Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exercícios comentados
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SUMÁRIO 1. OLÁ, AMIGOS. ............................................................................................................................................................ 2
2. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS .......................................................................................... 3
3. BALANÇO PATRIMONIAL ........................................................................................................................................ 5
3.1 REGRAS SOBRE A ELABORAÇÃO E PUBLICAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ............. 5
3.2 ATIVO, PASSIVO E PL: CONCEITOS ............................................................................................................... 7
3.3. ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL ................................................................................................... 9
4. GRUPOS PATRIMONIAIS ...................................................................................................................................... 10
4.1 ATIVO........................................................................................................................................................................ 10
4.1.1 ATIVO CIRCULANTE ........................................................................................................................................ 11
4.1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE .............................................................................................................................. 12
4.1.2.1 ATIVO NÃO CIRCULANTE – REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ......................................................... 12
4.1.2.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE - INVESTIMENTOS .................................................................................... 12
4.1.2.3 ATIVO NÃO CIRCULANTE IMOBILIZADO ............................................................................................. 13
4.1.2.4 ATIVO NÃO CIRCULANTE - INTANGÍVEL ............................................................................................. 15
4.1.2.5 ATIVO PERMANENTE DIFERIDO .............................................................................................................. 18
5. PASSIVO ..................................................................................................................................................................... 19
5.1 PASSIVO CIRCULANTE E PASSIVO NÃO CIRCULANTE .......................................................................... 19
5.2 RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS E RECEITAS DIFERIDAS .................................................... 20
6. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O CICLO OPERACIONAL................................................................. 20
7. PATRIMÔNIO LÍQUIDO ......................................................................................................................................... 21
7.1 CONCEITO E ESTRUTURA ................................................................................................................................. 21
7.2 CAPITAL SOCIAL ................................................................................................................................................... 22
7.3 GASTOS NA EMISSÃO DE AÇÕES .................................................................................................................. 23
7.4 RESERVAS DE CAPITAL...................................................................................................................................... 23
7.4.1 RESERVA DE ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES ......................................................................................... 25
7.4.2 ALIENAÇÃO DE PARTES BENEFICIÁRIAS E BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO ......................................... 25
7.4.3 DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTOS GOVERNAMENTAIS..................................... 27
7.4.4 PRÊMIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES .................................................................................................. 29
7. 5 AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL ....................................................................................................... 30
7.6 AÇÕES EM TESOURARIA ................................................................................................................................... 31
7.7 RESERVAS DE LUCROS ...................................................................................................................................... 32
7.7.1 RESERVA LEGAL ............................................................................................................................................... 33
7.7.2 RESERVAS ESTATUTÁRIAS ........................................................................................................................... 35
7.7.3 RESERVA DE CONTINGÊNCIAS ................................................................................................................... 36
7.7.4 RESERVA DE INCENTIVOS FISCAIS .......................................................................................................... 39
7.7.5 RESERVA DE LUCROS A REALIZAR ........................................................................................................... 41
7.7.6 RESERVA ESPECIAL PARA DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS NÃO DISTRIBUÍDOS ..................... 44
7.8 DIVIDENDOS ADICIONAIS ............................................................................................................................... 44
7.9 ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL ......................................................................................... 47
7.10 LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS .................................................................................................... 47
8. QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................................... 49
9. QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ........................................................................................................ 91
10. GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ................................................................... 107
AULA 03: 8. BALANÇO PATRIMONIAL: OBRIGATORIEDADE E APRESENTAÇÃO; CONTEÚDO DOS GRUPOS E SUBGRUPOS. ELABORAÇÃO. 9. CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS
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1. OLÁ, AMIGOS.
Olá, meus amigos. Como estão?!
Agradecemos por estarem aqui, em mais um encontro conosco, no curso de
Contabilidade Geral para Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil.
Hoje, veremos o seguinte:
Aula Data Conteúdo
Aula 3 18/06/2012 08. Balanço Patrimonial: Obrigatoriedade e apresentação. Conteúdo dos Grupos e Subgrupos. 09. Classificação das
Contas.
Quaisquer dúvidas, por favor, enviem aos dois e-mails, para que ambos possamos ter ciência do que está se passando no curso.
É isso! Vamos começar a nossa batalha?!
Forte abraço!
Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.
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2. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS
Vamos começar a falar agora sobre a principal demonstração contábil (e,
obviamente, a mais explorada em concurso), qual seja, o BALANÇO
PATRIMONIAL.
Antes de darmos início ao estudo das principais demonstrações contábeis e suas finalidades, vamos entender quais são as demonstrações contábeis obrigatórias.
Tal assunto está previsto na Lei das SAs, da seguinte forma:
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as
mutações ocorridas no exercício:
I - balanço patrimonial; II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)
§ 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior
a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e
publicação da demonstração dos fluxos de caixa.
Pois bem. Desse excerto, muitas questões são cobradas em concursos.
As sociedades por ações podem ser do tipo aberta (quando comercializam títulos e valor mobiliários no mercado) e fechadas (quando não o fazem).
As demonstrações contábeis são diferentes conforme estejamos frente a um ou
outro tipo societário.
COMPANHIA
DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL ABERTA FECHADA
Balanço Patrimonial X X
Demonstração do Resultado do Exercício X X
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
X X
Demonstração dos Fluxos de Caixa X PL > 2 MI
Demonstração do Valor Adicionado X
Alguns aspectos merecem destaque.
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1) Nas companhias abertas, a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados
pode estar contida dentro da DMPL. 2) A DMPL não consta como sendo obrigatória pela Lei 6.404/76. Todavia, o
CPC 26 (Apresentação das demonstrações contábeis) arrolou esta demonstração dentre aquelas que fazem parte do conjunto das demonstrações
contábeis de uma entidade. Tal menção levou o FIPECAFI, no livro Manual de Contabilidade Societária, a considerar que, a partir da edição do
Pronunciamento Contábil, a DMPL passa a ser obrigatória a todos os tipos societários. Não sabemos ainda como as bancas cobrarão este assunto.
3) A Demonstração de origens e aplicações de recursos, a DOAR, deixou de ser obrigatória com as modificações contábeis introduzidas pelas Leis 11.638 e
11.941.
Pois bem, vejam que o balanço patrimonial está arrolado como obrigatório, quer seja a companhia aberta, quer seja fechada.
Vejamos como isso foi cobrado recentemente pela ESAF:
(ESAF/AFRFB/2009) Lei n. 6.404/76, com suas diversas atualizações, determina que, ao fim de cada exercício social, com base na escrituração mercantil da companhia, exprimindo com clareza a situação do patrimônio e as mutações
ocorridas no exercício, a diretoria fará elaborar as seguintes demonstrações financeiras:
a) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração das origens e aplicações de recursos; demonstração dos fluxos de caixa; e, se companhia aberta,
demonstração do valor adicionado. b) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração dos fluxos de caixa; e demonstração do valor adicionado.
c) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração das origens e aplicações de recursos; e demonstração das mutações do patrimônio líquido.
d) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resultado do exercício; demonstração das origens e aplicações
de recursos; e, se companhia aberta, demonstração das mutações do patrimônio líquido.
e) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resultado do exercício; demonstração dos fluxos de caixa; e,
se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
Comentários
A resolução desta questão está contida na Lei das SAS, artigo 176, in verbis:
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Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras,
que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de
2007)
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei
nº 11.638,de 2007)
A DOAR (demonstração de origem e aplicações de recursos) não mais é obrigatória. Decorem este artigo. É de extrema relevância! Questão
praticamente certa como questão teórica em boa parte dos concursos.
Gabarito E.
Passemos a falar agora sobre o balanço patrimonial em si...
3. BALANÇO PATRIMONIAL
CONCEITO: Balanço Patrimonial é a principal demonstração contábil e se destina a evidenciar, seja de forma qualitativa, seja de forma quantitativa, a
POSIÇÃO PATRIMONIAL E FINANCEIRA DA ENTIDADE.
No balanço patrimonial, temos a apresentação dos bens, direitos e obrigações da empresa. Esta informação é estática, pois funciona tal qual uma fotografia
da entidade em determinado momento.
3.1 REGRAS SOBRE A ELABORAÇÃO E PUBLICAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto (LSA, art. 175). Na constituição da companhia e nos casos de
alteração estatutária o exercício social poderá ter duração diversa (LSA, art. 175, parágrafo único).
Ao término do exercício, as companhias devem fazer com que sejam publicas as
suas demonstrações contábeis (as que citamos acima).
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Assim, se a companhia foi constituída regularmente e a data do término foi
fixada em 31 de março, o exercício social terá a duração de 01 de abril a 31 de março.
Imagine-se que esta sociedade foi instituída em 01 de janeiro de X0. Vejam que
a lei não determinou se o primeiro exercício social deverá durar apenas 3 meses ou se, alternativamente, poderá durar pelo período de 15 meses.
Não há exigência, outrossim, de que o exercício social se inicie em 01 de
janeiro e termine em 31 de dezembro. Todavia, por questões fiscais, é muito difícil que na prática as sociedades adotem data diversa. Mas, repetimos, para
concursos, o exercício pode começar e terminar em qualquer dia do ano.
Cuidado, igualmente, com questões que dizem ser a duração do exercício social de 12 meses. Juridicamente falando, 12 meses e 1 ano são termos distintos.
Segundo o artigo 176, parágrafo primeiro, as demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das
demonstrações do exercício anterior.
Assim, as demonstrações contábeis do exercício social de 2011 deverão demonstrar também os valores de 2010. Tudo isso para atender à finalidade
básica da contabilidade, que sabemos ser o fornecimento de informações aos diversos usuários.
Ainda, de acordo com o artigo 176:
§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e
não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou
"contas-correntes".
A finalidade de tal dispositivo é de facilitar o entendimento das demonstrações contábeis, evitando que o excesso de detalhes prejudique o entendimento.
Deste modo, se temos as contas aplicação em certificado bancário e aplicação
em fundo de renda fixa, podemos agrupar tudo em uma única conta chamada aplicações financeiras.
Vejam que há também a exigência que não se ultrapasse 10% do valor do
respectivo grupo. Portanto, se no exemplo, as aplicações somassem o valor de R$ 10.000,00 e o ativo circulante montasse a R$ 50.000,00, não poderíamos
agrupar, pois houve quebra do limite estabelecido pela lei.
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Ainda com fulcro no artigo 176, § 3º: As demonstrações financeiras registrarão
a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembléia-geral.
O que isso quer dizer?! O lucro ou prejuízo obtido no exercício pela entidade é
apurado em uma demonstração conhecida como demonstração do resultado do exercício (a ser estudada oportunamente).
Ocorre que os lucros obtidos precisam ser destinados e sua destinação é
definida pelo órgão máximo deliberativo dentro da SA: a assembléia-geral.
Quem administra a sociedade, no seu cotidiano, são os administradores. Desta forma, no término do exercício social, os administradores procedem à
destinação do lucro das forma que estabelecerem, pressupondo-se que a assembléia-geral (que só ocorre 4 meses após o término do exercício social) irá
aprovar a destinação.
As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros
quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício (LSA, art. 176, parágrafo
quarto).
As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por contabilistas legalmente habilitados (LSA, art. 177, §4º). Vejam que este inciso
estabelece que as demonstrações financeiras são assinadas por CONTABILISTA legalmente habilitado (e não contador). A expressão
contabilista abrange tanto o técnico em contabilidade, como o bacharel em ciências contábeis.
3.2 ATIVO, PASSIVO E PL: CONCEITOS
Segundo o CPC 00 – Estrutura conceitual básica da contabilidade, temos as
seguintes definições para os grupos patrimoniais:
DEFINIÇÃO DE A, P e PL DE ACORDO COM O CPC 00:
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4.4 Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial financeira são ativos, passivos e patrimônio líquido. Estes são
definidos como segue:
(a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para
a entidade; (b) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já
ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos;
(c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de
deduzidos todos os seus passivos.
Expliquemos.
Costumamos definir o ativo como sendo os “bens e direitos” da empresa. Essa
definição é bastante útil para fins de classificação contábil.
Segundo o CPC 00, ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios
econômicos para a entidade. Vamos analisar rapidamente:
1) RECURSO CONTROLADO PELA ENTIDADE: o controle, e não a propriedade jurídica, é determinante para a definição do ativo. Assim, o
arrendamento financeiro, no qual os bens pertencem ao arrendador, mas ficam sob controle do arrendatário, devem ser contabilizados como ativo.
2) COMO RESULTADO DE EVENTOS PASSADOS: O ativo é resultado de algo
que já ocorreu. Ou seja, a intenção de comprar estoques, ou de vender estoques com lucro, não atende à definição de ativo.
3) E DO QUAL SE ESPERA QUE RESULTEM FUTUROS BENEFÍCIOS ECONÔMICOS PARA A ENTIDADE: Essa é a parte mais importante para
caracterizar um item como ativo. Não basta controlar ou construir um bem. Não basta já ter efetuado alguma ação passada, como a compra de um
equipamento. Para caracterizar um ativo, é necessário que o bem resulte em futuros benefícios econômicos para a empresa. O teste de recuperabilidade
destina-se a comprovar que os ativos irão gerar benefícios futuros (pelo uso ou pela venda) em valor superior ao seu registro contábil. Do contrário, ajusta-se o
valor do ativo.
Exemplo: vamos considerar um ativo contabilizado pelo valor contábil de R$ 100.000,00, e que tenha valor de uso de R$ 90.000,00 e valor líquido de
vendas de R$ 80.000,00. Como o benefício futuro que irá gerar é de R$ 90.000,00 (devemos considerar o maior entre o valor em uso e o valor líquido
de venda), o valor do ativo deverá ser ajustado para constar na contabilidade
pelo valor apurado (R$ 90.000,00).
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D – Despesa com teste de recuperabilidade 10.000 C – Teste de recuperabilidade (retificadora Ativo) 10.000
O Passivo costuma ser definido como “as obrigações da empresa para com
terceiros”. O pronunciamento CPC 00, por seu turno, fornece a seguinte definição: Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos
já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.
1) OBRIGAÇÃO PRESENTE DA ENTIDADE: Gastos previstos e/ou esperados
não constituem passivos. Por exemplo, se uma empresa de aviação tem a previsão de trocar os motores de uma aeronave dentro de 2 anos, ao custo de
R$200.000,00, isto não constitui um passivo, pois não é obrigação presente. Dentro de dois anos, a empresa pode vender o avião e não realizar a troca dos
motores.
2) DERIVADA DE EVENTOS JÁ OCORRIDOS: eventos futuros não constituem
passivo. Ainda que o pagamento seja feito em data posterior, o evento que origina o passivo já deve ter ocorrido.
3) CUJA LIQUIDAÇÃO SE ESPERA QUE RESULTE EM SAÍDA DE
RECURSOS CAPAZES DE GERAR BENEFÍCIOS ECONÔMICOS: O passivo deverá ser liquidado com recursos capazes de gerar benefícios econômicos.
Lembra da definição de Ativo? Pois é, os recursos capazes de gerar benefícios
econômicos são os Ativos da empresa. Assim, o Passivo será liquidado através da entrega de Ativos (dinheiro, duplicatas a receber, outros bens ou
mercadorias, etc). A maneira mais comum é através do pagamento do passivo em dinheiro. Mas também pode ocorrer a liquidação de um passivo com a
entrega de mercadoria, ou de qualquer outro ativo.
O Patrimônio Líquido normalmente é caracterizado como o “dinheiro dos sócios
aplicado na empresa”. Para o pronunciamento CPC 00, “Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus
passivos.”
Pois bem, essas definições estão sendo cada vez mais exploradas nos concursos públicos. Assim, é essencial que as assimilemos.
3.3. ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL
Antes de começarmos a falar efetivamente sobre cada um dos grupos
patrimoniais, é interessante que vocês saibam que assim se divide o balanço patrimonial:
ATIVO PASSIVO
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Circulante Passivo Circulante
Não Circulante Passivo Não Circulante
Patrimônio Líquido
4. GRUPOS PATRIMONIAIS
Começaremos a discorrer agora sobre os grupos patrimoniais. Deve-se ter em mente que são duas grandes classes de contas que se apresentam no balanço
patrimonial: O ATIVO E O PASSIVO.
Quando apresentamos a equação fundamental da contabilidade falamos em ativo, passivo e patrimônio líquido, e não somente em ativo e passivo. Ocorre
que o PL trata-se das obrigações da sociedade com os sócios, por isso pertence à classe passivo.
No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio
que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia (LSA, art. 178).
4.1 ATIVO
No ativo, as contas serão dispostas em ORDEM DECRESCENTE de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
I – ativo circulante; e
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.
Assim, vejam que o ativo é disposto em ordem decrescente do grau de liquidez.
A liquidez se refere à expectativa de conversão em dinheiro de um bem ou direito.
Desta forma, começaremos a expor as conta no ativo pela maior
conversibilidade em dinheiro, ou seja, pela conta caixa, que já representa o
próprio numerário. Em seguida, classificaremos a conta bancos, aplicações financeiras de liquidez imediata e assim por diante, até a conta terrenos ou
outra que tenha baixíssima liquidez.
A ESAF abordou este tema da seguinte forma no concurso para Técnico da Receita Federal de 2003: No ativo, as contas serão dispostas em ordem
crescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, em grupos especificados na lei.
O item está incorreto, pois, pelo que expusemos acima, as contas são
classificadas em ordem decrescente do grau de liquidez.
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Vejam que o ativo se divide em:
1) Ativo circulante; e
2) Ativo não circulante.
4.1.1 ATIVO CIRCULANTE
Segundo a Lei 6.404:
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do
exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do
exercício seguinte;
As disponibilidades são elementos que representam dinheiro ou nele possam
ser convertidos de forma imediata, como a conta caixa, bancos conta movimento.
Os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente podem ser
REAIS ou PESSOAIS. Os reais representam os bens (estoques de matérias-primas, produtos acabados, em elaboração). Os pessoais representam os
direitos (clientes, adiantamentos a fornecedores, ICMS e recuperar).
Essa realização dita pela lei se dá pelo consumo ou venda destes bens.
As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (também chamadas despesas antecipadas) são despesas que foram pagas pela empresa
com antecedência.
Por exemplo, se a sociedade alfa paga uma despesa de seguro, em 01.12.2010,
que se refere ao exercício de 2011, no valor de R$ 1.200,00, registrará o fato como despesa antecipada, do seguinte modo:
D – Seguros a vencer 1.200,00 (+ Ativo Circulante)
C – Caixa 1.200,00 (- Ativo Circulante)
Assim, já em 2011, mês a mês, no período a que se referir a parcela do seguro, iremos lançar:
D – Despesas de seguros 100,00 (- Resultado = Despesa)
C – Seguros a vencer 100,00 (- Ativo)
Mas por que, professor, lança como seguro a vencer e não como despesa?! Tudo em homenagem ao já estudado princípio da competência.
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4.1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE
O ativo não circulante é composto por:
1 – ativo não circulante realizável a longo prazo;
2 – investimentos; 3 – imobilizado;
4 – intangível.
4.1.2.1 ATIVO NÃO CIRCULANTE – REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Segundo a Lei das Sociedades por Ações (6.404/76), o ativo não circulante realizável a longo prazo é composto por:
a) direitos realizáveis após o término do exercício seguinte;
b) direitos realizáveis derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a
sociedades coligadas ou controladas, diretores (administradores em geral), acionistas (ou sócios), ou participantes no lucro da companhia, que não
constituírem negócios usuais na exploração do objeto (atividade) da companhia.
Como exemplo do item a.
O balanço é elaborado ao término do exercício social, vamos supor, 31.12.2010. O exercício social seguinte é 2011. Os direitos a receber em 2012
e exercícios posteriores são classificados no ANC – RLP. Esses direitos também podem ser reais (animais em criação ou bens que exijam longo período de
produção) ou pessoais (duplicatas a receber).
Quanto ao item b, deve-se ficar atento para que os três requisitos sejam atendidos, a espécie do direito, a operação ser não usual e pessoa ligada
(devedor). Caso não se perfaçam o crédito deve ser classificado conforme o
prazo.
CONDIÇÕES
DIREITO DERIVADO DE A NEGÓCIO
Venda Coligadas, controladas
NÃO USUAL Adiantamento Diretores, administradores, sócios
Empréstimo Acionistas ou participantes do lucro
4.1.2.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE - INVESTIMENTOS
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Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que
não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;
Portanto, neste subgrupo classificam-se as participações permanentes em
outras sociedades, isto é, aqueles investimentos em sociedades cujo caráter não seja o especulatório. Esses investimentos podem ser avaliados por dois
métodos (a serem estudados adiante): o método de custo e o método da equivalência patrimonial.
Ainda, são classificáveis como ativo não circulante investimentos os direitos que
não sejam classificáveis em outros grupos. Os exemplos clássicos a serem levados para a prova são: obras de arte, casas e edificações mantidas para
aluguel e terrenos.
4.1.2.3 ATIVO NÃO CIRCULANTE IMOBILIZADO
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou
exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação
dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
Assim, classificam-se no imobilizado direitos que tenham por objeto bens
corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia como, por exemplo, os terrenos, edificações, máquinas e equipamentos, móveis e
utensílios, veículos.
A regra é a classificação de bens de propriedade da companhia. Bens locados
não satisfazem, em regra, o critério para serem classificados como ativo.
Faz-se necessária somente mais uma explicação.
Sobre o trecho destacado da questão: “Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da
empresa, ou exercidos com essa finalidade, INCLUSIVE OS DECORRENTES DE OPERAÇÕES QUE TRANSFIRAM À COMPANHIA OS BENEFÍCIOS,
RISCOS E CONTROLE DESSES BENS, devem ser classificados no grupo de contas (...)”
Trata-se esta última parte de bens que não são de propriedade da empresa
juridicamente, como os bens objetos de leasing.
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O leasing, basicamente, pode ser de dois tipos: operacional e financeiro. A
diferença entre um e outro reside principalmente no seguinte critério: o leasing transfere ou não os riscos e benefícios inerentes à propriedade.
Se transferir, será classificado como leasing financeiro. Se não, como leasing
operacional. E como saberemos se há ou não transferência dos riscos e benefícios? O tema está prescrito no CPC 06, que dispõe sobre o arrendamento
mercantil.
SE OS RISCOS E BENEFÍCIOS FICAM COM O ARRENDATÁRIO ARRENDAMENTO FINANCEIRO.
SE OS RISCOS E BENEFÍCIOS FICAM COM O ARRENDADOR
ARRENDAMENTO OPERACIONAL.
