Download - Conclusões: Rumo ao emprego Jovem
CONCLUSÕES
INFORMAÇÃO, APOIO E ORIENTAÇÃO DOS/AS JOVENS
•Descentralizar oportunidades de participação, voluntariado, formação,intercâmbios, experiências de aprendizagem e enriquecimento cultural, deforma a diminuir as desigualdades territoriais.
•Regular o acesso a cada curso do ensino superior em função da conjunturanacional, tendo em conta a empregabilidade e a análise do mercado detrabalho a médio e longo prazo;
•Promover a formação dos trabalhadores do IEFP, dos centros de emprego,bem como de outros intervenientes no processo de procura de emprego;
•Reduzir o processo burocrático no acesso ao financiamento paraprogramas de apoio, tais como PAJ, PAI, PAE e nas iniciativas deempreendedorismo jovem.
•Promover o fácil acesso das pequenas e médias empresas a programas deestágio;
•Estimular o espírito de iniciativa na procura de emprego e na promoção deactividades empreendedoras. Reforçar a importância da actualização deconhecimentos ao longo da vida (lifelong learning);
•Alterar o modelo educativo vigente com a valorização e o reconhecimentoda educação não formal, incutindo o espírito crítico, uma participação maisactiva e o conhecimento dos direitos e deveres no mercado de trabalho;
•Combater o insucesso e o abandono escolar, apostando na requalificação eorientação dos jovens para áreas que melhor se adeqúem às suascompetências e dar continuidade ao apoio escolar;
•Reforçar o trabalho em rede entre o Estado, as organizações/associações,estabelecimentos de ensino e empresas, autarquias, de modo a promover oemprego jovem e a sua divulgação, numa lógica de cruzamento deinformação institucional;
•Proporcionar informação e orientação especializadas aos jovens,nomeadamente através de sessões de esclarecimento com intervenções deex-alunos, docentes e profissionais da área;
•Criação de um portal online com informação sobre todos programas deoportunidades de mobilidade e educação não formal existentes a níveleuropeu, e que seja responsável pela sua divulgação.
• Definir uma entidade responsável pelo acompanhamento, avaliação, recolhade experiências e feedback dos jovens participantes em programas demobilidade e educação não formal.
RECONHECIMENTO DE COMPETÊNCIAS
•Utilizar a ENF e o diálogo estruturado enquanto processos detransformação pessoal, social e política, para formar cidadãos maisparticipativos e activos. Estes processos devem iniciar-se nas escolas, quedevem apostar na oferta de actividades extra-curriculares que promovam odesenvolvimento integral dos jovens.
• O Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), oMinistério da Educação (ME) e o Ministério do Trabalho (MT) devem revero actual modelo do suplemento ao diploma. Este deve ser implementadoem todos os níveis de ensino e certificar um conjunto de aptidões pessoais,sociais, relacionais, cívicas e profissionais, adquiridas no decorrer daparticipação em actividades extra-curriculares. Deve ser dada igualimportância a diferentes áreas e experiências (exemplo: associativismo evoluntariado).
• Garantir a implementação deste suplemento ao diploma em todos osestabelecimentos de ensino, promovendo acções deesclarecimento/sensibilização sobre os mesmos.
• As entidades empregadoras devem reconhecer a produtividade dos seuscolaboradores, bem como as suas competências adquiridas ao longo davida. Este reconhecimento deverá ter repercussões, por exemplo, noprocesso de progressão na carreira.
• Implementar e divulgar o passaporte europeu de competências, com baseno Europass, para que as competências e qualificações sejam registadas deforma transparente e comparável.
• Reconhecer as competências individuais, através de um modelo deavaliação de competências que salvaguarde as especificidades locais. Essemodelo seria construído em sede de comissões especializadas e passariapelas seguintes fases:
• Fase 1 – Comissões regionais , cuja tarefa seria a de elaborar umaproposta de modelo.
• Fase 2 – Comissões nacionais, constituídas por 2/3 membros de cadacomissão regional, onde analisariam todas as propostas, chegando a ummodelo nacional.
• Fase 3 – Comissão europeia, constituída por um membro de cadacomissão nacional, de onde resultaria o modelo global europeu deavaliação de competências.
