância da nossa cidade.
Faço um convite a todos aqueles que um dia forem visitar pela primeira vez
ou retornarem a Florianópolis para que não se esqueçam de dar uma passadinha
em um dos nossos mais interessantes e calorosos cartões postais: o Mercado
Público Municipal.
Sr. Presidente, eu gostaria que meu pronunciamento fosse divulgado no
programa A Voz do Brasil e nos órgão de comunicação da Casa.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigado.
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O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Concedo a palavra ao Deputado
Pr. Marco Feliciano, do PSC de São Paulo.
Enquanto o Deputado Pr. Marco Feliciano se dirige à tribuna, tem a palavra o
Deputado Zeca do PT.
O SR. ZECA DO PT (PT-MS. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, quero
fazer rapidamente um registro. Na segunda-feira última, nós realizamos, em Campo
Grande, um grande seminário sobre os impactos do agrotóxico na saúde, no
trabalho e no meio ambiente, com a presença de pesquisadores da FIOCRUZ —
Fundação Oswaldo Cruz, do Instituto Nacional de Câncer — INCA, das
universidades de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul e de membros do Ministério
Público Federal.
É impressionante, Sr. Presidente, a relação que há entre o aumento da
utilização do agrotóxico na lavoura brasileira e a incidência do câncer no povo
brasileiro. Portanto, quero fazer esse registro. Foi um seminário de alta envergadura,
realizado na Assembleia Legislativa, com aproximadamente 300 pessoas de todos
os segmentos.
Feito o registro, peço a V.Exa. que o meu pronunciamento seja dado como
lido e publicado nos meios de comunicação da Casa, particularmente no programa A
Voz do Brasil.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Deputado, aceito o pedido de
V.Exa., daremos como lido o seu pronunciamento e iremos divulgá-lo nos órgãos de
comunicação da Casa.
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PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na última segunda-feira, dia 17,
realizamos em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, o seminário Os impactos dos
agrotóxicos na sociedade, aprovado pela Comissão de Agricultura desta Casa, para
tratar de alguns assuntos que muito nos preocupam: a qualidade dos alimentos que
chegam às nossas mesas e como a rotina de produção desses alimentos afetam a
saúde dos trabalhadores, trabalhadoras e o meio ambiente.
O evento contou com a participação de mais de 300 pessoas, que
acompanharam as palestras, que nos trouxeram a assustadora realidade no campo.
Segundo o pesquisador da FIOCRUZ — Fundação Oswaldo Cruz, Luis
Claudio Meirelles, dados da ANVISA — Agência Nacional de Vigilância Sanitária
mostram que 75% dos alimentos têm resíduos de agrotóxicos, que, consumidos em
longos períodos, podem desencadear diversas doenças e até o câncer.
Outra situação observada pela Dra. Márcia Scarpa, do INCA — Instituto
Nacional de Câncer, é o uso de venenos banidos do mercado internacional e ainda
utilizados no Brasil, autorizados pelo nosso Governo ou contrabandeados de outros
países. Um dos exemplos citados pela pesquisadora foi o glifosato, utilizado no
plantio da soja transgênica. Esse agrotóxico já foi associado ao surgimento de
câncer pela Organização Mundial da Saúde — OMS, mas é o mais consumido no
Brasil.
Outro dado preocupante é que os afluentes que alimentam o nosso Rio
Paraguai têm suas nascentes dentro de áreas de grandes monoculturas de soja,
milho, algodão e cana-de-açúcar. Segundo o Prof. Dr. Wanderlei Pignati, da
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Universidade Federal de Mato Grosso — UFMT, os afluentes já demonstram certa
contaminação, devido ao uso indiscriminado de agrotóxicos nessas regiões.
Por isso, precisamos diminuir o consumo dos agrotáxicos, que, sabemos, a
médio e longo prazo fazem um grande mal à saúde da nossa população.
Necessitamos arranjar alternativas, diminuir os subsídios para produção e
importação desses venenos e ampliar os incentivos à agroecologia orgânica, fazer
com que as vigilâncias municipais tenham controle sobre a saúde dos trabalhadores
e da população e dos alimentos que são expostos aos agrotóxicos.
Iremos continuar esse trabalho de divulgação dessas pesquisas que alertam
sobre o uso irregular dos agrotóxicos e os seus malefícios. Devido ao sucesso desse
evento, já estamos propondo um próximo seminário, na cidade de Dourados, Mato
Grosso do Sul, um dos principais polos do agronegócio no Estado.
Como encaminhamos tirados desse primeiro seminário, está em discussão —
que iremos começar aqui, na Câmara Federal, da desapropriação de propriedades
rurais em uso irregular de agrotáxicos para fins da reforma agrária — a criação de
uma frente parlamentar federal e estadual para debater o assunto, além de medidas
que serão encaminhadas em âmbito estadual.
Gostaria de deixar registrado como lido este pronunciamento e pedir que o
mesmo seja veiculado em A Voz do Brasil.
Muito obrigado pela atenção.
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O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Com a palavra o Deputado Pr.
Marco Feliciano, do PSC de São Paulo.
O SR. PR. MARCO FELICIANO (Bloco/PSC-SP. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, antes de iniciar, eu gostaria de pedir que fosse amplamente
divulgado este meu pequeno pronunciamento em todos os veículos de comunicação
da Casa e também no programa A Voz do Brasil.
Sr. Presidente, Deputado Gilberto Nascimento, Sras. e Srs. Deputados
presentes, todas as pessoas que nos veem pelo Brasil, eu enviei à Presidência
desta Casa o Requerimento de Informação nº 876, de 2015, que tem a seguinte
ementa:
“Solicita informações ao Sr. Ministro das Relações
Exteriores a respeito das providências administrativas
tomadas para que se solucione a questão da exclusão da
palavra ‘Israel’ dos passaportes de filhos de imigrantes
brasileiros nascidos em Jerusalém.”
Sr. Presidente, eu fico pasmo e completamente sem saber o que fazer em
uma situação como essa, quando recebo informações e denúncias de brasileiros
que moram em Israel, entre eles os mais de 15 mil brasileiros que estão fixos
naquela terra, que hoje não sabem, quando seus filhos nascem, qual é a
nacionalidade deles — sabem apenas a naturalidade; eles nascem em Jerusalém.
Foi baixada uma ordem na Embaixada brasileira para que os passaportes de
filhos de brasileiros nascidos em Jerusalém não tenham mais a nacionalidade.
A pergunta que fica, Sr. Presidente, é a seguinte: como é que isso
aconteceu? Por que isso aconteceu só agora? Será que o Brasil se esquece do seu
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relacionamento com essa terra sagrada, a terra de Israel? Será que nós temos
memória tão curta, para nos esquecermos de que, em 17 de maio de 1948, o grande
estadista Oswaldo Aranha, brasileiro, deu lá o seu voto de Minerva para a
constituição do Estado de Israel? Será que nós vamos esquecer aqui que o
Ocidente todo deve àquela terra boa parte da sua base moral, que advém da moral
judaico-cristã?
Fico aqui me perguntando por que nós, brasileiros, em uma democracia — e
aqui o nosso Governo aplaude tanto e busca tanto esses espaços democráticos —,
atacamos frontalmente a única e maior democracia que há no Oriente Médio, que é
Israel.
Deixo aqui a minha consternação. Faço um pedido a esta Mesa no sentido de
que o meu requerimento seja encaminhado. E que venha uma resposta imediata do
Ministério das Relações Exteriores.
Sr. Presidente, para terminar, deixo aqui a palavra de uma mãe que li na
Internet, uma mãe brasileira que mora em Jerusalém: “Quero saber por que não
consta que meu filho de 2 anos, que nasceu do lado ocidental de Jerusalém, é
israelense. Ele não tem nacionalidade?”
Seria o Itamaraty antissemita, Sr. Presidente? Aqui ficam a minha
consternação e o meu pedido.
Muito obrigado.
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O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Antes de conceder a palavra ao
Deputado Major Olimpio, fará uso da palavra o Sr. Deputado Misael Varella. Logo
depois, pela Liderança da Minoria, falará o Deputado Felipe Maia.
O SR. MISAEL VARELLA (DEM-MG. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Câmara acabou de dar um importante passo
ao aprovar, por 320 votos a 152, a proposta de emenda à Constituição que reduz a
maioridade penal de 18 anos para 16 anos nos casos de crime hediondo, homicídio
doloso e lesão corporal seguida de morte. A proposta seguirá para o Senado, onde
deverá ser votada igualmente em dois turnos para ser aprovada.
Sr. Presidente, peço que o meu discurso seja dado como lido, bem como
divulgado no programa A Voz do Brasil e nos meios de comunicação da Casa.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Deputado Misael Varella, o
pedido de V.Exa. está aceito. Vamos fazer a devida divulgação do seu
pronunciamento em todos os órgãos de comunicação da Casa, assim como do
pronunciamento do Deputado Marco Feliciano.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Câmara acabou de dar importante
passo ao aprovar, por 320 votos a 152, a Proposta de Emenda à Constituição nº
171, de 1993, que reduz a maioridade penal de 18 anos para 16 anos nos casos de
crime hediondo, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. A proposta
seguirá agora para o Senado, onde deverá ser votada igualmente em dois turnos
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para ser aprovada. Se for alterada, a proposta voltará para a Câmara. O texto já se
encontrava na Casa há 22 anos.
A demora foi grande, mas a Casa ouviu finalmente a voz das ruas. Nove em
cada dez brasileiros apoiam a maioridade penal aos 16 anos, segundo pesquisa
Datafolha, divulgada no jornal Folha de S.Paulo. Segundo levantamento realizado
em junho, 87% dos consultados são favoráveis à redução de 18 anos para 16 anos.
A opinião dos brasileiros é a mesma de abril, quando foi feita outra pesquisa sobre o
tema.
O Datafolha aponta apenas 11% contrários à mudança; 1% indiferente, e 1%
não soube responder. Segundo a pesquisa, 73% defendem que a mudança ocorra
para qualquer tipo de crime, o que seria mais lógico e eficaz.
No Nordeste, 89% são a favor da redução da maioridade penal. No Sudeste e
Norte do País, 86% defendem a maioridade aos 16 anos. No Sul, 85% têm essa
opinião, enquanto no Centro-Oeste o percentual é de 84%. Entre os entrevistados
com renda familiar mensal de até cinco salários mínimos, 88% são a favor da
redução. O percentual cai para 81% entre aqueles com renda superior a dez salários
mínimos.
Há quem diga que a redução não será eficaz no combate à criminalidade.
Essa é mais uma dos milhares de mentiras que a esquerda vem contando há anos!
Mas a máscara já caiu, e lugar de bandido é na cadeia. Bandido menor de 18 não é
criancinha inocente, não! Ele mata, estupra, rouba qualquer um sem dó, remorso ou
piedade. A sociedade exige punição.
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De fato, a população carcerária no Brasil vem aumentando, mas quem está
preso é o cidadão de bem que vive com medo da violência, enquanto os bandidos
estão soltos, apavorando a população e cometendo crimes.
Sr. Presidente, queremos que o Senado aprove logo a redução da maioridade
penal em duas votações. O nosso povo ordeiro e trabalhador espera uma resposta
rápida do Congresso Nacional para acabar logo com essa impunidade criminosa.
Tenho dito.
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O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) - Com a palavra o Deputado
Major Olimpio.
Deputado Felipe Maia, logo depois, pela Liderança da Minoria, terá V.Exa. a
palavra.
O SR. MAJOR OLIMPIO (PDT-SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados, aqueles que nos acompanham, ontem a Câmara dos
Deputados fez o seu papel de representante do povo brasileiro aprovando a redução
da maioridade penal, que segue agora para o Senado. Temos a expectativa de que
o Senado também cumpra o seu papel pela decência e pela segurança do povo
brasileiro.
Mas, Sr. Presidente, eu quero manifestar mais uma vez o meu inconformismo,
primeiro com a falta de postura do Governo do Estado de São Paulo em relação ao
enfrentamento da segurança e da criminalidade. Mais de 60 policiais já foram
executados este ano! Tivemos uma chacina em Osasco e, de forma politiqueira, o
Governo anuncia a recompensa de 50 mil reais por informação. E desde o advento
do pagamento de recompensa no Estado de São Paulo, nunca o Governo Estadual
ofereceu qualquer centavo de recompensa para o esclarecimento da morte de
policiais! Dois pesos e duas medidas. Vexatório!
Com relação à chacina de Osasco, quero manifestar também o meu
inconformismo com alguns “ólogos” e “istas”, especialistas e policiólogos, que muitas
vezes são comentaristas na mídia ou emitem opiniões: “Foram policiais militares,
porque empunhavam arma na posição isósceles, empunhavam arma na posição sul,
fatiamento no local de ingresso”. É claro que é policial! Pelo amor de Deus!
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Só a PM de São Paulo tem mais de 100 mil homens. Eu treinei e fui treinado.
Treinei milhares de policiais em técnica de enfrentamento com armas. Muitos desses
“ólogos” e desses “istas” também são policiais, são suspeitos pela chacina, pela
forma de se empunhar uma arma, mascarados. Pode até ter policial envolvido, mas
não é admissível que se diga exatamente: “Foram policiais militares, foi a Polícia
Militar, foi a Guarda Municipal, foram integrantes das Forças Armadas”. Parem!
Tudo, menos o ridículo. Vamos esclarecer, vamos identificar a autoria e vamos
colocar nos tribunais para punição, mas não venham com meias verdades, com
achismos, com imbecilidades.
O SR. PRESIDENTE (Missionário José Olimpio) - Peço que conclua,
Deputado.
O SR. MAJOR OLIMPIO - Vou concluir, Sr. Presidente.
Não venham com achismos, com imbecilidades, que, simplesmente, podem
colocar uma interrogação sobre a força de proteção do Estado, que é a Polícia.
Durante o discurso do Sr. Major Olimpio, o Sr.
Gilberto Nascimento, 2º Suplente de Secretário, deixa a
cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr.
Missionário José Olimpio, nos termos do § 2º do art. 18 do
Regimento Interno.
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O SR. PRESIDENTE (Missionário José Olimpio) - Dando sequência, concedo
a palavra ao nobre Deputado Givaldo Vieira, do PT do Espírito Santo.
O SR. GIVALDO VIEIRA (PT-ES. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados, eu integro, como Relator, a Comissão Especial da Crise
Hídrica no Brasil, criada nesta Casa a partir de um requerimento de minha autoria.
Hoje, gostaria de fazer um alerta em função de notícias desta semana.
O Estado de São Paulo declarou como de situação crítica a Bacia do Alto
Tietê. É a primeira vez que isso é feito em São Paulo, para demonstrar a gravidade
do que está por ter sequência no Brasil, já que a crise hídrica nos assolou em 2013
e 2014.
Ao mesmo tempo, a Agência Nacional de Águas — ANA, nesta semana,
também muda a situação da Bacia do Rio Camanducaia, que passa por Minas
Gerais e São Paulo, do estado de alerta para o estado de restrição. Isso vai atingir
fortemente também os Municípios de São Paulo.
Isso vem nos mostrar, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, que os efeitos
da crise hídrica que assolou o Brasil em 2014 foram diminuídos pelo tempo de
chuvas deste ano, mas elas foram insuficientes para recompor os nossos
reservatórios e o volume dos nossos rios. Essa crise hídrica estará presente, de
forma mais grave, mais aguda, ainda neste ano, infelizmente, no período de fim de
ano e no início de 2016. Se algo extraordinário não acontecer no clima em relação
às chuvas, o que não está previsto, a nossa população vai sofrer gravemente,
especialmente a população do Sudeste, dos Estados de São Paulo, de Minas
Gerais, do Rio de Janeiro, do Espírito Santo, meu Estado, e dos Estados do
Nordeste.
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Como já antecipou aqui um Deputado, antes da minha fala, em relação à
situação vivida no interior do Estado da Paraíba, a população vive lutando por
acesso à água, em função das baixas disponibilidades dos reservatórios.
Precisamos mobilizar todo o Brasil para este tema. Ações emergenciais têm
que ser tomadas, como essa do controle e do uso do consumo de água. Mas ações
a médio e a longo prazos precisam ser feitas a partir de agora, como a construção
de novos reservatórios, o apoio à agricultura para que o agricultor tenha acesso,
através de crédito, a mecanismos mais modernos que não desperdicem tanta água,
para fazer a irrigação da agricultura; um programa amplo de pagamento por serviços
ambientais para que a proteção de nascentes, a recomposição de matas ciliares e a
proteção das margens de rios e mananciais sejam feitas com uma contrapartida
paga pelo povo, ou seja, por aqueles que se beneficiam dessa água.
Então, Sr. Presidente, saliento as novidades que nos alertam nesta semana e
conclamo a Casa para continuar atenta a esta questão.
Muito obrigado.
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O SR. PRESIDENTE (Missionário José Olimpio) - Pela Liderança da Minoria,
terá a palavra o Sr. Deputado Felipe Maia.
Antes de o Deputado ir à tribuna, vou conceder 1 minuto ao Deputado Pastor
Franklin, de Minas Gerais.
O SR. PASTOR FRANKLIN (Bloco/PTdoB-MG. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, eu quero parabenizar esta Casa pela votação na sessão ontem que
possibilitará uma reorganização no País em relação à redução da maioridade penal.
Todo brasileiro, todo ser humano de boa consciência, sabe que aos 16 anos existe
capacidade mental completa para fazer a distinção entre o bem e o mal. Quem
planta o mal colhe o mal. Quem planta o bem colhe o bem.
Eu parabenizo esta Casa, parabenizo os Deputados. Vamos continuar lutando
para que o Senado acompanhe esta Casa nesse processo.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
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O SR. PRESIDENTE (Missionário José Olimpio) - Concedo a palavra ao Sr.
Deputado Felipe Maia, para uma Comunicação de Liderança, pela Minoria.
O SR. FELIPE MAIA (DEM-RN. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, colegas Deputados, senhoras e senhoras que nos assistem e nos
ouvem por meio dos diversos meios de comunicação da Casa, inicialmente quero
pedir a repercussão do conteúdo da minha fala nos veículos de divulgação da
Câmara dos Deputados, bem como no programa A Voz do Brasil.
Os dados que vou trazer aqui não são palavras. Nós aqui ouvimos e
assistimos alguns que ainda conseguem defender o Governo, que tiram do fundo da
alma alguma motivação para defender um governo que quebrou o País e deixou as
áreas mais importantes do nosso Brasil sem investimentos, e que ficam aqui
propagando que o Governo do PT tirou milhares de famílias da pobreza, que
melhorou a qualidade de vida de milhares de pessoas.
Pois vamos então aos fatos, aos investimentos, aos números; vamos falar da
verdade e da realidade dos fatos.
Nos 7 primeiros meses, o Governo da Presidente Dilma e o Governo do PT
não executaram nenhum centavo das 17 ações nas áreas de segurança pública,
saúde e educação. Essas ações estão previstas em quatro Ministérios essenciais
para a área social, os Ministérios da Saúde, da Educação, da Justiça e do
Desenvolvimento Social. A verba das ações totaliza 1 bilhão de reais, porém segue
zerada nas diversas iniciativas de interesse popular, tais como assistência à saúde
da população ribeirinha, educação infantil e construção de delegacias e
penitenciárias.
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A falta de gastos nessas ações contradiz o discurso do Ministro da Fazenda,
Joaquim Levy, que declarou, ao cortar quase 70 bilhões de reais, que todos os
setores do Governo seriam atingidos, exceto saúde, educação e desenvolvimento
social.
Há 3 semanas, o Ministro anunciou outro corte no Orçamento, mas, dessa
vez, de 8,6 bilhões nas chamadas despesas discricionárias, aquelas cuja execução
não é obrigatória. Os cortes atingiram as duas Pastas com maior orçamento: Saúde
e Educação. A primeira teve um bloqueio adicional de 1,7 bilhão e a segunda, de
1,16 bilhão.
Na educação, há três ações sem execução orçamentária. Uma delas, ao
desenvolvimento social, previa o repasse de 642 milhões de reais para a educação
básica, mas nenhum real até este momento foi executado.
Outros 67 milhões também não foram gastos. Este valor está destinado para
gastos com duas rubricas referentes à manutenção da educação infantil e à
promoção dos direitos humanos — e olhe que este Governo é chamado de pátria
educadora.
Com relação à saúde, cinco ações do Governo Federal para aperfeiçoar o
SUS, no valor de 38 milhões, também não tiveram recursos aplicados. As ações são
para a construção de unidades da vigilância sanitária em portos e aeroportos e para
a atenção à saúde das populações ribeirinhas.
Na área da segurança pública — há pouco tempo o Deputado Major Olimpio
falou sobre isso, e ontem nós aprovamos com uma larga maioria a redução da
maioridade penal —, a falta de execução afetou os presídios e as delegacias. Nove
ações totalizando 31 milhões estão sem aplicação de recursos. As ações estão sob
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a responsabilidade do Ministério da Fazenda e do Ministério da Justiça e fazem
parte do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania.
Os projetos vão de construção de delegacias a modernização de fronteiras e
sistema penitenciário. Ou seja, ao contrário do que o Governo diz, as políticas
públicas essenciais para a saúde, para a educação e para a segurança pública
estão sendo afetadas pelas medidas de ajuste fiscal, ocasionadas pela
incompetência da condução da política econômica deste Governo que aí está pelos
últimos 12 anos.
Mais uma vez, fica o alerta, Sr. Presidente: o Governo continua não cortando
gastos onde deveria cortar. Penaliza a população de baixa renda. Não cobra, não
investiga a corrupção, a sonegação, nem faz cortes no desperdício.
Vamos dar um enfoque maior na educação. A educação é o pilar fundamental
para o futuro de uma nação e está, na ironia deste Governo, no lema Pátria
Educadora. Só posso considerar, colegas Parlamentares, como uma ironia o
Governo do PT se chamar de pátria educadora.
Números revelam que boa parte das escolas de ensino básico, ou seja, do 1º
ao 9º ano, da pátria educadora da Presidente Dilma, ainda não conta com o básico.
Mais da metade das escolas, 53%, não possuem esgoto encanado. Quase um terço
das escolas não tem rede de água. Mais de um quarto, 26%, está sem coleta de lixo.
Somente 61% das escolas dispõem de acesso à Internet, apenas 36% das escolas
contam com biblioteca, 45% com laboratórios de informática e 11% possuem
laboratório de ciências. Menos de um quarto das escolas, 24%, possuem
acessibilidade e somente 32% possuem quadra de esportes. É o que revelam os
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dados contidos em todo o País, coletados pelo Censo Escolar 2014. Os dados que
apresento não são do meu partido nem meus, são do Censo Escolar 2014.
De 2010 a 2014, pouca coisa mudou em nosso País. O percentual de escolas
com esgoto encanado, por exemplo, passou de 42%, em 2010, para 47%, em 2014.
Já em relação à coleta de lixo, o percentual passou de 67%, em 2010, para 74%, em
2014. O percentual de escolas com bibliotecas avançou de modestos 33%, em
2010, para 36%, em 2014. Em 2010, apenas 35% das escolas contavam com
laboratórios de informática, percentual que atingiu apenas 45%, em 2014. A
acessibilidade também pouco avançou, passando de 14%, em 2010, para 24%, em
2014.
Ou seja, senhoras e senhores que nos assistem neste momento, o Governo
Dilma teve 4 anos para tentar mudar a realidade das escolas brasileiras. Isso, em
um momento em que não havia ajuste fiscal e cortes bilionários nos orçamentos da
educação.
Com o momento de crise e ajustes, esses avanços ainda serão maiores.
Foram bloqueados mais de 9 bilhões de reais da educação, com cortes adicionais,
como disse há pouco, de 1,16 bilhão de reais. Essa é a prática do Governo do PT e
da pátria educadora.
E nós ainda assistimos ontem aqui Deputados ligados à base contrária da
redução da maioridade penal defendendo investimentos na área da segurança. Pois
está aqui a realidade dos investimentos que os senhores e as senhoras defensores
deste Governo querem fazer e estão fazendo. São 12 anos de governo. Os jovens
que têm 16 anos ou 17 anos tinham 4 anos ou 5 anos de idade quando este
Governo assumiu o nosso País.
Para concluir, Sr. Presidente, se a segurança pública e a educação estão
falidas, a culpa tem um nome: chama-se Dilma Rousseff e o Governo do PT.
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O SR. PRESIDENTE (Missionário José Olimpio) - Com a palavra o Deputado
Silas Freire, do PR do Piauí. S.Exa. dispõe de 1 minuto.
O SR. SILAS FREIRE (PR-PI. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu
queria só parabenizar esta Casa pela votação de ontem. Foi uma esmagadora
vitória do que representa a vontade popular. O povo demonstrou nas ruas do Brasil
que deseja a redução da maioridade penal. O debate foi acirrado, mas prevaleceu a
vontade popular, porque esta Casa respeita a vontade do povo. Nós não estamos
festejando, em absoluto! Queríamos que esses jovens não estivessem no crime,
mas já que estão precisam pagar por ele.
Nós agora fazemos um apelo ao Senado Federal: que também escute as
vozes das ruas; que não tape os ouvidos para as vozes populares que querem, que
desejam a redução da maioridade penal. A Câmara fez a sua parte. Nós chutamos o
nosso balde. Agora esperamos pelo Senado Federal.
Muito obrigado.
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O SR. PRESIDENTE (Missionário José Olimpio) - Concedo a palavra ao
Deputado Silas Câmara, do PSD do Amazonas.
O SR. SILAS CÂMARA (PSD-AM. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
acabo de encerrar uma viagem pela Calha do Rio Purus, no meu Estado, o
Amazonas. Com esses Municípios, já estive em 50 Municípios do meu Estado, nos
últimos 20 dias.
É lamentável a situação em que se encontram os Municípios brasileiros. No
ano passado, havia uma redução no FPM, que era complementada pela receita do
ICMS, que, no Estado do Amazonas, estava indo muito bem, obrigado.
Agora, Sr. Presidente, temos o caos: queda no FPM, queda no ICMS. A
solução é a revisão do pacto federativo, que o Congresso já disse que vai fazer. E
eu aposto que vai fazer.
Sr. Presidente, peço a V.Exa. que seja divulgado no programa A Voz do Brasil
este meu pronunciamento.
O SR. PRESIDENTE (Missionário José Olimpio) - Será divulgado em todos os
meios de comunicação.
