Edição Nº1 | 21 de Julho de 2016 | www.acailmedicare.pt | [email protected]
REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA
No passado dia 30 de Abril, a Acail Gás Medicare promoveu
uma atividade, cujo principal objetivo foi consciencializar para a
importância da reabilitação respiratória. [Pág. 9 a 10]
Defenda os seus Pulmões e viva mais e melhor
[Pág. 3 a 4]
Reabilitação RespiratóriaO quê? Como? Porquê?
[Pág. 5 a 6]
TABAGISMO E SAÚDE PÚBLICA
[Pág. 13 a 14]
Sistema RespiratórioO que precisa de saber.
[Pág. 15 a 17]
TENHO DPOC E CANSO-ME CADA VEZ MAIS!Dr. Teles de AraújoPresidente da Fundação Portuguesa do Pulmão
VIVER COM DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE
Testemunho de um paciente[Pág. 8]
[Pág. 11 a 12]
ARTIGO ENTREVISTA
Quem é a Acail Gás Medicare?
www.ydeal.net
Prevenção e Rastreio de Doenças RespiratóriasAcompanhamento do Doente Respiratório
www.acailmedicare.pt/cadr
RESPIRE CONFIANÇA
Websites
Mobile Apps
Management Platforms
Graphic Design
Branding
Videos
Rua dos Correios, 1354520 - 706 SoutoSanta Maria da Feira+351 939 705 569+351 256 199 040
Filial: UBIMedicalEstrada Municipal, 506Covilhã+351 275 241 283
facebook.com/Ydeal.net
linkedin.com/company/ydeal-net
Acail Gás Medicare
3
Mirian Marques, Cardiopneumologista e Coordenadora dos CRD e Bruno Ferreira, Cardiopneumologista Acail Gás Medicare
Quem é a Acail Gás Medicare
Melhorar a qualidade de vida dos doentes respiratórios e
das suas famílias é o principal objetivo de trabalho da Acail
Gás Medicare. Tendo em conta este princípio base, Mirian
da Silva Marques, responsável técnica e coordenadora dos
cuidados respiratórios domiciliários (CRD), garante que
“neste momento, temos capacidade para responder com
prontidão e eficácia aos pacientes de qualquer zona do
território nacional”.
A Acail Gás pertence ao Grupo Acail. Este Grupo, constituído
apenas por capitais portugueses, foi fundado em 1975 e
engloba várias empresas em Portugal, Espanha e Angola.
O espírito empreendedor e de liderança que sempre
caracterizou o fundador e atual presidente do Grupo,
António Correia de Andrade, proporcionou a expansão
das áreas de negócio com a criação da Acail Gás, em
1996, que desenvolve a sua atividade no setor dos Gases
Medicinais, Alimentares e Industriais. Na continuação da
busca de novos desafios, mais recentemente, em 2009, foi
esta empresa do Grupo que abraçou o projeto dos cuidados
O principal objetivo é melhorar a qualidade de vida dos doentes
respiratórios e das suas famílias, quer pertençam a grandes centros
urbanos ou a áreas periféricas do país.
respiratórios domiciliários (CRD), ao criar o Departamento
Acail Gás Medicare.
Este projeto foi criado com o intuito de alargar e diversificar
a atuação da Acail Gás junto dos pacientes com doenças
respiratórias, que ocorria indiretamente através do
fornecimento de gases medicinais a hospitais, clínicas e
outras entidades bem próximas da comunidade, como o
INEM e corporações de bombeiros. O principal objetivo
é melhorar a qualidade de vida dos doentes respiratórios
e das suas famílias, quer pertençam a grandes centros
urbanos ou a áreas periféricas do país.
A Acail Gás Medicare atua em todas as áreas abrangidas
pelos cuidados respiratórios domiciliários - Oxigenoterapia,
Ventiloterapia, Aerossolterapia e Serviços Complementares.
Inicialmente, prestava estes serviços a pacientes em regime
privado e pertencentes a subsistemas, com alguns dos
quais tem convenção. Tendo em conta que a grande maioria
dos pacientes pertence ao Serviço Nacional de Saúde
Acail Gás Medicare
4
(SNS), para aumentar a expressão no mercado nacional,
foi determinante o Contrato Público de Aprovisionamento
que estabeleceu para a prestação dos CRD, uma vez que,
agora, qualquer paciente que necessite de realizar estes
tratamentos pode optar pela Acail Gás Medicare.
