COMPORTAMENTO DE HÍBRIDOS DE MILHO TARDIO,
PRECOCE E SUPERPRECOCE, NA ÉPOCA DE
"SAFRINHA", SUBMETIDOS A DIFERENTES NÍVEIS DE
NITROGÊNIO
Ana Rita de Moraes Brandão Brito Engenheira Agrônoma
Orientador: Prof. Dr. Antonio Luiz Fancellí
Dissertação apresentada à Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", da Universidade de São Paulo, para obtenção do Titulo de Mestre em Agronomia, Area de concentração: Fltotecnla
PIRACICABA
Estado de São Paulo - Brasil
Outubro - 1995
CAT HlüGAÇ�ü Ntr PUBL 1 CP.Ç·�o
D1VISfiü DE BJBL1D1ECH E DüCUMEtflf!;Ç�D - CArlPUS ºLUíL DE HUE1Rü211
/USP
Brito, Ana Rita de Noraes Brandào
Coffiportaiento de hibridos de 1ilho tardio, pr2coce e superprecoce, na
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cicaba 1 1995 ..
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Diss.(Mestre} - ESALQ
Bibliagratia.
1. Adubaç�o nitrogenada 2. Milho hihrido - Nutriç�o 3. Nitrog?nio ei milho
hihrido - Co�portamento 1. Escola Superior de Agricultura Luiz de �ueiroz,
Piracicaba
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COMPORTAMENTO DE HÍBRIDOS DE MILHO TARDIO,
PRECOCE E SUPERPRECOCE, NA ÉPOCA DE
"SAFRINHA", SUBMETIDOS A DIFERENTES NÍVEIS DE NITROGÊNIO
Aprovada em: 11/10/95
Comissão julgadora:
Prof. Dr. Antonio Luiz Fancem
Prof. Dr. Silvio Moure Cicero
Ana Rita de Moraes Brandão Brito
Dr. Frederico Ozanan Machado Durães
ESALQ/USP
ESALQ/USP
EMBRAPA/CNPMS
- QW�.Prof. Dr. Antonio LuiZ Fancelli
-Orientador-
ii
A meus pais Luiz Paulo e
Maria lsaura e irmãos
ofereço
A meu esposo Gilberto e
a minha filha Luana (in memoriam)
dedico
iü
iv
AGRADECIMENTOS
Ao professor Dr. Antonio Luiz FanceJJi, pela orientação, amizade e peJo
profissionalismo demonstrado.
· Aos Engenheiros Agrônomos Frederico Ozanan Machado Durães e Milcíades
Gadelha de Lima, pelo apoio na condução do trabalho.
· Ao colega Milton Cezar Ribeiro do Departamento de Ciências Florestais da
ESALQ/USP, pelos auxflios nas análises estatfsticas.
· Aos professores e funcionários do Departamento de Agricultura da ESALQ/USP,
pela colaboração prestada.
· Aos estagiários Frederico Lopes Peres e Guilherme Juliano Braga da Rosa pela
ajuda prestada na coleta de dados.
· A !mprM9 F'@mambucana de Pesquisa Agropecuária - IPA, pela oportunidade
concedida.
· A Coordenaçao de aperfeiçoamento de pessoal de nrvel superior (CAPES), pelo
suporte financeiro.
Aos funcionários da biblioteca central da ESALQ, USP, pela amizade e
colaboração.
· A ESAl.QJUSP pelo curso oferecido.
· Aos colegas de turma, pela amizade e convivência.
· A todos que colaboraram para a realização deste trabalho.
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
RESUMO
SUMMARY
1. INTRODUçAo
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Cultivo do milho safrinha
SUMÁRIO
2.2. Influência do nitrogênio no perfodo de enchimento do grão
2.3. Período de enchimento do grão
3. MATERIAL E M~TODOS
3.1. Localização
3.2. Dados meteorológicos
3.3. Cultivares utilizados
3.4. Tratamentos
3.5. Procedimento experimental e colheita
3.6. Caracteres avaliados
3.6.1. Caracteres agronômicos
3.6.2. Componentes da produção
3.7. Análise estatfstica
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4. RESULTADOS
4.1. Avaliações de campo
4.1.1. Altura de planta (AL T)
4.1.2. Indice de área foliar (IAF)
4.1.3. Graus-dia
4.2. Componentes da produção
4.2.1. Número de espigas por planta (NES)
4.2.2. Comprimento da espiga (CES)
4.2.3. Peso de espiga (PES)
4.2.4. Produção de grão (PG)
4.2.5. Acúmulo de matéria seca do grão
5. DISCUSSÃO
5.1. Crescimento de planta
5.1 .1 . Altura de plantas
5.1.2. [ndice de área foliar
5.1.3. Somatória calórica
5.2. Componentes da produção
5.2.1. Acúmulo de matéria seca dos grãos
6. CONCLUSÕES
REFERêNCIAS BIBLlOGRAFICAS
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7. APÊNDICE 68
7.1 . Apêndice I . Dados meteorológicos 69
7.2. Apêndice 11 Caracteres agronômicos estudados (valores mé-
dios) 75
7.3. Apêndice 111. Valores médios da matéria seca do grão em
cultivar de milho de ciclo normal (XL 380) 76
7.4. Apêndice IV. Valores médios da matéria seca do grão em
cultivar de milho de ciclo precoce (BR 201) 77
7.5. Apêndice V. Valores médios da matéria seca do grão em cultivar
de milho de ciclo superprecoce (P 3072) 78
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LISTA DE TABELAS
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Tabela 1: Caracterfsticas dos cultivares de milho. 20
Tabela 2: R.esultados da análise qufmica do solo 22
Tabela 3: Esquema de adubação nitrogenada empregada no expeli-
mento de milho safiinha. Piracicaba, SP. 22
Tabela 4: Graus-dia, para os três cultivares de milho de diferentes ciclos.
Piracicaba, SP. 1993. 31
Tabela 5: Análise de variância (quadrado médio) dos resuttados,
referentes aos parâmetros avaliados, de três cultivares de
milho de diferentes ciclos vegetativos (c1 = normal, c2 = precoce e c3 = superprecoce) em quatro níveis de nitrogênio
(NO = O kglha, N1 = 50 kg/ha, N2 = 100 kglha e N3 = 150
kglha), média de três repetições. Piracicaba, SP. 1993.
Tabela 6. Média referente às caracterfsticas estudadas, obtidas para os
três cultivares de milho de diferentes ciclos vegetativos (c1 =
normal, c2 = precoce e c3 = superprecoce). Piracicaba, SP.
38
1993. 39
Tabela 7: Média referente às características estudadas, obtidas para os
nlveis de nitrogênio (NO = OkgJha, N1 = 50 kgJha, N2 = 100
kgJha e N3 = 150 kglha). Piracicaba, SP. 1993. 40
Tabela 8: Variação da matéria seca do grão (média de seis plantas) em
g/m2 de cultivares de milho de diferentes ciclos e quatro nlveis
de nitrogênio. Piracicaba, SP. 1993.
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USTA DE FIGURAS
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Figura 1. Representação gráfica da equação de regressa o que expressa
os efeitos de cultivares e doses de nitrogênio sobre a altura. 42
Figura 2. Representação gráfica da equação de regressão que expressa
os efeitos de cultivares e doses de nitrogênio sobre (ndice de
área fotiar
Figura 3. Representação gráfica da equação de regressão que expressa
os efeitos de cultivares e doses de nitrogênio sobre o número
médio de espiga por planta
Figura .4. Representação gráfica da equação de regressão que expressa
os efeitos de cuftivares e doses de nitrogênio sobre o compri-
43
mento da espiga 45
Figura 5. Representação gráfica da equação de regressão que expressa
os efeitos de cultivares e doses de nitrogênio sobre o peso da
espiga 46
Figura 6. Representação gráfica da equação de regressão que expressa
os efeitos de cultivares e doses de nitrogênio sobre a produção 47
Figura 7. Acúmulo da matéria seca do grão em cultivar de milho de ciclo
normal (c1 = XL 380) e quatro níveis de nitrogênio. Piracicaba,
SP.1993. 48
Figura 8. Acúmulo da matéria seca do grão em cultivar de milho de ciclo
precoce (c2 = BR 201) e quatro n'veis de nitrogênio.
Piracicaba, SP. 1993.
Figura 9. Acúmulo da matéria seca do grão em cultivar de milho de ciclo
superprecoce (c3 = P 3072) e quatro nlveis de nitrogênio.
Piracicaba, SP. 1993.
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COMPORTAMENTO DE HíBRIDOS DE MILHO TARDIO,
PRECOCE E SUPERPRECOCE, NA ÉPOCA DE
"SAFRINHA", SUBMETIDOS A DIFERENTES NíVEIS DE
NITROGÊNIO
RESUMO
Autora: Ana Rita de Moraes Brandão Brito
Orientador: Prof. Dr. Antonio Luiz Fancelli
Entre as alternativas de cutturas temporárias, a cuttura do
milho "safrinha" vem apresentando bom resultado econômico nos últimos anos,
em decorrência do comportamento favorável do clima e o baixo custo de
produção. Os objetivos do presente trabalho referem-se à avaliação do
comportamento de hfbridos de milho de ciclos diferentes, semeados na época de
"safrinha", bem como ao estudo do perfodo de duração do enchimento de grãos,
sob a influência de diferentes nfveis de nitrogênio.
o experimento foi conduzido em área pertencente ao
Departamento de Agricultura da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz",
da Universidade de São Paulo) no período de janeiro a junho de 1993, em solo
xiii
classificado como Terra Roxa Estruturada eutrófica. Foram avaliados, três
cultivares de milho de diferentes ciclos, ou seja, tardio, precoce e superprecoce, e
quatro doses de nitrogênio, sendo 0,50, 100 e 150 kgJha de N.