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O SR. PRESIDENTE (Missionário José Olimpio) - Pela sequência, concedo a
palavra ao Deputado Lucio Mosquini, de Rondônia. Tem S.Exa. 3 minutos.
O SR. LUCIO MOSQUINI (Bloco/PMDB-RO. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, o nosso País vive um momento muito
conturbado na economia.
Ocupo a tribuna desta Casa, nesta manhã, para falar para todo o Brasil da
prosperidade que está acontecendo no nosso Estado de Rondônia.
Nós somos um dos três Estados da Federação que está cumprindo a Lei da
Responsabilidade Fiscal. Estamos, em conjunto com o Estado do Mato Grosso do
Sul, Estado de São Paulo e Estado de Rondônia, cumprindo, assim, o que determina
a lei com relação à nossa folha de pagamento.
O Estado de Rondônia é hoje o sétimo produtor de carne bovina do País. Está
contribuindo significativamente com as exportações do Brasil na agricultura e na
pecuária. E o nosso Governador Confúcio Moura, do PMDB, tem inovado e buscado
soluções para que Rondônia não permaneça como os outros Estados da Federação.
Ele não tem atrasado o salário nem o pagamento aos fornecedores.
Nós estamos vivendo um momento muito importante, porque é na dificuldade
que conseguimos buscar soluções e conseguimos prosperar num momento tão
difícil.
O Governador Confúcio Moura determinou, por exemplo, Deputado Mauro,
que o peixe produzido em Rondônia deve ser utilizado na merenda escolar, na
alimentação dos presídios e na alimentação dos pacientes dos hospitais. É uma
maneira inovadora de beneficiar o produtor de peixe e de o Estado fomentar a nossa
economia. Não só isso, o Governador Confúcio Moura tem feito importante trabalho
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na área da habitação popular. Nós estamos construindo mais de 20 mil casas,
quando tínhamos uma meta de apenas 5 mil.
O Governador Confúcio Moura tem investido muito na regularização fundiária.
Tem resolvido, praticamente, o grande gargalo da economia rural do Estado de
Rondônia.
A Região Norte naturalmente não tem a regularização fundiária, e o
Governador Confúcio Moura tem feito isso com muita determinação.
De maneira que eu quero parabenizar o povo do meu Estado, os
Parlamentares, aqueles que lá trabalham, pela prosperidade que está acontecendo
em Rondônia e pela ousadia do Governador Confúcio Moura em sustentar, com
seriedade, a Lei de Responsabilidade Fiscal no Estado.
Meus parabéns a todo o povo de Rondônia e ao Governador do Estado!
Muito obrigado, Sr. Presidente.
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O SR. PRESIDENTE (Missionário José Olimpio) - Com a palavra o Deputado
Roberto Britto, do PP da Bahia, por 1 minuto.
O SR. ROBERTO BRITTO (Bloco/PP-BA. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, solicito a V.Exa. que considere lido e divulgue nos meios de
comunicação da Casa discurso em que elogio a Presidenta Dilma, por ontem ter
inaugurado a Escola Nacional de Gestão Agropecuária — ENAGRO, que pretende
capacitar todos os agentes públicos e aqueles que vivem da agropecuária, com o
objetivo maior de gerir melhor seus negócios na agropecuária.
Aproveito também para fazer outro registro, Sr. Presidente. Quero
parabenizar o Sr. Jerônimo Rodrigues, Secretário de Desenvolvimento Rural do
Estado da Bahia, por ter inaugurado ontem o Serviço Territorial de Apoio à
Agricultura Familiar — SETAF, no Município de Jequié, minha cidade natal.
O SETAF vai atender em torno de 10.500 famílias de todo o Território de
Identidade Médio Rio de Contas. Sua estrutura vai disponibilizar, de forma integrada,
aos trabalhadores da agricultura familiar do Município de Jequié e da região todas as
técnicas dos órgãos: CAR, CDA, BAHIATER, SUAF e SUTRAG. Enfim, é uma
oportunidade de os nossos agricultores serem atendidos por órgãos especializados.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocupo hoje esta tribuna para fazer
dois registros que considero de grande relevância para o País e para a cidade de
Jequié, que tenho a honra de representar nesta Casa. O primeiro foi a inauguração
da Escola Nacional de Gestão Agropecuária — ENAGRO, ocorrido ontem, em
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Brasília, com a presença de várias autoridades, entre elas a Presidente Dilma
Rousseff. Neste caso, a relevância a que me referi é pelo que representa como
investimento em conhecimento, em avanço científico e tecnológico para a nossa
agropecuária, setor de nossa economia que muito tem contribuído para o nosso
desenvolvimento. A ENAGRO fará parte da Rede Nacional de Escolas de Governo,
que visa aumentar a eficácia das instituições que trabalham com a formação, a
capacitação e o desenvolvimento profissional dos servidores e agentes públicos. A
Escola vai adotar a gestão do conhecimento para gerir talentos do MAPA e
identificar oportunidades de desenvolvimento profissional e pessoal a partir da oferta
de cursos presenciais e a distância sobre gestão agropecuária. Como bem lembrou
a Presidente Dilma Rousseff ao falar da difusão do saber, se o conhecimento não é
difundido, socializado, não há como se materializar avanços que beneficiem o
conjunto da população.
Durante a solenidade, foram assinados termos de cooperação com parceiros
que colaborarão para o funcionamento da ENAGRO, entre os quais a Companhia
Nacional de Abastecimento — CONAB, a Fundação Escola Nacional de
Administração Pública, a Escola Superior de Administração Fazendária, a
EMBRAPA, o Instituto Nacional de Meteorologia e a Academia Brasileira de
Medicina Veterinária.
O outro registro que faço neste momento, Sr. Presidente, é também de outra
inauguração: em Jequié, cidade que tenho a honra de representar nesta Casa, o
Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural —
SDR, inaugurou, nesta quarta-feira, 19 de agosto, o Serviço Territorial de Apoio à
Agricultura Familiar — SETAF, que vai atender mais de 10.500 mil famílias de
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agricultores do Território de Identidade Médio Rio de Contas e que vai funcionar na
antiga Residência do Derba, no Bairro do Jequiezinho. A nova estrutura vai
disponibilizar, de forma integrada, aos trabalhadores da agricultura familiar de Jequié
e de Municípios da região o atendimento das equipes técnicas de órgãos como
CAR, CDA, BAHIATER, SUAF e SUTRAG, além de tornar-se um espaço aberto a
uma relação de parceria com órgão de outras Secretárias do Governo que dialogam
com a agricultura familiar, como Bahia Pesca e ADAB, que integram a estrutura da
Secretaria de Agricultura.
Temos a expectativa de que outros órgãos do Governo que dialogam com a
agricultura familiar também se integrem a essa nova estrutura que eu,
particularmente, Sr. Presidente, estou convencido de que vai facilitar em muito o
atendimento às demandas dos trabalhadores rurais da região. Atualmente, parte dos
serviços ofertados pelo Governo do Estado obrigam os trabalhadores a grandes
deslocamentos até Salvador, provocando desgaste e despesas que tornam penosa
a vida do campo. Os serviços que estarão sendo prestados pelo SETAF vão desde a
assistência técnica à comercialização, passando pela titulação de terras e questões
estruturais como energia, moradia e melhorias de estradas vicinais, ou seja, uma
tentativa do Governo de otimizar e articular políticas públicas para a agricultura
familiar e promover a inclusão produtiva dos agricultores familiares baianos.
Sr. Presidente, peço a V.Exa. a divulgação do meu pronunciamento nos
meios de comunicação da Casa e no programa A Voz do Brasil.
Muito obrigado.
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O SR. PRESIDENTE (Missionário José Olimpio) - Com a palavra o Deputado
Davidson Magalhães, por 1 minuto.
O SR. DAVIDSON MAGALHÃES (PCdoB-BA. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero registrar a presença do
Vereador José Carlos, do Município de Ubaitaba, na Bahia. O Município foi brindado
com a vitória do baiano Isaquias Queiroz, bicampeão mundial de canoagem, que
trouxe duas medalhas de ouro e uma de prata para o Brasil.
O nosso Vereador, representante de Ubaitaba, que foi membro da
Confederação Brasileira de Canoagem, tem incentivado bastante esse esporte, hoje
nos prestigia com sua visita. Gostaríamos de saudá-lo e mandar um grande abraço
ao povo de Ubaitaba e aos esportistas da canoagem.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
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O SR. PRESIDENTE (Missionário José Olimpio) - Com a palavra o Deputado
Heitor Schuch, do PSB do Rio Grande do Sul, por 3 minutos.
O SR. HEITOR SCHUCH (PSB-RS. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
saúdo V.Exa. e os colegas Deputadas e Deputados.
Quero fazer um registro especial aos Vereadores do Brasil que estão
participando da Marcha dos Vereadores, aqui em Brasília, em um grande encontro,
trazendo para o Congresso Nacional a pauta com as demandas dos seus
Municípios, das suas comunidades.
Quero registrar, de modo especial, que estão em Brasília quase mil
Vereadores do nosso querido Estado do Rio Grande do Sul. Ao trazerem aqui as
suas demandas, têm a expectativa de voltar para casa com uma resposta concreta
dessa caminhada tão importante. Esses Vereadores e Vereadoras, que dão vida aos
Municípios, são o elo com a Assembleia Legislativa, com a Câmara dos Deputados,
com o Senado Federal.
E nós, que temos um mandato em defesa da agricultura familiar, do
desenvolvimento rural, por repetidas vezes temos dito da importância fundamental
de se alocar recursos para infraestrutura. Na semana que vem, nós teremos aqui
uma discussão por causa de duas instruções normativas do Ministério da
Agricultura, que quer distanciar em até 3 quilômetros, no mínimo, um aviário que
produz frango de um aviário que trabalha com ovos.
Ora, nós vamos fechar 350 aviários só na região do Vale do Taquari, no Rio
Grande do Sul. O Rio Grande e Santa Catarina, pela sua topografia, são totalmente
diferentes do centro do País. Portanto, queremos avançar nessa questão para que
as pessoas que lá investiram, fizeram seus aviários, possam continuar produzindo.
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Por outro lado, temos que discutir o tema da energia elétrica. O Luz para
Todos foi importante, mas é preciso que tenhamos, além da energia elétrica,
capacidade para tocar as propriedades. É comum percebermos hoje alguém
comprar uma ordenhadeira e, no dia seguinte, comprar um gerador para tocar esses
equipamentos.
Que o Governo e o Ministério de Minas e Energia voltem seu olhar para esse
assunto, e nós possamos avançar nesse setor. Que se tenha luz, bem como
condições de investimento nas agroindústrias, no desenvolvimento das pequenas
propriedades que visam ao aumento da produção.
Portanto, Sr. Presidente, colegas Deputados, eu quero fazer um apelo para os
Parlamentares não só da Comissão da Agricultura, mas para todos que têm
afinidade com esses temas. Há nesta Casa dez Frentes Parlamentares identificadas
com o fortalecimento da agricultura familiar — suinocultura, bovinocultura, extensão
rural, agroindústrias, agroecologia. Que todos possam se inserir nesses debates,
para que efetivamente a agricultura familiar continue a se desenvolver.
O Sr. Missionário José Olimpio, nos termos do § 2º
do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da
Presidência, que é ocupada pelo Sr. Eduardo Cunha,
Presidente.
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V - ORDEM DO DIA
PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DEPUTADOS:
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - A lista de presença registra o
comparecimento de 299 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.
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O SR. SILVIO COSTA - Sr. Presidente, por favor.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Com a palavra o Deputado Silvio
Costa.
O SR. SILVIO COSTA (Bloco/PSC-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, na verdade, o Governo gostaria somente de analisar os itens 8, 10 e
12 da pauta. Queria ver se V.Exa., em nome da agilidade, poderia retirá-los de
ofício. Eu sei que não tem sido adotada essa prática, mas quem pensa, muda, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Não, não mudo.
O SR. SILVIO COSTA - Pode ser que V.Exa. hoje esteja com o coração mais
maleável e retire...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Não, aí não é questão de coração; é
questão de procedimento. O procedimento é este. Se a pauta distribuída com muito
tempo de antecedência...
O SR. SILVIO COSTA - Tudo bem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Pautas até de meses estão aí.
O SR. SILVIO COSTA - Eu entendo, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Havendo requerimento de retirada,
sendo aprovado pelo Plenário, tudo bem.
O SR. SILVIO COSTA - Sr. Presidente, eu entendo isso, mas V.Exa. sabe
que pelo Regimento pode retirar de oficio. Mas tudo bem, V.Exa. não quer.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Não é que eu não queira; é o
procedimento que a Presidência adotou de forma constante, todos os dias dessas
sessões.
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O SR. SILVIO COSTA - Eu quero comunicar a V.Exa., então, que, já no
primeiro item, o Governo vai pedir votação nominal.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Sem problema.
O SR. SILVIO COSTA - Está bom.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Todos têm que estar aqui...
O SR. SARNEY FILHO - Sr. Presidente, peço a palavra para um
esclarecimento.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Pois não, Deputado Sarney Filho.
O SR. SARNEY FILHO (PV-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - É
sobre o item 9 do projeto de decreto legislativo do Sr. Deputado Nilson Leitão. Eu
participei de todas as reuniões de Liderança até hoje e não vi nem ouvi falar sobre
esse projeto de decreto legislativo que envolve questão complexa de licenciamento
ambiental de terras indígenas e do entorno delas.
Então, Sr. Presidente, essa matéria não estava acordada. Por esse motivo
também, nós do Partido Verde vamos fazer obstrução e vamos usar de todos os
meios para que nem a urgência nem esta matéria sejam votadas.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Bom, eu vou seguir a pauta, e não
há nenhum problema de haver verificação nominal, até porque quem não estiver
presente e não votar vai arcar com as consequências administrativas que têm que
ser arcadas, e se nós não conseguirmos votar nada, continuaremos a sessão até o
fim da tarde, sem nenhum problema.
Requerimento...
O SR. SÁGUAS MORAES - Sr. Presidente...
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Eu tenho que seguir a pauta. Agora
não tem jeito. Eu tenho que dar uma ordem aqui.
O SR. SÁGUAS MORAES - Só para encerrar as Comissões, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Não. Já começando a Ordem do Dia,
qualquer deliberação de Comissão...
A partir do momento em que eu declaro iniciada a Ordem do Dia e a luz é
acesa nas mesas, qualquer deliberação é nula. Isso já é regimental.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Passa-se à apreciação da matéria
sobre a mesa e da constante da Ordem do Dia.
Sobre a mesa requerimento de inversão de pauta.
“Senhor Presidente,
Requeremos, nos termos regimentais, que a pauta
da presente sessão seja apreciada iniciando-se pelo PL
2.479/2000 (do Deputado Ricardo Barros - PP/PR),
renumerando-se os demais.”
Assina o Deputado Ságuas Moraes.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Para falar a favor, Deputado Ságuas
Moraes.
O SR. SILVIO COSTA - Sr. Presidente, qual é o requerimento?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - É um requerimento de inversão de
pauta, assinado pelo Deputado Ságuas Moraes, que está aí ao lado de V.Exa.
Deputado Ságuas Moraes, V.Exa. vai falar?
O SR. SÁGUAS MORAES - Sr. Presidente, só estamos verificando aqui. Só 1
minuto, por favor!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - V.Exa. assinou o requerimento.
O SR. SÁGUAS MORAES (PT-MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, já há uma concordância com o autor do projeto e com Relatores em
fazermos inversão de pauta. Queremos colocar esse item como primeiro da pauta.
A SRA. PROFESSORA DORINHA SEABRA REZENDE (DEM-TO. Pela
ordem. Sem revisão da oradora.) - O Democratas é contrário, Sr. Presidente.
O SR. LUCAS VERGILIO (SD-GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - O
Solidariedade é contrário, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Orientação de bancada.
O SR. GLAUBER BRAGA - Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Há o direito regimental de o inscrito
falar contrariamente.
Para encaminhar, concedo a palavra ao Deputado Glauber Braga, que falará
contra a matéria.
O SR. GLAUBER BRAGA (PSB-RJ. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, quero falar sobre esse item da
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pauta, mas vou começar dizendo que ontem tentei formular uma reclamação e não
consegui concluí-la. Então, vou aproveitar este tempo para fazê-lo.
O Deputado Chico Alencar encaminhou ao Procurador-Geral da República
solicitação de informação sobre palavra dada pelo Presidente da Casa, Deputado
Eduardo Cunha, na reunião do Colégio de Líderes, de que os computadores dos
gabinetes dos 513 Parlamentares teriam sido investigados.
A informação dada pelo Procurador-Geral da República diz exatamente o
contrário: que esse expediente não aconteceu; que essa menção do Presidente foi
leviana; e que S.Exa. se utilizou do poder da Presidência da Casa para ganhar corpo
perante outros Parlamentares, freando o processo de investigação.
A minha reclamação tinha um sentido — inclusive do ponto de vista
constitucional, todos os atos administrativos têm que ser publicizados. Então, é
muito importante que o Presidente Eduardo Cunha se dirija ao conjunto de
Parlamentares da Casa, com tranquilidade e equilíbrio, e diga claramente qual foi o
procedimento adotado pela Procuradoria-Geral da República, que investigou ou que
fez a verificação nos computadores dos 513 Deputados. Caso essa palavra não
venha para o conjunto de Deputados e Deputadas Federais, o que parece é que a
Presidência está se utilizando da prerrogativa que tem para fazer uma articulação,
constrangendo os outros Parlamentares.
O Presidente Eduardo Cunha tem direito de defesa, como todo cidadão, e do
contraditório. Mas uma explicação ao conjunto da Casa sobre essa declaração dada
tem que ser feita de imediato, sob pena de que ficará comprovado que se utiliza,
então, do exercício da Presidência para um processo que não é exatamente aquele
que vem sendo declarado, ou seja, de demonstrar uma defesa de natureza pessoal
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e não coletiva. A Câmara dos Deputados não pode ser utilizada como instrumento
de defesa.
Então, eu peço, neste momento que me resta, nos meus 20 segundos, que o
Presidente Eduardo Cunha se manifeste, dizendo qual foi a posição da
Procuradoria-Geral da República na investigação dos 513 Deputados Federais, que
esclareça para toda a Casa, como disse no Colégio de Líderes. Essa é uma
prerrogativa.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Para orientação de bancada, como
vota o Bloco do PMDB ao requerimento de inversão de pauta?
O SR. CARLOS HENRIQUE GAGUIM (Bloco/PMDB-TO. Pela ordem. Sem
revisão do orador.) - O PMDB vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - “Não”.
Como vota o PT?
O SR. SÁGUAS MORAES (PT-MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
“Sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - “Sim”.
Como vota o PSDB?
O SR. NILSON LEITÃO (PSDB-MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - “Não”.
Como vota o PSD?
O SR. ROGÉRIO ROSSO (PSD-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
“Não”.
Como vota o PR?
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O SR. JORGINHO MELLO (PR-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
“Sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Como vota o Bloco do PRB?
O SR. FAUSTO PINATO (Bloco/PRB-SP. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - “Sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Como vota o PSB? (Pausa.)
Como vota o Democratas?
A SRA. PROFESSORA DORINHA SEABRA REZENDE (DEM-TO. Pela
ordem. Sem revisão da oradora.) - Democratas, “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Democratas, “não”.
Como vota o PDT?
O SR. WEVERTON ROCHA (PDT-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
PDT, “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - “Não”.
Como vota o Solidariedade?
O SR. LUCAS VERGILIO (SD-GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
“Não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Como vota o PCdoB?
A SRA. JÔ MORAES (PCdoB-MG. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) -
“Sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Como vota o PROS? (Pausa.)
Como vota o PPS?
O SR. RUBENS BUENO (PPS-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
“Não”, Sr. Presidente.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Como vota o PV? (Pausa.)
Como vota o PSOL? (Pausa.)
O SR. SARNEY FILHO (PV-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - O PV
está em obstrução, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - PV em obstrução.
Como vota o PSOL?
O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, a inversão de pauta não tem problema, o nosso voto é “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Como vota a Minoria?
O SR. ARTHUR VIRGÍLIO BISNETO (PSDB-AM. Pela ordem. Sem revisão
do orador.) - Sr. Presidente, eu vou aproveitar este tempo para fazer o desagravo de
uma brincadeira de mau gosto feita por um comediante, chamado Danilo Gentili,
com a população do Estado de Roraima, para a qual ele disse que, “caso fosse
chamado para fazer um show lá, o povo do Estado de Roraima só poderia pagá-lo
com peixes ou prostitutas”.
Eu gostaria de fazer esse desagravo em nome de uma população decente,
que é o povo de Roraima, e em nome das mulheres do Estado, inclusive, da minha,
que não merece esse tipo de desrespeito de uma pessoa que ultrapassa os limites
da normalidade com as suas brincadeiras.
Portanto, eu faço este desagravo em nome do povo de Roraima e encaminho
o voto “não” nesta votação, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - “Não”.
Como vota o Governo?
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O SR. SILVIO COSTA (Bloco/PSC-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
“Sim”, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - “Sim”.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Em votação o requerimento de
inversão de pauta.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Os Srs. Deputados que o aprovam
permaneçam como se encontram, os contrários se manifestem. (Pausa.)
REJEITADO.
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O SR. VITOR VALIM (Bloco/PMDB-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.)
- Sr. Presidente, peço para dar como lido meu pronunciamento.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o jornal O Povo, de Fortaleza, Ceará,
datado de 12 de agosto do corrente ano, publicou matéria com o seguinte título:
Ceará teve 8,9 mil roubos e furtos em um mês.
A matéria relata que após 1 ano e 4 meses sem divulgar estatísticas de
crimes contra o patrimônio, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social
divulgou as estatísticas de roubos e furtos no Ceará. Foram 8.981 ocorrências no
mês de julho. Uma média de 289 roubos e furtos por dia. Os casos de roubo foram
os mais comuns, totalizando 4.800, uma média de 154 por dia. Já os casos de
furtos, quando o patrimônio é levado sem que haja violência ou ameaça, somaram
4.181 casos em 1 mês. A média diária foi de 135.
Ora, Sras. e Srs. Parlamentares, isso significa que, se existem em média 154
roubos por dia no Ceará, temos 4.800 por mês e 57.600 por ano. Nos casos de
furtos são 135 por dia, chegaremos a 4.181 por mês e 50.172 no ano. Totalizando
107.772 ilícitos penais somente relacionados aos crimes de roubo e furto. Esses
números demonstram claramente uma falência da segurança pública do Estado
cearense. Isso sem contar com os casos em que as vítimas não registram as
ocorrências.
Os fatos, por si, justificam a necessidade de mudanças na segurança pública
do Ceará. Uma onda de violência tomou conta do nosso querido Estado. A falta de
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segurança preventiva e a certeza da impunidade têm influenciado no aumento da
criminalidade.
A mente do criminoso habitual funciona sempre querendo buscar o lucro e
analisando o risco de ser pego e até mesmo a possibilidade de cumprir a pena. O
Estado do Ceará perdeu o controle da bandidagem. O que acontece se um
criminoso não tiver medo da sanção? Ele perde a vergonha e comete cada vez mais
crimes.
O Governo cearense precisa urgentemente assumir o seu papel e investir em
políticas públicas de prevenção e combate à criminalidade e acabar de uma vez por
todas com essa violência desregrada. Temos que ter um Estado atuante e não um
Estado preguiçoso.
O povo cearense não merece isso!
Muito obrigado.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Item 1:
PROJETO DE LEI Nº 10, DE 2015,
(DO SR. LUCAS VERGILIO)
Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº
10-A, de 2015, que altera o art. 2º do Decreto-Lei nº
2.296, de 21 de novembro de 1986, a alínea “p” do § 9º
do art. 28 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991 e o art.
63 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de
2001, e dá outras providências; tendo parecer da
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela
constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa
(Relator: Deputado Indio da Costa). Pendente de
pareceres das Comissões de Seguridade Social e
Família; e de Finanças e Tributação.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Há requerimento de retirada de
pauta, assinado pelo Líder do Governo, Deputado José Guimarães.
“Senhor Presidente,
Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art.
83, parágrafo único, inciso II, alínea c, a retirada de pauta
da Ordem do Dia da seguinte proposição: Projeto de Lei
10/2015.”
Assina o Líder do Governo.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Não há oradores inscritos para
encaminhamento.
Orientação de bancada para retirada de pauta.
Como vota o PMDB?
O SR. CARLOS HENRIQUE GAGUIM (Bloco/PMDB-TO. Pela ordem. Sem
revisão do orador.) - Contra a retirada.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Contra.
Como vota o PT?
O SR. SÁGUAS MORAES (PT-MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - O
PT vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - O PT, “sim”.
Como vota o PSDB?
O SR. NILSON LEITÃO (PSDB-MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - O
PSDB vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Como vota o PSD?
O SR. ROGÉRIO ROSSO (PSD-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
“Não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Como vota o PR?
O SR. JORGINHO MELLO (PR-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
“Sim”, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Como vota o Bloco do PRB?
O SR. FAUSTO PINATO (Bloco/PRB-SP. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - A favor, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Como vota o PSB?
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O SR. FERNANDO COELHO FILHO (PSB-PE. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - O PSB vota “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - “Não”.
Como vota o Democratas?
A SRA. PROFESSORA DORINHA SEABRA REZENDE (DEM-TO. Pela
ordem. Sem revisão da oradora.) - “Não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - “Não”.
Como vota o PDT?
O SR. WEVERTON ROCHA (PDT-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
O PDT vota “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Como vota o Solidariedade?
O SR. LUCAS VERGILIO (SD-GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
“Não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - “Não”.
Como vota o PCdoB?
O SR. RUBENS PEREIRA JÚNIOR (PCdoB-MA. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - “Sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - “Sim”.
Como vota o PROS? (Pausa.)
O SR. JOVAIR ARANTES (Bloco/PTB-GO. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - O PTB vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - O PTB vota “não”.
Como vota o PPS?
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O SR. RUBENS BUENO (PPS-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
“Não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Como vota o PV? (Pausa.)
Como vota o PSOL? (Pausa.)
O SR. JORGINHO MELLO (PR-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Presidente, o PR muda para “não”, a pedido do Solidariedade.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - O PR muda para “não”.
Como vota o PSOL?
