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Contabilidade Avançada – Egbert Buarque 1 Exercícios – Lista 4.1 – Balanço Patrimonial – COMENTADO 1. (ESAF - AFRFB – 2014) A Cia. Solimões Industrial adquire um terreno por R$ 2.000.000 nas proximidades de suas instalações, para valorização. Na tomada de decisão pelo negócio, foi considerada a oportunidade das condições negociadas, o início de obras governamentais nas proximidades para ampliação da malha rodoviária e a construção de um entreposto de produtos agrícolas e a consequente valorização de imóveis naquela região. Ao registrar a aquisição desse imóvel, a empresa deve classificar esse bem como Ativo: a) Diferido. b) Imobilizado. c) Investimento. d) Intangível. e) Realizável de Longo Prazo. Comentários Diante das circunstâncias evidenciadas no enunciado da questão, conclui-se que a empresa adquiriu o terreno com a finalidade de aguardar sua valorização. Portanto, não há a intenção de usar esse ativo nos negócios, o que indica que ele deve ser classificado no ativo não circulante, no subgrupo de investimentos (propriedade para investimento). A respeito do tema, vale ver a definição do CPC 28: “Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício – ou parte de edifício – ou ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário em arrendamento financeiro) para auferir aluguel ou para valorização do capital ou para ambas, e não para: (a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas; ou (b) venda no curso ordinário do negócio.” (grifo nosso). Gabarito: C Com base nos dados a seguir, responder à questão 2 Dados: Disponibilidades R$ 10.000,00 Contas a Receber R$ 35.000,00 Duplicatas Descontadas R$ 10.000,00 Imobilizado R$ 21.000,00 Investimento R$ 4.500,00 Financiamentos Contraídos (circulante) R$ 80.000,00 Empréstimos Concedidos (não circulante) R$ 35.000,00 Capital Social R$ 15.500,00 2. (ESAF – AFC – STN – Contábil – 2012) Pode-se afirmar que o a) ativo circulante é de R$55.000,00. b) ativo não circulante é de R$25.500,00. c) total do passivo mais o Patrimônio Líquido é de R$85.500,00. d) passivo circulante é de R$90.000,00. e) passivo não circulante é de R$35.000,00. Comentários Classificando as contas, temos: Disponibilidades R$ 10.000,00 Contas a Receber R$ 35.000,00 Total do ativo circulante R$ 45.000,00 Imobilizado R$ 21.000,00

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Contabilidade Avançada – Egbert Buarque

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Exercícios – Lista 4.1 – Balanço Patrimonial – COMENTADO

1. (ESAF - AFRFB – 2014) A Cia. Solimões Industrial adquire um terreno por R$ 2.000.000 nas proximidades de suas instalações, para valorização. Na tomada de decisão pelo negócio, foi considerada a oportunidade das condições negociadas, o início de obras governamentais nas proximidades para ampliação da malha rodoviária e a construção de um entreposto de produtos agrícolas e a consequente valorização de imóveis naquela região. Ao registrar a aquisição desse imóvel, a empresa deve classificar esse bem como Ativo: a) Diferido. b) Imobilizado. c) Investimento. d) Intangível. e) Realizável de Longo Prazo.

Comentários Diante das circunstâncias evidenciadas no enunciado da questão, conclui-se que a empresa adquiriu o terreno com a finalidade de aguardar sua valorização. Portanto, não há a intenção de usar esse ativo nos negócios, o que indica que ele deve ser classificado no ativo não circulante, no subgrupo de investimentos (propriedade para investimento). A respeito do tema, vale ver a definição do CPC 28: “Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício – ou parte de edifício – ou ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário em arrendamento financeiro) para auferir aluguel ou para valorização do capital ou para ambas, e não para: (a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas; ou (b) venda no curso ordinário do negócio.” (grifo nosso). Gabarito: C Com base nos dados a seguir, responder à questão 2 Dados: Disponibilidades R$ 10.000,00 Contas a Receber R$ 35.000,00 Duplicatas Descontadas R$ 10.000,00 Imobilizado R$ 21.000,00 Investimento R$ 4.500,00 Financiamentos Contraídos (circulante) R$ 80.000,00 Empréstimos Concedidos (não circulante) R$ 35.000,00 Capital Social R$ 15.500,00 2. (ESAF – AFC – STN – Contábil – 2012) Pode-se afirmar que o a) ativo circulante é de R$55.000,00. b) ativo não circulante é de R$25.500,00. c) total do passivo mais o Patrimônio Líquido é de R$85.500,00. d) passivo circulante é de R$90.000,00. e) passivo não circulante é de R$35.000,00.

Comentários Classificando as contas, temos: Disponibilidades R$ 10.000,00 Contas a Receber R$ 35.000,00 Total do ativo circulante R$ 45.000,00 Imobilizado R$ 21.000,00

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Investimento R$ 4.500,00 Empréstimos Concedidos (não circulante) R$ 35.000,00 Total do ativo não circulante R$ 60.500,00 Duplicatas Descontadas R$ 10.000,00 Financiamentos Contraídos (circulante) R$ 80.000,00 Total do passivo circulante R$ 90.000,00 O patrimônio Líquido corresponde apenas ao saldo do capital social, que é de R$ 15.500,00. Gabarito: D 3. (ESAF – AFC – STN – Contábil – 2012) Não é um gasto atribuível ao custo do intangível gerado internamente: a) materiais e serviços consumidos pelo ativo intangível. b) gastos com treinamento de pessoal para operar o ativo intangível. c) custos de benefícios a empregados, relacionado ao ativo intangível. d) amortização de licenças utilizadas na geração do ativo intangível. e) taxas de registro de direito legal.

Comentários

Uma questão que exigiu do candidato o conhecimento do CPC 04:

“66. O custo de ativo intangível gerado internamente inclui todos os gastos diretamente atribuíveis, necessários à criação, produção e preparação do ativo para ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração. Exemplos de custos diretamente atribuíveis: (a) gastos com materiais e serviços consumidos ou utilizados na geração do ativo intangível; (b) custos de benefícios a empregados (conforme definido no Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados) relacionados à geração do ativo intangível; (c) taxas de registro de direito legal; e (d) amortização de patentes e licenças utilizadas na geração do ativo intangível.”

67. Os seguintes itens não são componentes do custo de ativo intangível gerado internamente: (a) gastos com vendas, administrativos e outros gastos indiretos, exceto se tais gastos puderem ser atribuídos diretamente à preparação do ativo para uso; (b) ineficiências identificadas e prejuízos operacionais iniciais incorridos antes do ativo atingir o desempenho planejado; e (c) gastos com o treinamento de pessoal para operar o ativo.” Vale reforçar que, para qualquer ativo a ser utilizado por mais de um exercício, os gastos necessários para colocá-lo no local e nas condições de uso pretendidos pela administração da entidade devem ser incorporados ao saldo do correspondente ativo para ser posteriormente depreciado, amortizado ou exaurido, conforme o caso. Essa regra corresponde à aplicação do princípio da competência, no que diz respeito à confrontação entre receitas e despesas. Gabarito: B 4. (ESAF – AFC – STN – Contábil – 2012) A Companhia FlyAir, detentora de 10 aviões, tem previsto em seus contratos, por determinação de legislação federal, vistoriar suas aeronaves em intervalos de dois em dois anos. Os gastos por aeronave, nesse intervalo de tempo, são estimados em R$ 3.000.000,00. Dessa forma deve a empresa: a) reconhecer uma provisão no valor de R$ 30.000.000,00, uma vez que a companhia já tem estimativa do custo das revisões. b) contabilizar a obrigação de longo prazo, gerando um Contas a Pagar de R$ 30.000.000,00. c) ativar o valor de R$ 30.000.000,00 como custo das aeronaves para que já seja feito o reconhecimento do valor do custo de manutenção das aeronaves durante o seu desgaste. d) desconsiderar os valores não reconhecendo qualquer provisão, uma vez que não há obrigação presente. e) evidenciar em nota explicativa a obrigatoriedade de constituição da provisão e os valores que afetarão no futuro os resultados da companhia.

