revisão bibliografica armazenagem

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Revisão Bibliográfica: Armazenagem 1. História e Classificação Segundo Ballou (1993), a gestão da armazenagem é a principal tarefa responsável por aumentar a eficiência do transporte de mercadorias, assim como melhorar o nível de serviço, com o objetivo de satisfazer as necessidades do cliente, além disso, o armazenamento adequado reduz os custos de estocagem. A armazenagem é uma atividade que engloba a estocagem ordenada e a distribuição de produtos acabados dentro das indústrias, em locais destinados a este fim ou a partir de processos de distribuição (BARBOSA; SANTOS,2014). Já Moura (1997) define a armazenagem como uma denominação genérica e ampla, que compreende todas as atividades de um ponto destinado a guarda temporária e a distribuição de materiais, em centros de distribuição e depósitos, por exemplo. De acordo com Apple (1977) a armazenagem refere-se a estocagem e emissão ordenada de produtos e tem como responsabilidades: receber os bens acabados da produção, ordenar a estocagem segura dos produtos, separar pedidos para o transporte, embalar para expedição e manter registros adequados a esse processo. No passado, definia-se armazém como um “local para guardar materiais”. Ballou (2014) ressalta que na era pré-industrial, o armazenamento era realizado em lares individuais e funcionavam como “unidades econômicas autossuficientes”. O mesmo autor destaca que à medida que os transportes foram evoluindo, o armazenamento dos produtos foi transferido das casas até os varejistas e fabricantes, nesta época, entendia-se que o armazenamento era um mau necessário e que aumentava consideravelmente os custos do processo produtivo, não havia preocupações quanto a utilização correta do espaço, giro de estoque,

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Breve texto que abrange as principais áreas da Gestão da Armazenagem

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Reviso Bibliogrfica: Armazenagem

1. Histria e Classificao

Segundo Ballou (1993), a gesto da armazenagem a principal tarefa responsvel por aumentar a eficincia do transporte de mercadorias, assim como melhorar o nvel de servio, com o objetivo de satisfazer as necessidades do cliente, alm disso, o armazenamento adequado reduz os custos de estocagem. A armazenagem uma atividade que engloba a estocagem ordenada e a distribuio de produtos acabados dentro das indstrias, em locais destinados a este fim ou a partir de processos de distribuio (BARBOSA; SANTOS,2014).J Moura (1997) define a armazenagem como uma denominao genrica e ampla, que compreende todas as atividades de um ponto destinado a guarda temporria e a distribuio de materiais, em centros de distribuio e depsitos, por exemplo. De acordo com Apple (1977) a armazenagem refere-se a estocagem e emisso ordenada de produtos e tem como responsabilidades: receber os bens acabados da produo, ordenar a estocagem segura dos produtos, separar pedidos para o transporte, embalar para expedio e manter registros adequados a esse processo.No passado, definia-se armazm como um local para guardar materiais. Ballou (2014) ressalta que na era pr-industrial, o armazenamento era realizado em lares individuais e funcionavam como unidades econmicas autossuficientes. O mesmo autor destaca que medida que os transportes foram evoluindo, o armazenamento dos produtos foi transferido das casas at os varejistas e fabricantes, nesta poca, entendia-se que o armazenamento era um mau necessrio e que aumentava consideravelmente os custos do processo produtivo, no havia preocupaes quanto a utilizao correta do espao, giro de estoque, mtodos de trabalho ou ao manuseio de materiais (BALLOU, 2014).Aps o trmino da Segunda Guerra Mundial, surgiram preocupaes relativas gesto da armazenagem de maneira estratgica. Questes como a necessidade de ter grandes redes de depsitos ou dedicar um depsito com uma linha completa de produtos para cada territrio de vendas no varejo ou atacado, foram abordadas (BALLOU, 2014). Nos dias atuais, a armazenagem surge como uma das funes que agrega valor ao sistema logstico, apresentando solues para os problemas de estocagem de materiais e melhorando a integrao entre os componentes logsticos (BARBOSA; SANTOS, 2014). De acordo com Ballou (2008), hoje em dia, as atividades relativas ao armazenamento representam cerca de 60% das despesas logsticas das empresas.A armazenagem e suas decises podem ser classificadas em duas grandes reas, segundo Dias (2010), a definio da estrutura da armazenagem a ser adotada, como instalaes e equipamentos e a gesto da armazenagem. No que diz respeito s estruturas da armazenagem, adotam-se diversos critrios, que dependem das caractersticas dos produtos e do espao destinado aos mesmos (armazm), tais estruturas possveis so os porta-paletes (tradicional, drive-in, drive-through, armazenagem dinmica) e equipamentos de movimentao de materiais no armazm, como empilhadeiras, esteiras e pontes rolantes (DIAS, 2010). Com relao as estratgias de gesto, Bowersox et al. (2006), destacam as prticas que propiciem benefcios econmicos e de servio s corporaes. Dentre os quais pode-se destacar: Consolidao/desconsolidao de cargas: segundo Ballou (2014, p.228), pode ser definido como o recebimento de materiais de diversas fontes pelo depsito, em quantidades exatas em um nico grande carregamento para um destino especfico.