Apesar de, atualmente, já prestar CRD a milhares de
pacientes, este Departamento está em plena fase de
crescimento e afirmação no mercado. O facto de a Acail
Gás Medicare estar inserida num Grupo sólido, garante
a estrutura de retaguarda que esta atividade exige, tanto
em recursos técnicos e humanos, bem como logísticos.
Tem capacidade para responder com prontidão e eficácia
aos pacientes de qualquer zona do território continental e
nas diversas áreas de atuação. Por outro lado, o facto de a
empresa ser portuguesa, permite projetar as atuações em
conformidade com a realidade nacional.
Por pretender ser mais do que uma simples disponibilização
de equipamentos ou cingir-se aos requisitos mínimos
da prestação destes serviços, a Acail Gás Medicare vê
cada paciente como um caso único, o que faz com que o
acompanhamento seja individualizado. Nesse sentido, todos
os pacientes têm um contacto muito próxima com a equipa
multidisciplinar de profissionais de saúde (enfermeiros,
cardiopneumologistas, fisioterapeutas e farmacêuticos).
Contudo, a excelência em todo o serviço é muito mais que
isso. Inclui o trabalho desenvolvido no Call Center, produção/
distribuição do oxigénio, aquisição e manutenção dos
dispositivos médicos e resolução de situações burocráticas
como as inerentes à prescrição médica. O sentimento de
missão está interiorizado em todos os colaboradores que
contribuem direta ou indiretamente para esta atividade.
OxigenoterapiaOxigénio Gasoso
Oxigénio Líquido
Concentrador Convencional
Concentrador Portátil
VentiloterapiaCPAP / AutoCPAP
Bi-nível
Auto Bi-nível
Servo ventilador auto adaptativo
Ventilador híbrido / volumétrico
AerossolterapiaNebulizador Pneumático
Nebulizador Eletrónico
Nebulizador Ultrassónico
Nebulizador “Inteligente”
Outros ServiçosAspiração de Secreções
In-exsuflação
Monitorização
808 280 808LINHA DE APOIO 24H
Acail Gás Medicare:[email protected]
RESPIRE CONFIANÇA
Cuidados Respiratórios Domiciliários
Acail Gás Medicare
5
O que é?
A reabilitação respiratória é uma intervenção com evidência
científica (Grau A) que envolve uma equipa multidisciplinar
(fisioterapeuta, médico, enfermeiro, psicólogo, nutricionista,
entre outros) e consiste em sessões de exercício físico,
educação e apoio psicossocial, sendo normalmente
realizada em grupo.
Como se implementa?
Os programas de reabilitação respiratória podem decorrer
em hospitais, centros de saúde e outras instituições, desde
que asseguradas as condições de segurança dos pacientes.
Recomenda-se que os programas de reabilitação respiratória
tenham uma duração entre 8 a 12 semanas, realizando-se
as sessões de exercício físico duas a três vezes por semana,
e as sessões psicoeducativas, onde toda a família deve ser
convidada a participar, quinzenalmente. Cada sessão deve
ter a duração de 60 minutos.
Após a realização de um programa de reabilitação, devem
ser adotadas estratégias de manutenção dos resultados a
longo prazo. Várias estratégias podem ser implementadas,
desde a prática de programas de manutenção, repetição
periódica dos programas de reabilitação respiratória,
integração em grupos de apoio, prescrição individual de
exercício, cuja adesão deve ser monitorizada através de
linhas de comunicação telefónica, entre outros.
Por que motivo é importante?
As doenças respiratórias apresentam uma taxa de
mortalidade mundial de cerca de 1 bilião de pessoas [1,
2] e são responsáveis por um custo anual de €380 billiões
de euros (dados relativos à Europa) [3, 4]. Em Portugal,
as doenças respiratórias são a terceira causa de custos
diretos devido a hospitalizações (213€ milhões em 2013) e
a terceira causa de morte [5].
A reabilitação respiratória tem demonstrado resultados
positivos na redução dos sintomas respiratórios, na
otimização da performance funcional e na melhoria da
qualidade de vida dos pacientes [6]. Resultados positivos
no ajuste à doença pelo paciente e família [7], e na
redução dos custos relativos à utilização de recursos de
saúde [6], estão também demonstrados. Assim, diversas
organizações nacionais [5, 8, 9] e internacionais[10-12]
têm defendido que a oferta de programas de reabilitação
respiratória a doentes respiratórios deve ser encarada como
uma prioridade pelas entidades regulamentadoras. No
entanto, os dados do Relatório do Observatório Nacional
das Doenças Respiratórias (2014) referem que, apesar dos
benefícios bem estabelecidos pela evidência, a reabilitação
respiratória é virtualmente inexistente em Portugal. Os
poucos programas existentes têm sido desenvolvidos em
meio hospitalar, tendo acesso a esta intervenção menos de
1% dos doentes que dela beneficiariam [13].