Para se caracterizar um arrendamento financeiro, basicamente cinco características podem aparecer:
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM ARRENDAMENTO FINANCEIRO
1) Transfere-se a propriedade ao final do contrato; 2) Valor residual mais baixo que o valor justo;
3) O prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida útil do ativo 4) O valor presente dos pagamentos totaliza substancialmente o todo o valor
justo do ativo; 5) O ativo arrendado é de tal forma especializado, que apenas o arrendatário
pode usá-lo sem grandes modificações.
Memorize os 5 itens acima. Não são difíceis, e uma questão pode não mencionar se o arrendamento é operacional ou financeiro, mas indicar uma ou
mais das características acima.
Vamos exemplificar?
“A Cia ABC contratou o arrendamento de uma máquina construída especialmente para ser usada nas suas operações” (Arrendamento financeiro –
item “5” acima).
“Um veículo foi arrendado por dois anos, com valor residual segundo a tabela da Revista 4 Rodas do final do contrato”. Supondo que a tabela da Revista 4
Rodas represente o valor justo do veículo, será arrendamento operacional (Não
atende o item 2).
“Um veículo foi arrendado por dois anos, com valor residual de 500 reais”. Nesse caso, teremos arrendamento financeiro, pois o valor residual é mais
baixo que o valor justo (nenhum veículo com dois anos de uso custa apenas 500 reais).
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E qual a importância de saber isso? Aí está a questão. A depender do tipo de
arrendamento, teremos tratamentos contábeis distintos. E, para sua sorte, esses tratamentos são cobrados em concurso.
GRAVE-SE!!!! O BEM OBJETO DE LEASING FINANCEIRO DEVE SER
RECONHECIDO NO BALANÇO PATRIMONIAL DO ARRENDATÁRIO COMO ATIVO!
Exemplo: Arrendamento mercantil de um veículo, com valor justo de 20.000, o
qual será pago em 4 prestações anuais de 6.000, sem valor residual.
Nesse caso, a contabilização inicial seria:
D – Veículos 20.000 D – Juros a transcorrer (Redutora do passivo) 4.000
C – Arrendamento mercantil a pagar (Passivo) 24.000
GRAVE-SE!!! O BEM OBJETO DE LEASING OPERACIONAL NÃO DEVE SER
RECONHECIDO NO BALANÇO PATRIMONIAL DO ARRENDATÁRIO COMO ATIVO!
Exemplo: Vamos supor que uma empresa faça um arrendamento operacional
de um veículo pelo prazo de dois anos, pagando o valor de 500 reais por mês. Nesse caso, a contabilização fica assim:
D – Despesa de arrendamento 500
C – Bancos 500
4.1.2.4 ATIVO NÃO CIRCULANTE - INTANGÍVEL
O que são ativos intangíveis? A resposta é simples. Podemos dizer, em linguajar simples, que os intangíveis SÃO AQUELES ATIVOS QUE NÃO TÊM
EXISTÊNCIA FÍSICA.
Como exemplos de intangíveis, temos os direitos de exploração de serviços públicos mediante concessão ou permissão do Poder Público, marcas e
patentes, fundo de comércio adquirido.
Segundo a lei 6.404...
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade,
inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)
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Isto é muito importante para concursos: classificam-se no intangível os direitos
que tenham por objeto BENS INCORPÓREOS destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio
adquirido.
O subgrupo intangível ganhou existência com a vigência da Lei 11.638/07, que separou os direitos corpóreos no imobilizado e os incorpóreos no intangível.
Antes, classificaríamos tudo no imobilizado.
Frise-se, também, que o subgrupo deve estar contido no grupo ativo não-circulante.
O ativo intangível é matéria que tem seu regulamento na Resolução do
Conselho Federal de Contabilidade n. 1.139/08 e no CPC 04.
O conceito de ativo intangível veio trazido pela norma, como se segue:
CONCEITO: Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem
substância física.
Exemplos de itens que se enquadram nessas categorias amplas são: softwares, patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes cinematográficos, listas de
clientes, direitos sobre hipotecas, licenças de pesca, quotas de importação, franquias, relacionamentos com clientes ou fornecedores, fidelidade de clientes,
participação no mercado e direitos de comercialização.
Segundo o CPC, três são as condições para que os itens acima sejam considerados ativos intangíveis, a saber:
Em síntese, é isto o que vocês precisam saber. Um item será intangível quando
atenda esses três requisitos cumulativamente:
Ser identificável; Ser controlável;
Ser gerador de benefícios futuros.
Ativo Intangível
Identificável
Gerador de Benefícios Econômicos Futuros
Controlável
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Nem todos os itens descritos no item anterior (softwares, patentes) se
enquadram na definição de ativo intangível, ou seja, são identificáveis, controláveis e geradores de benefícios econômicos futuros.
Se um item abrangido pela presente Norma não atenda à definição de ativo
intangível, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração interna deve ser reconhecido como despesa quando incorrido.
No entanto, se o item for adquirido em uma combinação de negócios, passa a
fazer parte do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) reconhecido na data da aquisição.
O ágio por expectativa de rentabilidade futura é o excesso de preço pago pela
compra de um empreendimento ou patrimônio sobre o valor de mercado de seus ativos líquidos. Vejamos um exemplo. Suponha que uma empresa seja
avaliada pelo valor de mercado em $ 100.000. Todavia, um comprador,
interessado no negócio, examinando a situação da empresa resolve pagar $ 120.000. Nesta situação temos um goodwill de $ 20.000. Não podemos
identificar individualmente os itens que compõem este ágio. O ágio, neste caso, pode ser considerado como o somatório de vários itens não identificáveis como,
por exemplo, capital intelectual, marca, tecnologia, lealdade dos clientes.
IMPORTANTE Um intangível será reconhecido se, cumulativamente, atender aos seguintes
critérios: - Atender ao conceito de intangível, ou seja, ser não monetário identificável
sem substância física;
- Ser identificável, controlável e gerar benefícios futuros.
A ESAF ainda não explorou este tema em concursos, contudo, a Fundação
Carlos Chagas andou fazendo no concurso para Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo, no ano de 2009. Senão vejamos:
(FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2009) São características necessárias para a identificação de um ativo Intangível
(A) apresentar a possibilidade concreta de reconhecimento futuro e ser
indivisível. (B) permitir a utilização de base confiável de controle, mesmo que a
mensuração de seu custo não possa ser feita em bases fidedignas, e ter indivisibilidade patrimonial.
(C) ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros. (D) ter indivisibilidade patrimonial e financeira e utilização econômica limitada.
(E) ter indivisibilidade patrimonial e não resultar de direitos contratuais.
Ficou fácil inferir que o gabarito da questão é a letra c.
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4.1.2.5 ATIVO PERMANENTE DIFERIDO
Segundo a redação anterior da Lei 6.404/76, o diferido era subgrupo do ativo, nos seguintes termos:
V – no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um
exercício social e que não configurem tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de
2007).
Eram contas classificadas no diferido:
- Gasto com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos;
- Gastos com reorganização societária;
- Gastos com reestruturação; - Gastos pré-operacionais.
Duas eram as condições para que os gastos com reestruturação fizessem parte
do diferido:
1) Contribuir para o aumento do resultado de dois ou mais exercícios; e 2) Não configurar apenas uma redução de custos ou acréscimo na eficiência
operacional.
O diferido foi extinto com as modificações recentes ocorridas na contabilidade (MP 449 convertida na Lei 11.941/09).
Segundo o CPC 13 – Adoção inicial da Lei 11.638/2007 e 11.941/2009 (item
20), os saldos porventura existentes deste grupo patrimonial devem ser
alocados a outro grupo no balanço patrimonial.
Não havendo essa possibilidade, ficam no ativo diferido até sua completa amortização ou, alternativamente, podem ser baixados à conta de lucros ou
prejuízos acumulados, do patrimônio líquido.
Com fulcro na MP 449:
“Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá
permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o § 3o do art. 183.”
Portanto, caso permaneça no ativo diferido, a conta estará sujeita ao teste de
recuperabilidade.
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Segundo a Lei das S.A´s, com sua redação antiga:
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
VI - o ativo diferido, pelo valor do capital aplicado, deduzido do saldo das
contas que registrem a sua amortização.
O lançamento para a amortização é:
D – Despesa com amortização (Despesa)
C – Amortização acumulada (Redutora do ativo diferido)
Caso a opção seja pela baixa com contrapartida na conta lucros acumulados, faremos:
D – Lucros acumulados (Patrimônio Líquido) C – Ativo diferido (Ativo)
Ainda, de acordo com o mesmo artigo, parágrafo 3º, os recursos aplicados no
ativo diferido serão amortizados periodicamente, em prazo não superior a 10 (dez) anos, a partir do início da operação normal ou do exercício em que
passem a ser usufruídos os benefícios deles decorrentes, devendo ser registrada a perda do capital aplicado quando abandonados os
empreendimentos ou atividades a que se destinavam, ou comprovado que essas atividades não poderão produzir resultados suficientes para amortizá-los.
5. PASSIVO
Dissemos que o passivo representa nada mais do que as obrigações que a
sociedade tem perante terceiros. Estudaremos agora os seus aspectos amiúde.
5.1 PASSIVO CIRCULANTE E PASSIVO NÃO CIRCULANTE
O passivo exigível basicamente pode ser dividido em passivo circulante e não circulante. Segundo a Lei das Sociedades por Ações:
Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante,
quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único
do art. 179 desta Lei.
Como exemplo de obrigações temos: Impostos a pagar, provisão para
contingências, salários a pagar, ICMS a recolher, provisão para IR, FGTS a
recolher, duplicatas a pagar, fornecedores, entre outros.
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5.2 RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS E RECEITAS DIFERIDAS
O grupo resultado de exercícios futuros foi extinto com a edição da MP 449 e Lei 11.941/2009.
Em seu lugar, deve ser usada a conta RECEITAS DIFERIDAS. O saldo que
porventura existente no REF deve ser reclassificado para receita diferida.
O exemplo clássico explorado pela ESAF de resultado de exercícios futuros (agora receita diferida, no passivo não circulante) são os aluguéis recebidos
antecipadamente. São diversas questões da banca que versam sobre este tema.
6. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O CICLO OPERACIONAL
Segundo o parágrafo único do artigo 179 da Lei das SAs: Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a
classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.
Um primeiro aspecto digno de nota é que esta disposição vale tanto para o ativo como para o passivo.
O ciclo operacional de uma empresa industrial é o prazo que a empresa leva
para comprar matéria-prima, produzir, vender e receber. Para uma empresa comercial, é o prazo médio entre a aquisição de mercadorias, venda e
recebimento dos clientes.
Vamos explicar esta situação por meio de uma questão abordada em 2009, pela FCC, para o concurso de Analista Judiciário do TRT 3ª região:
(FCC/Analista Judiciário/TRT 3ª região/2009) A empresa A é uma indústria e produz máquinas especiais, cujo processo demora 400 dias. Estas máquinas são adquiridas para comercialização pela empresa B que leva aproximadamente 20
dias para comercializá-las, 40 dias para receber o valor das vendas realizadas a prazo, e 30 dias para pagar as máquinas adquiridas. A empresa C é cliente da
empresa B e utiliza as máquinas especiais em suas operações. Com base nestas informações, as máquinas especiais serão classificadas nas empresas A, B e C,
respectivamente, no
(A) ativo circulante, no ativo circulante e no ativo imobilizado. (B) ativo circulante, no ativo não-circulante e no ativo realizável a longo prazo.
(C) ativo realizável a longo prazo, no ativo circulante e no ativo imobilizado. (D) ativo realizável a longo prazo, no ativo realizável a longo prazo e no ativo
imobilizado. (E) ativo realizável a longo prazo, no ativo imobilizado e no ativo realizável a
longo prazo
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Comentários
Empresa A: Demora 400 dias para produzir. Portanto, seu ciclo operacional será
maior que o exercício social, e as máquinas produzidas ficarão no Ativo Circulante.
Empresa B: Demora 20 dias para comercializar, 40 para receber o valor das
vendas e 30 dias para pagar as máquinas adquiridas. Portanto, tudo ocorre a custo prazo, nesta empresa. Ativo Circulante.
Empresa C: Utiliza as máquinas em suas operações. Ativo Imobilizado.
O gabarito, portanto, é a letra a.
Em qualquer dessas situações, o exercício social continua a ser de um ano.
Se estamos em 31 de dezembro de 2011 (data de término do exercício social) e
temos uma fábrica de navios, por exemplo, cujo ciclo operacional seja de 2 anos, teremos que todas as obrigações e direitos que vencerem até 31 de
dezembro de 2013 serão consideradas como de curto prazo. A partir deste momento é que haverá que se falar em longo prazo. Repetimos, porém, que o
exercício social continua a ter a duração de um ano.
7. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
7.1 CONCEITO E ESTRUTURA
O patrimônio líquido, como há muito estamos dizendo, é considerado como sendo o capital dos sócios (capital próprio) empregado nas atividades
empresariais.
De acordo com a Lei 6.404/76:
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes
de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos
acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
Antes de prosseguirmos, façamos a comparação entre como era e como está agora o patrimônio líquido:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ANTES LEI 11.638/07 APÓS LEI 11.638/07 E LEI
11.941/09
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Capital Social Capital Social
(-) Capital a Realizar (-) Capital a Realizar
Reserva de Lucro Reserva de Lucro
Reserva de Capital Reserva de Capital
Reserva de Reavaliação Ajuste de Avaliação Patrimonial
+ - Lucro ou Prejuízo Acumulado (-) Prejuízo Acumulado
(-) Ações em Tesouraria (-) Ações em Tesouraria
7.2 CAPITAL SOCIAL
É a conta do PL composto pelas ações subscritas na constituição da sociedade
ou com o aumento de capital. É dividido em capital social e capital social a realizar. A lei das S.A´s dispõe que:
Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por
dedução, a parcela ainda não realizada.
EXEMPLO 1:
Constituição da sociedade X, com R$ 100.000,00 em dinheiro.
Lançamento:
D – Caixa 100.000,00
C – Capital Social 100.000,00
EXEMPLO 2:
A sociedade X é constituída com ações no montante de R$ 100.000,00, sendo apenas R$ 50.000,00 depositados imediatamente para o início do negócio,
lançaremos:
D – Caixa 50.000,00 (Ativo) D – Capital Social a Realizar (- PL) 50.000,00
C – Capital Social (PL) 100.000,00
Segundo a Lei 6.404, o capital social poderá ser formado com contribuições em
dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro.
A constituição da companhia depende do cumprimento dos seguintes requisitos preliminares:
I - subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as ações em que se
divide o capital social fixado no estatuto; II - realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de
emissão das ações subscritas em dinheiro;
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III - depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro estabelecimento bancário
autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em dinheiro.
7.3 GASTOS NA EMISSÃO DE AÇÕES
Os gastos com emissão de ações, a partir de 2008, não mais podem ser
tratados como despesas do período. Passam a figurar como redução do valor obtido do capital social.
7.4 RESERVAS DE CAPITAL
Reservas são valores que representam elementos patrimoniais sem qualquer característica de exigibilidade atual ou futura.
As reservas de capital são valores recebidos pela empresa (dos sócios ou de terceiros) que não se configuram como receita, isto é, não transitam pelo
resultado do exercício, sendo contabilizadas diretamente à conta de Patrimônio Líquido.
Com espeque no artigo 182 da Lei das S.A´s:
§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as
contas que registrarem: a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar
o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância
destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes
beneficiárias;
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
O item a corresponde à chamada “Reserva para ágio na emissão de ações”.
Partes beneficiárias são títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao
capital social, criados a qualquer tempo pela sociedade por ação. As partes beneficiárias conferirão aos seus titulares direito de crédito eventual contra a
companhia, consistente na participação nos lucros anuais – no máximo 10% (LSA, art. 46, caput, e §1º).
Por seu turno, os bônus de subscrição são títulos de credito emitidos no limite
do capital social autorizado no estatuto e dão aos titulares o direito de subscrever ações da companhia.
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Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser
utilizadas para: I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros
acumulados e as reservas de lucros (artigo 189, parágrafo único);
II - resgate, reembolso ou compra de ações; III - resgate de partes beneficiárias;
IV - incorporação ao capital social; V - pagamento de dividendo a ações preferenciais,
quando essa vantagem lhes for assegurada (artigo 17, § 5º).
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser destinada ao
resgate desses títulos.
Com as modificações recentes ocorridas na contabilidade (Leis 11.638 e
11.941) AS DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTO E OS PRÊMIOS NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES NÃO SERÃO MAIS
CLASSIFICADOS COMO RESERVAS DE CAPITAL, devendo ser registrados como receitas do exercício, de acordo com o Princípio da Competência.
Vejamos como a ESAF explorou estes assuntos em prova (questões analisadas
sob a situação atual, independentemente do ano):
(ESAF/AFC/CGU/2008) Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem o produto da alienação de partes beneficiarias e bônus de subscrição, o prêmio recebido na emissão de debêntures e as doações e as
subvenções para investimento.
O item está incorreto. São reservas de capital: reserva de ágio na emissão de
ações e produto de alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição. O
prêmio recebido na emissão de debêntures e as doações e as subvenções para investimento não figuram mais como reservas de capital.
(ESAF/AFRFB/2002) Deverão ser classificadas como reserva de capital, agrupadas ou separadamente, entre outras, as doações e subvenções
recebidas, quando destinadas a investimentos, e os prêmios recebidos na
emissão de debêntures.
O item está incorreto.
(ESAF/AFRFB/2002) Reservas de Capital representam, genericamente, acréscimo ao Patrimônio Líquido que não transitam pela conta de resultado da
companhia nem são provenientes de reavaliação de ativos.
O item está correto.
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Estudemos as reservas de capital pormenorizadamente:
7.4.1 RESERVA DE ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES
Ágio, em linguajar comum, é o valor cobrado a maior por algo. Nas sociedades
por ações o estatuto social deve definir o valor do capital social, o número de ações em que o capital se divide e se elas terão ou não valor nominal.
A ação tem um valor pré-definido, o valor do capital social subscrito dividido
pelo número de ações emitidas.
O ágio na emissão de ações é o valor da contribuição do subscritor que ultrapassar o valor nominal das ações por ele adquiridas. No caso de emissão
de ações sem valor nominal, o ágio na emissão de ações será o valor da contribuição do subscritor que ultrapassar a importância destinada ao capital
social. Na conta capital social, as ações só podem figurar por seu valor nominal.
O excesso é levado a uma conta de reserva de capital, que recebe essa
denominação.
Suponha-se que a empresa X possua um capital social de R$ 100.000,00, configurando 100.000,00 ações a R$ 1,00 cada. Mostrando-se uma empresa
extremamente lucrativa, decide expandir o seu negócio oferecendo ao mercado mais 100.000,00 ações. Todavia, cobra dos novos sócios não mais o aporte de
R$ 1,00, mas, sim, de R$ 1,50. Mesmo assim, as ações foram rapidamente vendidas e mais R$ 150.000,00 ingressaram aos cofres da empresa. O
lançamento é o seguinte:
D – Caixa 150.000,00 (Ativo) C – Capital Social 100.000,00 (PL)
C – Reserva de capital – Ágio na emissão de ações 50.000,00 (PL)
7.4.2 ALIENAÇÃO DE PARTES BENEFICIÁRIAS E BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO
Segundo a Lei das S.A´s:
Art. 46. A companhia pode criar, a qualquer tempo,
títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao capital social, denominados "partes beneficiárias".
§ 1º As partes beneficiárias conferirão aos seus titulares
direito de crédito eventual contra a companhia, consistente na participação nos lucros anuais (artigo
190).
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Vê-se que as partes beneficiárias são estranhas ao capital social. Diferem das
ações, pois não dão direito a uma parte do patrimônio da companhia, nem o de participação da administração. Não se confundem também com as debêntures,
uma vez que não dá direito creditório contra a companhia para os que as possuem.
O direito a lucro é eventual. Esta é a palavra chave. A emissão das PB´s é
exclusivo de cias fechadas (LSA, art. 47). Como já dito, a participação nos lucros deve ser menor do que 10%.
As partes beneficiárias poderão ser alienadas pela companhia, nas condições
determinadas pelo estatuto ou pela assembléia-geral, ou atribuídas a fundadores, acionistas ou terceiros, como remuneração de serviços prestados à
companhia (LSA, art. 47). Somente a alienação onerosa das partes beneficiárias gera lançamento contábil.
Assim, se os administradores de uma companhia, que tanto contribuíram para o seu crescimento, resolvem aposentar, e os novos administradores, como forma
de reconhecimento deste trabalho, alienam partes beneficiárias a esses antigos administradores, por R$ 100.000,00. O lançamento é o que se segue:
D – Caixa 100.000,00 (Ativo)
C – Reserva de Capital – Produto de alienação de partes beneficiárias 100.000,00 (PL).
A LSA dispõe que:
Art. 200. Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser
destinada ao resgate desses títulos.
Falamos sobre as partes beneficiárias.
Veremos agora os bônus de subscrição. Segundo a LSA, art. 75, a companhia
poderá emitir, dentro do limite de aumento de capital autorizado no estatuto (artigo 168), títulos negociáveis denominados "bônus de subscrição". Os bônus
de subscrição conferirão aos seus titulares, nas condições constantes do certificado, direito de subscrever ações do capital social, que será exercido
mediante apresentação do título à companhia e pagamento do preço de emissão das ações. Os antigos acionistas detêm a preferência para aquisição de
novas ações emitidas por uma companhia. Todavia, o bônus de subscrição retira este direito relativamente a algumas ações. Vejamos:
Art. 172. O estatuto da companhia aberta que contiver
autorização para o aumento do capital pode prever a emissão, sem direito de preferência para os antigos
acionistas, ou com redução do prazo de que trata o § 4o
do art. 171, de ações e debêntures conversíveis em
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ações, ou bônus de subscrição, cuja colocação seja feita
mediante:
I - venda em bolsa de valores ou subscrição pública; ou II - permuta por ações, em oferta pública de aquisição
de controle, nos termos dos arts. 257 e 263.
Se a empresa X emite R$ 100.000,00 em bônus de subscrição, o lançamento é o que se segue:
D – Caixa 100.000,00
C – Reserva de Capital – Produto da alienação de bônus de subscrição 100.000,00
7.4.3 DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTOS
GOVERNAMENTAIS
As doações e subvenções para investimentos governamentais (tão-somente, excluem-se as privadas) eram contabilizadas como reserva de capital. Contudo,
com as alterações da Lei das S/A, são agora consideradas receitas, que transitam pelo resultado, podendo ser registradas (depois da apuração do
resultado) em uma reserva de lucros (de incentivos fiscais).
