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Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 1
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI
FACULDADES IDEAU
DEFINIÇÃO DE UM PADRÃO PARA ARMAZENAGEM DE
MATERIAIS
GEMPKA, Guilherme Antônio Discente do Curso de Engenharia de Produção-Faculdades IDEAU
TROMBETA, Rudivan Discente do Curso de Engenharia de Produção-Faculdades IDEAU
PERIN, Patrik Discente do Curso de Engenharia de Produção-Faculdades IDEAU
REMBOSKI, Rodrigo Discente do Curso de Engenharia de Produção-Faculdades IDEAU
CENCI, Vinícios Mateus Discente do Curso de Engenharia de Produção-Faculdades IDEAU
DE PARIS, Alaércio Orientador do Curso de Engenharia de Produção-Faculdades IDEAU
DE OLIVEIRA, Suzana França Orientador do Curso de Engenharia de Produção-Faculdades IDEAU
GANDON, Luiz Fernando M. Orientador do Curso de Engenharia de Produção-Faculdades IDEAU
RESUMO: Um sistema de armazenagem adequado e de qualidade tem papel fundamental dentro de qualquer
organização, pois ele auxiliará em diversos processos dentro da empresa, deste um bom controle de estoque até
uma maior eficiência da produção. Manter um sistema de armazenagem de qualidade pode-se determinar através
de simples fatos que possam facilitar e dar proximidades as partes que compõem uma organização, mantendo
com rapidez um fluxo qualitativo que possa reduzir o tempo de locomoção de produtos e informações que se
transcorrem dentro do ambiente de trabalho. Um layout que contemple uma organização de estoques de
qualidade, já supre de modo suficiente um meio que sejá capaz de reduzir custos e eliminar as chances de
ocorrerem prejuízos. Com isso objetivou-se analisar uma empresa do ramo metal mecânico, visando encontrar os
meios que a mesma utiliza para manter um sistema de armazenagem coerente, que possa assim auxiliar em
diversos processos a instituição.
Palavras-chave: Sistema de armazenagem, qualidade, layout.
ABSTRACT: A suitable storage system and quality plays a key role within any organization, as it will help in
various processes within the company, this a good inventory control to greater production efficiency. Keeping
quality storage system can be determined through simple facts that may facilitate and give also the component
parts of a company, keeping quickly qualitative flow that can reduce the product traveling time and information
which elapses within the work. A layout that includes an organization of quality stocks, already supplies enough
as a means to be able to reduce costs and eliminate the chances of losses occur. It aimed to analyze a company
mechanical metal industry, vizando find means that it uses to maintain a consistent storage system, which can
thus assist in many cases the institution.
Keywords: Storage system, quality, layout.
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1 Introdução
O sistema de armazenagem tem papel fundamental dentro de qualquer empresa, pois
com o mesmo bem definido e com uma qualidade significativa a instituição estará ganhando
um ótimo auxílio, que passam deste uma maior eficiência dentro da produção até um maior
controle de estoque. Para se efetivar um sistema de armazenagem adequado e de qualidade é
essencial o departamento responsável por isso ter uma organização apreciável, pois é a partir
dessa organização que os processos auxiliares irão ser de extrema importância.
Dentro desse cenário, pode-se citar que um dos processos de um bom sistema de
armazenagem é um layout bem definido, onde a infraestrutura do departamento seja utilizada
de uma forma aproveitável, visando utilizar o espaço físico da melhor forma possível.
Pensando em um fluxo mais ágil a armazenagem dos insumos será realizada de uma forma
coesa, onde os mesmos serão classificados e estocados em seus devidos e respectivos locais.
Estes aspectos irão assessorar uma boa gestão quando fala-se de um controle de
estoque aprimorado, conforme Slack et al. (2008), a gestão de estoque proporciona uma maior
organização das ações de estoque, disponibilizando as informações de forma racional e
prática, eliminando retrabalhos. Com a automatização de tarefas, os recursos podem ser
redirecionados e melhor aproveitados. Assim contribuindo para um bom andamento da
produção.
Também existirá uma cooperaração no espaço físico do departamento, além de uma
economia de tempo notória, já que os insumos estarão identificados e classificados por fluxos
de demandas. Assim entende-se que um sistema de armazenagem precisa ter um bom
planejamento e execução, para que com isso consiga auxiliar de uma forma satisfatória uma
empresa.