A coleta de dados foi iniciada a partir do florescimento. Para
os caracteres agronômicos avaliaram-se: índice de área foUar, altura da planta e
graus-dia, enquanto que para os caracteres de produção avaliaram-se: número
de espigas por planta, comprimento da espiga, peso da espiga, produção de
grãos e matéria seca do grão.
Pela análise dos resultados concluiu-se que: a) Para a
semeadura do milho na época de "samnha", a interação genótipo-ambiente,
assume acentuada importância; b} Na "safrinhal) , hfbridos que apresentam longo
periodo de enchimento de grãos e acúmulo uniforme de matéria seca no periodo,
proporcionam melhor rendimento e produção; c) A adubação nitrogenada em
cobertura, em condições de "safrinha" não resulta em substancial acréscimo no
fndice de área fotiar e no rendimento dos hfbridos estudados, sobretudo para o
cultivar superprecoce.
xiv
BEHA VIOR OF LATE, EARl Y, ANO VERY EARL Y MAIZE
HYBRIDS IN IISAFRINHA"SEASON SUBMITTED TO
DIFFERENT NITROGEN LEVELS
SUMMARY
Author: Ana Rita de Moraes Brandão Brito
Adviser: Prof. Dr. Antonio Luiz Fancelli
Among temporary crop alternatives the "safrinha" maize
culture has presented good economical resutts in ttJe past years as a
consequence of the favorable climatíc behavior and low productíon cost. The goal
of this work is to evaluate the behavior of different cycle maize hybrids, sown
during the "safrinha" season as well as to stuc.ty the duratíon of the grain filling
period under the influence of different nitrogen leveis.
The experiment was conducted within an area of the
Agriculture Department of the Escola Superior de Agricultura "Luiz de QueiroZ',
University of São Pauto, from January to June, 1993, in an Eutrophic structured
"Terra Roxa" soil. Three maize cultivars trom different cycles, namely, late, earty,
and very earty I and four nítrogen doses at O, 50, 100 and 150 kglha of N were
evaluated.
Data began to be collected at ffowering. The leaf area index,
plant height, and degree-days were evaluated for agricultura I features whlle
nurnber of ears per plant, ear length, ear weight, graín productíon, and dry rnatter
of grain were evaluated for production features.
The anatysis of resutts showed that the genotype-environrnent
interaction for maize sowing during the "safrinha'" season assumes a distinctive
importance; During the "safrinha, long grain filling periods and uniform
accumulation of dry matter during the period provide better yielding and
production; Nitrogen manuring on topsoll under "safrinha" conditions does not
represent a significant increase in the leaf area index nor in the yielding of the
studied hybrids, especially for the very earty cuttivar.
1. INTRODUÇÃO
A cultura do milho é uma das mais difundidas no mundo. No
Brasil, o milho é plantado de norte a sul do Pars, ocupando a maior área
cultivada, ou seja aproximadamente 13 milhões de hectares.
Apesar de apresentar elevado potencial produtivo, o
rendimento da cultura no Brasil é considerado baixo devido, principalmente, a
extrema dificuldade evidenciada no processo de difusão e adoção de tecnologias
mais avançadas dentro dessa cultura. Entre as tecnologias essenciais destaca-se
a semeadura em épocas mais adequadas, escolha de cultivares mais adaptados
às condições regionais, uso de sementes melhoradas, emprego de população
correta de plantas e uso adequado de corretivos e fertilizantes, entre outras, com
o intuito de proporcionar condições que permitam à cultura manifestar todo seu
potencial produtivo (FANCELLl l 1986).
2
Uma das vantagens que a agricultura brasileira vem
oferecendo, ultimamente, é a possibilidade da produção de mais de uma safra de
milho por ano, ou seja, uma primeira que abrange todas as regiões do pais e
corresponde a 95% do total e uma segunda, que corresponde aos restantes 5% e
que vem crescendo nos últimos anos. Essa segunda safra, que vem sendo
convencionada de milho "safrinha", obteve produção estimada em 2,4 milhões de
toneladas no ano agrfcola de 1992193, de acordo com a Companhia Nacional de
Abastecimento (TSUNECHIRO, 1994).
No entanto, por se tratar de um sistema de exploração
relativamente recente, ainda não existem informações técnicas suficientes para
explorar todo o seu potencial produtivo. Por isso I há necessidade de
conhecimentos básicos e indispensáveis, tais como: época de semeadura,
recomendação de cuftivares, espaçamento, densidade de plantas e adubação.
Visando discutir as diferenças de comportamento entre
diferentes hfbridos e épocas de semeadura, uma considerada atenção tem sido
dispensada à produção de grãos, enquanto que o conhecimento da duração do
perfodo de formação do grão tem sido amplamente ignorado.
Assim, o objetivo do presente trabalho refere-se à avaliação
do comportamento de hibridos de milho de ciclos diferentes semeados na época
de safrinha, bem como ao estudo do período de duração do enchimento de
grãos, sob a influência de diferentes níveis de nitrogênio.
3
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Cultivo do milho safrinha
Entre as alternativas de culturas temporárias, a cultura do
milho "safrinha", apesar do alto risco de produção em relação às condições
climáticas, vem apresentando bom resultado econômico nos últimos anos, em
decorrência do comportamento favorável do clima e o baixo custo de produção.
Iniciada há mais de quinze anos, a "safrinha"de milho tem
alcançado aumentos expressivos nos últimos anos, ocupando mais de um milhão
de hectares em 1993, conforme dados da Companhia Nacional de
Abastecimento (CeNAS). Embora considerando, ainda, certo grau de riscos e
incertezas, característico da maioria dos cultivos de entressafra, a cultura do
milho, em sucessão às de primavera-verão, e que vem sendo convencionada de
4
milho "safrinha", permite a colheita de uma segunda safra no mesmo ano
agrfcola. Também) protege o solo durante o outono-invemo; proporciona melhor
utilização da terra, da maquinaria agrfcola e da mão-de-obra e, ainda, possibilita
uma rentabilidade adicional ao produtor rural, através da produção de forragem,
grão elou milho verde (OLIVEIRA, 1994). Além disso, sua colheita coincide com a
entressafra de oferta do produto, tomando-se, assim, o mercado plenamente
comprador e com maiores oportunidades de o produtor obter preços mais
compensadores.
o grande incremento da área da semeadura extemporânea,
ficou por conta da Região C entTo-S ui , destacando-se os Estados do Paraná, São
Paulo e os Estados Centrais. A medida que a atividade foi se tomando
economicamente atrativa, muitos agricultores, mormente os de médio e grande
porte, passaram a investir na lavoura, iniciando pela aquisição de sementes
melhoradas, adubação (principalmente nitrogênio em cobertura), controle químico
de pragas e plantas daninhas, entre outras. Face a essa nova realidade de
cultivo, a pesquisa oficial passou a ser solicitada no fornecimento de dados
experimentais que embasassem melhor as informações a serem transferidas aos
agricultores, uma vez que não havia conhecimentos básicos e indispensáveis, tais
como: época de semeadura, recomendação de cultivares, espaçamento e
densidade de plantas, adubação, ocorrência de pragas e doenças, entre outros
(GERAGE & BIANCO, 1987).
Alguns trabalhos do cultivo de milho "safrinha", com relação a
época de semeadura, densidades de plantas e recomendação de cultivares,
5
foram conduzidos com o objetivo de minimizar os riscos que são mais
acentuados nesse perfodo.
A avaliação de cultivares de milho possibilita a identificação e
caracterização de cultivares para uma determinada região elou época de plantio.
Assim sendo, foram conduzidos por SAWAZAKI et aI. (1994), em São Paulo, um
ensaio de adaptação e estabilidade de produção, onde verificaram altos
rendimentos de grão, com rendimento acima de 4.000 kglha nas cidades de
Votuporanga (5.532 kgJha) e ltuverava (4.110 kglha) e que as condições
climáticas, durante o ensaio foram mais favoráveis a produção do milho. Com o
mesmo objetivo ESTEVES et aI. (1994) verificaram que os cultivares de milho
testados produziram pouco, em média 2491 kglha, devido ao estresse hfdrico
ocorrido, principalmente, após o florescimento.
outros ensaios foram conduzidos em vários locais no Vale do
Paranapanema, em São Paulo, por DUARTE et aI. (1994), os quais verificaram
que os cultiVares mais adaptados e estáveis em todos os locais foram os de ciclo
médio e precoce.
Estudos realizados com o intuito de observar o efeito de
épocas de semeadura sobre o rendimento final e identificar o ciclo do cultivar
mais adequado para a época da safrinha I foram realizados por OLIVEIRA et aI.