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Comentários O enunciado da questão aborda o conceito de obrigação presente. Vejamos o que diz o CPC 25: “Obrigação presente 15. Em casos raros não é claro se existe ou não uma obrigação presente. Nesses casos, presume-se que um evento passado dá origem a uma obrigação presente se, levando em consideração toda a evidência disponível, é mais provável que sim do que não que existe uma obrigação presente na data do balanço. 16. Em quase todos os casos será claro se um evento passado deu origem a uma obrigação presente. Em casos raros – como em um processo judicial, por exemplo –, pode-se discutir tanto se certos eventos ocorreram quanto se esses eventos resultaram em uma obrigação presente. Nesse caso, a entidade deve determinar se a obrigação presente existe na data do balanço ao considerar toda a evidência disponível incluindo, por exemplo, a opinião de peritos. A evidência considerada inclui qualquer evidência adicional proporcionada por eventos após a data do balanço. Com base em tal evidência: (a) quando for mais provável que sim do que não que existe uma obrigação presente na data do balanço, a entidade deve reconhecer a provisão (se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos); e (b) quando for mais provável que não existe uma obrigação presente na data do balanço, a entidade divulga um passivo contingente, a menos que seja remota a possibilidade de uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos (ver item 86).” Como se vê, o texto do CPC 25 é muito pouco elucidativo ao definir o que é uma obrigação presente. A questão baseou-se num dos exemplos do CPC 25: “Exemplo 11A – Custo de reforma – não há requisito legal Um forno possui um revestimento que precisa ser substituído a cada cinco anos por razões técnicas. Na data do balanço, o revestimento foi utilizado por três anos. Obrigação presente como resultado de evento passado que gera obrigação – Não há obrigação presente. Conclusão – Nenhuma provisão é reconhecida (ver itens 14 e 17 a 19). O custo de substituição do revestimento não é reconhecido porque, na data do balanço, não há obrigação de substituir o revestimento existente independentemente das ações futuras da companhia – mesmo que a intenção de incorrer no desembolso dependa da decisão da companhia de continuar operando o forno ou de substituir o revestimento. Ao invés de uma provisão ser reconhecida, a depreciação do revestimento leva em consideração o seu consumo, ou seja, é depreciado em cinco anos. Os custos do novo revestimento, quando incorridos, são capitalizados e o consumo de cada novo revestimento é capturado pela depreciação ao longo dos cinco anos subsequentes. Exemplo 11B – Custo de reforma – há requisito legal Uma companhia aérea é requerida por lei a vistoriar as suas aeronaves a cada três anos. Obrigação presente como resultado de evento passado que gera obrigação – Não há obrigação presente. Conclusão – Nenhuma provisão é reconhecida (ver itens 14 e 17 a 19). Os custos de vistoria da aeronave não são reconhecidos como provisão pelas mesmas razões de não-reconhecimento de provisão para os custos de substituição do revestimento do exemplo 11A. Mesmo o requisito legal para realizar a vistoria não torna os custos de vistoria um passivo, porque nenhuma obrigação existe para vistoriar a aeronave, independentemente das ações futuras da entidade – a entidade poderia evitar os desembolsos futuros pelas suas ações futuras, por exemplo, mediante a venda da aeronave. Ao invés da provisão ser reconhecida, a depreciação da aeronave leva em consideração a incidência futura de custos de manutenção, ou seja, um valor equivalente aos custos de manutenção esperados é depreciado em três anos.” Portanto, verifica-se que a obrigação não se encontra aperfeiçoada, ou seja, seu fato gerador não ocorreu até a data do balanço, o que não demanda o reconhecimento de uma provisão. Gabarito: D

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5. (ESAF – AFC – STN – Contábil – 2012) Os gastos com corretagem decorrentes da compra de ações da própria empresa, para manutenção em tesouraria, devem ser registrados como: a) outras despesas operacionais, no resultado. b) acréscimo do custo de aquisição das ações no Patrimônio Líquido. c) despesa diferida no ativo, sendo apropriada no resultado quando da venda das ações. d) diminuição do valor do investimento no ativo não circulante. e) redução do lucro ou prejuízo diretamente no Patrimônio Líquido. Comentários Os valores envolvidos em transações de capital com sócios não devem transitar pelo resultado, devendo ser apropriados diretamente ao patrimônio líquido. Vejamos o que diz o CPC 08: “Contabilização da aquisição de ações de emissão própria (Ações em tesouraria) 8. A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são também transações de capital da entidade com seus sócios e igualmente não devem afetar o resultado da entidade. 9. Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria entidade devem ser tratados como acréscimo do custo de aquisição de tais ações. 10. Os custos de transação incorridos na alienação de ações em tesouraria devem ser tratados como redução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa transação, resultados esses contabilizados diretamente no patrimônio líquido, na conta que houver sido utilizada como suporte à aquisição de tais ações, não afetando o resultado da entidade.” Gabarito: B 6. (ESAF – AFC – STN – Contábil – 2012) O valor desembolsado para o registro de uma nova patente deve ser reconhecido: a) em despesas antecipadas. b) como um intangível. c) no ativo imobilizado. d) em gasto de investimento. e) na conta de outra despesa operacional.

Comentários

Vejamos o que diz o CPC 04:

“66. O custo de ativo intangível gerado internamente inclui todos os gastos diretamente atribuíveis, necessários à criação, produção e preparação do ativo para ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração. Exemplos de custos diretamente atribuíveis: (a) gastos com materiais e serviços consumidos ou utilizados na geração do ativo intangível; (b) custos de benefícios a empregados (conforme definido no Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados) relacionados à geração do ativo intangível; (c) taxas de registro de direito legal; e (d) amortização de patentes e licenças utilizadas na geração do ativo intangível.”

67. Os seguintes itens não são componentes do custo de ativo intangível gerado internamente: (a) gastos com vendas, administrativos e outros gastos indiretos, exceto se tais gastos puderem ser atribuídos diretamente à preparação do ativo para uso; (b) ineficiências identificadas e prejuízos operacionais iniciais incorridos antes do ativo atingir o desempenho planejado; e (c) gastos com o treinamento de pessoal para operar o ativo.” (grifo nosso). Gabarito: B

7. (ESAF – AFC – STN – Contábil – 2012) Com relação à atribuição e reconhecimento de valor do imobilizado, pode-se afirmar que: a) um bem adquirido e mantido pela entidade por um período superior a dois exercícios mesmo que a empresa não o utilize no desenvolvimento de suas atividades é classificado no imobilizado. b) as aplicações de recursos que impliquem em dilatação de tempo de vida útil de um bem de uso na atividade desenvolvida pela entidade devem ser reconhecidos como despesas de período.

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c) os recursos utilizados para a manutenção do imobilizado em condições de uso mesmo que estas condições ocorram em período inferior a um ano sempre serão tratadas como ativo fixo. d) os desembolsos relacionados ao aumento da capacidade de utilização quando confiavelmente mensuráveis são consideradas como despesas não correntes. e) os gastos efetuados para restaurar a capacidade de funcionamento normal do bem, sem provocar aumento de vida útil econômica, são tratados como despesas de período. Comentários Analisando as alternativas:

a) Errada. Para que um ativo seja classificado como imobilizado é necessário que ele o utilize no desenvolvimento de suas atividades. Caso contrário, ele deverá ser classificado como investimento.

b) Errada. As aplicações de recursos que aumentam a vida útil de um bem de uso devem ser incorporadas ao saldo contábil deste bem e serem realizados junto com ele.

c) Errada. Os custos incorridos para a manutenção ordinária do imobilizado devem ser apropriados como despesas. d) Errada. Os desembolsos relacionados com aumento da capacidade quando confiavelmente mensuráveis devem ser incorporados

no saldo contábil do ativo imobilizado em questão. e) Correta. Se os gastos apenas se destinam a manter a capacidade normal do bem, tais gastos devem ser contabilizados como

despesas. Gabarito: E Com relação a Lei no 6.404/1976, a Lei no 11.638/2007, a Lei no 11.941/2009, a alterações posteriores e aos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue os itens que seguem. 8. (CESPE – Ministério da Saúde – Contador 2013) A Lei no 11.638/2007 teve como objetivo, entre outros, convergir as praticas contábeis brasileiras as dos princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América ― USGAAP.

Comentários

A Lei no 11.638/2007 teve como objetivo, entre outros, convergir as práticas contábeis brasileiras às International Financial Reporting

Standards (IFRS) e às normas do International Accounting Standards Board (IASB). São as IFRS e as IAS, às quais correspondem aos

Pronunciamentos Técnicos emanados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Para maiores informações, veja o link:

http://www.ifrs.org/About-us/IFRS-Foundation/Pages/Home.aspx.

Gabarito: Errado

9. (CESPE – Ministério da Saúde – Contador 2013) Com o objetivo de evidenciar fielmente as operações de leasing nos demonstrativos contábeis, as operações de leasing operacional passaram a ser classificadas como operação de compra e venda financiada e não mais como mero arrendamento, o que obrigou o reconhecimento do passivo integral e o registro do bem na arrendatária.