.No entanto, para um bom andamento desse sistema, tanto se tratando de atacado,
varejo ou indústrias, necessita-se de uma boa conexão com os departamentos diretamente
ligados a está gestão, tendo em vista que os departamentos precisam trabalhar totalmente
integrados para que assim o planejamento logístico ocorra da melhor forma possível, a
departamentalização é essencial para ocorrer uma boa conexão e comunicação entre setores.
Tendo em vista a importância da departamentalização, pode-se citar também os tipos
de estruturas organizacionais, pois cabe a esse setor definir quais são as relações e ações de
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cada departamento da indústria ou comércio e assim dar o suporte necessário para que o
departamento responsável pela armazenagem tenha seu desempenho melhorado e qualificado.
Diante disto, objetivou-se analisar uma empresa do ramo metal mecânico na cidade de
Getúlio Varga/RS, analisando a forma em que a mesma aplica seu sistema de armazenagem e
gestão de estoques, além de verificar quais as suas formas de produção, departamentalização e
estrutura organizacional que a mesma investe para cumprir com as responsabildades que lhe
são ofertadas.
2 Referencial Teórico
Segundo Porter (1989, p. 36), a logística interna tem como atividades associadas ao
recebimento, armazenamento e à distribuição de insumos no produto, como manuseio de
material, armazenagem, controle de estoque, programação de frotas, veículos e devolução
para fornecedores.
A mesma tem sido uma das principais vantagens para as empresas conseguirem
alcançar seus objetivos no sentido de uma melhor utilização de seu espaço físico, pois o
profissional de logística é capaz de através de uma análise da linha de produção saber a
melhor forma de armazenar os insumos, de acordo com sua demanda, evitando movimentação
desnecessária e otimizando seu tempo.
Tendo vista que a parte de estocagem de materiais e insumos é de extrema importância
dentro de uma empresa, pois está nela depositada uma quantia de investimento relevante, Dias
(1993) define que os estoques podem ser tanto a matéria-prima, material em processo e o
produto acabado, as empresas precisam de estoques para trabalhar, pois sem eles torna-se
impossível, mas também tem com meta principal maximizar seus lucros sobre o capital
investido, pois o bom atendimento as vendas e produção dependem do seu nível, sendo assim
busca pelo estoque ideal é imprescindível.
Ter um estoque organizado, além de ser visualmente agradável é também de extrema
importância para um controle de suas mercadorias, insumos, materiais e equipamentos, além
de ajudar no trabalho do dia a dia, pois com um layout adequado de materiais o tempo
procurando um item desejado pode ser diminuído, com isso aumentando a rentabilidade do
trabalho dentro da indústria. Assim indica Marques (2009, p.51) que o objetivo geral de um
layout é proporcionar um fluxo de trabalho de materiais fluido através da fábrica, ou um
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padrão de tráfego que não seja complicado tanto para clientes como para trabalhadores em
uma organização de serviços. Desta forma, fica evidente para que haja o bom planejamento
como esses sejam seguidos à risca, a fim de se obter o sucesso esperado.
O sistema de armazenagem é muito importante para uma empresa, principalmente no
que diz respeito ao abastecimento de insumos para a produção, pois está nele depositada uma
responsabilidade grande, tendo em vista que para a produção fluir de uma maneira satisfatória
a logística precisa estar totalmente alinhada ao que está ocorrendo dentro das suas linhas, para
que com isso consigam suprir as demandas que a produção exige.
Ao abordar sobre estruturas organizacionais e tratar de seus principais tipos, torna-se
importante destacar que em suas ações, os métodos e os processos encontram o suporte
necessário. Podemos ver estruturas a partir de três principais aspectos ou componentes chave,
como defende Daft (2002):
• primeiro: determina relações formais de subordinação, os níveis hierárquicos e a amplitude
de controle gerencial. Isto ganha diferente tratamento sob o ponto de vista do comportamento
gerencial;
• segundo: identifica agrupamento de agentes, por área e no todo, principalmente por área
específica de atuação, por exemplo, criação de um produto, produção, armazenamento e
logística ou apoio administrativo, entre outros;
• terceiro: desenvolve e mantém sistema de comunicação, coordenação e integração de
esforços entre as áreas. Portanto, a comunicação encontra suporte em estruturas que mantêm
sistemas e subsistemas, adequados e integrados aos demais.