Sortimento:Cross-docking: combinar produtos de diversas origens em uma unidade pr-especificada para determinado cliente (BALLOU, 2014, p. 230) Montagem: produtos e componentes so montados a partir de uma variedade de fornecedores de segunda camada por depsitos localizados perto das instalaes de manufatura (BALLOU, 2014, p. 231) Combinao: cargas completas de produtos so enviadas da origem aos depsitos (BALLOU, 2014, P. 231)

Adiamento (postergao);

Organizao de estoques;

Logstica Reversa: segundo Ballou (2014) incluem atividades que apoiam o gerenciamento de devolues, remanufatura e reparo, revenda, reciclagem e disposio.

2. Funes da Armazenagem

De acordo com Ballou (1993, p.158), depsitos prestam quatro classes principais de servios ao usurio. O projeto da facilidade geralmente reflete a natureza dos servios que esta desempenha. Tais servios so:

Abrigo de produtos: talvez o uso mais bvio da armazenagem seja a guarda de estoques, gerados pelo desbalanceamento entre oferta e demanda. Garante proteo e outros servios associados, como manuteno de registros, rotao de estoques e reparos.

Consolidao: a estrutura das tabelas de frete, principalmente quando contm redues substanciais para grandes lotes, influencia a forma pela qual os depsitos so utilizados para a movimentao de produtos. No caso de mercadorias originrias de muitas fontes diferentes, a empresa pode economizar no transporte, caso as entregas sejam feitas em um armazm, onde as cargas so agregadas, ou consolidadas, e transportadas em um nico carregamento at seu destino final. Esse tipo de armazm de consolidao mais frequente no suprimento de materiais.

Transferncia e Transbordo: na transferncia, fracionam-se quantidades transferidas em grandes volumes em quantidades menores, demandadas pelos clientes. Estabelece-se um depsito regional que receber pequenos volumes, de acordo com a necessidade dos clientes. Esta funo oposta da Consolidao. O caso do transbordo semelhante, porm difere do primeiro no fato de que o depsito no serve para a guarda dos produtos. Ele serve, simplesmente, como o 23 ponto em que os grandes lotes de entrega terminam sua viagem e em que se originam as entregas dos volumes fracionados.

Agrupamento: um uso especializado para depsitos o agrupamento de itens de produto. Algumas empresas com linha extensa de produtos podem fabric-los de maneira integral em cada uma de suas plantas industriais. Geralmente, os clientes compram a linha completa e, assim, podem-se obter economias de produo pela especializao de cada fbrica na manufatura de uma parte da linha de produtos e, sendo possvel entregar a produo em um depsito, onde os itens so agrupados conforme os pedidos realizados. O custo de armazenagem compensado pelos menores custos de manufatura, devido aos maiores lotes de produo para menos itens em cada planta.