Comentários

A questão estaria completamente correta se a expressão “leasing operacional” fosse substituída por “leasing financeiro”.

Os bens objetos de leasing financeiro, segundo a lei 6.404/76 e o CPC 06, devem ser contabilizados no imobilizado da arrendatária (aquela

entidade que está na posse do bem), pois o contrato de leasing financeiro transfere, de forma substancial, os riscos e benefícios do bem

arrendado, o que não ocorre no caso do leasing operacional.

Na arrendatária, o bem arrendado deve ser contabilizado por valores iguais, no ativo e no passivo. Esse valor deve ser o menor entre o

valor justo do bem no início do contrato e o valor presente dos pagamentos assumidos em razão do contrato de leasing financeiro.

Depois de incorporado ao imobilizado da arrendatária, o bem passa a ser depreciado (ou amortizado, ou exaurido, conforme o caso) e pode

sofrer perda por impairment (perda por falta de recuperabilidade).

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Exemplo: Uma empresa firmou contrato de leasing financeiro, assumindo 60 prestações, cujo valor presente é de R$ 100.000,00 no início

do contrato. Na mesma data o valor justo do bem arrendado era de R$ 85.000,00. Nesse caso o bem deve ser registrado no ativo por

R$ 85.000,00 e um passivo de igual valor deve ser lançado (segregando-se as parcelas que vencem no curto prazo das parcelas que

vencem no longo prazo, o que não será mostrado no lançamento abaixo). O lançamento será:

D: Equipamentos (ANC/Imobilizado)

D: Dívida por leasing financeiro.............................................85.000

Tratando com maior realidade o exemplo, a contabilização no passivo seria feita pelo valor bruto das prestações deduzido dos encargos

financeiros a transcorrer (conta redutora do passivo). Essas contas do passivo devem ser segregadas em circulante (curto prazo) e não

circulante (longo prazo).

Gabarito: Errado

10. (CESPE – Ministério da Saúde – Contador 2013) A prevalência da essência sobre a forma, introduzida pelas modificações a Lei no 6.404/1976, não era totalmente desconhecida pela contabilidade brasileira, mas ganhou maior força na nova legislação.

Comentários

Os pilares da convergência ao padrão internacional de contabilidade são: (i) prevalência (primazia) da essência sobre a forma; e (ii) valor

justo. Realmente, a primazia da essência sobre a forma já era conhecida na contabilidade brasileira, inclusive constando da Resolução

CFC nº 750/93.

Gabarito: Certo.

11. (CESPE – Ministério da Saúde – Contador 2013) No reconhecimento inicial, um ativo biológico deve ser mensurado ao valor justo, subtraindo-se a despesa de venda.

Comentários

A afirmativa corresponde ao que estabelece o CPC 29:

“O ativo biológico deve ser mensurado ao valor justo menos a despesa de venda no momento do reconhecimento inicial e no final de cada período de competência, exceto para os casos descritos no item 30, em que o valor justo não pode ser mensurado de forma confiável.” Vejamos o que diz o item 30 do CPC 29: “Há uma premissa de que o valor justo dos ativos biológicos pode ser mensurado de forma confiável. Contudo, tal premissa pode ser rejeitada no caso de ativo biológico cujo valor deveria ser cotado pelo mercado, porém, este não o tem disponível e as alternativas para mensurá-los não são, claramente, confiáveis. Em tais situações, o ativo biológico deve ser mensurado ao custo, menos qualquer depreciação e perda por irrecuperabilidade acumuladas. Quando o valor justo de tal ativo biológico se tornar mensurável de forma confiável, a entidade deve mensurá-lo ao seu valor justo menos as despesas de venda. Quando o ativo biológico classificado no ativo não circulante satisfizer aos critérios para ser classificado como mantido para venda (ou incluído em grupo de ativo mantido para essa finalidade), de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada, presume-se que o valor justo possa ser mensurado de forma confiável. (Alterado pela Revisão CPC 03)” Gabarito: Certo

12. (CESPE – Ministério da Saúde – Contador 2013) Os bens corpóreos adquiridos para beneficiar a atividade empresarial durante um exercício devem ser registrados no ativo imobilizado.

Comentários

A questão está errada, pois uma das condições para que um ativo seja reconhecido no imobilizado é que ele deve gerar benefícios por

mais de um ano, conforme estabelecido no CPC 27:

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“Ativo imobilizado é o item tangível que: (a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e (b) se espera utilizar por mais de um período. Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens.” Gabarito: Errado

13. (ESAF – AFRF 2012) De conformidade com a legislação societária atualizada, os saldos existentes em 31.12.2008, no Ativo Diferido, poderiam ser a) integralmente baixados para as contas de Despesas Não Operacionais, quando não apresentassem condições de recuperação e

realocados a outros ativos, quando fosse o caso.

b) realocados de acordo com a sua natureza e finalidade a outro grupo do ativo e reclassificados como Ajustes de Exercícios Anteriores,

caso não fosse possível realizar esta realocação em bases confiáveis.

c) reclassificados para uma conta transitória de Ajustes de Conversão, para aqueles que pudessem ser identificados em bases confiáveis e

o excedente, se fosse o caso, estornados contra a conta de Ganhos/Perdas de itens Descontinuados.

d) alocados a outro grupo de contas, de acordo com a sua natureza, ou permanecer no ativo sob esta classificação até a completa

amortização, desde que sujeito à análise de imparidade.

e) transferidos integralmente para a conta de Ajustes de Avaliação Patrimonial, deduzido da avaliação do valor recuperável.

Comentários

Os saldos existentes em 31 de dezembro de 2008, no ativo diferido, poderiam ser reclassificados para outros grupos de contas do ativo ou

mantidos sob essa denominação até a sua completa amortização, sujeitos ao teste de recuperabilidade (teste de impairment ou teste de

imparidade). É o que diz o artigo 299-A da lei 6.404/76:

“Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo

de contas, poderá permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a recuperação de que

trata o § 3o do art. 183 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)”

Gabarito: D

14. (ESAF – AFRF 2012) São evidenciados nos Passivos os saldos finais das contas a) Ajustes de Avaliação Patrimonial e Provisões para Reestruturação.

b) Créditos de Acionistas Transação não Recorrente e Debêntures Conversíveis em Ações.

c) Perdas Estimadas para Redução ao Valor Recuperável e Duplicatas Descontadas.

d) Faturamento para Entrega Futura e Ajustes de Avaliação Patrimonial.

e) Duplicatas Descontadas e Debêntures Conversíveis em Ações.

Comentários

Analisando as alternativas:

a) Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL) e Provisões para Reestruturação (passivo).

b) Créditos de Acionistas Transação não Recorrente (passivo) e Debêntures Conversíveis em Ações (passivo).

c) Perdas Estimadas para Redução ao Valor Recuperável (Retificadora do ativo) e Duplicatas Descontadas (passivo).

d) Faturamento para Entrega Futura (passivo) e Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL).

e) Duplicatas Descontadas (passivo) e Debêntures Conversíveis em Ações (passivo).

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Contabilidade Avançada – Egbert Buarque

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A questão deveria ter sido anulada, pois há duas alternativas corretas (B e E). A ESAF deu como gabarito definitivo a opção “E”. Pelo visto,

ela considerou a conta “Créditos de Acionistas Transação não Recorrente” como integrante do ativo. Acredito que, para se classificar essa

conta no ativo, ela deveria se chamar “Créditos com Acionistas Transação não Recorrente”.

Gabarito: E

15. (ESAF – MDIC ACE 2012) Saldos contábeis apurados no livro Razão em 31 de dezembro, antes do encerramento do resultado:

CONTAS SALDOS

Receita de Vendas 21.000,00

Capital Social 15.000,00

Produtos Acabados 14.800,00

Duplicatas a Pagar 14.000,00

Custo das Mercadorias Vendidas 14.000,00

Duplicatas a Receber 10.000,00

Salários a Pagar 5.200,00

Equipamentos 4.600,00

Caixa 4.000,00

Veículos 3.900,00

Títulos a Pagar a Longo Prazo 3.800,00

Investimentos em Controladas 3.500,00

Salários 3.000,00

Títulos a Receber a Longo Prazo 3.000,00

Reserva Legal 1.800,00

Impostos 1.700,00

Aluguéis Ativos 1.600,00

Depreciação Acumulada 1.500,00

Prejuízos Acumulados 1.400,00

Reserva de Capital 1.200,00

Despesas Diferidas 1.200,00

Juros Passivos 1.100,00

Provisão p/ Ajuste de Estoques 1.100,00

Elaborando o balanço patrimonial com os títulos acima, obteremos os seguintes valores:

a) Ativo Circulante R$ 30.000,00

b) Ativo Circulante R$ 28.900,00

c) Ativo Permanente R$ 12.000,00

d) Ativo Não Circulante R$ 12.000,00

e) Ativo Não Circulante R$ 15.000,00

Comentários

Antes de qualquer classificação, já podemos eliminar a opção “C”, pois o ativo permanente foi extinto pela lei 11.941/09.