O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, louvando aqui o empenho do Deputado Lucas Vergilio, inclusive, que
nos procurou para conversar sobre o projeto, nós temos várias questões em relação
ao projeto, que se por um lado traz benefícios tributários para pessoas físicas, por
outro lado reforça muito aquele conjunto limitado de pessoas, no nosso País, que
contratam seguros de vida privados. Então, na verdade, isso acaba transferindo
recursos públicos para o setor privado de saúde, e isso é, no mínimo, polêmico.
Portanto, achamos mais adequado, do ponto de vista da tramitação parlamentar,
adiar a apreciação dessa proposta, já antecipando até o nosso questionamento de
mérito nos aspectos que mencionei aqui.
Portanto, o nosso voto é pela retirada de pauta, pedindo aos colegas que
prestem atenção. O projeto é importante, evidentemente, e opera nesse sentido de
favorecer, de alguma maneira, os planos privados de saúde.
O SR. FAUSTO PINATO (Bloco/PRB-SP. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - O PRB vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Como vota o PV?
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O SR. SARNEY FILHO - Sr. Presidente...
A SRA. PROFESSORA DORINHA SEABRA REZENDE (DEM-TO. Pela
ordem. Sem revisão da oradora.) - Presidente, o Democratas vai mudar a orientação
para “sim”.
O SR. SARNEY FILHO (PV-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Pelo
fato de estar incluído no item IX um requerimento do Deputado Nilson Leitão que
susta uma instrução normativa da FUNAI, que não foi negociado, não foi acordado,
nós vamos votar pela obstrução.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Como vota a Minoria?
O SR. ARTHUR VIRGÍLIO BISNETO (PSDB-AM. Pela ordem. Sem revisão
do orador.) - A Minoria encaminha o voto “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - “Não”.
Como vota o Bloco do PRB?
O SR. FAUSTO PINATO (Bloco/PRB-SP. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - Sr. Presidente, pela terceira vez, o PRB é “sim”. Gostaria que a assessoria
prestasse atenção.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Sim. Eu já pedi, não colocaram. Eu
também faço a observação.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Como vota o Governo?
O SR. SILVIO COSTA (Bloco/PSC-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, eu queria convidar os partidos da base para que fizéssemos uma
análise desse projeto. Esse projeto é mais um item da pauta-bomba; esse projeto dá
um prejuízo de 1,8 bilhão/ano para a Previdência — 1,8 bilhão/ano é o prejuízo para
a Previdência! Esse é mais um item da pauta-bomba.
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Eu quero fazer um apelo aos aliados do Governo para que avaliem a
possibilidade, por favor, de mudar a orientação. Os dados estão aqui, isso dá um
prejuízo à Previdência. A Previdência do Brasil já tem um rombo de 123 bilhões/ano,
nós não podemos aumentar o rombo da Previdência.
Peço aos companheiros da base aliada que encaminhem “sim”.
O SR. JOVAIR ARANTES - Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Nós estamos apenas na retirada ou
não de pauta. Depois, haverá tempo para o mérito.
O Governo, então, vota “sim”.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Em votação o requerimento de
retirada de pauta.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Os Srs. Deputados que o aprovam
permaneçam como se encontram, os contrários se manifestem. (Pausa.)
REJEITADO.
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O SR. SILVIO COSTA (Bloco/PSC-PE) - Nominal, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - V.Exa. não tem condição, pelo
Governo, para pedir. V.Exa. não é bancada.
O SR. PAUDERNEY AVELINO (DEM-AM) - Verificação, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Já passou, já está precluso. Matéria
vencida.
O SR. PAUDERNEY AVELINO - Verificação, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - V.Exa. não pediu no tempo.
O SR. PAUDERNEY AVELINO - Eu estou pedindo verificação.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Passou o tempo. Tem que pedir na
hora.
O SR. PAUDERNEY AVELINO - Não passou. V.Exa. não anunciou a próxima
matéria.
O SR. JOVAIR ARANTES - Já foi anunciado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Eu já havia proclamado. S.Exa.
havia pedido, e eu havia negado a verificação.
O SR. SARNEY FILHO (PV-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - O PV
apoia a verificação.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Não é questão de apoiar. O
Democratas tem legitimidade. O Vice-Líder do Governo é que não a tem. Governo
não é bancada.
O SR. SILVIO COSTA - Não, Presidente. Veja bem aqui: o PT não vai pedir
nominal.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - V.Exa. não é PT.
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O SR. SILVIO COSTA - Eu sei que o Governo não pode pedir. Claro que eu
sei.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Mas V.Exa. pediu. Se sabe, não
deveria ter pedido.
O SR. SILVIO COSTA - Eu sei, mas o Vice-Líder do Governo, do PT aqui, vai
pedir nominal.
O SR. PAUDERNEY AVELINO (DEM-AM. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - Sr. Presidente, eu quero fazer um apelo a V.Exa. Esta matéria é
extremamente complicada, é difícil até de se entender. Eu gostaria que V.Exa. nos
desse a oportunidade de analisá-la. Esta matéria não foi votada nas Comissões.
V.Exa. a trouxe para o plenário...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Eu não.
O SR. PAUDERNEY AVELINO - Foi votada a urgência aqui.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Eu não, os Líderes. Foi votada a
urgência. Todos votaram a urgência, Deputado. Eu não.
O SR. PAUDERNEY AVELINO - Então, nós precisamos avaliar os impactos
desse projeto de lei, que não são simples. Na Comissão de Finanças e Tributação
— CFT, esse projeto deixou de ser votado por falta de explicações.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Deputado, eu só quero deixar claro,
deixar muito claro, que esse projeto está sendo votado. Foi colocado, houve
requerimento de urgência assinado pelo seu Líder, foi votado em plenário com voto
do seu Líder e do seu partido e todos aprovaram a urgência. Por isso, ele está aqui.
Ele não está colocado pela vontade de um Parlamentar ou pela vontade da
Presidência. Então, vamos colocar as coisas nos seus devidos lugares. Se não
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quisessem que se votasse, não teriam votado a urgência, assinado e colocado aqui.
Deixando isso claro...
O SR. ALCEU MOREIRA - Matéria vencida, Presidente.
O SR. NILSON LEITÃO - Sr. Presidente, o PSDB aqui.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Pois não.
O SR. NILSON LEITÃO (PSDB-MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Eu só quero esclarecer uma coisa, para deixar tudo bem claro. O que nós
compreendemos desse projeto, de maneira simplória, é que o empresário que
contratar o seguro de vida para os seus empregados em massa terá desoneração
da folha. Em minha opinião, é muito bom! Ele está incentivando aquilo que pode até
desonerar do Governo. Eu não consigo entender por que o projeto não é bom.
O SR. RODRIGO MAIA (DEM-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, o Deputado Nilson Leitão certamente não compreende o projeto como
um todo. Ele não trata exclusivamente do que diz o projeto.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Deputado Rodrigo, nós não estamos
ainda no momento...
O SR. RODRIGO MAIA - O projeto é muito mais complexo.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Eu sei.
O SR. RODRIGO MAIA - Ele iguala dois tipos de produtos. Ele transfere
automática e compulsoriamente parte desses recursos para os planos de saúde
depois. Ele não é de simples votação. Eu não sou contra o mérito.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Deputado, eu vou conceder a
verificação nominal, para que não haja dúvidas. Porém, alerto que há de se ter
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cuidado com quem assina ou coloca o voto e a urgência para depois não haver esse
tipo de declaração a que eu assisti aqui.
O SR. MAINHA (SD-PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
apenas uma questão de ordem: o Democratas tem quórum para pedir verificação?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Tem, porque há acordo homologado
na Mesa entre o Democratas e o PRB no início da Legislatura. Tanto o Democratas
quanto o PRB, individualmente, têm o quórum em conjunto.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - A Presidência solicita aos Srs.
Deputados que tomem os seus lugares, a fim de ter início a votação pelo sistema
eletrônico.
Está iniciada a votação.
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O SR. SARNEY FILHO (PV-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - O PV
está em obstrução. O PV está em obstrução!
O SR. JOVAIR ARANTES (Bloco/PTB-GO. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - O PTB recomenda o voto “não” aos nossos Deputados.
O SR. MARCELO MATOS (PDT-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, o PDT muda a orientação para “sim”.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Concedo a palavra ao nobre
Deputado Bruno Araújo, para uma Comunicação de Liderança, pela Minoria.
Atingido o quórum, vou encerrar a votação.
O SR. BRUNO ARAÚJO (PSDB-PE. Como Líder. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu me permito fazer uma leitura, neste
momento, de uma nota divulgada por partidos de oposição:
“Ao longo da história, a Câmara dos Deputados
tem sido palco de importantes avanços e contribuições
para a sociedade brasileira em momentos decisivos da
vida nacional.
Sendo assim, diante das gravíssimas crises
econômica, política e ética em que o Governo do PT
colocou o Brasil e da irreversível perda de condições, por
parte da presidente da República, em conduzir o país, os
Partidos de Oposição compartilham da mesma
preocupação e da necessidade de unir suas forças para
buscar alternativas capazes de superar tais crises.
Partilham, também, da convicção de que a notória
incapacidade do PT em contornar a recessão econômica,
a mais grave na história republicana, impossibilita o
governo da presidente Dilma de buscar alternativas para
colocar o país na trajetória do crescimento.
Há também a clareza de que a gravidade de fatos
tornados públicos — como, por exemplo, a doação de
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R$7,5 milhões de origem ilícita para a campanha
presidencial petista de 2014 e a entrega de R$10,5
milhões, também de origem criminosa, na sede do Partido
dos Trabalhadores em São Paulo — subtraem do PT e do
governo Dilma as condições éticas e políticas necessárias
para a proposição de qualquer pacto, entendimento ou
caminho para a solução dessas múltiplas crises, que
penalizam fortemente os brasileiros.
Não obstante, apurações ocorrem simultaneamente
em Cortes importantes, como o TSE e o TCU, que em
acordão já comprovou a prática das “pedaladas fiscais”, o
que configura crime de responsabilidade.
Portanto, qualquer que seja o resultado das
investigações em curso — impeachment, cassação do
diploma — e também em caso de renúncia, a Oposição
estará unida e tem consciência da sua responsabilidade
para com o Brasil.
Diante desse quadro e em sintonia com o que externaram
as manifestações em todo o país, os Partidos de
Oposição na Câmara anunciam que procurarão, ao lado
de representantes dos movimentos sociais, da sociedade
organizada e de parlamentares que se identificam com
essas preocupações, saídas para o caos que se avoluma,
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pois entendem ser esta, também, uma das obrigações do
Parlamento brasileiro.”
Assinam a nota os Deputados: Carlos Sampaio, Líder do PSDB; Bruno
Araújo, Líder da Minoria; Mendonça Filho, Líder do Democratas; Rubens Bueno,
Líder do PPS; Arthur Oliveira Maia, Líder do Solidariedade, e André Moura, Líder do
PSC.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Sras. e Srs. Deputados, venham ao
plenário. Está em curso uma votação nominal. Poderemos ter outras, com efeito
administrativo. Eu vou encerrar a votação assim que for atingido o quórum.
Concedo a palavra ao Deputado Diego Garcia.
O SR. DIEGO GARCIA (Bloco/PHS-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.)
- Sr. Presidente, eu gostaria de fazer uma reclamação a respeito de algo que está
acontecendo no portal da Câmara dos Deputados.
Está aqui o Deputado Ronaldo Fonseca, ex-Relator do Estatuto da Família.
Eu sou o atual Relator.
Saiu no Portal da Câmara dos Deputados uma enquete com a seguinte
pergunta: “Você concorda com a definição de família como núcleo formado a partir
da união entre homem e mulher, prevista no projeto que cria o Estatuto da Família?”
A minha reclamação é a seguinte, Presidente: muitos sites estão divulgando o
resultado da enquete. E o resultado da enquete é este: 51,62% de votos para “não”
e 48,09% para “sim”.
Mas, consultando a administração da Casa, pedi um levantamento a respeito
de onde estavam vindo esses votos e consegui a informação de que mais de 3
milhões de votos vieram de apenas 66 computadores. Mais de 3 milhões de votos
foram manipulados, mais de 3 milhões de votos para a resposta “não”.
Sr. Presidente, 1,6 milhão de votos vieram de um único IP, ou seja, de um
único computador. Houve 122 mil votos em um único dia, para uma única opção, na
cidade de Garanhuns, em Pernambuco. Só que há um detalhe, Presidente: a cidade
só possui 112 mil habitantes. Outro detalhe: foram 60 mil votos, em um único dia,
para uma única opção, em uma cidade, nos Estados Unidos, com uma população de
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8.500 pessoas. Sessenta mil votos em uma cidade com uma população de 8.500
pessoas!
Então, Sr. Presidente, como Relator da Comissão Especial que trata do
Projeto de Lei nº 6.583, de 2013, sobre o Estatuto da Família, eu peço à
administração da Casa que publique uma nota no Portal da Câmara dos Deputados,
informando os dados reais, dando essas informações à população brasileira. E que
não sejam considerados, na enquete, os votos que vieram de apenas um
computador. Se isso acontecer, Sr. Presidente, estaremos falando de um resultando
de 67% de votos “sim” e 33% de votos “não”.
Quero deixar registrado que estou pronto para, nos próximos dias, apresentar
o meu parecer, que espero seja colocado em votação e aprovado por esta Casa de
Leis.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Deputado, a Presidência vai
determinar as providências legais para verificar a reclamação de V.Exa. e, se for o
caso, determinar até mesmo o estabelecimento de sindicância. E o seu resultado
será disponibilizado de forma pública. Certamente, se esses dados que V.Exa. está
citando forem verdadeiros, isso será constatado, e alguma providência haverá de ser
tomada.
O SR. DIEGO GARCIA - Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. JUNIOR MARRECA (Bloco/PEN-MA. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - Sr. Presidente, hoje, dia 20 de agosto, comemoramos o Dia do Maçom.
Quero cumprimentar, na pessoa do Venerável Costa, essa instituição milenar e
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saudar os meus irmãos da Loja Duque de Caxias, na minha cidade, Itapecuru Mirim,
no Maranhão.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Vou encerrar a votação. Todos já
votaram?
Tem a palavra o Deputado Rodrigo de Castro. Daqui a 1 minuto, encerrarei a
votação!
O SR. RODRIGO DE CASTRO (PSDB-MG. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - Obrigado, Sr. Presidente.
Quero aqui registrar o nosso apoio, o nosso entusiasmo com as
manifestações que aconteceram neste domingo.
Nós tivemos a felicidade, em Belo Horizonte, de contar — eu estava ao lado
dele — com a presença do Senador Aécio Neves.
Ver o povo nas ruas, de maneira pacífica, ordeira, dizendo alto e bom som
que está indignado com relação a esse momento por que o Brasil atravessa nos
enche de esperança e de expectativa.
Precisamos, Sras. e Srs. Parlamentares, de mais movimentos. Precisamos
que a Câmara dos Deputados e o Congresso Nacional estejam ao lado da
população brasileira.
O povo brasileiro quer um basta a tanta corrupção, a tanto desmando, a tanta
falta de gerenciamento, enfim, um basta a esse desgoverno, que é o governo do PT,
da atual Presidente.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
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Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, os brasileiros exerceram a
cidadania e contribuíram para a democracia mais uma vez no último domingo. Por
todo País, as pessoas foram às ruas movidas pela vontade de dar um basta à
corrupção, à incompetência na administração federal, às mentiras contadas, à
inflação e ao desemprego.
Motivos não faltam a cada brasileiro para protestar. Muitos pedem que a
Presidente Dilma deixe o cargo, mas as pessoas estão nas ruas também para
defender o seu direito de se indignarem.
Por anos o PT foi oposição no Brasil, liderou movimentos pedindo a saída, por
exemplo, dos ex-Presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, embora
não houvesse nada contra os dois que legitimasse os pedidos. Agora, no momento
em que os brasileiros protestam contra o Governo deles, o movimento é considerado
um golpe. Cabe perguntar quem está golpeando quem.
A Presidente Dilma foi reeleita dizendo que a economia ia bem, que a inflação
estava sobre controle, que o Governo não mexeria nos direitos trabalhistas de jeito
nenhum. Em poucos meses, tudo aconteceu exatamente ao contrário. É golpe
protestar contra essas mentiras?
A Presidente e a equipe econômica do Governo passado fraudaram números
oficiais para enganar a população durante a campanha eleitoral. E ninguém pode
protestar contra isso?
A Operação Lava-Jato nos surpreende a cada etapa com os bilhões de
dólares desviados da PETROBRAS, em desvios praticados pelos apadrinhados do
PT na Diretoria da empresa. E é errado gritar nas ruas que não aceitamos mais essa
roubalheira? Digo que não é.
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O brasileiro deve e pode demonstrar a sua indignação e pedir por mudanças.
Infelizmente, o Governo vem se fazendo de surdo e finge não ouvir o recado que
vem das ruas. Não há uma resposta. Não há sequer a humildade de admitir que
mentiram e que erraram. É mais fácil rotular a manifestação de golpe e fingir que
está tudo resolvido.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Com a palavra o Deputado Maurício
Quintella Lessa.
O SR. MAURÍCIO QUINTELLA LESSA (PR-AL. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - Presidente, o PR havia recomendado o voto “não”. No entanto, o projeto
nos parece bastante interessante, mas não temos aqui ainda dados de impacto.
Estamos no meio do ajuste fiscal. Então, queremos um pouquinho mais de prazo
para poder fazer uma melhor avaliação.
Assim, o PR muda a sua recomendação para o voto “sim” e pede mais 2
minutos para os Deputados da bancada poderem modificar a votação, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Pois não, Deputado.
Eu queria alertar os Srs. Deputados — é muito importante isso —,
principalmente os Líderes, sobretudo o do Governo, para o fato de que há projetos
dos quais foi votada a urgência e que estão na pauta há meses, como este. Eu
mesmo já mediei retirada de pauta para fazer acordo de Governo e negociar texto
para a semana seguinte, com relação a esse e outros projetos. Depois que os
retiramos, ficam esquecidos. Passados 1, 2, 3 meses, voltam, e continua-se com o
mesmo projeto. O intuito foi adiar a votação sem dar sequência àquilo que é tratado
nos microfones do plenário, na hora em que é levado à votação.
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Então, é importante saber que essa urgência foi votada por todos. Essa
urgência está aqui há meses. Só não foi votada antes pelos adiamentos que foram
acordados em plenário ou porque a pauta foi trancada. Assim, outros projetos
podem ter esse mesmo problema.
Seria muito mais fácil, com a pauta divulgada com tanta antecedência, que
fizessem as gestões, os acertos que precisavam ser feitos e as discussões, para
evitar que, na hora em que se for fazer a votação, essa polêmica seja instaurada de
forma desnecessária.
Vou encerrar a votação.
O SR. ROGÉRIO ROSSO (PSD-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, como não se trata de mérito, é requerimento de retirada, a bancada
do PSD mantém o voto “não”, para discutir o mérito.
A SRA. PROFESSORA DORINHA SEABRA REZENDE (DEM-TO. Pela
ordem. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, o Democratas libera a bancada.
O SR. PAULO TEIXEIRA - Sr. Presidente, quero falar pela Liderança do
Governo.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - V.Exas. vão ficar a vida inteira
falando do requerimento de retirada. Eu falei que, atingindo-se o quórum,
consolidamos na próxima votação.
O SR. MANDETTA (DEM-MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - O
Democratas libera a bancada.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - O Democratas libera a bancada.
Vou encerrar a votação.
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O SR. DOMINGOS SÁVIO (PSDB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, peço 1 minuto, enquanto V.Exa. aguarda.
Eu estava inscrito — não me foi possível falar, porque se iniciou a Ordem do
Dia — parar rebater uma afirmação caluniosa, absurda, do Deputado João.
V.Exa. me corrige para dizer Padre João, mas acho que padre não poderia vir
aqui mentir de uma forma acintosa, acusando de maneira despropositada o Senador
Aécio Neves, talvez, para desviar a atenção do Governo, que já está envolvido com
corrupção do Sr. Pimentel. O Sr. Pimentel e a sua esposa já estão denunciados e
investigados por crimes de corrupção.
Agora, vem o Deputado Padre João — o João — repercutir aqui uma
denúncia que ele fez à Procuradoria do Estado, absurdamente sem sentido, porque
o Senador, convidado pelo então Governador, à época, deslocou-se no helicóptero
do Estado do Palácio das Mangabeiras para o Palácio Tiradentes, na cidade
administrativa, algo que é rotineiro e já usado pelo atual Governador do PT!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Eu vou encerrar a votação.
O SR. DOMINGOS SÁVIO - Ele faz aqui uma celeuma, usando de mentira,
para fazer uma acusação sem sentido contra o Senador Aécio Neves, que não só
goza de prestígio com os mineiros, mas sobre o qual não pesa absolutamente
nenhuma denúncia, nenhuma acusação, nada que tenha consistência.
Aqui fica registrada a falta de compostura desse senhor que se diz padre,
mas que vem aqui, reiteradamente, mentir para tentar fazer valer as suas ideias, que
são a linha do PT, a linha da corrupção.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Está encerrada a votação. (Pausa.)
Resultado da votação:
SIM: 147;
NÃO: 201;
ABSTENÇÃO: 1;
TOTAL: 349.
ART. 17: 1.
QUORUM: 350.
OBSTRUÇÃO: 6.
O REQUERIMENTO FOI REJEITADO.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Passa-se à discussão da matéria.
O SR. SILVIO COSTA - Presidente, há requerimento sobre a mesa de
adiamento de votação!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Não estamos em votação ainda.
Estamos em discussão. Este não é o momento.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Para oferecer parecer ao projeto,
pela Comissão de Seguridade Social e Família, concedo a palavra ao Deputado
Arnaldo Faria de Sá.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Para emitir parecer. Sem
revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, o projeto
apresentado pelo Deputado Lucas Vergilio e que ora se encontra em apreciação é o
PL 10-A/2015, que “altera o art. 2º do Decreto-Lei nº 2.296, de 21 de novembro de
1986; a alínea “p” do § 9º do art. 28 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; e o art.
63 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001”, tendo parecer da
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade,
juridicidade e técnica legislativa. Relator: Deputado Rogério Rosso.
Sr. Presidente, no mérito, esse projeto busca viabilizar, sob o aspecto fiscal,
alterações nas leis que citei.
As alterações legais propostas tratam de estruturação do seguro de vida com
cláusula de cobertura por sobrevivência, incluindo os que contarão com isenção
tributária sobre rendimentos obtidos quando os recursos forem destinados ao
pagamento de despesas relacionadas à contraprestação do plano privado de
assistência à saúde ou de seguro de saúde, devidamente registrados na ANS —
Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Os seguros com cobertura por sobrevivência são parecidos com os planos de
previdência, mas foram criados para atender a populações de baixa renda. Por isso,
têm tributação diferenciada e são regulados pela Superintendência de Seguros
Privados — SUSEP, uma vez que era proibitivo a essa população aderir a planos de
previdência complementar, visto que, mesmo não sendo beneficiada pela redução
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de 12% de sua renda bruta anual sobre as contribuições recolhidas, fica sujeita à
tributação do total recebido.
Nesse contexto, os empregadores sentem-se desestimulados a custear tais
planos de seguro em favor de seus empregados de baixa renda, dada a falta de
contrapartida aos desembolsos.
A ideia, então, foi tentar preencher tal lacuna com a presente proposição,
desonerando a folha de pagamento do empregador, passando tal benefício a não
integrar a remuneração do empregado para fins trabalhistas, previdenciários e de
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
Portanto, desonera a saúde pública, incentiva o cidadão a ter a prevenção —
o cidadão pode buscar a sua proposta de saúde —, gera poupança, ajuda os
aposentados a pagarem plano de saúde.
Assim, o nosso parecer, pela Comissão de Seguridade Social e Família, é
pela aprovação, Sr. Presidente.
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O SR. PAULO TEIXEIRA - Sr. Presidente, peço a palavra para usar o tempo
da Liderança do Governo.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Tem a palavra o Deputado Paulo
Teixeira, para uma Comunicação de Liderança, pelo Governo.
O SR. PAULO TEIXEIRA (PT-SP. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Oposição trouxe à tribuna nesta manhã uma
nota, assinada pelos Líderes do PSDB, da Minoria, do Democratas, do PPS, do
Solidariedade e do PSC, que, em primeiro lugar, atribui um crime de
responsabilidade à Presidenta Dilma Rousseff.
Isso aqui é tinta, porque não há no Brasil nenhuma instituição que atribua
algum crime de responsabilidade à Presidenta Dilma — nenhuma instituição! O
Ministério Público não atribui, o Tribunal de Contas da União não atribui, o TSE não
atribui. Apenas um Ministro do Tribunal de Contas quer fazer valer a sua opinião
sobre o Tribunal, tentando, numa articulação política, atacar a Presidenta Dilma
Rousseff.
Muitos aqui já foram prefeitos e governadores e sabem do bullying que às
vezes se faz nos Tribunais de Contas. Eu vejo aqui a ex-Prefeita Luiza Erundina,
que sofreu bullying do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. S.Exa. é uma
pessoa honesta e administrou tão bem a cidade de São Paulo! Agora um Ministro do
Tribunal de Contas da União quer fazer valer a sua opinião sobre o colegiado e
também sobre esta Casa, da qual o Tribunal é auxiliar. Não há acusação, por crime
de responsabilidade, à Presidenta da República.
Em segundo lugar, a nota da Oposição diz que este é o pior momento da
economia do Brasil. Ora, falta memória à Oposição! No Governo do Presidente
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Fernando Henrique Cardoso, o País quebrou três vezes, o Brasil foi de joelhos ao
FMI, faltou energia elétrica. Quando a Oposição pede à Presidenta que peça
desculpas, S.Exas. querem que ela peça desculpas pelo apagão? S.Exas. querem
que a Presidenta da República peça desculpas porque naquele tempo o Brasil foi
três vezes ao FMI e quebrou? É disso que se trata?
A economia brasileira é de longe muito melhor e mais sadia sob os Governos
Lula e Dilma do que era no Governo Fernando Henrique. Há 300 bilhões de dólares
de reservas no exterior. Ampliou-se brutalmente o PIB. Criou-se um ambiente de
maior equilíbrio social. Garantiram-se inúmeros direitos à população brasileira. É
verdade que a economia passa por um momento, que nós vamos superar, de
dificuldades. Mas este é um momento de dificuldade em que a Oposição tenta criar
uma crise, um impasse no País.