Quando consideramos produtos ou serviços em uma estrutura, sempre será encontrada
uma referência hierárquica. Ela é acentuada dependendo de cada caso, desempenha papéis
específicos há um grupo de pessoas, com o objetivo definido e um sistema de comunicação
necessário, e as utilizações de elementos adequados para o atingimento de metas especificas.
Conforme Johann (2004), no qual os agentes podem influir nas decisões, exercer
controle, ter poder e estar efetivamente envolvidos. Este modelo pode elevar os agentes ao
nível de paridade com os superiores de uma organização e manter uma relação de igualdade
em níveis decisórios. Por esse comportamento há fortes evidências de que o modelo
participativo oferece oportunidades para o alcance da produtividade e rentabilidade. Mas o
mais importante disso é a valorização de agentes com dedicação e empenho em suas ações.
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Juntamente com esse cenário, encontra-se a departamentalização que conforme
Oliveira (2002) é uma divisão de trabalho por especialização dentro da estrutura
organizacional da empresa, cuja contribui para o andamento de uma forma organizada da
produção. Maximiano (2006) defende que o modo mais simples de departamentalização é o
que se baseia no critério funcional, que tanto pode ser usado pelas organizações de grande
como de pequeno porte. A partir de uma departamentalização funcional, a estrutura pode
evoluir para outras formas mais complexas.
3 Metodologia
Para o desenvolvimento do presente trabalho foi realizada uma visita técnica em uma
empresa do ramo metal mecânico, onde foi apresentada aos responsáveis a proposta para
examinar a empresa, podendo assim diagnosticar a forma em que a mesma trabalha no que diz
respeito ao seu sistema de armazenagm, estrutura organizacional e seus tipos de métodos para
que possa se manter forte no mercado. Também foram feitos alguns questionários as
lideranças da empresa, o que proporcionou uma leitura da forma em que alguns métodos são
implantados.
Foram também utilizadas pesquisas bibliográficas qualitativas e quantitativas de
autores renomeados na área em que o artigo foi desenvolvido, estes presentes nas referências
bibliográficas, assim tornando possível um maior entendimento no que se diz respeito a
conceitos e melhores formas para aplicar eventuais estratégias.
4 Empresa
A análise proposta foi desenvolvida na empresa Ampla Performace Industrial que está
situada na cidade de Getúlio Vargas/RS e a mais de trinta e cinco anos volta suas produções
ao mercado de biodiesel e máquinas para moinhos e ervateiras. Com o objetivo de adicionar
produtos que possam satisfazer seus clientes a empresa produz seus equipamentos prezando a
qualidade do produto.
Diante dos objetivos que foram propostos, foi analisada a gestão organizacional da
empresa voltando diagnosticar a importância de um bom gerenciamento no sistema de
armazenagm, identificando quais são suas principais responsabilidades e buscando mencionar
os prejuízos causados por uma eventual gestão insatisfatória.
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Dando a devida importância à organização e métodos que a empresa utiliza para o
andamento de sua produção, a intenção é identificar possíveis problemas que possam
atrapalhar ou prejudicar uma produção mais dinâmica e eficiente, assim podendo auxiliar para
esses eventuais problemas serem resolvidos.
Na visita técnica realizada, identificou-se que para o andamento da produção a
empresa divide-se em setores da forma descrita abaixo respectivamente:
Diretoria: esse setor contém três colaboradores, o Diretor Administrativo, o Diretor
Industrial e a Diretora de Recursos Humanos, esses têm como objetivo tomar qualquer
decisão perante a forma em que um projeto irá se desenvolver, além de administrar de
uma forma geral a empresa.
Recursos Humanos: contendo dois funcionários, o setor é responsável pelos processos
que garantem a manutenção da proposta da empresa no campo de responsabilidade
social.
Comercial: o setor conta com três colaboradores internos e um colaborador que atende
os clientes externamente, e é responsável por atender as exigências que o mercado de
trabalho apresenta. Ainda dentro da parte comercial existe um sub-setor que é o de
orçamentos, cuja responsabilidade é definir os custos de um determinado projeto para
com isso passar os valores ao comercial que posteriormente irá conversar com o
cliente.
Financeiro: contendo apenas um funcionário, o setor tem a responsabilidade de cuidar
de toda e qualquer finança da empresa.
