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Título: CRIAÇÃO E MANEJO DE FRANGO DE CORTE
Autor(a): José Renato Silva
Endereço da publicação: http://www.webartigos.com/artigos/criacao-e-manejo-de-frango-de-corte/64300/
Publicado em 20 de abril de 2011, às 00h00min em Sociedade e Cultura
CRIAÇÃO E MANEJO DE FRANGO DE CORTE
Com certeza a avicultura foi um dos setores de produção que mais cresceu nestas ultimas décadas,
acompanhando o crescimento tecnológico (SOUZA, et al, 2010). Toda essa evolução exigiu também um
progresso no que se refere a genótipo, alimentação, sanidade, instalações confortáveis, equipamentos e
manejos das aves, proporcionando potencial máximo e eficiência em produção (SANTOS et al, 2009).
O manejo das aves é realizado através de várias fases (manejo antes da chegada dos pintinhos, manejo da
chegada dos pintinhos, manejo do 1º ao 11º dia manejo do 12º dia à saída do lote e manejo na retirada do
lote), das quais começam antes mesmo da chegada dos pintinhos, onde há um preparo das instalações e
equipamentos para seu recebimento. Embora seja de grande valia saber sobre esses procedimentos, é
necessário também que a escolha da linhagem e a qualidade dos pintinhos sejam de boa procedência
(LANA, 2000).
Segundo Lana (2000), é possível dizer que qualquer interferência presente em uma dessas fases, pode
acarretar numa redução do desempenho da granja, determinando pouca qualidade no lote por ela produzido.
O objetivo do manejo de frango é atingir a performance desejada em termos de peso vivo, conversão
alimentar e rendimento de carne com desenvolvimento ótimo das funções vitais, com critérios para uma boa
produtividade e rendimento da carcaça, peito e pernas (MADEIRA et al, 2010).
MANEJO ANTES DA CHEGADA DOS PINTINHOS
Limpeza e Desinfecção de Instalações e Equipamentos
Em primeiro lugar é necessário realizar uma limpeza criteriosa, que se bem feita pode remover de 90 a 95%
do material contaminante que se encontra aderido nestes locais (SANTOS et al, 2009). A água quente
poderá ser mais utilizada, pois sua eficiência é maior que a da água fria. Detergentes podem ser utilizados
com a função de remover sujeiras e penetrar em fendas, mas estes não devem ser misturados a outros
agentes de limpeza, pois podem inativar um ou outro durante a limpeza (LANA, 2000).
Após a retirada do lote deve-se realizar a limpeza eficiente, onde se retira o resto de ração que porventura
esteja no local, removem-se os equipamentos, lava-se, desinfeta (com desinfetantes que proporcionem
melhor ação sobre agentes patogênicos) e expõe ao sol; retira-se a cama, molha-se e enlona o caminhão;
varrem-se e lavam-se tetos, telas, paredes silos e pisos (LANA, 2000).
Após a realização da limpeza, inicia-se o processo de desinfecção, que deve ser feito ainda com as
instalações úmidas, onde se aplica inseticidas de baixa toxicidade e cal hidratada com água. A grande
dificuldade está em realizar a desinfecção se agredir o meio ambiente (JAENISCH et al, 2010). Segundo
Santos (et al, 2009), pode-se utilizar também amônia quaternária, fenóis e cresóis e cloro. As instalações
devem ficar fechadas e sem uso por aproximadamente 10 dias (LANA, 2000).
Existem alguns fatores que podem influenciar na ação do desinfetante, como por exemplo: Coeficiente
fenólico do produto; diluição na qual o desinfetante é usado; temperatura e modo de aplicação e tempo de
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exposição (LANA, 2000), além do mais a atuação antimicrobiana pode ser afetada pela presença de material
orgânico (JAENISCH et al, 2010).
Desta forma é necessário observar alguns pontos durante a escolha do desinfetante: não ser tóxico para
homens ou animais, ser altamente germicida, que seja efetivo, ser não-corrosivo, ser solúvel em água, ter
poder de penetração, de preferência ser inodoro e ter baixo custo (LANA, 2000).
Segundo Lana (2000), é neste período (que antecede achegada dos pintinhos), que varias atividades devem
acontecer, por exemplo, o extermínio de roedores; a revisão e manutenção dos equipamentos, cortinas,
telas e telhados e outros problemas que possam porventura surgir.
Instalações ou Reparo das Cortinas
Elas têm a função de evitar a entrada de água da chuva, frios e correntes de ar (SANTOS et al, 2009).