A Oposição fala aqui em responsabilidade. Responsabilidade é o que a
Oposição tem votado nesta Casa, criando despesas? Toda a inteligência do País já
entendeu que a Oposição aqui incentiva a pauta-bomba, a pauta que vai gerar para
o Erário brasileiro o maior desequilíbrio da sua história. É essa responsabilidade que
a Oposição vem a esta tribuna dizer que tem e que a Presidenta não teria? Ora, a
Presidenta está tomando todas as medidas necessárias para a superação deste
momento econômico, que tem muito a ver com a crise econômica mundial, para
retomar o crescimento, a geração de empregos e a distribuição de renda em nosso
País.
A Oposição tem uma atitude que o Brasil precisa entender qual é. Ela foi
expressa recentemente numa fala do Senador Aécio Neves, que foi candidato à
Presidência da República pela Oposição. O Senador Aécio Neves disse o seguinte:
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“O PSDB é o maior partido de oposição ao Brasil”. Talvez ele tenha percebido
depois que não era isso que ele queria dizer, mas é essa a postura que a Oposição
está adotando. Quer esticar a crise, quer levar a se pensar o Brasil como o país com
os maiores problemas no mundo. É agora que o Brasil vai ter superávit, vai reverter
o déficit; é agora que nós estamos vendo no Brasil uma série de investimentos.
A Presidenta recentemente esteve com o Presidente Obama; a Presidenta
recentemente esteve reunida com presidentes dos países integrantes do BRICS,
que estão entre os maiores países do mundo. Hoje está no Brasil para uma visita a
Presidenta da Alemanha.
Os editoriais de todos os grandes jornais americanos dizem que a Oposição
entrou numa pauta irresponsável — irresponsável! —, e está levando o Brasil a essa
pauta irresponsável.
A Oposição não se entende sobre ela. A nota demonstra esse
desentendimento. Alguns falam em renúncia, outros falam em impeachment e outros
falam não sei no que mais. A verdade é que a Oposição aparelhou partidariamente
os movimentos de rua no domingo passado. O Senador Aécio Neves subiu em um
caminhão em Minas Gerais, o que demonstra que o que foi um movimento social a
Oposição tenta agora aparelhar para partidarizar e, assim, tentar fazer desse
movimento correia de transmissão dos seus próprios interesses.
A Presidenta Dilma Rousseff está tranquila em relação à sua
responsabilidade: trabalha intensamente, continua com os programas
governamentais. Inaugurou casas no Maranhão, inaugurou casas no Amapá. Hoje
lhe falta agenda para inaugurar casas no Brasil. Tem até requerido aos Deputados
que a representem, como o Deputado Henrique Fontana, recentemente convidado,
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nas inúmeras inauguração de casas no Brasil. Dá recurso às universidades. Dá
continuidade ao Programa Bolsa Família, com toda a sua força, e ao PAC. E não
entra na agenda contra o País, que a Oposição quer fazer.
Por isso, a Presidenta não vai renunciar. Renúncia não é palavra da
Presidenta. A Oposição aprendeu com Carlos Lacerda, que dizia, em relação a
Getúlio: “Não o deixe ser candidato, mas, se ele for candidato, não permita que ele
ganhe. Mas, se ganhar, não permita que ele tome posse. Mas, se tomar posse, não
permita que ele governe”. Isso se incorporou. Carlos Lacerda fez escola na
Oposição.
Este País está percebendo isso. Este País está percebendo que não se vai
entrar na agenda da Oposição, que, como bem disse Aécio Neves, é uma agenda
contra o Brasil. A nossa agenda é pelo Brasil, é pelo crescimento, é pela geração de
empregos, é por um país que é um dos países mais ouvidos no concerto mundial. A
agenda recente da Presidenta Dilma Rousseff está sendo ouvida pelos principais
Chefes de Estado do mundo. E o Brasil se convence de que ela, Dilma Rousseff, vai
governar tão bem quanto nos últimos anos. Está governando muito bem e vai
continuar governando até o último dia do seu mandato.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Obrigado.
O SR. MIRO TEIXEIRA (PROS-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, a propósito do discurso do Deputado Paulo Teixeira, há uma dúvida.
Para não deixarmos para os historiadores futuros essa frase pura e simplesmente,
esclareço: parece que Carlos Lacerda disse isso para Getúlio Vargas e depois para
Juscelino Kubitschek.
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Era apenas essa observação, porque os historiadores acabarão pesquisando
o que aqui se passou, e seria interessante essa revelação de que a mesma frase foi
pronunciada em dois momentos.
Obrigado.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Para oferecer parecer ao projeto,
pela Comissão de Finanças e Tributação, concedo a palavra ao Deputado Arnaldo
Faria de Sá.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Para emitir parecer. Sem
revisão do orador.) - Sr. Presidente, já foram apresentados anteriormente parecer da
Comissão de Seguridade Social e também parecer da Comissão de Constituição e
Justiça, pelo Deputado Rogério Rosso. No projeto, nas questões relativas a grandes
tributações, não há nenhum impedimento nem inadequação financeira.
O parecer é favorável.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Passa-se à discussão da matéria.
Há oradores contrários.
Com a palavra o Deputado Glauber Braga.
O SR. GLAUBER BRAGA (PSB-RJ. Sem revisão do orador.) - Em primeiro
lugar, manifesto o meu respeito ao Deputado Lucas, que procurou realizar essa
articulação, mas eu também considero que, neste momento, esta matéria não está
ainda madura para a votação por parte do conjunto dos Deputados e das Deputadas
Federais.
Srs. Deputados, eu quero continuar uma reflexão com V.Exas. Eu não me vou
adiantar à denúncia da Procuradoria-Geral da República, porque essa é uma
prerrogativa da Procuradoria em si. Ou seja, a partir do momento em que isso opere,
aí, sim, vamos falar sobre o tema. Mas eu quero falar sobre aquilo que já vem
acontecendo e sobre a resposta que veio do Procurador-Geral da República ao
questionamento de que porventura os 513 Deputados Federais teriam sido
investigados.
São palavras do Procurador-Geral da República:
“A leviandade da declaração reside no fato de que
tenta usar como escudo a instituição da Câmara dos
Deputados — e, pela via da desinformação, seus pares —
para atacar o Ministério Público Federal, embora a crítica
à diligência seja de interesse exclusivo para a defesa do
Deputado Eduardo Cunha.”
São palavras do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, ao
questionamento realizado pelo Deputado Chico Alencar.
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Quando houve uma declaração pública de um servidor falando sobre o
“Parlashopping”, demitiu-se o servidor. Depois, quando a Presidência fez uma
declaração na Mesa de que o conjunto dos funcionários estaria se aposentando, e o
número não era aquele, veio uma nova justificativa dizendo que a antiga Diretoria-
Geral tinha passado a informação. Agora, numa resposta à imprensa, já vem uma
nova versão de que essa informação teria sido dada pelos servidores, embasada no
que teria sido dito pela Presidência, na reunião com o Colégio de Líderes.
Ora, terceirizar a responsabilidade para que servidores possam responder por
aquilo que é uma prerrogativa da Presidência não é natural. E nós, com equilíbrio,
com tranquilidade, com firmeza, vamos aqui sempre expor esse tipo de
comportamento.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Para falar a favor, com a palavra o
Deputado Lucas Vergilio.
O SR. LUCAS VERGILIO (SD-GO. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados, este projeto trata da estruturação de um seguro de vida
chamado VGBL Saúde, em que há uma cláusula de cobertura para sobrevivência,
permitindo que a pessoa possa resgatar o seguro em vida. Caso venha a utilizar
esse resgate diretamente para bancar sua própria saúde, ela terá isenção do
Imposto de Renda.
Esse tipo de seguro vem mudando a saúde americana, fazendo com que a
pessoa tenha condição de bancar sua própria saúde. Este é um projeto que
incentiva o investimento, gera poupança para o Governo e desonera a saúde, já que
será uma pessoa a menos no Sistema Único de Saúde.
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O VGBL Saúde dará condição à pessoa de caminhar com as suas próprias
pernas e conseguir viabilizar a sua própria saúde.
É um projeto fantástico, que, como disse, já vem dando certo nos Estados
Unidos, que têm um sistema público de saúde sucateado. Apesar disso, cada dia
mais os trabalhadores têm tido condição de bancar a sua própria saúde. Hoje, em
uma grande empresa, quando o trabalhador vai se aposentar, ele implora ao patrão
que não retire o benefício do seguro-saúde, porque, já idoso, não vai conseguir
voltar para aquele plano de saúde caro que ele já paga com tanto sofrimento — e já
sabemos como fica.
Portanto, este projeto faz com que a pessoa tenha condição de arcar com a
sua própria saúde.
Muito obrigado, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados.
O SR. MARCOS MONTES - Sr. Presidente, por favor.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Eu vou lhe conceder a palavra, mas
primeiro vamos ouvir o Deputado Arnaldo Faria de Sá.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Concedo a palavra ao Deputado
Arnaldo Faria de Sá.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, eu fui alertado pelo Deputado Leonardo Quintão de que havia o
relatório na Comissão de Finanças e Tributação, mas ele não chegou a ser
apreciado. Eu estou lendo o texto e percebo que realmente ele altera
favoravelmente a proposta. Portanto, eu queria adotar, como complementação de
voto, o voto do Deputado Leonardo Quintão na Comissão de Finanças, mantendo a
exposição anterior, pela sua adequação financeira.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Eu pediria a V.Exa. que lesse o
voto.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - Vou lê-lo, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Como é complementação de voto,
para que possa ser votado, é imprescindível a leitura.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - Sr. Presidente, o voto complementar que
apresento pela Comissão de Finanças e Tributação, com a vênia de V.Exa.,
estabelece o seguinte texto:
“Cabe a esta Comissão pronunciar-se quanto à compatibilidade e adequação
orçamentária e financeira da matéria nos termos do que dispõe o Regimento Interno
da Câmara dos Deputados (RICD art. 54, II) e a Norma Interna da Comissão de
Finanças e Tributação, bem como ao mérito da matéria (RICD art. 32, X).
O PL em questão busca estimular o empregador a contribuir, total ou
parcialmente, para o custeio de planos de seguro com cobertura por sobrevivência
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(VGBL), auxiliando seus empregados e dirigentes, especialmente os de menor
renda, a acumular recursos, objetivando, entre outros:
(i) complementar o valor de sua aposentadoria pela Previdência Social
(VGBL);
(ii) ajudá-lo a arcar com os custos relacionados ao pagamento de
contraprestações de planos/seguros saúde, quando, por motivo de desligamento da
empresa, inclusive em virtude de aposentadoria, não mais puder contar com o
plano/seguro saúde custeado por empregador;
(iii) atenuar os crescentes custos e, ao mesmo tempo, desafogar o sistema
público de saúde brasileiro.
No Brasil o envelhecimento da população ocorre de forma acelerada. A ONU
estima que ocuparemos o sexto lugar do mundo em número de idosos já em 2025.
Essa dinâmica demográfica levanta questionamentos quanto à viabilidade do
sistema de saúde pública.
Dados do Ministério da Saúde mostram que o gasto do Sistema Único de
Saúde — SUS com idosos atingiu um patamar de 25,5 bilhões em 2010,
representando 18,4% do total de recursos destinados à saúde. O rápido
envelhecimento da população causará um aumento agregado nas despesas com
saúde mesmo que os gastos per capita permaneçam constantes. A parcela de
gastos relativa aos idosos crescerá 36,8% entre 2010 e 2030.
Na atualidade, a forma de se calcular o valor dos planos de saúde protegem
os idosos através de um pacto implícito. (...)
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Considerando-se ainda que, após a aposentadoria, as pessoas normalmente
perdem o plano de saúde empresarial, fica evidente a dificuldade financeira que os
maiores de 60 anos de idade enfrentam para manter seus planos de saúde.
Uma das formas de solucionar esse problema e, ao mesmo tempo, permitir
acesso aos planos e seguros de saúde aos idosos é estimular a formação de uma
poupança, enquanto a pessoa estiver em sua juventude, para auxiliar no custeio
desses planos ou seguros de saúde no futuro. Estudo do IBGE mostra que uma
modesta contribuição de 15% do valor da mensalidade do plano de saúde
acumulada dos 20 anos aos 65 anos de idade permite custear mais de 60% da
mensalidade do plano de saúde dos 65 anos aos 85 anos de idade.
Neste contexto, é relevante observar que os recursos acumulados no VGBL-
Saúde permitirão aos trabalhadores manter ativos, inclusive em período pós-laboral,
seus planos de saúde suplementar, contribuindo para desoneração do Sistema
Único de Saúde — SUS em fase da vida em que o consumo desses serviços tende
a crescer substancialmente.
O projeto visa a possibilitar às empresas contratar os VGBLs Saúde com os
mesmos benefícios fiscais aplicados aos Planos de Benefícios de Previdência
Complementar, os PGBLs. Isso não implicará a perda de arrecadação, pois, hoje em
dia, as empresas já custeiam plano de previdência complementar e planos de saúde
em favor de seus empregados e dirigentes. Portanto, para viabilizar depósitos no
novo produto VGBL Saúde, a tendência é de que as empresas promovam alterações
em seus planos PGBL e nos planos de saúde que hoje oferecem a seus
empregados, com vista a economizar valores que lhes permitam financiar este novo
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produto, sem incremento significativo nos seus custos, não causando efeitos em
termos de arrecadação fiscal.
Isso porque não há previsão de alteração no § 2° do art. 11 da Lei n° 9.532,
de 10 de dezembro de 1997, que limita em 20% (vinte por cento) do total dos
salários dos empregados e da remuneração dos dirigentes da empresa, vinculados
ao referido plano, as deduções relativas às contribuições para entidades de
previdência privada quando da determinação do lucro real e da base de cálculo da
contribuição social sobre o lucro líquido.
Ao acrescentar o § 8° ao art. 63 da Medida Provisória 2.158-35, de 24 de
agosto de 2001, o artigo 3° do PL 10/15 pacifica a preocupação da perda de
arrecadação relacionada à portabilidade de recursos dos atuais planos de seguros
de vida com cobertura por sobrevivência, contratados sob a forma individual, para
planos contratados sob a égide, ao impedir a migração de recursos dos atuais
VGBLs para os planos contemplados neste projeto de lei.
Para clarificar que a previsão legal atual não será alterada e que a pretensão
contida nesta proposição visa apenas e tão somente incluir dentre as hipóteses que
não integram a remuneração dos beneficiários as contribuições pagas por pessoas
jurídicas relativas a seguros de vida com cobertura por sobrevivência que destinem
seus recursos à contraprestação de plano privado de assistência à saúde ou de
seguro-saúde, devidamente registrado na Agência Nacional de Saúde Suplementar
— ANS, sugerimos a alteração da redação dos artigos 1° e 2° do PL 10/2015.
(...)
Substitutivo apresentado ao Projeto de Lei nº 10/2015
O Congresso Nacional decreta:
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Art. 1°. O art. 2° do Decreto-Lei nº 2.296, de 21 de novembro de 1986, passa
a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 2°. As contribuições efetivamente pagas pela
pessoa jurídica relativas aos programas de previdência
privada e a de seguros de vida com cobertura por
sobrevivência, em favor dos seus empregados e
dirigentes, não serão consideradas integrantes da
remuneração dos beneficiários para efeitos trabalhistas,
previdenciários e de contribuição sindical, nem integrarão
a base de cálculo para as contribuições do FGTS. (NR)
Parágrafo único: Aplica-se a disposição contida no
caput também as contribuições efetivamente pagas pela
pessoa jurídica, relativas a seguros de vida com cobertura
por sobrevivência, inclusive os com tratamento fiscal
específico, no caso dos recursos serem destinados ao
pagamento de despesa relacionada à contraprestação de
plano privado de assistência à saúde ou de seguro-saúde,
devidamente registrado na Agência Nacional de Saúde
Suplementar — ANS.” (NR)
Art. 2º. O art. 28, § 9º, alínea “p”, da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991,
passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art.28 (...)
(...)
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p) o valor das contribuições efetivamente pago pela
pessoa jurídica, relativo a programa de previdência
complementar, aberto ou fechado, e a de seguros de vida
com cobertura por sobrevivência, desde que disponível à
totalidade de seus empregados e dirigentes, observados,
no que couber, os arts. 9º e 468 da Consolidação das Leis
do Trabalho. (NR)
p. 1) a regra contida na alínea “p” aplica-se também
a seguro de vida com cobertura por sobrevivência,
inclusive os com tratamento fiscal específico, no caso dos
recursos serem destinados ao pagamento de despesa
relacionada à contraprestação de plano privado de
assistência à saúde ou de seguro saúde, devidamente
registrado na Agência Nacional de Saúde Suplementar —
ANS.” (NR)
Art. 3º. O art. 63 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001,
passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art.63 (...)
§ 1º A partir de 1º de janeiro de 2002, os
rendimentos auferidos no resgate de valores acumulados
em provisões técnicas e no pagamento do capital
segurado, referentes a coberturas por sobrevivência de
seguros de vida, serão tributados de acordo com as
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alíquotas previstas na tabela progressiva mensal e
incluídos na declaração de ajuste do beneficiário. (NR)
§2º (...)
§3º (...)
§ 4º Nos planos em que o empregador participe,
total ou parcialmente, do custeio, também será
considerado rendimento, para fins de resgate e de
pagamento do capital segurado, o montante dos recursos
constituídos com o valor dos prêmios por ele pagos. (NR).
§ 5° O disposto no § 1º deste artigo não se aplica
aos rendimentos auferidos na aplicação dos recursos
aportados no seguro, inseridos no valor destinado ao
pagamento de despesa referente à contraprestação de
plano privado de assistência à saúde ou de seguro-saúde,
devidamente registrado na Agência Nacional de Saúde
Suplementar — ANS, os quais ficarão isentos do imposto
de renda na fonte e na declaração de ajuste anual modelo
completo. (NR)
§ 6º A isenção de que trata o parágrafo anterior:
(NR)
I - aplica-se somente à despesa referente à
contraprestação de plano privado de assistência à saúde
ou de seguro saúde de operadoras domiciliadas no Brasil
e sujeitas à fiscalização da Agência Nacional de Saúde
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Suplementar — ANS, desde que os recursos destinados
para esse fim sejam a elas transferidos diretamente da
operadora do seguro mencionado no capu’ deste artigo,
devendo ser garantido ao segurado e ao assistido a livre
escolha do plano privado de assistência à saúde ou
seguro saúde; (NR)
II - compreende também as despesas de que trata
o inciso I deste parágrafo com dependentes e com
alimentandos, neste caso quando realizadas pelo
alimentante em virtude de cumprimento de decisão
judicial ou de acordo homologado judicialmente; (NR)
III - não exclui a possibilidade de dedução, na
declaração de ajuste anual modelo completo, de
despesas relativas à saúde do declarante, seus
dependentes e alimentandos; (NR)
§ 7° A dedução de que trata o inciso III, § 6°, fica
limitada ao valor que exceder os rendimentos isentos;
(NR)
§ 8° Os seguros, onde aplicável a previsão mencionada
no § 5° deste artigo: (NR)
I - somente poderão ser cessionários, em pedidos
de portabilidade de recursos, de importâncias oriundas de
seguros contemplados com a mesma previsão; (NR)
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II - disporão, em suas condições contratuais, que
os valores de solicitações de portabilidades, e de pedidos
de resgate não destinados ao pagamento de despesa
referente à contraprestação de plano privado de
assistência à saúde ou de seguro saúde, deverão ser
compostos, exclusivamente, por valores relacionados ao
valor nominal e rendimentos de aportes que já estejam no
plano por prazo mínimo fixado em anos e contado da data
do respectivo aporte, por normativa a ser expedida pelo
Conselho Nacional de Seguros Privados — CNSP; (NR)
§ 9º O Conselho Nacional de Seguros Privados —
CNSP definirá as situações, dentre as previstas na Lei n°
8.036, de 11/05/1990, para efetivação de saques do
FGTS, onde o segurado poderá solicitar resgate dos
recursos da provisão matemática de benefícios a
conceder, não se aplicando o disposto no inciso II do art.
8° deste artigo. (NR)
Art. 4° O inciso VIII do artigo 6° da Lei n° 7.713, de 22 de dezembro de 1988,
passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art.6° (...)
(...)
VIII - as contribuições e prêmios pagos pelos
empregadores relativos a programas de previdência
privada e a seguros de vida com cobertura por
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sobrevivência em favor de seus empregados e dirigentes;
(NR)
Art. 5°. Aplicam-se aos seguros de que trata o art. 63 da Medida Provisória n°
2.158-35, de 24 de agosto de 2001, as disposições da Lei n°11.053, de 29/12/2004.
Art. 6°. Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias após sua publicação.”
Este é o Substitutivo apresentado pela Comissão de Finanças e Tributação,
como complementação de voto, que leio neste momento:
“Em face do exposto, somos pela não implicação da matéria em aumento de
despesa ou diminuição de receita públicas, não cabendo, portanto, conforme norma
interna da Comissão de Finanças e Tributação, pronuciamento quanto aos aspectos
financeiros e orçamentários. E, quanto ao mérito, votamos pela aprovação do
Projeto de Lei nº 10/2015, na forma do Substitutivo anexo.”
Aproveito, Sr. Presidente, para reformular o parecer anterior, pela Comissão
de Seguridade Social e Família, nos termos do substitutivo que ora adoto como
complementação de voto na Comissão de Finanças e Tributação.
É o relatório, Sr. Presidente.
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O SR. BALEIA ROSSI - Peço a palavra pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Com a palavra o Deputado Baleia
Rossi.
O SR. BALEIA ROSSI (Bloco/PMDB-SP. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - Existe entendimento para o adiamento da votação sem se encerrar a
discussão.
Esse é o encaminhamento que fazemos.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - O.k. Se houver acordo ou consenso
do Plenário, a Presidência não se opõe.
Concedo a palavra ao nobre Deputado Marcos Montes, pela Liderança do
PSD.
O SR. MARCOS MONTES (PSD-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Obrigado, Sr. Presidente.
Também quero agradecer ao meu Líder Rogério Rosso a oportunidade de
usar o tempo do PSD para falar de algo importante neste País, via nossa Frente
Parlamentar Mista da Agropecuária.
Assumo esta tribuna, Sr. Presidente, para fazer um alerta ao Governo. Ontem
nós fomos surpreendidos pela Instrução Normativa nº 83, do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária — INCRA, que mais uma vez leva insegurança, que
permeia o campo brasileiro, ao produtor rural. A instrução normativa aponta para um
caminho que mostra, de forma desnecessária, desequilibrada, em um convênio com
o Ministério do Trabalho, que qualquer ação do fiscal do trabalho em uma
propriedade rural pode ser interpretada da forma que o fiscal quiser. E, é claro,
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nessa parceria o INCRA pode fazer o ato de desapropriação dessa terra. Um
verdadeiro absurdo, que leva a essa forte insegurança no Brasil.
Por conta disso, convocamos ontem o Ministro Aloizio Mercadante e também
o Ministro Manoel Dias para darem as devidas explicações. O Deputado Valdir
Colatto apresentou esse requerimento, mas, depois de uma apreciação e de uma
conversa com o Líder do Governo, José Guimarães, nós resolvemos retirar o
requerimento — o Deputado Colatto consentiu em retirá-lo — e vamos conversar
hoje à tarde com o Ministro Mercadante. E acredito que vamos conversar com o
Ministro Mercadante na linha de ajudar o Governo. Na Frente Parlamentar,
independentemente dos nossos partidos políticos, pois cada um tem seu partido,
nós respeitamos as opções partidárias e estamos trabalhando pela governabilidade
do País, independentemente das nossas ideologias políticas.
Hoje mesmo, o ex-Ministro da Agricultura, como sempre sóbrio e sereno,
coloca uma matéria de extrema importância no jornal Valor Econômico, no sentido
de que o Brasil tem que respirar, independentemente dos problemas políticos,
pessoais ou partidários de cada um.
E a Frente Parlamentar da Agropecuária também se soma a essa ideia,
fazendo este alerta: o Brasil não pode mais ficar dissociado da Presidência da
República, do Executivo, em relação às ações do Governo. Muitas ações
importantes do Governo — como essa agora do INCRA —, feitas por órgãos como
INCRA, Fundação Nacional do Índio — FUNAI, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis — IBAMA, enfim, por vários órgãos com que
estamos convivendo, passam despercebidas do próprio Executivo, e o Governo está
sendo orientado de forma equivocada. O Brasil está sendo governado através de
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instruções normativas, que deveriam regular leis que deveriam passar por esta
Casa.
Nessa dissociação, hoje nós vamos alertar que a Frente Parlamentar da
Agropecuária vai lutar pela governabilidade do País. Mas nós precisamos que o
Governo também nos acene e mostre que está empenhado em querer ajudar o
Brasil a sair desse turbilhão em que se encontra. E sair desse turbilhão, Sr.
Presidente, significa apontar caminhos que tragam de volta os investimentos que
teimosamente às vezes o Governo evita.
Nós estamos caminhando. Recentemente fomos ao Banco Central, a
Deputada Tereza Cristina, eu e o Deputado Luis Carlos Heinze, para mostrar ao
Presidente Alexandre Tombini as ações que o Governo pode implementar para
melhorar os investimentos do Brasil. É claro que, para isso, é preciso haver uma
consciência maior do Governo.
E, dentro desse turbilhão, existem algumas luzes. Ontem, nós tivemos uma
luz realmente muito promissora, uma luz que nos anima. Foi apresentado a vários
Parlamentares, Deputados e Senadores, a várias instituições e entidades o balanço
do Ministério da Agricultura dos últimos 6 meses de atuação da Ministra Kátia Abreu.
De lá saímos animados, surpreendidos favoravelmente com o belo trabalho que o
Ministério da Agricultura vem desempenhando na condução da equipe. Acho que
isso realmente nos anima.
Ao mesmo tempo, nós não podemos permitir — não podemos permitir —que
o Governo, cegamente orientado por algumas pessoas ideologicamente construídas
neste País e que têm trazido um desserviço ao nosso Brasil, possa continuar
administrando o Brasil, às vezes até sem o consentimento e sem o conhecimento do
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próprio Governo. Hoje à tarde nós iremos dizer ao Ministro Aloizio Mercadante que
queremos ajudar na governabilidade.
Somado a isso, Sr. Presidente, quero destacar também a presença e a ação
da Câmara Federal e a dinâmica que ela imprimiu ao País.