Engenharia: é o setor onde os projetos são desenvolvidos, envolvendo seis
engenheiros é deste setor que todos os projetos tomam forma. Dentro desse setor
existe também um sub-setor que é o de projetos, onde se desenha e ajusta os detalhes
de cada equipamento em desenvolvimento.
PCP: o setor de planejamento e controle de produção contem três colaboradores e é
deste setor que os projetos em desenvolvimento são distribuídos para cada
departamento de dentro da empresa.
Logística Interna (Almoxarifado): departamento de grande importância, visto como o
coração da indústria, esse setor é constituído de cinco colaboradores e tem como
responsabilidade abaster a produção e controlar a parte de estoque da empresa.
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Compras: onde todos os itens solicitados pelo almoxarifado ou engenharia são
comprados para serem utilizados na produção dos equipamentos.
Usinagem: incumbido de fazer todos os serviços de torno e fresa que os projetos
demandarem.
Corte: cabe a esse setor dar o pontapé inicial de cada projeto, onde toda a parte do
corpo do equipamento em desenvolvimento são preparados.
Preparação: encarregado de realizar todos os ajustes dos corpos dos equipamentos,
como dobras, chanfras e mais.
Montagem Leve: exerce a função de montar todos os equipamentos que são
considerados de linha leve, como dobradeiras, filtros, ensacadeiras, enfardadeiras, etc.
Montagem Pesada: departamento que tem como função montar todos os equipamentos
que necessitam de soldas pesadas, é destinado a montagem de grandes tanques e
plantas de biodiesel.
Pintura/Acabamento: sua respondabilidade é fazer a parte de embelezamento dos
equipamentos.
Montagem Elétrica: toda parte elétrica que o equipamento necessitar será feito por
esse setor.
Automação: parte mais fina da montagem elétrica, esse setor tem como
responsabilidade programar os equipamentos.
Montagem Final: quando os equipamentos esão todos prontos, cabe a esse
departamento fazer as montagens finais de cada projeto, incorporando todos os
equipamentos que estão desmontados e finalizando o item solicitado pelo cliente.
Qualidade: setor responsável de vistoriar cada equipamento depois de finalizado, com
o objetivo de suprir as exigências dos clientes.
Montagem Obras: cabe a esse departamento ir até o cliente e instalar o equipamento
fornecido.
Conta-se também além desses setores, a manutenção elétrica, mecânica e predial,
recepção, segurança do trabalho, logística de produção e limpeza. Todos os setores contam
com um líder, que tem como responsabilidade passar as atividades que cada colaborador
precisar exercer para o bom andamento da produção.
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A empresa vistitada conta com alguns programas para manter-se bem no mercado,
como programa 5S que tem como objetivo otimizar o tempo de trabalho, programas de
treinamentos aos colaboradores dentro de cada função específica, além de estarem divulgando
seu marketing para dentro do mercado.
A empresa conta com um sistema de softwear chamado Cigam, essa ferramenta é
utilizada desde a engenharia até a nota fiscal do produto acabado, passando por todos os
setores, os projetos são feitos a partir desse sistema que uma vez alimentado precisa-se fazer
um efeito chicote do equipamento até sua última montagem.
Tendo em foco o sistema de armazenagem da empresa visitada, percebeu-se que a
mesma baseou-se em cima do softwear para organizar da melhor forma possível do seu
almoxarifado. Já que os itens cadastrados são separados por grupos e subgrupos e existem
dois tipos de linha de produção na empresa, sendo a linha leve e a linha pesada, foi a partir
disso que a estrututa de estoque foi planejada.
Em conversa e questionários ao supervisor do setor de logística interna
(almoxarifado), foi visto que o layout do almoxarifado foi dividido por três pavilhões, onde
cada um é destinado a um tipo de material, sendo:
Pavilhão 1 (Materiais Mecânicos): destinado aos itens mecânicos que abastecem a
produção, esse pavilhão armazena itens desde uso e consumo como brocas, discos, até
itens considerados matérias primas de montagem, como mancais, flanges,
pneumáticos entre outros.
No layout do referente pavilhão os itens foram separados por duas colunas de prateleiras,
ficando as prateleiras da coluna esquerda destinada aos itens de linha pesada e as
prateleiras da coluna direita destinado aos materiais de linha leve.