No caso de doações em dinheiro, o lançamento é o que se segue:
D – Caixa 10.000,00 (Ativo) C – Receitas – Doações 10.000,00 (Resultado)
O CFC 1.143/08 que rege o tema dispõe que:
12. Uma subvenção governamental deve ser reconhecida como receita ao longo do período confrontada com as despesas que pretende compensar, em base sistemática, desde que atendidas às condições desta Norma. A subvenção
governamental não pode ser creditada diretamente no patrimônio líquido.
Exemplificando: uma subvenção que transfira a propriedade definitiva de um
terreno pode ter como condição a construção de uma planta industrial e é apropriada como receita na mesma proporção da depreciação dessa planta.
Poderão existir situações em que essa correlação exija que parcelas da subvenção sejam reconhecidas segundo critérios diferentes.
Vejamos como contabilizar com uma questão cobrada no concurso para Agente
Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo, em 2009: A Cia. Poente recebe da prefeitura do município X um terreno avaliado em R$ 1.000.000,00, assumindo
o compromisso de instalar nessa propriedade um parque fabril modular no valor
de R$ 15.000.000,00, com vida útil estimada em 10 anos.
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Primeiro passo, quando saberemos se uma subvenção será registrada? São dois os requisitos estatuídos pelo CPC 07, a saber:
7. Subvenção governamental, inclusive subvenção não monetária a valor justo, não deve ser reconhecida até que exista segurança de que:
(a) a entidade cumprirá todas as condições estabelecidas; e
(b) a subvenção será recebida.
Na questão, o governo efetuou a doação à empresa, mas com condições. A
empresa deve instalar um parque fabril.
Como o terreno ainda não pertence à empresa, pois ela deve instalar um parque fabril, não podemos reconhecer esta subvenção (doação) no resultado.
Se a empresa não instalar o parque fabril, ela deverá devolver o terreno.
O lançamento do REGISTRO INICIAL é o que se segue:
D - Imobilizado - Terreno R$ 1.000.000,00
C - Passivo - Doações e subvenções R$ 1.000.000,00
16. É fundamental, pelo regime de competência, que a receita de subvenção governamental seja reconhecida em bases sistemáticas e racionais, ao longo do período necessário e confrontada com as despesas correspondentes. Assim, o
reconhecimento da receita de subvenção governamental no momento de seu recebimento somente é admitido nos casos em que não há base de alocação da
subvenção ao longo dos períodos beneficiados.
A receita de subvenção deve ser apropriada conforme vai ser realizando, e não
numa única etapa. Na maioria dos casos essa correlação pode ser feita, e a
subvenção é reconhecida em confronto com as despesas correspondentes.
Semelhantemente, subvenção relacionada a ativo depreciável deve ser reconhecida como receita ao longo do período da vida útil do bem e na mesma
proporção de sua depreciação.
Esse item 17 é importantíssimo para a prova: A subvenção não deve ser reconhecida de imediato em seu recebimento. A receita deve ser correlacionada
com as despesas correspondentes.
Vamos supor que a empresa tenha instalado o parque fabril (ao custo de 15.000.000, e com vida útil estimada em 10 anos). Após a instalação, a
empresa "ganhou" o terreno (cumpriu a condição necessária).
Assim, deve ser feita a seguinte contabilização:
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D - Passivo - Doações e subvenções 1.000.000
C - Receita diferida (PNC) 1.000.000
Após cumprir as condições, o valor da doação passa para receita diferida (já pertence à empresa). Mas o reconhecimento da receita deve ser realizado por
competência.
Após um ano, a empresa terá reconhecido como despesa de depreciação da unidade fabril o valor de $ 1.500.000. E deverá reconhecer também a receita
da subvenção (doação do terreno), na mesma proporção.
Portanto:
Pela depreciação da fábrica:
D - Depreciação (resultado) 1.500.000
C - Depreciação acumulada (ANC) 1.500.000
Pelo reconhecimento da receita de subvenção (1/10 do total)
D - Receita diferida (PNC) 100.000 C - Outras receitas (resultado) 100.000
E assim por diante, até reconhecer toda a receita em 10 anos.
7.4.4 PRÊMIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES
O Prêmio na emissão de debêntures era classificado como reserva de capital. Com o advento da Lei n° 11.638 e 11.941, ele passou a ser apropriado ao
resultado como receita, conforme o regime de competência.
As debêntures são títulos exclusivos das sociedades anônimas. É uma forma
alternativa ao lançamento de ações no mercado e aos empréstimos bancários, para captação de recursos. Não podem ser confundidas com as ações, pois não
são títulos de propriedade. Não se confundem também com os empréstimos, uma vez que oferecidas ao público, não sendo captados junto a instituições
financeiras.
Quando o preço da debênture supera o seu valor nominal, teríamos, à visão da legislação antiga, uma reserva de capital a ser registrada, chamada Reserva de
Prêmio na Emissão de Debêntures. Isso ocorre quando as condições como juros, garantias e outras vantagens forem atraentes para os investidores.
Se uma empresa lançasse debêntures a R$ 1,00, num vulto de 10.000
debêntures, com resgate em 10 anos encontrando investidores que pagassem
R$ 1,50 pelo referido título, lançaríamos:
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D – Caixa 15.000 (Ativo) C – Debêntures a pagar 10.000,00 (PNC)
C – Reserva de capital – prêmio na emissão de debêntures 5.000,00 (PL)
Contudo, essa reserva de capital deixou de existir e a mesma situação é agora registrada da seguinte forma:
D – Caixa 15.000 (Ativo)
C – Debêntures a resgatar 10.000,00 (PNC) C – Receitas recebidas antecipadamente - 5.000,00 (PNC – Receitas diferidas)
Assim, exemplificando, se o resgate dessas debêntures se dará em 10 anos,
deveremos apropriar ao resultado (utilizando-se do método linear) R$ 500,00 por ano, através do seguinte lançamento:
D - Receitas recebidas antecipadamente - 500,00 (PNC – Receitas diferidas) C – Receitas financeiras 500,00 (Resultado)
O valor apropriado ao resultado pode ser destinado à formação de reserva
específica de prêmios de debêntures, para evitar a tributação pelo Imposto de Renda (Lei 11.941/09).
Ressaltamos que é uma faculdade da empresa. Ela pode ou não constituir tal
reserva. Se não constituir, será tributada pelo IR.
A reserva específica de prêmio de debêntures é reserva de lucro, eis que esse valor transitou pelo resultado do exercício.
7. 5 AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
Antes das alterações da Lei das S.A´s, havia no patrimônio líquido a conta Reserva de Reavaliação. Esta conta foi suprimida, surgindo então o ajuste de
avaliação patrimonial. Contudo, não se trata de mera alteração de nome.
A reavaliação que se aplicava aos bens tangíveis do ativo permanente e que poderia ser ou não realizada, a bel-prazer dos acionistas, deixou de existir.
Ademais, o ajuste de avaliação patrimonial serve tanto para aumentar como
para reduzir valores de ativos e de passivos, enquanto que a reavaliação servia apenas para o aumento de bens do permanente. A nova redação prescreve o
seguinte:
Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no
resultado do exercício em obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de aumentos ou
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diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e
do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177.
Veremos, na próxima aula, os casos em que os aumentos e diminuições de
valor de elementos do ativo são contabilizados na conta Ajuste de Avaliação Patrimonial.
7.6 AÇÕES EM TESOURARIA
São as ações da empresa adquiridas pela própria empresa e mantidas na tesouraria. O limite do saldo da conta ações em tesouraria é o saldo de lucros
acumulados e reservas, exceto a reserva legal (estudada a seguir).
A CONTA AÇÕES EM TESOURARIA É REDUTORA DO PL.
Art. 182. § 5º As ações em tesouraria deverão ser
destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos
aplicados na sua aquisição.
O CESPE explorou este assunto em prova, da seguinte forma:
(Cespe) A contabilização da aquisição de ações da própria empresa reduz o valor do disponível e também do patrimônio líquido. O oposto ocorre quando os
sócios resolvem aumentar o capital da empresa em dinheiro.
O item está correto. O lançamento, pela aquisição, é o seguinte:
D – Ações em tesouraria (Redutora do PL)
C – Caixa (- Ativo)
Pela alienação, lançamos o seguinte:
D – Caixa (Ativo) C – Ações em tesouraria (PL)
Se a alienação se der com lucro, este lucro deve ser registrado à conta de
RESERVA DE CAPITAL, pelo seguinte lançamento:
D – Caixa 2.000 C – Ações em tesouraria 1.000
C – Reserva de capital – lucro na alienação de ações em tesouraria
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Esse é o mais importante para concursos.
7.7 RESERVAS DE LUCROS
As reservas de lucros são retenções de parcelas provenientes de ganhos do período, com o objetivo de preservar o Patrimônio Líquido de uma sociedade,
com o objetivo de posterior destinação. São, em suma, lucros que a empresa não entrega aos acionistas, mas guarda para si, seja para investir em projetos,
seja para resguardar o capital social.
Segundo a Lei das S.A´s:
Artigo 182, §4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros
da companhia.
Ao final do exercício social as contas de resultado (receitas e despesas) são
zeradas. O saldo, lucro ou prejuízo, é transferido para o PL. No PL, podemos ter três destinações:
1) Dividendos (para os sócios);
2) Reservas de lucros; 3) Aumento do capital social.
Assim, se a empresa tem receitas de 2.000, despesas de 1.000, terá um lucro
de 1.000 (2.000 – 1.000). Esse lucro pode ser distribuído para os sócios, para aumento do CS ou pode ir para reserva de lucros (se atendidos os requisitos
legais).
Com a alteração da lei das S.A´s a conta antigamente denominada lucros ou
prejuízos acumulados passa a ser denominada prejuízos acumulados, ou seja, haverá de existir uma destinação para este lucro, não podendo ficar em conta
específica do PL.
As reservas de lucros hoje existentes são as seguintes:
- Reserva Legal; - Reservas Estatutárias;
- Reservas para Contingências; - Reserva de Incentivos Fiscais;
- Reserva de Retenção de Lucros; - Reserva de Lucros a Realizar;
- Reserva Especial de Dividendo Obrigatório Não Distribuído; - Reserva Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures.
Existe um limite máximo para essas reservas, a saber:
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Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a
realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a assembléia deliberará sobre
aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos.
(Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
A Lei 11.941/2009, art. 19, incluiu, entre as reservas acima, a reserva específica de prêmio de debêntures.
Assim, gravemos:
RESERVAS DE LUCROS (EXCETO RIF, CONTINGÊNCIAS, LUCROS A
REALIZAR E PRÊMIO DE DEBÊNTURES) < CAPITAL SOCIAL
Isso equivale a dizer:
RESERVA LEGAL + ESTATUTÁRIA + RETENÇÃO DE LUCROS + R.
INVESTIMENTOS + NÃO PAGAMENTO DE DIVIDENDO OBRIGATÓRIO < CAPITAL SOCIAL.
Na verdade, podemos dizer que é menor ou igual, pois se for igual não há
ultrapassagem.
Falemos agora sobre cada uma dessas reservas:
7.7.1 RESERVA LEGAL
Segundo a lei das S/A´s:
Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por
cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não
excederá de 20% (vinte por cento) do capital social.
§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva,
acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por
cento) do capital social.
§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada para
compensar prejuízos ou aumentar o capital.
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Esquematizemos:
Reserva legal 5% do LLE Limitado a 20% do capital social.
Trata-se a reserva legal da única reserva de constituição obrigatória para a
empresa.
Vejam a sua finalidade: manter a integridade do capital social.
Saber também da sua utilização é também extremamente importante para concursos: somente poderá ser utilizada para COMPENSAR PREJUÍZOS OU
AUMENTAR O CAPITAL SOCIAL. Existe também um limite facultativo para a constituição da reserva legal, qual
seja, quando ela, somada às reservas de capital, atingir o montante de 30% do
capital social. Grave-se!
Vamos ver como a ESAF explora este tema em prova:
(AFC/STN/2005/ESAF) A Cia. Comercial SST terminou o exercício social com lucro liquido de R$ 120.000,00, devendo constituir a reserva legal nos termos da lei, para fins de elaboração de suas Demonstrações Financeiras. O
Patrimônio Líquido da referida empresa tem o valor de R$ 224.000,00, e é composto das seguintes contas:
Capital Social R$ 200.000,00
Capital a Integralizar R$ 50.000,00 Reservas de Capital R$ 21.000,00
Reservas de Reavaliação R$ 6.000,00
Reserva Legal R$ 35.000,00 Reservas Estatutárias R$ 1.000,00
Lucros Acumulados R$ 11.000,00
Com base na situação supra descrita, a empresa devera contabilizar na conta Reserva Legal
(a) R$ 6.000,00, pois deverá ser constituída com destinação de 5% do lucro líquido do exercício.
(b) R$ 5.000,00, pois não devera ultrapassar 20% do capital social. (c) R$ 4.000,00, pois somada as reservas de capital, não deverá ultrapassar
30% do capital social. (d) R$ 3.000,00, pois somada as outras reservas de lucro e as reservas de
capital, não deverá ultrapassar 30% do capital social. (e) R$ 0,00, pois a reserva legal não deverá ultrapassar 20% do capital social
realizado.
Vamos lá. Passo a passo:
1) 5% x 120.000 = R$ 6.000,00
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2) Agora, analisemos os limites: a) Teto: 20% x CS – Reserva legal anteriormente constituída
20% x 200.000 – 35.000 = 5.000,00 3) Teto facultativo: 30% CS – Reserva legal anteriormente constituída –
Reserva de capital anteriormente constituída = 30% x 200.000 – 35.000 – 21.000 = 60.000 – 35.000 – 21.000 = 4.000,00.
Analisemos:
(a) R$ 6.000,00, pois deverá ser constituída com destinação de 5% do lucro
líquido do exercício.
Errado. Deverá contabilizar no máximo 5.000 ou, opcionalmente, 4.000.
(b) R$ 5.000,00, pois não devera ultrapassar 20% do capital social.
Correto. Todavia, a questão foi imprecisa, pois poderia ser constituído somente
4.000,00.
(c) R$ 4.000,00, pois somada as reservas de capital, não deverá ultrapassar 30% do capital social.
Errado. Esse montante é opcional. Deveria ser “não poderá ultrapassar...”
(d) R$ 3.000,00, pois somada as outras reservas de lucro e as reservas de
capital, não deverá ultrapassar 30% do capital social.
Errado.
(e) R$ 0,00, pois a reserva legal não deverá ultrapassar 20% do capital social realizado.
Errado.
Gabarito B.
7.7.2 RESERVAS ESTATUTÁRIAS
As reservas estatutárias são reservas constituídas com base no lucro líquido da companhia. E devem estar previstas no estatuto. Segundo a LSA:
Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que,
para cada uma:
I - indique, de modo preciso e completo, a sua
finalidade;
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II - fixe os critérios para determinar a parcela anual dos
lucros líquidos que serão destinados à sua constituição; III - estabeleça o limite máximo da reserva.
7.7.3 RESERVA DE CONTINGÊNCIAS
A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar,
em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado (LSA, art. 195).
A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda
prevista e justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a constituição da reserva (LSA, art. 195, §1º).
A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justificaram a sua constituição ou em que ocorrer a perda (LSA, art. 195, §2º).
O termo contingência, em contabilidade, quando usada sem nenhuma
qualificação (como ativa ou passiva), é usado para se referir a problema previsto, sobre o qual existe dúvida acerca de sua ocorrência.
As reservas de contingências, especificamente, objetivam salvaguardar o capital
social, de modo que se posteriormente algo acontecer, decorrente de perda julgada provável cujo valor possa ser estimado, a companhia esteja preparada.
Exemplo extraído do Manual de Contabilidade Societária – FIPECAFI (pág. 350):
Podem ser constituídas reservas de contingências para:
- Geadas ou secas, que podem atingir empresas com plantações, criações ou estoques nessas áreas, ou ainda as que dependem desses produtos para suas
operações, como no caso de empresas comerciais ou industriais que utilizem tais produtos como matérias-primas em seu processo produtivo.
- Cheias, inundações e outros fenômenos naturais que podem ocorrer
ciclicamente nas áreas onde se localizam estoques ou instalações da empresa, gerando prejuízos efetivos por perdas de bens, por paralisação temporária das
operações.
Suponhamos que tal perda provável possa ser estimada em um montante de R$ 100.000,00. A empresa, então, lançará:
D – Lucros acumulados 100.000,00
C – Reserva para contingências 100.000,00
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Se essa perda vier realmente ocorrer, havendo um prejuízo no exercício
subseqüente no montante de R$ 100.000,00, o patrimônio líquido ficará da seguinte forma:
Patrimônio Líquido
Capital Social 1.000.000,00 Reserva para contingências 100.000,00
Prejuízos acumulados (100.000,00) Total 1.000.000,00
Veja que a reserva para contingências realmente salvou o nosso capital social.
Se não tivéssemos constituído a reserva a empresa ficaria com um PL de 900.000,00 (1 milhão – 100.000). Entretanto, como houve a prudente
constituição, o capital social permanecerá intacto.
O lançamento de compensação da reserva com o Prejuízo é:
D – Reversão da Reserva para contingências 100.000,00
C – Lucros/Prejuízos acumulados 100.000,00
Importante distinção é a que devemos fazer entre a reserva para contingências da provisão para contingências. Vamos explicar por uma
questão...
(Contador/Cia Potiguar de Gás/2006/FGV) Analise as afirmativas a seguir e assinale com C ou E:
I. A provisão para contingências corresponde a perdas já incorridas, mas ainda não desembolsadas.
II. A reserva para contingências corresponde a perdas já incorridas, mas ainda não desembolsadas.
III. Provisão para contingências e reservas para contingências são sinônimos.
Comentários
Uma excelente explicação sobre a diferença está nesta nota explicativa da CVM: Diferença entre Reservas para contingências e Provisões para contingências
(nota explicativa CVM)
1. Reservas para Contingências - São constituídas com o objetivo de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda com
probabilidade de ocorrer, sendo tal perda passível de ser monetariamente mensurada (art. 195 da LEI Nº 6.404/76).
A ocorrência de tal perda poderá importar, para a sociedade, uma substancial
redução de seu lucro ou mesmo o ingresso em uma faixa de prejuízo.
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Prudentemente, a constituição dessa reserva, prejudicando a distribuição do
dividendo obrigatório, busca evitar uma situação de desequilíbrio financeiro, que ocorreria caso se distribuíssem os dividendos em um exercício, face à
probabilidade de redução de lucros ou mesmo da ocorrência de prejuízos em exercício futuro, em virtude de fatos extraordinários previsíveis.
Por configurar uma postergação no pagamento de dividendos, a constituição
dessa reserva deve obedecer o § 1º do artigo 195 da LEI Nº 6.404/76, isto é, a proposta feita pelos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda e
justificar, com as razões de cautela devidamente fundamentadas, a constituição dessa reserva.
A utilização dessa reserva é até recomendável no caso de determinados ramos
de negócios, diretamente sujeitos a fenômenos naturais ou cíclicos, tais como: geadas, secas, inundações. É o caso, também, de empresas que, por outra
razões definidas, operam com períodos fortemente lucrativos, seguidos de
períodos com baixa lucratividade ou mesmo prejuízos, desde que seja previsível tal situação.
Também pode ser constituída nos casos de suspensão temporária (anormal,
extraordinária) de produção e, conseqüentemente, perdas devido à paralisação não recorrente, não repetitiva, em virtude de substituições ou reformas de
equipamentos causadas por danos, greves, falta de suprimentos de matérias-primas, por períodos relativamente extensos.
Há, todavia, casos em que o aplicável é a constituição de provisão para
contingências e não de reserva para contingências.
Com o objetivo de dissipar eventuais dúvidas quanto à aplicabilidade da constituição de reservas ou de provisão para contingências, estabelecemos a
seguir as características de cada uma. Os principais fundamentos para
constituição da reserva para contingência são:
a) Dar cobertura a perdas ou prejuízos potenciais (extraordinários, não repetitivos) ainda não incorridos, mediante segregação de parcela de lucros que
seria distribuída como dividendo; b) Ocorrendo ou não o evento esperado, a parcela constituída será, em
exercício futuro, revertida para lucros acumulados, integrando a base de cálculo para efeito de pagamento do dividendo e a perda, de fato ocorrendo, é
registrada no resultado do exercício; c) É uma conta integrante do patrimônio líquido, no grupamento de reserva de
lucros. d) Representa uma destinação do lucro líquido do exercício, contrapartida da
conta de lucros acumulados, por isso sua constituição não afeta o resultado do exercício;
2. Quanto à provisão para contingências suas particularidades são:
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a) tem por finalidade dar cobertura a perdas ou despesas, cujo fato gerador já ocorreu, mas não tendo havido, ainda, o correspondente desembolso ou
perda. Em atenção ao regime de competência, entretanto, há necessidade de se efetuar o registro contábil;
b) representa uma apropriação ao resultado do exercício, contrapartida de perdas extraordinárias, despesas ou custos e sua constituição normalmente
influencia o resultado do exercício ou os custos de produção; c) deve ser constituída independentemente de a companhia apresentar, afinal,
lucro ou prejuízo no exercício; d) visto que o evento que serviu de base à sua constituição já ocorreu, não há,
em princípio, reversão dos valores registrados nessa provisão. A pequena sobra ou insuficiência é decorrente do cálculo estimativo feito à época da constituição;
e) não está sujeita à atualização monetária patrimonial (art. 185, LEI Nº 6.404/76) e sim à decorrente da natureza do evento que a originou;
f) finalmente, se a probabilidade for difícil de calcular ou se o valor não for
mensurável, há necessidade de uma nota explicativa esclarecendo o fato e mencionando tais impossibilidades.
São exemplos: devedores duvidosos, indenizações contratuais, contingências
fiscais ou trabalhistas, etc.
Vamos, finalmente, analisar a questão...
I. A provisão para contingências corresponde a perdas já incorridas, mas ainda não desembolsadas. II. A reserva para contingências corresponde a perdas já incorridas, mas ainda
não desembolsadas.
III. Provisão para contingências e reservas para contingências são sinônimos.
O item I está correto. Na provisão para contingências a perda já ocorreu,
contudo, ainda não houve o pagamento.
O item II está incorreto. As perdas não ocorreram ainda na reserva para contingências.
O item III está incorreto, haja vista que reserva e provisão para contingências
não são sinônimos.