Classificando as contas temos:

Produtos Acabados 14.800,00

Duplicatas a Receber 10.000,00

Caixa 4.000,00

Despesas Diferidas 1.200,00

(-)Provisão p/ Ajuste de Estoques (1.100,00)

Total do ativo circulante 28.900,00

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Equipamentos 4.600,00

Veículos 3.900,00

Investimentos em Controladas 3.500,00

Títulos a Receber a Longo Prazo 3.000,00

(-) Depreciação Acumulada (1.500,00)

Total do ativo não circulante 13.500,00

Duplicatas a Pagar 14.000,00

Salários a Pagar 5.200,00

Total do passivo circulante 19.200,00

Títulos a Pagar a Longo Prazo 3.800,00

Total do passivo não circulante 3.800,00

(+) Receita de Vendas 21.000,00

(-) Custo das Mercadorias Vendidas (14.000,00)

(-) Salários (3.000,00)

(-) Impostos (1.700,00)

(+) Aluguéis Ativos 1.600,00

(-) Juros Passivos (1.100,00)

Resultado 2.800,00

Capital Social 15.000,00

Reserva Legal 1.800,00

(-) Prejuízos Acumulados (1.400,00)

Reserva de Capital 1.200,00

Total do PL antes do resultado 16.600,00

Veja que, após incorporar o resultado ao PL, o balanço fecha:

AC + ANC = P + PL ou 28.900 + 13.500 = 19.200 + 3.800 + 2.800 (resultado) + 16.600 (saldo do PL antes do resultado).

Gabarito: B

16. (FCC – TRE/RN Analista Judiciário – Contabilidade 2012) As Leis no 11.687/2007 e no 11.941/2009, ao modificarem alguns dos artigos da Lei no 6.404/1976 (Lei das Sociedades por Ações) com o objetivo de adaptar as normas brasileiras de contabilidade às internacionais, criaram e extinguiram, respectivamente, os seguintes grupos do Balanço Patrimonial:

(A) Ativo Permanente e Passivo Não Circulante.

(B) Resultado de Exercícios Futuros e Ativo Realizável a Longo Prazo.

(C) Ativo Não Circulante e Passivo Circulante.

(D) Ativo Imobilizado e Ativo Circulante.

(E) Ativo Intangível e Resultado de Exercícios Futuros.

Comentários

Analisando as alternativas, temos:

(A) Ativo Permanente (extinto pela lei 11.941) e Passivo Não Circulante (criado pela lei 11.941).

(B) Resultado de Exercícios Futuros (extinto pela lei 11.941) e Ativo Realizável a Longo Prazo (extinto pela lei 11.941).

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(C) Ativo Não Circulante (criado pela lei 11.941) e Passivo Circulante.

(D) Ativo Imobilizado e Ativo Circulante.

(E) Ativo Intangível (criado pela lei 11.638 dentro do ativo permanente e depois incluído no ativo não circulante pela lei 11.941) e Resultado

de Exercícios Futuros (extinto pela lei 11.941).

Gabarito: E

17. (FCC – TRE/PR Analista Judiciário – Contabilidade 2012) Os investimentos em ações de outras empresas com perspectiva de resgate em doze meses e os empréstimos de curto prazo concedidos a sócios ou acionistas são classificados, respectivamente, no Balanço Patrimonial, como

(A) Investimentos e Realizável a Longo Prazo.

(B) Ativo Circulante e Investimentos.

(C) Ativo Circulante e Patrimônio Líquido.

(D) Ativo Circulante e Ativo não Circulante.

(E) Intangível e Realizável a Longo Prazo.

Comentários

Os investimentos em ações de outras empresas com perspectiva de resgate em doze meses deverão ser classificados no ativo circulante,

pois a perspectiva de realização se estende até o encerramento do exercício social subsequente. Trata-se de participações temporárias.

Os empréstimos de curto prazo concedidos a sócios ou a acionistas devem ser classificados no ativo não circulante realizável a longo

prazo, pois são transações não recorrentes entre partes relacionadas. Vale à pena ver o texto da lei 6.404/76:

“Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: (...) II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia;”

Gabarito: D

18. (FCC - 2012 - TCE-SP - Agente de Fiscalização Financeira / Contabilidade Geral) Em relação às alterações promovidas nas Normas de Contabilidade brasileiras pelas Leis no 11.638/2007 e 11.941/2009 e pelos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), é correto afirmar:

a) Os arrendamentos (leasings) operacionais foram proibidos, devendo a entidade escriturar o valor do ativo, mesmo não lhe pertencendo

do ponto de vista jurídico, na contabilidade e depreciá-lo normalmente no decorrer de sua vida útil estimada.

b) É permitido à entidade constituída na forma de uma sociedade por ações reavaliar o valor de seus ativos imobilizados, desde que

fundamentado em laudo de empresa especializada, aprovado pela assembleia geral dos acionistas.

c) O grupo Ativo Diferido foi extinto, sendo o saldo de suas contas transferido, no que couber, para os grupos Ativo Imobilizado e para o

Ativo Intangível e a parte remanescente, após a reclassificação, poderá ser mantida pela companhia até sua completa amortização.

d) O grupo de Resultado de Exercícios Futuros foi extinto, sendo o saldo de suas contas encerrado com a contrapartida registrada na conta

de Lucros ou Prejuízos Acumulados.

e) Os prêmios recebidos na emissão de debêntures são registrados, a partir de 1o de janeiro de 2008, a débito do Ativo e a crédito de uma

conta representativa de reservas de capital.

Comentários

Analisando as alternativas, temos:

a) Os arrendamentos (leasings) operacionais foram proibidos, devendo a entidade escriturar o valor do ativo, mesmo não lhe pertencendo

do ponto de vista jurídico, na contabilidade e depreciá-lo normalmente no decorrer de sua vida útil estimada. Errada, pois os leasings

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operacionais não foram proibidos. A operação de leasing que dá origem a um ativo na arrendatária é o leasing financeiro, o qual transfere,

de forma substancial, os riscos e benefícios do bem arrendado.

b) É permitido à entidade constituída na forma de uma sociedade por ações reavaliar o valor de seus ativos imobilizados, desde que

fundamentado em laudo de empresa especializada, aprovado pela assembleia geral dos acionistas. Errada, pois o procedimento da

reavaliação foi proibido pela lei 11.638/07.

c) O grupo Ativo Diferido foi extinto, sendo o saldo de suas contas transferido, no que couber, para os grupos Ativo Imobilizado e para o

Ativo Intangível e a parte remanescente, após a reclassificação, poderá ser mantida pela companhia até sua completa amortização. Certo,

conforme o artigo 299-A, da lei 6.404/76 (embora a lei não especifique para quais grupos de contas poderia o saldo do ativo diferido ser

realocado, como o fez a questão):

“Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo

de contas, poderá permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a recuperação de que

trata o § 3o do art. 183 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)”

d) O grupo de Resultado de Exercícios Futuros foi extinto, sendo o saldo de suas contas encerrado com a contrapartida registrada na conta

de Lucros ou Prejuízos Acumulados. Errado, pois o saldo existente, em 31/12/2008, em resultados de exercícios futuros, foi

obrigatoriamente reclassificado para o passivo não circulante em conta de receita diferida. Vejamos o artigo 299-B da lei 6.404/76:

“Art. 299-B. O saldo existente no resultado de exercício futuro em 31 de dezembro de 2008 deverá ser reclassificado para o passivo não circulante em conta representativa de receita diferida. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). Parágrafo único. O registro do saldo de que trata o caput deste artigo deverá evidenciar a receita diferida e o respectivo custo diferido. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)”

e) Os prêmios recebidos na emissão de debêntures são registrados, a partir de 1o de janeiro de 2008, a débito do Ativo e a crédito de uma

conta representativa de reservas de capital. Errado, pois os prêmios recebidos na emissão de debêntures, desde a lei 11.638/07, devem

ser classificados como conta do passivo e serem apropriados como receitas durante o prazo das debêntures. A receita do prêmio da

emissão de debêntures poderá ser destinada à constituição de uma reserva de lucros específica.