Geralmente as cortinas externas são feitas de ráfia, a qual é fixada na parte inferior do galpão, no nível
superior da mureta; durante o inverno, é importante que cortinas laterais também sejam fixadas junto às
externas (LANA, 2000).
Cama do Aviário
Esta deve ser de boa qualidade, ou seja, ter partículas de tamanho médio e homogêneo; ter capacidade de
absorver e liberar a umidade; ter baixa condutibilidade térmica; ter capacidade de amortecimento; ter
umidade em torno de 20-25%; ser de baixo custo e boa disponibilidade; ter ausência de fungos e
substâncias toxicas e ter a propriedade de cobrir o piso do galpão de maneira uniforme (APPLEBY et al,
2010. Durante o verão ele pode atingir 5 a 8 cm de altura e no inverno de 8 a 10 cm. Quando o volume for de
1m³, ele poderá cobrir 30m² de área com altura e 5 cm (LANA, 2000).
É importante avaliar e observar sempre as condições da cama, o objetivo é mantê-la sempre limpa, evitando
a formação de placas e partes úmidas. A remoção das camas deve ser feita durante a manhã, para que ela
se mantenha seca e fofa (APPLEBY et al, 2010). Existem diversos materiais utilizados na confecção das
camas, os mais utilizados são: Cepilha de madeira; Casca de café; Bagacinho de cana; Capim Napier
triturado e desidratado; Fenos de gramíneas; Casca de arroz e casca de amendoins (AVILA, et al 2008). De
todas estas opções, a que melhor se adequar será utilizada, levando-se em consideração que ela seja de
boa qualidade (LANA, 2000).
A cama só poderá ser reutilizada depois de sofrer o processo de desinfecção para receber o novo lote, em
caso de problemas sanitários, ocorrido no outro lote, impede a sua reutilização. Mas caso a cama seja
reutilizada, é preciso realizar alguns procedimentos básicos, como: limpeza e desinfecção; abrir o aviário
para ventilação; retirar partes empastadas; proceder à queima das penas; remover a cama velha do galpão
para que ela sofra fermentação em outra instalação; umedecer a cama caso ela esteja seca; retornar a
cama para o galpão e desinfetá-la e removê-la varias vezes até que a umidade atinja 20 a 25% (LANA, 2000).
Criação em Círculos de Proteção
A função destes círculos é proteger os pintinhos de correntes de ar. Na sua montagem, são usadas chapas
de eucatex, duratex, compensado e folhas metálicas, com uma campânula disposta no centro deste circulo
(SANTOS et al, 2009). A altura destes círculos pode variar entre 0,40 a 0,60 m, com 3 m de diâmetro, com
capacidade para alojar 500 pintinhos. No inverno aconselha-se a utilização de círculos duplos. Sua retirada
pode ser feita a partir do 10º dia (LANA, 2000).
Sistemas de Aquecimento
O sistema de aquecimento tem por função auxiliar no aquecimento do galpão, principalmente durante o
inverno. Este deve ocorrer pelo menos umas três horas antes da chegada dos pintinhos e deve permanecer
ativo por pelo menos 15-20 dias. O controle da temperatura pode ser realizado por termostato (LANA, 2000).
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Sistemas de Água
A água deve estar à disposição dos pintinhos a todo tempo (SANTOS et al, 2009). O fornecimento da água
deve ser limpo, não estagnado e descontaminado sempre. A temperatura deve ser ideal, entre 10 a 12ºC,
pois, água muito fria ou muito quente pode prejudicar o desenvolvimento dos pintinhos. Aconselha-se o uso
de medidor diário de água a fim de avaliar o nível de consumo, pois um aumento ou uma diminuição
repentina no seu consumo pode ser sinal de estresse, doenças ou má qualidade da ração (LANA, 2000). O
importante é que a água seja sempre de boa qualidade, pois é comprovado que quando a ave perde 20% da
água em seu organismo, ela vem a óbito (TOGASHI et al, 2008). Os principais tipos de bebedouro utilizados
para abastecimento de água nos galpões são: bebedouro tipo pressão com bóia satélite; bebedouro pendular
(1 para cada 100 frangos); tipo calha; tipo taça (1 para cada 28 frangos); tipo nipple (1 para cada 20 frangos)
e tipo bóia satélite (SANTOS et al, 2009; APPLEBY et al, 2010).
Os bebedouros devem ser instalados igualmente por todo aviário. Em razão da sua praticidade os mais
utilizados são os bebedouros pendulares, mas podem também facilmente desperdiçar água se usado
incorretamente. À medida que se aumenta a importância da qualidade da carcaça no abatedouro,
bebedouros tipo nipple com copos, passam a ser mais bem aproveitados (APPLEBY et al, 2010).