7.7.4 RESERVA DE INCENTIVOS FISCAIS
Falemos um pouco sobre esta nova reserva...
Dissemos anteriormente que as doações e subvenções governamentais, antes do advento das mudanças contábeis, eram registradas à conta de reserva de
capital. Pois bem, agora essas doações são registradas como receita (lembrem-
se de que as receitas são contas de resultado).
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Inobstante o valor do lucro líquido recebido com doações e subvenções governamentais tenha deixado de figurar como reserva de capital, a companhia
poderá deliberar por formar com esse montante uma reserva de lucro, chamada reserva de incentivos fiscais.
Art. 195-A. A assembléia geral poderá, por proposta
dos órgãos de administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de
doações ou subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de
cálculo do dividendo obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei).
Assim, se o poder público faz uma doação de um terreno, no montante de R$
100.000,00, para a empresa Alfa, o lançamento para registro é o seguinte:
D – Terrenos 100.000,00
C - Outras Receitas – Doações do poder público 100.000,00
O resultado (confronto das receitas com as despesas) deve ser encerrado ao fim do exercício. Como esse controle (das receitas e despesas) é feito em uma
demonstração separada do Balanço Patrimonial, demonstração esta chamada Demonstração do Resultado do Exercício, devemos transferir o valor do lucro ou
prejuízo para o Balanço Patrimonial, no grupo Patrimônio Líquido.
Supondo que tivemos um lucro de R$ 2.000.000,00. A transferência para o Balanço Patrimonial se dá do seguinte modo...
D – Lucro Líquido do Exercício 2.000.000,00
C - Lucros/Prejuízos Acumulados 2.000.000,00
Ok? A transferência desta parcela para a reserva de incentivos fiscais se dará
do seguinte modo:
D – Lucros/Prejuízos Acumulados 100.000,00 C – Reserva de Incentivos Fiscais 100.000,00.
Vejam que o saldo do lucro no balanço será de 1,9 milhões, valor este que terá
outras destinações. A ESAF abordou este tema na prova da SUSEP, realizada em 2010, com a seguinte afirmação: (Analista Técnico/SUSEP/2010/ESAF) A
assembléia geral poderá destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para
investimentos, mas esse valor não poderá ser excluído da base de cálculo do dividendo obrigatório.
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O item está incorreto. Pode, sim, ser excluído da base de cálculo do dividendo
obrigatório.
7.7.5 RESERVA DE LUCROS A REALIZAR
No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202 da Lei das S/A, ultrapassar a parcela realizada do
lucro líquido do exercício, a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a
realizar.
Desta forma, à opção da companhia, poderá ser constituída a reserva de lucros a realizar, mediante destinação dos lucros do exercício, cujo objetivo é
evidenciar a parcela de lucros ainda não realizada financeiramente, apesar de
reconhecida contabilmente, pela empresa.
Imagine-se, então, uma empresa que, em 2010, só tenha efetuado vendas para recebimento em 2012. Seria justo, assim, que procedesse esta empresa ao
pagamento de dividendos (remuneração dos sócios) em 2011? Talvez, não seria viável financeiramente, pois nada entrará no caixa desta sociedade.
É este o intuito da reserva de lucros a realizar: evitar que a companhia pague
dividendos sobre receitas/lucros que ainda foram realizados, que não entraram no caixa.
Um aspecto deveras importante é anotar que a constituição desta reserva é FACULTATIVA.
Assim, vamos exemplificar.
Uma empresa X tem a seguinte situação no exercício de 2010:
- Lucro derivado das vendas de curto prazo (recebimento em 2011): R$ 100.000,00
- Lucro derivado das vendas de longo prazo (recebimento em 2012 ou posteriormente): R$ 200.000,00.
- Dividendos obrigatórios a pagar: R$ 150.000,00.
Neste caso, podemos considerar que os dividendos que teremos de pagar aos sócios ao termo de 2011 são maiores do que o entrou no meu caixa durante o
exercício. Teríamos R$ 50.000,00 (150.000 – 100.000,00) desacobertados de recursos para pagamento deste dividendo.
Nesta hipótese, uma alternativa viável é constituir a reserva de lucros chamada
de reserva de lucros a realizar nesse valor (R$ 50.000,00) para pagamento em
2012 ou quando houve o recebimento de lucros posteriores. Temos uma
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questão da FCC que exemplifica muito bem este assunto, de modo prático.
Vamos ver?
(FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT 2ª/2008) Considere as informações abaixo, extraídas da contabilidade da Cia. Carandiru, relativas ao exercício findo em 31/12/2007.
Lucro líquido do exercício 520.000,00
Resultado positivo na equivalência patrimonial 270.000,00 Acréscimo à reserva legal 26.000,00
Reversão de reservas para contingências 14.000,00 Lucro com realização financeira a ocorrer em 2009 20.000,00
O estatuto da companhia é omisso com relação ao pagamento de dividendos.
De acordo com o disposto nos artigos 197 e 202 da Lei das Sociedades por Ações, ela poderá constituir, nesse exercício, reserva de lucros a realizar no
valor, em R$, de
(A) 40.000,00.
(B) 36.000,00. (C) 30.000,00.
(D) 24.000,00. (E) 18.000,00.
Comentários
No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos
do estatuto ou do art. 202 da Lei das S/A, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos
da administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar.
Desta forma, à opção da companhia, poderá ser constituída a reserva de lucros a realizar, mediante destinação dos lucros do exercício, cujo objetivo é
evidenciar a parcela de lucros ainda não realizada financeiramente, apesar de reconhecida contabilmente, pela empresa.
Evita-se distribuir dividendo obrigatório sobre essa parcela de lucros que,
apesar de existente, não está realizada financeiramente no caixa da empresa.
Assim, na questão, devemos primeiramente calcular os dividendos. Os dividendos podem ser fixados livremente pelo estatuto. Caso o estatuto seja
omisso, devemos aplicar um percentual de 50% sobre o lucro líquido ajustado. No nosso caso, o estatuto é omisso?! SIM! Como o estatuto é omisso, deve-se
aplicar o percentual de 50% de lucro ajustado. E como fazer este ajuste?
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BASE DE CÁLCULO DIVIDENDOS = LUCRO LÍQ. DO EXER. – R. LEGAL – R. CONTINGÊNCIAS + REVERSÃO R. CONTINGÊNCIAS – R. INCENTIVOS
FISCAIS [FACULTATIVO] – RESERVA ESPECÍFICA DE PRÊMIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES [FACULTATIVO]
Na questão,
BC dividendos = 520.000 – 26.000 + 14.000 = 508.000
Assim, os dividendos devidos são 50% de 508.000 = 254.000
A Lei das SAs diz que se consideram lucros não realizados OS RESULTADOS
POSITIVOS NA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (INVESTIMENTOS EM COLIGADAS/CONTROLADAS/EMPRESAS DO MESMO GRUPO) E
RECEITAS AUFERIDAS PARA RECEBIMENTO A LONGO PRAZO (LSA, art. 197).
Desta forma, o lucro realizado é calculado da seguinte forma:
Lucro Líq. do Exerc. - Resultado positivo na equivalência patrimonial - Lucro com realização financeira de Longo Prazo
Lucro realizado = 520.000 – 270.000 – 20.000 = 230.000
Portanto, de acordo com a LSA a companhia poderá constituir Reserva de Lucros a realizar no valor de R$ 24.000 (R$ 254.000 – R$ 230.000)
Gabarito: Letra D.
Por fim, à medida que esses lucros estiverem sendo realizados, entrando em caixa, deveremos acrescer o lucro agora realizado ao dividendo a pagar. A
reversão deve-se dar no primeiro dividendo declarado após a realização.
As reservas de lucros a realizar só podem ser utilizadas para dois fins:
pagamento de dividendos ou absorção de prejuízos! Gravem.
O lançamento para constituição da reserva é o seguinte:
D – Lucros acumulados XXXX C – Reserva de Lucros a realizar XXXX
A doutrina majoritária (incluindo-se o FIPECAFI) entende que quando da
realização de lucros o lançamento é o seguinte:
D – Reserva de Lucros a realizar XXXX C – Lucros acumulados XXXX
Sendo o dividendo destinado posteriormente pelo seguinte lançamento:
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C – Dividendos a pagar (Passivo) XXXX D – Lucros acumulados XXXX
7.7.6 RESERVA ESPECIAL PARA DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS NÃO DISTRIBUÍDOS
Segundo a Lei das Sociedades por Ações:
Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em
cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto (...)
Portanto, a regra é a distribuição de dividendos ao final de cada exercício social. Contudo, como todo negócio está sujeito a risco, pode acontecer de a empresa
possuir lucro, mas não possuir situação financeira ou patrimonial que permita o
pagamento de dividendos, como, por exemplo, quando a empresa tem um volume extraordinário de empréstimos a serem quitados, ou quando está em
recuperação judicial ou extrajudicial. Tal situação está prevista na Lei da SAs da seguinte forma:
§ 4º O dividendo previsto neste artigo não será obrigatório no exercício social em que os órgãos da administração informarem à assembléia-geral ordinária
ser ele incompatível com a situação financeira da companhia. O conselho fiscal, se em funcionamento, deverá dar parecer sobre essa informação e, na
companhia aberta, seus administradores encaminharão à Comissão de Valores Mobiliários, dentro de 5 (cinco) dias da realização da assembléia-geral,
exposição justificativa da informação transmitida à assembléia. § 5º Os lucros que deixarem de ser distribuídos nos termos do § 4º serão
registrados como reserva especial e, se não absorvidos por prejuízos em exercícios subseqüentes, deverão ser pagos como dividendo assim que o
permitir a situação financeira da companhia.
É só isso! Esse montante não distribuído fica incorporado ao patrimônio líquido em reserva especial, sendo pago quando a situação permitir. No nosso
exemplo, com a quitação do empréstimo ou com a extinção da recuperação judicial ou extrajudicial.
Acabamos de falar, portanto, sobre as reservas de lucros.
Falaremos sobre os dividendos adicionais...
7.8 DIVIDENDOS ADICIONAIS
Os dividendos mínimos obrigatórios devem figurar no passivo, na data do
balanço.
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Quanto aos dividendos adicionais, serão contabilizados ou não, dependendo da
data em que forem declarados. Ou seja, se a empresa fechar as demonstrações contábeis em 31.12.X1, e declarar dividendos adicionais em janeiro ou fevereiro
de X2, tais dividendos não serão contabilizados no balanço de 31.12.X1. Serão apenas divulgados em Nota Explicativa.
Por outro lado, os dividendos adicionais que forem declarados pela assembleia
geral ou outro órgão competente antes da data base das demonstrações contábeis, atendem aos requisitos de obrigação presente e, portanto, devem
figurar nas Demonstrações Contábeis da entidade.
A parcela do dividendo mínimo obrigatório, que se caracterize efetivamente como uma obrigação legal, deve figurar no passivo da entidade. Mas a parcela
da proposta dos órgãos da administração à assembléia de sócios que exceder a esse mínimo obrigatório deve ser mantida no patrimônio líquido, em conta
específica, do tipo “dividendo adicional proposto”, até a deliberação definitiva
que vier a ser tomada pelos sócios. Afinal, esse dividendo adicional ao mínimo obrigatório não se caracteriza como obrigação presente na data do balanço, já
que a assembléia dos sócios ou outro órgão competente poderá, não havendo qualquer restrição estatutária ou contratual, deliberar ou não pelo seu
pagamento ou por pagamento por valor diferente do proposto.
Portanto, a contabilização dos dividendos fica assim:
TRATAMENTO DOS DIVIDENDOS 1) Dividendos obrigatórios: ficam contabilizados no Passivo, na data do fechamento das demonstrações contábeis.
2) Dividendos adicionais: 2.1) Declarados após o período contábil: Não são contabilizados, sendo apenas
divulgados em Nota Explicativa. 2.2) Declarados antes do período contábil: ficam no Patrimônio Líquido, até a
aprovação pela Assembléia, quando são transferidos para o Passivo.
A ESAF ainda não abordou este tema em prova, contudo, a FCC, pioneira, o fez através da seguinte questão:
(Analista Judiciário/TRT 4ª/2011/FCC) Em conformidade com a ICPC-08, os dividendos
(A) declarados, após o período contábil e antes da aprovação pela assembléia
dessas demonstrações, devem ser reconhecidos no passivo como dividendos a pagar.
(B) que forem declarados pela assembléia geral, ou declarados e pagos, de acordo com as formalidades previstas no estatuto social, quando não pagos
devem figurar no passivo da entidade como uma obrigação.
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(C) mínimos obrigatórios devem ser registrados como uma obrigação, na data do encerramento do exercício social a que se referem as demonstrações
contábeis. (D) adicionais ao mínimo obrigatório devem ser todos contabilizados no
passivo. (E) decorrentes de distribuição de resultado, após a data do balanço e antes da
data da autorização de emissão dessas demonstrações, não gerará registro no
passivo da entidade na data do balanço.
Comentários
(A) declarados, após o período contábil e antes da aprovação pela assembléia dessas demonstrações, devem ser reconhecidos no passivo como dividendos a
pagar. Alternativa INCORRETA, os dividendos declarados após o período contábil não
são contabilizados.
(B) que forem declarados pela assembléia geral, ou declarados e pagos, de
acordo com as formalidades previstas no estatuto social, quando não pagos devem figurar no passivo da entidade como uma obrigação.
Alternativa INCORRETA. Veja esse trecho da Instrução Técnica ICPC 08: Pelos itens precedentes, os dividendos que forem declarados pela assembleia
geral ou outro órgão competente, ou declarados e pagos, de acordo com as formalidades previstas no estatuto social ou equivalente, antes da data base
das demonstrações contábeis, atendem aos requisitos de obrigação presente e, portanto, se não pagos devem figurar no passivo da entidade como uma
obrigação Na alternativa B, faltou a frase “antes da data base”, o que a torna incorreta.
(C) mínimos obrigatórios devem ser registrados como uma obrigação, na data
do encerramento do exercício social a que se referem as demonstrações
contábeis. Alternativa CORRETA, os dividendos mínimos obrigatórios devem ser
registrados no passivo.
(D) adicionais ao mínimo obrigatório devem ser todos contabilizados no passivo.
Alternativa INCORRETA, os dividendos adicionais ficam contabilizados no Patrimônio Líquido até sua aprovação pela Assembléia.
(E) decorrentes de distribuição de resultado, após a data do balanço e antes da
data da autorização de emissão dessas demonstrações, não gerará registro no passivo da entidade na data do balanço.
Alternativa INCORRETA, os dividendos adicionais declarados após a data do balanço não são contabilizados, mas os dividendos obrigatório são
contabilizados no passivo.
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7.9 ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL
Falaremos do adiantamento para aumento do capital social, que é o recurso
recebido pela empresa de seus sócios/acionistas para ser utilizado no aumento do capital social.
Suponha que determinada empresa tenha recebido R$ 100.000,00 de
determinado sócio como adiantamento para um futuro ingresso na sociedade.
Nesta hipótese, como fazer a classificação?! O lançamento é o seguinte:
D - Bancos 100.000 (Ativo) C - Adiantamento para aumento de capital 100.000 (Passivo)
Mas por que passivo? Não é um sócio que está integralizando capital próprio?
Vejam, meus caros, que, na verdade, não está havendo integralização, mas somente um adiantamento para uma FUTURA entrada do sócio, o que, de fato,
ainda não se concretizou.
Repito, classifica-se no passivo por se tratar de uma OBRIGAÇÃO da empresa perante terceiros, haja vista que ainda não é integrante do quadro societário.
Quando houver a formalização da entrada do sócio, lançaremos:
D - Adiantamento para aumento de capital 100.000 (reduzindo o passivo)
C - Capital social 100.000 (patrimônio líquido)
É este o lançamento EM REGRA.
Digo em regra, porque esses adiantamentos também poderão ser classificados
no patrimônio líquido, numa única hipótese: quando os recursos forem recebidos com cláusula de absoluta condição de permanência na sociedade, não
havendo, assim, por que considerá-los como exigíveis. Nesta hipótese, o valor adiantado deve ser considerado como destacado do capital social total da
empresa.
Portanto, ficamos assim:
ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL REGRA ----> PASSIVO EXIGÍVEL
EXCEÇÃO ----> QUANDO NÃO HOUVER HIPÓTESE DE RESTITUIÇÃO = PL
7.10 LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
A conta lucros ou prejuízos acumulados é uma conta do PL.
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A conta lucros acumulados não pode mais constar no Balanço Patrimonial, quando do fechamento da demonstração. Não é mais possível, com as
mudanças recentes advindas na contabilidade, que a empresa retenha lucros injustificadamente. Alguns autores afirmam, erroneamente, que esta conta
deixou de existir. Tal afirmação está inconsistente, posto que a conta lucros acumulados pode ser utilizada temporariamente (antes do fechamento do
balanço), sendo que a partir dela distribuímos os lucros do exercício as mais diversas finalidades. Sendo uma conta de PL, o seu saldo é credor.
Ressalve-se, contudo, que a conta prejuízos acumulados diminui o PL, tendo,
assim, saldo devedor.
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8. QUESTÕES COMENTADAS
1. (ESAF/AFRFB/2009) Lei n. 6.404/76, com suas diversas atualizações, determina que, ao fim de cada exercício social, com base na escrituração
mercantil da companhia, exprimindo com clareza a situação do patrimônio e as mutações ocorridas no exercício, a diretoria fará elaborar as seguintes
demonstrações financeiras:
a) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resultado do exercício; demonstração das origens e aplicações
de recursos; demonstração dos fluxos de caixa; e, se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
b) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração dos fluxos de caixa; e demonstração do valor adicionado.
c) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resultado do exercício; demonstração das origens e aplicações
de recursos; e demonstração das mutações do patrimônio líquido. d) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração das origens e aplicações de recursos; e, se companhia aberta, demonstração das mutações do
patrimônio líquido. e) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração dos fluxos de caixa; e, se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
Comentários
A resolução desta questão está contida na Lei das SAS, artigo 176, in verbis:
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras,
que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I - balanço patrimonial; II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de
2007) V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei
nº 11.638,de 2007)
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A DOAR (demonstração de origem e aplicações de recursos) não mais é
obrigatória. Decorem este artigo. É de extrema relevância! Questão praticamente certa como questão teórica em boa parte dos concursos.
Gabarito E.
2. (FCC/Analista Judiciário/TRT 3ª região/2009) A empresa A é uma indústria e produz máquinas especiais, cujo processo demora 400 dias. Estas máquinas são
adquiridas para comercialização pela empresa B que leva aproximadamente 20 dias para comercializá-las, 40 dias para receber o valor das vendas realizadas a
prazo, e 30 dias para pagar as máquinas adquiridas. A empresa C é cliente da empresa B e utiliza as máquinas especiais em suas operações. Com base nestas
informações, as máquinas especiais serão classificadas nas empresas A, B e C,
respectivamente, no
(A) ativo circulante, no ativo circulante e no ativo imobilizado. (B) ativo circulante, no ativo não-circulante e no ativo realizável a longo prazo.
(C) ativo realizável a longo prazo, no ativo circulante e no ativo imobilizado. (D) ativo realizável a longo prazo, no ativo realizável a longo prazo e no ativo
imobilizado. (E) ativo realizável a longo prazo, no ativo imobilizado e no ativo realizável a
longo prazo
Comentários
Empresa A: Demora 400 dias para produzir. Portanto, seu ciclo operacional será maior que o exercício social, e as máquinas produzidas ficarão no Ativo
Circulante.
Empresa B: Demora 20 dias para comercializar, 40 para receber o valor das
vendas e 30 dias para pagar as máquinas adquiridas. Portanto, tudo ocorre a custo prazo, nesta empresa. Ativo Circulante.
Empresa C: Utiliza as máquinas em suas operações. Ativo Imobilizado.
O gabarito, portanto, é a letra a.
Gabarito A.
3. (ESAF/AFRFB/2009) Considere o exemplo da Chácara Caçula. Ela possui
1.000 frangos de corte para revender. Quatrocentos deles foram comprados de João Batista e ainda não foram pagos. Trezentos desses frangos já foram
entregues ao José Maria, mediante uma transação de venda realizada a prazo, em que o preço unitário foi nove reais e o imposto foi de 10%. A atividade
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empresarial é exercida em instalações próprias, mas o equipamento é alugado
de terceiros.
Na avaliação monetária dessa chácara temos que: 1. as instalações físicas valem R$ 10.000,00;
2. os equipamentos valem R$ 5.000,00; 3. o aluguel mensal dos equipamentos é de R$ 300,00;
4. o salário mensal do caseiro é de dois salários-mínimos; 5. os frangos custaram R$ 8,00 por unidade, isentos de impostos.
Calculando-se o patrimônio final dessa entidade, com base nas informações
prestadas, certamente, no início do ano se encontrará um:
a) passivo exigível de R$ 3.200,00. b) patrimônio líquido de R$ 14.800,00.
c) patrimônio líquido de R$ 13.600,00.
d) patrimônio bruto de R$ 18.300,00. e) patrimônio bruto de R$ 23.300,00.
Comentários
Esta questão apresenta alguns pequenos problemas, que passamos a listar:
1) A questão se inicia com a afirmação que “ela possui 1000 frangos de corte
para revender”. Mais adiante, afirma que “trezentos desses frangos já foram entregues ao José Maria, mediante uma transação de venda...”
Como interpretar o comando da questão? Pensemos! Se a granja POSSUI 1000
frangos e trezentos JÀ FORAM ENTREGUES ao José Maria, então a granja possuía originariamente 1300 frangos, entregou 300 e possui 1000. Essa é a
conclusão a que um bom aluno de português chegaria. Contudo, se
entendermos dessa forma, a questão não tem resposta, pois teríamos:
ATIVO
Clientes..............(300 frangos x 9,00 R$) ........ R$ 2.700 Estoque de frangos (1000 frangos x 8,00 R$ )....... R$ 8.000
Instalações......................................10.000 TOTAL ATIVO.......................................................R$ 20.700
PASSIVO
Imposto a recolher.........( 10% x R$ 9 x 300 frangos)...R$ 270
Fornecedores (João Batista)............(400 frangos x 8 R$).......R$ 3.200 Salários a pagar...(R$ 465 à época da prova x 2).........R$ 930 (A ESAF tem
essa mania! Sofrível)
Aluguel a pagar................................R$ 300
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TOTAL PASSIVO................................. R$ 4.700
Assim, de posse da equação básica da contabilidade, faríamos:
A = P + PL ... Logo, PL = A –P PL = 20.700 – 4.700 = 16.000
Não existe essa resposta, que, a nosso ver, seria a forma correta. Vamos ver o
entendimento da banca?