Gabarito: C

19. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Contabilidade / Contabilidade Geral / Balanço Patrimonial - BP;) O processo de convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade às Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) foi iniciado com a edição da Lei no 11.638/2007 e complementado com a edição da Lei no 11.941/2009 e de diversos pronunciamentos técnicos do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis). Uma das modificações introduzidas nesse processo de convergência que influiu na estrutura do balanço patrimonial foi a

a) extinção do Ativo Diferido, sendo seu saldo obrigatoriamente estornado contra a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados.

b) criação do Ativo Não Permanente.

c) extinção do Ativo Realizável a Longo Prazo.

d) obrigação de estornar as reservas de reavaliação constituídas até 31-12-2007, alterando a constituição do PL.

e) extinção do grupo de Resultados de Exercícios Futuros, sendo seu saldo reclassificado para o Passivo Não Circulante.

Comentários

Analisando as alternativas:

a) extinção do Ativo Diferido, sendo seu saldo obrigatoriamente estornado contra a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. Errado, pois o

saldo existente, em 31/12/2008, no ativo diferido poderia ser mantido nesta conta até sua completa amortização, sujeito ao teste de

recuperabilidade.

b) criação do Ativo Não Permanente. Errado, pois, na contabilidade privada, antes das alterações promovidas pela lei 11.638/07 e pela lei

11.941/09, não havia nenhum “ativo não permanente”.

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c) extinção do Ativo Realizável a Longo Prazo. Certo, pois o Ativo Realizável a Longo Prazo era um grupo do ativo, o qual após a lei

11.941/09, passou a ser subgrupo do Ativo Não Circulante.

d) obrigação de estornar as reservas de reavaliação constituídas até 31-12-2007, alterando a constituição do PL. Errado, pois, na forma do

artigo 6º da lei 11.638/07, as reservas de reavaliação poderiam ser estornadas (para a conta lucros ou prejuízos acumulados) ou mantidas

no PL até a completa realização do ativo que lhe deu origem. Portanto, o estorno da reserva de reavaliação não era obrigatório.

e) extinção do grupo de Resultados de Exercícios Futuros, sendo seu saldo reclassificado para o Passivo Não Circulante. Certo, conforme

consta do artigo 299-B da lei 6.404/76.

Como se vê, há duas alternativas corretas. Parece que a banca se esqueceu de que houve um grupo chamado “Ativo Realizável a Longo

Prazo” e não anulou a questão.

Gabarito: E

20. (FCC – Analista de Gestão – Contabilidade – SABESP – 2014) Em 01/01/2013, a empresa Full S.A. adquiriu um caminhão pipa por meio de arrendamento mercantil financeiro. O caminhão será pago em 4 prestações anuais, iguais e consecutivas de R$ 50.000 cada, vencendo a primeira em 31/12/2013. Na data da aquisição o valor justo era R$ 170.000 e o valor presente das prestações era R$ 173.000. Sabendo que a taxa efetiva de juros era de 6,83% ao ano, que a vida útil do caminhão pipa era 10 anos e que a empresa pretende ficar com o bem no final do contrato, a empresa Full S.A. reconheceu, no ano de 2013, uma despesa (A) financeira de R$ 13.660. (B) financeira de R$ 11.611. (C) financeira de R$ 11.816. (D) de depreciação de R$ 17.300. (E) financeira de R$ 7.500. Comentários No arrendatário, a contabilização do bem será, de acordo com o CPC 06: “Arrendamento mercantil financeiro Reconhecimento inicial 20. No começo do prazo de arrendamento mercantil, os arrendatários devem reconhecer, em contas específicas, os arrendamentos mercantis financeiros como ativos e passivos nos seus balanços por quantias iguais ao valor justo da propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil, cada um determinado no início do arrendamento mercantil. A taxa de desconto a ser utilizada no cálculo do valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil deve ser a taxa de juros implícita no arrendamento mercantil, se for praticável determinar essa taxa; se não for, deve ser usada a taxa incremental de financiamento do arrendatário. Quaisquer custos diretos iniciais do arrendatário devem ser adicionados à quantia reconhecida como ativo.” Portanto, nos termos do CPC 06, o valor a ser reconhecido no ativo deve ser de R$ 170.000, pois é menor que o valor presente das prestações assumidas pelo arrendatário (R$ 173.000). O lançamento do registro inicial seria: D: veículos de uso 170.000 D: despesas financeiras a apropriar (curto prazo) 11.611 D: despesas financeiras a apropriar (longo prazo) 18.389 C: Arrendamentos a pagar (curto prazo) 50.000 C: Arrendamentos a pagar (longo prazo) 150.000 Portanto, o saldo devedor, no início do contrato, é de R$ 170.000, sobre o qual deverá incidir a taxa de juros efetiva de 6,83%, resultando numa despesa financeira de R$ 11.611 (6,83% x 170.000). Veja que o total das despesas financeiras a apropriar (30.000) foi segregado no curto (11.611) e longo (18.389) prazos. Gabarito: B

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21. A empresa Boas Ideias adquiriu, em 02/01/2013, uma Marca por R$ 300.000 à vista. Adicionalmente, a empresa incorreu em gastos de R$ 50.000 para registro dessa Marca. Na data da aquisição, a empresa Boas Ideias estimou que a vida útil da Marca era indefinida. (FCC – Analista de Gestão – Contabilidade – SABESP – 2014) O ativo adquirido pela empresa Boas Ideias é mensurado, na data da aquisição, pelo (A) valor pago pela aquisição da Marca. (B) custo amortizado. (C) custo incorrido. (D) valor de reposição. (E) valor de mercado. Comentários Os gastos com registro da marca devem ser incorporados ao intangível, portanto, o valor a ser registrado inicialmente é de R$ 350 mil, ou seja, o custo incorrido. Gabarito: C 22. (FCC – Analista de Gestão – Contabilidade – SABESP – 2014) Em 31/12/2013, ao realizar o teste de recuperabilidade do ativo (impairment), a empresa Boas Ideias obteve as seguintes informações: Valor em uso da Marca: R$ 320.000. Valor justo líquido das despesas de venda: R$ 290.000. Pela análise do teste de impairment, a empresa Boas Ideias (A) não fez nenhum ajuste. (B) reconheceu uma perda de R$ 10.000. (C) reconheceu um ganho de R$ 20.000. (D) reconheceu uma perda de R$ 60.000. (E) reconheceu uma perda de R$ 30.000. Comentários De acordo com o CPC 01 (Redução ao valor recuperável), o valor recuperável de um ativo é o maior entre o seu valor em uso e o seu valor justo menos (líquido) das despesas de venda. A partir dos dados do enunciado, conclui-se que o valor recuperável é de R$ 320.000. Portanto, deve-se reconhecer um impairment de R$ 30.000 (350.000 – 320.000). O lançamento será: D: Perda por desvalorização (despesa) C: Perdas estimadas por desvalorização (retificadora do ativo intangível) 30.000 Gabarito: E 23. (FCC – Analista de Gestão – Contabilidade – SABESP – 2014) Uma empresa obteve recursos por meio da emissão de debêntures no valor de R$ 40.000.000. As debêntures apresentaram as seguintes características: - Data da emissão: 31/12/2011. - Taxa de juros contratada: 12% ao ano. - Prazo total de resgate: 8 anos. - Pagamentos: parcelas anuais de R$ 8.052.114. Para a colocação das debêntures no mercado a empresa incorreu em custos de serviços de assessoria jurídica e financeira que totalizaram R$ 800.000. A taxa de custo efetivo da emissão foi 12,6% ao ano. O valor dos encargos financeiros apropriados no resultado de 2012 foi, em reais, (A) 4.800.000. (B) 5.040.000. (C) 4.704.000. (D) 8.052.114. (E) 4.939.200.

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Comentários

A partir dos dados do enunciado, podemos inferir que a dívida verdadeiramente assumida foi de R$ 39.200.000,00 (40.000.000 – 800.000).

Aplicando a taxa efetiva sobre esse saldo devedor, temos os encargos financeiros do período (12,6% x 39.200.000 = 4.939.200). A partir

dos dados nominais da transação, apuramos a despesa financeira do primeiro ano (12% x 40.000.000 = 4.800.000). Ainda poderíamos

calcular a parcela dos custos que está sendo amortizada no primeiro ano (4.939.200 – 4.800.000 = 139.200).