Uma lista muito alargada de condições respiratórias (das
quais são alguns exemplos a doença pulmonar obstrutiva
crónica, a asma, a fibrose quística, a doença pulmonar
intersticial, a fibrose intersticial, o cancro do pulmão e
a hipertensão pulmonar) pode beneficiar dos efeitos da
reabilitação respiratória. É, assim, urgente disponibilizar
esta intervenção junto da comunidade, independentemente
do estadio de gravidade da doença e envolvendo não só o
paciente mas toda a família.
Alda Marques, Cristina Jácome, Joana Cruz, Tânia Pinho, Ana Oliveira - Universidade de Aveiro
Reabilitação RespiratóriaO QUÊ? COMO? PORQUÊ?
Acail Gás Medicare
6
Referências:[1] Forum of International Respiratory Societies. Respiratory diseases in the world: Realities of Today – Opportunities for Tomorrow. Sheffield: 2013. [2] Forum of International Respiratory Societies. Respiratory diseases in the world: Realities of Today – Opportunities for Tomorrow. Sheffield: European Respiratory Society, 2013. [3] European Respiratory Society. The economic burden of lung disease. In: Society ER, editor. The European Lung White Book Sheffield 2013. p. 16-27. [4] European Respiratory Society. The economic burden of lung disease 2013. In: The European Lung White Book [Internet]. Sheffield: European Respiratory Society; [16-27]. [5] Programa Nacional para as Doenças Respiratórias. PORTUGAL: Doenças Respiratórias em Números – 2015. Lisboa: Direção-Geral da Saúde, 2016. [6] Spruit M, Singh S, Garvey C, ZuWallack R, Nici L, Rochester C, et al. An Official American Thoracic Society/European Respiratory Society Statement: Key Concepts and Advances in Pulmonary Rehabilitation. Am J Resp Crit Care. 2013;188(8):e13-e64. [7] Marques A, Jacome C, Cruz J, Gabriel R, Brooks D, Figueiredo D. Family-based psychosocial support and education as part of pulmonary rehabilitation in COPD: a randomized controlled trial. Chest. 2015;147(3):662-72. [8] Direcção-Geral da Saúde. Orientações Técnicas sobre Reabilitação Respiratória na Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC). 2009. [9] Simão P, Almeida P. Reabilitação respiratória. Uma estratégia para a sua implementação. Rev Port Pneumol. 2009;XV(Supple 1 ):S93-S118. [10] Spruit MA, Singh SJ, Garvey C, ZuWallack R, Nici L, Rochester C, et al. An Official American Thoracic Society/European Respiratory Society Statement: Key Concepts and Advances in Pulmonary Rehabilitation. Am J Respir Crit Care Med. 2013;188(8):e13-e64. [11] GOLD. Global Strategy for Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Pulmonary Disease. The Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, 2016 January 2014. Report No. [12] Qaseem A, Wilt TJ, Weinberger SE, Hanania NA, Criner G, van der Molen T, et al. Diagnosis and management of stable chronic obstructive pulmonary disease: a clinical practice guideline update from the American College of Physicians, American College of Chest Physicians, American Thoracic Society, and European Respiratory Society. Ann Intern Med. 2011;155(3):179-91. [13] De Araújo AT. 10º Relatório - Panorama das doenças respiratórias em Portugal: Caminhos para o futuro. Observatório Nacional das Doenças Respiratórias, 2014.
Acail Gás Medicare
7
Acail Gás Medicare
8
Primeiro há que conhecer melhor a sua doença, esclarecendo
as suas dúvidas com o seu médico.
Em segundo lugar, deve avaliar a sua capacidade de fazer
esforços. Quantos metros consegue andar sem ter que
parar por falta de ar? Quantos degraus consegue subir sem
parar para descansar? Consegue subir uma rampa, ou tem
de parar para ganhar folgo?
Terá de cumprir, todos os dias a medicação que lhe
foi prescrita para a sua doença (inaladores e outros
medicamentos). Se, apesar disso, não sente grandes
melhoras, fale com o seu médico. Poderão ser necessárias
alterações à medicação, para que esta seja a mais adequada
ao seu caso.