Eu quero pessoalmente, em nome da Frente, Sr. Presidente, agradecer
V.Exa. por ter trazido para cá matérias polêmicas, sim, mas que nós precisamos
discutir e que podem realmente mudar o País, levando-o àquilo que sonhamos.
Por isso, Sr. Presidente, nesse turbilhão todo, foram apontadas essas duas
luzes: uma mais antiga, que é a própria dinâmica que esta Casa imprime, através de
V.Exa. E eu quero parabenizá-lo publicamente pelo trabalho que faz aqui nesta
Casa e também por aquilo que apresentou ao Ministério da Agricultura. Iremos ao
Governo com um sentido de ajudar, ajudar o Brasil, não o de ajudar o Governo, mas
de ajudar o Brasil, que é de todos nós, independentemente dos nossos partidos
políticos.
Por isso, Sr. Presidente, eu agradeço por este tempo que me foi permitido
pelo Líder Rogério Rosso. Convoco todos para que juntos possamos mostrar os
caminhos que o Brasil precisa seguir. Tenho certeza de que o próprio Governo não
conhece muitos deles, mas nós vamos alertá-lo hoje.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Indago ao Plenário se vamos
continuar a discussão ou não. Há acordo para adiá-la? (Pausa.)
O SR. CAIO NARCIO (PSDB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, só 1 minuto. Da parte do PSDB, até existe acordo para esse adiamento,
mas gostaríamos que na discussão fossem ouvidos pelo menos três de cada lado.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Mas não há encerramento. Eles
estão propondo que não haja encerramento.
O SR. CAIO NARCIO - Tudo bem, mas gostaríamos que houvesse pelo
menos três oradores de cada lado.
O SR. ROGÉRIO ROSSO (PSD-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, o PSD é favorável ao adiamento, para que possamos fazer esta
discussão também.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Eu concedo tempo para falar pelo
outro motivo, sem problema nenhum. Só quero superar este processo e avançar na
pauta.
O SR. CAIO NARCIO - Então o.k., Sr. Presidente. Então conceda.
O SR. LUCAS VERGILIO - Sr. Presidente, então, com esse...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Eu concedo a palavra.
O SR. CAIO NARCIO - O.k.
O SR. SÁGUAS MORAES - Sr. Presidente...
O SR. BALEIA ROSSI - Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Eu só quero saber antes se há
acordo. Essa é a vontade do Plenário?
O SR. CAIO NARCIO - Pelo PSDB, há acordo.
O SR. SÁGUAS MORAES (PT-MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Há
acordo.
O SR. LUCAS VERGILIO (SD-GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, só uma pergunta: com este entendimento, hoje não haverá mais votação
nominal?
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Não. Vamos seguir a pauta. O
entendimento é para este projeto. A pauta continua. Pode haver ou não. Eu não
posso garantir a V.Exa. que ninguém vá pedir votação nominal, infelizmente.
O SR. LUCAS VERGILIO - Tem acordo, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Com esse projeto, há acordo? Há
acordo com o autor, com tudo?
O SR. LUCAS VERGILIO - Há acordo.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Então a discussão está interrompida.
Ela está iniciada e não está encerrada. A matéria volta à pauta na semana que vem.
O SR. CAETANO (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, quero dar como lido meu discurso.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero parabenizar a todos os maçons
do Brasil pela passagem do Dia do Maçom, comemorado hoje, dia 20 de agosto.
Especialmente, saúdo a Grande Loja do Estado da Bahia, na figura do seu
sereníssimo Grão-Mestre Jair Técio Cunha Costa, e a Loja Maçônica Estrela Polar
da Fraternidade, situada em Camaçari, na figura do venerável Edilson Sobrinho.
A Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica,
educativa e progressista. Seus lemas são liberdade, igualdade e fraternidade.
Desde a Revolução Francesa, a Maçonaria participou ativamente da
construção da democracia em praticamente todo o mundo ocidental.
Parabéns aos maçons baianos e brasileiros pelo seu dia!
Parabéns à Loja Maçônica de Camaçari.
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Muito obrigado.
O SR. SÁGUAS MORAES - Tem a palavra a Deputada Shéridan, Sr.
Presidente?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Deputada Shéridan, por gentileza.
Em seguida falará o Deputado Rubens Bueno.
O SR. SÁGUAS MORAES - Obrigado.
A SRA. SHÉRIDAN (PSDB-RR. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu subo a esta tribuna na manhã de quinta-feira
como mulher, como a única mulher roraimense Parlamentar, para me posicionar de
forma muito respeitosa, antes de mais nada já dizendo que sou contra qualquer tipo
de preconceito, seja ele racial, sexual ou de gênero. A forma desrespeitosa e
agressiva como o apresentador do Sistema Brasileiro de Televisão se dirigiu às
mulheres do meu Estado na madrugada de anteontem é lastimável! Ele agride, ele
desrespeita, ele ofende. Não bastasse, por ignorância ou por incompetência, a
Presidente Dilma confundir “roraimense” com “roraimada” ao se referir a quem nasce
no meu Estado, vem esse senhor, de forma desrespeitosa, ofender a todas nós
mulheres de Roraima.
Eu sou de Roraima, minhas filhas são de Roraima, minhas avós e minha mãe
são de Roraima. As mulheres do meu Estado são tão maravilhosas quanto ele:
mulheres trabalhadoras rurais, mulheres professoras, mulheres médicas, mulheres
índias, muitas mulheres inclusive provedoras de seus lares, mulheres que, em
momento algum, sob circunstância alguma, merecem ter de lidar com esse tipo de
preconceito, absurdo em pleno século XXI.
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Não cabe a ninguém julgar nenhum tipo de profissão. Quem somos nós para
julgar alguém? Devemos respeitar as pessoas e, acima de tudo, repudiar atitudes
dessa natureza. Eu espero, sinceramente — desta tribuna recorro a todos os meus
colegas Parlamentares —, que o Sistema Brasileiro de Televisão tente, pelo menos
tente se retratar com as mulheres de Roraima em nome desse apresentador e na
condição de empresa, ainda que nem assim irá minimizar, sob ótica nenhuma, o
tamanho do dano, da agressão, do desrespeito que elas sofreram desse senhor.
Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Prorrogo a presente sessão por 1
hora.
Concedo a palavra ao Sr. Deputado Rubens Bueno, para uma Comunicação
de Liderança, pelo PPS. (Pausa.)
O SR. HISSA ABRAHÃO - Sr. Presidente, peço a palavra por 1 minuto,
enquanto o Líder se dirige à tribuna.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - V.Exa. tem 1 minuto, Deputado
Hissa Abrahão.
O SR. HISSA ABRAHÃO (PPS-AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, eu quero me solidarizar com a Deputada Shéridan, que acabou de
subir à tribuna, e com todo o povo de Roraima. Eu sou do Norte, do Estado do
Amazonas, e considero lamentável a declaração do apresentador de televisão
Danilo Gentili, que claramente chamou as roraimenses de prostitutas. Claramente! E
ainda foi desrespeitoso ao dizer que iriam pagar o cachê dele com peixe, como se
aquele povo não tivesse condição de contratar um show que até parece que é
grande coisa.
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Esta Casa inteira deve assinar uma moção de repúdio, porque o apresentador
agrediu a todas as mulheres do Brasil, não só às do Norte ou às de Roraima.
A bancada do PPS vai redigir uma moção de repúdio e pede que esta inteira
Casa a assine, em apoio às mulheres brasileiras.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Pois não.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Concedo a palavra ao Deputado
Rubens Bueno, para uma Comunicação de Liderança, pelo PPS.
O SR. RUBENS BUENO (PPS-PR. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, nós recebemos a notícia de que a PETROBRAS está vendendo 25% da
BR Distribuidora, uma empresa que vale mais de 10 bilhões de dólares. Primeiro
assaltam a PETROBRAS — assaltam a PETROBRAS! —, tirando de lá bilhões de
reais para atender o PT e seus aliados com propinas e financiar candidatos. Este foi
o primeiro assalto à PETROBRAS. Agora, como não há mais o que assaltar, não há
mais o que tirar de lá, querem vender parte da PETROBRAS para cobrir o buraco da
roubalheira. Este é o fato.
Eu fico pasmo, porque vejo agora a notícia de que em Curitiba, Deputado
Hauly, 300 manifestantes foram às ruas, contra os 60 mil que foram às ruas domingo
se manifestar contra a Dilma, contra o PT e contra o Lula, sobretudo. Reúnem 300
manifestantes em defesa da PETROBRAS, mas em defesa de quê? Da roubalheira?
Da dilapidação do patrimônio público brasileiro? É evidente que não!
Nós defendemos a PETROBRAS longe dos assaltantes que lá estiveram
enquanto organização criminosa. E não é só a BR Distribuidora que estão
entregando agora. Na área petroquímica, a PETROBRAS vendeu 100% de suas
ações para a Videolar, 870 milhões. A Braskem ainda detém 28% da química, da
METANOR S.A. e da COPENOR; 50% da Fábrica Carioca de Catalisadores S.A.;
50% da Petrocoque S.A.; e 100% da Companhia Petroquímica de Pernambuco. Isto
é a dilapidação do patrimônio do povo brasileiro construído ao longo de dezenas de
anos!
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Na América Latina, a PETROBRAS se desfez de vários ativos. Na Argentina,
de 38% de Puerto Hernández e de ativos na Bacia Austral. Na Bolívia, de 44% da
Transierra. No Chile, no Paraguai e no Uruguai, desfez-se de 40% de seus ativos.
No Peru, desfez-se de 100% deles. A refinaria de Okinawa, no Japão, será
transformada em terminal marítimo até o seu completo fechamento. Além disso, a
PETROBRAS não investirá mais na Refinaria Premium I, no Maranhão, nem na
Refinaria Premium II, no Ceará, e suspendeu qualquer aporte financeiro à Refinaria
Abreu e Lima e ao projeto da refinaria do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro
— COMPERJ, o que certamente trará grandes prejuízos para o povo brasileiro.
Assim estão tratando a PETROBRAS, Deputado Reinaldo. Estão tratando a
PETROBRAS dessa forma, Deputado Nilson Leitão! Assim é que se faz uma gestão
criminosa do patrimônio do povo brasileiro. A PETROBRAS, uma empresa que
representava a todos nós, aqui e lá fora, uma empresa que dava credibilidade ao
País com os mais de 80 mil profissionais que lá trabalham e garantem a qualidade
dos serviços prestados, de repente é assaltada por um aparelho criminoso que tira
da empresa bilhões de reais para abastecer os cofres do partido do Governo e dos
seus aliados em campanhas eleitorais.
Este é o motivo de eu dizer que o PT não pode, de forma alguma, querer dar
uma de avestruz. Nós queremos dizer, sim, que o PT faz mal ao País, assalta o
País, dilapida o patrimônio público do povo brasileiro.
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O SR. ZÉ GERALDO (PT-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, votei com o partido na votação anterior.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Item 2.
PROJETO DE LEI Nº 412-C, DE 2011
(DO SR. HUGO LEAL)
Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº
412-C, de 2011, que dispõe sobre responsabilidade civil
do Estado; tendo parecer da Comissão de Trabalho, de
Administração e Serviço Público, pela aprovação deste e
dos de nºs 923/11 e 2763/11, apensados, com a redação
dada ao de nº 412/11 (Relator: Dep. André Figueiredo);
da Comissão de Finanças e Tributação pela não
implicação da matéria com aumento ou diminuição da
receita ou da despesa públicas, não cabendo
pronunciamento quanto à adequação financeira e
orçamentária deste e dos de nºs 923/11, 2.763/11 e
686/15, apensados, e, no mérito, pela aprovação deste,
com emenda, e rejeição dos de nºs 923/11, 2.763/11 e
686/15, apensados (Relator: Dep. Edmar Arruda); e da
Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania, pela
constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa, e, no
mérito, pela aprovação deste e dos de nºs 923/11,
2.763/11 e 686/15, apensados, com substitutivo (Relator:
Dep. Efraim Filho).
Tendo apensados (3) os PLs nºs 923/11, 2.763/11
e 686/15.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Há sobre a mesa requerimento de
retirada de pauta da matéria:
“Senhor Presidente,
Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art.
83, parágrafo único, II, ‘c’, combinado com o art. 117,
caput, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a
retirada de pauta da Ordem do Dia da seguinte
proposição: PL 412/11.”
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Não há oradores inscritos.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Em votação o requerimento de
retirada de pauta.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Os Srs. Deputados que concordam
permaneçam como se acham. (Pausa.)
APROVADO.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Item 3.
PROJETO DE LEI Nº 730, de 2015
(DO SR. DOMINGOS NETO)
Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº
730, de 2015, que estabelece diretrizes para a celebração
de consórcios públicos, cooperação interfederativa, entre
União, Estados e Municípios, na forma de associação
pública, com personalidade jurídica de direito público e
natureza autárquica, visando à aquisição, ao custeio e ao
uso de máquinas perfuratrizes de poços artesianos, no
contexto de política pública de combate à seca e de
desenvolvimento econômico e social das zonas rurais de
municípios integrantes do semiárido brasileiro. Pendente
de parecer de Comissão Especial.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Para oferecer parecer ao projeto
pela Comissão Especial, concedo a palavra ao Deputado Fernando Filho. O projeto
é de autoria do Deputado Domingos Neto.
O SR. FERNANDO COELHO FILHO (PSB-PE. Para emitir parecer. Sem
revisão do orador.) - Sr. Presidente, na Região Nordeste, nossos Municípios
enfrentam, como todos os outros Municípios brasileiros, uma série de dificuldades
para se organizar e receber equipamentos tão caros. Uma máquina perfuratriz hoje
deve estar custando em torno de 1 milhão de reais. Não só o custo da aquisição,
mas também o custeio de operação dessas máquinas, impede que os Municípios
possam adquiri-las individualmente.
Entendo que o projeto do Deputado Domingos Neto, caracterizando a figura
do consórcio, ajuda nesse investimento, bem como otimiza o uso dessas máquinas
na velocidade de que precisam os Municípios para a implementação de poços
tubulares.
Sendo assim, solicito o apoio de V.Exas.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Passa-se à discussão.
Oradores contrários:
Deputado Luiz Carlos Hauly. (Pausa.)
Deputado Edmilson Rodrigues. (Pausa.)
Deputado Rodrigo de Castro. (Pausa.)
Deputado Caio Narcio.
O SR. CAIO NARCIO (PSDB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, quero aproveitar este momento para responder a algumas palavras do
Deputado Paulo Teixeira.
O Deputado Paulo Teixeira, em seu discurso, hoje, após atacar o Aécio, após
dizer que ele é contra o Brasil e que a Oposição defende a pauta-bomba, disse, em
algum momento, que a palavra da Presidente não é “renúncia”. Eu concordo. A
palavra dela não é nem “renúncia” nem “desculpas”, porque humildade neste
Governo não existe, não há reconhecimento dos erros, não há pedido de desculpas
a quem foi enganado. Talvez, as palavras mais adequadas para representar este
Governo sejam “corrupção”, “mentira”, “enganação”, “amnésia” daqueles que
esquecem as suas bandeiras e que, no momento oportuno, quando lhes é
conveniente, não sabem de nada.
Hoje, Sr. Presidente, em resposta ao que se viu domingo, o Partido dos
Trabalhadores está começando uma manifestação que se diz em defesa deste
Governo. Nas ruas nós vemos um aglomerado de 150 pessoas, de 300 pessoas, em
6 ou 7 Estados, carregando bandeiras vermelhas: algumas da CUT, pelegos, que
não estiveram aqui quando foram retirados direitos trabalhistas; outras da UNE,
pelegos, que me envergonham como estudante e como jovem, porque não
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estiveram aqui quando 200 mil alunos ficaram fora do FIES este ano nem quando
retiraram 9,3 bilhões da educação; outras ainda do MST, pelegos, que muitas vezes
não representaram a sua bandeira porque estão nas ruas defendendo o Governo
que menos assentou nos últimos anos. Quem está nas ruas, Sr. Presidente, carrega
bandeira vermelha porque está defendendo um partido, em vez de defender o Brasil,
o nosso País. É por isso que é feito um investimento nessa manifestação das
empresas públicas. O manifesto não é espontâneo, é um manifesto de desespero.
Mas os artífices do Partido dos Trabalhadores dizem que ele é de movimentos
sociais. Ora, o movimento real aconteceu quando o Brasil foi às ruas, milhões de
brasileiros indignados com o momento que o País está vivendo.
Sra. Presidente, tenha humildade, reconheça seus erros, peça desculpas,
ouça a voz das ruas! Renuncie em favor do Brasil!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Para falar a favor, tem a palavra o
Deputado Delegado Edson Moreira.
O SR. DELEGADO EDSON MOREIRA - Abro mão.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Tem a palavra o Deputado Alberto
Fraga. (Pausa.)
Tem a palavra o Deputado Moroni Torgan. (Pausa.)
Tem a palavra o Deputado Domingos Sávio. (Pausa.)
Tem a palavra o Deputado Pompeo de Mattos. (Pausa.)
Tem a palavra o Deputado Glauber Braga.
O SR. GLAUBER BRAGA (PSB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, só vou utilizar parte do meu tempo, para
manifestar minha solidariedade à Deputada Shéridan diante do que foi dito pelo
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apresentador de televisão. Essa postura de discriminar Estados brasileiros não pode
ser aceita por nenhum de nós como natural.
Portanto, registro minha solidariedade a todo o povo de Roraima. Nós
consideramos inconcebível esse tipo de declaração discriminatória.
Que fique registrada nos Anais da Câmara dos Deputados a nossa
indignação.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Com a palavra o Deputado Rocha.
(Pausa.)
Com a palavra a Deputada Eliziane Gama. (Pausa.)
Com a palavra o Deputado Betinho. (Pausa.)
Com a palavra o Deputado Caio Narcio. (Pausa.) O Deputado Caio Narcio
estava nas duas. Não pode.
Com a palavra o Deputado Gilberto Nascimento. (Pausa.)
Com a palavra a Deputada Moema Gramacho. (Pausa.)
Com a palavra o Deputado Cabo Sabino. (Pausa.)
Com a palavra o Deputado Assis Carvalho. (Pausa.)
Com a palavra o Deputado Odorico Monteiro. (Pausa.)
Com a palavra o Deputado Sarney Filho. (Pausa.)
Declaro encerrada a discussão.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - O projeto foi emendado. Para
oferecer parecer às emendas de plenário pela Comissão Especial, concedo a
palavra ao Deputado Fernando Coelho Filho.
O SR. FERNANDO COELHO FILHO (PSB-PE. Para emitir parecer. Sem
revisão do orador.) - Sr. Presidente, o parecer é pelo acolhimento das Emendas nºs
1, 3 e 4 e pela rejeição da Emenda nº 2.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Em votação as Emendas nºs 1, 3 e
4, com parecer favorável, ressalvados os destaques.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Aqueles que forem pela aprovação
permaneçam como se acham. (Pausa.)
APROVADAS.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Em votação a Emenda de Plenário
nº 2, com parecer contrário, ressalvados os destaques.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Aqueles que forem pela aprovação
permaneçam como se acham; os contrários à emenda manifestem-se. (Pausa.)
REJEITADA.
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O SR. JUTAHY JUNIOR (PSDB-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, deixo registrado que, na votação anterior, votei conforme a
orientação da bancada.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Em votação o Projeto de Lei nº 730,
de 2015, ressalvados os destaques.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Aqueles que forem pela aprovação
permaneçam como se acham.
APROVADO.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Sobre a mesa o seguinte
requerimento:
“Senhor Presidente,
Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art.
161, § 2º, do Regimento Interno, destaque para votação
em separado da Emenda nº 1 ao PL 730/2015, pela sua
inclusão ao texto do projeto de lei, do seu substitutivo ou
do texto sobre o qual recaia a preferência.”
Já foi aprovada a emenda. O destaque está prejudicado.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Há sobre a mesa e vou submeter a
votos a seguinte
REDAÇÃO FINAL:
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Aqueles que forem pela aprovação
permaneçam como se acham. (Pausa.)
APROVADA.
A matéria vai ao Senado Federal.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Sobre o item 4, Projeto de Lei nº
1.057-A, de 2007, há não só um grande interesse em que nós o votemos, como
também um acordo sobre a necessidade de se produzir uma emenda ao texto.
O Relator designado para a emenda, Deputado Marcos Rogério, não está
presente, então vou retirar de ofício a matéria, para que possamos aprová-la com o
texto correto. Não era minha vontade fazê-lo, e eu não o faria, mas, como há a
consciência de que é preciso votarmos uma emenda, vou retirar a matéria e passá-
la para a próxima semana.
E já vou pedir ao Deputado Marcos Rogério que protocole a emenda. Eu
deixarei a matéria na pauta já a partir de terça-feira.
Protocole a emenda, Deputado, independentemente da sua presença ou
ausência, para que não deixemos de votá-la em razão de o Parlamentar responsável
pelo cumprimento do acordo não estar em plenário.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - Parabéns, Presidente!
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Item 5.
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 106,
DE 2011.
(DO SR. ESPERIDIÃO AMIN)
Discussão, em turno único, do Projeto de Lei
Complementar nº 106-C, de 2011, que acrescenta novos
dispositivos à Lei Complementar nº 123, de 14 de
dezembro de 2006, que “Institui o Estatuto Nacional da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte”, com o
objetivo de autorizar a constituição de sociedade de
garantia solidária, e dá outras providências; tendo
parecer: da Comissão de Desenvolvimento Econômico,
Indústria e Comércio, pela aprovação (Relator: Dep.
Wellington Fagundes); da Comissão de Finanças e
Tributação, pela não implicação da matéria com aumento
ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não
cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira
e orçamentária; e, no mérito, pela aprovação (Relator:
Dep. Dr. Ubiali); e da Comissão de Constituição e Justiça
e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e
técnica legislativa (Relator: Dep. Betinho Gomes).
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O SR. SILVIO COSTA (Bloco/PSC-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, nós estamos conversando, estamos dialogando com o Deputado
Esperidião Amin. Adote o mesmo procedimento do item 4 e retire de ofício a matéria.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - De ofício eu não vou retirar. Vou
anunciar a votação, e V.Exa. se manifesta. Eu retirei o outro item porque fui
responsável pelo acordo e o Parlamentar que fez o acordo não está presente, por
isso não seria correto de minha parte submeter a matéria à votação.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Requerimento de retirada de pauta:
“Senhor Presidente,
Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art.
83, parágrafo único, II, ‘c’, combinado com o art. 117, VI,
do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a
retirada de pauta da Ordem do Dia da seguinte
proposição: Projeto de Lei Complementar nº 106/2011.”
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Em votação o requerimento de
retirada de pauta.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - As Sras. e os Srs. Deputados que o
aprovam permaneçam como se acham. (Pausa.)
APROVADO.
O projeto é retirado da pauta de hoje, mas ele continua em pauta.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - O item 6 da pauta é o Projeto de Lei
nº 2.479-C, de 2000, do Sr. Ricardo Barros.
Há requerimento para adiamento da discussão do Projeto de Lei nº 2.479, de
2000.
A única coisa que eu acho estranha neste projeto é que havia requerimento
de inversão de pauta, e o mesmo autor agora pede a retirada da matéria.
O SR. SÁGUAS MORAES (PT-MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Vamos retirar esse pedido, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Pelo menos V.Exa. tem
consideração intelectual com todos nós.
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275
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Item 6.
PROJETO DE LEI Nº 2.479-C, DE 2000,
(DO SR. RICARDO BARROS)
Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº
2.479-C, de 2000, que altera o art. 12 do Decreto-Lei nº
73, de 21 de novembro de 1966, que dispõe sobre o
sistema nacional de seguros privados, regula as
operações de seguros e resseguros e dá outras
providências; tendo pareceres: da Comissão de Defesa
do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias, pela
aprovação deste e da emenda apresentada na Comissão
(Relator: Dep. Luiz Bittencourt); da Comissão de Finanças
e Tributação pela não implicação da matéria com
aumento ou diminuição da receita ou da despesa
públicas, não cabendo pronunciamento quanto à
adequação financeira e orçamentária deste e da emenda
da Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e
Minorias e, no mérito, pela aprovação deste, com
substitutivo, e pela rejeição da emenda da Comissão de
Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias
(Relator: Dep. José Lourenço); e da Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania, pela
constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa
deste, com emenda, e da emenda da Comissão de
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Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias e do
substitutivo da Comissão de Finanças e Tributação, com
subemenda (Relator: Dep. Odair).
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Passa-se à discussão da matéria.
Há oradores inscritos.
Para falar contra, tem a palavra o Deputado Delegado Edson Moreira.
(Pausa.) Abre mão.
Deputado Glauber Braga. (Pausa.) Abre mão.
Deputado Edmilson Rodrigues. (Pausa.) Abre mão.
Deputado Paulo Teixeira. (Pausa.) Abre mão.
Para falar a favor, tem a palavra o Deputado Caio Narcio. (Pausa.) Abre mão.
Todos abrem mão? (Pausa.) Todos abrem mão.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Vamos ao encaminhamento da
votação.
Também abrem mão? (Pausa.) Todos abrem mão.
O projeto foi emendado.
Para oferecer parecer às emendas de Plenário...
O SR. PEDRO FERNANDES (Bloco/PTB-MA. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - Sr. Presidente, na votação anterior, votei a favor.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Para oferecer parecer às emendas
de Plenário pela Comissão de Meio Ambiente, Minorias e Defesa do Consumidor,
concedo a palavra ao Deputado Arnaldo Faria de Sá. E aproveito para nomeá-lo por
todas as Comissões. Facilita.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Para proferir parecer. Sem
revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, para a Emenda de
Plenário nº 1, apresentada pelo Sr. Deputado Jutahy Junior, o nosso parecer é
favorável.
Para a Emenda nº 2, também apresentada pelo Deputado Jutahy Junior, o
nosso parecer é favorável.
E para a Emenda nº 3, do Deputado Rubens Bueno, nosso parecer é
favorável.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Nas três Comissões?
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - O meu parecer é pelas três Comissões
para as quais V.Exa. me designou.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Em votação as Emendas de Plenário
nºs 1, 2 e 3, com parecer favorável.
Há destaque de preferência? (Pausa.)