Gabarito: E

24. (FCC – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT 19ª) Determinada empresa iniciou um projeto de pesquisa e desenvolvimento de um novo medicamento. Os gastos incorridos com a pesquisa e desenvolvimento deste novo produto, nos anos de 2010 a 2013, são:

Ano Valor (R$)

2010 35.000

2011 50.000

2012 40.000

2013 70.000

Em 2010, o projeto estava na fase inicial de pesquisa. Em 2011, a empresa iniciou a fase de desenvolvimento, mas ainda não conseguiu

demonstrar como o ativo iria gerar benefícios econômicos futuros para a empresa. Em 2012, a empresa conseguiu demonstrar que havia

viabilidade técnica para concluir o projeto, mas ainda não conseguiu demonstrar que haveria demanda para tornar o produto

economicamente viável. No início de 2013, a empresa conseguiu demonstrar que o produto é economicamente viável e concluiu o projeto,

o qual começará a ser produzido em larga escala em 2014.

Com base nestas informações, o valor do ativo apresentado no Balanço Patrimonial da empresa em 2013, é, em reais, de

(A) 195.000,00.

(B) 160.000,00.

(C) 110.000,00.

(D) 70.000,00.

(E) 125.000,00.

Comentários

Sobre o tema, vejamos o que diz o CPC 04:

“Fase de pesquisa 54. Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) deve ser reconhecido. Os gastos com pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos. 55. Durante a fase de pesquisa de projeto interno, a entidade não está apta a demonstrar a existência de ativo intangível que gerará prováveis benefícios econômicos futuros. Portanto, tais gastos devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos.” Portanto, os gastos na fase de pesquisa devem ser, obrigatoriamente reconhecidos como despesas. “Fase de desenvolvimento 57. Um ativo intangível resultante de desenvolvimento (ou da fase de desenvolvimento de projeto interno) deve ser reconhecido somente se a entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir enumerados: (a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda; (b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo; (c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível;

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(d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros. Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existência de mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade; (e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e (f) capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu desenvolvimento.”

Com base no que diz o CPC 04, apenas os gastos relativos ao ano de 2013 devem ser contabilizados como ativo intangível (na conta

“intangível em desenvolvimento”).

Gabarito: D

25. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Contabilidade / Contabilidade Geral ) Uma empresa adquiriu um caminhão por meio de arrendamento mercantil financeiro que será pago em 60 prestações mensais de R$ 2.000,00 cada. O valor presente das prestações era de R$ 78.760,54 e a taxa de juros implícita no arrendamento mercantil era de 1,5% ao mês. O valor justo da máquina arrendada era de R$ 78.000,00. A empresa reconheceu no momento da aquisição, em reais, um

a) ativo de 78.760,54.

b) ativo de 78.000,00.

c) passivo de 120.000,00.

d) passivo de 78.760,54 e uma despesa financeira de 41.239,46.

e) ativo de 78.000,00 e uma despesa financeira de 42.000,00.

Comentários

No arrendatário, o bem objeto de arrendamento mercantil financeiro deve ser contabilizado (por valores iguais no ativo e no passivo) pelo

valor justo no início do contrato ou pelo valor presente das prestações, dos dois, o menor. Portanto, no momento da aquisição, a empresa

reconheceu um ativo (e um passivo) de R$ 78.000.

Gabarito: B

26. (FCC - 2011 - INFRAERO - Auditor / Contabilidade Geral / Balanço Patrimonial - Ativo; ) São classificados no Ativo Intangível de uma sociedade, desde que atendam aos critérios estabelecidos de reconhecimento e mensuração para esse tipo de ativo pelas Normas Brasileiras de Contabilidade:

a) marcas adquiridas no contexto de uma combinação de negócios.

b) despesas pré-operacionais.

c) benfeitorias em imóveis de terceiros.

d) gastos com desenvolvimento de produtos.

e) gastos com publicidade e atividades promocionais.

Comentários

Classificando as contas, temos:

a) marcas adquiridas no contexto de uma combinação de negócios. Intangíveis

b) despesas pré-operacionais. Despesas

c) benfeitorias em imóveis de terceiros. (imobilizado, se reembolsáveis, ou despesas, caso contrário)

d) gastos com desenvolvimento de produtos. Podem ser despesas ou ativo intangível, neste último caso, desde que atendidos os

requisitos do CPC 04, item 57.

e) gastos com publicidade e atividades promocionais. Despesas

Gabarito: A

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27. (Prova: FCC - 2011 - INFRAERO - Auditor / Contabilidade Geral / Arrendamento Mercantil ( LEASING);) Em relação às operações de arrendamento mercantil, é correto afirmar, de acordo com as novas Normas Brasileiras de Contabilidade: a) Um arrendamento mercantil é classificado como financeiro se ele não transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à

propriedade.

b) No começo do prazo do contrato de arrendamento mercantil operacional, os arrendatários devem reconhecer os arrendamentos

mercantis operacionais como ativos e passivos nos seus balanços por quantias iguais ao valor justo da propriedade arrendada ou, se

inferior, ao valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil.

c) Os arrendadores devem reconhecer nos seus balanços patrimoniais os ativos mantidos por um arrendamento mercantil financeiro e

apresentá-los como uma conta a receber por um valor igual ao investimento líquido no arrendamento mercantil.

d) Os pagamentos do arrendamento mercantil financeiro devem ser reconhecidos como despesa pelo arrendatário numa base de linha reta

durante o prazo do arrendamento mercantil, a não ser que outra base sistemática seja mais representativa do modelo temporal do benefício

do usuário.

e) Um arrendamento mercantil é classificado como operacional se ele transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à

propriedade.

Comentários

Analisando as alternativas, temos:

a) Um arrendamento mercantil é classificado como financeiro se ele não transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à

propriedade. Errado, pois um arrendamento mercantil financeiro é aquele que transfere ao arrendatário, de forma substancial, todos os

riscos e benefícios inerentes à propriedade.

b) No começo do prazo do contrato de arrendamento mercantil operacional, os arrendatários devem reconhecer os arrendamentos

mercantis operacionais como ativos e passivos nos seus balanços por quantias iguais ao valor justo da propriedade arrendada ou, se

inferior, ao valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil. Errado, pois essa contabilização somente se aplica ao

arrendamento mercantil financeiro.

c) Os arrendadores devem reconhecer nos seus balanços patrimoniais os ativos mantidos por um arrendamento mercantil financeiro e

apresentá-los como uma conta a receber por um valor igual ao investimento líquido no arrendamento mercantil. Certo. O lançamento seria

(arrendamento mercantil financeiro direto):

D: Contas a receber (ativo)

C: Investimento (custo do bem que está sendo arrendado)

C: Receitas financeiras a apropriar (diferença entre “Contas a receber” e o custo do bem)

d) Os pagamentos do arrendamento mercantil financeiro devem ser reconhecidos como despesa pelo arrendatário numa base de linha reta

durante o prazo do arrendamento mercantil, a não ser que outra base sistemática seja mais representativa do modelo temporal do benefício

do usuário. Errado, pois apenas uma parcela desses pagamentos será apropriada como despesa financeira.

e) Um arrendamento mercantil é classificado como operacional se ele transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à

propriedade. Errado, pois essa definição corresponde ao arrendamento mercantil financeiro.

Gabarito: C

28. (CESPE – Câmara dos Deputados – Consultor Legislativo – Área 3 – 2014) Uma provisão somente deve ser reconhecida no passivo se existir uma obrigação presente, for provável a saída de recursos da entidade e existir uma estimativa confiável do valor.

Comentários

A questão está de acordo com o que preceitua o CPC 25:

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“Reconhecimento Provisão 14. Uma provisão deve ser reconhecida quando: (a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado; (b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e (c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.

Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.”

Gabarito: Certo

29. (CESPE – Câmara dos Deputados – Consultor Legislativo – Área 3 – 2014) Uma entidade não deve reconhecer, no balanço patrimonial, um ativo quando for improvável que os desembolsos incorridos ou comprometidos venham a gerar benefícios econômicos para a entidade após o período corrente.