Este modelo deverá ser aprovado e avaliado pela Comissão Europeia,promovendo reuniões/encontros que identifiquem boas e más práticas nodesenvolvimento das competências. Futuramente, é expectável que estemodelo seja extrapolado, no sentido de promover o reconhecimento decompetências colectivas (organizações, empresas, etc.).
• Levar a cabo uma campanha de promoção e divulgação da ENF para o seureconhecimento junto da sociedade. Esta campanha, que deverá serpensada a três níveis de acção: local, nacional e institucional, terá porprincipal objectivo o reconhecimento público e político da ENF enquantoprocesso de transformação social.
a) A nível local, o objectivo é levar a ENF até ao cidadão comum, de umaforma adequada e pensada segundo lógicas e especificidades regionais. Aeste nível, a campanha ficaria a cargo das organizações de juventude deâmbito local.
b) A nível nacional, a campanha é estruturada de forma a chegar aosopinion leaders, que potenciam uma maior cobertura mediática.
c) A nível institucional, acções pensadas para cada caso específico, indo aoencontro daquilo que as instituições sentem como lacuna. Isto é, colocar aENF ao serviço das instituições, formando colaboradores a diversos níveis.
PROTECÇÃO SOCIAL
Desemprego Involuntário
1ª Medida• A locação de mais recursos financeiros às incubadoras de empresas
já existentes.
Objectivos:• Garantir que em todos os concelhos haja uma estrutura de
incubação de empresas operacionalizável.• E reforçar o apoio ao empreendedorismo jovem e à criação de
emprego próprio.
Entidades responsáveis• Ministério da Economia, Ministério do Trabalho e da Segurança
Social, Secretaria de Estado da Juventude e Desporto, IAPMEI
2ª Medida
• Reforço de fiscalização das condições de ajuda social (recrutamento de mais técnicos, de preferência jovens)
Objectivos
• Melhor distribuição das ajudas (racionalização)
• Entidade Responsável
• Ministério do Trabalho e da Segurança Social
3ªMedida
• Recuperação das infra-estruturas de produção económica nacional(ex: revitalização das actividades ligadas ao sector primário)
Objectivos
• Aumentar os postos de trabalho e a produção nacional.
Entidade responsável
• Ministério da Economia, Associações de Produtores e Cooperativas.
4ª Medida
• Incluir a componente de empreendedorismo nos currículos oficiaisescolares com vista ao desenvolvimento de competências
Objectivos
• Contribuir para a criação de emprego próprio e dotar os jovens decompetências correspondentes ás necessidades do mercado
Entidade Responsável
• Ministério da Educação
Estágios
1ª Medida
- A atribuição de um número limite de aquisição de estágios profissionaispor posto de trabalho, obrigando assim a entidade empregadora a olharpara o estagiário como um potencial funcionário e a valorizar ascapacidades destes de outra forma.
2ª Medida
-Reforçar os benefícios fiscais e financeiros às empresas/entidades quecontratem jovens no seu 1º emprego e que passem de um vínculo deestágio profissional para um vínculo contratual mais estável e com maisdireitos.
3ªMedida
• As entidades fiscalizadoras devem ter os meios logísticos e humanosnecessários para assegurar uma efectiva e eficiente fiscalização das
condições dos estágios profissionais.
4ª Medida. A existência dessas mesmas entidades fiscalizadoras a nível nacional deve ser
amplamente divulgada, através de spots televisivos, anúncios nos jornais edivulgação nos sites estatais/organismos públicos.
5ª Medida
• Fim de todos os estágios não remunerados
Trabalho Precário
1ªMedida• Criminalização dos actos de entidades que empreguem
irregularmente os seus trabalhadores.
Más práticas: falsos recibos verdes ; trabalho ilegal ; uso recorrente detrabalho temporário quando os postos são permanentes.
• Melhorar significativamente os recursos e mecanismos da ACT.
• Aplicação de multas muito significativas e recurso aos tribunaisconstitucionais ou internacionais quando necessário.
2ª Medida
• Penalização judicial do Trabalho precário
3ªMedida
• Benefícios fiscais para empresas que criem contratos com vinculo estável(contrato sem termo).
4ªMedida• Profissionalização da carreira de investigador.
• Separar quem faz trabalho cientifico para obtenção de grau académico e quemo faz numa óptica continua de prestação de serviços (bolsas VS contratos detrabalho).
• Contratos de trabalho com todos os direitos e deveres inerentes.