3. Decises da Armazenagem

3.1 Localizao: A localizao do estoque relaciona-se com a localizao de itens individuais no armazm. No existe um nico sistema de localizao de estoque para todas as ocasies e sim vrios sistemas bsicos que podem ser utilizados juntos (ARNOLD, 1999, p.357). Desta forma, Arnold (1999) cita como exemplo os seguintes sistemas bsicos de localizao de estoques: (a) Agrupar itens funcionalmente relacionados; (b) Agrupar os itens de giro rpido e; (c) Agrupar itens fisicamente semelhantes.3.2 Layout: De acordo com Barbosa et al. (2014) as estratgias de instalaes requer escolhas relativas a localizao, dimenso e especializao de plantas individuais, e um profundo entendimento de interao dessas decises. Com relao a dimenso, trs conceitos importantes tm sido definidos. Primeiro a noo de tamanho mnimo econmico. Segundo, a noo do tamanho mximo econmico. Em algum ponto esses dois extremos tero a dimenso tima para planta industrial. O nmero de empregados, o nmero dos nveis de gerncia, as caractersticas da tecnologia empregada, a filosofia da empresa relacionada a estrutura organizacional so todos muito importantes para a determinao do tamanho timo da planta. Outro elemento a especializao, o conceito de foco poderoso. H cerca de seis maneiras de concentrar plantas: focar o mercado, produto, volume, processo, produto/mercado e o foco geogrfico. Determinado qual combinao desses mais apropriado para a organizao desenvolver a sua prpria estratgia de instalaes.De acordo com Moura (1989) a metodologia geral, para projetar o arranjo fsico de um armazm, consiste em cinco passos:

1. Definir a localizao de todos os obstculos; 2. Localizar as reas de recebimento e expedio; 3. Localizar as reas primrias, secundrias, de separao de pedidos e de estocagem; 4. Definir o sistema de localizao do estoque; 5. Avaliar as alternativas de arranjo fsico do armazm. Para Ballou (1993) o planejamento do arranjo fsico geral mais vantajoso quando realizado antes da construo do edifcio, pois ambos afetam os custos construtivos e de manuseio.Para o dimensionamento da instalao necessrio conhecer a relao entre estoque, espao e tempo, bem como a relao entre nvel de estoque e o projeto da instalao, uma vez que o nvel mximo de estoque deve ser convertido em espao ocupado (MOURA, 1989). De acordo com Moura (1989) o dimensionamento do espao e a quantificao de ocupao das necessidades, englobam as seguintes etapas:

1. Determinar o que ser feito;2. Determinar como fazer; 3. Documentar as necessidades de cada espao; 4. Determinar as necessidades totais do espao.

3.3 Equipamentos

A utilizao de mtodos e equipamentos eficientes tem-se mostrado importantes aliados na busca de redues de custo no manuseio de materiais, assim como na melhoria operacional (BARROS, 2005, p.22). Os equipamentos de movimentao so pontos fundamentais para o bom desempenho das prticas de armazenagens, e h vrios tipos de equipamentos com tecnologias avanadas que conseguem oferecer rapidez e segurana (BALLOU, 1993).Bowersox e Closs (2001) classificam a variedade de equipamentos para manuseio de materiais em: mecanizados, semi-automticos, automticos e baseados em informao.

Figura 01: Equipamentos de Manuseio - Sistemas Mecanizados

Figura 02: Equipamentos de Manuseio - Sistemas Semi-Automatizados.

Segundo Barros (2005), nos sistemas de manuseio automatizados, no existe a presena humana, os primeiros sistemas deste tipo foram os de separao de pedidos de produtos embalados em caixa, mais recentemente, surgiram os sistemas automatizados de armazenagem e recuperao (ASRS) para uso em depsitos verticais.

Figura 03: Sistemas Automatizados de Armazenagem e Recuperao

De acordo com Bowersox e Closs (2001), ainda existem os equipamentos de manuseio mecanizado, sendo o mais comum a empilhadeira a garfo, utilizada em conjunto com paletes e estrados, ressalta-se ainda que este equipamento dirigido e controlado atravs de multiprocessadores.

Figura 04: Empilhadeira a garfo

Os mesmos autores ainda destacam os equipamentos manuais, como carrinhos de duas rodas e carrinhos plataforma de quadro rodas, ressalta-se que esses equipamentos tm boa flexibilidade, no precisam de um treinamento especfico para serem operados e possuem baixo custo se comparados aos equipamentos mecanizados (BOWESOX; CLOSS, 2001).

Figura 05: Carrinho de mo de duas rodas

Existem ainda os equipamentos para marcao dos produtos dentro de um armazm, e funcionam atravs de leitura de cdigo de barras e radio frequncia, que compartilha informaes em tempo real. Para Bowersox e Closs (2001), quando os produtos so padronizados, reduzem erros de recebimento, manuseio e expedio de produtos, sendo capaz de diferenciar, por exemplo, o tamanho da embalagem e at o sabor do produto.