2) Se levarmos em conta que a granja tinha 1000 frangos e, desses, entregou 300, restando-lhe 700, ficaremos com o seguinte:
ATIVO
Clientes..............(300 frangos x 9,00 R$) ........ R$ 2.700 Estoque de frangos (700 frangos x 8,00 R$ )....... R$ 5.600
Instalações......................................10.000 TOTAL ATIVO.......................................................R$ 18.300
PASSIVO
Imposto a recolher.........( 10% x R$ 9 x 300 frangos)...R$ 270 Fornecedores (João Batista)............(400 frangos x 8 R$).......R$ 3.200
Salários a pagar...(R$ 465 à época da prova x 2).........R$ 930 (A ESAF tem essa mania! Sofrível)
Aluguel a pagar................................R$ 300 TOTAL PASSIVO................................. R$ 4.700
Assim, de posse da equação básica da contabilidade, faríamos:
A = P + PL
Logo, PL = A –P PL = 18.300 – 4.700 = 13.600
Portanto, a questão possui duas respostas corretas. Preliminarmente, a ESAF deu como gabarito a letra C. Entretanto, com os resultados dos recursos, o
gabarito mudou para D.
Gabarito D.
4. (ESAF/AFRFB/2009) A firma comercial Alvorada Mineira Ltda. adquiriu um bem de uso por R$ 6.000,00, pagando uma entrada de 25% em dinheiro e
financiando o restante em três parcelas mensais e iguais. A operação foi tributada com ICMS de 12%.
Ao ser contabilizada a operação acima, o patrimônio da firma Alvorada
evidenciará um aumento no ativo no valor de:
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a) R$ 6.720,00. b) R$ 4.500,00.
c) R$ 5.220,00. d) R$ 5.280,00.
e) R$ 3.780,00.
Comentários
Pois bem, essa questão é mole. Matemos!
O bem foi adquirido por R$ 6.000,00.
Segundo a Lei Complementar 87/96: I – somente darão direito de crédito as mercadorias destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento nele entradas a
partir de 1o de janeiro de 2020. Portanto, nesta hipótese, não teremos ICMS a
recuperar. O ICMS integrará o custo de aquisição.
Preço de aquisição ........ 6.000
Vamos ver o lançamento, como se faz...
D – Bem de uso (Aumento do ativo) 6.000,00 C – Caixa (Reduz o ativo) 1.500,00
C – Financiamentos a pagar (Aumenta o passivo exigível) 4.500,00
Portanto, atendendo ao comando da questão, teremos:
Variação do ativo = Aumentos – diminuições
Variação do ativo = 6.000,00 – 1.500,00 = 4.500,00
Gabarito B.
5. (ESAF/Analista de Mercados de Capitais/CVM/2010) Aponte abaixo a opção que contém uma assertiva incorreta.
a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos
passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade.
b) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes
de gerar benefícios econômicos para a entidade.
c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os resultados.
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d) Muitos ativos têm uma substância física. Entretanto, substância física não é
essencial à existência de um ativo. e) Muitos ativos estão ligados a direitos legais, inclusive a direito de
propriedade. Ao determinar a existência de um ativo, entretanto, o direito de propriedade não é essencial.
Comentários
A questão versa sobre o CPC 00. Vamos analisá-la!
Os elementos da contabilidade relacionados à mensuração da posição financeira
e patrimonial da empresa são: ativo, passivo e patrimônio líquido.
Por seu turno, os elementos da contabilidade relacionados à mensuração do desempenho na DRE são as receitas e as despesas.
O CPC trouxe importantes definições que, além de serem levadas como conhecimento básico para o estudo da contabilidade, devem estar na ponta da
língua para o concurso que vocês prestarão, são elas:
a) Ativo: é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade (LETRA A ESTÁ CORRETA);
b) Passivo: é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes
de gerar benefícios econômicos (LETRA B ESTÁ CORRETA); c) Patrimônio Líquido: é o valor residual dos ativos da entidade depois de
deduzidos todos os seus passivos (LETRA C ESTÁ INCORRETA, GABARITO
DA QUESTÃO).
Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio
líquido, deve-se atentar para a sua essência e realidade econômica e não apenas sua forma legal. Assim, por exemplo, no caso do arrendamento
financeiro, a essência e a realidade econômica são que o arrendatário adquire os benefícios econômicos do uso do ativo arrendado pela maior parte da sua
vida útil, como contraprestação de aceitar a obrigação de pagar por esse direito um valor próximo do valor justo do ativo e o respectivo encargo financeiro.
Dessa forma, o arrendamento financeiro dá origem a itens que satisfazem a
definição de um ativo e um passivo e, portanto, são reconhecidos como tais no balanço patrimonial do arrendatário.
Falemos agora sobre os Ativos!!
A entidade geralmente usa os seus ativos na produção de mercadorias ou
prestação de serviços capazes de satisfazer os desejos e necessidades dos
clientes. Tendo em vista que essas mercadorias ou serviços podem atender aos
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seus desejos ou necessidades, os clientes se dispõem a pagar por eles e
contribuir assim para o fluxo de caixa da entidade.
Muitos ativos, por exemplo, máquinas e equipamentos industriais, têm uma substância física. Entretanto, substância física não é essencial à existência de
um ativo (A letra d está correta); dessa forma, as patentes e direitos autorais, por exemplo, são ativos, desde que deles sejam esperados benefícios
econômicos futuros para a entidade e que eles sejam por ela controlados.
No mesmo diapasão, o CPC 00 dispõe que
57. Muitos ativos, por exemplo, contas a receber e imóveis, estão ligados a direitos legais, inclusive o direito de propriedade. Ao determinar a existência de um ativo, o direito de propriedade não é essencial; assim, por exemplo, um
imóvel objeto de arrendamento é um ativo, desde que a entidade controle os benefícios econômicos provenientes da propriedade. Embora a capacidade de
uma entidade controlar os benefícios econômicos normalmente seja proveniente
da existência de direitos legais, um item pode satisfazer a definição de um ativo mesmo quando não há controle legal. Por exemplo, o know-how obtido por
meio de uma atividade de desenvolvimento de produto pode satisfazer a definição de ativo quando, mantendo o know-how em segredo, a entidade
controla os benefícios econômicos provenientes desse ativo.
Portanto, a letra e está igualmente correta.
O nosso gabarito é mesmo a letra c.
Gabarito C.
6. (ESAF/ISS RJ/2010) A Sociedade Limítrofe S/A obteve, no ano de 2009,
como Resultado Líquido do Exercício, um lucro no valor de R$ 50.000,00 e mandou distribuí-lo da seguinte forma:
5% para constituição de reserva legal;
10% para constituição de reserva estatutária; 10% para participação estatutária de administradores;
25% para provisão para o Imposto de Renda; 50% para dividendos obrigatórios; e
O restante para reservas de lucro.
Na destinação de resultados feita na forma citada, pode-se dizer que, para constituição da reserva legal, coube a importância de
a) R$ 2.500,00. b) R$ 1.875,00.
c) R$ 1.687,50.
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d) R$ 1.500,00.
e) R$ 1.375,00.
Comentários
Segundo a lei das S/A´s:
Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra
destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social.
§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva,
acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por
cento) do capital social.
§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada para
compensar prejuízos ou aumentar o capital.
Esquematizemos:
Reserva legal 5% do LLE Limitado a 20% do capital social.
Trata-se a reserva legal da única reserva de constituição obrigatória para a empresa.
Vejam a sua finalidade: manter a integridade do capital social. Veja que deve
ela ser feita antes de qualquer destinação.
Saber também da sua utilização é também extremamente importante para
concursos: somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital social.
Existe também um limite facultativo para a constituição da reserva legal, qual
seja, quando ela, juntamente das reservas de capital atingirem o montante de 30% do capital social. Grave-se!
Vamos à nossa questão:
Resultado do exercício 50.000,00
(-) IR 25% (12.500,00) Lucro após o IR e CSLL 37.500
(-) Participação dos administradores (3.750,00)
Lucro líquido 33.750,00
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Deste valor retiramos 5%, conforme determina o artigo 193, caput, da Lei das
S.A´s.
33.750 x 5% = R$ 1.687,50.
Gabarito C.
7. (ESAF/ISS RJ/2010) A empresa Mercantil Varejista S/A mandou elaborar o balanço de 2009 com base nos seguintes saldos contábeis, aqui demonstrados
em ordem alfabética:
C o n t a s s a l d o s
Aluguéis Ativos 195,00
Aluguéis a Pagar 75,00 Aluguéis a Receber 120,00
Aluguéis Passivos 150,00 Caixa 300,00
Capital Social 1.200,00 Clientes 420,00
Custo das Mercadorias Vendidas 360,00 Depreciação Acumulada 330,00
Despesas a Pagar 105,00 Despesas a Vencer 180,00
Duplicatas a Pagar 690,00 Duplicatas a Receber 480,00
Duplicatas Descontadas 210,00
Fornecedores 840,00 ICMS a Recuperar 90,00
IPI a Recolher 45,00 Mercadorias 540,00
Móveis e Utensílios 600,00 Provisão p/Ajuste de Estoques 54,00
Provisão p/Imposto de Renda 186,00 Receitas a Receber 240,00
Receitas de Vendas 660,00 Reserva Legal 150,00
Salários 210,00 Veículos 1.050,00
Somatório 9.480,00
Apurado o resultado do exercício, a empresa destinou um terço para imposto de
renda e dois terços para reserva de lucros.
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Ao elaborar o balanço patrimonial com base nas contas e saldos acima, a
empresa vai constatar a existência de um
a) Ativo Circulante no valor de R$ 2.280,00. b) Ativo Permanente no valor de R$ 1.386,00.
c) Passivo Circulante no valor de R$ 1.986,00. d) Patrimônio Líquido no valor de R$ 1.485,00.
e) Ativo Total no valor de R$ 4.020,00.
Comentários
Primeiro, vamos apurar a DRE. Atente-se para o fato de que o lucro deverá ser destinado em 2/3 para reservas de lucros e 1/3 para provisão para IR
(passivo). Calculemos:
Resultado do exercício
Receitas de Vendas 660,00
Aluguéis Ativos 195,00
(-) Salários 210,00
(-) Aluguéis Passivos 150,00
(-) Custo das Mercadorias Vendidas 360,00
Lucro líquido 135
Destinação do lucro
Lucro líquido 134
Reserva de lucros 90
Provisão para IR 45
Lucros acumulados 0
Ativo
Circulante
Caixa 300,00
Clientes 420,00
Aluguéis a Receber 120,00
Despesas a Vencer 180,00
Duplicatas a Receber 480,00
Duplicatas Descontadas (210,00)
ICMS a Recuperar 90,00
Mercadorias 540,00
Provisão p/Ajuste de Estoques (54,00)
Receitas a Receber 240,00
Subtotal 2.106
Não circulante
Móveis e Utensílios 600,00
Depreciação Acumulada (330,00)
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Veículos 1.050,00
Subtotal 1.320
TOTAL 3.426
Passivo Exigível
Aluguéis a Pagar 75,00
Despesas a Pagar 105,00
Fornecedores 840,00
IPI a Recolher 45,00
Provisão p/Imposto de Renda 231 (186,00+45)
Duplicatas a Pagar 690,00
Subtotal 1.986
Patrimônio Líquido
Capital Social 1.200,00
Reserva Legal 150,00
Reservas de lucros 90
Subtotal 1.575
TOTAL 3.426
Gabarito C.
Próxima!
8. (ESAF/ATRFB/2009) A empresa Gregório, Irmãos & Cia. Ltda., possuindo Disponibilidades de R$ 2.730,00, Imobilizações de R$ 3.270,00 e Dívidas de R$
2.900,00, realizou duas transações:
1. A compra de uma máquina por R$ 2.000,00, pagando 20% de entrada; e
2. A venda de um equipamento por R$ 3.000,00, perdendo 30%.
Concluídas as operações, e devidamente registradas, pode-se afirmar com certeza que essa firma tem:
a) prejuízos de R$ 500,00.
b) passivo exigível de R$ 4.500,00. c) patrimônio líquido de R$ 3.100,00.
d) passivo a descoberto de R$ 900,00. e) ativo de R$ 4.600,00.
Comentários
As duas operações serão contabilizadas da seguinte forma:
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1. A compra de uma máquina por R$ 2.000,00, pagando 20% de entrada;
D – Imobilizações.........................2.000
C – Disponibilidades.......................400 C – Dívidas...................................1.600
2. A venda de um equipamento por R$ 3.000,00, perdendo 30%.
Valor da venda.................................3.000 100%
(-) Valor contábil................................X (=) Resultado da venda....................(Y)......(30%)
Resolvendo, temos: Resultado = 30% x 3000 = 900
Valor contábil: 3.900
Contabilização:
D – Disponibilidades 3.000 D – Resultado na alienação de ativos 900
C – Imobilizações 3.900
O quadro de contabilização fica assim:
Saldo inicial Débito Crédito Saldo final
Disponibilidades 2.730 3.000 400 5.330
Imobilizações 3.270 2.000 3.900 1.370
Dívidas 2.900 1.600 4.500
Resultado venda ativos 900 -900
Gabarito B.
9. (ESAF/ATRFB/2009) No balanço de encerramento do exercício social, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e
agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.
No ativo patrimonial, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau
de liquidez dos elementos nelas registrados, compondo os seguintes grupos:
a) ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; investimentos; ativo
imobilizado; e intangível.
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b) ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; e ativo permanente, dividido
em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido. c) ativo circulante; e ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo
prazo, investimentos, imobilizado e intangível. d) ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; investimentos; ativo
imobilizado; e ativo diferido. e) ativo circulante; e ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo
prazo, investimentos, imobilizado e diferido.
Comentários
Segundo a Lei 6.404/76:
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a
análise da situação financeira da companhia.
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de
liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
Logo, gabarito letra c.
Gabarito C.
10. (ESAF/ATRFB/2009) Em relação ao encerramento do exercício social e à
composição dos grupos e subgrupos do balanço, assinale abaixo a opção falsa.
a) No ativo circulante, serão incluídas as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social e as aplicações de recursos em despesas do
exercício seguinte. b) No intangível, serão classificados os direitos que tenham por objeto bens
incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
c) Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base
o prazo desse ciclo. d) Em investimentos, serão classificadas as participações permanentes em
outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou
da empresa.
e) No ativo imobilizado, serão classificados os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da
empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de
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operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses
bens.
Comentários
Vejamos a redação da Lei 6.404/76:
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: I - no ativo circulante: as disponibilidades, OS DIREITOS REALIZÁVEIS NO
CURSO DO EXERCÍCIO SOCIAL SUBSEQÜENTE e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;
II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou
empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem
negócios usuais na exploração do objeto da companhia;
III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que
não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa; IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade,
inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
O gabarito da questão, portanto, reproduzindo a literalidade da Lei 6.404, é a
letra a.
Gabarito A.
11. (ESAF/ATRFB/2009) A Companhia Cereais Sereias, em 31 de dezembro de 2008, apresentou o seguinte rol de contas e saldos:
Ações em Tesouraria 100,00
Caixa 696,00 Despesas Pré-Operacionais 95,00
Mercadorias 1.293,00 Empréstimos Bancários 120,00
Provisão para Devedores Duvidosos 35,00
Custo dos Produtos Vendidos 5.582,00 Fornecedores 437,00
Capital Social 4.591,00
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Duplicatas a Receber 1.302,00
Vendas de Produtos 7.675,00 Duplicatas Descontadas 280,00
Despesas Gerais e Administrativas 1.141,00 Máquinas e Equipamentos 3.106,00
Juros Passivos a Vencer 48,00 Depreciação Acumulada 225,00
Ao realizar o levantamento do balanço patrimonial, o Contador da empresa
certamente encontrará um Ativo total no valor de
a) R$ 5.625,00. b) R$ 6.000,00.
c) R$ 5.905,00. d) R$ 5.720,00.
e) R$ 6.100,00.
Comentários
Classifiquemos as contas
Conta Classificação
Ações em Tesouraria 100,00 Redutora PL
Caixa 696,00 Ativo
Despesas Pré-Operacionais 95,00 Resultado
Mercadorias 1.293,00 Ativo
Empréstimos Bancários 120,00 Passivo
Provisão para Devedores Duvidosos 35,00 Redutora do ativo
Custo dos Produtos Vendidos 5.582,00 Resultado
Fornecedores 437,00 Passivo
Capital Social 4.591,00 Patrimônio Líquido
Duplicatas a Receber 1.302,00 Ativo
Vendas de Produtos 7.675,00 Resultado
Duplicatas Descontadas 280,00 Redutora do ativo*
Despesas Gerais e Administrativas 1.141,00 Resultado
Máquinas e Equipamentos 3.106,00 Ativo
Juros Passivos a Vencer 48,00 Ativo
Depreciação Acumulada 225,00 Redutora do ativo
Somando as do ativo, teremos:
Conta Classificação Valores
Caixa Ativo 696
Mercadorias Ativo 1293
Provisão para Devedores Duvidosos Redutora do ativo -35
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Duplicatas a Receber Ativo 1302
Duplicatas Descontadas Redutora do ativo* -280
Máquinas e Equipamentos Ativo 3106
Juros Passivos a Vencer Ativo 48
Depreciação Acumulada Redutora do ativo -225
Total 5905
OBS: A conta duplicatas descontadas, tecnicamente, hoje, é classificada no passivo circulante. Este posicionamento encontra-se de acordo com as normas
internacionais e com o Manual de Contabilidade Societária emitido pelo FIPECAFI.
Portanto, fazendo as contas acima, chegaríamos ao gabarito C. Todavia, a
questão deu como correta a assertiva B, incluindo as despesas pré-operacionais como ativo.
Dissemos que:
“O diferido foi extinto com as modificações recentes ocorridas na contabilidade
(MP 449 convertida na Lei 11.941/09).
Segundo o CPC 13 – Adoção inicial da Lei 11.638/2007 e 11.941/2009 (item
20), os saldos porventura existentes deste grupo patrimonial devem ser alocados a outro grupo no balanço patrimonial.
Não havendo essa possibilidade, ficam no ativo diferido até sua completa
amortização ou, alternativamente, podem ser baixados à conta de lucros ou prejuízos acumulados, do patrimônio líquido”.
Vejam que o balanço patrimonial refere-se a 31.12.2008.
Segundo o artigo 299-A da LSA:
“Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido
que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa amortização,
sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o § 3o do art. 183 desta Lei.
(Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)”.
A questão claramente tenta confundir o candidato (e os professores, consecutivamente). Mas veja que a LSA faculta (utiliza o termo PODE) que a
despesa pré-operacional fique no ativo. Assim, entendemos que a letra c também poderia ser o gabarito. A ESAF manteve como letra B.
Gabarito da banca B.
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12. (ESAF/APO/MPOG/2010) A empresa Massas e Maçãs S/A listou as seguintes
contas para elaborar o seu balanço:
01 - Ações de Outras Companhias R$ 200,00 02 - Ações de Coligadas R$ 300,00
03 - Ações em Tesouraria R$ 50,00 04 - Duplicatas a Pagar R$ 2.000,00
05 - Duplicatas a Receber R$ 1.800,00 06 - Duplicatas Descontadas R$ 1.400,00
07 - Mercadorias R$ 1.200,00 08 - Produtos Acabados R$ 800,00
09 - Máquinas e Equipamentos R$ 1.600,00 10 - Móveis e Utensílios R$ 1.500,00
11 - Imóveis R$ 4.810,00 12 - Despesas Operacionais R$ 250,00
13 - Despesas Administrativas R$ 600,00
14 - Receitas de Vendas R$ 1.700,00 15 - Receitas Não-Operacionais R$ 660,00
16 - Custo dos Serviços Vendidos R$ 920,00 17 - Salários R$ 180,00
18 - Fornecedores R$ 1.400,00 19 - Provisão p/Devedores Duvidosos R$ 120,00
20 - Provisão para Imposto de Renda R$ 370,00 21 - Capital Social R$ 5.000,00
22 - Capital a Realizar R$ 320,00 23 - Depreciação R$ 310,00
24 - Depreciação Acumulada R$ 500,00 25 - Amortização Acumulada R$ 190,00
26 - ICMS a Recolher R$ 230,00 27 - ICMS sobre Vendas R$ 80,00
28 - Reserva Legal R$ 1.260,00
29 - Provisão para FGTS R$ 90,00
Na elaboração do Balanço Patrimonial, com os valores acima listados, vamos encontrar um
a) Ativo Circulante de R$ 3.680,00.
b) Ativo total de R$ 10.000,00. c) Passivo Circulante de R$ 5.490,00.
d) Patrimônio Líquido de R$ 5.890,00. e) Saldos devedores de R$ 14.630,00.
Comentários
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
05 - Duplicatas a Receber R$ 1.800,00 04 - Duplicatas a Pagar R$ 2.000,00
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07 - Mercadorias R$ 1.200,00 18 - Fornecedores R$ 1.400,00
08 - Produtos Acabados R$ 800,00
20 - Provisão para Imposto de Renda
R$ 370,00
19 - Provisão p/Devedores Duvidosos (R$
120,00) 26 - ICMS a Recolher R$ 230,00
06 - Duplicatas Descontadas (R$ 1.400,00) 29 - Provisão para FGTS R$ 90,00
TOTAL 2.280,00 TOTAL 4.090
Não circulante PATRIMÔNIO LÍQUIDO
01 - Ações de Outras Companhias R$
200,00 21 - Capital Social R$ 5.000,00
02 - Ações de Coligadas R$ 300,00 22 - Capital a Realizar (R$ 320,00)
09 - Máquinas e Equipamentos R$ 1.600,00 03 - Ações em Tesouraria (R$ 50,00)
10 - Móveis e Utensílios R$ 1.500,00 28 - Reserva Legal R$ 1.260,00
11 - Imóveis R$ 4.810,00 Lucros acumulados 20,00
24 - Depreciação Acumulada (R$ 500,00) TOTAL 5.910
25 - Amortização Acumulada (R$ 190,00)
TOTAL 7.720
TOTAL DO ATIVO 10.000,00 TOTAL DO PASSIVO 10.000,00
Apuração do resultado
Despesas Receitas
12 - Despesas Operacionais R$ 250,00 14 - Receitas de Vendas R$ 1.700,00
13 - Despesas Administrativas R$ 600,00
15 - Receitas Não-Operacionais R$
660,00 16 - Custo dos Serviços Vendidos R$
920,00 TOTAL 2.360
17 - Salários R$ 180,00
27 - ICMS sobre Vendas R$ 80,00
23 - Depreciação R$ 310,00
TOTAL 2.340
Resultado: Lucro acumulado de R$ 20,00 (Conta transitória do PL)
Gabarito, portanto, letra b.