Sistema de Alimentação
Inicialmente, a melhor maneira de alimentar os pintinhos, é colocar a ração triturada sobre bandejas ou
folhas de papel, mas a partir do terceiro dia, eles já podem ser transferidos para o sistema principal de
arraçoamento. Os principais tipos de comedouro utilizados são: tipo bandeja ? utilizados nos primeiros 11
dias de vida na proporção de 5 para 500 pintos; tipo tubular ou semi-automático ? deve ser utilizado a partir
do 11º dia e possui capacidade para 20 a 30 aves; tipo calha com corrente ? permiti acesso de 40 aves por
metro de calha; tipo helicoidal ? sua capacidade é semelhante à do tipo tubular, e a disposição à do tipo
calha (LANA, 2000).
Fonte: doisac.com
Criação com Equipamentos Definitivos
Segundo Lana (2000) estes são usados desde o primeiro dia à saída do lote; estes são: aquecedor
infravermelho, bebedouro nipple ou pendular, comedouro automático tipo helicoidal e comedouros tubular
baby e bebedouros com bóia satélite (equipamento de reforço).
Transporte dos Pintinhos para a Granja
Para um transporte efetivo, é necessário viaturas com condições adequadas para viagens longas, cujo
ambiente interno seja semelhante ao do galpão, por isso é importante avaliar antes as condições climáticas,
para que o transporte seja eficiente e as aves não sofram e recebam ventilação adequada durante o trajeto
percorrido. Deve-se evitar mandar pintos provenientes de ovos pequenos para longas distâncias, bem como
ter cuidado com ventilação excessiva para pintos muito pequenos, pois isso poderá acarretar sua
desidratação (LANA, 2000).
Fonte: sitiomandarim.com.br
MANEJO DA CHEGADA DOS PINTINHOS
Avaliação da Qualidade dos Pintinhos
Para uma aquisição de pintos de boa qualidade recomenda-se optar por incubatórios idôneos que
apresentem controle sanitário eficiente (SANTOS et al, 2009). O incubatório é considerado um ambiente
estratégico onde o objetivo é transformar biologicamente ovos férteis em pintos, de maneira que atendam as
qualidades exigidas, as expectativas da produção das aves ao menor custo possível (BARACHO et al,
2010). Os pintos de boa qualidade devem apresentar as seguintes características: serem ativos e apresentar
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olhos brilhantes, umbigo bem cicatrizado, tamanho e cor uniformes, canelas brilhantes e lustrosas,
plumagem seca e macia, sem empastamento na cloaca (LANA, 2000). Caso haja alguma deformidade, o
melhor a fazer é alojá-los separadamente (SANTOS et al, 2009).
Alojamento dos Pintos
Antes da chagada dos pintinhos, faz-se uma avaliação final das condições do galpão, o momento do
desembarque dos pintos deve ser rápido e acontecer próximo ao círculo de proteção, após isso eles serão
contados e pesados. Já na granja, os pintinhos devem estar solutos sob campânulas, que já estarão acesas
três horas antes da chegada dos pintos, é aconselhável que pintinhos de um mesmo lote de matrizes sejam
separados no mesmo aviário, com intuito de diminuir a competição entre os pintos e se mantenha a
uniformidade (LANA, 2000).
MANEJO DO PRIMEIRO AO 11º DIA DE IDADE
Controle de Temperatura
Nos primeiros dias de vida é imprescindível que o sistema de aquecimento esteja ativo nos aviários, podendo
a temperatura diminuir a partir do crescimento das aves. A temperatura inicial ideal é de 32º devendo abaixar
3ºC por semana. Para Nazareno (et al, 2009) a partir da quinta semana, a temperatura ideal é uma média
abaixo de 24ºC . Segundo Souza (et al, 2010) quando a temperatura está mais baixa, os pintinhos estão na
zona de conforto, favorecendo o consumo de alimentação e o ganho de peso.
É necessário observar o comportamento dos pintinhos, a fim de avaliar se a temperatura está correta, por
exemplo, se os pintos estiverem muito espalhados, significa temperatura muito alta, ao contrário se
estiverem muito próximos um dos outros, pode significar baixa temperatura (SANTOS et al, 2009).
Manejo de Cortinas
O manejo de cortinas é determinado conforme as condições do ambiente, como: temperatura, umidade e a
idade das aves, nos primeiros dias elas devem estar fechadas e em dias mais quentes abertas, mas é
importante que elas nunca sejam abaixadas de uma só vez, evitando-se mudanças bruscas na temperatura
(LANA, 2000).