Outra medida muito importante é o exercício físico. Este é
importante para todos os doentes, independentemente do
grau de doença em que se encontram, mesmo para aqueles
que necessitam de oxigénio domiciliário.
A marcha (o simples caminhar) e a natação são excelentes
formas de exercitar e desenvolver os seus músculos,
melhorando a sua capacidade respiratória e a sua resistência
ao esforço.
Claro que o exercício que faz terá de ser adequado à sua
capacidade e deverá ser supervisionado pelo seu médico,
fisiatra ou fisioterapeuta.
Não deverá fazer exercício tão intenso que aumente a sua
falta de ar. Deve ser um exercício programado, de forma a
que vá progressivamente aumentando a sua capacidade de
resistência ao esforço e adaptando-o à execução das sua
tarefas diárias, mesmo as mais simples, como vestir-se ou
cuidar da sua higiene.
Mesmo nas formas mais avançadas de insuficiência
respiratória, o exercício físico é importante. Nesses casos,
deve procurar programas de reabilitação respiratória, que
são programas multidisciplinares em que pneumologistas,
fisiatras, fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos e outros
técnicos de saúde, desenharão um programa adaptado às
suas necessidades e que terá um efeito benéfico na sua
saúde.
Infelizmente, temos em Portugal grandes carências nesta
área. Fale com o seu médico que, certamente, o aconselhará
tendo em consideração a realidade da zona onde reside.
TENHO DPOC E CANSO-ME CADA VEZ MAIS!
Teles de Araújo, Médico Pneumologista e Presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão
Acail Gás Medicare
9
Reabilitação RespiratóriaDEFENDA OS SEUS PULMÕES E VIVA MAIS E MELHOR
Ana Costa - Ydeal, Creative Agency
No passado dia 30 de Abril, a Acail Gás Medicare promoveu
uma atividade, cujo principal objetivo foi consciencializar
para a importância da reabilitação respiratória. Esta
atividade contou com o apoio da Fundação Portuguesa do
Pulmão, da Câmara Municipal da Feira e da Escola Básica
Fernando Pessoa, tendo contribuído fortemente para
acrescentar mais momentos em família, repletos de hábitos
de vida saudáveis nas vidas da comunidade.
Contou com a adesão de mais de duas centenas de pessoas,
que passaram uma manhã bastante descontraída e bem-
disposta, começando o dia a dançar, seguindo-se várias
atividades desportivas e jogos tradicionais.
Além da promoção de atividades que apelam ao exercício
físico, a Acail Gás Medicare disponibilizou no local uma
equipa de profissionais de saúde que foi realizando vários
rastreios gratuitos, como por exemplo, espirometria, rastreio
da Apneia do Sono, medição da pressão arterial, frequência
cardíaca e do nível de oxigénio no sangue.
Se não teve oportunidade de estar presente, a Acail Gás
Medicare dispõe de um local físico, mesmo no centro
da Feira. O Centro de Apoio ao Doente Respiratório está
aberto todos os dias úteis, das 9h às 13h e das 14h às
18h, realizando rastreios totalmente gratuitos, mediante
marcação prévia.
Melhore a sua saúde respiratória.
Respire Confiança!
Acail Gás Medicare
10
Acail Gás Medicare
11
1. Tens uma patologia que não é muito conhecida. Podes
falar-nos um pouco sobre ela? Como e quando tiveste
conhecimento que tinhas esta patologia?
R.D.: A Distrofia Muscular de Duchenne é uma doença
degenerativa que afeta os músculos e a parte respiratória,
em certo modo. Tivemos conhecimento da doença aos 3
anos. Tivemos conhecimento através do Instituto Genético
do Porto.
2. Em termos respiratórios, fazes dois tratamentos –
Ventiloterapia Bi-Nível e In-Exsuflação. Sabes para que
servem estes tratamentos?
R.D.: Sei. O tratamento de Ventiloterapia serve para me
ajudar a ter mais força a respirar durante o dia e a não me
sentir tão cansado a respirar. Ao fim de semana não gosto
de fazer o tratamento e não o faço, durmo até mais tarde.
Sinto-me bem na mesma durante o dia.
O In-Exsuflação faço quando estou com alguma constipação
ou aflito, por exemplo, engasgado ou com alguma dificuldade
em respirar. Uso quase todos os dias, dia sim e dia não.
Eu faço o tratamento com a ajuda da minha mãe, no modo
automático. Preciso de ajuda para colocar a máscara e para
a segurar, para não sair o ar à volta. “Não tem força nos
braços” (refere a mãe do R. D.)