Gabarito B.
13. (ESAF/APOF/SP/2009) Ao encerrar o exercício social de 2008, a empresa
Cibrazém de Armazenagem e Comércio Ltda. apurou os seguintes saldos:
Contas Saldos (R$)
Capital Social 200.000,00
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Vendas 540.000,00
Mercadorias 180.000,00 Duplicatas a Receber 140.000,00
Caixa 70.000,00 ICMS sobre Vendas 100.000,00
Duplicatas a Pagar 100.000,00 Ações de Coligadas 50.000,00
Fornecedores 150.000,00 Móveis e Utensílios 310.000,00
Provisão para Férias 15.000,00 Depreciação 60.000,00
Duplicatas Descontadas 90.000,00 Depreciação Acumulada 180.000,00
Fretes e Carretos 25.000,00 Prejuízos Acumulados 31.000,00
Salários a Pagar 18.000,00
Compras 230.000,00 Salários 88.000,00
Provisão para Devedores Duvidosos 2.000,00 Aluguéis Ativos 12.000,00
Juros Passivos 7.000,00 Capital a Realizar 40.000,00
ICMS a Recolher 65.000,00 Reserva Legal 6.000,00
Ações em Tesouraria 30.000,00 Prêmios de Seguros 17.000,00
Soma total 2.756.000,00
O inventário físico apontou o valor de R$ 154.000,00 de mercadorias em estoque no fim do ano.
Elaborando o balanço patrimonial com os dados apresentados, após a apuração
do resultado do exercício, vamos encontrar um
a) Ativo total de R$ 478.000,00. b) Passivo e Patrimônio Líquido de R$ 453.000,00.
c) Passivo Circulante de R$ 438.000,00. d) Prejuízo Acumulado de R$ 31.000,00.
e) Patrimônio Líquido de R$ 104.000,00.
Comentários
ATIVO PASSIVO
Mercadorias 154.000,00 Duplicatas a Pagar 100.000,00
Duplicatas a Receber 140.000,00 Salários a Pagar 18.000,00
Caixa 70.000,00 Provisão para Férias 15.000,00
Duplicatas Descontadas (90.000,00) Fornecedores 150.000,00
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Provisão para Devedores Duvidosos
(2.000,00) ICMS a Recolher 65.000,00
Ações de Coligadas 50.000,00 TOTAL DO PASSIVO 348.000
Móveis e Utensílios 310.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Depreciação Acumulada (180.000,00) Capital Social 200.000,00
Capital a Realizar (40.000,00)
Prejuízos acumulados (31.000) + (1.000) =
(32.000)
Reserva Legal 6.000,00
Ações em Tesouraria (30.000,00)
TOTAL DO PL 104.000
TOTAL DO ATIVO 452.000 TOTAL DO PASSIVO + PL 452.000
APURAÇÃO DO RESULTADO
DESPESAS RECEITAS
ICMS sobre Vendas 100.000,00 Vendas 540.000,00
Depreciação 60.000,00 Aluguéis Ativos 12.000,00
Fretes e Carretos 25.000,00
Prêmios de Seguros 17.000,00
Salários 88.000,00
Juros Passivos 7.000,00
CMV = 256.000
TOTAL 553.000 TOTAL 552.000
PREJUÍZOS ACUMULADOS (1.000)
CMV = EI + CO - EF
CMV = 180.000 + 230.000 - 154.000 = 256.000
Gabarito E.
14. (ESAF/TRF/RFB/2002) O patrimônio da Empresa Alvas Flores, em 31.12.01,
era composto pelas seguintes contas e respectivos saldos, em valores simbólicos.
Caixa R$ 100,00
Capital Social R$ 350,00
Empréstimos Obtidos LP R$ 150,00 Bancos c/ Movimento R$ 200,00
Lucros Acumulados R$ 200,00 Fornecedores R$ 100,00
Contas a Receber R$ 100,00 Empréstimos Concedidos LP R$ 100,00
Dividendos a Pagar R$ 150,00 Duplicatas Emitidas R$ 800,00
Notas Promissórias Emitidas R$ 500,00 Adiantamento de Clientes R$ 200,00
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Impostos a Pagar R$ 50,00
Equipamentos R$ 100,00 Clientes R$ 450,00
Reserva Legal R$ 100,00 Mercadorias R$ 500,00
Notas Promissórias Aceitas R$ 250,00 Duplicatas Aceitas R$ 1.000,00
Patentes R$ 200,00
A representação gráfica do patrimônio que acima se compõe evidenciará um ativo total no valor de
a) R$ 2.400,00
b) R$ 2.600,00 c) R$ 2.800,00
d) R$ 2.850,00
e) R$ 3.050,00
Comentários
São contas do ativo:
Caixa R$ 100,00 Bancos c/ Movimento R$ 200,00
Contas a Receber R$ 100,00 Empréstimos Concedidos LP R$ 100,00
Duplicatas Emitidas R$ 800,00 Equipamentos R$ 100,00
Clientes R$ 450,00 Mercadorias R$ 500,00
Notas Promissórias Aceitas R$ 250,00
Patentes R$ 200,00 TOTAL R$ 2.800,00
Devemos fazer uma consideração sobre as duplicatas e as notas promissórias.
As duplicatas é um título de crédito emitido pela empresa contra o devedor.
Assim, quando a empresa ALFA emite uma duplicata para que João pague daqui a 30 dias, ela terá direito a receber tal quantia naquele prazo.
Já quando a empresa ALFA compra da sociedade BETA mercadorias, sendo que
BETA emite uma duplicata, ALFA terá uma obrigação, um passivo a adimplir.
Fica assim:
DUPLICATAS ACEITAS OBRIGAÇÃO
DUPLICATAS EMITIDAS DIREITO
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Situação reversa ocorre para a nota promissória. A nota promissória é uma promessa de pagamento. Deste modo, quando ALFA emite uma nota
promissória, ela está prometendo pagar determinada quantia na data X. Portanto, uma nota promissória emitida é uma obrigação.
Já uma nota promissória aceita pela empresa ALFA significa um direito.
NOTA PROMISSÓRIA ACEITA DIREITO
NOTA PROMISSÓRIA EMITIDA OBRIGAÇÃO
Gabarito C.
15. (ESAF/AFTM/ISS/NATAL/2008) Os Armazéns da Esquina S/A mantêm, em seu plano de contas, os títulos a seguir relacionados, entre outros, os quais
apresentam os seguintes saldos:
Contas Saldos Duplicatas a Pagar R$ 90.000,00
Duplicatas Descontadas R$ 60.000,00 Duplicatas a Receber R$ 50.000,00
Duplicatas a Vencer R$ 30.000,00
Depreciação Acumulada R$ 9.000,00 Encargos de Depreciação R$ 8.000,00
Impostos a Pagar R$ 6.000,00 Impostos a Vencer R$ 5.000,00
Impostos a Recolher R$ 3.000,00 Impostos a Recuperar R$ 2.800,00
Aluguéis Passivos R$ 4.000,00 Aluguéis a Pagar R$ 2.000,00
Aluguéis Ativos R$ 1.900,00 Aluguéis a Receber R$ 1.500,00
Aluguéis a Vencer R$ 1.000,00
Considerando apenas a relação de contas acima, ao classificá-las para fins de balanço, vamos encontrar no Passivo Circulante o valor de:
a) R$ 101.000,00. b) R$ 105.000,00.
c) R$ 131.000,00. d) R$ 135.000,00.
e) R$ 161.000,00.
Comentários
CONTA VALOR CLASSIFICAÇÃO
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Duplicatas a Pagar R$ 90.000,00 Passivo Circulante
Duplicatas Descontadas R$ 60.000,00 Redutora do AC*
Duplicatas a Receber R$ 50.000,00 Ativo Circulante
Duplicatas a Vencer R$ 30.000,00 Ativo Circulante
Depreciação Acumulada R$ 9.000,00 Redutora do ANC - Imob
Encargos de Depreciação R$ 8.000,00 Despesa
Impostos a Pagar R$ 6.000,00 Passivo Circulante
Impostos a Vencer R$ 5.000,00 Ativo Circulante
Impostos a Recolher R$ 3.000,00 Passivo Circulante
Impostos a Recuperar R$ 2.800,00 Ativo Circulante
Aluguéis Passivos R$ 4.000,00 Despesa
Aluguéis a Pagar R$ 2.000,00 Passivo Circulante
Aluguéis Ativos R$ 1.900,00 Receita
Aluguéis a Receber R$ 1.500,00 Ativo Circulante
Aluguéis a Vencer R$ 1.000,00 Ativo Circulante
CONTA VALOR CLASSIFICAÇÃO
Duplicatas a Pagar R$ 90.000,00 Passivo Circulante
Impostos a Pagar R$ 6.000,00 Passivo Circulante
Impostos a Recolher R$ 3.000,00 Passivo Circulante
Aluguéis a Pagar R$ 2.000,00 Passivo Circulante
TOTAL R$ 101.000,00
Algumas considerações.
A conta DUPLICATAS A VENCER, para a ESAF, significa um direito da
empresa.
A conta IMPOSTOS A VENCER e ALUGUÉIS A VENCER também são representativas de direito, posto que são impostos e aluguéis já pagos mas
ainda não incorridos.
Gabarito A.
16. (ESAF/TRF/2000) Em 31 de dezembro de 1999, o Contador da firma ZÊ LTDA. apresenta as seguintes contas e saldos, extraídos do livro Razão:
C O N T A S SALDOS
Caixa
250
Duplicatas a Pagar 650 Lucros Acumulados 130
Aluguéis Passivos 140 Comissões Ativas 30
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Receita de Juros 110
Impostos a Recolher 300 Veículos 900
Custo das Vendas 600 Receita de Vendas 900
Despesas de Juros 130 Clientes 360
Móveis e Utensílios 540 Capital Social 950
Impostos Federais 200 Salários 450
Fornecedores 880 FGTS a Recolher 200
Conferimos essa listagem e verificamos que o balancete não está fechado, pois
a soma dos saldos devedores não está com valor igual à soma dos saldos
credores. Mesmo assim, certificamo-nos de que as contas diferenciais estão todas representadas com saldos corretos na relação acima. Deste modo,
podemos afirmar que o Patrimônio Líquido contido na listagem apresentada soma o valor de
a) R$ 1.080,00
b) R$ 710,00 c) R$ 800,00
d) R$ 910,00 e) R$ 600,00
Comentários
A teoria materialística divide as contas em:
A) CONTAS INTEGRAIS: Representam o ativo e passivo exigível (obrigações); B) CONTAS DIFERENCIAIS: Representam o patrimônio líquido, receitas e
despesas.
CONTA VALOR CLASSIFICAÇÃO
Caixa 250 Ativo
Duplicatas a Pagar 650 Passivo
Lucros Acumulados 130 Patrimônio Líquido
Aluguéis Passivos 140 Despesa
Comissões Ativas 30 Receita
Receita de Juros 110 Receita
Impostos a Recolher 300 Passivo
Veículos 900 Ativo
Custo das Vendas 600 Despesa
Receita de Vendas 900 Receita
Despesas de Juros 130 Despesa
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Clientes 360 Ativo
Móveis e Utensílios 540 Ativo
Capital Social 950 Patrimônio Líquido
Impostos Federais 200 Despesa
Salários 450 Despesa
Fornecedores 880 Passivo
FGTS a Recolher 200 Passivo
Vamos lá!
Encerrando o resultado...
Despesas Receitas
Aluguéis Passivos 140 Comissões Ativas 30
Custo das Vendas 600 Receita de Juros 110
Despesas de Juros 130 Receita de Vendas 900
Impostos Federais 200 TOTAL 1040
Salários 450
TOTAL 1520
RESULTADO (PREJUÍZO) 480
Agora, vamos ver o nosso PL.
Capital social 950 Lucros acumulados – Prejuízos acumulados 130 – 480 = (350)
TOTAL DO PL 600
Gabarito E.
17. (ESAF/ATE/MS/2001) As contas e saldos listados a seguir foram extraídos,
entre outras contas, do Livro Razão da Cia. Comercindústria, no último dia do exercício social:
Contas (em ordem alfabética) saldos(R$) Ações de Coligadas 100,00
Aluguéis a Pagar 150,00 Aluguéis a Receber 200,00
Caixa 250,00 Capital a Integralizar 300,00
Capital Social 950,00 Clientes 900,00
Duplicatas Aceitas 850,00 Duplicatas Emitidas 800,00
Fornecedores 750,00
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Juros Ativos 700,00
Juros Passivos 650,00 Máquinas e Equipamentos 600,00
Materiais 550,00 Mercadorias 500,00
Notas Promissórias Aceitas 450,00 Notas Promissórias Emitidas 400,00
Receitas a Receber 350,00 Receitas a Vencer 300,00
Considerando, exclusivamente, as contas acima listadas, podemos verificar que
os saldos devedores e os créditos da empresa estão nelas evidenciados, respectivamente, pelos valores de:
a) R$ 5.650,00 e R$ 4.100,00
b) R$ 2.700,00 e R$ 3.800,00
c) R$ 2.900,00 e R$ 4.200,00 d) R$ 5.300,00 e R$ 4.450,00
e) R$ 5.650,00 e R$ 3.000,00
Comentários
Saldos devedores são as contas que apresentam saldo desta natureza. Os créditos, por seu turno, são os direitos da empresa. Classifiquemos.
CONTA CLASSIFICAÇÃO SALDO
Ações de Coligadas ANC/Investimentos Devedor
Aluguéis a Pagar Passivo Circulante Credor
Aluguéis a Receber Ativo Circulante Devedor
Caixa Ativo Circulante Devedor
Capital a Integralizar Patrimônio Líquido Devedor
Capital Social Patrimônio Líquido Credor
Clientes Ativo Circulante Devedor
Duplicatas Aceitas Passivo Circulante Credor
Duplicatas Emitidas Ativo Circulante Devedor
Fornecedores Passivo Circulante Credor
Juros Ativos Receita Credor
Juros Passivos Despesa Devedor
Máquinas e Equipamentos ANC/Imobilizado Devedor
Materiais ANC/Imobilizado Devedor
Mercadorias Ativo Circulante Devedor
Notas Promissórias Aceitas Ativo Circulante Devedor
Notas Promissórias Emitidas Passivo Circulante Credor
Receitas a Receber Ativo Circulante Devedor
Receitas a Vencer PNC/Receitas diferidas Credor
Segregando, teremos:
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SALDOS DEVEDORES CONTA CLASSIFICAÇÃO SALDO VALOR
Ações de Coligadas ANC/Investimentos Devedor 100
Aluguéis a Receber Ativo Circulante Devedor 200
Caixa Ativo Circulante Devedor 250
Capital a Integralizar Patrimônio Líquido Devedor 300
Clientes Ativo Circulante Devedor 900
Duplicatas Emitidas Ativo Circulante Devedor 800
Juros Passivos Despesa Devedor 650
Máquinas e Equipamentos ANC/Imobilizado Devedor 600
Materiais ANC/Imobilizado Devedor 550
Mercadorias Ativo Circulante Devedor 500
Notas Promissórias Aceitas Ativo Circulante Devedor 450
Receitas a Receber Ativo Circulante Devedor 350
TOTAL 5650
CRÉDITOS
CONTA CLASSIFICAÇÃO SALDO VALOR
Aluguéis a Receber Ativo Circulante Devedor 200
Capital a Integralizar Patrimônio Líquido Devedor 300
Clientes Ativo Circulante Devedor 900
Duplicatas Emitidas Ativo Circulante Devedor 800
Notas Promissórias Aceitas Ativo Circulante Devedor 450
Receitas a Receber Ativo Circulante Devedor 350
TOTAL 3000
Gabarito E.
18. (ESAF/AFC/STN/2002) O patrimônio da Indústria Luzes & Velas é constituído pelos elementos que abaixo apresentamos com valores apurados
em 30 de setembro.
Bens fixos R$ 2.100,00
Notas Promissórias emitidas R$ 600,00 Débitos de Funcionamento R$ 900,00
Créditos de Financiamento R$ 600,00 Bens de Venda R$ 900,00
Créditos de Funcionamento R$ 1.200,00 Bens Numerários R$ 450,00
Bens de Renda R$ 750,00 Débitos de Financiamento R$ 300,00
Reservas de Lucros R$ 750,00 Reservas de Capital R$ 1.800,00
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Sabendo-se que essa empresa apresenta lucros acumulados correspondentes a
25% do valor do capital de terceiros, podemos afirmar que o valor do seu Capital Social é
a) R$ 4.200,00
b) R$ 3.000,00 c) R$ 2.550,00
d) R$ 1.800,00 e) R$ 1.200,00
Comentários
ATIVO PASSIVO
Bens fixos R$ 2.100,00 Notas Promissórias emitidas R$ 600,00
Créditos de Financiamento R$ 600,00 Débitos de Funcionamento R$ 900,00
Bens de Venda R$ 900,00 Débitos de Financiamento R$ 300,00
Créditos de
Funcionamento R$ 1.200,00 TOTAL R$ 1.800,00
Bens Numerários R$ 450,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Bens de Renda R$ 750,00 Reservas de Lucros R$ 750,00
Reservas de Capital R$ 1.800,00
LUCROS ACUMULADOS (25% x
1.800) R$ 450,00
Capital Social R$ 1.200,00
TOTAL DO PL R$ 4.200,00
TOTAL DO ATIVO
R$
6.000,00 TOTAL DO PASSIVO + PL
R$
6.000,00
E como encontramos o valor do Capital Social?!
Vejam, meus amigos, que a questão trouxe o valor tão-somente das reservas
de lucros e reservas de capital, que, indubitavelmente, são contas do PL.
Disse, também, que os lucros acumulados representavam 25% do valor do passivo exigível. Como o passivo exigível é de R$ 1.800,00, temos que a conta
lucros acumulados é de R$ 450,00. Lembrem-se de que a utilização da conta lucros acumulados agora só pode ser feita de modo transitório.
Portanto, como o ativo é de R$ 6.000,00, utilizamo-nos da equação básica da
contabilidade: A = P + PL.
A = P + PL 6.000,00 = 1.800,00 + PL
PL = 4.200,00.
Como só temos R$ 3.000,00, temos que o capital social corresponde a R$
1.200,00.
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Gabarito E.
19. (ESAF/AFRFB/RFB/2003) No sistema contábil abaixo apresentado só faltou anotar as despesas incorridas no período. Todavia, considerando as regras do
método das partidas dobradas, podemos calcular o valor dessas despesas.
Componentes Valores
Capital R$ 1.300,00 Receitas R$ 1.000,00
Dívidas R$ 1.800,00 Dinheiro R$ 1.100,00
Clientes R$ 1.200,00
Fornecedores R$ 1.350,00 Prejuízos Anteriores R$ 400,00
Máquinas R$ 1.950,00
Com base nos elementos apresentados, pode-se afirmar que o valor das despesas foi
a) R$ 200,00
b) R$ 400,00 c) R$ 800,00
d) R$ 1.200,00 e) R$ 1.400,00
Comentários
Vamos lá!
Ativo: 1.100 + 1.200 + 1.950 = 4.250,00 Passivo: 1.800 + 1.350 = 3.150,00
Logo, o PL deve ser: 1.100.
A questão apresentou as seguintes contas do PL
Capital 1.300
Prejuízos anteriores (400) Total 900
Portanto, para chegar ao valor de R$ 1.100,00, ainda faltam R$ 200,00. Isto
significa dizer que as minhas receitas devem suplantar as despesas neste
montante. Portanto, se as receitas foram de R$ 1.000,00, as despesas só podem ser de R$ 800,00, o que dará um saldo de R$ 200,00 para lucros
acumulados.
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Capital 1.300 Prejuízos anteriores – lucro do período (400) + 200 = (200)
Total 1.100
Gabarito C.
20. (ESAF/Analista/SERPRO/2001) Os correntistas bancários, atualmente,
podem dispor de facilidades nas chamadas contas de livre movimentação ou Bancos c/Movimento, com limites de saques garantidos por contratos de
“cheque especial”. Estas contas ora representam ativo contábil, ora representam passivo contábil, dependendo de seu tipo de saldo.
Podemos dizer que a conta de depósitos bancários da empresa, garantida por contrato de cheque especial, é uma conta de passivo quando
a) o saldo da conta no livro razão da empresa for devedor
b) o saldo da conta no livro razão do banco for devedor c) o saldo da conta no extrato bancário for credor
d) o saldo da conta tanto no livro razão da empresa, como no extrato bancário for credor
e) o saldo da conta tanto no livro razão da empresa como no extrato bancário for devedor
Comentários
Sabemos que a conta “bancos conta movimento”, no ativo, representa um
direito da empresa frente a uma instituição financeira.
Ocorre que, diversas vezes, a entidade pode se utilizar do chamado cheque
especial, utilizando-se de recursos que pertencem ao banco.
Fazendo isso, estará usufruindo de capital de terceiros. Como sabemos, na contabilidade vige a primazia da essência sobre a forma. Tal situação, portanto,
equipara-se a um empréstimo.
Assim, quando a empresa tem um saldo positivo no banco, temos:
LIVRO RAZÃO:
DA EMPRESA SALDO DEVEDOR (DIREITO FRENTE AO BANCO).
DO BANCO CREDOR (OBRIGAÇÃO FRENTE AO CORRENTISTA).
Quando o saldo, por seu turno, passa a ser negativo, teremos:
NA EMPRESA SALDO CREDOR (OBRIGAÇÃO FRENTE AO BANCO).
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NO BANCO SALDO DEVEDOR (DIREITO FRENTE AO CORRENTISTA).
Neste caso, do cheque especial, a conta passa a figurar no passivo e não como
redutora do ativo circulante, como algumas questões tentam propor. A regra é que as contas do ativo não sejam de saldo credor.
Gabarito B.
21. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/CGU/2008) O Balancete de
Verificação de uma empresa apresenta as seguintes contas e respectivos saldos ao final do exercício social (31.12.20X8):
Móveis e Utensílios 530
Bancos 4.000 Vendas 50.000
Duplicatas a Pagar 6.000 Despesa de Salários 10.000
Contas a Receber 8.000 Despesas de Juros 2.000
Receitas de Serviços 17.000 Despesa de Aluguel 3.000
Prejuízos Acumulados 4.000 Edifícios de Uso 12.000
Custo das Vendas 40.000
Empréstimos a Pagar 3.000
Com base nos dados acima e nas regras de apuração de resultado, pode-se afirmar que:
a) após a apuração do resultado, os Prejuízos Acumulados foram transformados
em lucros acumulados de 12.000. b) o Lucro do Período foi de 52.000.
c) o Capital Social é de 7.530. d) o Patrimônio Líquido é de 8.000.
e) o Ativo e o Passivo somam 33.000.
Comentários
ATIVO
Móveis e Utensílios 530
Bancos 4.000 Contas a Receber 8.000
Edifícios de Uso 12.000 TOTAL DO ATIVO 24.530
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PASSIVO
Duplicatas a Pagar 6.000
Empréstimos a Pagar 3.000 TOTAL DO PASSIVO 9.000
APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Receitas – Despesas =
Vendas 50.000
Receitas de Serviços 17.000 Despesa de Salários (10.000)
Despesas de Juros (2.000) Despesa de Aluguel (3.000)
Custo das Vendas (40.000)
LUCRO 12.000 (VAI PARA O PL PARA DESTINAÇÃO)
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Lucro ou Prejuízos Acumulados (4.000) + 12.000 = 8.000 Capital social ?
Portanto, de posse da equação básica da contabilidade, faremos:
A = P + PL
24.530 = 9.000 + PL PL = 15.530
Agora, vejam que o PL é composto por Lucros acumulados, no montante de R$
8.000,00, e capital social, cujo valor queremos descobrir.
PL = Lucros acumulados + Capital Social
15.530 = 8.000 + Capital Social Capital social = 7.530,00.
Gabarito C.
22. (ESAF/AFRF/2002) José Rodrigues Mendes, Maria Helena Souza e Pedro Paulo Frota, tempos atrás, criaram uma empresa para comerciar chinelos e
roupas, na forma de Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada, com capital inicial de 20 mil reais, dividido em quatro quotas iguais, sendo dois
quartos para José Rodrigues, completamente integralizado.
Hoje, a relação patrimonial dessa empresa apresenta:
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Dinheiro no valor de R$ 2.000,00;
Títulos a receber de Manuel Batista, R$ 4.000,00; Duplicatas aceitas pelo mercado local, R$ 6.000,00;
Móveis de uso, no valor de R$ 5.000,00; Duplicatas emitidas pela Brastemp R$ 2.500,00;
Empréstimos no Banco do Brasil, R$ 5.800,00; Adiantamentos feitos a empregados, no valor de R$ 200,00;
Adiantamento feito a Pedro Paulo, no valor de R$ 1.800,00.
Os bens para vender estão avaliados em R$ 5.300,00; o aluguel da loja está atrasado em R$ 1.000,00; e o carro da firma foi comprado por R$ 8.100,00.
No último período a empresa conseguiu ganhar R$ 4.900,00, mas, para isto,
realizou despesas de R$ 2.600,00.
Ao elaborar a estrutura gráfica patrimonial com os valores acima devidamente
classificados, a empresa vai encontrar capital próprio no valor de:
a) R$ 20.000,00 b) R$ 21.300,00
c) R$ 23.100,00 d) R$ 22.300,00
e) R$ 24.300,00
Comentários
Vamos lá!
ATIVO
Dinheiro no valor de R$ 2.000,00;
Títulos a receber de Manuel Batista, R$ 4.000,00; Duplicatas aceitas pelo mercado local, R$ 6.000,00;
Móveis de uso, no valor de R$ 5.000,00; Adiantamentos feitos a empregados, no valor de R$ 200,00;
Adiantamento feito a Pedro Paulo, no valor de R$ 1.800,00. Estoque de mercadorias R$ 5.300,00.
Veículos R$ 8.100,00 TOTAL DO ATIVO R$ 32.4000,00
PASSIVO
Duplicatas emitidas pela Brastemp R$ 2.500,00;
Empréstimos no Banco do Brasil, R$ 5.800,00; Aluguéis atrasado R$ 1.000,00.
TOTAL DO PASSIVO R$ 9.300,00,00
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Agora, é só se utilizar da equação fundamental da contabilidade e
encontraremos o PL. Não há necessidade de apurar o resultado, posto que ele já está embutido dentro do PL.
A = P + PL
32.400 = 9.300,00 + PL PL = 23.100,00
Gabarito C.
23. (ESAF/AFTN/1998) No dia primeiro do mês quatro a firma Violetas S/A
demonstrou a seguinte situação patrimonial:
Ativo Circulante R$ 2.300,00
Ativo Não Circulante R$ 2.300,00 Passivo Circulante R$ 2.300,00
Patrimônio Líquido R$ 2.300,00
Durante o referido mês, a empresa executou e contabilizou diversas partidas contábeis, chegando ao último dia com a seguinte situação patrimonial:
Ativo Circulante R$ 1.100,00
Ativo Não Circulante R$ 4.800,00 Passivo Circulante R$ 3.400,00
Patrimônio Líquido R$ 2.500,00
No período não houve aumento de capital por subscrição e integralização de
ações novas. Diante destas informações, podemos dizer que a Violetas S/A, no mês de abril acima referido, apurou
a) perdas de R$ 1.200,00, como mostra a redução do Ativo Circulante
b) perdas de R$ 1.100,00, como mostra o aumento do Passivo Circulante c) ganhos de R$ 200,00, como mostra o aumento do Patrimônio Líquido
d) ganhos de R$ 1.300,00, como mostra o aumento do ativo total e) nem ganhos nem perdas já que o patrimônio permanece balanceado
Comentários
Situação inicial
ATIVO PASSIVO
Circulante 2.300 Circulante 2.300
Não circulante 2.300 PL 2.300
TOTAL 4.600 TOTAL 4.600
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Situação final
ATIVO PASSIVO
Circulante 1.100 Circulante 3.400
Não circulante 4.800 PL 2.500
TOTAL 5.900 TOTAL 5.900
Vejam que o PL aumentou de R$ 2.300 para R$ 2.500. Tal fato evidencia
alteração no valor de R$ 200,00, o que pode ter ocorrido por ganhos, como lucro no período.
Gabarito C.
24. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Em relação ao
patrimônio, objeto da contabilidade, é correto afirmar que
a) o ativo patrimonial é composto dos bens, direitos e obrigações de uma pessoa física ou jurídica.
b) o patrimônio líquido pode ser entendido como sendo a diferença entre o valor do ativo e o valor do passivo de um patrimônio.
c) se calcularmos os direitos reais e os direitos pessoais pertencentes a uma
entidade, estaremos calculando o ativo patrimonial dessa entidade. d) o capital social de um empreendimento comercial é o montante de recursos
aplicados em seu patrimônio. e) o montante dos bens e dos direitos de uma pessoa física ou jurídica tem o
mesmo valor de seu passivo real.
Comentários
a) o ativo patrimonial é composto dos bens, direitos e obrigações de uma pessoa física ou jurídica.
O item está incorreto. O ativo compreende os bens e direitos.
b) o patrimônio líquido pode ser entendido como sendo a diferença
entre o valor do ativo e o valor do passivo de um patrimônio.
A ESAF considerou o item como incorreto, pois, aparentemente, tratou a
expressão passivo, como sinônimo de passivo total, ou seja, passivo exigível mais patrimônio líquido.
c) se calcularmos os direitos reais e os direitos pessoais pertencentes a
uma entidade, estaremos calculando o ativo patrimonial dessa entidade.
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Este foi o gabarito dado pela banca. Os direitos reais compreendem os direitos
diretamente sobre coisas, como estoques, veículos, máquinas. Os direitos pessoais são direitos sobre relações, no campo do direito obrigacional, como
duplicatas a receber, notas promissórias a receber, adiantamento a fornecedores, entre outros.
Somando o conjunto de direitos reais e pessoais, teremos encontrado o valor do
ativo total.
d) o capital social de um empreendimento comercial é o montante de recursos aplicados em seu patrimônio.
O item está incorreto. O capital social é somente a fração de recursos investidos
pelos sócios. O montante de recurso aplicado no patrimônio é o ativo. O ativo corresponde às aplicações de recursos, provenientes de terceiros (passivo
exigível) ou de recursos próprios (patrimônio líquido).
e) o montante dos bens e dos direitos de uma pessoa física ou jurídica
tem o mesmo valor de seu passivo real.
O item está incorreto. Em regra, o valor do ativo difere do passivo, haja vista que existe também a aplicação de recursos próprios nas atividades
empresariais. De acordo com a equação fundamental da contabilidade:
ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
Gabarito B.
25. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) As demonstrações financeiras obrigatórias são as seguintes:
a) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração
de Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração do Fluxo de Caixa e Demonstração do Valor Adicionado, em alguns casos.
b) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração das Origens e Aplicações de
Recursos. c) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração
de Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração do Valor Adicionado, em alguns casos.
d) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração do Fluxo de Caixa.
e) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração
do Fluxo de Caixa e Demonstração do Valor Adicionado, em alguns casos.
Comentários
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SUGESTÃO DE RECURSO
Segundo a Lei 6.404/76:
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as
mutações ocorridas no exercício:
I - balanço patrimonial; II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de
2007) V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei
nº 11.638, de 2007)
Ainda, o mesmo artigo dispõe em seu parágrafo sexto que:
§ 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e
publicação da demonstração dos fluxos de caixa.
Portanto, analisemos.
O balanço patrimonial, a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados e a demonstração do resultado do exercício são obrigatórias para todas as
companhias, quer abertas, quer fechadas.
Veja-se que a demonstração do valor adicionado é obrigatória somente para as
companhias abertas, como frisa o artigo 176, caput, V.
Para as companhias fechadas é facultativa a elaboração da DVA.
Nada trouxe o caput do artigo 176 sobre a apresentação da DFC, contudo, o parágrafo sexto apresentado acima salienta que para as companhias fechadas
com PL menor do que 2 milhões na data do balanço a sua apresentação é facultativa.
Agora, vejamos a questão.
A alternativa apontada como correta pela banca diz:
a) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração
de Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração do Fluxo de Caixa e
Demonstração do Valor Adicionado, em alguns casos.
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Assevere-se que a alternativa que a banca considerou que a demonstração do valor adicionado é apresentada somente em alguns casos, mas não fez a
restrição para a DFC.
Ocorre que o simples fato de a opção para as companhias fechadas com PL menor do que 2 milhões apresentarem à sua escolha o Fluxo de Caixa constar
de um inciso do artigo, não desnatura como norma jurídica.
Assim, do mesmo que a DVA é apresentado somente em alguns casos (opcionalmente) a DFC também o é.
Portanto, a nosso ver, não há assertiva correta na questão, sendo o caso de
anulação.
Gabarito preliminar: A
Gabarito definitivo: Ainda não divulgado.
26. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Saldos contábeis
apurados no livro Razão em 31 de dezembro, antes do encerramento do resultado:
CONTAS SALDOS
Receita de Vendas 21.000,00 Capital Social 15.000,00
Produtos Acabados 14.800,00 Duplicatas a Pagar 14.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas 14.000,00 Duplicatas a Receber 10.000,00
Salários a Pagar 5.200,00
Equipamentos 4.600,00 Caixa 4.000,00
Veículos 3.900,00 Títulos a Pagar a Longo Prazo 3.800,00
Investimentos em Controladas 3.500,00 Salários 3.000,00
Títulos a Receber a Longo Prazo 3.000,00 Reserva Legal 1.800,00
Impostos 1.700,00 Aluguéis Ativos 1.600,00
Depreciação Acumulada 1.500,00 Prejuízos Acumulados 1.400,00
Reserva de Capital 1.200,00 Despesas Diferidas 1.200,00
Juros Passivos 1.100,00
Provisão p/ Ajuste de Estoques 1.100,00
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Elaborando o balanço patrimonial com os títulos acima, obteremos os seguintes valores:
a) Ativo Circulante R$ 30.000,00
b) Ativo Circulante R$ 28.900,00 c) Ativo Permanente R$ 12.000,00
d) Ativo Não Circulante R$ 12.000,00 e) Ativo Não Circulante R$ 15.000,00
Comentários
São contas do ativo.
ATIVO CIRCULANTE
Produtos Acabados 14.800,00 Duplicatas a Receber 10.000,00
Caixa 4.000,00 Despesas Diferidas 1.200,00
Provisão p/ Ajuste de Estoques (1.100,00) Total 28.900,00
ATIVO NÃO CIRCULANTE
Equipamentos 4.600,00
Veículos 3.900,00 Investimentos em Controladas 3.500,00
Títulos a Receber a Longo Prazo 3.000,00 Depreciação Acumulada 1.500,00
Total 16.500,00
Gabarito B.
27. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Assinale abaixo a opção correta.
a) Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária, o
exercício social não poderá ter duração diferente de um ano. b) Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os
pequenos saldos poderão ser agregados e é permitida a utilização dos termos “diversas contas” ou “contas correntes”.
c) As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a
proposta dos órgãos da administração no pressuposto de sua aprovação pela assembleia geral.
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d) Na determinação do resultado do exercício, serão computados as receitas e
os rendimentos ganhos e realizados no período, além dos custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos.
e) O aumento do valor de elementos do ativo em virtude de novas avaliações, registrado como reserva de reavaliação, poderá ser computado como lucro para
efeito de distribuição de dividendos ou participações.
Comentários
SUGESTÃO DE RECURSO
Comentemos item a item.
a) Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária, o exercício social não poderá ter duração diferente de um ano.
O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto (LSA, art. 175). Na constituição da companhia e nos casos de
alteração estatutária o exercício social poderá ter duração diversa (LSA, art. 175, parágrafo único).
Ao término do exercício, as companhias devem fazer com que sejam publicadas
as suas demonstrações contábeis (as que citamos acima).
Assim, se a companhia foi constituída regularmente e a data do término foi fixada em 31 de março, o exercício social terá a duração de 01 de abril a 31 de
março.
Imagine-se que esta mesma sociedade foi instituída em 01 de janeiro de X0. Vejam que a lei não determinou se o primeiro exercício social deverá durar
apenas 3 meses ou se, alternativamente, poderá durar pelo período de 15
meses.
Não há exigência, igualmente, de que o exercício social se inicie em 01 de janeiro e termine em 31 de dezembro. Todavia, por questões fiscais, é muito
difícil que na prática as sociedades adotem data diversa. Mas, repetimos, para concursos, o exercício pode começar e terminar em qualquer dia do ano.
Item incorreto.
b) Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas;
os pequenos saldos poderão ser agregados e é permitida a utilização dos termos “diversas contas” ou “contas correntes”.
De acordo com o artigo 176:
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§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e
não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou
"contas-correntes".
A finalidade de tal dispositivo é de facilitar o entendimento das demonstrações
contábeis, evitando que o excesso de detalhes prejudique o entendimento.
Deste modo, se temos as contas aplicação em certificado bancário e aplicação em fundo de renda fixa, podemos agrupar tudo em uma única conta chamada
aplicações financeiras.
Item incorreto.
c) As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros
segundo a proposta dos órgãos da administração no pressuposto de sua aprovação pela assembleia geral.
Com fulcro no artigo 176, § 3º: As demonstrações financeiras registrarão a
destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembléia-geral.
O que isso quer dizer?! O lucro ou prejuízo obtido no exercício pela entidade é
apurado em uma demonstração conhecida como demonstração do resultado do exercício (a ser estudada oportunamente).
Ocorre que os lucros obtidos precisam ser destinados e sua destinação é
definida pelo órgão máximo deliberativo dentro da SA: a assembléia-geral.
Quem administra a sociedade, no seu cotidiano, são os administradores. Desta
forma, no término do exercício social, os administradores procedem à destinação do lucro da forma que lhes aprouverem, pressupondo-se que a
assembléia-geral (que só ocorre 4 meses após o término do exercício social) irá ratificar a destinação.
Item correto.
d) Na determinação do resultado do exercício, serão computados as
receitas e os rendimentos ganhos e realizados no período, além dos custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos.
Segundo o artigo 187 da Lei 6.404:
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:
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a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos,
correspondentes a essas receitas e rendimentos.
Temos dois tipos de receitas que são registradas de acordo com o regime de competência:
- as ganhas e realizadas (financeiramente): por exemplo, uma venda de
mercadoria à vista. - as ganhas mas não realizadas: por exemplo, uma venda de mercadoria a
prazo.
Pois bem, ao afirmar que "serão computados as receitas e os rendimentos ganhos e realizados no período" a questão está correta, pois estas receitas são,
sim, registradas.
O mesmo vale para as despesas. Com espeque no regime de competência,
devemos registrar as despesas independentemente de pagamento. Todavia, mesmo as despesas que sejam pagas devem ser registradas, já que o norte
para o princípio de competência é o período e não a entrada ou saída de dinheiro em caixa.
Portanto, a nosso ver, essa alternativa também está correta e seria o caso de
anulação.
e) O aumento do valor de elementos do ativo em virtude de novas avaliações, registrado como reserva de reavaliação, poderá ser
computado como lucro para efeito de distribuição de dividendos ou participações.
O item está incorreto, posto que novos lançamentos na reserva de reavaliação foram proibidos com as modificações ocorridas na contabilidade pelas Lei
11.638 e 11.941.
Gabarito C. Gabarito definitivo: Ainda não divulgado.
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9. QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA
1. (ESAF/AFRFB/2009) Lei n. 6.404/76, com suas diversas atualizações,
determina que, ao fim de cada exercício social, com base na escrituração mercantil da companhia, exprimindo com clareza a situação do patrimônio e as
mutações ocorridas no exercício, a diretoria fará elaborar as seguintes demonstrações financeiras:
a) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração das origens e aplicações de recursos; demonstração dos fluxos de caixa; e, se companhia aberta,
demonstração do valor adicionado. b) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração dos fluxos de caixa; e
demonstração do valor adicionado. c) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração do resultado do exercício; demonstração das origens e aplicações de recursos; e demonstração das mutações do patrimônio líquido.
d) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resultado do exercício; demonstração das origens e aplicações
de recursos; e, se companhia aberta, demonstração das mutações do patrimônio líquido.
e) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resultado do exercício; demonstração dos fluxos de caixa; e,
se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
2. (FCC/Analista Judiciário/TRT 3ª região/2009) A empresa A é uma indústria e produz máquinas especiais, cujo processo demora 400 dias. Estas máquinas são
adquiridas para comercialização pela empresa B que leva aproximadamente 20
dias para comercializá-las, 40 dias para receber o valor das vendas realizadas a prazo, e 30 dias para pagar as máquinas adquiridas. A empresa C é cliente da
empresa B e utiliza as máquinas especiais em suas operações. Com base nestas informações, as máquinas especiais serão classificadas nas empresas A, B e C,
respectivamente, no
(A) ativo circulante, no ativo circulante e no ativo imobilizado. (B) ativo circulante, no ativo não-circulante e no ativo realizável a longo prazo.
(C) ativo realizável a longo prazo, no ativo circulante e no ativo imobilizado. (D) ativo realizável a longo prazo, no ativo realizável a longo prazo e no ativo
imobilizado. (E) ativo realizável a longo prazo, no ativo imobilizado e no ativo realizável a
longo prazo
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3. (ESAF/AFRFB/2009) Considere o exemplo da Chácara Caçula. Ela possui
1.000 frangos de corte para revender. Quatrocentos deles foram comprados de João Batista e ainda não foram pagos. Trezentos desses frangos já foram
entregues ao José Maria, mediante uma transação de venda realizada a prazo, em que o preço unitário foi nove reais e o imposto foi de 10%. A atividade
empresarial é exercida em instalações próprias, mas o equipamento é alugado de terceiros.
Na avaliação monetária dessa chácara temos que:
1. as instalações físicas valem R$ 10.000,00; 2. os equipamentos valem R$ 5.000,00;
3. o aluguel mensal dos equipamentos é de R$ 300,00; 4. o salário mensal do caseiro é de dois salários-mínimos;
5. os frangos custaram R$ 8,00 por unidade, isentos de impostos.
Calculando-se o patrimônio final dessa entidade, com base nas informações
prestadas, certamente, no início do ano se encontrará um:
a) passivo exigível de R$ 3.200,00. b) patrimônio líquido de R$ 14.800,00.
c) patrimônio líquido de R$ 13.600,00. d) patrimônio bruto de R$ 18.300,00.
e) patrimônio bruto de R$ 23.300,00.
4. (ESAF/AFRFB/2009) A firma comercial Alvorada Mineira Ltda. adquiriu um bem de uso por R$ 6.000,00, pagando uma entrada de 25% em dinheiro e
financiando o restante em três parcelas mensais e iguais. A operação foi tributada com ICMS de 12%.
Ao ser contabilizada a operação acima, o patrimônio da firma Alvorada
evidenciará um aumento no ativo no valor de:
a) R$ 6.720,00.
b) R$ 4.500,00. c) R$ 5.220,00.
d) R$ 5.280,00. e) R$ 3.780,00.
5. (ESAF/Analista de Mercados de Capitais/CVM/2010) Aponte abaixo a opção que contém uma assertiva incorreta.
a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos
passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade.
b) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes
de gerar benefícios econômicos para a entidade.
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c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de
deduzidos todos os resultados. d) Muitos ativos têm uma substância física. Entretanto, substância física não é
essencial à existência de um ativo. e) Muitos ativos estão ligados a direitos legais, inclusive a direito de
propriedade. Ao determinar a existência de um ativo, entretanto, o direito de propriedade não é essencial.
6. (ESAF/ISS RJ/2010) A Sociedade Limítrofe S/A obteve, no ano de 2009, como Resultado Líquido do Exercício, um lucro no valor de R$ 50.000,00 e
mandou distribuí-lo da seguinte forma:
5% para constituição de reserva legal; 10% para constituição de reserva estatutária;
10% para participação estatutária de administradores; 25% para provisão para o Imposto de Renda;
50% para dividendos obrigatórios; e O restante para reservas de lucro.
Na destinação de resultados feita na forma citada, pode-se dizer que, para
constituição da reserva legal, coube a importância de
a) R$ 2.500,00.
b) R$ 1.875,00. c) R$ 1.687,50.
d) R$ 1.500,00. e) R$ 1.375,00.