• 5ª medida
Portugal deve aumentar e melhorar os mecanismos decontrolo/fiscalização para impedir a violação dos direitos dostrabalhadores. Para além do mais, deveriam existir programaseducativos/formativos possibilitando que os jovens tomem odevido conhecimento sobre os direitos e deveres dostrabalhadores/estagiários.
TRANSIÇÃO DO ENSINO E MERCADO DE TRABALHO
• Os estágios profissionais devem ser promovidos por empresas,autarquias, organizações não governamentais e outras instituições doterceiro sector;
• Devem existir medidas para promover a inserção de jovens no local onderealizaram o seu estágio profissional;
• Devem existir mais gabinetes de inserção profissional nas instituições deensino próximas dos seus alunos, que criem parcerias com possíveisempregadores para promover trabalho/estágios renumerados. Este
serviço deve ser garantido quer para alunos, quer para ex-alunos;
• O estagiário deve ter a liberdade de escolher se prefere realizar osdescontos para a Segurança Social, mesmo que suportados pelo próprio, oureceber o salário por inteiro, excluindo assim a respectiva protecção social;
• Ilegalizar todos os estágios profissionais não remunerados;
• Reestruturação dos cursos de modo a neles integrar estágios curriculares;
• Os alunos que frequentem estágios e outros trabalhos realizados na suaárea de formação, durante o percurso académico, devem ver reconhecidasas competências adquiridas, para posteriormente serem contempladas emECTS (deveria existir uma forma de supervisionar o trabalho realizado –“avaliação qualitativa”);
• Reorganização da rede de oferta formativa de Ensino Superior através deconsórcios de base regional;
• Criação do “Inov youth work”, programa de estágios nas organizações dejuventude;
. A adopção por Portugal do programa Youth Guarantee, que consiste em:
Assegurar que todos os jovens têm um emprego, seguem uma formação ouum estágio, no prazo de 4 meses após a conclusão dos estudos;
• As instituições financiadoras de projectos empreendedores, devemacompanhar todas as fases de implementação e manutenção do projecto;
• Protecção social para os jovens empreendedores;
• As empresas e outros mecenas devem ser incentivados a uma maiorinteracção com os alunos do Ensino Superior, de modo a que estes frequentemcursos que sejam importantes para o desenvolvimento da sua actividade,permitindo o estabelecimento de um vínculo com a futura entidadeempregadora;
• Integrar a temática do empreendedorismo no ensino a partir do 2ºCiclo, nomeadamente através da reformulação do programa deFormação Cívica;
•Disseminação de incubadoras dentro de I.E.S., no intuito de promover oempreendedorismo dos próprios estudantes, aproximando desde logo aformação das realidades laborais.
CONCILIAÇÃO DA VIDA PRIVADA COM VIDA PROFISSIONAL
• Promover campanhas de sensibilização para a igualdade de género emcasa e no trabalho (através de campanhas publicitárias; palestras; debates)por parte da Sociedade Civil e do Estado;
• Introduzir na educação escolar a desmistificação das tarefas “masculinas”e “femininas”;
• Sensibilizar as Empresas para a importância da adaptação do contexto dotrabalho às necessidades familiares dos seus colaboradores, através daformação das chefias, etc.;
•Introduzir o conceito de “(re)conciliação da vida pessoal e profissional” nosector dos Recursos Humanos, para garantir o acompanhamento por parte deum psicólogo/agente dos Recursos Humanos aos colaboradores;
• Fortalecer a fiscalização e as medidas de coacção nas empresas em relação àdiscriminação de género;
• Conceder benefícios fiscais/financeiros às Empresas que contratemcolaboradoras em situação de maternidade/parentalidade;
• Reforçar a fiscalização da remuneração das horas extraordinárias, atravésde cartões magnéticos e outros sistemas;
• Atribuir um certificado/prémio às Empresas que proporcionem um maiornível de satisfação aos seus colaboradores, no que diz respeito à(re)conciliação da vida pessoal e profissional, através de inquéritos/avaliaçãodas medidas da Empresa/Entidade pela CITE (Comissão para a igualdade notrabalho e no emprego);
• Flexibilizar os horários no emprego para famílias com filhos ou outrosdependentes.