Vou chamar o feito à ordem.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Destaque de preferência, assinado
pelos Deputados Eduardo da Fonte e Ricardo Barros, para que seja dada
preferência ao texto original da proposição:
“Senhor Presidente,
Na forma do art. 160 do Regimento Interno da
Câmara dos Deputados, requeiro que na votação do
Projeto de Lei nº 2.479, de 2000, que altera o art. 12 do
Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, que
‘Dispõe sobre o sistema nacional de seguros privados,
regula as operações de seguros e resseguros e dá outras
providências’, de autoria do Senhor Ricardo Barros
(PP/PR), seja dada preferência à votação do texto original
da proposição.”
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Em votação o destaque de
preferência para o texto original.
O SR. SÁGUAS MORAES - Sr. Presidente, nós queremos orientar a
bancada.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Como vota o PT?
O SR. SÁGUAS MORAES (PT-MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - O
PT vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - O PT vota “não”.
Como vota o PMDB? (Pausa.)
Como vota o PSDB? (Pausa.)
Como vota o PSD? (Pausa.)
Como vota o PR?
O SR. MAURÍCIO QUINTELLA LESSA (PR-AL. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - O PR vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. MAX FILHO (PSDB-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - O
PSDB vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. CARLOS HENRIQUE GAGUIM (Bloco/PMDB-TO. Pela ordem. Sem
revisão do orador.) - O PMDB vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. HERCULANO PASSOS (PSD-SP. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - O PSD vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - O PSD vota “não” e o PMDB, “sim”.
Como vota o PSB? (Pausa.)
Como vota o PSDB?
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283
A SRA. SHÉRIDAN (PSDB-RR. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - O
PSDB vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - O PSDB vota “sim”.
Como vota o Democratas? (Pausa.)
Como vota o PDT?
O SR. DAGOBERTO (PDT-MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - O PDT
vota “não” à preferência, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Como vota o Solidariedade?
(Pausa.)
Como vota o PCdoB?
O SR. ORLANDO SILVA (PCdoB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
O PCdoB vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - “Não”.
Como vota o PROS? (Pausa.)
Como vota o PPS? (Pausa.)
Como vota o PV? (Pausa.)
Como vota o PSOL? (Pausa.)
Como vota a Minoria? (Pausa.)
O SR. ARTHUR VIRGÍLIO BISNETO (PSDB-AM. Pela ordem. Sem revisão
do orador.) - A Minoria encaminha o voto “sim”, Sr. Presidente.
O SR. FAUSTO PINATO (Bloco/PRB-SP. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - O PRB vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - O PRB vota “não”.
Como vota o Governo? (Pausa.)
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O SR. ALEX MANENTE (PPS-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - O
PPS vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - O PPS vota “sim”.
Como vota o Governo?
O SR. CHICO ALENCAR - Sr. Presidente, e a orientação pelo PSOL?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Perdão. Como vota o PSOL?
O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Essa preferência debilita, desidrata, flexibiliza demais o projeto. Então, nosso voto é
“não”.
Eu queria também me solidarizar com o povo de Roraima contra esse
preconceito, que é continuado e aparece às vezes de forma evidente, outras vezes
de forma latente, através até de alguns ditos grandes comunicadores. É abominável
essa generalização a respeito de um povo, de um segmento.
Manifesto nosso repúdio a isso que teria sido dito, ou foi dito, pelo
comunicador e humorista sem graça Danilo Gentili.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Em votação o destaque de
preferência para o texto original.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Os Srs. Deputados que forem
favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.)
APROVADO.
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O SR. SÁGUAS MORAES (PT-MT) - Peço verificação, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Verificação concedida.
O SR. SÁGUAS MORAES - O painel...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - O painel, não. Eu tenho que olhar
aqui nitidamente. A Presidência nunca tergiversa com relação a isso.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - A Presidência solicita aos Srs.
Deputados que tomem os seus lugares, a fim de ter início a votação pelo sistema
eletrônico.
Está iniciada a votação.
Queiram seguir a orientação do visor de cada posto.
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O SR. CARLOS MANATO (SD-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, o Solidariedade vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - O Solidariedade vota “sim”.
Nosso compromisso é tentar ir até às 15 horas. Podemos encerrar até antes,
se finalizarmos a apreciação da pauta, mas vamos limitar até às 15 horas, para que
possa ser realizada a programação avisada.
A SRA. PROFESSORA DORINHA SEABRA REZENDE (DEM-TO. Pela
ordem. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, o Democratas vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - O Democratas vota “sim”.
Lembro as Sras. e os Srs. Parlamentares que, apesar de ontem não termos
acabado tarde e apesar de termos marcado a sessão para mais cedo, às 9 horas, o
quórum só foi atingido às 11h35min. Se tivesse sido atingido mais cedo, certamente
já teríamos acabado a sessão.
Sras. e Srs. Parlamentares, venham ao plenário. Nós estamos pretendendo
votar, além deste item, mais um, e, se possível, o Decreto de Marraqueche, que
precisa de 308 votos.
O SR. PAULO TEIXEIRA - Sr. Presidente...
O SR. MORONI TORGAN - Sr. Presidente...
O SR. PAULO TEIXEIRA - Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Pois não.
O SR. PAULO TEIXEIRA (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, eu quero refletir com V.Exa., como estamos em processo de votação,
sobre o ponto seguinte da pauta, um projeto de mudança do Código de Processo
Civil.
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Eu li a proposta — vários Deputados aqui trabalharam no Código de Processo
Civil; conversei com o Deputado Leonardo Picciani para ver se ele concorda em
sentar com a equipe que trabalhou no Código, e ali há três questões: primeira, um
tema sobre o qual há concordância; segunda, necessidade de melhorar o conteúdo,
do ponto de vista da precisão legislativa; terceira, um tema sobre o qual há
discordância.
Sr. Presidente, como eu conversei com o Deputado Leonardo Picciani, que é
o autor, peço a V.Exa. que possa adiar esse debate para terça-feira. Há um
requerimento meu para terça-feira, para que nós possamos sentar e discutir.
Assim, a equipe que trabalhou na elaboração do Código — eu acho que os
Deputados Miro Teixeira, Hugo Leal, Arnaldo Faria de Sá e outros — poderá sentar-
se com o Deputado Leonardo Picciani para conversar e, na terça-feira, nós
poderemos dar agilidade ao debate, tendo em vista que hoje protocolei as emendas
— só podia protocolar hoje, porque a matéria está na pauta hoje. E acho que nem o
Deputado autor nem o Deputado Relator do projeto tiveram conhecimento do teor
dessas emendas.
Então, o pedido está na pauta, mas já quero adiantar a V.Exa. que pediremos
o adiamento da apreciação dessa matéria, para a sua necessária maturação. O
Código foi muito arredondado quando saiu daqui, há pouco questionamento, e nós
queremos atender ao que o STJ e o STF querem, mas o projeto é maior do que
esse querer.
Por isso, vamos pedir o adiamento da apreciação da matéria, para esse
amadurecimento, com os Deputados Leonardo Picciani e Arthur Oliveira Maia, se eu
não me engano, que é o Relator.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Já vou responder a V.Exa.
O SR. EVAIR DE MELO - Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Deputado Evair de Melo, tem V.Exa.
a palavra, somente para orientar o PV.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - Sr. Presidente...
O SR. EVAIR DE MELO (PV-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, o PV vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - O PV vota “sim”.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão
do orador.) - Sr. Presidente, eu sou Sub-Relator do Código de Processo Civil. O
Deputado Paulo Teixeira tem razão. Eu acho que até terça-feira poderíamos
encontrar substâncias importantes dessa conversa para resolver a questão do
Tratado de Marraqueche.
Na verdade, diante da colocação do Deputado Paulo Teixeira, que foi o
responsável, na Casa, pelo novo Código de Processo Civil, seria importante
atendermos ao pleito do Deputado. Quero me associar a S.Exa. e, em nome dos
companheiros, pedir o apoio de V.Exa., Sr. Presidente, a fim de que façamos uma
reunião na próxima semana para definir a acessibilidade prevista no Tratado de
Marraqueche.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Deputado, veja bem, não há nenhum
problema para a Presidência se a votação não for hoje. Não há uma urgência que
não possa ser adiada para terça-feira.
Eu respeito muito o Deputado Paulo Teixeira, que foi o Relator do Código de
Processo Civil, e, obviamente, nós não vamos ignorar a sua presença e sua
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participação no processo para concluir esse trabalho que eu vi, participei de parte
dele e sei da dificuldade e do tempo que foi despendido por todos.
Porém, eu só faço uma ressalva: essa não é uma matéria que começou
agora. Existe uma PEC em pauta, a PEC 209/12, da relevância do Superior Tribunal
de Justiça, e V.Exa., até, aqui em plenário, ou em reunião de Líderes, ou em reunião
com Ministros do STJ — em qual delas eu não me recordo —, ponderou que nós
deveríamos votar a alteração pontual dos recursos especial e extraordinário, para
que tenham requisito de admissibilidade, e que, se fosse esse o problema, nós
deveríamos alterar apenas isso.
E me parece que o projeto está restrito a isso. Claro que deve ter outros
apensados. Nós estamos falando apenas do texto que vai ser votado. Pelo menos é
essa a intenção da Presidência: votar o texto que trata da admissibilidade do recurso
especial e do recurso extraordinário. Mais mudanças além dessa não estão no
escopo da votação que nós desejamos fazer.
O SR. PAULO TEIXEIRA - Sr. Presidente, quero só esclarecer a V.Exa. que o
projeto não muda só o requisito de admissibilidade. Ali há outras mudanças que,
portanto, requerem um debate. Se fosse só a mudança do requisito de
admissibilidade, nós não teríamos qualquer problema, mas o projeto vai além da
mudança no requisito de admissibilidade.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Talvez nos apensados.
Mas nós gostaríamos que a mudança... O que está combinado entre os
Líderes e com os dois Tribunais que a solicitaram é apenas a mudança no que diz
respeito ao requisito de admissibilidade.
O SR. PAULO TEIXEIRA - Mas o projeto vai além.
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É por isso que eu estou pedindo a V.Exa. que adie a votação: para que todos
nós, Deputados que participamos — Hugo Leal, Efraim Filho e outros —, possamos
nos sentar com o autor, que é o Deputado Leonardo Picciani, e o Relator, que, se
não me engano, é o Deputado Arthur Oliveira Maia, e, na próxima terça-feira, nos
colocar de acordo com o conteúdo. Se for esse, se só se cingir ao requisito de
admissibilidade, está...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - O.k.
Sendo assim, nós, simbolicamente, aprovamos o requerimento de retirada...
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - ...e fica para terça-feira, porque o
objetivo é atender a uma demanda real, relevante...
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - E importante.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - ...e que nós precisamos resolver.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PAULO TEIXEIRA - Sr. Presidente, eu quero agradecer ao Deputado
Arnaldo Faria de Sá, que se somou a nós nesse pedido. Ele trabalhou muito no
Código de Processo Civil, e eu lhe agradeço por isso. Gostaria de pedir — sei das
suas atribuições — que participasse conosco dessa decisão final, da votação de
terça-feira.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Concedo a palavra ao Deputado
Nilson Leitão, pela Liderança do PSDB.
O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, enquanto S.Exa. se dirige à tribuna, eu gostaria de dizer, só para
marcar, que dá para botar aquele “grande movimento em favor da Presidente Dilma”
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em dois ônibus, e todo mundo vai embora, porque, na verdade, está sendo ínfimo.
Se isso representa o apoio dela no País, está mal esse apoio, Sr. Presidente, muito
mal!
O SR. ALESSANDRO MOLON (PT-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.)
- Sr. Presidente, eu imaginei que o Deputado Moroni Torgan fosse se remeter à nota
de hoje do Josias de Souza, mas infelizmente ele tratou de outro tema. Eu queria
que ele lesse a nota de hoje do Josias de Souza.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Por favor, a palavra está com o Líder
do PSDB.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Concedo a palavra ao nobre
Deputado Nilson Leitão, para uma Comunicação de Liderança, pelo PSDB.
O SR. NILSON LEITÃO (PSDB-MT. Como Líder. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, Srs. Deputados, um dos Líderes do PT veio mais uma vez à tribuna
tentando defender o indefensável, a Presidente Dilma e seu Governo, e atacando o
Governo de Fernando Henrique Cardoso.
É impressionante como o PT é volúvel em suas posições. O PT, através de
quem se pronunciou na tribuna, enaltece um jornal americano que diz que não
deveria haver o impeachment da Presidente Dilma. Mas, na semana passada, o
Líder do Governo, Deputado José Guimarães, veio a esta tribuna criticar as
agências americanas que rebaixaram o Brasil. E dizia: “Os americanos não
entendem nada de Brasil”. E eu quero concordar com o Líder José Guimarães. Com
esse comentário, o jornal americano que diz que a Presidente Dilma não pode sofrer
impeachment realmente mostra que não entende nada de Dilma, não entende nada
de PT e não entende nada de Brasil. Aliás, eu não quero aqui afirmar, mas posso
supor que essa nota deve ter sido alguma coisa contratada e paga. Não é possível
que alguém com alguma sanidade possa fazer uma nota dessa!
Também disseram que o PSDB não desceu do palanque. Quem não desce
do palanque é o PT! O PT ganhou o Governo e continua no palanque, porque cada
dia inventa uma inverdade, cada dia cria um factoide, cada dia mente para os
brasileiros, cada dia tenta se firmar no poder a troco de inverdades e de fantasias.
Mas eu quero deixar claro aqui é o sentimento que nós percebemos nas ruas
de que população brasileira já não acredita mais em vocês. Já não está nem
valendo mais a pena usar esta tribuna para combater o que vocês dizem, porque a
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sociedade já não acredita mais no PT! A sociedade a que eu estou me referindo é a
sociedade que representa a elite brasileira, que são apenas 90% dos brasileiros que
não acreditam mais no PT e que não acreditam mais na Presidente Dilma. Vocês
querem insistir nesse tipo de debate, nesse tipo de discurso, mas o brasileiro está
cansado do Governo petista.
Este deveria ser um momento de humildade — de muita humildade —, de
entender o que vocês fizeram com o Brasil. E esse Brasil de que nós estamos
falando é o Brasil real. Vocês acusaram o Fernando Henrique Cardoso de ter
quebrado o Brasil três vezes; vocês acusam o PSDB de coisas que vocês fazem.
Isso é um problema comportamental. Por isso é que eu sempre digo que vocês
precisam de divã, às vezes até de psiquiatra, porque vocês não estão
compreendendo: vocês estão há quase 13 anos no poder e não conseguem
apresentar um inquérito contra Fernando Henrique Cardoso.
Quem fala do Fernando Henrique Cardoso é somente o PT. É somente o PT!
Mais ninguém! Enquanto isso, quem fala do PT é a Polícia Federal, é o Poder
Judiciário, é o Ministério Público, mas, acima de todos esses, é a população
brasileira, que tem enchido as ruas do Brasil a cada trimestre para mostrar que o
Governo mente para os brasileiros; que o Governo se corrompeu; que o Governo
falhou com o País; que o Governo não cumpriu as suas promessas; que o Governo
usou uma cartilha de marqueteiro, não uma cartilha real, para fazer uma campanha
eleitoral há poucos dias.
Eu nem quero pedir para que vocês não meçam o PSDB com a régua de
vocês, mas digo-lhes que não nos coloquem nessa mesma vala, porque nós não
vamos aceitar. O Fernando Henrique Cardoso anda por este Brasil de cabeça
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erguida e é aplaudido nos restaurantes. Os Deputados que têm combatido o PT e o
Governo andam de cabeça erguida e são aplaudidos, como acontece com alguns
Senadores, diferentemente de membros do PT. Recebi um vídeo, ontem, com
imagens de pessoas que conhecem a legislação vaiando e gritando contra o Ministro
Adams, como já fizeram com o Mantega, como já fizeram com a Dilma, como já
fizeram com o Lula e vão continuar fazendo com aqueles Ministros que ainda não
perceberam que não podem continuar defendendo um Governo que faliu o País.
Falência é o que nós estamos vivendo hoje: falência moral, falência ética,
falência econômica. Mas a falência política a que o PT está levando o Brasil é quase
irrecuperável. É quase irrecuperável!
Como se termina com essa crise? Com a saída da Presidente Dilma de lá. A
renúncia, que é uma atitude de grandeza, citada por Fernando Henrique Cardoso,
não depreciaria a Presidente Dilma. Qualquer um pode falhar. Há pais que faliram e
deixaram, às vezes, os filhos passarem fome, contra sua vontade. Mas é preciso ter
humildade e entender aquele momento.
A pior falência é a falência da falta de humildade, e é o que a Presidente
Dilma está vivendo hoje. A falta de humildade da Presidente Dilma é que está
piorando o Brasil e levando muita gente, inclusive da base do Governo — gente boa!
—, a se comprometer com essa falência, que é essa falência moral.
Eu acho um absurdo cada vez que um Líder do PT sobe à tribuna e quer
acusar a Oposição da crise que estamos vivendo hoje. Esta crise tem nome, que é
Dilma, e tem sobrenome, que é PT. Não há mais o que se discutir. Basta ter
humildade e dizer: “Vamos recompor este Brasil. Vamos fazer um marco temporal;
vamos fazer um corte”. E o corte é a saída da Presidente Dilma daquele Palácio,
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com altivez, com grandeza, dizendo: “Não dá mais. Não consigo mais. Eu não posso
mais. Eu estou vencida. Eu não tenho mais como vencer esse episódio”.
A melhor forma de vencer esse episódio é virar essa página, tirar essa página
vermelha do Brasil, que está deixando o Brasil vermelho de vergonha, aqui e lá fora,
e apresentar um novo modelo, um novo momento.
O sistema faliu.
Era isso, Sr. Presidente.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Encerrada a votação. (Pausa.)
Resultado da votação:
SIM: 179;
NÃO: 187;
TOTAL: 366,
Art. 17: 1;
QUÓRUM: 367.
O DESTAQUE FOI REJEITADO.
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300
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão
do orador.) - Sr. Presidente, como Relator, eu só queria dizer que a Emenda nº 1 e a
Emenda nº 2 são idênticas.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Como vai haver outra votação
nominal, vamos consolidar tudo no fim.
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301
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Em votação o substitutivo adotado
pela Comissão de Finanças e Tributação, ressalvados os destaques.
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302
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Aqueles que forem pela aprovação
permaneçam como se acham. (Pausa.)
APROVADO.
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303
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Estão prejudicadas a proposição
inicial, a emenda adotada pela Comissão de Defesa do Consumidor e a emenda
adotada pela Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania, ressalvados os
destaques.
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304
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Em votação a subemenda adotada
pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania ao substitutivo da
Comissão de Finanças e Tributação, ressalvados os destaques.
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305
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Aqueles que forem pela aprovação
permaneçam como se acham (Pausa.)
APROVADA.
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306
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Estão prejudicadas a proposição
inicial, a emenda adotada pela Comissão de Defesa do Consumidor, a emenda
adotada pela Comissão de Constituição e Justiça e a emenda de plenário.
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307
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Destaque de bancada do PPS:
“Senhor Presidente:
Requeiro a V.Exa., nos termos do art. 161, I, c/c §
2º do Regimento Interno da Câmara dos Deputados,
destaque para votação em separado da expressão ‘úteis’
constante do § 1º do art. 1º do Substitutivo apresentado
ao PL nº 2.479/2000 constante da Ordem do Dia.”
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308
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Para falar a favor, Deputado Rubens
Bueno. (Pausa.)
Para falar a favor, Deputado Caio Narcio. (Pausa.) Abre mão.
Destaque para manter o texto ou não da palavra “úteis”.
O Plenário está ciente? (Pausa.)
O SR. RUBENS BUENO (PPS-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, quero apenas alertar o Plenário e a Mesa de que a palavra “úteis”, como
está colocada, diminui o prazo. Nós queremos é aumentar o prazo para o
consumidor. Deve-se tirar a palavra “úteis” e colocar aqui “30 dias corridos”.
Esse é o objetivo da proposta.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - O.k.
Há consenso para facilitar?
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão
do orador.) - Sr. Presidente, como Relator, eu já havia acatado a emenda. Ela nem
precisa ser votada. Eu havia dado parecer.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Não. Isso não é emenda. É destaque
supressivo de expressão do texto.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - O.k.
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309
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Em votação o destaque de bancada
do PPS.
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310
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Os Srs. Deputados que forem pela
manutenção do texto permaneçam como se acham; os contrários, ou seja,
favoráveis à supressão, manifestem-se. (Pausa.)
SUPRIMIDA A EXPRESSÃO “ÚTEIS”.
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311
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Há sobre a mesa e vou submeter a
votos a seguinte
REDAÇÃO FINAL:
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312
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Os Srs. Deputados que a aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.)
APROVADA.
A matéria vai ao Senado Federal.
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313
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - O item 7, em função dessa
discussão, ficou para a próxima semana.
Vamos abrir o painel e votar o Projeto de Decreto Legislativo nº 57-C, sobre o
Tratado de Marraqueche. É votação nominal. É a última votação do dia. Temos que
atingir 308 votos.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão
do orador.) - Sr. Presidente, V.Exa. não ia retirar de pauta o Tratado de
Marraqueche?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Não. Eu retirei o projeto de lei do
Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, o do CPC.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - O.k.
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314
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Em votação o projeto do Tratado de
Marraqueche.
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 57-C, DE
2015
(DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E
DEFESA NACIONAL)
Discussão, em primeiro turno, do Projeto de
Decreto Legislativo nº 57-C, de 2015, que aprova o texto
do Tratado de Marraqueche para facilitar o acesso a
obras publicadas às pessoas cegas, com deficiência
visual ou com outras dificuldades para ter acesso ao texto
impresso, concluído no âmbito da Organização Mundial
da Propriedade Intelectual (OMPI), celebrado em
Marraqueche, em 28 de junho de 2013; tendo parecer: da
Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com
Deficiência, pela aprovação, com substitutivo (Relator:
Deputado Aelton Freitas); da Comissão de Cultura, pela
aprovação, com substitutivo (Relator: Deputado Léo de
Brito); e da Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica
legislativa (Relatora: Deputada Soraya Santos).”
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315
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão
do orador.) - Coloque para abrir o painel direto.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Vou abrir o painel.
Posso orientar “sim” para todos?
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - Todos. Vamos embora.
O SR. SIBÁ MACHADO (PT-AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - “Sim”
para todos!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Posso orientar “sim” para todos?
O SR. SIBÁ MACHADO - Pode.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - A Presidência solicita às Sras.
Deputadas e aos Srs. Deputados que tomem os seus lugares, a fim de ter início a
votação pelo sistema eletrônico.
Está iniciada a votação.
É a última votação. Quem perdeu alguma votação, votando essa, consolida.
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O SR. JOSÉ CARLOS ALELUIA - Sr. Presidente...
O SR. AFONSO HAMM (Bloco/PP-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
O Partido Progressista orienta o voto “sim”.
O SR. JOSÉ CARLOS ALELUIA (DEM-BA. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - Queria registrar uma coisa que interessa aos Deputados. A Sra.
Presidente da República, quando se desloca em torno do Congresso Nacional, fecha
o acesso dos Deputados. A Esplanada estava livre. Só porque D. Dilma vai almoçar
no Itamaraty, ela fechou o acesso ao Congresso.
A segurança da Câmara tem que se entender com a segurança do Palácio.
Essa moça, para se deslocar em qualquer lugar do Brasil, agora, para o trânsito,
sem ninguém, sem nenhum motivo. É uma Presidente assustada.
O SR. SIBÁ MACHADO - Como Líder, Presidente.
O SR. JOSÉ CARLOS ALELUIA - Parece mais a mãe de Hamlet: “A culpa é
cheia de medo escondido que se trai, com medo de ser traído”. É uma mulher com
medo de ser vaiada.
A SRA. JÔ MORAES - Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Com a palavra, como Líder, o
Deputado Sibá Machado, do PT. (Pausa.)
A SRA. JÔ MORAES (PCdoB-MG. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) -
Sr. Presidente, eu queria informar ao Deputado que a Primeira Ministra da Alemanha
e uma grande comitiva de 15 Ministros daquele país visitam este País, pelo respeito
que têm ao Governo da Presidente Dilma, atrás de acordos e entendimentos. A
segurança dos Chefes de Estado dos outros países que transitam em nosso País é
um dever do Estado e um compromisso de toda a sociedade brasileira.
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O SR. AFONSO HAMM - Sr. Presidente, só para fazer um comunicado e
pedir para dar como lida a minha manifestação.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Eu lhe darei a palavra em seguida.
Primeiro, o Líder do PT terá preferência, pela Liderança.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Concedo a palavra ao nobre
Deputado Sibá Machado, para uma Comunicação de Liderança, pelo PT.
O SR. SIBÁ MACHADO (PT-AC. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, venho à tribuna para fazer o registro dessa visita.
O Brasil e a Presidenta Dilma recebem hoje a visita da Chefe de Estado do
Governo alemão, a Primeira-Ministra Angela Merkel, e o seu staff de Governo, com
diversos Ministros, de diversas áreas. Essa visita é muito importante para o nosso
Brasil também.
Foi anunciado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior que a balança comercial do Brasil com a Alemanha, no ano passado (2014),
movimentou cerca de 20 bilhões de dólares.
Neste momento, a Presidenta Dilma e a Primeira-Ministra Angela Merkel
estão firmando novas parcerias comerciais muito importantes para esses dois
países, que têm uma relação muito próxima, uma relação de tratado comercial muito
importante. Foi onde nasceu o programa nuclear brasileiro, em um acordo ainda do
ex-Presidente General Ernesto Geisel, nos anos 70, para que o Brasil desse os seus
primeiros passos na nossa tão bem-sucedida política nuclear.
Sr. Presidente, registro, ainda, que amanhã a Presidenta Dilma estará no
Município de Cabrobó, Pernambuco, para a inauguração do primeiro trecho das
obras da transposição do Rio São Francisco. Essa é uma das obras mais
significativas para a Região Nordeste. Indiscutivelmente, desde o Imperador Dom
Pedro II, os sucessivos Governos sempre trataram desse assunto, mas nunca o
tinham levado a cabo, nunca tinham dado o primeiro passo, nunca tinham fincado o
primeiro tijolo. E foi o Presidente Lula que tomou a decisão de iniciar essa
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discussão, aprovar no Congresso Nacional o investimento que foi colocado para
essa obra e dar os primeiros passos. Amanhã, aproximadamente 39 quilômetros
dessa obra estarão recebendo as águas.