A função destas cortinas é manter a temperatura ambiente e regular a entrada de ar e saída de odores como
amônia, poeira e gases no interior do galpão. Durante o inverno pode-se instalar mai cortinas laterais. O
manejo correto das cortinas permite a redução de inúmeros problemas no lote (LANA, 2000).
Regulagem de Bebedouros e Comedouros
A altura dos bebedouros deve ser diariamente ajustada, para que esteja ao nível dos olhos dos frangos. O
nível da água nos bebedouros deve ser regulado, para que não haja desperdício da água (APPLEBY et al,
2010). A regulagem dos comedouros por sua vez, é realizada a cada três dias, recomenda-se que a borda
superior do comedouro calhe com o dorso das aves, geralmente a ração deverá ocupar 1/3 dos comedouros
para que não haja desperdícios (ROLL, et al, 2010).
Fonte: criacaodeanimais.blogspot.com
Programa de Luz
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Este tipo de programa é determinado em função da linhagem, região, estação do ano e manejo pré-
determinado pelo produtor, os programas mais utilizados na avicultura de corte, são: Fornecimento de 18h
de luz por dia; Fornecimento de 20h/luz/dia; luz diária, mas controle intermitente durante a noite; luz 24h por
dia e somente luz natural. Aconselha-se a diminuição da luz diária no verão (SANTOS et al, 2009), e que a
intensidade de luz para as aves seja na ordem de 10 a 15 lúmen/m² (LANA, 2000).
Programa de Alimentação
É essencial seguir um plano de alimentação bem definido. A ração deve ser peletizada, triturada ou farelada,
balanceada de maneira que atenda as necessidades nutricionais das aves em cada fase de criação; a ração
deve ser colocada diariamente nos comedouros e peneirada para obtenção de uma ração limpa (SANTOS et
al, 2009). Sua armazenagem deve ocorrer em ambiente limpo, seco e arejado, sobre estrados e alojados
longe de janelas. A forma mais segura de armazenar a ração é em silos, não podendo ultrapassar o período
de 30 dias (LANA, 2000).
Manejo de cama
Nos primeiros dias o trabalho com as camas é direcionado com objetivo de evitar que elas se tornem úmidas
e consequentemente ocorra formação de placas (LANA, 2000).
Densidade de Alojamento
Segundo Santos (et al, 2009), é o numero de aves por metro quadrado de piso do galinheiro. A densidade do
alojamento tem influencia significativa sobre o produto final em termos de uniformidade, desempenho e
qualidade, o aumento da densidade requer maior controle ambiental (SOUZA et al, 2010). A disponibilidade
da área por frango dependerá de inúmeros fatores, dos quais os mais importantes são: idade do abate, clima
e estação do ano e tipo de alojamento. Espera-se que em aviários abertos a densidade seja de 30 a 34
Kg/m² para pesos finais, em épocas mais quentes a densidade deve ser reduzida para 27 Kg/m² (LANA,
2000).
Manejo Sanitário
É aconselhável que se evite o trânsito de pessoas e veículos nas proximidades do galpão, porém quando
isso for necessário, é importante que as pessoas estejam usando roupas e utensílios limpos e desinfetados.
A limpeza e desinfecção do galpão devem ser eficientes como já foi visto e o galpão deve sofrer o vazio
sanitário por um período de 10 dias (SANTOS et al, 2009; AVILA et al, 2008).
Controle de Doenças e Vacinação
O objetivo maior da vacinação é diminuir os efeitos e agravos das doenças que podem infringir a saúde e o
bem-estar das aves. Ao menor sinal de estresse ou queda no consumo de água e ração, é imprescindível
atenção e cuidados especiais, como mandar as aves para exames laboratoriais, se o tratamento for
apropriado e imediato , há uma diminuição no aparecimento de doenças e um melhor controle da saúde das
aves (LANA, 2000).
É importante ficar atento a certas doenças, como: de Marek, Bouba aviária, de Newcastle, Bronquite
infecciosa e Gumboro, na hora de criar um plano de vacinação, porém, cada granja é diferente da outra e
precisa, portanto, de cuidados e programas de conservação de saúde diferentes que atendam suas
necessidades, em condições de bom manejo a única vacina obrigatória é a de Marek (LANA, 2000).
Descarte
São denominados descartes as aves que se encontram fora do padrão médio de desenvolvimento do lote.
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Este descarte deve ser feito o mais precoce possível, evitando assim perdas com ração (LANA, 2000).