• Criar creches e outras respostas sociais para as crianças, por parte doEstado em coordenação com as Autarquias Locais noplaneamento/organização/implementação;
• Aumentar os abonos de família e outros apoios à maternidade eparentalidade, como acontece noutros países, com vista ao aumento dataxa de natalidade.
PARTICIPAÇÃO DOS/AS JOVENS NO DIÁLOGO SOCIAL
Os Actores do Diálogo Social:
• Indivíduos• Organizações/Associações/Sindicatos• Empresas• Instituições de Ensino• Poder Local• Governo
Objectivo: Aumentar a…..
ParticipaçãoComunicação
InteracçãoSinergias
IntegraçãoConsciência Cívica
InformaçãoRepresentatividade dos jovens
- As pessoas devem assumir um papel proactivo na sua vida.
- O Estado/Governo e as organizações devem proporcionar espaços de diálogoestruturado.
- Integrar os jovens de contextos mais vulneráveis através da acção dasorganizações juvenis e com apoio autárquico.
- Criar/reforçar sinergias de interacção associativa com o apoio dos conselhosmunicipais e regionais de juventude, do CNJ e o IPJ. Para além do mais, asassociações e outros stakeholders relevantes, como, por exemplo, as escolastambém têm um papel importante a desenvolver na democratização do diálogosocial.
- Criar uma plataforma electrónica para permitir melhores sinergias deinteracção associativa, coordenada pelo CNJ e/ou IPJ (a nível nacional) comapoio dos concelhos regionais de juventude (ao nível local).
- Promover a participação activa dos jovens na vida política, através dacriação de plataformas de discussão aos vários níveis, em particularassembleias jovens mais abrangentes. O Poder Central, o Poder Local e asEscolas devem assumir um papel importante na prossecução de tal objectivo.
- Reforçar a disciplina de formação cívica no sentido de criar uma maiorconsciência da cidadania e compreensão do que é a Política. Esta disciplina deveser baseada em actividades/dinâmicas de grupo, inclusive fora do ambienteescolar e preferencialmente inseridas no ambiente associativo ou autárquico.Este género de formação deverá começar desde o ciclo básico mantendo-se atéao final do percurso escolar.
- Em paralelo, devem também ser desenvolvidas, nos diferentes níveis deensino, actividades e formação não formal em Cidadania, assim como emEmpreendedorismo e Liderança/ proactividade.
- Participação activa dos jovens nos órgãos de direcção dos
estabelecimentos de ensino e na vida das escolas. Propomos
ainda a criação de assembleias englobando toda a comunidade
escolar.
- Criar fóruns de conhecimento para que Trabalhadores/
Empresas/ Ensino articulem a sua actividade, de modo a
procurar um melhor equilíbrio no mercado de trabalho.
- O CNJ deve fazer pressão sobre o Estado para conseguir que
a legislação sobre os Conselhos Municipais da Juventude seja
respeitada. Simultaneamente, deve ser analisada a pertinênciada criação de Conselhos Regionais de Juventude.
- Aumentar a divulgação das actividades realizadas pelas
associações locais assim como pelo CNJ. Criar mecanismos
para monitorizar/avaliar o sucesso destes organismos, assim
como o sucesso do diálogo promovido.
- As escolas devem incentivar a participação dos pais dos
alunos nas iniciativas incidindo sobre a informação e
orientação profissional, como as “semanas da carreira”.
- Os sindicatos deveriam desenvolver acções de diálogo estruturado. Devemigualmente proceder a uma reorganização interna, por forma a serem maisrepresentativos dos jovens e para trabalhar com os jovens na educação paraos seus direitos.
- Apostar em novas formas de comunicação dentro das empresas, entre ostrabalhadores e a entidade empregadora, valorizando assim a opinião dosprimeiros.
Objectivo: Aumentar a participação Jovens no Diálogo Social
COMBATE À DISCRIMINAÇÃO E INCLUSÃO DE JOVENS COM MENOS
OPORTUNIDADES
Acesso à informação, participação e capacitação (não podesó ser para alguns ou para os que à partida têm melhorescondições) :
• Divulgar toda a informação relativa ao mundo laboral, educativo ecultural através de canais públicos de TV e rádio, nas câmaras municipais,juntas de freguesia, estabelecimentos de ensino e associações,plataformas de comunicação (internet) e outros meios de comunicação,garantindo que toda a comunidade tenha acesso à informação.