A minha mãe faz compressão para ajudar a sair a
expetoração, sem a máscara.
3. Há quanto tempo realizas estes tratamentos? Mudaram
alguma coisa na perceção que tens da tua saúde?
R.D.: Na minha percepção melhorou.
Viver com Distrofia Muscular de Duchenne
Perfil do Entrevistado:Nome:
R. D.
Idade:
19 Anos
Diagnóstico Principal:
Distrofia Muscular de Duchenne
Tratamentos Prescritos:
In-Exsuflação e Ventiloterapia Bi-nível
Data: 26-04-2016
O paciente R. D. é um jovem de 19 anos, que apresenta como principal diagnóstico a Distrofia
Muscular de Duchenne (DMD). Desde Setembro de 2015, o R. D. é acompanhado pelos
profissionais de saúde (PS) da Acail Gás, na realização do tratamento de Ventiloterapia Bi-nivel e
do tratamento de In-Exsuflação, sendo dependente dos cuidadores para a realização de ambos
os tratamentos. Enquanto PS, o acompanhamento do R. D. tem sido uma descoberta, na medida
em que me permitiu adquirir mais conhecimentos sobre a DMD, uma patologia pouco conhecida,
e um desafio, porque requer uma constante adaptação dos tratamentos à fase evolutiva da
doença do paciente. Tem sido notório o empenho por parte do paciente e dos seus familiares/
cuidadores para que a adesão aos dois tratamentos seja eficaz na melhoria da qualidade de vida.
Vanessa Pinho, Enfermeira Cuidados Respiratórios Domiciliários Acail Gás Medicare
Acail Gás Medicare
12
4. Os tratamentos ajudaram a melhorar a tua qualidade de
vida? Em que aspetos?
R.D.: Melhorou. Ajuda-me a respirar melhor. As melhorias
estão mais relacionadas com a utilização do In-Exsuflação.
Quando estou mesmo aflito é que noto as melhorias, ajuda-
me a retirar as secreções.
Com o Bipap não sinto tanto as melhorias. Mas sinto que
estou bem durante o dia.
5. Quais foram as tuas principais dificuldades quando
iniciaste os tratamentos? (Nota: Motivar o paciente a falar
sobre cada um dos tratamentos).
R.D.: Com o tratamento de ventiloterapia a minha
principal dificuldade foi a secura da boca. As pressões
tolerei à primeira. Para melhorar a secura foi instalado
um humidificador e aumentou o nível de humidade ao
tratamento.
Com o tratamento de In-Exsuflação não senti qualquer
dificuldade. Tolero bem as pressões do equipamento.
6. Muitas vezes, estes tratamentos causam ansiedade a
quem os tem que realizar pela primeira vez. Que conselhos
gostarias de dar a essas pessoas?
R.D.: Eu adaptei-me bem à primeira aos dois tratamentos.
Conselho: É uma questão de hábito.
As pessoas têm de fazer e habituam-se. Não tenho mais
nenhum conselho. Para mim foi fácil adaptar-me aos
tratamentos, não custou nada.
A Acail Gás é uma empresa prestadora de Cuidados
Respiratórios Domiciliários. Podes dizer-nos se atribuis
alguma importância ao nosso acompanhamento no teu
tratamento ou se bastaria o acompanhamento pela equipa
hospitalar? (Nota: pedir ao doente para ser concreto e dar
alguns exemplos).
R.D.: As consultas do hospital são importantes, mas caso
haja alguma dúvida ou se a máscara estiver com algum
estado de degradação, o acompanhamento da Acail é
importante.
No hospital explicaram-me tudo sobre os tratamentos, mas
o vosso acompanhamento e explicações foram importantes
para uma pessoa estar mais preparada para o assunto.
O treino com o PS da Acail foi importante, porque assim
houve uma melhoria na utilização do equipamento.
7. Existe algum aspeto dos tratamentos que gostarias que
fosse diferente ou alguma coisa que a Acail poderia fazer
diferente que melhorasse ainda mais a tua qualidade de
vida?
R.D.: Está tudo bem, não há problema nenhum. Não tenho
nenhuma sugestão. Está tudo bem.