(1994), no Estado do Mato Grosso. Constou da avaliação, seis cultivares de
diferentes ciclos (dois de ciclo superprecoce, dois de ciclo precoce e dois de ciclo
normal), em cinco épocas de semeadura {10 de fevereiro a 11 de abril}, a
intervalos de 15 dias. Os resultados foram promissores, com rendimento de grãos
6
correspondente a 3301 e 3590 KgJha, para as épocas de 10 e 25/02192,
respectivamente. Concluíram, os autores que os cultivares de ciclo superprecoce
e precoce mostraram melhor desempenho em relação às de ciclo normal,
verificando assim, que a época de semeadura afeta, principalmente, o ciclo do
cultivar e o rendimento de grão. Em outro estudo, TEIXEIRA (1994) verificou em
Dourados, MS. que os rendimentos médios de grãos obtidos nas diferentes
épocas foram de 2652, 2420 e 2175 KgJha, respectivamente para a semeadura
de janeiro, fevereiro e março e que os cultivares que apresentaram os maiores
rendimentos de grãos foram os cultivares de ciclo médio, incluindo o BR. 201.
Trabalho recente, referente a densidade de plantas e a
identificação do ciclo de cultivares, mais adequado ao cultivo de milho na
entressafra, foi realizado por DURÃES (1993). Observou o autor que o
rendimento de grãos variou entre os cultivares e entre as densidades de plantas
utilizadas, sendo, significativamente superior nas maiores densidades de cultivos,
para os três cultivares de diferentes ciclos vegetativos, ou seja, normal, precoce e
superprecoce. Concluiu, ainda que as condições ambientais de cultivo de safrinha
sao sub ótimas para o desenvolvimento do milho, principalmente para os
cultivares com caracterfsticas e comportamento de precocidade acentuada.
Ainda I relata que para o cultivo de safrinha, deve-se dar preferência a genótipos
que tenham larga capacidade de dreno e que acumulem rapidamente matéria
seca em seus orgãos, continuando a acumular, paralelamente ao enchimento de
grãos, matéria seca total.
7
2.2. Influência do nitrogênio no perlodo de enchimento do
grão
o nitrogênio, na agricultura moderna, tem sido um dos fatores
mais limitantes no rendimento de grão. É o elemento que se encontra em maior
quantidade na matéria seca total da planta de milho e, portanto, toma-se
necessário provê-Ia em doses adequadas durante o perfodo de desenvoMmento
da cultura para a obtenção de altas produções de grãos (MEDEIROS & SILVA,
1975).
O conhecimento do acúmulo de matéria seca, por uma
cultura, possibilita melhor entendimento dos fatores relacionados á nutrição
mineral e, consequentemente, da adubação.
O primeiro trabalho expressivo sobre acúmulo e distribuição de
matéria seca e nutrientes em relação ao ciclo da planta de milho foi realizado por
SAYRE (1948), que observou ser o crescimento do milho função linear do tempo.
A curva do peso de matéria seca da planta é ligeiramente sigmóíde e a
acumulação do nitrogênio aumenta nos tecidos verdes, para posteriormente
sofrer intensa translocação para os grãos, cessando a absorção I
aproximadamente, aos três meses de idade da planta, cujo ponto de máximo
ocorre no embonecamento (espigas com estilo-estigmas receptivos).
B
HANWAY (19ô2) estudando a acumulação progressiva da
matéria seca em plantas de milho, verificou que as variações na fertilidade do
solo produziram diferentes n[veis de acumulação. Notou, no entanto, que as
mesmas não inftuiram notoriamente nas proporções relativas das diferentes
partes da planta.
Estudos sobre a duração do perfodo compreendido entre o
florescímento até a maturidade fisiológica e a taxa de fertilizante sugerem
diferenças entre hfbridos de milho, e época de plantio.
Estudos desenvolvidos por Lee 1 citado por TSAI et aI. (1984)
indicam que altos n[veis de fertilizante nitrogenado prolongam e aumentam a taxa
de enchimento de grão, quando comparados com baixo suprimento desse
elemento.
Todavia, PEASLEE (1977) não verificou efeito do adubo
nitrogenado sobre a duração do período de enchimento de grão. Ainda, em outro
estudo PEASLEE et aI. (1971) observaram que para semeadura de milho mais
cedo, as dosagens de fósforo tiveram pouco efeito sobre o perfodo de
enchimento de grão, ao contrário do que aconteceu para o plantio mais tardio.
Para as duas datas de plantio, as dosagens de potássio foram positivamente
correlacionadas com a duração do perrodo de enchimento de grão.
1 LEE, T.C. The relation~hip of nitrogen ~ink and Kernel ~ink strength on dry matter accumulation in Zea mays L. West Lafayette r
1981, 161p. (Ph D. Purdue Univeraity).
9
A resposta do milho à adição crescente de adubo nitrogenado
difere consideravelmente. Alguns hJbridos experimentais mostraram aumento no
teor de proteJna elou produção de grão, com o aumento na taxa de nitrogênio
(WARREN et ai., 1980).
BAlKO & RUSSElL (1980) relataram que alguns cultivares
de milho congênitos não mostraram nenhuma resposta, enquanto que outros
apresentaram respostas linear ou quadrática à produção, com o aumento da
adubação nitrogenada. Os mesmos autores também observaram que em alguns
genótipos de milho, a resposta do adubo nitrogenado foi manifestada através do
aumento do número de espiga, comprimento da espiga por planta ou número de
grãos. Da mesma forma, KAMPRATH et aI. (1982) obtiveram uma correlação
linear entre taxa de adubo nitrogenado e número de espiga, em populações
hfbridas melhoradas, obtidas através da seleção recorrente.
Estudos realizados por TSAI et aI. (1984) demonstraram que a
produção de grãos em milho é variável entre os cultivares, em função da resposta
à adubação nitrogenada. Acrescentam, ainda, que a produção de grão é afetada
por vários fatores: a) diferença na taxa e duração de enchimento de grãos; b) na
taxa de sfntese da zefna e c) diferenças na capacidade dos hfbrldos em absorver
o nitrogênio após a emissão dos estilo-estigmas da espiga.
Os acréscimos observados no rendimento de grãos em função
da aplicação do nitrogênio, tem sido atribuído ao melhor desenvolvimento das
plantas, expresso pelo incremento da área foliar (MEDEIROS & SILVA, 1975;
PEREIRA et aI. 1981).
10
2.3. Perlodo de enchimento de grão
o periodo compreendido entre a fertilização e a maturidade
fisiológica do milho é caracterizado por três fases distintas do desenvolvimento do
grao (JOHNSON & TANNER, 1972). A primeira, fase corresponde ao perfodo
durante o qual a divisão celular é predominante, segundo REDDY & DAYNARD
(1983) e o aumento no peso de matéria seca da semente é mínimo. A segunda,
denominada fase linear de enchimento, é o período de rápido incremento do
peso da matéria seca devido a conversão de substância solúveis (açucares para
amido, no endosperma). Durante este período mais de 90% da matéria seca do
grão já se encontra acumulada (JOHNSON & TANNER, 1972). Durante a
terceira fase, a taxa de acumulação do peso da matéria seca declina, culminando
com a maturidade fisiológica.
O crescimento do milho para produção de grãos é função da
taxa e duração do periodo de enchimento do grao (JOHNSON & T ANNER,1972
e TOLLENAAR, 1977). O período de enchimento do grão, no milho, inicia-se na
antese e continua até a formação da camada negra ou maturidade fisiológica
(DAYNARD & DUNCAN, 1969).
OAYNARO & KANNENBERG (1976) estudaram a relação
existente entre a produçao de graos do milho e duas medidas do comprimento do
11
perfodo de enchimento de grãos, ou seja, duração atual do perfodo de
enchimento de grão (número de dias de 50% do florescimento até a maturidade
fisiológica) e duração do perfodo efetivo de enchimento (peso final do grão
dividido pela taxa média de acumulação do peso seco do grão, na metade do
penodo de enchimento de grão). Pelos resultados obtidos, observaram que,
geralmente, entre os hfbridos estudados um prolongado perfodo de enchimento
de grão poderia resultar no aumento da produção.
Segundo JOHNSON & TANNER (1972), a duração do
perfodo de enchimento de grão pode ser calculado a partir da produção final
acrescido de duas ou três datas de amostragem após o florescimento.
No entanto, SAYRE (1948); HANWAY (1962) e DUNCAN &
HATFIELD (1964), relataram que considerável acumulo de peso da matéria seca
do grão é evidenciado, aproximadamente, entre 7 e 14 dias após 50% do
florescimento e, o peso seco do grão de milho, obedece essencialmente uma
taxa linear de acúmulo ao longo do tempo. Da mesma forma, JOHNSON &
TANNER (1972) conclufram que, no mJnimo, 90% do peso do grão acumulado
linearmente foi iniciado duas semanas e meia após a emergência dos estílo
estigmas.
Um método simples da medição de duração do período de
enchimento de grão pode envolver o uso de técnicas baseadas no
desenvolvimento da camada negra. DAYNARD & DUNCAN (1969) verificaram
que o periodo de duração de enchimento de grãos pode ser determinado pelo
12
intervalo de tempo compreendido entre a emergência dos estilo-estígmas até a
formação da camada negra.
Dificuldades na identificação da data de maturidade do grão
tem sido superado pelo reconhecimento da formação da camada negra na região
placentária de sementes de milho, representando uma correta e simples
indicação do máximo peso da matéria seca da semente (DA YNARD & DUNCAN,
1969). Assim, em estudo relativo a quatro hfbridos até o alcance da maturidade,
observou-se que o aparecimento da camada negra ocorreu em três dias ou
menos, em relação ao momento exato da detecção do máximo peso da matéria
seca da semente.