• Estabelecer quotas para fomentar a inclusão de jovens com menosoportunidades nos projectos e programas de estágio.
• Criação de programas internacionais de desenvolvimento decompetências a jovens com menos oportunidades (competênciaslinguísticas, artísticas, sociais e de liderança) contribuindo assim para apromoção da interculturalidade.
Vários tipos de discriminação: com base na origem socioeconómica,género, idade, etnia, nacionalidade, orientação sexual e identidade degénero, portador de deficiência ou não:
• Criação de um gabinete público/estatal multi-disciplinar regulador como objectivo de fiscalizar, informar e corrigir problemas identificados,denunciados pelas vítimas de discriminação ou pela sociedade, comocomplemento do trabalho do Observatório dos Direitos Humanos.
•Fazer cumprir a percentagem de quotas de admissão de colaboradores comdeficiência ou incapacidade, fiscalizar as empresas e penalizar o seuincumprimento.
•Maior atribuição de incentivos (exemplo: fiscais) às empresas que contratemjovens recém graduados e desempregados de longa duração.
•Maior aposta e investimento em campanhas de sensibilização na sociedadepara combater todas as formas de discriminação (origem socioeconómica,género, orientação sexual, religião, etnia/nacionalidade, deficiência)
•Combater a omissão de informações no currículo por ser um impulsionadorda precariedade (exemplo “excesso” de habilitações literárias).
Combate ao insucesso e abandono escolar, nomeadamente através deapoios escolares e do investimento na educação
•Criação e implementação de ferramentas que motivem o gosto pelaaprendizagem e pela escola (exemplos: clubes recreativos, ENF).
•Melhor aconselhamento e orientação dos jovens através da criaçãode programas de observação em contexto de trabalho, no ensinosecundário, antes da escolha da carreira profissional.
•Repensar a valorização dos cursos tecnológicos e profissionais(erroneamente associados a cursos para jovens com menoscapacidades intelectuais).
Meios de Comunicação
• Mudança de atitude da sociedade: uma rápida actuação conduzirá àuma mudança de mentalidade. Através de diagnósticos de necessidades(quer com os lideres quer com o grupo), sensibilização e motivação –intervenção directa: Formações, sessões de esclarecimento, tertúlias,campanhas publicitárias, campanhas de acção de campo, associativismo eética.
• Uma maior comunicação entre as entidades de forma a estabelecersinergias/parcerias através de plataformas de comunicação (internet) paraa obtenção de um maior financiamento por entidades competentes;criação de espaços de debate/diálogo (exemplo: conselhos municipais).Objectivo: unir forças de forma a desenvolver o espírito crítico, aconsciência cívica, o diálogo e a comunicação.
A Educação Não Formal (ENF), enquanto processoeducativo com metodologias próprias, tem, a essenível, responsabilidades acrescidas:
• Reconhecimento e valorização das capacidades e competênciasindividuais pelas pessoas e pelas entidades empregadoras, porexemplo através de dinâmicas de grupo e entrevistas individuais.
• A ENF é fundamental para a formação individual dos cidadãos.
• Reconhecimento e valorização da ENF por parte do Ministério daEducação através da redefinição dos programascurriculares/escolares.
• Estímulo e continuação de programas de ENF por parte de associaçõesjuvenis, culturais e recreativas, por exemplo.
Apoio ao associativismo jovem local/trabalhocomunitário e papel dos trabalhadores sócioeducativos
O associativismo jovem é uma ferramenta de excelência no combate àdiscriminação e inclusão de jovens com menos oportunidades, pela suaproximidade com a comunidade e poder privilegiado de intervenção social.Nesta óptica, é necessário investir na sua requalificação e fomentar as boaspráticas:
•Maior apoio económico ao associativismo baseado num plano desustentabilidade/compromisso da própria associação: planos deactividades, avaliação final, apresentação pública dos resultadosessencialmente às entidades financiadoras.
•Revisão da portaria de 16 Dez. 2010 (30% Março -30% Junho -40%Dezembro) onde a maior parcela de financiamento deve ser atribuída noinicio do projecto de forma a viabilizá-lo. Cumprimento dos prazosdefinidos por lei.
•Devolver uma atitude pró-activa na procura do auto-financiamento(aposta na sustentabilidade).