1. Stellar 150 - ResMed 2. Cough Assist E-70 - Philips Respironics
Acail Gás Medicare
13
Tabagismo e Saúde Pública
O tabaco é uma droga que causa dependência física e
psicológica devido a um dos seus principais constituintes:
a nicotina. Devido à sua rápida “absorção” pelo cérebro
(10-16 segundos após inalação), os efeitos aditivos são
rapidamente sentidos, causando a necessidade de fumar
vários cigarros por dia, uma vez que esta substância ativa
recetores a nível cerebral que induzem a libertação de
dopamina responsável pela sensação de prazer. Quando os
níveis de dopamina diminuem, o fumador sente necessidade
de voltar a fumar, começando a sentir os tão conhecidos
“sintomas de privação” como ansiedade, irritabilidade ou
mesmo falta de concentração.
O fumo do tabaco contém mais de 4000 substâncias
com efeitos tóxicos sendo que 70 são consideradas
cancerígenas. Em termos gerais, os efeitos nocivos do
tabaco são facilmente visíveis.
O tabaco também é responsável por vários tipos de doenças
como:
• Doenças do foro respiratório - a mais frequente é a DPOC
(Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica) caracterizada
por uma resposta inflamatória anormal dos pulmões a
partículas ou gases nocivos condicionando uma limitação
do fluxo aéreo que provoca dificuldade em respirar;
• Cancro – a neoplasia mais frequentemente associada é a do
pulmão, no entanto, outras têm sido também relacionadas,
tais como cancro da cavidade oral, laringe, faringe, esófago,
estômago, pâncreas, rim, bexiga, colo do útero e leucemia;
• Doenças cardíacas e vasculares – as substâncias nocivas
do tabaco provocam alterações na parede das artérias,
podendo levar ao seu endurecimento ou obstrução,
causando doenças como enfarte do miocárdio, aneurisma
da aorta abdominal ou AVC (Acidente Vascular Cerebral).
O tabagismo é um dos principais problemas de Saúde Pública
da sociedade atual, sendo responsável pela diminuição da
qualidade de vida dos fumadores, mas também daqueles
que os rodeiam. De acordo com dados da Organização
Mundial de Saúde (OMS), o consumo de tabaco provoca
mais de um milhão de mortes por ano na Europa. Tendo em
Sabia que fumar causa mau hálito, provoca o envelhecimento
da pele, danifica os dentes, diminui a resistência ao exercício e
prejudica a atividade sexual?
Karina Oliveira, Lígia Mendes - Cardiopneumologistas Acail Gás Medicare
Acail Gás Medicare
14
Sabia que “Um em cada dois consumidores que fume regularmente
ao longo da vida morrerá por uma doença associada ao tabaco,
perdendo em média dez anos de esperança de vida”?
conta estes dados, a OMS lançou a MPOWER, um plano de
seis medidas destinadas a prevenir e controlar o consumo de
tabaco no mundo:
Monitor (monitorizar o consumo de tabaco e as suas
repercussões na saúde);
Protect (Proteger da exposição ao fumo do tabaco);
Offer (Oferecer ajuda na cessação tabágica);
Warn (Educar sobre os riscos associados ao consumo do
tabaco);
Enforce (Proibir totalmente a publicidade, promoção e
patrocínio a produtos do tabaco);
Raise (Aumentar os impostos sobre os produtos do tabaco).
Se quer deixar de fumar há que iniciar a sua cessação tabágica.
Este processo é dinâmico, mas depende unicamente de si, da
sua motivação, intenção e confiança para parar de fumar. Se
está grávida é imperativo que deixe de fumar: a probabilidade
de sofrer abortos espontâneos aumenta, sujeita-se a mais
complicações durante o parto, partos prematuros, maior
risco de morte fetal, nados mortos e recém-nascidos de
baixo peso. Para o auxiliar nesta nova etapa deverá sempre
consultar um profissional de saúde que o possa acompanhar
e orientar, bem como frequentar terapias de grupo.
Lembre-se que não está sozinho, poderá sempre contar com
a ajuda de profissionais qualificados!
1. Marque um dia concreto para deixar de fumar.
2. Até chegar o dia marcado enumere as razões que o levam a deixar de
fumar e reduza o numero de cigarros por dia.
3. Identifique os momentos e o número de cigarros que fuma e procure
avaliar quais são os cigarros que fuma apenas por “tédio”.
4. Procure apoio nas pessoas mais próximas, comunicando a sua decisão.
5. Durante alguns dias (ou mesmo semanas), pode sentir-se ansioso,
inquieto e irritado. Lembre-se que são sintomas passageiros e que já
muitas pessoas os ultrapassaram. Você também vai conseguir.