7. (ESAF/ISS RJ/2010) A empresa Mercantil Varejista S/A mandou elaborar o balanço de 2009 com base nos seguintes saldos contábeis, aqui demonstrados
em ordem alfabética:
C o n t a s s a l d o s
Aluguéis Ativos 195,00 Aluguéis a Pagar 75,00
Aluguéis a Receber 120,00 Aluguéis Passivos 150,00
Caixa 300,00
Capital Social 1.200,00 Clientes 420,00
Custo das Mercadorias Vendidas 360,00 Depreciação Acumulada 330,00
Despesas a Pagar 105,00 Despesas a Vencer 180,00
Duplicatas a Pagar 690,00 Duplicatas a Receber 480,00
Duplicatas Descontadas 210,00
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Fornecedores 840,00
ICMS a Recuperar 90,00 IPI a Recolher 45,00
Mercadorias 540,00 Móveis e Utensílios 600,00
Provisão p/Ajuste de Estoques 54,00 Provisão p/Imposto de Renda 186,00
Receitas a Receber 240,00 Receitas de Vendas 660,00
Reserva Legal 150,00 Salários 210,00
Veículos 1.050,00 Somatório 9.480,00
Apurado o resultado do exercício, a empresa destinou um terço para imposto de
renda e dois terços para reserva de lucros.
Ao elaborar o balanço patrimonial com base nas contas e saldos acima, a
empresa vai constatar a existência de um
a) Ativo Circulante no valor de R$ 2.280,00. b) Ativo Permanente no valor de R$ 1.386,00.
c) Passivo Circulante no valor de R$ 1.986,00. d) Patrimônio Líquido no valor de R$ 1.485,00.
e) Ativo Total no valor de R$ 4.020,00.
8. (ESAF/ATRFB/2009) A empresa Gregório, Irmãos & Cia. Ltda., possuindo
Disponibilidades de R$ 2.730,00, Imobilizações de R$ 3.270,00 e Dívidas de R$ 2.900,00, realizou duas transações:
1. A compra de uma máquina por R$ 2.000,00, pagando 20% de entrada; e
2. A venda de um equipamento por R$ 3.000,00, perdendo 30%.
Concluídas as operações, e devidamente registradas, pode-se afirmar com certeza que essa firma tem:
a) prejuízos de R$ 500,00.
b) passivo exigível de R$ 4.500,00.
c) patrimônio líquido de R$ 3.100,00. d) passivo a descoberto de R$ 900,00.
e) ativo de R$ 4.600,00.
9. (ESAF/ATRFB/2009) No balanço de encerramento do exercício social, as
contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira
da companhia.
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No ativo patrimonial, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau
de liquidez dos elementos nelas registrados, compondo os seguintes grupos:
a) ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; investimentos; ativo imobilizado; e intangível.
b) ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; e ativo permanente, dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido.
c) ativo circulante; e ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.
d) ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; investimentos; ativo imobilizado; e ativo diferido.
e) ativo circulante; e ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e diferido.
10. (ESAF/ATRFB/2009) Em relação ao encerramento do exercício social e à composição dos grupos e subgrupos do balanço, assinale abaixo a opção falsa.
a) No ativo circulante, serão incluídas as disponibilidades, os direitos realizáveis
no curso do exercício social e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.
b) No intangível, serão classificados os direitos que tenham por objeto bens
incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
c) Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base
o prazo desse ciclo. d) Em investimentos, serão classificadas as participações permanentes em
outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou
da empresa. e) No ativo imobilizado, serão classificados os direitos que tenham por objeto
bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de
operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens.
11. (ESAF/ATRFB/2009) A Companhia Cereais Sereias, em 31 de dezembro de 2008, apresentou o seguinte rol de contas e saldos:
Ações em Tesouraria 100,00 Caixa 696,00
Despesas Pré-Operacionais 95,00 Mercadorias 1.293,00
Empréstimos Bancários 120,00 Provisão para Devedores Duvidosos 35,00
Custo dos Produtos Vendidos 5.582,00 Fornecedores 437,00
Capital Social 4.591,00
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Duplicatas a Receber 1.302,00
Vendas de Produtos 7.675,00 Duplicatas Descontadas 280,00
Despesas Gerais e Administrativas 1.141,00 Máquinas e Equipamentos 3.106,00
Juros Passivos a Vencer 48,00 Depreciação Acumulada 225,00
Ao realizar o levantamento do balanço patrimonial, o Contador da empresa
certamente encontrará um Ativo total no valor de
a) R$ 5.625,00. b) R$ 6.000,00.
c) R$ 5.905,00. d) R$ 5.720,00.
e) R$ 6.100,00.
12. (ESAF/APO/MPOG/2010) A empresa Massas e Maçãs S/A listou as seguintes
contas para elaborar o seu balanço:
01 - Ações de Outras Companhias R$ 200,00
02 - Ações de Coligadas R$ 300,00 03 - Ações em Tesouraria R$ 50,00
04 - Duplicatas a Pagar R$ 2.000,00 05 - Duplicatas a Receber R$ 1.800,00
06 - Duplicatas Descontadas R$ 1.400,00 07 - Mercadorias R$ 1.200,00
08 - Produtos Acabados R$ 800,00 09 - Máquinas e Equipamentos R$ 1.600,00
10 - Móveis e Utensílios R$ 1.500,00 11 - Imóveis R$ 4.810,00
12 - Despesas Operacionais R$ 250,00 13 - Despesas Administrativas R$ 600,00
14 - Receitas de Vendas R$ 1.700,00 15 - Receitas Não-Operacionais R$ 660,00
16 - Custo dos Serviços Vendidos R$ 920,00
17 - Salários R$ 180,00 18 - Fornecedores R$ 1.400,00
19 - Provisão p/Devedores Duvidosos R$ 120,00 20 - Provisão para Imposto de Renda R$ 370,00
21 - Capital Social R$ 5.000,00 22 - Capital a Realizar R$ 320,00
23 - Depreciação R$ 310,00 24 - Depreciação Acumulada R$ 500,00
25 - Amortização Acumulada R$ 190,00 26 - ICMS a Recolher R$ 230,00
27 - ICMS sobre Vendas R$ 80,00
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28 - Reserva Legal R$ 1.260,00
29 - Provisão para FGTS R$ 90,00
Na elaboração do Balanço Patrimonial, com os valores acima listados, vamos encontrar um
a) Ativo Circulante de R$ 3.680,00.
b) Ativo total de R$ 10.000,00. c) Passivo Circulante de R$ 5.490,00.
d) Patrimônio Líquido de R$ 5.890,00. e) Saldos devedores de R$ 14.630,00.
13. (ESAF/APOF/SP/2009) Ao encerrar o exercício social de 2008, a empresa Cibrazém de Armazenagem e Comércio Ltda. apurou os seguintes saldos:
Contas Saldos (R$)
Capital Social 200.000,00
Vendas 540.000,00 Mercadorias 180.000,00
Duplicatas a Receber 140.000,00
Caixa 70.000,00 ICMS sobre Vendas 100.000,00
Duplicatas a Pagar 100.000,00 Ações de Coligadas 50.000,00
Fornecedores 150.000,00 Móveis e Utensílios 310.000,00
Provisão para Férias 15.000,00 Depreciação 60.000,00
Duplicatas Descontadas 90.000,00 Depreciação Acumulada 180.000,00
Fretes e Carretos 25.000,00 Prejuízos Acumulados 31.000,00
Salários a Pagar 18.000,00 Compras 230.000,00
Salários 88.000,00
Provisão para Devedores Duvidosos 2.000,00 Aluguéis Ativos 12.000,00
Juros Passivos 7.000,00 Capital a Realizar 40.000,00
ICMS a Recolher 65.000,00 Reserva Legal 6.000,00
Ações em Tesouraria 30.000,00 Prêmios de Seguros 17.000,00
Soma total 2.756.000,00
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O inventário físico apontou o valor de R$ 154.000,00 de mercadorias em
estoque no fim do ano. Elaborando o balanço patrimonial com os dados apresentados, após a apuração
do resultado do exercício, vamos encontrar um
a) Ativo total de R$ 478.000,00. b) Passivo e Patrimônio Líquido de R$ 453.000,00.
c) Passivo Circulante de R$ 438.000,00. d) Prejuízo Acumulado de R$ 31.000,00.
e) Patrimônio Líquido de R$ 104.000,00.
14. (ESAF/TRF/RFB/2002) O patrimônio da Empresa Alvas Flores, em 31.12.01,
era composto pelas seguintes contas e respectivos saldos, em valores simbólicos.
Caixa R$ 100,00
Capital Social R$ 350,00 Empréstimos Obtidos LP R$ 150,00
Bancos c/ Movimento R$ 200,00 Lucros Acumulados R$ 200,00
Fornecedores R$ 100,00
Contas a Receber R$ 100,00 Empréstimos Concedidos LP R$ 100,00
Dividendos a Pagar R$ 150,00 Duplicatas Emitidas R$ 800,00
Notas Promissórias Emitidas R$ 500,00 Adiantamento de Clientes R$ 200,00
Impostos a Pagar R$ 50,00 Equipamentos R$ 100,00
Clientes R$ 450,00 Reserva Legal R$ 100,00
Mercadorias R$ 500,00 Notas Promissórias Aceitas R$ 250,00
Duplicatas Aceitas R$ 1.000,00 Patentes R$ 200,00
A representação gráfica do patrimônio que acima se compõe evidenciará um ativo total no valor de
a) R$ 2.400,00
b) R$ 2.600,00 c) R$ 2.800,00
d) R$ 2.850,00 e) R$ 3.050,00
15. (ESAF/AFTM/ISS/NATAL/2008) Os Armazéns da Esquina S/A mantêm, em seu plano de contas, os títulos a seguir relacionados, entre outros, os quais
apresentam os seguintes saldos:
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Contas Saldos Duplicatas a Pagar R$ 90.000,00
Duplicatas Descontadas R$ 60.000,00 Duplicatas a Receber R$ 50.000,00
Duplicatas a Vencer R$ 30.000,00 Depreciação Acumulada R$ 9.000,00
Encargos de Depreciação R$ 8.000,00 Impostos a Pagar R$ 6.000,00
Impostos a Vencer R$ 5.000,00 Impostos a Recolher R$ 3.000,00
Impostos a Recuperar R$ 2.800,00 Aluguéis Passivos R$ 4.000,00
Aluguéis a Pagar R$ 2.000,00 Aluguéis Ativos R$ 1.900,00
Aluguéis a Receber R$ 1.500,00
Aluguéis a Vencer R$ 1.000,00
Considerando apenas a relação de contas acima, ao classificá-las para fins de balanço, vamos encontrar no Passivo Circulante o valor de:
a) R$ 101.000,00.
b) R$ 105.000,00. c) R$ 131.000,00.
d) R$ 135.000,00. e) R$ 161.000,00.
16. (ESAF/TRF/2000) Em 31 de dezembro de 1999, o Contador da firma ZÊ
LTDA. apresenta as seguintes contas e saldos, extraídos do livro Razão:
C O N T A S SALDOS
Caixa
250 Duplicatas a Pagar 650
Lucros Acumulados 130
Aluguéis Passivos 140 Comissões Ativas 30
Receita de Juros 110 Impostos a Recolher 300
Veículos 900 Custo das Vendas 600
Receita de Vendas 900 Despesas de Juros 130
Clientes 360 Móveis e Utensílios 540
Capital Social 950
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Impostos Federais 200
Salários 450 Fornecedores 880
FGTS a Recolher 200
Conferimos essa listagem e verificamos que o balancete não está fechado, pois a soma dos saldos devedores não está com valor igual à soma dos saldos
credores. Mesmo assim, certificamo-nos de que as contas diferenciais estão todas representadas com saldos corretos na relação acima. Deste modo,
podemos afirmar que o Patrimônio Líquido contido na listagem apresentada soma o valor de
a) R$ 1.080,00
b) R$ 710,00 c) R$ 800,00
d) R$ 910,00
e) R$ 600,00
17. (ESAF/ATE/MS/2001) As contas e saldos listados a seguir foram extraídos, entre outras contas, do Livro Razão da Cia. Comercindústria, no último dia do
exercício social:
Contas (em ordem alfabética) saldos(R$)
Ações de Coligadas 100,00 Aluguéis a Pagar 150,00
Aluguéis a Receber 200,00 Caixa 250,00
Capital a Integralizar 300,00 Capital Social 950,00
Clientes 900,00 Duplicatas Aceitas 850,00
Duplicatas Emitidas 800,00 Fornecedores 750,00
Juros Ativos 700,00 Juros Passivos 650,00
Máquinas e Equipamentos 600,00 Materiais 550,00
Mercadorias 500,00
Notas Promissórias Aceitas 450,00 Notas Promissórias Emitidas 400,00
Receitas a Receber 350,00 Receitas a Vencer 300,00
Considerando, exclusivamente, as contas acima listadas, podemos verificar que
os saldos devedores e os créditos da empresa estão nelas evidenciados, respectivamente, pelos valores de:
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a) R$ 5.650,00 e R$ 4.100,00
b) R$ 2.700,00 e R$ 3.800,00 c) R$ 2.900,00 e R$ 4.200,00
d) R$ 5.300,00 e R$ 4.450,00 e) R$ 5.650,00 e R$ 3.000,00
18. (ESAF/AFC/STN/2002) O patrimônio da Indústria Luzes & Velas é
constituído pelos elementos que abaixo apresentamos com valores apurados em 30 de setembro.
Bens fixos R$ 2.100,00
Notas Promissórias emitidas R$ 600,00 Débitos de Funcionamento R$ 900,00
Créditos de Financiamento R$ 600,00 Bens de Venda R$ 900,00
Créditos de Funcionamento R$ 1.200,00
Bens Numerários R$ 450,00 Bens de Renda R$ 750,00
Débitos de Financiamento R$ 300,00 Reservas de Lucros R$ 750,00
Reservas de Capital R$ 1.800,00 Sabendo-se que essa empresa apresenta lucros acumulados correspondentes a
25% do valor do capital de terceiros, podemos afirmar que o valor do seu Capital Social é
a) R$ 4.200,00
b) R$ 3.000,00 c) R$ 2.550,00
d) R$ 1.800,00 e) R$ 1.200,00
19. (ESAF/AFRF/RFB/2003) No sistema contábil abaixo apresentado só faltou anotar as despesas incorridas no período. Todavia, considerando as regras do
método das partidas dobradas, podemos calcular o valor dessas despesas.
Componentes Valores
Capital R$ 1.300,00 Receitas R$ 1.000,00
Dívidas R$ 1.800,00 Dinheiro R$ 1.100,00
Clientes R$ 1.200,00 Fornecedores R$ 1.350,00
Prejuízos Anteriores R$ 400,00 Máquinas R$ 1.950,00
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Com base nos elementos apresentados, pode-se afirmar que o valor das
despesas foi
a) R$ 200,00 b) R$ 400,00
c) R$ 800,00 d) R$ 1.200,00
e) R$ 1.400,00
20. (ESAF/SERPRO 2001) Os correntistas bancários, atualmente, podem dispor de facilidades nas chamadas contas de livre movimentação ou Bancos
c/Movimento, com limites de saques garantidos por contratos de “cheque especial”. Estas contas ora representam ativo contábil, ora representam passivo
contábil, dependendo de seu tipo de saldo.
Podemos dizer que a conta de depósitos bancários da empresa, garantida por
contrato de cheque especial, é uma conta de passivo quando
a) o saldo da conta no livro razão da empresa for devedor b) o saldo da conta no livro razão do banco for devedor
c) o saldo da conta no extrato bancário for credor d) o saldo da conta tanto no livro razão da empresa, como no extrato bancário
for credor e) o saldo da conta tanto no livro razão da empresa como no extrato bancário
for devedor
21. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/CGU/2008) O Balancete de Verificação de uma empresa apresenta as seguintes contas e respectivos saldos
ao final do exercício social (31.12.20X8):
Móveis e Utensílios 530
Bancos 4.000 Vendas 50.000
Duplicatas a Pagar 6.000 Despesa de Salários 10.000
Contas a Receber 8.000 Despesas de Juros 2.000
Receitas de Serviços 17.000 Despesa de Aluguel 3.000
Prejuízos Acumulados 4.000 Edifícios de Uso 12.000
Custo das Vendas 40.000 Empréstimos a Pagar 3.000
Com base nos dados acima e nas regras de apuração de resultado, pode-se
afirmar que:
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a) após a apuração do resultado, os Prejuízos Acumulados foram transformados
em lucros acumulados de 12.000. b) o Lucro do Período foi de 52.000.
c) o Capital Social é de 7.530. d) o Patrimônio Líquido é de 8.000.
e) o Ativo e o Passivo somam 33.000.
22. (ESAF/AFRF/2002.2) José Rodrigues Mendes, Maria Helena Souza e Pedro Paulo Frota, tempos atrás, criaram uma empresa para comerciar chinelos e
roupas, na forma de Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada, com capital inicial de 20 mil reais, dividido em quatro quotas iguais, sendo dois
quartos para José Rodrigues, completamente integralizado.
Hoje, a relação patrimonial dessa empresa apresenta:
Dinheiro no valor de R$ 2.000,00;
Títulos a receber de Manuel Batista, R$ 4.000,00; Duplicatas aceitas pelo mercado local, R$ 6.000,00;
Móveis de uso, no valor de R$ 5.000,00; Duplicatas emitidas pela Brastemp R$ 2.500,00;
Empréstimos no Banco do Brasil, R$ 5.800,00; Adiantamentos feitos a empregados, no valor de R$ 200,00;
Adiantamento feito a Pedro Paulo, no valor de R$ 1.800,00.
Os bens para vender estão avaliados em R$ 5.300,00; o aluguel da loja está atrasado em R$ 1.000,00; e o carro da firma foi comprado por R$ 8.100,00.
No último período a empresa conseguiu ganhar R$ 4.900,00, mas, para isto,
realizou despesas de R$ 2.600,00.
Ao elaborar a estrutura gráfica patrimonial com os valores acima devidamente
classificados, a empresa vai encontrar capital próprio no valor de:
a) R$ 20.000,00 b) R$ 21.300,00
c) R$ 23.100,00 d) R$ 22.300,00
e) R$ 24.300,00
23. (ESAF/AFTN/1998) No dia primeiro do mês quatro a firma Violetas S/A demonstrou a seguinte situação patrimonial:
Ativo Circulante R$ 2.300,00
Ativo Não Circulante R$ 2.300,00 Passivo Circulante R$ 2.300,00
Patrimônio Líquido R$ 2.300,00
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Durante o referido mês, a empresa executou e contabilizou diversas partidas
contábeis, chegando ao último dia com a seguinte situação patrimonial:
Ativo Circulante R$ 1.100,00 Ativo Não Circulante R$ 4.800,00
Passivo Circulante R$ 3.400,00 Patrimônio Líquido R$ 2.500,00
No período não houve aumento de capital por subscrição e integralização de
ações novas. Diante destas informações, podemos dizer que a Violetas S/A, no mês de abril acima referido, apurou
a) perdas de R$ 1.200,00, como mostra a redução do Ativo Circulante
b) perdas de R$ 1.100,00, como mostra o aumento do Passivo Circulante c) ganhos de R$ 200,00, como mostra o aumento do Patrimônio Líquido
d) ganhos de R$ 1.300,00, como mostra o aumento do ativo total
e) nem ganhos nem perdas já que o patrimônio permanece balanceado
24. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Em relação ao patrimônio, objeto da contabilidade, é correto afirmar que
a) o ativo patrimonial é composto dos bens, direitos e obrigações de uma
pessoa física ou jurídica. b) o patrimônio líquido pode ser entendido como sendo a diferença entre o valor
do ativo e o valor do passivo de um patrimônio. c) se calcularmos os direitos reais e os direitos pessoais pertencentes a uma
entidade, estaremos calculando o ativo patrimonial dessa entidade. d) o capital social de um empreendimento comercial é o montante de recursos
aplicados em seu patrimônio. e) o montante dos bens e dos direitos de uma pessoa física ou jurídica tem o
mesmo valor de seu passivo real.
25. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) As demonstrações
financeiras obrigatórias são as seguintes:
a) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração do Fluxo de Caixa e
Demonstração do Valor Adicionado, em alguns casos. b) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração
de Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.
c) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração das Mutações do Patrimônio
Líquido e Demonstração do Valor Adicionado, em alguns casos. d) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração
de Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração do Fluxo de Caixa.
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e) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração
do Fluxo de Caixa e Demonstração do Valor Adicionado, em alguns casos.
26. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Saldos contábeis
apurados no livro Razão em 31 de dezembro, antes do encerramento do resultado:
CONTAS SALDOS
Receita de Vendas 21.000,00 Capital Social 15.000,00
Produtos Acabados 14.800,00 Duplicatas a Pagar 14.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas 14.000,00 Duplicatas a Receber 10.000,00
Salários a Pagar 5.200,00
Equipamentos 4.600,00 Caixa 4.000,00
Veículos 3.900,00 Títulos a Pagar a Longo Prazo 3.800,00
Investimentos em Controladas 3.500,00 Salários 3.000,00
Títulos a Receber a Longo Prazo 3.000,00 Reserva Legal 1.800,00
Impostos 1.700,00 Aluguéis Ativos 1.600,00
Depreciação Acumulada 1.500,00 Prejuízos Acumulados 1.400,00
Reserva de Capital 1.200,00 Despesas Diferidas 1.200,00
Juros Passivos 1.100,00
Provisão p/ Ajuste de Estoques 1.100,00
Elaborando o balanço patrimonial com os títulos acima, obteremos os seguintes valores:
a) Ativo Circulante R$ 30.000,00
b) Ativo Circulante R$ 28.900,00 c) Ativo Permanente R$ 12.000,00
d) Ativo Não Circulante R$ 12.000,00 e) Ativo Não Circulante R$ 15.000,00
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27. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Assinale abaixo a
opção correta.
a) Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária, o exercício social não poderá ter duração diferente de um ano.
b) Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados e é permitida a utilização dos termos
“diversas contas” ou “contas correntes”. c) As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a
proposta dos órgãos da administração no pressuposto de sua aprovação pela assembleia geral.
d) Na determinação do resultado do exercício, serão computados as receitas e os rendimentos ganhos e realizados no período, além dos custos, despesas,
encargos e perdas, pagos ou incorridos. e) O aumento do valor de elementos do ativo em virtude de novas avaliações,
registrado como reserva de reavaliação, poderá ser computado como lucro para
efeito de distribuição de dividendos ou participações.
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10. GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA
QUESTÃO GABARITO
1 E
2 A
3 D
4 B
5 C
6 C
7 C
8 B
9 C
10 A
11 B
12 B
13 E
14 C
15 A
16 E
17 E
18 E
19 C
20 B
21 C
22 C
23 C
24 B
25 A
26 B
27 C