Da mesma forma, RENCH & SHAW (1971), visando
determinar a afinidade entre o desenvolvimento da camada negra na semente, a
acumulação de matéria seca e o grau de umidade, concluíram que a máxima
acumulação da matéria seca da semente coincidiu com a ocorrência visual de
formação da camada negra e, portanto, parece ser um método mais fácil de
determinação da maturidade fisiológica, em comparação ao método de
determinação de umidade. Observaram também que o teor de água das
sementes, declinou significativamente durante o desenvolvimento da camada
negra. Ainda, para os mesmos autores, a camada negra, em sementes maduras
apresentaram graus de umidade que diferiram estatisticamente entre cultivares e
dentro de cultivares semeados em datas diferentes.
Face ao exposto, mostra-st1 importante conhecer nao somente
o tempo necessário para cada hlbrido de milho alcançar a maturidade fisiológica,
13
mas também a relação relativa da perda de umidade seguido da completa
acumulação da matéria seca.
A medição do pico de acúmulo do peso da matéria seca tem
sido extensamente usada como um método para se determinar a data da
maturidade fisiológica, correspondente ao estádio 10, definido por Hanway2 e,
citado por FANCELLI (1986).
SHAW & THOM (1951) determinaram a data da maturidade
fisiológica, através da medição de acumulação de matéria seca no grão. Em
outro estudo, HANWAY & RUSSELL (1969) registraram que a taxa de
acumulação de matéria seca no grão foi relativamente constante entre hlbridos
avaliados.
JOHNSON & TANNER (1972) verifícaram que a produção de
grão no milho é função da taxa e duração de acumulação de matéria seca no
grão.
Ainda, diferenças substanciais na duração do perfodo de
enchimento de grão ocorrem em diferentes hlbridos de milho, com e entre
maturidade relativa (DAYNARD, et aI. 1971; DAYNARD 1972). A duração do
perfodo de enchimento de grão, pode ser resultado do florescimento antecipado,
da formação retardada da camada negra, ou da combinação dos dois fatores.
Assim t visando estudar a maturidade do grão de milho, foram
avaliados três diferentes hfbridos por SHAW & THOM (1951), sendo que para os
2 .HANWAY, J. J. Growth stages of corn (Zea .mays L.} Agronomy Journal, Madison, 55: 487-492, 1963.
14
quatro anos de experimento, a média do perfodo de tempo do surgimento dos
estilo-estigmas até a maturidade, para os três cultivares, foram correspondentes
a 50, 51 e 52 dias. Os autores verificaram, também, que foi relativamente
constante o intervalo de tempo de, aproximadamente, 51 dias para completar
Q~te período.
No estudo de duas linhas congênitas de milho e seus hfbridos
F1 . HALLAUER & RUSSELL (1962) verificaram que os seus respectivos ,
períodos de enchimento de grão foram relativamente constante, em tomo de 60
dias. A umidade do grão na maturidade fisiológica do material estudado variou de
28,8% a 39,8%, enfatizando que o teor de água do grão, isoladamente, nao
poderia ser considerado como exata indicação da maturidade.
Em contrapartida, HILLSON & PENNY (1965) identificaram
diferenças de oito dias ou mais entre os hfbridos de milho, com relação à duração
do perfodo de enchimento de grão.
Em estudo realizado com milho, destinando-se obter
informações a respeito de maturidade fisiológica e sua relaçao de secagem,
GUNN & CHRISTENSEN (1965) constataram que, hfbridos precoces
alcançaram a maturidade fisiológica em menor número de dias, em comparação
aos hrbridos tardios, apresentando sementes maduras de mais baixo peso. Os
hlbridos tardios seriam caracterizados por apresentarem um per[odo mais longo
de enchimento de grãos.
15
HANWAY & RUSSELL (1969) estabeleceram correlação
estreita entre a produção e duração do perfodo de enchimento de grão, em favor
de alguns hfbridos; quando comparado por um ano a uma população estabilizada
de plantas. Foi constatada) também, diferença significativa (8 dias ou mais) entre
os hfbridos avaliados, quanto ao comprimento do perfodo de enchimento de
grãos.
CARTER & PONELEIT (1973) evidenciaram grande diferença
entre linhagens congênitas de milho, durante o desenvolvimento inicial e no
comprimento do perfodo de enchimento do grão. A divergência entre esses
resultados é atribufda pela diferença na definição de maturidade.
Em trabalhos mais antigos, a maturidade foi muitas vezes
determinada em função do teor de água da espiga, enquanto que em trabalhos
mais recentes a maturidade fisiológica é definida como o estádio de máximo
peso seco do grão.
Um estudo realizado em Indiana, EUA, mostrou que a
duração do perfodo da emergência das plantas até a maturidade fisiológica do
grao de milho, teria aumentado nos últimos 30 anos, no perfodo correspondído
entre o ano de 1961 até 1980. Entretanto, segundo McGARRAHAN & DAlE
(1984) o comprimento do período da emergência dos estilo-estigmas até a
maturidade fisiológica, teve um aumento de menos de 50 dias antes de 1961 até
próximo de 60 dias em 1980 ou menos de 550 MGDD (crescimento modificado
pelos graus-dia), antes de 1961 até próximo de 700 MGDD em 1980, referindo
se a quantidade térmica. Durante esse tempo, o melhoramento genético de milho
16
para resistência a doenças e elevada produção I inconscientemente I pode ter
prolongado o perfodo de enchimento de grão.
DAYNARD (1972), estudou no milho, a relação entre umidade
de grão e o desenvolvimento da camada negra, bem como o efeito do ambiente
sobre o comprimento do intervalo da emergência ao florescimento até a
formação da camada negra, calculado em graus-dia. Verificou que o atraso na
semeadura resultou na redução do número de dias da emergência até o
ftorescimento e o aumento no número de dias do florescimento até a maturidade.
o atraso da semeadura resultou no aumento do número de unidades de calor
acumulado do plantio até o florescimento e uma redução nas unidades de calor
acumulada do ftorescimento até a maturidade fisiológica.
A avaliação da duração do ciclo da cultura do milho com base
nos dias do calendário, apesar de ser bastante utilizada, tem-se mostrado como
um método bastante impreciso.
De acordo com Hanna3 , citado por GILMORE & ROGERS
(1958), apesar do conjunto de fatores do meio ambiente influir no
desenvolvimento da cultura do milho, a temperatura do ar é a variável climática
mais importante I estando acentuadamente correlacionada com o
desenvolvimento da planta.
A temperatura do ar vem sendo bastante utilizada sob a forma
de fndices bioclimáticos na caracterização da ocorrência de estádios fenológicos
3 HANNA, W.F. The nature of the growth rate in plants Scíence Agronomy, ~: 133-138. 1925.
17
das culturas (GILMORE & ROGERS, 1958). Dentre esses índices, destaca-se o
conceito de graus-dia que consiste na somatória da temperatura diária do ar
acima de um valor-base, abaixo do qual cessa o desenvolvimento desta cultura.
A duração dos estádios fenológicos, avaliada pelo método de graus-dia, tem-se
mostrado superior à estimativa baseada nos dias do calendário (COSTA et aI.,
1986). Isto se explica pelo fato de o crescimento e o desenvolvimento da cultura
estarem mais relacionados com a temperatura do ar do que com os dias do
calendário.
GUNN & CHRISTENSEN (1965) verificaram a correta
eficiência na determinação em graus-dia do perfodo da semeadura até a
emergência dos estilo-estigmas em várias localidades e anos. A correlação
mostrou-se positiva entre a eficiência em graus-dia para a emergência dos estilo
estigmas e a porcentagem de umidade em todos os estádios de
desenvolvimento.
DUNCAN et aI. (1965) e RAGLAND et aI. (1965), verificaram
o efeito da temperatura no desenvoMmento de linhagens e hfbridos de mlJho,
sendo o comprimento do perfodo de enchimento de graos, bem como o número
de dias, calculado em termos de unidade de calor e expresso em graus-dia.
DAYNARD at aI. (1971); DAYNARD & DUNCAN (1969);
HANWAY & RUSSELL (1969); PEASLEE et aI. (1971) e CROSBIE & MOCK
(1981) mostraram que o período de enchimento de grão no milho esta altamente
correlacionado com a produção dessa cultura. Deste modo, o aumento na
produção de milho mostraria, em parte, urna tendência da longevidade do
18
período de enchimento, talvez compensado pelo aumento na densidade de
plantio e acentuado aumento na taxa de P e K.
19
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Localização
o experimento foi conduzido em área pertencente ao
Departamento de Agrtcultura da Escola Supertor de Agricultura "Luiz de Queiroz",
da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), no município de Piracicaba, SP.
3.2. Dados Meteorológicos
Os dados meteorológicos, foram fornecidos pelo Posto
Agrometeorol6gíco do Departamento de Ffsíca e Meteorologia da ESALQ/USP J
sendo referentes à precipitação pluvial e às temperaturas máximas e mfnimas,
ocorridas durante o perfodo expertmental, conforme apresentado no apêndice I.
20
3.3. Cultivares utilizados
Os cultivares de milho utilizados foram XL 380, BR 201 e
Pioneer 3072, de diferentes ciclos, ou seja, normal, precoce e superprecoce,
respectivamente.
As caracterfsticas de cada cultivar, encontram-se
discriminadas na Tabela 1:
Tabela 1. Caracterfsticas dos cultivares de milho avalíados(~).