6. Tenha sempre presente as razões que o levaram a deixar de fumar.
7. Faça uma alimentação saudável.
8. Evite locais com fumadores e afaste objetos que lhe lembrem o tabaco.
9. Pratique atividade física
10. Não desista: se tiver uma recaída, marque uma nova data e recomece
a tentar.
Adaptado de Fundação Portuguesa de Cardiologia
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Acail Gás Medicare
15
Sistema Respiratório
Tudo o que precisa de saber
AnatomiaO Sistema Respiratório inicia-se na boca e no nariz,
terminando ao nível dos pulmões (fig.1), local onde são
realizadas as trocas gasosas. Este sistema encontra-se
dividido em:
Vias aéreas superiores: Nariz, Fossas Nasais, Seios
Perinasais, Boca, Faringe, Laringe e Traqueia (porção
superior);
Vias aéreas inferiores: Traqueia (porção inferior), Brônquios,
Bronquíolos, Alvéolos e Pulmões.
A traqueia é a maior componente das vias aéreas superiores,
começando após a laringe e terminando na bifurcação na
qual se divide nos dois brônquios principais. Estes, por sua
vez, vão-se subdividindo em estruturas mais pequenas, os
bronquíolos, que vão terminar nos alvéolos pulmonares,
que são estruturas rodeadas pelos capilares sanguíneos e
revestidas por uma fina camada, através da qual se dão as
trocas gasosas com o sangue (figs. 1 e 2).
Figura 1. Sistema Respiratório
Andreia Romão e Mariana Vale - Cardiopneumologistas Acail Gás Medicare
Os brônquios, bronquíolos e alvéolos encontram-se no
interior dos pulmões que são os dois maiores órgãos do
sistema respiratório. Estão inseridos na caixa torácica,
protegidos pelas costelas, esterno e coluna vertebral,
estando apoiados no diafragma (principal músculo da
respiração).
Acail Gás Medicare
16
Os dois pulmões são anatomicamente diferentes, sendo
que o pulmão direito possui três lobos e o esquerdo apenas
dois, uma vez que se encontra do lado do coração (fig.3).
Os pulmões estão envolvidos pela pleura, que é uma
membrana que facilita o seu movimento durante a
respiração.
No processo da respiração estão envolvidos diversos
músculos, sendo o mais importante o diafragma. Quando
este se contrai, o tamanho da cavidade torácica aumenta,
permitindo assim a expansão dos pulmões. Para além deste,
existem ainda os músculos intercostais que colaboram no
movimento da caixa torácica.
FisiologiaA respiração é essencial à vida humana e é definida como
a troca de gases entre o organismo e a atmosfera, com o
intuito de fornecer oxigénio ao corpo e eliminar o dióxido
de carbono.
O Sistema Respiratório tem como principais funções:
- Filtração e humidificação do ar que circula nos pulmões;
- Realização de trocas gasosas com o sangue;
- Regulação do pH nos líquidos corporais.
A função respiratória é um processo complexo, regulado pelo
sistema nervoso central, e divide-se em três mecanismos
(fig.4):
- Ventilação Pulmonar: processo responsável pela entrada
e saída do ar dos pulmões, através da expansão e retração
dos mesmos, produzindo diferenças de pressão nas vias
respiratórias. Este mecanismo só é possível graças aos
movimentos do diafragma (contração na inspiração e
relaxamento na expiração) e à intervenção dos músculos
intercostais que permitem a expansão ou retração da caixa
torácica.
- Perfusão Pulmonar: processo através do qual o sangue
venoso chega aos capilares alveolares, de modo a serem
efetuadas as trocas gasosas.
- Difusão Pulmonar: processo no qual se realizam as trocas
gasosas através da membrana alvéolo-capilar. Neste
mecanismo, o oxigénio (O2) contido nos alvéolos passa
para o sangue para ser transportado ao restante organismo.
Ao mesmo tempo, o dióxido de carbono (CO2) passa do
sangue para os alvéolos para ser expulso do organismo
através da expiração.
Estes três mecanismos devem funcionar em conjunto e
consonância e caso existam alterações num deles, todo o
sistema respiratório pode ficar comprometido.
Sabia que os alvéolos
pulmonares dos pulmões
adultos, se abertos e
espalmados, cobririam uma
superfície aproximada de 100
m2?
Sabia que o sistema
respiratório começa a
formar-se a partir da quarta
semana de gestação e surge
a partir da extremidade
terminal da faringe, o
tubo laringotraqueal, que
se aprofunda e ramifica,
originando a traqueia, os
brônquios e os bronquíolos?