Fonte: Portaldeveterinasria.com
Registros
Os registros são fundamentais para elevar os níveis de qualidade e produtividade, bem como monitorar a
higiene e o controle sanitário (LANA, 2000).
MANEJO DO 12º DIA À SAÍDA DO LOTE
É nesta fase, que segundo Lana (2000), o frango atinge seu potencial máximo de desenvolvimento.
Cuidados na Troca dos Equipamentos
A troca dos equipamentos, para os definitivos deve ser feito de forma lenta e gradual, a partir do 3º dia
comedouros e bebedouros já podem ser trocados por definitivos, eles devem estar ajustados ao tamanho
das aves e devem estar sempre limpos (LANA, 2000).
Programa de Luz
Mantém-se o programa do inicio do manejo, importando-se sempre em observar se as lâmpadas estão
queimadas e limpas e se a iluminação não está excedendo o máximo de 20 a 22 lúmens/m² (APPLEBY et
al, 2010).
Manejo de Cama
São realizados os mesmos cuidados do inicio do manejo, ou seja, cuidados com empastamentos,
vazamentos de bebedouros, limpeza constantes etc. (LANA, 2000).
Manejo de Ventilação
A ventilação é importante, pois fornece oxigênio, renova dióxido de carbono e outros gases tóxicos, regula a
temperatura e auxilia no controle das enfermidades e da umidade. Pode-se realizar a ventilação do tipo
natural ou a ventilação artificial e além destes outros fatores podem ajudar a diminuir a temperatura do
galpão, como: sistemas de nebulização e aspersão de água sobre o telhado (MOREIRA et al, 2004 ).
Destino das Aves Mortas
É preciso retirar e remover diariamente as aves que estão mortas, impedindo a proliferação de micro-
organismos patogênicos e a possível transmissão de doenças no interior do galpão. O método mais eficaz
na eliminação destas aves é a incineração sendo inadmissível a remoção das aves mortas para valas
abertas (LANA, 2000). Quando optar por uso de fossas, essas devem ser bem tampadas e mantidas secas
(SANTOS et al, 2009).
MANEJO NA SAÍDA DO LOTE
Para retirada das aves, já desenvolvidas e prontas para o abate, são necessários alguns cuidados: deve-se
retirar a ração umas 6 horas antes da retirada do lote, e a água só deve ser retirada no momento da apanha
dos frangos (LANA, 2000).
Apanha dos Frangos
Esta operação deve ser cuidadosa, já que é o momento de maior estresse para os frangos, nesta fase
podem acontecer muitas contusões, por isso deve ser supervisionada e planejada cuidadosamente, pessoas
competentes devem realizar esta tarefa (SILVA & VIEIRA, 2010). Os comedouros devem ser retirados, com
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objetivo de evitar obstrução das aves e dos funcionários (LANA, 2000).
Deve-se reduzir a luz do aviário, e as aves devem ser pegas pelos pés e canelas, nunca pelas coxas ou
asas, sendo seguras uma a uma e colocadas gentilmente nos engradados que nunca devem ser
superlotados e enquanto se espera o transporte, pode-se realizar a ventilação artificial ou molhar as aves
(SILVA & VIEIRA, 2010; APPLEBY et al, 2010).
Carregamento
Para facilitar e agilizar o carregamento, pode-se construir galpões com grandes portões que permitam
acesso interno do veiculo (APPLEBY et al, 2010).
Transporte
Para realização de um transporte eficiente é preciso educar os motoristas, observar e avaliar as condições
mecânicas dos caminhões, a distribuição dos engradados e a manutenção adequada destes (SILVA &
VIEIRA, 2
.
Fonte: marcelrofeal.blogspot.com
Perda de Peso no Transporte
A perda de peso das aves pode estar diretamente relacionada ao tempo da viagem, às condições climáticas
durante a viagem, o tempo de espera na plataforma, o horário do transporte e outros. Para minimizar a perda
de peso, é necessário que a plataforma esteja na penumbra com uma temperatura variando entre 18 e 23ºC
e ser bem ventilada (LANA, 2000).
Avaliação do Desempenho do Lote
Ao acompanhar o desempenho de cada lote, o produtor terá a chance de avaliar e quantificar a eficiência das
técnicas utilizadas. Para avaliar a eficiência de produção entre lotes, pode-se utilizar o Índice de Eficiência
Produtiva (IEP), este índice pode variar em função da idade de abate (IA), da viabilidade (VB), do peso médio
vivo (PM), do consumo de ração (CR) e da conservação alimentar (CA), na retirada do lote (LANA, 2000).
REFERÊNCIAS
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