Nome Tipo de hibrido Ciclo e unida- Floresci- Altura das pia0 População
Comercial des de calor mento tas (PVha}
Xl 380 Hibrido triplo NorrnaV915 60-65 dias Média 50.000 -Normal u.e. (2,05-2,30 m) 55.000
BR 201 Híbrido duplo Precoce/855 62 dias 2.33m 40.000-' u.e. 60.000
P3072 Híbrido sím- Superprecoce 55 dias 2.00m 55.000 pies modif/Ca- 807 U.C. 70.000 do
(*) Dados fomecidos pelas Empresas produtoras dos hlbridos.
3.4. Tratamentos
Foram utilizados para os três cultivares, quatro níveis de N,
sendo O, 50, 100 e 150 kglha (NO, N 1, N2 e N3) na forma de uréía, totalízando
doze tratamentos, conforme visualízados à seguir:
21
Níveis de Nitrogênio
Cultivares/ciclo O 50 100 150
Xl 380 c1NO c1N1 c1N2 c1N3
(Normal)
BR201 c2NO c2N1 c2N2 c2N3
(precoce)
P3072 c3NO c3N1 c3N2 c3N3
(Superprecoce)
3.5. Procedimento experimental e colheita
o experimento foi conduzido em esquema de parcelas
subdivididas, obedecendo o delineamento de blocos ao acaso, com três
repetições, onde as parcelas foram constitufdas pelos cultivares e as subparcelas
pelos nlveis de nitrogênio (cultivar = c1, c2 e c3; nível = NO, N1, N2 e N3).
Cada parcela foi constitufda de quatro linhas de 6 m de
comprimento, espaçadas entre si de 0,90 m, apresentando 5 plantas por metro
linear de sulco, obtidas após desbaste, sendo consideradas úteis apenas as duas
linhas centrais.
Os resultados da análise qufmíca do solo, classificado como
T erra Roxa estruturada eutrófica relatlvo ao local de instalação do experimento
são apresentados na Tabela 2.
22
Tabela 2, Resultados da análise química do solo
pH Matéria P resina K Ca Mg H+AI S T V CaCl2 Organica% ppm %
meqllOO crrl 5,4 '2,8 46 0,63 8,5 2,6 3,8 11,7 15,5 75
As quantidade de uréia ministradas bem como o esquema de
fracionamento utilizado, encontram-se descritos na Tabela 3.
Tabela 3. Esquema de adubação nitrogenada empregada no experimento de
milho safrinha. Piracicaba, SP.
Nível de Kglha de N Semeadura 1 ª-.Cobertura 2-ª Cobertura
Nitrogênio (35DAE) (49DAE)
NO O O O O
N1 50 20 15 15
N2 100 20 40 40
N3 150 20 65 65
DAE: Dias Após Emergência
Em todos os tratamentos foram aplicados, 1 00 kglha de P205
e 75 kg/ha de K20, sob as formas de superfosfato simples e cloreto de potássio,
respectivamente. Cumpre ressaltar que o adubo potássico foi parcelado (50
kglha na semeadura e 25 kglha em cobertura, 35 dias após a emergência das
plantas), ao passo que o fósforo foi totalmente fornecido por ocasiao da
23
semeadura. Salienta-se que as adubações de fundação e cobertura foram
realizadas manualmente.
A semeadura foi efetuada no dia 13 de janeiro de 1993, sendo
o desbaste efetuado 21 dias após a emergência, deixando-se o número desejado
de plantas em cada unidade experimental, ou seja, 5 plantas/m. O controle de
plantas daninhas foi efetuado com o herbicida 2,4-D, na dosagem de 0,8 Ilha,
mediante pulverizador de barra acoplado em trator, 28 dias após a emergência
das plantas.
Foram realizadas 9 (nove) amostragens, efetuadas durante o
perrodo de enchimento de grãos, através das quais foi determinada a taxa de
acúmulo de matéria seca. Para tanto foram coletadas as espigas de duas plantas
por subparcelas, colhidas das duas fileiras centrais (uma por fileira), em intervalos
de 7 dias, durante oito semanas consecutivas. Foram colhidas 18 plantas da área
útil e as demais foram utilizadas na determinação da produção final.
A colheita foi realizada no dia 16 de junho de 1993, para
determinação da produção final, coletando todas as espigas presentes na área
útil para produção de grãos das parcelas.
24
3.6. Caracteres Avaliados
Para fins de avaliação, os caracteres estudados foram
divididos em dois grupos:
3.6.1. Caracteres agronômicos
Foram considerados como caracteres agronômicos aqueles
avaliados desde a emergência até a colheita, ou seja;
a) Altura da planta (em)
o referido componente consistiu na média aritmética simples
das atturas de três plantas avaliadas em cada, subparcela; considerando-se a
distancia da superfície do solo à curvatura da folha bandeira, quando as plantas
já haviam emitido o pendão (MAGALHÃES et aI., 1993).
b) índice de área foUar
Inicialmente a área folíar total da planta foi determinada
através do cálculo da superfície da área foliar mediante o uso da seguinte
expressa0 matemática: comprimento foliar x largura máxima x OJ5, conforme
proposto por FRANCIS et aI. (1969). O cálculo do IAF foi obtido pelo valor do
25
quociente da área folíar total da planta pela área do terreno disponívéi para ã
planta, ou seja:
IAF =AF/S, (cm2 área folíar/cm2 área terreno)
c) Graus-dla ou somatória calórica
Para obtenção das unidades de calor ou graus-dia, foi utilizada
a seguinte fórmula:
GD = í:{(Tmin + Tmax}/2} - T base onde,
Tmin ~ 100 C
Tmax ::;; 300 C
Tbasal = 10
Os períodos avaliados foram: da emergência ao início do
período de enchimento de grãos (Fase 1) e (Fase 2) período de enchimento de
grãos (50% de florescimento até maturidade fisiológica).
3.6.2. Componentes da produção
Dentro dessas variáveis foram englobados todos os
caracteres avaliados após a colheita.
26
a) Número de espigas por planta
No momento da colheita determinou-se o número de plantas
estéreis e aquelas apresentando uma ou mais espigas. Assim, obteve-se o
número de espigas por planta, dividindo-se o número de espigas colhidas pelo
total de plantas presentes na área útil da parcela.
b} Comprimento da espiga (em)
Todas as espigas colhidas foram conduzidas ao
laboratório)onde foi determinado o comprimento das mesmas medjante amostra
composta por dez espigas coleta das ao acaso, por subparcela.
e) Peso de espiga
Após a colheita manual, todas as espigas foram pesadas com
palha, sendo os valores transformados em kglha.
27
d) Produção de grãos
Foi obtida de plantas colhidas nas duas fileiras centrais de
cada subparcela. Ainda, após a debulha manual de todas as espigas, uma
amostra de grãos foi separada para a determinação do grau de umidade no
aparelho de marca STEINLITE, possibilitando a correção do peso de grãos para
14% de água. Assim, após a determinação do teor de água, foi efetuada a
correção dos valores de produção, em kg/ha.
e) Acúmulo de matéria seca dos grãos
Quando 50% das plantas encontraram-se na fase de
ftorescimento foram iniciadas as amostragens de plantas. Para tal determinação,
espigas de duas plantas por subparcela foram colhidas e cada grupo de espigas
foi individualizada em suas partes (palha + sabugo + grão) e encaminhadas ao
laboratório. O material recebeu o tratamento necessário para análises dessa
natureza, sendo colocado para secar em estufa a 70° e até obtenção do peso
constante. Após o resfriamento do material, procedeu-se sua pesagem.
No total, foram coleta das nove amostras, a partir de 75 dias
após a emergência (DAE), até todos os tratamentos atingirem 50% de formação
da camada negra; o que foi evidenciado, aos 130, 123 e 111 DAE, para os
cultivares c1 = XL 380, c2 = BR 201 e c3 = P 3072, respectivamente.
28
3.7. Análise estattstica
Os dados observados foram submetidos à análise de variãncia
pelo teste F, sendo as diferenças de médias entre tratamentos comparadas pelo
teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. Ainda, salienta-se que os dados
obtidos para número de espigas por planta, foram transformados para are sen
...j xJ100.
Para as earacterfsticas estudadas foi efetuada a análise
estatrstica fundamentada no esquema de variâncía apresentado a seguir:
Causas de variação
Blocos
Cultivares
Residuo (A)
Parcelas
Doses N
CxD
Reslduo (6)
Total
Grau de Liberdade
2
2
4
8
3
6
18
35
29
4. RESULTADOS
4.1. Avaliações de campo
4.1.1. Altura de planta
A análise de variâncía dos dados al1llra de planta (ALT) ,
revelou valor de F significativo (P < 0,01) para os cultivares e doses de nitrogênio;
entretanto não foi significativo para a interação cultivar)( doses (0,38; P > atOS),
conforme observado na tabela 5.
Pode-se observar na tabela 6 t que a maior altura foi verificada
no cultivar de ciclo normal (média de 197 em), enquanto que a menor altura foi
observado no cultivar precoce (média de 178 cm).
Com relação as doses de nitrogênio, constatou-se que o valor
de F foi significativo, pelo teste de Tukey (P < 0,05). Pelas médias, verificou-se
30
que a menor altura ficou com a dose O (173 cm) I não diferindo das doses 50 e
100 kglha de N com 185 e 190 cm, respectivamente. A maior altura foi obtida
para a dose 150 kglha de N, (197 cm), conforme visualízado na tabela 7.