Comentários

A questão está de acordo com o que estabelece o CPC 00 (Estrutura Conceitual):

“Reconhecimento de ativos 4.44. Um ativo deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que benefícios econômicos futuros dele provenientes fluirão para a entidade e seu custo ou valor puder ser mensurado com confiabilidade.” Gabarito: Certo 30. (CESPE – Câmara dos Deputados – Consultor Legislativo – Área 3 – 2014) O patrimônio líquido de uma empresa corresponde ao interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos os passivos, que são as obrigações passadas, cuja liquidação se espera resulte na saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.

Comentários

A questão estaria correta, após a seguinte correção:

“O patrimônio líquido de uma empresa corresponde ao interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos os passivos, que são

as obrigações presentes, cuja liquidação se espera resulte na saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.”

Gabarito: Errado

31. (CESPE – ACE – TCDF – 2013) A conta ágio na emissão de ações é uma conta de reserva de capital, integrante do patrimônio líquido, sendo creditada quando o valor captado na emissão de ações supera o preço de oferta ou supera o valor de registro das ações que compõem o capital social.

Comentários

A questão está correta, nos termos da lei 6.404/76, a reserva de capital proveniente do ágio na emissão de ações ocorrerá quando:

“Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada. § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem: a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias; b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;” Gabarito: Certo

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32. (CESPE – ACE – TCDF – 2013) A variação cambial sobre obrigações com fornecedores estrangeiros impacta o saldo da conta fornecedores, mas a mercadoria importada que continuar em estoque poderá não receber tal atualização.

Comentários A variação cambial incidente sobre obrigações com fornecedores impactará a mercadoria importada até a data em que ela entra no estabelecimento do adquirente ou outro local estabelecido pela administração da entidade. Daí pra frente, a variação cambial será contabilizada como despesa financeira. Se a mercadoria se tratar de um ativo qualificável (ativo que consome tempo substancial para se tornar disponível para uso ou comercialização), a ela será apropriada a variação cambial durante o período de sua qualificação. Portanto, uma mercadoria importada que tenha seu processo produtivo continuado no adquirente receberá a variação cambial até que esteja em condições de venda ou de uso, conforme o caso.

Gabarito: Certo 33. (CESPE – ACE – TCDF – 2013) De acordo com o regime de competência, os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão própria devem impactar o resultado da entidade no exercício em que for efetuada a transação. Considere que, em um contrato de arrendamento de determinado ativo, cujo tempo estimado de vida útil seja de cinco anos, tenham sido estabelecidos os seguintes itens: prazo de vigência de 50 meses, soma das prestações com 95% do valor justo do bem na data do início do contrato e uma cláusula que prevê que, no final do contrato, a empresa arrendatária possa exercer a opção de compra, desembolsando um valor que represente cerca de 5% do valor justo do bem na data da opção. Com base nessa situação hipotética, julgue os itens que se seguem. 34. (CESPE – AUFC – TCU – 2013) A empresa arrendatária deverá, durante a vigência do contrato, contabilizar a depreciação do bem, calculada numa base sistemática, lançando crédito em conta patrimonial de depreciação acumulada, e débito em conta de resultado, ou de custo no caso de um ativo utilizado na produção.

Comentários

As características do contrato permitem concluir que se trata de um arrendamento mercantil financeiro e que, portanto, o bem arrendado

deve ser contabilizado, no arrendatário, como ativo (provavelmente no imobilizado, o que não está claro no enunciado da questão). Tais

características estão elencadas no CPC 06:

“10. A classificação de um arrendamento mercantil como arrendamento mercantil financeiro ou arrendamento mercantil operacional depende da essência da transação e não da forma do contrato. Exemplos de situações que individualmente ou em conjunto levariam normalmente a que um arrendamento mercantil fosse classificado como arrendamento mercantil financeiro são: (a) o arrendamento mercantil transfere a propriedade do ativo para o arrendatário no fim do prazo do arrendamento mercantil; (b) o arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se espera seja suficientemente mais baixo do que o valor justo à data em que a opção se torne exercível de forma que, no início do arrendamento mercantil, seja razoavelmente certo que a opção será exercida; (c) o prazo do arrendamento mercantil refere-se à maior parte da vida econômica do ativo mesmo que a propriedade não seja transferida; (d) no início do arrendamento mercantil, o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil totaliza pelo menos substancialmente todo o valor justo do ativo arrendado; e (e) os ativos arrendados são de natureza especializada de tal forma que apenas o arrendatário pode usá-los sem grandes modificações.” Sendo o ativo classificado no imobilizado, a empresa deverá contabilizar a sua depreciação, em conta de depreciação acumulada (retificadora do imobilizado), tendo como contrapartida conta de despesa ou custo de fabricação, caso o bem arrendado seja empregado na produção. Gabarito: Certo 35. (CESPE – AUFC – TCU – 2013) A empresa arrendatária deverá reconhecer o ativo como imobilizado, aumentando o ativo total, no momento da opção de compra, quando a propriedade do bem é transferida para a empresa.

Comentários

A empresa arrendatária deverá reconhecer o ativo como imobilizado, aumentando o ativo total, no início do contrato.

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Gabarito: Errado

36. (FCC – Agente Fiscal de Rendas SP – 2013) A Empresa GAMA S.A. incorreu, durante o exercício social de 2012, em gastos com I. atividades pré-operacionais e treinamento de pessoal. II. aquisição de softwares, licenças e franquias. III. aquisição de marcas, patentes e direitos de propriedade. IV. publicidade e reorganização da sociedade. Com base na Resolução no 1.303/2010 do CFC, enquadram-se na definição de Ativo Intangível e podem ser reconhecidos no Balanço Patrimonial de uma empresa os gastos relacionados em (A) I, II, III e IV. (B) I, III e IV, apenas. (C) II e III, apenas. (D) II e IV, apenas. (E) III e IV, apenas. Comentários Analisando os gastos apresentados, temos: I. atividades pré-operacionais (despesas. Antes da Lei 11.941/09, lançava no ativo diferido) e treinamento de pessoal (despesa). II. aquisição de softwares, licenças e franquias. (ativo intangível, todos) III. aquisição de marcas, patentes e direitos de propriedade. (ativo intangível, todos) IV. publicidade e reorganização da sociedade. (despesas) Gabarito: C

37. (FCC – Agente Fiscal de Rendas SP – 2013) Em 01/03/2013, a Empresa Esperança fez uma captação de recursos no mercado financeiro, por meio de debêntures, no valor de R$ 5.000.000,00, incorrendo em custos de transação no valor de R$ 450.000,00. A taxa de juros compostos contratual da operação foi de 10% ao ano, sendo que a empresa fará o resgate das debêntures, num único pagamento (principal e juros), ao final de três anos. Pelas regras atuais, em 01/03/2013, a Empresa Esperança (A) não reconheceu Despesa com Encargos Financeiros. (B) reconheceu Despesa com Encargos Financeiros de 450.000,00. (C) reconheceu Despesa com Encargos Financeiros de 950.000,00. (D) reconheceu Despesa com Encargos Financeiros de 1.655.000,00. (E) reconheceu Despesa com Encargos Financeiros de 2.105.000,00. Comentários A banca quis fazer “pegadinha”. Observe que a pergunta é feita para a mesma data da contratação da operação. Portanto, não há nenhuma despesa ou encargo financeiro a ser reconhecido nesse momento, pois o fato gerador dessas despesas (o transcurso do tempo) ainda vai acontecer. Ademais, para calcularmos os encargos financeiros do primeiro ano, por exemplo, precisaríamos da taxa de juros efetiva da transação, o que não foi fornecido e daria um certo trabalho para ser calculado à mão na hora da prova. Na calculadora, essa taxa seria de, aproximadamente, 13,5% ao ano. Gabarito: A

38. (FCC – Agente Fiscal de Rendas SP – 2013) A Empresa Alfa S.A. recebeu do Município Beta uma área de 150.000 metros quadrados para a construção de uma unidade de produção, cujo valor justo era de R$ 350,00 o metro quadrado. A lei municipal que autorizou a subvenção governamental (doação) da respectiva área impôs a seguinte restrição: a empresa deverá gerar 150 empregos diretos, consecutivamente, por um período, mínimo, de 15 anos. No momento do recebimento da doação, a empresa deve debitar (A) R$ 52.500.000,00 no ativo imobilizado e creditar receita diferida (subvenção) no resultado do exercício. (B) R$ 3.500.000,00 no ativo imobilizado e creditar receita diferida (subvenção) no passivo não circulante. (C) R$ 52.500.000,00 no ativo intangível como direitos sobre subvenções e creditar reservas de lucros no patrimônio líquido. (D) R$ 3.500.000,00 no ativo intangível como direitos sobre subvenções e creditar receita diferida (subvenção) no resultado do exercício.