Figura 06: Aparelho leitor de cdigo de barras

3.4 Segurana

3.4.1 Segurana patrimonial

Segundo Brandman (2003) apud Oijan (2010), nos Estados Unidos, as perdas promovidas por aes criminosas contra empresas so da ordem de $100 a $350 bilhes de dlares, o que justifica, e muito, a preocupao com a segurana de estoques, j que grande parte destas perdas ocorre no setor de armazenagem e distribuio. Estudos revelam que as empresas, que abordam a segurana com pouca relevncia, tm maior probabilidade de serem acometidas por prejuzos de soma significativa. De acordo com Barbieri (2006) apud Oijan (2010), uma importante atividade de controle a realizao de inventrios ou contagens fsicas dos estoques, que tem por objetivo verificar se as quantidades existentes nos pontos de estocagem correspondem aos saldos existentes nos relatrios contbeis. A quantidade de vezes e o momento em que o inventrio ser realizado devem ser objetos de planejamento.Brandman (2003), afirma ainda que um centro de destribuio deve estar sempre protegido das seguintes ameaas:1. Crime Ciberntico2. Drogas3. Furto4. Fraude

3.4.2 Segurana a fim de evitar riscos aos trabalhadores

De acordo com o diretor da Imman Consultoria, Edson Carillo Junior, a segurana nos armazns indispensvel, pois preserva as condies de trabalho, evitando tempo perdido, retrabalho, quebras, danos e dificuldade de localizao do que se precisa, alm de evitar a desmotivao pessoal entre os trabalhadores daquele recinto. Junior listou as principais preocupaes no quesito segurana aos trabalhadores de armazns e centros de distribuio a fim de listar todos os riscos existentes, evitando acidentes. So eles:

Quadro 01: Riscos existentes dentro de um armazmCOMPETNCIADEFINIO

Identificar todos os riscos do posto de trabalhoAplicar tcnicas para identificar riscos dentro do posto de trabalho e dos mtodos em que o trabalho executado

Realizar avaliao de riscoIdentificar riscos de segurana e avaliar o risco quanto ao potencial de acidente

Investigar acidentesInvestigar e adotar passos para eliminar reas de problema, assumindo uma anlise detalhada de qualquer local do acidente

Conduzir materiais manualmenteEntender e aplicar os procedimentos corretos para a segura movimentao de materiais

Usar extintores de incndioIdentificar e usar extintores de incndio

Realizar auditorias de seguranaRealizar auditorias de conformidade com o programa de segurana das organizaes

Administrar primeiros socorrosRealizar as tarefas necessrias para receber um certificado de primeiros socorros

Supervisionar abandonos de reasAssegurar que os procedimentos de evacuao em caso de incndio sejam implementados seguindo o procedimento de evacuao da organizao

4. Sistemas de Gerenciamento do Armazm

Um Sistema de Gerenciamento de Armazm, uma parte importante da cadeia de suprimentos e fornece a rotao dirigida de estoques, diretivas inteligentes depicking,consolidaoautomtica e cross-dockingpara maximizar o uso do valioso espao do armazns. O sistema tambm dirige e otimiza a disposio ou colocao noarmazm, baseado em informaes de tempo real sobre o status do uso de prateleiras. (Donath, 2002, p.134)