O comportamento da altura de planta em função do acréscimo
de nitrogênio ao solo, pode ser evidenciado na figura 1. Verifica-se que a altura
aumenta com as doses crescentes de nitrogênio e que o cultivar de ciclo normal
comportou-se melhor em todas as doses de N aplicadas ao solo.
4.1.2. índice de área foliar
A análise dos dados referente ao índice de área foliar (IAF) ,
apresentou valor de F significativo (P < 0,01), para os fatores cultivares e doses
de nitrogênio, contudo não foi constatado significâncía na interação cultivar x
doses, conforme observado na tabela S.
As médias dos cuttivares, através do teste de Tukey (P <
O,OS), mostraram diferenças significativas entre si. Verificou-se na tabela 6 que o
IAF do cultivar de ciclo normal, apresentou o maior valor, em relação ao menor
valor apresentado pelo cultivar superprecoce. Porém não se constatou efeito
significativo para o cultivar precoce.
Pela análise da tabela 7, observou-se que o valor do F, foi
significativo, indicando que as doses de nitrogênio, influíram no IAF das plantas.
Pelas médias, verificou-se que a dose de 150 kglha de N, apresentou valor
31
médio do IAF (3,23) superior a dose zero (2,31), entretanto não houve diferença
significativa entre 50 e 100 kgJha de N.
o comportamento do IAF em função do acréscimo de N ao
solo, pode ser observado na figura 2. Evidenciou-se uma tendência do IAF
aumentar com o acréscimo do N ao solo, e que o cultivar de ciclo normal,
comportou-se melhor em todas as doses de N> adicionado ao solo.
4.1.3. Graus-dia
o número de graus-dia durante o perfodo entre a emergência
e o florescimento variou com a época de semeadura considerada "safiinhalle
entre os cultivares, tendo sido obtidos 892, 838 e 812, respectivamente para os
cultivares XL 380, BR 201 e P 3072. (Tabela 4).
Tabela 4. Graus-dia, para os três cultivares de milho de diferentes ciclos.
Piracicaba, SP. 1993.
Culitvares Emergência ao florescimento Florescimento à maturidade fisiológica
XL 380 891,8 775,1
BR201 838,4- 771,3
P 3072 812,0 752,6
32
4.2. Componentes da produção
4.2.1. Número de espigas por planta
A análise de variância, para o componente número de espigas
por planta (NES}, apresentou valor do F (8,42) signiftcativo (P < 0,01) apenas
para o fator doses de nitrogênio. Com relação ao fator cultivares, verificou-se que
não foi signiftcativo (P > 0,05), indicando a sua não influência neste parâmetro.
Os dados da interação cultivar x doses, pelo teste F (0,37) revelou não apresentar
diferenças significativas (P > 0,05), conforme observado na tabela 5.
Analisando as médias destes materiais (tabela 6), observou-se
que o cultivar precoce, apresentou de modo geral, valor superior, quando
comparado aos demais cultivares.
Pode-se constatar na tabela 7, que o valor de F foi
significativo, com relação as doses de nitrogênio. Pelas médias, o maior número
de espigas encontrado, foi relacionado a dose de 150 kglha de N (NES =
1,8889), não diferindo das doses 50 e 100 kglha de N, avaliado pelo teste de
Tukey (P < 0,05).
o efeito de cuftivares e doses de nitrogênio sobre o NES,
pode ser evidenciado na figura 3. O NES aumentou com os acréscimos nas
33
doses de nitrogênio e o cultivar precoce, comportou-se melhor em todas as doses
de N adicionado ao solo.
4.2.2. Comprimento da espiga
A análise de variãncia, referente ao comprimento da espiga
(CES), revelou valor de F significativo (P < 0,01) para os cultivares e doses de
nitrogênio. Com relação a interação cultivar x doses, verificou-se que não foram
significativos, conforme observado na tabela 5.
Entre os hfbridos (tabela 6), observou-se que houve diferença
significativa, através do teste de Tukey (P < 0,05), com o valor médio alcançado
pelos cultivares normal (16,65 cm) e precoce (16,58 cm) superior ao do cultivar
superprecoce (15,28 cm).
Pela análise da tabela 7, constatou-se que as doses 100 e 150
kglha de N, apresentaram valor médio superiores (16,68 cm e 17,04 cm) as
demais, pelo teste de Tukey (P < 0,05).
Analísando o comportamento da variável (CES), verifica-se
que existe uma tendência da mesma, aumentar com o acréscimo de nitrogênio
ao solo, conforme representação gráfica da curva apresentando na Figura 4. O
cultivar de ciclo normal, comportou-se melhor em todas as doses de N aplicado
ao solo.
34
4.2.3. Peso de espiga
Os dados correspondentes ao peso de espiga (PES),
submetidos à análise de variância, mostraram que o valor de F (137,38) foi
estatisticamente significativo (P < 0,01) para todos os cultivares, o mesmo não
ocorrendo para as doses de nitrogênio que apresentaram valor F de 2,92 (P >
O,OS). Os dados da interação cultivar x doses, pelo Teste F, revelaram não existir
diferenças significativas, conforme observado na tabela 5.
As medias dos cultivares (tabela 6), através do teste de TUkey,
mostraram diferenças significativas entre si para P < 0,05. Assim o PES foi maior
para o cultivar precoce obtendo-se produção de 11.551 kgJha, enquanto que o
menor foi verificado para a produção do cultivar superprecoce, ou seja, 4.292
kg/ha.
Analisando as médias das diferentes doses de nitrogênio!
verificou-se que a dose 150 kglha de N apresentou de modo geral, valor superior,
quando comparado com as demais doses, conforme evidenciando na tabela 7.
A representação gráfica da equação de regressão que
expressa os efeitos de cultivares e de doses de nitrogênio sobre o PES, pode ser
observado na figura 5. O cultivar precoce, comportou-se melhor em todas as
doses de N J existindo tendência do PES aumentar com doses crescentes de
nitrogênio adicionado ao solo.
35
4.2.4. Produção de grãos
Estudando o comportamento da variável produção de grão
(PG), verificou-se pela análise de variância (tabela 5), que o valor de F (75,78) foi
estatisticamente significativo (P -< 0,01) para os cultivares, o mesmo não
ocorrendo para as doses de nitrogênio apresentando valor de F de 2,89 (P >
0,05). Para a produção foi verificado também que não existiu interação entre
cultivar x doses (F = 0,87; P > O,05).
Através do teste de Tukey, constatou-se efeito significativo
entre os cultivares. Pode-se verificar na tabela 6, que a produção de grãos foi
maior para o cultivar precoce, (6.275 kglha) , enquanto que o menor rendimento
foi verificado no cultivar superprecoce, (2.872 kglha)
Pela análise da tabela 7, verificou-se que o valor de F (2,89)
não foi significativo, com relação as doses de nitrogênio. Analisando as médias
destes materiais, observou-se que a dose 150 kglha de N apresentou, de modo
geral, valor superior, quando comparado com as demais.
O comportamento da PG, em função do acréscimo de
nitrogênio ao solo, pode ser observado na Figura 6. Constatou-se a existência da
nitida tendência de aumento da produção com doses crescentes de nitrogênio ao
solo, e que o cultivar precoce, comportou-se melhor em todas as doses de N
avaliadas.
36
4.2.5. Acúmulo de matéria seca dos grãos
Os valores referentes ao peso de matéria seca dos grãos
(média de seis plantas) encontram-se apresentados na tabela 8.
A análise de regressão mostrou que o acúmulo de matéria
seca dos grãos é melhor representado por equações líneares ou quadrática. A
representação gráfica das curvas e as equações correspondentes para cada
cultivar e níveis de nitrogênio, encontram-se nas figuras 7, 8 e 9.
Variação nas doses de nitrogênio, resultou em diferentes
n[veis de acumulação de matéria seca do grão; observando-se que os maiores
indices de acúmulos de matéria seca dos grãos, foram correlacionados as
maiores doses de nitrogênio, para os três cultivares de diferentes ciclos.(Figuras
7, 8 e 9}. Para eferro de melhor visualização do acúmulo de matéria seca do grão
foram utilizados gráficos de colunas, conforme verificado nos apêndices 111, IV e
V.
Verificou-se na Tabela 8, que na dose 150 kg/ha de N, o ponto
de máximo acúmulo de matéria seca do grão foi obtido 130 DAE (683,22 g/m2)
no cultivar de ciclo normal, 116 DAE (758,72 g/m2) no cultivar precoce e 109
DAE (387,5 g/m2) no cultivar superprecoce, correspondente ao ponto de
maturidade fisiológica.
37
A duração do perfodo de enchimento de grão (PEG), foi
calculado a partir do número de dias relacionado a ocorrência de 50% do
ftorescimento das plantas presentes na área até a maturidade fisiológica
(DAYNARD & KANNENBERG, 1976). Entretanto nas condições do experimento,
não se verificou diferenças significativas para formação da camada negra (50%
dos grãos) em função dos diferentes níveis de nitrogênio estudados.
Assim, o número de dias obtido entre o florescimento e o
aparecimento da camada negra na maioria dos grãos das espigas foram 65,62 e
54 dias, respectivamente para os cultivares XL 380, BR 201 e P 3072.
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Figura 1. Representação gráfica da equação de regressão que expressa os
efeitos de cultivares e doses de nitrogênio sobre a altura.