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Figura 1- Pavilhão 1 (Materiais Mecânicos) – Foto: Autores, 2016. Ampla Performace Industrial
As únicas prateleiras que não se enquadram na lógica das duas linhas de produção são as
da frente, pois elas estão destinadas a armazenar os itens de consumo, que são os itens que
mais tem saída durante o dia, como abrasivos, lixas, brocas e machos, o restante baseia-se nas
linhas de produção e foram organizadas em cima dos seus grupos e subgrupos, de modo que
quando precisa-se fazer alguma solicitação ou conferir o estoque é necessário apenas ir a
prateleira que armazena o ítem pretendido e fazer a processo adequado.
A forma de identificação utilizada é de etiquetas onde cada material tem a sua, ficando
descrita nas mesmas a nomenclatura do material, código utilizado no software, local de
armazenagem, especificação do fornecedor e código de barras o que proporcionaria fazer a
leitura do item no ato da retirada do estoque.
Figura 2-Etiqueta de identificação de material. – Foto: Autores, 2016. Ampla Performace Industrial
Tendo em vista que a forma de organização é coesa, outras empresas da cidade já
visitaram o almoxarifado descrito para pegar como referência. No entanto percebeu-se que
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apesar das mesmas conterem uma nomenclarura própria, elas não estão identificadas, assim
comprometendo uma busca de material por alguém que não conhece o departamento. Diante
disso foi dada a sugestão de identificá-las com placas que descrevam qual é a prateleira e qual
o grupo de material que está estocado na mesma.
Pavilhão 2 (Motores e Derivados): destinados aos itens de acionamento que são
utilizados nos projetos como motores, motoredutores e redutores, esse setor conta com
três porta-paletes, o que auxilia na otimização de espaço, pois os acionamentos muitas
vezes utilizam um grande espaço devido aos seus tamanhos.
O layout desse pavilhão foi feito baseando-se em qual tipo de acionamento será
armazenado, ficando assim o porta-palete da direita destinado aos motoredutores, esse
também é divido por duas colunas, onde a da esquerda é para os itens em estoque e o da
direita aos itens empenhados para projetos.
Já no porta-palete da esquerda são armazenados os motores, tendo a mesma linha de
raciocínio, a coluna da esquerda é para os itens em estoque e a coluna da diretia e para os
motores que já estão destinados a serem usados projetos. Eses materiais também contam com
as identificações por etiquetas, contendo suas descrições e local de armazenagem.
O terceiro porta-palete está localizado centralizado no final do pavilhão e é destinado a
itens de poucas demandas ou itens muito grandes que acabam não podendo ser estocados nas
prateleiras. Bem como os outros porta-paletes, esse também, contém as identificações
necessárias para cada material.
Como sugestão a esse pavilhão, também foi colocado à alternativa dos porta-paletes
conter uma identificação como as prateleiras do primeiro pavilhão. Foi identificado ainda que
não existe demarcação no chão para a passagem de empilhadeiras, já que a mesma se faz
necessária por serem estocados em porta-paletes altos, então foi lançada a ideia de ser
efetivada marcações que possam auxiliar no hora de movimentar algum item.
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Figura 3- Pavilhão (Motors e Derivados) – Foto: Autores, 2016. Ampla Performace Industrial
Pavilhão 3 (Materiais Elétricos): Espaço destinado a todos os componentes elétricos
que são utilizados nos projetos que a empresa efetua. Esse espaço foi organizado
seguindo a mesma linha dos outros pavilhões, no entanto o mesmo tem seu layout um
pouco diferente, já que conta com um mezanino para as instalações das prateleiras,
além de um suporte de cabos, onde todas as bobinas são armazenadas.
Nesse pavilhão o espaço divide-se em quatro linhas que são, o suporte de cabos a
direita do setor, onde todos os modelos de cabos que a empresa possui são armazenados,
tem ainda a parte inferior do mezanino onde é destinado os materiais considerados de
linha pesada, como conduletes, uniões e ítens de aterramento, também a parte superior do
mezanino onde são estocados a parte de linha de painéis elétricos como disjuntores, réles
de segurança e toda parte que engloba a montagem de painéis e por fim os corredores que
ficam na parte esquerda do setor, onde os ítens que estão separados e destinados para
projetos e obras são postos.