Figura 3. Anatomia Pulmonar: lobos pulmonares
Acail Gás Medicare
17
Doenças RespiratóriasA maioria das doenças pulmonares dividem-se em dois
grandes grupos: obstrutivas e restritivas.
As patologias obstrutivas são aquelas em que se verifica
uma obstrução total ou parcial do fluxo de ar a qualquer
nível do aparelho respiratório (desde a traqueia até aos
bronquíolos terminais), limitando a normal passagem do
ar até aos pulmões. São exemplos destas doenças a DPOC
(Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica), a Asma, a Bronquite,
a Fibrose Cística, SAOS (Síndrome da Apneia Obstrutiva do
Sono), entre outras.
Por outro lado, nas doenças restritivas a capacidade de
expansão do parênquima pulmonar está diminuída, quer
por alterações a nível do interstício pulmonar (sarcoidose
e fibrose pulmonar), quer por alterações extrapulmonares
(escolioses e doenças neuromusculares).
Existem ainda patologias ao nível das vias aéreas superiores,
causadas pela inalação de agentes presentes no ar que
respiramos, quer a nível ambiental quer a nível ocupacional.
São exemplos destas patologias a rinite, a sinusite, a
laringite, a perfuração do septo nasal, entre outras (fig.5).
TratamentoPodem identificar-se várias modalidades de tratamentos
para as patologias do foro respiratório, destacando-se a
oxigenoterapia, ventiloterapia, aerossolterapia, terapias
farmacológicas e posturais.
As opções de tratamento são definidas por médicos
especializados e a sua aplicação realizada por profissionais
de saúde experientes e com formação na área. Os
tratamentos são adaptados aos diferentes casos clínicos,
consoante as necessidades de cada doente.
Sabia que respiramos cerca de 450 litros de ar por hora, 10 800 litros
por dia ou ainda 3,9 milhões de litros por ano?
Acail Gás Medicare
18
Marlene Santos, Cardiopneumologista Acail Gás Medicare
Atividade Física: Faz parte dos programas de reabilitação
respiratória. Contribui para uma melhoria dos sintomas das
doenças crónicas.
Diafragma: Principal músculo respiratório. Durante a
inspiração o diafragma contrai e ao entra nos pulmões,
durante a expiração o diafragma relaxa e o ar é expulso dos
pulmões.
Dispneia: Muito conhecida como falta de ar é um sintoma
de várias doenças respiratórias.
DPOC: Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica é uma doença
progressiva e crónica que afecta dos pulmões. Responsável
pela destruição de álveolos pulmonares.
Oxigénio: Essencial para as trocas gasosas que se realizam
nos pulmões. O ar inspirado é rico em oxigénio e após as
trocas gasosas o ar expirado será rico em dióxido de carbono.
Pulmões: Órgão do sistema respiratório responsável pelas
trocas gasosas entre o ar ambiente e o sangue. Os pulmões
encontram-se dentro da cavidade torácica e comprimem e
expandem conforme sai e entra ar, respectivamente.
Reabilitação Respiratória: É um tratamento para doentes
com doença respiratória crónica. Tem como objectivo
diminuir as incapacidades físicas e psicológicas da doença,
através do alívio dos sintomas e do aumento da qualidade
de vida dos doentes.
Respiração: Processo através do qual o ar atmosférico
entra nos pulmões através da inspiração e sai através
da expiração num processo cohecido como ventilação
pulmonar.
R L V D D A E G C R D K A T MI O X I G É N I O F U E R Y AX A I A G U D A P G J I R P TF P T F U D A R D S S E E R IF U L R E L F U D Z A L S D VA L O A N T A G A B F M P M IR M P G G J I G I Q Y I I D DS Õ D M O I H L C D O A R A AO E E A S D I S P N E I A P DA S R D I T T U J G A I T C EJ A B O A I H Z F S C H Ó D FS E I Ç D E T H S K H T R I ÍG Ç Ã C B U H E A F S D I R SH O J R L I G F J P A D A E IO Ã Ç A R I P S E R A C I L CL D O W E R X R F B V M A T A
Sopa de Letras
Acail Gás Medicare
Telefone 24H: 808 280 808
Email: [email protected]
Centro De Apoio ao Doente Respiratório – Acail Gás Medicare
Edifício Ccem 2, Avenida 25 de Abril, 19F
4520 - 161 Santa Maria da Feira
Telefone: 256 104 607/256 104 608
Email: [email protected]
www.acailmedicare.pt