•Abrir as associações à comunidade, publicitar o trabalho efectuado,permitir uma oportunidade real e incentivo à participação activa de todosos jovens interessados; estratégias de aproximação da comunidade, acções“na rua” (actividades culturais e ENF) – envolver a comunidade no seupróprio processo de mudança.
•Formar continuadamente os líderes e todos os intervenientes daassociação como meio de promover as boas práticas e a qualidade dasrespostas.
•Realçar a importância dos trabalhadores socioeducativos nos projectos eprogramas ajustados às reais necessidades da comunidade, na medida emque trabalham o empoderamento da comunidade para promover eprovocar a mudança.
• Valorizar a experiência de quem trabalha no terreno de modo a umamaior planificação das políticas e dos programas sociais: mais diálogo,comunicação entre a comunidade e os decisores políticos e,essencialmente, uma maior abertura política. Compromisso dos decisorespolíticos em deslocarem-se à comunidade.
• Educar os jovens para o verdadeiro sentido e importância dovoluntariado no desenvolvimento comunitário e na aquisição deconhecimentos e competências de cidadania activa.
- O voluntariado está a ser uma das poucas alternativas que osjovens têm para não perderem competências profissionais e uma viade inclusão socioprofissional
Contudo, importa combater
• O novo paradigma social do “Falso Voluntariado” – o voluntariadonão deve ocupar o lugar de um profissional qualificado, pois esta éuma forma ilegal e deturpa o verdadeiro sentido do voluntariado.
EMPREENDEDORISMO, INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE
…Ao nível Social, Económico, Tecnológico, Cultural e artístico:
• Aproveitamento dos recursos locais existentes;
• Incentivar as autarquias à criação de políticas fomentando o empreendedorismo da comunidade local;
• Incentivar as empresas a criar projectos válidos a médio e longo-prazo de I&D , bem como a divulgar boas práticas a nível do empreendedorismo;
• Promover a troca de experiências.
…Nas Organizações de Juventude:
As organizações como:Criadoras de incubadoras de empresas;
Promotoras de ideias e de concursos de ideias inovadoras;
Interlocutoras com organismos de decisão e principais agentes de influênciajunto dos órgãos de decisão;
Dinamizadoras da educação não-formal como abordagem educativa;
Impulsionadoras da mobilidade internacional através da divulgação massiva deprojectos, estágios e programas de mobilidade;
Maximizadoras do impacto do empreendedorismo na sociedade civil;
Criadoras de oportunidades de negócio Vs. Criadoras de postos de trabalho.
…Na Protecção Social dos Jovens Empreendedores:
Criação/Utilização de fundos de apoio a novos empresários em situação de rupturado seu projecto nos primeiros 5 anos por entidades públicas, privadas ou público-privadas.;
O Estado deve conceder incentivos fiscais durante os 3 primeiros anos, através daisenção ou redução do IRC;
Ampla divulgação dos incentivos ao empreendedorismo jovem existentes
Com o objectivo de incentivar o empreendedorismo, promover um concurso públicoonde é atribuído um prémio. O IAPMEI poderia ser o promotor.
Criar condições especiais de financiamento aos jovens empreendedores através deinstituições bancárias;
Em caso de ruptura no primeiro ano de existência, deverá existir a possibilidade dojovem empresário ter acesso a um apoio social por parte do Estado.
… Nas Escolas e Universidades:
Monitorização da empregabilidade dos diplomados passando por cursosprofissionais e superiores;
Incluir as actividades extra curriculares no suplemento ao diploma através daReitoria da Universidade;
Integrar empreendedorismo na disciplina de formação cívica (cidadania) nasEscolas;
Promover a aproximação da vida académica e profissional estabelecendo aponte entre licenciados e estudantes, através de encontros, experimentaçãoda profissão, etc.
… Tema livre
• Criação de um Gabinete Municipal para a avaliação e sustentabilidade deprojectos – Plataforma local intersectorial, que, juntando os 3 sectores,dinamiza o acompanhamento para o sucesso dos projectos. Os resultados sãodisponibilizados on-line;
• Criar uma Plataforma Nacional on-line que reúna a informação relativa aosprojectos de empreendedorismo, no âmbito de relatórios de actividades e boase menos boas práticas por parte dos Stake Olders;
• Considerar a sustentabilidade dos projectos, tendo em vista a valorização dascompetências pessoais (associativismo, cultura, desporto, etc).