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Figura 2. Representação gráfica da equação de regressào que expressa os
efeitos de cultivares e doses de nitrogênio sobre mdice de área
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_. P3072: y= 1.00Sôõl +0.004667*X2 R =0.89* Z
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Figura 3. Representação gráfica da equação de regressão que expressa os
efeitos de cultivares e doses de nitrogênio sobre o número medio
de espiga por planta
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Figura 4. Representação gráfica da equação de regressão que expressa os
efeitos de cultivares e doses de nitrogênio sobre o comprimento da
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-BR201: y=10265+379.347952*!n(X+1) R2:0.GG-
- - PS072: y=3719.133333+ 7.646CXX)*X R2:0.94*
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Doses de nitrogênio (kg/ha)
Figura 5. Representação gráfica da equação de regressão que expressa os
efeitos de cultivares e doses de nitrogênio sobre o peso da espiga.
47
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- -XL38O: y=4C09.966667 + 2.289333*X Ff =0.9' *
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-BR201: y=51".201204+343.196522*lnO<+1) R ª=O.gg-2
_. P3072: y=2570.7CXXl+4.020667*X R =0.97**
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Doses de nitrogênio (kg/ha) 150
Figura 6. Representação gráfica da equação de regressão que expressa os
efeitos de cultivares e doses de rutrogênio sobre a produção
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-NO: y=-491.342588+7.113078X R2=0.72**
····N50: y=-2750.782913+52.506436X-0.21~ ~ =0.87**
-N100: y=-2318.956S02+42.948674X-0.16CC04)(2 R2=0.93**
- - N150: y=-91 0.275897 + 12.8281 OOX R2 =0.90**
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Dias após emergência
48
Figura 7. Acumulo da matéria seca do grão em cultIvar de milho de ciclo nor
mal (cl = XL 380) e quatro níveis de nitrogênio. Piracicaba, SP,
1993.
-C\J ESOO --3700 tg600 I-
enSOO .g4Q0 ~300 ffi 200 .~ 100 'Q)
- NO: y=-641.544833+9.459329X R2 =0.80**
.... N50: y=-911.589005+12.951341X R2 =0,85**
-N100: y=-1040.780792+14.518420X ~ =0.96**
--N150: y=-1 006.624252+ 14.563197X ~ =0.92**
m O L-__________________________ _
:?! 75 85 95 1 05 115 125 135 Dias após emergência
49
Figura 8. AcUmulo da matéria seca do grão em cultivar de mili10 de CIclo pre
coce (c2 = BR 201) e quatro níveis de nitrogênio. Piracícaba, SP.
1993.
-C\J
-NO: y=-1995.946691 +40.784765X-0.186434X 2 R2 =0.92**
····N50: y=-369.023389+5.861487X R2 =0.65**
-N100: y=-536.648989+ 7. 896536X ~ =0.85**
- - N150: y=-631.858234+9,679266X R2 =0,88**
E 0,800 -o '~600 C)
-§400 tt1 (}
m200 as .-,~ O ~-------------------------------16 75 85 95 105 115 125 135 :E Dias após emergência
50
Figura 9. Acumulo da matéria seca do grão em cultivar de milho de ciclo su
perprecoce (c3 = P 3072) e quatro níveis de nitrogênio. Piracicab~
SP.1993.
51
5. DISCUSSÃO
Para efeito de discussão, os parâmetros serão apresentados
em dois grupos, ou seja, aqueles relacionados ao crescimento de plantas e
outros relativos à produção.
5.1. Crescimento de plantas
5.1.1. Altura de plantas
Pelas médias dos cultivares, verificou-se quanto a altura das
plantas, que os maiores incrementos no desenvolvimento deste parâmetro, foram
observados, no tratamento correspondente a maior dose de nitrogênio.
O comportamento diferencial entre os cultivares, quanto a
resposta ao nitrogênio, pode ser atribuído, em parte pela época de aplicação
52
deste nutrlente, a qual foi coincidente com menor disponibilidade de água,
sobretudo no que conceme à segunda aplicação (Apêndice I).
Constatou-se que, mesmo nas doses mais altas, os valores
médios obtidos para altura da planta foram inferiores aos que têm sido
Qpré~ént:::ldo~ pélo~ híbrído~ XL 380, BR :201 é P307:2. No antQnto, apa&ar das
condições climáticas não muito favoráveis, observou-se satisfatório crescimento
das plantas, tendo em vista que os hfbridos apresentaram uma altura média de
1,87 m; com exceção feita ao cultivar superprecoce.
5.1.2. índice de área foliar (IAF)
As observações referentes a este parâmetro, foram realizadas
no período de florescimento de cada cultivar, no qual o IAF é considerado
máximo, segundo (TOLLENAAR, 1977).
Para o índice de área fotiar, o cultivar de ciclo normal (c1)
apresentou melhor resposta (3,05), seguido dos cultivares precoce e
superprecoce com 2,79 e 2,39, respectivamente. O baixo valor verificado da área
foliar, provavelmente, foi devido, ao cultivo do milho em época apresentando
condições adversas, ou seja, época designada de "safiinha", objeto de estudo do
presente experimento. Tal fato corrobora as afirmações emitidas por DURÃES
(1993) o qual verificou semelhante comportamento entre os híbridos estudados.
53
Ainda, o incremento dos níveis de nitrogênio propiciou o
aumento do índice de área foliar, ratificando os resultados obtidos por PEREIRA
et aI. (1981). Esses autores evidenciaram, que a incorporação de nitrogênio ao
solo, determinou melhor desenvolvimento das plantas, refletindo
significativamente no aumento do IAF.
5.1.3. Somatória calórica
Nas condições adversas em que o milho foi semeado,
verificou-se redução do número das unidades de calor, da emergência até o
florescimento; valores estes inferiores aos que tem sido apresentados para os
cultivares XL380, BR201, ou seja, 915 e 855 U.C., respectivamente. Contudo,
ligeiro aumento no acúmulo de unidades de calor foi verificada para o P3072, que
apresentou 812 U.C., nas condições do experimento. Tal comportamento foi
verificado por DAYNARD (1972) examinando o efeito do ambiente sobre o
comprimento do intervalo da emergência e florescimento até a formação da
camada negra, calculado em graus-dia. Esse mesmo autor, constatou que o
atraso da semeadura resultou no aumento do número da unidade de calor
acumulado da semeadura até o florescimento e uma redução na unidade de
calor acumulada do florescimento até a maturidade fisiológica.
54
5.2. Componentes da produção
A produção de grãos aumentou em função das doses
crescentes de nitrogênio, o que confirma os resultados obtidos por WARREN et
ai (1980), BALKO & RUSSELL (1980) e TSAI et aI. (1984), que verificaram o
incremento na produção de grãos em decorrência do acréscimo nas doses de
nitrogênio.
Assim, estando o peso de espiga, relacionado diretamente
com a produção de grãos, verificou-se que as maiores produções de espigas e
de grãos, foram obtidas nas parcelas com maior quantidade de nitrogênio
aplicada (150 kglha de N), nos três cultivares avaliados.
Entre os cultivares, o de ciclo precoce (c2) produziu maior
rendimento de grãos, que o superprecoce (c3) ocupando posição intermediária, o
cultivar de ciclo normal (c1). Estes resultados apresentam concordância com os
obtidos no ensaio realizado por DURÃES (1993), em condições semelhantes de
clima e solo. Da mesma forma, corroboram as observações de GERAGE &
BIANCO (1987), os quais relataram que os germoplasmas tidos como
superprecoce, devem ser evitados no cultivo do milho na época da "safrinha".
Analisando a variável doses de N, verificou-se que a mesma
não diferiu estatisticamente, devido ao período desfavorável ao uso da adubação
nitrogenada, apresentando a disponibilidade de água como fator limitante. Assim,
55
evidencia-se no apêndice 11 que o peso de grãos, no n[vel 3 de nitrogênio (150
kglha) foram piores para os cultivares tardio e superprecoce, quando comparado
com o n[vel O de nitrogênio para o cultivar precoce, mostrando-se que na época
de safrinha a interação genótipo-ambiente assume acentuada importância.
Com relação ao número de espigas por planta, em todas as
doses de nitrogênio, o cultivar precoce (c2), mostrou-se mais prolffera e, portanto,
mais tolerante às condições adversas de semeadura, principalmente estresse
hfdrico, alta temperatura e ocorrência de pragas e doenças. Na ausência de
nitrogênio em cobertura J os cultivares que apresentaram maior exigência por esse
nutriente resultaram em menor número de espigas por planta, sendo menor para
o cultivar superprecoce (c3) e, intermediário, para o cultivar de ciclo normal (c1).
Quanto ao parâmetro comprimento da espiga (CES), os
cultivares de ciclo normal (c1) e precoce (c2) , apresentaram maior tamanho de
espiga, em função do aumento das doses de nitrogênio aplicadas. Todavia, o
maior incremento absoluto ocorreu no intervalo de O a 50 kgJha de nitrogênio.
Os maiores Indices de rendimento proporcionado pelo uso do
nitrogênio pode ser, também, reflexo do efeito deste nutriente sobre o aumento
do comprimento da espigas e do número de espigas por plantas, conforme
relatado por BALKO & RUSSELL (1980) e KAMPRATH et aI. (1982).
56
5.2.1. Acúmulo de matéria seca dos grãos
Para obtenção da duração do período de enchimento de
grãos, procurou-se confrontar com os resultados obtidos por DA YNARD et aI.
