Download - Conceito de Saúde 2
Rondinelli Salvador SilvaCoordenador Científico Nacional DENEM
Conceito de Saúde I• Modelo Místico-Religioso• Modelo Biomédico• Modelo Biopsicossocial
Modelo Biomédico
Patologia Clínica médica
Saúde é definida negativamente:
Ausência de doença
Livre de valores
Aplica-se indiferentemente a todas as espécies
Ausência defeitos em um sistema físico
Infecciosas Não-infecciosas
Clínica Médica: tempo de duração
Agudas Crônicas
Modelo Biomédico
RiscoFatores etiológicosFatores de riscoMulticausalidade
Sócio-político cultural
Biológico
Físico
Ambiente Externo ouMeio ambiente
Ambiente Interno
Fatores hereditários ou congênitosDefesas específicasAlterações organicas já existentes
História Natural da DoençaModelo Processual
História Natural da Doença
Modelo Processual
Pré-Patogênese Patogênese: SER HUMANO
AG
MAH
Horizonte Clínico
MorteCronificaçãoCura com sequelaCura
Determinantes
Nível Sub-clínico Nível Clínico
Avanço: um processo de múltiplas e complexas determinações
Contextualização • Crise d0 Estado• Crise da Clínica• Incorporação da Psicologia Clínica• Movimentos por Direitos Civis
Repercussões do Biopsicossocial
• Avanço no entendimento clínico do processo saúde-doença.
• Busca por soluções biológicas/não-biológicas para problemas não biológicos.
• Fragmentação das políticas de saúde• Humanização
Fragmentação das Políticas de Saúde
• Políticas construídas em função de grupos sociais• Aquisição de direitos via Judiciário: HIV• Perda de foco quanto aos elementos essenciais no
agravo a saúde.• Burocratização do SUS na distribuição de recursos.
Humanização• Conceito Sintoma• Responsabilização do Profissional e/ou do Sistema
de Saúde pelas más condições deste.• Origem no Movimento por Direitos Civis femininos
nos anos 1960• Adoção como Príncipio a partir dos anos 1980• Política Pública e ação social a partir dos anos 1990
Política Nacional de Humanização
Análise da Cartilha HumanizaSus
• - Fragmentação do processo de trabalho e das relações entre os
• diferentes profissionais;• - Fragmentação da rede assistencial dificultando a
complementaridade• entre a rede básica e o sistema de referência;• - Precária interação nas equipes e despreparo para lidar com a• dimensão subjetiva nas práticas de atenção• - Sistema público de saúde burocratizado e verticalizado• - Baixo investimento na qualificação dos trabalhadores,
especialmente• no que se refere à gestão participativa e ao trabalho em
equipe;
Análise da Cartilha HumanizaSUS
• - Desrespeito aos direitos dos usuários;• - Formação dos profissionais de saúde distante do
debate e• da;formulação da política pública de saúde;• - Controle social frágil dos processos de atenção e
gestão do SUS;• - Modelo de atenção centrado na relação queixa-
conduta.
Proposta de Reorganização do SUS
• Basicamente Proposta de Mudanças da Gestão em Saúde
• Conceito de Tecnologia: Emerson Merhy• Tecnologia Leve• Tecnologia Leve-Dura• Tecnologia Dura
Determinação do Social do Processo Saúde Doença
“Um efeito adverso à saúde é provocar, promover, facilitar ou exacerbar uma anormalidade estrutural
e/ou funcional, com a implicação de que a anormalidade tem o potencial de abaixar a qualidade de vida, causar doença incapacitante ou levar à morte
prematura.” (US National Academy of Sciences)
Determinação SocialAs oportunidades – probabilidades com que contam as pessoas para satisfazerem suas necessidades e desejos não diferem de forma aleatória, nem devido a outros fatores ambientais, genéticos ou biológicos. São calculadamente diferentes principalmente porque tem sua base na estrutura social, especialmente nosprocessos de produção e distribuição de bens escassos.
Potencialidades Riscos
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
Histórico da Determinação• Contribuições de Percival Pott (1713-1788):
câncer de escroto em ex-limpadores de chaminés (importância da anamnese ocupacional; importância do tempo de latência)
• Contribuições de Louis René Villermé (1782-1863): “... descrição comparativa das similaridades e diferenças entre trabalhadores da mesma atividade mas que trabalham em diferentes locais, e trabalhadores do mesmo estabelecimento, mas em atividades diferentes...”
• Contribuições de William Farr (1807-1883): estudos de mortalidade geral e específica (doenças respiratórias) em áreas de mineração; idéia de “risco relativo” e “risco atribuível”
CONCEPÇÃO DE SAÚDE
Concepção biológica
Concepção Processo Saúde Doença
Caso Definido “a priori” Classificação de patologias
Não definido “a priori” Identificado no modo de andar a vida
Determinação do caso
Alterações fisiopatológicas
Resultantes do modo de vida das pessoas
Expressão do caso
Indivíduo doente Indivíduos que vivem, adoecem, morrem segundo a sua inserção na organização social
Coletivo Somatória de indivíduos
Expressão do resultado das tensões sociais que formam classes e frações de classes
ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE
Concepção biológica
Concepção processo SD
Objeto do trabalho Indivíduo doente Indivíduos como expressão da forma peculiar de viver, adoecer e morrer das diferentes classes sociais. Coletivos
Divisão técnica de trabalho
Especialização médica
Solução multidisciplinar de problemas de saúde
Processo de trabalho Individual Coletivo. Em equipe
Produto Cura de doentes Alteração do perfil de morbimortalidade das diferentes classes e frações de classes sociais - enfrentamento das desigualdades
Relação de trabalho Alienado Consciência sanitária da população e dos trabalhadores
Caso ClínicoJosé Carlos, 45 anos, casado, vigia noturno, tabagista 1 maço/dia/30anos, etilista (3 cervejas/dia). Comparece a consulta referindo Cefaléia Occipital constante há 1 ano. Traz consigo resultado de exame realizado há 02 meses com glicemia de jejum 150mg/dl. Relata que ultimamente se sente pressionado e estressado em função da inversão do padrão de sono e da necessidade de conseguir outro emprego uma vez que a sua filha de 16 anos encontra-se grávida (2 meses). Ao exame paciente ansioso PA 150x90mmHg, FC=85bpm, FR=20, AAA, eupneico, orientado no tempo e no espaço, peso= 96kg, altura= 1,70m, IMC = 33kg/m22brnf sem sopros mvfd sem ra
Caso ClínicoAo exame paciente ansioso PA 150x90mmHg, FC=85bpm, FR=20, AAA, eupneico, orientado no tempo e no espaço, peso= 96kg, altura= 1,70m, IMC = 33kg/m22brnf sem sopros mvfd sem ra Abdome globoso, flácido, rha presentes normoativos sem massas palpáveis. Fígado palpável a 2cm do rebordo costal direito. Bordas lisas, doloroso.Hipótese diagnósticas: HAS/Obesidade, Esteato-hepatite não alcoólica, Sindrome Metabólica.
Condutas TípicasOrientações sobre mudanças de estilo de vida e prática regular de exercícios físicos.Reforçar a importância da dieta e reeducação alimentarNecessidade de perda de pesoEnfatizar necessidade de abandono do tabagismoSolicitação de nova glicemia de jejum, perfil hepático, perfil lipídico, eletrocardiograma, controle pressórico e retorno em uma semana.