Há 2 semanas, conversando com o Ministro da Integração Nacional, Gilberto
Occhi, S.Exa. nos afirmou que os testes que foram feitos com as bombas para
elevação das águas do Rio São Francisco para o ponto da transposição foram um
sucesso. Amanhã a Presidenta Dilma entregará o primeiro trecho dessa obra.
Simbolicamente, a obra vai interligar todos os rios intermitentes do Nordeste.
Ela pega desde Pernambuco — o norte da Bahia também — até o Estado do Ceará.
Culminando com o que já foi feito no início deste ano, a obra liga o Açude de
Castanhão à cidade de Fortaleza.
Então, Sr. Presidente, o Nordeste vai receber água perene para além das
crises hídricas com que essa região sofre ao longo dos tempos. Os moradores, não
só da zona rural, mas também das cidades, poderão, agora, ter água para seu
abastecimento e consumo.
Com a transposição, também podemos avançar na produção da agricultura e
sonhar com o sucesso daquela região, que já é um exemplo muito importante. Com
o processo de irrigação da agricultura em Pernambuco, na região de Petrolina, o
Estado, hoje, tem a maior produção de frutas de alta qualidade do nosso País;
inclusive, produz uva e um dos vinhos mais bem apreciados do Brasil.
Então, o Nordeste está de parabéns! Esse povo, ao longo de muitos anos, só
via a marca do sofrimento, do esquecimento, da desgraça promovida até pela inércia
de sucessivos Governos que tivemos, relegando a segundo plano aquela região tão
promissora, tão importante para a economia do nosso País.
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Mas agora o Nordeste pode gritar bem alto que está recebendo,
gradativamente, investimentos significativos para a transformação da economia da
região, especialmente para a melhoria da qualidade de vida de seu povo.
Eu vou tentar acompanhar, amanhã, essa comitiva da Presidenta Dilma,
porque quero testemunhar, ver com os meus próprios olhos o que significa a
transposição do Rio São Francisco.
Essa transposição tem sido duramente criticada. Mas vamos deixar esse
assunto de lado, porque as críticas são sempre muito bem-vindas — algumas, por
desconhecimento; outras, não sei por que razão. O certo é que o Velho Chico, o São
Francisco, vai emprestar parte de suas águas para atender uma das regiões mais
importantes do nosso Brasil: a Região Nordeste.
Parabenizo o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela decisão que teve de
construir essa obra. Parabenizo a Presidenta Dilma Rousseff por ter dado
continuidade a essa obra. Nós haveremos de ter, até 2017, a conclusão definitiva
desse canal que vai levar água do São Francisco da região de Pernambuco até o
Estado do Ceará.
Parabéns, Nordeste brasileiro, por tão importante conquista histórica para seu
povo, para sua história!
Muito obrigado, Sr. Presidente.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Com a palavra o Deputado Caio
Narcio.
O SR. CAIO NARCIO (PSDB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, só quero lembrar que este é um projeto importante para a Deputada
Mara Gabrilli. S.Exa. pediu a todos os Deputados que a auxiliassem. Hoje ela não
teve a oportunidade de vir. Como o quórum é qualificado, quero ressaltar o pedido
para que todos os Parlamentares venham votar e ajudar na aprovação deste projeto.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Só lembro que vou encerrar a
votação às 14 horas, porque há Sessão Deliberativa de Debates, para permitir que
os debates possam fluir aqui à tarde.
A SRA. MOEMA GRAMACHO - Por favor, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Pois não, Deputada Moema
Gramacho.
A SRA. MOEMA GRAMACHO (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão da oradora.)
- Sr. Presidente, quero me solidarizar com a Deputada Shéridan e com todas as
mulheres de Roraima. Quero, também, dizer ao Deputado José Carlos Aleluia que
S.Exa. foi muito desrespeitoso com a Presidenta. Primeiro, chamou-a de “dona”,
disse “essa moça”. Ele está lidando com a Presidenta da República. Além do mais, o
partido a que S.Exa. pertence não tem muita moral, não tem envergadura moral para
falar de esconderijo de Presidenta.
A nossa Presidenta não se esconde e não está se escondendo. Agora, o
partido dele já mudou de nome várias vezes para se esconder. Já foi ARENA, já foi
PFL. Só é DEM porque há pouco tempo quis se fundir com o PTB. E não ia manter o
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nome de DEM. Ia puxar o nome do PTB, e o PTB não quis. Por isso continua DEM.
Então, são eles que se escondem.
Tenho o maior apreço pelo Deputado José Carlos Aleluia. Não é dessa forma
que se trata a Presidenta da República. Mais respeito com a Presidenta!
O SR. LUIS CARLOS HEINZE - Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Com a palavra o Deputado Luis
Carlos Heinze.
O SR. LUIS CARLOS HEINZE (Bloco/PP-RS. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - Sr. Presidente, colegas Parlamentares, apenas quero registrar que ontem,
na Confederação Nacional da Agricultura, a Ministra Kátia Abreu fez um balanço dos
primeiros 7 meses do seu trabalho frente ao Ministério da Agricultura.
Isso mostra, Deputado Luiz Carlos Hauly, a pujança da produção primária.
Hoje, vemos o Deputado Sibá Machado falar da transposição do Rio São
Francisco. Ali há recursos da agricultura brasileira, que é hoje o único setor que está
dando certo. Vemos, hoje, o combate à fome no Brasil. Ali há recursos da produção
primária brasileira, que é o único setor que está dando certo.
Então, o agronegócio brasileiro tem que ser respeitado, a despeito de tantos
problemas trabalhistas, ambientais, das questões quilombolas, indigenistas contra
os produtores rurais.
Portanto, eu quero cumprimentar a Ministra Kátia Abreu, todos os seus
Secretários e, em especial, os produtores e produtoras, pequenos, médios ou
grandes, que fazem a riqueza deste País.
Muito obrigado.
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A SRA. BENEDITA DA SILVA - Sr. Presidente, eu gostaria de dar como lido
um pronunciamento.
A SRA. SORAYA SANTOS - Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Eu vou seguir a ordem. Tem que ser
rápido, porque eu vou encerrar a sessão às 14 horas.
Tem a palavra a Deputada Soraya Santos. Não é 1 minuto, são 30 segundos.
A SRA. SORAYA SANTOS (Bloco/PMDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão da
oradora.) - É muito rápido.
Agradeço a V.Exa. a pauta da manhã, em relação aos pleitos da bancada
feminina. Foi uma manhã muito produtiva para todas nós, que estamos defendendo
vários pontos. Então, quero agradecer-lhe por sua agenda, por sua compreensão
quanto aos pleitos da bancada e, ao mesmo tempo, chamar os Parlamentares para
a votação.
O Tratado de Marraqueche, do qual eu fui Relatora na Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania, dá um passo de vanguarda neste País.
Então, eu peço a todos os companheiros que ainda não votaram que o façam, pela
importância que esse Tratado representa.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Concedo a palavra ao Deputado
Capitão Augusto, para uma Comunicação de Liderança, pelo PR.
O SR. CAPITÃO AUGUSTO (PR-SP. Como Líder. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, falarei rapidamente. Não vou me alongar.
Faço um convite a todos os Deputados e Deputadas. A partir desta sexta-feira
começa a maior festa de peão do Brasil, um dos maiores rodeios do mundo: a Festa
do Peão de Barretos. Deixo aqui o convite para todos os Deputados que quiserem
prestigiar o evento. Entrem em contato comigo no meu gabinete. Teremos o maior
prazer em recebê-los, assistindo aos rodeios, aos shows, no Camarote VIP dos
Independentes.
Então, deixo aqui o convite para todos aqueles Deputados que quiserem e
puderem prestigiar. A partir do dia 21, começa a Festa do Peão de Barretos, que vai
até o dia 30. Serão todos muito bem-vindos.
Obrigado, Sr. Presidente.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Tem a palavra a Deputada Benedita
da Silva.
A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.)
- Sr. Presidente, uso a palavra apenas para dar como lido meu discurso a respeito
da saudação que faço à delegação dos atletas brasileiros do Parapan de Toronto
pela belíssima e histórica campanha que fizeram. Quero, também, prestigiar e
homenagear as pessoas com deficiência que mostram a sua eficiência no esporte e
honram o nosso País.
Muito obrigada, Sr. Presidente.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, crianças, jovens, senhoras, senhores
e pessoas com deficiência que me ouvem, veem e/ou leem pela Rádio Câmara e TV
Câmara, Internet, redes sociais e Sistema Libras — Língua Brasileira de Sinais; em
particular, ilustres cidadãos e cidadãs do Estado do Rio de Janeiro, a quem tenho
grande orgulho em representar aqui nesta Casa:
Quero saudar a delegação dos atletas brasileiros no Parapan de Toronto,
pela belíssima e histórica campanha com a melhor participação de todos os tempos:
257 medalhas, sendo 109 de ouro, 74 de prata e 74 de bronze.
Para termos a dimensão dessa conquista, informo que, somados, Canadá e
Estados Unidos da América levaram 90 ouros. Foi um domínio total e absoluto dos
atletas brasileiros.
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É, sem dúvida, um grande resultado, que anima e inspira os atletas e mostra
o crescimento do esporte paraolímpico, que vai chegar muito forte no ano que vem,
nas Paraolímpiadas do Rio de Janeiro.
Esse resultado e esse crescimento foram possíveis pelo incentivo do
Programa Bolsa-Atleta, do Governo Federal, maior programa de patrocínio individual
do mundo. Ele foi criado em 2004, e, de 2005 a 2013, o investimento foi de 439,9
milhões, no pagamento de benefícios. Os valores variam de R$ 370 mil a R$
3.100,00, que recebem os atletas das categorias de base, estudantil, nacional,
internacional e olímpica/paraolímpica.
Finalizo parabenizando nossos atletas paraolímpicos, que, com suas
deficiências, nos mostram sua força, orgulho e determinação em superar limites e
nos enchem de esperança de que essa performance se repita no Parapan do Rio de
Janeiro.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Concedo a palavra ao Deputado Pr.
Marco Feliciano.
O SR. PR. MARCO FELICIANO (Bloco/PSC-SP. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu queria a atenção da Casa.
Devido à votação que ontem foi interrompida no Supremo Tribunal Federal, que
pode culminar com a descriminalização das drogas, a presidenciável da última
eleição, Sra. Luciana Genro, por quem eu tenho muito respeito, tuitou ontem, às
17h20min, assim: “A guerra às drogas atinge os pequenos traficantes. Os grandes
não estão nas favelas, mas estão, inclusive, no Congresso Nacional”.
Sr. Presidente, eu queria que esta Casa fizesse um pedido à Sra. Luciana
Genro. Se ela conhece algum traficante de drogas aqui nesta Casa, que denuncie e
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diga o nome. Eu até sei que há tráfico de influência, mas traficante de droga aqui no
Congresso Nacional, com bottom de Deputado Federal... Isso é muito grave! Trata-
se de uma acusação exposta em rede pública. Ela diz que aqui no Congresso estão
os grandes traficantes de droga.
Peço que esta Casa tome providências acerca disso.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Vou determinar à Procuradoria
Parlamentar que faça uma interpelação sobre o tema. O tema é grave, sim. Haverá
uma interpelação da Câmara dos Deputados. Se for confirmado, certamente iremos
tomar as providencias legais cabíveis.
Concedo a palavra à Deputada Maria Helena.
A SRA. MARIA HELENA (PSB-RR. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) -
Sr. Presidente, como representante do Estado de Roraima, eu também quero
registrar a minha indignação e o meu repúdio com relação às palavras de baixo
calão direcionadas ao povo do meu Estado, especialmente às mulheres de Roraima.
Eu quero que esse apresentador do SBT saiba que nós não temos intenção
nenhuma de convidá-lo para fazer qualquer apresentação e qualquer show no nosso
Estado e que o povo de Roraima é muito mais do que qualquer palavra ofensiva que
seja usada para nos denegrir.
Em Roraima, as portas sempre estarão abertas para as pessoas de bem,
para as pessoas que querem conhecer as belezas do nosso Estado e a gentileza do
nosso povo.
Nós queremos dizer ao prezado Sr. Danilo Gentili que a ausência de
inteligência e a falta de respeito empobrecem a piada, que se torna de mau gosto e,
inevitavelmente, se vira contra o próprio autor.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Vou encerrar a votação.
O SR. MARCELO MATOS - Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Eu tenho que encerrar a sessão.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Está encerrada a votação. (Pausa.)
Resultado da votação:
SIM: 341;
NÃO: 1;
Total: 342;
ART. 17: 1;
QUÓRUM: 343.
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO FOI APROVADO EM PRIMEIRO
TURNO.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - A matéria vem para discussão e
votação em segundo turno.
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PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS À MESA PARA PUBLICAÇÃO
O SR. VANDER LOUBET (PT-MS. Pronunciamento encaminhado pelo
orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, depois de 6 anos, o Governo
Federal acatou uma reivindicação deste Parlamentar e do Vereador treslagoense
Idevaldo Claudino e reconheceu a Usina Hidrelétrica de Jupiá como um
empreendimento em território de Mato Grosso do Sul. Dessa forma, Três Lagoas
passa a ser sede fiscal da usina. De quebra, a Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira
também passou a fazer parte de Mato Grosso do Sul e terá como sede fiscal o
Município de Selvíria.
O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou na terça-feira, dia 18, no
Diário Oficial da União (DOU), a Portaria nº 348, na qual altera o Estado dos dois
empreendimentos — de São Paulo para o Mato Grosso do Sul. Antes, as usinas
tinham sua sede nas cidades paulistas de Castilho e Ilha Solteira.
Em 2009 fui procurado por Idevaldo com essa reivindicação e a achei justa,
pois Três Lagoas ficava com uma parcela muito pequena das receitas geradas por
Jupiá, mesmo tendo a maior parte da usina em seu território. Com certeza, é uma
vitória não só para o Município, mas também para o Estado.
Para o Vereador Idevaldo Claudino, a mudança feita pelo MME vai gerar
novas receitas para Três Lagoas: “Foi um longo tempo até sermos atendidos, mas
tenho certeza de que valeu a pena esperar. É uma grande vitória. Esses novos
recursos que passarão a entrar para o Município vão permitir que se amplie o
investimento em áreas consideradas prioritárias pela população, como a saúde e a
educação”.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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Arrecadação maior. Ainda não há números exatos sobre qual será o impacto
dessa medida na arrecadação de impostos para o Município de Três Lagoas e para
o Governo do Estado, mas é certo que vai crescer consideravelmente,
considerando-se e tributos e royalties.
Dados coletados no Portal da Transparência do Estado de São Paulo
mostram que, em 2014, Castilho recebeu R$ 32,6 milhões em repasses de Imposto
Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). De janeiro a agosto deste ano,
já foram mais de R$ 21 milhões. Em declarações feitas ao noticiário paulista, o
Prefeito da cidade, Joni Buzachero, afirmou que o ICMS da energia elétrica é a
principal fonte de arrecadação do Município.
Leilão. Além da mudança de sede, a Portaria 348 também marcou o leilão das
usinas hidrelétricas cujas concessionárias não aceitaram renovar os contratos nos
termos da Medida Provisória nº 579, de 2012. Será em outubro deste ano. São 29
usinas, que estão sob a administração da Companhia Energética de São Paulo
(CESP), Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), Companhia Paranaense
de Energia (COPEL), Centrais Elétricas de Santa Catarina (CELESC) e Centrais
Elétricas de Goiás (CELG).
Segundo o Ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, a União espera
arrecadar R$ 17 bilhões nessa licitação. Vencerá o leilão quem oferecer uma
combinação entre maior bônus e menor tarifa.
Serão licitados seis lotes, sendo Ilha Solteira e Jupiá os dois
empreendimentos com maior potência instalada de todo o grupo, com 3,44 mil e
1,55 mil megawatts, respectivamente. Até o fim da licitação, a CESP continua
comandando essas usinas.
Muito obrigado.
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A SRA. IRACEMA PORTELLA (Bloco/PP-PI. Pronunciamento encaminhado
pela oradora.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nesta semana, recebemos,
no nosso País, a visita da Chanceler da Alemanha, Angela Merkel. A Alemanha é o
quarto maior parceiro econômico do Brasil, atrás de China, Estados Unidos e
Argentina.
Trata-se de um encontro bilateral de grande relevância. Segundo o Itamaraty,
o fluxo comercial entre Brasil e Alemanha — ou seja, a soma entre exportações e
importações — chegou a 20,5 bilhões de dólares em 2014.
Para a Alemanha, o Brasil está entre os países com os quais mantém relação
de “alto nível”. Entre as Nações consideradas como “emergentes”, apenas China e
Índia possuem esse status.
Durante essa rápida visita oficial, vários acordos bilaterais serão firmados nas
áreas de comércio e investimentos, ciência, tecnologia, inovação e educação.
“O objetivo desse encontro é intensificar essa relação com a Alemanha, com
um diálogo mais constante em pontos de extrema importância internacionalmente”,
declarou à imprensa o Embaixador Osvaldo Biato Júnior, Diretor do Departamento
da Europa do Ministério das Relações Exteriores.
Entre os assuntos tratados, estão, por exemplo, as mudanças climáticas. Os
dois países participarão da Conferência da ONU sobre a questão em dezembro, a
ser realizada em Paris.
Outro tema importante é o plano de concessões no setor de infraestrutura,
anunciado em junho pela Presidente Dilma. A intenção do Governo é buscar
parcerias com empresas alemãs para as obras.
Por meio de concessões em áreas como portos, aeroportos, rodovias e
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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ferrovias, o Governo brasileiro estima que serão investidos 198,4 bilhões de reais na
infraestrutura do País nos próximos anos.
Também está em destaque na agenda a segurança na Internet. Brasil e
Alemanha se articularam para aprovar na ONU uma resolução capaz de assegurar
maior privacidade na rede.
Essa visita tem um significado muito especial para o Brasil. Damos, portanto,
as boas-vindas a Angela Merkel e sua delegação, esperando que possamos avançar
mais nas relações políticas, econômicas e comerciais entre os dois países.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigada.
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O SR. DAVIDSON MAGALHÃES (PCdoB-BA. Pronunciamento encaminhado
pelo orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero manifestar minha
satisfação com a execução do Credibahia, o Programa de Microcrédito do Governo
do Estado da Bahia, operacionalizado pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda
e Esporte — SETRE e Desenbahia, em parceria com o SEBRAE e Prefeituras
Municipais, que já desembolsou cerca de 300 milhões em 12 anos. Só em 2015,
foram mais de 36 milhões de reais em incentivos subsidiados a mais de 5 mil
pequenos empreendedores da Bahia.
Esse programa tem dado acesso ao crédito, de forma ágil e desburocratizada,
aos empreendedores de pequenas unidades produtivas, com juros abaixo do
mercado, estimulando assim a geração de ocupação e renda, por meio dos 184
postos de atendimento, presentes nos 27 territórios de identidade do Estado da
Bahia.
Podem participar empreendedores que já desenvolvam atividades nas áreas
de produção, comércio ou prestação de serviços, como baianas de acarajé,
vendedores de churrasquinho ou de cachorro-quente, costureiras, minimercearias,
manicures, etc. Com os empréstimos, os empreendedores poderão adquirir ou fazer
manutenção de máquinas e equipamentos novos e usados e também para reforma e
ampliação de instalações físicas usadas em seus empreendimentos.
O programa deve ser entendido como mais um instrumento de combate à
pobreza em nosso Estado e na sua consolidação foi implementado um Calendário
dos Encontros Regionais em que já foram realizados seis dos nove encontros, com
mais de 300 participantes, reunindo em encontros regionais agentes de crédito e
empreendedores de mais de 100 Municípios, qualificando assim mais de 70
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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gestores.
Todo bom programa pode ser tornar infrutífero, caso não haja manutenção
adequada, para que ele se torne perene. O Governo da Bahia tem trabalhado nesse
sentido. Porém, o programa necessita de se adaptar ao momento difícil pelo qual
atravessa a economia brasileira, e para isso temos novos desafios.
Deve-se considerar que a equipe da SETRE tem atingido todas as metas, o
que significou um avanço do programa. Agora, o que precisamos é melhorar as
condições de trabalho dessa equipe para qualificarmos sua atuação.
Além disso, há metas imprescindíveis para o alcance da adaptação exigida.
O programa necessita de recursos para as suas ações fundamentais, com seu fundo
de financiamento fortalecido, contudo, infelizmente o BNDES, que já chegou a
aportar recursos no percentual de 85% do programa, mas hoje só aporta 50%,
tornando árdua a tarefa do Governo do Estado de aportar o restante. Há a
necessidade de implantação de postos de atendimento nos Municípios mais pobres,
cujas Prefeituras não têm recursos para tal. Deve-se buscar o aumento do
atendimento aos beneficiários potenciais, e para isso serão necessários veículos
para o acompanhamento presencial das unidades. É importante também a
capacitação gerencial dos empreendedores e a abordagem a novos clientes
potenciais, sem esquecer a previsão dos recursos no PPA 2016-2019.
Devemos fortalecer o Credibahia, que vem financiando os sonhos de quem
faz a economia baiana acontecer. Esse objetivo tem sido exaustivamente
perseguido, e por isso eu quero aqui parabenizar o Governo do Estado da Bahia,
especialmente Weslen Moreira, Coordenador de Microcrédito e Finanças Solidárias
da SETRE, além de toda a sua equipe.
Era o que tinha a dizer.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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O SR. ANTONIO BULHÕES (Bloco/PRB-SP. Pronunciamento encaminhado
pelo orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a razão que me traz a esta
tribuna no dia de hoje é um importante alerta que julgo necessário ser feito a toda a
população, às autoridades encarregadas de fiscalizar a aplicação das normas
reguladoras da aviação civil e às companhias aéreas que operam nos aeroportos
brasileiros. Trata-se da necessidade de observar as regras de uso de dispositivos
eletrônicos portáteis dentro de aviões, seja em terra, seja durante o voo.
A quantidade de passageiros que desrespeitam as instruções de utilização
desse tipo de equipamento nas aeronaves é espantosa. E, muitas vezes, a
tripulação parece fingir que não vê esses pequenos delitos.
O problema, Sras. e Srs. Deputados, é que o uso de certos equipamentos, na
forma e em momentos indevidos, pode causar falhas ou interferências nos sistemas
de comunicação e em instrumentos de segurança essenciais ao bom andamento de
um voo.
Sabemos que, no mundo moderno, as pessoas têm adquirido novos hábitos e
necessidades de comunicação. A conexão com a Internet, as trocas de mensagens
instantâneas e as redes sociais transformaram — e continuam transformando — as
formas de interação em todos os planos das nossas vidas: familiar, profissional,
social e até religioso.
Alcançar outros indivíduos e estar permanentemente alcançável por meio de
um smartphone já são necessidades vitais para muitos, mas não se pode sobrepor
tal ânsia à segurança pessoal e coletiva durante uma viagem de avião, por exemplo.
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) é responsável pelas normativas
atinentes às medidas de segurança a serem adotadas nos voos, e mantém suas
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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instruções sempre atualizadas. O órgão também tem a incumbência de aplicar
sanções às companhias que não obedecem às diretrizes e procedimentos
estabelecidos.
Quando um cidadão entra em uma aeronave e recebe as orientações de
segurança, deve cumpri-las integralmente. Com toda a certeza, as regras estão ali
dispostas porque são cruciais para que o trabalho dos tripulantes, pilotos e
controladores de voo seja feito da melhor maneira possível.
O avanço tecnológico dos instrumentos das aeronaves e dos dispositivos
eletrônicos portáteis tem permitido o abrandamento de várias regras. Em algumas
partes do mundo, os passageiros já podem viajar com seus equipamentos ligados
em todas as etapas do voo, acessar a internet e manter seus canais de
comunicação ativos sem oferecer riscos aos sistemas dos aviões e aeroportos.
Esses avanços certamente serão realidade para todos nós em pouco tempo.
Mas até que isso ocorra é dever de todos obedecer às normas que determinam
quando e onde podemos manter nossos celulares, computadores, tablets, câmeras
e afins ligados.
Para uma companhia aérea liberar o uso desses dispositivos nas etapas de
posicionamento, decolagem, cruzeiro e aterrissagem de um avião uma série de
requisitos precisam ser cumpridos e homologados junto à ANAC. Nesses processos,
a principal preocupação do órgão regulador é a aferição de que as antenas
acopladas às aeronaves estejam imunes às emissões eletromagnéticas não
intencionais ou espúrias lançadas pelos circuitos internos de qualquer dispositivo
eletrônico portátil.
Se durante uma viagem os comissários alertarem sobre a necessidade de
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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manter equipamentos eletrônicos desligados, não há que se fazer objeção. Por
civilidade, segurança e respeito à vida, os passageiros devem acatar as normas
fielmente. “Desconectados”, aproveitemos o tempo em atividades das quais a
“hiperconectividade” nos tem mantido distantes.
Era o que tinha a dizer.
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O SR. VINICIUS CARVALHO (Bloco/PRB-SP. Pronunciamento encaminhado
pelo orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, demais presentes, caros
telespectadores da TV Câmara e ouvintes da Rádio Câmara, os bancos continuam
deixando os clientes à mercê da imposição, do autoritarismo. Balanços do primeiro
semestre divulgados pelas maiores instituições financeiras do País revelam com
clareza tal situação. O preço das tarifas e serviços cobrados por esses bancos tem
subido muito além da inflação, ajudando a inflar os ganhos do setor financeiro e a
minguar o bolso do consumidor. Em alguns casos, os aumentos superam os 100%.
A falta de respeito é nítida. O valor da Cesta Exclusiva Fácil, do Bradesco,
passou de 27 reais e 40 centavos, em março do ano passado, para 48 reais, em
fevereiro deste ano, e agora custa 61 reais e 90 centavos. Trata-se de uma alta de
125,9%. Cabe destacar que, no período, a inflação medida pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo — IPCA foi de 13%.
No Banco do Brasil, o pacote Modalidade 50 foi de 31 reais e 50 centavos, em
2013, para 49 reais e 15 centavos, em fevereiro passado; e, atualmente, o banco
cobra pelos mesmos serviços 54 reais e 95 centavos, configurando um reajuste de
74,44%.
O Maxi Conta Itaú Eletrônica, que custava 11 reais e 10 centavos, subiu para
13 reais e 90 centavos, no ano passado; e agora, sai por 16 reais e 50 centavos, o
que corresponde a uma alta de 48,64%.