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(E) R$ 52.500.000,00 no ativo imobilizado e creditar receita diferida (subvenção) no passivo não circulante. Comentários Um bem recebido como subvenção governamental deve ser contabilizado pelo seu valor justo, em contrapartida do valor da subvenção, a qual pode ser lançada no passivo ou em conta redutora do ativo recebido (ou adquirido) por meio da subvenção. Calculando o valor justo do terreno, temos: 150.000m² x R$ 350 = 52.500.000 Lançando: D: Terrenos C: Subvenção (passivo ou redutora do ativo) 52.500.000 Gabarito: E 39. (FCC – Agente Fiscal de Rendas SP – 2013) A Empresa Aérea Voos Seguros (arrendatária) fechou contrato de arrendamento mercantil financeiro de uma aeronave para transporte de passageiros com uma Empresa Espanhola (arrendadora), sendo que a arrendatária possui a opção de compra do bem, no final do período, pelo valor de R$ 1.000,00. Considere as seguintes informações: − Período do contrato: 96 meses − Vida útil econômica da aeronave: 100 meses − Capacidade da aeronave: 80 passageiros − Valor mensal do arrendamento mercantil: R$ 350.000,00 − Valor presente das contraprestações futuras: R$ 21.535.080,77 − Valor justo da aeronave: R$ 25.000.000,00 No início do prazo do arrendamento mercantil, na arrendatária, o valor do registro contábil do bem no ativo imobilizado deve ser, em R$: (A) 350.000,00. (B) 3.464.919,23. (C) 21.535.080,77. (D) 25.000.000,00. (E) 33.600.000,00. Comentários

Embora as características do contrato evidenciem que ele seja de arrendamento mercantil financeiro, era desnecessário atentar para isso, pois o enunciado já trazia essa informação. Para resolver a questão, bastava saber que o bem objeto de arrendamento mercantil financeiro deverá ser contabilizado, no arrendatário, pelo menor valor entre o seu valor justo no início do contrato e o valor presente das prestações assumidas. O lançamento seria:

D: Ativo imobilizado 21.535.080,77 D: Despesa financeira a apropriar (retificadora do passivo) 12.064.919,23

C: Arrendamentos a pagar (96 x 350.000) 33.600.000,00 Gabarito: C

40. (FCC – Agente Fiscal de Rendas SP – 2013) A Cia. Caleidoscópio, conforme deliberação da Assembleia de Acionistas, aumentou seu capital social de R$ 50.000,00 para R$ 60.000,00, com a emissão de 10 mil ações, cujo valor nominal foi de R$ 1,00 por ação. Dado o interesse do público pelas ações da empresa, foi resolvido que se cobraria um ágio de R$ 0,15 por ação. Dessa maneira, cada ação da Cia. Caleidoscópio foi colocada à venda por R$ 1,15. Os investidores pagaram à vista pelas ações. Quando do pagamento efetuado pelos investidores, a Cia. Caleidoscópio reconheceu contabilmente um aumento no Capital Social de (A) R$ 11.500,00. (B) R$ 10.000,00 e uma Receita de R$ 1.500,00. (C) R$ 10.000,00 e a constituição de uma Reserva de Capital de R$ 1.500,00. (D) R$ 10.000,00 e a constituição de uma Reserva de Lucros de R$ 1.500,00. (E) R$ 11.500,00 e uma Despesa de R$ 1.500,00. Comentários

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O capital social integralizado deve ser calculado com base no valor nominal das ações: 10.000 x 1,00 = 10.000. Como houve ágio de R$ 1.500 (10.000 x 0,15) nessa emissão de ações, esse valor deve ser contabilizado como reserva de capital, no PL. Caso a questão tivesse informado algum valor a título de custo de transação, esse valor deveria ser deduzido dos R$ 1.500 para se apurar o montante a ser lançado como reserva de capital. Gabarito: C 41. (FCC – Auditor Fiscal Tributário Municipal/SP – Gestão Tributária – 2012) No reconhecimento inicial, NÃO compõe o custo de um item do ativo imobilizado os (A) custos com a promoção de produtos gerados por tal ativo. (B) impostos não recuperáveis sobre a compra. (C) custos de fretes e manuseio. (D) custos de montagem. (E) custos de preparação do local de instalação. Comentários Conforme o CPC 27: “17. Exemplos de custos diretamente atribuíveis são: (a) custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados) decorrentes diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado; (b) custos de preparação do local; (c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação); (d) custos de instalação e montagem; (e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda de qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e condição (tais como amostras produzidas quando se testa o equipamento); e (f) honorários profissionais. 18. A entidade aplica o Pronunciamento Técnico CPC 16 – Estoques aos custos das obrigações de desmontagem, remoção e restauração do local em que o item está localizado que sejam incorridos durante determinado período como consequência de ter usado o item para produzir estoque durante esse período. As obrigações decorrentes de custos contabilizados de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 16 ou este Pronunciamento são reconhecidas e mensuradas de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões e Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. 19. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são: (a) custos de abertura de nova instalação; (b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades promocionais); (c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e (d) custos administrativos e outros custos indiretos.” Como se percebe da leitura do CPC 27, os custos com a promoção de produtos gerados por tal ativo não serão incorporados a ele, sendo tratados como despesas do período em que forem incorridos. Gabarito: A 42. (FCC – Auditor Fiscal Tributário Municipal/SP – Gestão Tributária – 2012) Em 30/12/X1, a empresa Beta, sociedade anônima de capital aberto, fez uma captação de recursos, via debêntures, cujo valor de emissão foi R$ 2,2 milhões com taxa de juros anual contratada de 5,0% e com prazo de 10 anos. Para isso, incorreu em custos de transação no montante de R$ 100 mil pagos em 30/12/X1. Todavia, dadas as condições vantajosas em relação ao mercado, houve prêmio na emissão das debêntures de R$ 200 mil. Com base nessas informações, a empresa Beta reconheceu, em 30/12/X1, (A) despesa financeira de R$ 100 mil. (B) passivo de R$ 2,3 milhões. (C) receita financeira de R$ 200 mil. (D) reserva de capital de R$ 200 mil. (E) ativo de R$ 2,1 milhões. Comentários

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O valor líquido recebido pela emissão das debêntures foi de R$ 2.300.000 (2.200.000 – 100.000 + 200.000). Portanto, é esse valor que será reconhecido tanto no ativo, quanto no passivo. As contas de custos poderão ser apresentadas separadamente da conta de “debêntures a pagar”, conforme a seguir: D: Bancos 2.300.000 D: Custos a apropriar (retif do passivo) 100.000 C: Debêntures a pagar 2.200.000 C: Prêmios a apropriar 200.000 Gabarito: B

43. (CESPE – ANATEL – Especialista em Regulação – Contabilidade - 2014) Um ativo intangível consiste em um direito monetário não identificável e não dotado de substância física. Comentários Segundo o CPC 04, um ativo intangível é um ativo não monetário, identificável e sem substância física. Um ativo monetário é um ativo cujo valor de realização não depende de um evento futuro, como, por exemplo, os direitos relativos a duplicatas a receber, os quais serão realizados pelo valor nominal das duplicatas a receber. Gabarito: Errado 44. (CESPE – ANATEL – Especialista em Regulação – Contabilidade - 2014) Os gastos com pesquisa e desenvolvimento de um ativo intangível são tratados, respectivamente, como despesa no resultado do período e ativo, caso demonstrem, entre outros aspectos, capacidade de gerar benefícios econômicos futuros.

Comentários

“Fase de pesquisa 54. Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) deve ser reconhecido. Os gastos com pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos. 55. Durante a fase de pesquisa de projeto interno, a entidade não está apta a demonstrar a existência de ativo intangível que gerará prováveis benefícios econômicos futuros. Portanto, tais gastos devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos.” Portanto, os gastos na fase de pesquisa devem ser, obrigatoriamente reconhecidos como despesas. “Fase de desenvolvimento 57. Um ativo intangível resultante de desenvolvimento (ou da fase de desenvolvimento de projeto interno) deve ser reconhecido somente se a entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir enumerados: (a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda; (b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo; (c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível; (d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros. Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existência de mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade; (e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e (f) capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu desenvolvimento.”

Gabarito: Certo

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GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

C D B D B B E E E C

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

C E D E B E D C E B

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

C E E D B A C C C E

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

C C E C E C A E C C

41 42 43 44

A B E C