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A organização dos materiais é feitas da mesma forma que os pavilhões da mecânica, é
tudo organizado por grupo e subgrupo, ficando assim mais fácil na hora de uma eventual
solicitação ou contagem de estoque. Conta-se também no setor, com um espaço que é
destinado a contagem linear dos cabos por meio de um dispositivo projetado com uma
célula que faz a contagem dos cabos, facilitando na hora de separar alguma quantia
necessária.
Figura 4- Pavilhão 3 (Materiais Elétricos) – Foto: Autores, 2016. Ampla Performace Industrial
Figura 5- Pavilhão 3 (Área para contagem de cabos) – Foto: Autores, 2016. Ampla Performace Industrial
Após analisado este espaço, percebeu-se que a estocagem de bobinas de cabos que
ficam no suporte destinado aos mesmos, poderia haver uma melhora, já que não são
distribuídos por tamanho, sugeriu-se que os cabos poderiam ser estocados por tamanhos de
bobinas. Tendo em vista que o suporte possui quatro andares, a ideia seria começar a
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armazenar as bobibas menores no andar superior e vir descendo os andares conforme os
tamanhos das bobibas, assim distribuindo mais o peso e auxiliando no momento de manuseio
dos mesmos. Além disso, foi indicado que as ruas e prateleiras fossem identificadas como as
dos outros pavilhões citados, ficando assim mais fácil o encontro do item desejado.
O setor de logística interna (almoxarifado), conta com cinco funcionários efetivos,
onde cada um exerce sua função dentro do setor. Um dos colaboradores é o supervisor, que
tem como responsabilidade exercer a gestão do setor, encaminhando as atividades diárias para
cada um dos outros colaboradores. Ainda cabe ao supervisor do setor executar todas as
solicitações internas de ítens que se mostram necessários repor estoque, além de ser
responsável pela análise das ordens de produção que são passadas ao almoxarifado para a
separação de materiais que irão compor um projeto. Essa análise se faz necessária para não
correr os riscos de faltar algum item crítico de montagem, tendo em vista que uma vez notado
a falta de um material necessário, esse já efetua a solicitação.
O setor conta com um dos colaboradores responsável pela separação das ordens de
produção, esse com responsabilidade de separar, identificar e armazenar na área de empenho
todos os ítens que estavam presentes em uma determinada ordem de produção, cuja irá fazer
parte de um projeto. Além de possuir um dos funcionários para a baixa de materiais e controle
de estoque, esse passando a ser responsável por efetivar a baixa dos materiais que saem do
estoque e vão para produção, também controlando o estoque ciclicamente.
Para a parte da elétrica, dois colaboradores ficam com a responsabiladade de separar
os itens necessários para os projetos, além de controlar os estoques. Um desses colaboradores
ainda exerce a função de conferência de entrada de materiais, ficando encarregado de conferir
os volumes da notas no ato do recebimento de materiais e posteriormente conferir o material
que chegou com a ordem de compra da empresa.
No que diz respeito à entrega de material no balcão de atendimento, todos os
colaboradores tem o dever de alcançar os itens solicitados pelos funcionários da fábrica,
porém esse insumo só será entregue mediante a uma requisição de materiais assinada pelo
supervisor do setor que está solicitando a peça. Essa regra não se incluiu aos EPI’s, já que os
mesmos são entregues aos colaboradores pelo técnico de segurança que está presente no
almoxarifado em horários definidos.
As baixa de materiais são efetivadas de duas maneiras, os materiais que são separados
para ordens de produção, são baixados por uma lista que é gerada ainda no PCP
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(planejamento e controle de produção) e então passada para o almoxarifado, o qual fica
responsável de efetuar a separação dos itens que serão utilizados no projeto e então fazer a
baixa da lista via sistema.
Para a baixa dos materiais de consumo que são utilizados diariamente na empresa é
utilizado uma requisição interna, a qual cada setor possui uma, essa contém o dia da retirada
do item, a descrição do mesmo, o código, o nome do funcionário que retirou e a assinatura no
supervisor do setor. No final de cada dia essa requisição é baixada manualmente via sistema,
atualizando assim o estoque dos consumíveis.