4.1 Warehouse Management Systems (WMS)

De acordo com Martins et al. (2010), o Warehouse Management Systems (WMS) pode ser considerados uma boa alternativa para otimizar a atividade de armazenagem, j que buscam maneiras de otimizar espaos e organizar o fluxo e a distribuio dos produtos. Os mesmos autores ainda afirmam que o WMS um sistema de gesto de armazns e/ou centros de distribuio que otimizam todas as atividades operacionais (fluxo de materiais) e administrativas (fluxo de informaes) dentro do processo de armazenagem, incluindo atividades como: recebimento, inspeo, endereamento, armazenagem, separao, embalagem, carregamento, expedio, emisso de documentos e controle de inventrio. O WMS surgiu da necessidade de se melhorar os fluxos de informao e de materiais dentro de um depsito, armazm ou centro de distribuio, tendo como resultados principais a reduo de custos, a melhoria na operao e o aumento do nvel de servio prestado aos clientes. A otimizao proporcionada pelo WMS permite que haja um aumento da preciso das informaes de estoque, da velocidade e qualidade das operaes do centro de distribuio e da produtividade do pessoal e equipamentos. Isto se tornou possvel devido ao surgimento de novas tecnologias de informao tanto em hardware quanto em software (MARTINS, 2010). De acordo com Banzato (2003) apud Martins (2010), um WMS, um sistema de gesto por software que melhora as operaes do armazm, atravs do eficiente gerenciamento de informaes e concluso das tarefas, com um alto nvel de controle e acuracidade do inventrio. Segundo o referido autor, as informaes gerenciadas so originadas de transportadoras, fabricantes, sistemas de informaes de negcios, clientes e fornecedores. O WMS utiliza estas informaes para receber, inspecionar, estocar, separar, embalar e expedir mercadorias da forma mais eficiente. A eficincia obtida atravs do planejamento, roteirizao e tarefas mltiplas dos diversos processos do armazm (MARTINS, 2010). Para Martins et al. (2010), reduo de custo e melhoria do servio ao cliente so ganhos obtidos com a utilizao destes sistemas, pois a produtividade operacional tende a aumentar, haja vista que todas as atividades passam a ser controladas e gerenciadas pelo WMS, em vez de serem feitas pelo operador, eliminando o uso de papis, minimizando erros, aumentando a velocidade operacional e proporcionando uma acuracidade de informaes muito alta. Donath (2002) ressalta ainda que muitos sistemas WMS trabalham conjuntamente com outros softwares de gesto, como o Enterprise Resource Planning(ERP) e o Planejamento de Recursos da Empresa (MRP), permitindo uma forma automtica de se receber inventrios, processar pedidos e devolues.

5. Terceirizao da Armazenagem

Para Junior (2010), a causa mais frequente para uma empresa, ao decidir terceirizar a armazenagem a flexibilidade, pois sua natureza de utilizao (principalmente itens sazonais e a granel), se tratando que os custos de espao podem ser mais importantes que os custos de mo-de-obra. J Ballou (2014), ressalta que os depsitos terceirizados oferecem uma gama de servios logsticos como o controle de estoque, gerenciamento de transportes, processamento de pedidos e devolues, entre outros. Alm disso, o mesmo autor afirma que empresas terceirizadas de logstica, denominadas prestadores de servios integrados, so capazes de assumir toda a responsabilidade logstica da empresa, incluindo a gesto da armazenagem (BALLOU, 2014).

5.1 Principais vantagens em terceirizar o processo de armazenamento:

Para Junior (2010) apud Fleury (1999), as principais vantagens ao se terceirizar a gesto de armazenagem so: 1. Custos e qualidade de servios:2. Reduo de investimentos em ativos;3. Foco na atividade central do negcio;4. Maior flexibilidade operacional;5. Maximizao de retorno sobre os investimentos.

Com a delegao dada a um operador externo de uma rea to importante como a de armazenagem, os executivos da empresa contratante abrem em suas rotinas tempos e espaos para maior dedicao difcil misso de desenvolver a competncia de seu negcio. (FLEURY, 1999 apud JUNIOR, 2010)

5.2. Principais desvantagens em terceirizar o processo de armazenamento:

Para Junior (2010) apud Fleury (1999), as principais desvantagens ao se terceirizar a gesto de armazenagem so:

1. Perda de aceso a informaes chave do mercado; 2. Falta de envolvimento com as operaes de campo (contato com cliente e fornecedores); 3. Perda de sensibilidade s mudanas necessrias; 4. Falta de constante evoluo nos mecanismos de comunicao; 5. Inabilidade de respostas s mudanas nas condies de negcio; 6. Descumprimento de metas previamente combinadas; 7. Dependncia excessiva da empresa contratante ao operador logstico;

Com o intuito de reduzir as possibilidades de ocorrncia de problemas com os operadores logsticos contratados, o caminho natural , adotar um procedimento analtico bem estruturado que permita decidir, com bases objetivas possveis, a maneira de terceirizar e com quem terceirizar. (FLEURY, 1999 apud JUNIOR, 2010)