E nesse contexto absurdo ainda há agravantes. De um lado, os bancos
usurpam; do outro, o cliente se deixa ficar completamente vulnerável. Um
levantamento do IDEC — Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor com 246
internautas mostra que 46% não sabem qual é seu pacote de serviços nem quanto
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pagam.
Cabe, aqui, lembrar que existe um pacote de serviços essenciais, gratuito, por
determinação do Banco Central, e que atende às necessidades da maioria,
oferecendo saques, cheques e extratos. Há também os padronizados pelo Conselho
Monetário Nacional, que incluem itens como transferências e mais folhas de cheque.
São mais em conta que os pacotes “livres”, com preços que vão de 9 reais e 50
centavos a 10 reais e 50 centavos. E é claro que, com a fome pelo lucro, os bancos
pouco divulgam essas cestas.
A pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor — IDEC aponta
ainda que os reajustes foram mais frequentes nos pacotes de custo intermediário, ou
seja, os mais usados pelos clientes. Segundo cálculos da Austin Rating (Agência
Classificadora de Risco), as receitas totais com serviços de Itaú, Bradesco e
Santander avançaram 11,7% no período, somando 32 bilhões e 400 mil reais, contra
29 bilhões de janeiro a junho de 2014.
As receitas são astronômicas; o lucro, estratosférico. Os ganhos com serviços
representam, em média, 15% da receita dos bancos. Cabe, aqui, colocar que cerca
de 60% da população brasileira já possuem conta em banco, o que aponta para um
crescimento de três pontos percentuais, em relação a 2013.
A verdade é que os bancos se utilizam de uma tática desprezível para ter a
liberdade de fixar o preço que desejam; até porque, com diversos pacotes com
nomenclaturas diferentes, fica difícil para os clientes estabelecer uma comparação.
Cabe ao consumidor ficar atento às taxas. Se avaliar que o pacote gratuito
atende as suas necessidades, é recomendável escrever carta de próprio punho
pedindo a contratação do serviço sem a cobrança de tarifas. É importante que o
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cidadão saiba que, quando solicita essa cesta, o banco normalmente o faz desistir,
propondo mais serviços.
As instituições financeiras tentam explicar os reajustes acima da inflação,
alegando correção de defasagens de preços. Chegam ao despropósito de afirmar
que há economia, quando se compara com o pagamento individual referente a cada
serviço.
As instituições financeiras não arrefecem. No momento em que perdem
escala com crédito, recompõem os ganhos carregando nas tarifas. E jogam de forma
acintosa, mudando os nomes dos pacotes periodicamente para confundir o cliente e
cobrar mais.
Lembro bem que, no meu mandato anterior, de 2007 a 2011, convoquei o
então Ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o Presidente do Banco Central,
Henrique Meireles, para audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor
para mudar as regras das tarifas bancárias. Como resultado dessa ação, em janeiro
de 2008, o Banco Central regularizou e padronizou a cesta, ato que beneficiou todos
os consumidores correntistas. Os bancos, entretanto, já arrumaram um jeito de
burlar.
Precisamos, novamente, estancar esse processo, tomar as rédeas da
situação. É inconcebível que, num momento em que todos os setores reclamam que
estão perdendo dinheiro, os bancos anunciem os maiores lucros da história.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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O SR. ALFREDO NASCIMENTO (PR-AM. Pronunciamento encaminhado
pelo orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Zona Franca de Manaus, o
pilar econômico do meu Estado, o Amazonas, volta e meia recebe no Congresso
Nacional projetos de leis, propostas de emenda à Constituição e emendas a projetos
que visam, claramente, retirar incentivos fiscais consagrados na Constituição até
2073.
A mais recente delas é a Medida Provisória nº 675, de 2015, que em seu texto
original aumenta de 15% para 20% a taxação sobre o lucro líquido dos bancos e
demais instituições financeiras, medida com a qual concordamos. Mas um reduzido
número de fabricantes, sediados em outras regiões, tendo como lobista a
Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (AFREBRAS) conseguiu
incluir nessa MP uma “emenda jabuti”, que reduz consideravelmente vantagens
comparativas para os fabricantes de refrigerantes instalados em Manaus.
O polo de concentrados é um importante segmento industrial em nosso
Estado não só por gerar mais de 15 mil empregos, a maioria qualificados, mas
também por ser um dos maiores arrecadadores de impostos para o Governo do
Amazonas e, consequentemente, para todos os 62 Municípios amazonenses.
É importante esclarecer que a Zona Franca de Manaus sedia as três
principais empresas destinadas à fabricação de concentrados, insumo básico para a
produção de refrigerantes. São elas a Recofarma (Coca-Cola), a AROSUCO
(AMBEV) e a Pepsi-Cola. Juntas, elas respondem por um faturamento de 30 bilhões
de reais e contribuem com mais de 90% da produção de refrigerantes do País,
utilizando matéria-prima do Amazonas.
Somos representantes eleitos pelo povo amazonense e jamais vamos permitir
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prejuízos ao nosso parque industrial e que signifiquem redução da arrecadação
estadual e dos empregos.
Na terça-feira, 18 de agosto, a bancada do Amazonas no Congresso, que
reúne os três Senadores e os oito Deputados Federais dos mais diferentes partidos,
definiu estratégias de ação para barrar essa iniciativa contrária aos interesses do
povo amazonense.
E os resultados já começaram a aparecer. Durante a reunião da Comissão
Mista que discute a MP 675/15, na manhã desta terça, conseguimos convencer
Senadores e Deputados a retirarem a fatídica emenda acolhida pela Relatora,
Senadora Gleisi Hoffmann (PT), que colocava em risco a produção de concentrados
de refrigerantes já estabelecida em Manaus.
Foi uma vitória extremamente importante. Mas reconhecemos o poder da
Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (AFREBRAS), que não vai
desistir facilmente dessa investida.
Sr. Presidente, reafirmo que nossa bancada está unida no propósito de sustar
qualquer tentativa, de quem quer que seja, que possa significar prejuízos para a
Zona Franca de Manaus. Estamos atentos e dispostos a defender com todas as
nossas forças o único modelo de desenvolvimento que deu certo neste País, a Zona
Franca de Manaus, responsável por mais de 55% de toda a arrecadação da União
na Região Norte do País. Isso, para todos nós da bancada, é inegociável!
Obrigado.
Era o que tinha a dizer.
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O SR. DR. JORGE SILVA (PROS-ES. Pronunciamento encaminhado pelo
orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, após anos de otimismo ingênuo, o
Brasil, em especial o Estado do Espírito Santo, têm de lidar com os tremendos
reflexos negativos do novo plano de investimento da PETROBRAS. Até 2019, temos
um quadro não apenas de estagnação do seu patrimônio, mas de diminuição.
O milionário americano John Rockefeller dizia que o melhor negócio do
mundo era uma empresa petrolífera bem administrada e que o segundo melhor
negócio do mundo era uma empresa petrolífera mal administrada. A PETROBRAS
ainda é um bom negócio, pelo fato de administrar, de forma privilegiada, a imensa
riqueza petrolífera que os brasileiros lhe entregaram.
Apesar disso, a empresa está com o caixa em frangalhos, e já está
privatizando dezenas de bilhões de dólares de seus ativos. Sua dívida é a maior de
todos os tempos, considerando quaisquer empresas petrolíferas de todos os países
do mundo. Além disso, altos dirigentes da estatal já foram presos, em decorrência
do que é apontado pela imprensa internacional como o maior escândalo de
corrupção de todos os tempos.
Esse quadro de desconfiança, somado aos atualmente baixos preços do
petróleo, configura o pior momento para vender ativos da PETROBRAS. Também é
o pior momento para pedir empréstimos, pois os juros cobrados são mais altos. No
entanto, a empresa está privatizando ativo e pedindo mais dinheiro emprestado.
Nosso País não é a Venezuela nem a Arábia Saudita, mas, mesmo assim, a
PETROBRAS é responsável por um quarto dos investimentos feitos em nosso País.
Mas as feridas deixadas no patrimônio da estatal durarão anos, talvez décadas.
Para tentar se equilibrar, os investimentos da empresa entre 2015 e 2019 serão 37%
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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menores do que na previsão anterior. Os 220 bilhões de dólares diminuíram para
130 bilhões, um corte de 90 bilhões.
Cada dólar investido pela empresa gera mais 3 dólares de investimento de
outras empresas, ou seja: esse corte de 90 bilhões no orçamento da estatal
significará um corte de 360 bilhões de dólares, ou mais de 1 trilhão de reais, no PIB
brasileiro, nos próximos 4 anos.
A PETROBRAS responde sozinha por 13% do PIB, e essa queda de quase
40% nos investimentos da empresa pode tirar entre 0,1 e 0,5 ponto percentual do
crescimento do PIB, em cada um dos próximos 4 anos.
Os dois navios-plataformas previstos para operar nos litorais sul e norte de
meu Estado, até 2018, foram adiados por pelo menos 2 anos. A PETROBRAS
justifica que está se concentrando no pré-sal e, em vez de entregar 30 plataformas
em todo o País até 2018, como estava previsto, entregará somente 22, até 2020. Em
vez de iniciarmos a próxima década explorando 5,3 milhões de barris por dia,
estaremos no patamar de 3,7 milhões de barris por dia.
Segundo o antigo plano, caberiam ao Espírito Santo investimentos de 16,2
bilhões de dólares. O novo plano não detalhou o tamanho do corte orçamentário em
meu Estado, mas cancelou o polo gás-químico, assim como qualquer novo projeto.
Nem mesmo há perspectivas de novos leilões do pré-sal no curto e no médio prazo.
O modelo atual de exploração não deu muito certo para as finanças da estatal, e já
se ensaia a volta do modelo vigente no começo da década passada.
Boas notícias, porém, virão no dia 7 de outubro, quando o Espírito Santo será
o destaque da 13ª rodada de concessões. Serão leiloadas 266 áreas de exploração
em dez Estados, mas as sete áreas mais disputadas ficam todas no litoral norte
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capixaba.
Espera-se que o valor mínimo para obtenção de cada concessão, cerca de
352 milhões de reais, tenha um ágio significativo, pois a disputa deve ser acirrada.
As ganhadoras das concessões terão 7 anos para procurar o petróleo, e mais 27
para produzir. Ou seja, estaremos contratando décadas de investimentos. No
mínimo, o edital exige investimentos de 313 milhões de reais. O histórico de outras
licitações, contudo, mostra que esse valor pode ultrapassar 1 bilhão de reais, em
cada um dos sete campos.
Sras. e Srs. Deputados, meu Estado, durante a época colonial, não podia ter
estradas que o ligassem ao interior, para evitar o contrabando de ouro e diamantes
produzidos em Minas Gerais. Nosso desenvolvimento foi atrasado de propósito, e,
mesmo após a Independência, o Espirito Santo demorou a se industrializar. A
indústria de gás e petróleo é uma oportunidade para recuperarmos o tempo perdido,
por isso compartilho com meus eleitores a preocupação e a atenção com os planos
de investimento da PETROBRAS.
Os royalties do petróleo são importantíssimos para o desenvolvimento,
emprego e renda e, neste momento, nem o País, nem o Espírito Santo em especial,
podem negar prioridade a esses fatores.
Obrigado.
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O SR. WELITON PRADO (PT-MG. Pronunciamento encaminhado pelo
orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, bom dia a todos e a todas! Quero
registrar nesta Casa que a cidade de Contagem está comemorando 104 anos de
emancipação política neste mês de agosto. Como representante de Contagem,
sinto-me honrado em fazer parte dessa história de lutas e muitas conquistas. Minha
gratidão a Deus e a toda a população. Quero parabenizar todos os moradores dessa
cidade que me acolheu e que trabalham na construção diária do desenvolvimento de
Contagem e que depositam seus sonhos nela.
Temos muitos desafios e o compromisso de crescer e desenvolver juntos,
com mais distribuição de renda e inclusão social. O objetivo: garantir uma cidade
cada vez melhor para se viver às gerações presente e futura.
Vamos continuar sonhando juntos e participar ativamente da construção da
história de Contagem.
Aproveito para prestar contas de algumas ações pelo desenvolvimento de
Contagem.
Inclusive, no próximo sábado, dia 22 de agosto, o Prefeito de Contagem,
Carlin Moura, vai inaugurar a UPA JK, também conhecida como Pronto-Socorro do
JK. Uma obra importante na área da saúde. Destinamos recursos por meio de
emenda ao Orçamento da União para que possam ser adquiridos equipamentos
para a UPA JK. A Prefeitura inclusive já apresentou a documentação ao Ministério
da Saúde. A inauguração será na Avenida João César de Oliveira, no Bairro
Eldorado. Serão mais de 40 leitos de observação, seis leitos na sala de emergência,
8 consultórios, mais de 12 mil atendimentos/mês e serviços odontológicos de
emergência.
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Quero destacar também a construção do Restaurante Popular e das 10
academias da cidade que também estão sendo implementados com recursos de
emendas minhas ao Orçamento da União. Os recursos já estão liberados.
Há ainda as obras do campo de futebol em Nova Contagem. Em Vargem das
Flores, temos os R$2,5 milhões para pavimentação, urbanização e drenagem. Como
Relator do PAC no Orçamento da União 2014, quero destacar também outra
importante obra do PAC 2: a construção do Centro de Iniciação ao Esporte Ressaca,
no valor de R$3,6 milhões. E ainda os R$ 30 milhões para obras de infraestrutura na
cidade.
Ainda como membro da Comissão Mista de Orçamento do Congresso
Nacional estivemos com o então Ministro da Saúde e a Prefeita à época Marília
Campos para assinar termos de compromisso dos Municípios da Região
Metropolitana de Belo Horizonte, para a adesão à Estratégia Rede Cegonha e à
Rede de Urgência e Emergência, programas considerados estratégicos do Governo
Federal, entre eles o Centro Materno. Com essa obra, Contagem ganha mais 168
leitos, sendo 40 na UTI Neonatal e 10 na UTI Pediátrica. O número de servidores vai
dobrar, aumentando de 451 para cerca de mil funcionários da área da saúde. A
construção da unidade, com 10 mil metros quadrados, conta com recursos dos
Governos Federal, Estadual e Municipal.
E temos ainda muitas lutas e desafios, como a expansão da rede do Metrô
até Contagem e Betim. Essa integração é uma luta antiga e desejo da
comunidade de décadas.
Sr. Presidente, gostaria que o meu pronunciamento tivesse ampla divulgação
nos meios de comunicação da Casa e em especial no programa A Voz do Brasil.
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O SR. ZECA DO PT (PT-MS. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) -
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na última segunda-feira, dia 17, realizamos
em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, o seminário Os impactos dos agrotóxicos
na sociedade, que foi aprovado pela Comissão de Agricultura desta Casa para tratar
de alguns assuntos que muito nos preocupam — a qualidade dos alimentos que
chegam às nossas mesas e como a rotina de produção desses alimentos afeta a
saúde dos trabalhadores, das trabalhadoras e o meio ambiente.
O evento contou com a participação de mais de 300 pessoas, que
acompanharam as palestras, que nos trouxeram a assustadora realidade no campo.
Segundo o pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Luiz Cláudio
Meirelles, dados da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) mostram que
75% dos alimentos têm resíduos de agrotóxicos, que, consumidos em longos
períodos, podem desencadear diversas doenças e até o câncer.
Outra situação observada pela Dra. Márcia Scarpa, do INCA (Instituto
Nacional de Câncer), é o uso de venenos banidos do mercado internacional e ainda
utilizados no Brasil, autorizados pelo nosso Governo ou contrabandeados de outros
países. Um dos exemplos citados pela pesquisadora foi o glifosato, utilizado no
plantio da soja transgênica. Esse agrotóxico já foi associado ao surgimento de
câncer pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas é o mais consumido no
Brasil.
Outro dado preocupante é que os afluentes que alimentam o nosso Rio
Paraguai têm suas nascentes dentro de áreas de grandes monoculturas de soja,
milho, algodão e de cana-de-açúcar. Segundo o Prof. Wanderlei Pignati, da
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), os afluentes já demonstram certa
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contaminação, devido ao uso indiscriminado de agrotóxicos nessas regiões.
Por isso, precisamos diminuir o consumo dos agrotóxicos, que sabemos que
a médio e longo prazos fazem um grande mal à saúde da nossa população.
Necessitamos arranjar alternativas, diminuir os subsídios para produção e
importação desses venenos e ampliar os incentivos à agroecologia orgânica, fazer
com que as vigilâncias municipais tenham controle sobre a saúde dos trabalhadores
e da população em geral e sobre os alimentos que são expostos aos agrotóxicos.
Iremos continuar esse trabalho de divulgação dessas pesquisas, que alertam
sobre o uso irregular dos agrotóxicos e os seus malefícios. Devido ao sucesso desse
evento, já estamos propondo um próximo seminário, na cidade de Dourados, um dos
principais polos do agronegócio no Estado.
Com os encaminhamentos tirados desse primeiro seminário, iremos começar
a discutir aqui na Câmara Federal a desapropriação de propriedades rurais em uso
irregular de agrotóxicos para fins da reforma agrária, a criação de uma Frente
Parlamentar Federal e Estadual para discutir o assunto, além de medidas que serão
encaminhadas em nível estadual.
Muito obrigado pela atenção.
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A SRA. TIA ERON (Bloco/PRB-BA. Pronunciamento encaminhado pela
oradora.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, esteve no meu gabinete, em
Salvador, o Vereador Frank Neto (PRB), da cidade de Capim Grosso.
Eleito com 672 votos, Frank é o único republicano dos 11 Vereadores da atual
Legislatura. Veterinário de formação, ele demonstrou estar preocupado com a saúde
dos animais daquela cidade, porque é grande o risco de a população contrair algum
tipo de doença transmitida por gatos e cachorros que vivem abandonados.
O controle da natalidade desses animais, em Capim Grosso, é outra
preocupação demonstrada pelo Vereador da cidade, localizada a 281 quilômetros de
Salvador. Com cerca de 30 mil habitantes, o Município vive basicamente do
comércio e do plantio de milho e de feijão. Para promover o desenvolvimento local, o
Vereador conversou comigo e solicitou ajuda, através de emendas parlamentares,
para serem aplicadas na cidade.
Seguindo a linha do Vereador Sidney Oliveira (PRB), que ajudou a realizar na
cidade de Vitória da Conquista o Projeto de Qualificação Profissional S.O.S
Nordeste, Frank, de Capim Grosso, teve um projeto de controle reprodutivo de
animais aprovado na Câmara de Vereadores.
A castração dos cães e gatos e o controle da gestação desses animais são
feitos através de mutirão. Pessoas simples trazem seus animais para fazer o
acompanhamento pós-operatório. A cada mutirão atendemos em média 100
animais, sendo 70 para casos de vacinação contraceptiva. Sobre um projeto mais
audacioso, o Vereador Frank Neto conversou com esta Parlamentar.
A ideia é desenvolver em nível nacional, através de aprovação na Câmara
dos Deputados, um projeto para promover a saúde dos pequenos animais pelo
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Sistema Único de Saúde. Em um hospital ou consultório veterinário, o Município
disponibilizará atendimento gratuito para os gatos e cachorros das cidades
brasileiras. Só queremos minimizar a proliferação desses animais nas ruas, e essa é
mais uma forma de promover a saúde pública.
Sei da responsabilidade e da seriedade do trabalho desenvolvido pelo
Vereador Frank Neto e percebo o crescimento dele no conceito da cidade de Capim
Grosso. Percebo, ainda, que ele se encaixa perfeitamente na linha do PRB, porque
atua com foco e seriedade.
O Vereador Frank é Líder do Governo em Capim Grosso, tem projetos e visa
ao desenvolvimento da cidade. Com a intenção de fortalecer mais ainda o PRB
local, está sendo agendado um ato de filiação, envolvendo jovens e adolescentes.
Para o evento, também serão convidados grupos da terceira idade, sindicatos,
trabalhadores e o povo em geral de diversas cidades da região. Esta é a forma de
fazer política, senhores: levar o partido onde o povo está, conhecer suas aflições e
promover soluções.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigada.
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O SR. MARCELO BELINATI (Bloco/PP-PR. Pronunciamento encaminhado
pelo orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna desta Casa
para fazer uma defesa apaixonada, a fim de contemplar Londrina e o norte do
Paraná como rota da Ferrovia Norte-Sul.
A Região Metropolitana de Londrina é um dos mais importantes polos de
desenvolvimento do Brasil. São 25 cidades e uma população estimada em 1,2
milhão de habitantes. Tendo em vista sua importância geográfica e econômica, seria
uma injustiça irreparável para com essa região que tanto contribuiu para o
desenvolvimento do nosso País, excluí-la dos benefícios dessa importante obra.
Cabe ressaltar, Sr. Presidente, que Londrina se notabilizou no passado
recente como grande produtora de café. Hoje, a outrora Capital Mundial do Café
possui uma produção agrícola diversificada, de grande valor agregado e com os
maiores índices de produtividade do Brasil. Londrina e sua Região Metropolitana
também se destacam pela produção industrial, com empresas atuando no mercado
global.
Faço um apelo ao Sr. Ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, no
sentido de que não falte com Londrina e com o norte do Paraná e que se faça justiça
aos pés-vermelhos daquela terra linda e dadivosa, de um povo generoso e
trabalhador que tanto tem realizado pelo nosso Brasil.
Conto com o apoio das Sras. e dos Srs. Deputados neste importante pleito!
Muito obrigado.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 233.1.55.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 20/08/2015 Montagem: 4176/5185
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O SR. PR. MARCO FELICIANO (Bloco/PSC-SP. Pronunciamento
encaminhado pelo orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é com grande
honra que uso esta tribuna para homenagear um jovem atleta de minha cidade,
Orlândia. Refiro-me ao bimedalhista Thiago Paulino.
Esse atleta é exemplo para todos os jovens. Ao se ver de frente com um
problema, recarregou suas forças e deu início a um novo desafio, chegando ao
ápice com a conquista de duas medalhas nos Jogos Parapan-Americanos, com ouro
no arremesso de peso e bronze no lançamento de disco.
Desejo também parabenizar a Prefeitura de Orlândia, por meio de sua
Secretária de Esportes, e a ADC Intelli, que patrocina o atleta e acreditou em seu
potencial.
Essas medalhas são de todo o povo orlandino, que se orgulha de ter um filho
da cidade brilhando no esporte mundial.
Thiago Paulino faz parte do grande plantel esportivo de Orlândia, que tem
projetado a cidade em grande estilo, estimulando que outros tomem o mesmo rumo
sadio do esporte.
Meus cumprimentos a sua família, que foi o porto seguro nos momentos
difíceis e agora vê coroada de êxito toda a dedicação ao filho querido.
Finalizo pedindo a Deus que derrame as mais doces bênçãos celestiais sobre
Thiago Paulino e permita que ele continue a nos dar alegria por meio do esporte.
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O SR. ROBERTO BALESTRA (Bloco/PP-GO. Pronunciamento encaminhado
pelo orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, cidadãos que nos
acompanham pela TV Câmara e Rádio Câmara, desde 1987, quando assumi o meu
primeiro mandato como Deputado Federal, eu me desloco semanalmente, na
maioria das vezes de carro, de Inhumas para a Brasília. A partir de quinta-feira,
quando encerramos a sessão aqui, costumo percorrer o Estado de Goiás, ouvindo
os anseios da população do interior.
Nesse período, posso dizer que a rotina dessa pequena viagem sempre
esteve presente em minha vida, mesmo quando estive licenciado da Câmara para
ocupar Secretarias no Governo do Estado de Goiás.
Tenho fortes bases eleitorais em Municípios como São João D'Aliança,
Alvorada no Norte, Formosa e outros que compõem a chamada região do Entorno
do Distrito Federal. Digo isso, meus amigos, para exemplificar que eu, assim como
outros colegas goianos, acompanhamos semanalmente a transformação das
cidades que circundam o Distrito Federal nas últimas 2 décadas.
A população de Brasília, desde 2000, vem crescendo acima da média do
País. Segundo o censo do IBGE, o número de moradores da Capital Federal passou
de pouco mais de 2 milhões no início do século para mais de 2 milhões e 900 mil,
agora. Mas não pensem os brasileiros que Brasília é uma ilha e que o crescimento
daqui não se reflete ao redor da cidade. Para cada novo morador que a Capital
Federal ganha, três ou quatro se aglomeram nas cidades ao redor, quase todas
cidades goianas.
A preocupação com essa situação é grande entre políticos e lideranças
goianas. É comum ouvir de muitos a reclamação de que Brasília, quase sempre,
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colhe os frutos do desenvolvimento. A Goiás, que abriga a Capital em seu território,
cabe lidar com os problemas trazidos pela migração desenfreada. A infraestrutura
das cidades não é capaz de acompanhar esse fluxo, e surgem problemas graves de
transporte, saúde e moradia, para citar apenas alguns.
Por isso, nobres amigos, para minimizar esses problemas, é preciso integrar
essas cidades, que estão perto demais de Brasília territorialmente, de fato, mas não
de direito. Nesse sentido, considero uma vitória a aprovação por esta Casa da
proposta que inclui 12 novos Municípios na Região Integrada de Desenvolvimento
do Distrito Federal (RIDE): os Municípios goianos de Alto Paraíso, Alvorada do
Norte, Barro Alto, Cavalcante, Flores de Goiás, Goianésia, Niquelândia, São João
D'Aliança, Simolândia, Vila Propício; e as cidades mineiras de Arinos e Cabeceira
Grande. Outros 22 Municípios já compõem essa Região.
Essa mudança permite a facilitação para que esses Municípios fechem
convênios e recebam recursos. No entanto, como bem disse o Relator da proposta,
Deputado João Campos, companheiro da bancada goiana, agora cabe a todos nós
que representamos esses Municípios da região de Goiás e de Minas lutar para que
mais recursos sejam disponibilizados ao Entorno e para que os projetos previstos
para melhorar questões como o transporte e a saúde saiam do papel.
Sr. Presidente, peço a V.Exa. a divulgação do meu pronunciamento nos
meios de comunicação da Casa e no programa A Voz do Brasil.
Muito obrigado.
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VI - ENCERRAMENTO
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Nada mais havendo a tratar, vou
encerrar a sessão.
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Encerro a sessão, convocando
Sessão Não Deliberativa de Debates para hoje, quinta-feira, dia 20 de agosto, às 14
horas.
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(Encerra-se a sessão às 13 horas e 59 minutos.)