Dentre umas das entrevistas feitas ao supervisor do setor, constatou-se que o fluxo de
colaboradores vindo buscar consumíveis durante o dia é grande, estima-se que em torno de
uns 20 a 30 por hora, tendo em vista que uma mesma pessoa possa vir mais de uma vez. Isto
posto, sugeriu-se que o setor poderia implantar um sistema kanban para a demanda de
consumíveis. . O Kanban usa o sistema de puxar, onde o produto é mantido no centro de
trabalho anterior até que o seguinte fique disponível, ou para facilitar o andamento da
produção como defende Moura (2003).
Com isso a ideia seria que um dos colaboradores do departamento de logística interna,
fosse até os supervisores dos setores no final de cada dia com uma requisição de materiais e
em conversa com o mesmo fizesse um cronograma do que seria utilizado de consumíveis para
produção no dia seguinte, posteriormente abastecendo o kanban do setor na manhã seguinte.
Acredita-se que com a implantação desse sistema o fluxo de colaboradores vindo até o
almoxarifado iria diminuir, com isso agregando na produção, pois o colaborador não precisará
desperdiçar tempo indo e vindo do almoxarifado, além de facilitar o controle de estoque tendo
em vista que o fluxo iria diminuir.
Dados de Resultados
No contexto geral da visita e do recolhimento dos dados sobre o almoxarifado da
instituição, foi visto que com o layout organizado da forma em que mesma executa, existe
uma facilitação no encontro dos itens que são solicitados diarimente, havendo assim um
melhor desempenho no tempo de entrega de um material específico o que em um
departamento desorganizado poderia-se demorar mais para achar este item. Também auxilia
na realização de contagens tanto cíclica como de inventários, pois direcionando uma rua ou
uma prateleira para cada grupo específico a contagem se torna dinâmica, pois o colaborador
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não precisa percorrer grandes distâncias para executar a contagem. Assim como existe uma
simplicidade no momento da execução de um eventual pedido, já que normalmente cada
grupo seja específico de cada fornecedor, assim facilitando e auxiliando na necessidade de
solicitação de um pedido.
Juntamente com as características positivas citadas acima, acrescenta-se a importância
da identificação do item por meio de uma etiqueta própria que contém os dados necessários
para o mesmo ficar de fácil localização e entendimento, tanto para buscá-lo, quanto comprá-lo
ou contá-lo. Também é interessante salientar o ganho que o departamento teve em seu espaço
físico, já que houve uma organização padrão os ambientes foram redimencionados, assim
proporcionando uma otimização das áreas.
No que diz respeito à separação de materiais para OPD’s (ordens de produção), o
layout auxilia no dinamismo do mesmo, uma vez que o encontro do tem é muito mais rápido,
isso agregando na rapidez de um eventual pedido de um insumo que não tem estoque e assim
contribuindo para que não haja falta de material para projetos.
Conclusão
Com o presente trabalho concluiu-se que para uma instituição manter-se em progresso
no mercado, é essencial uma boa conexão entre setores, pois com isso a empresa consegue
trabalhar de uma maneira satisfatória, conseguindo suprir as exigências que a mercancia
apresenta e assim injetar no mercado um produto que possa ser bem aceito por seus
consumidores.
Dentro desse quadro de importância, nota-se que uma boa gestão de logística interna é
primordial para uma instituição prosseguir com uma produção coesa e assim conseguir
atender as responsabilidades que lhes são concedidas. Tendo em vista que a mesma é foco de
uma grande responsabilidade de conseguir abastecer a produção e é nela que um grande valor
de investimento e aplicado, um gerenciamento aderente é muito significativo.
Para essa boa gestão se fazer presente existem variados aspectos que se precisam ser
notados, um deles e talvez um dos mais importantes e simples de se fazer, é uma boa
organização, cuja qual acarretará em diversos pontos positivos dentro do departamento, desta
rapidez para encontrar o produto desejado, facilidade para efetivar uma solicitação de um
produto que se faz necessário, otimização de espaços físicos e até um controle de estoque
concordante.
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Por fim, visto que um sistema de armazenagem é imprescindível para uma instituição,
tanto do ramo primário, quanto segundário ou tercerário, a mesma deve ser tratada como um
departamento totalmente valoroso, e assim oferecer o suporte necessário à mesma para que
possa se desenvolver e com isso poder auxiliar de uma forma mais positiva a organização, que
dependerá de seu bom funcionamento para que possa assim atender da melhor forma seus
consumidores.
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Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 17
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI
FACULDADES IDEAU
Referências Bibliográficas
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