(1971) o qual considerou o perfodo de formação do grão, começando entre 7 e
14 dias aproximadamente, após o florescimento. A determinação da formação da
camada negra, foi obtida mediante observações perlodicas, nos 40 dias após o
florescimento, destacando-se grãos da parte mediana da espiga, conforme
metodologia descrita por KOLLER (1972).
Ao se comparar o número de dias entre o florescimento e a
formação da camada negra, verificou-se relativa constância, mesmo entre
cultivares distintos, confirmando as afirmações de FANCELLI (1986).
Todavia, na literatura estrangeira, diversos trabalhos
mostraram que genótipos de milho diferiram na duração da fase reprodutiva,
sendo obtidos por alguns pesquisadores os seguintes perfodos: 54 a 64 dias,
HALLAUER & RUSSELL (1962); 53 a 61 dias, HILLSON & PENNY (1965) e
49,2 a 62,6 dias, DAYNARD & DUNCAN (1969).
Assim, analisando o comportamento das respostas a doses de
nitrogênio, constatou-se uma tendência do peso da matéria seca do grão
aumentar, com o acréscimo do nitrogênio ao solo. Esse incremento foi mais
marcante no cultivar de ciclo precoce (c2), sendo menor no cultivar superprecoce
57
(c3) e J intermediário J no cultivar normal (c1). Esta resposta da aplicação do
nitrogênio, provavelmente ocorreu devido ao parcelamento da adubação
nitrogenada em cobertura.
58
S. CONCLUSÕeS
Os resultados obtidos permitiram concluir que:
a) Para a semeadura do milho na época de "safrinha", a
interação genótipo-ambiente, assume acentuada importância.
b) Na "safrinha" I hibridos que apresentam longo período de
enchimento de grãos e acúmulo uniforme de matéria seca no período,
proporcionam melhor rendimento e produção.
c) A adubação nitrogenada em cobertura, em condições de
"safrinha" não resulta em substancial acréscimo no índice de área foliar e no
rendimento dos híbridos estudados, sobretudo para o cultivar superprecoce.
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67
68
APÊNDICE
69
Apêndice 1. Dados meteorológicos, obtidos durante o período experimental,
referente ao periodo de Janeiro a. Junho de 1993 .
~========:===:===========:==:=======:=============================:=:========::=============================:
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11'Tq3 1 JAri 4ó1.00 '1.a~ 0.00 ÓS.OO 5.00 5.~0 34.80 22.20 2a.50 1.92 2 1'193 2 JA!( 551.0') í~.30 2.30 &&.00 5.70 5.eO 3ó.40 20.80 28.60 8.32 3 19'13 3 JkN 455.00 a.lO 3.40 80.00 11.70 ó.90 34.40 21.50 21.95 6.17 4 1993 4 JAN 461.00 1.20 0.30 81.00 6.70 5.90 32.40 20.30 2ó.35 6.19 5 19Ç3 5 JAII 381.00 5.ÓO l.l~ 86.00 la.80 9.00 30.80 20.50 25.&5 5.4& Ó 19'13 & JAN 39'1.00 é.80 3.20 81.00 8.6\1 1.00 31.80 20.00 25.90 5.n 1 1995 7 JAk 516.00 10.00 1).';0 ao.oo 8.60 8.80 33.00 19.40 26.20 4.1& 8 1'193 a JAIi 24&.00 1.1v 1.80 '14.00 '1.30 8.30 28.60 20.20 24.40 4.20 '1 1'1'13 9 JA/i 2:i3.00 2.20 11.00 '12.00 9.4C 8.10 29.ao 20.80 25.30 4.48
10 19'13 10 JP.H I77.CO 0.00 23.30 96.00 7.40 . 5.80 24.60 20.00 22.30 2.46 11 l'H3 H JAIf 84.00 0.00 2.S.40 9a.00 5.00 B.70 21.50 19.20 20.35 12 1'1'13 12 JAN 215.0(· 1.10 . 39.~O 95.00 4.80 1.10 26.90 1'1.00 2VlS 13 1993 13 ~AH 49'1.00 6.ÓO 0.20 82.00 10.50 1.50 31.1(\ la.BO 24.'15 5.92 14 19'13 14JAH 3E.5.00 3.30 2.ÓO 81.00 8.ÇO 5.50 31.20 18.00 24.60 4.64 15 1993 15 JA" 500.00 a.30 0.00 75.00 7.1(; 6.20 32.60 1&.90 25.15 6.30 16 1993 1& JAW 413.00 7.30 0.00 72.00 5.00 1.30 .33.2C 2l.~0 27.10 1.32 11 1993 11 JAK 44'1.00 5.20 0·°9 73.00 14.00 12.10 33.00 19 ,~o 26.25 7.9a 18 1993 18 JAIt 374.00 4.10 2.00 81.00 9.10 8.30 30.00 20.40 25.20 5.14 19 1'193 1 q J:.tt 353.00 1.50 1.20 82.00 1.60 5.00 27.80 18.20 23.00 3.ó& 20 191~ 20 JAM 401.00 &.20 5.90 83.00 9.30 5.40 30.50 18.20 24.35 b.08 :1 1993 :1 J~" 510.00 10.20 0.00 711.00 9.90 10.&0 30.80 18.10 24.45 7.20 22 19;3 22 JAII 584.00 11.00 0.00 66.00 7.10 11.60 31.40 18.80 25.10 8.4& 23 1'193 23 JAM 336.0') 3.70 5.40 85.00 5.50 5.00 31.00 18.90 24.9~ 3.76 2>\ 1'193 24 JAN 432.00 &.50 4.50 85.00 11.50 é.OO 30.ÓO 19.00 24.80 4.89 25 1993 25 JAri 641.00 5.50 19.30 85.CO 21.90 8.30 31.90 19.50 25.10 7.07 26 1993 26 JAri 225.00 1.20 7.10 90.00 4.90 5.90 31.&0 19.40 25.50 2.74 21 1993 21 JAN 272.00 0.10 1.50 81.00 4:ao 4.50 26.60 19.50 23.05 2.34 2a 1993 28 JAli 506.00 9.60 0.00 80.00 9.00 5.80 32.20 19.40 25.80 &.94 29 1993 29 J?S 546~OO 10.60 0.00 71.0C 4.60 5.00 33.&0 19.20 26.40 1.16 30 1913 30 JAli 507.00 9.10 0.00 73.00 9.30 1.70 34.20 20.60 27.40 7.58 31 1993 31 JA" 419.00 4.40 9.10 81.00 17.00 8.30 33:00 20.60 26.80 6.34
:===================================================================:==:===================================== l'iEnlA 407.71 5.70 S.Be; 81.55 9.03 1.19 ~1.O1 19.6; 25.34 5.17 TOTAL 1263'1.00 17&.70 179.90 2528.00 219.80 222.90 961.30 609.90 785.&0 1&1.23 DES\I!Q F;'CRAO 12&.46 3.5v 9.29 a.&2 4.12 1.90 3.02 1.01 1.16 1.74 VARIAHCl~ 15991.75 12.24 8&.23 74.25 16.94 3.60 9.14 1.03 3.10 3.02 t,!;'LO~ IIAXl"D l:4i .00 11.00 39.40 9B.OO 21.90 12.10 36.40 22.20 28.60 8.46 YALOR ~INII\O 54.00 0.0(, 0.(10 65.00 4.60 4.50 21.50 18.00 20.3~ 2.34 DIAS DE CI1U"'!A: .,., ....
70
Apêndice 1. Dados meteorológicos, obtidos durante o período experimental~
referente ao penodo de Janeiro a. Junho de 1993 . (Continua.)
=:===:===:=:=~:======:=========:====:================:========================================================: No ANO DIA l\ES R.GlOBf:L IHS[j- PRECIPl- IJI\InADE \lENTG vaHO TEl\PER. TEIIPER. iElfER. EVAPQ-
~
L~CAt TftC;'u hEl~ll'~:' !I:'llll~ ~E»IO !IAlll'\A !\INHIA MEDlA RACAO L
tisl/tl.G h/é II/ilt ! 1/;' il/h . 9rau C grilu C grisU C ====:========~=============:==================================================================================: 32 1993 1 FEV 34B.CC 2.10 0.00 82.M &.30 6.70 3e.80 19.00 24.90 4.08 33 1993 2 FEV 3é9.0C . 1,.30 9.50 86.00 15.90 7.2C 31.80 18.70 25.25 5.66 34 19'13 3 FE'~ 258.00 0.60 f'" "f'I 1/..1 v a9.0C 10.40 &.60 2a.00 18.90 23.45 5.66 35 1993 4 FEV 335.00 2.40 5.H 8a.00 6.70 9.30 27.40 19.10 23.25 2.68 3& 199! 5 FEV 134.00 0.50 .. "7~
I,. • .JV 94.00 6.00 6.80 23.40 19.00 21.2C 0.66 37 1993 b ~EV 33a.00 2.&0 O.bO 87.CC 7.50 8.20 28.80 1'1.~0 24.1~ 3.00 3a 19'13 7 FEII :21.00 l.OO 4.50 6'1.00 ó.OO a.90 30.20 20.70 25.45 4.10 39 1993 \l FEII 399.00 5.30 5.~O 134.00 7.130 9.10 31. 70 20.20 25.95 5.94 40 1'193 9 FEV 313.00 2.70 4.40 84.CO 6.CO 8.20 29.60 20.40 25.00 4.8~
41 1'193 10 FEV 221.00 Y.30 12.80 95.00 4.60. 7.00 27.20 20.00 23.60 3.36 42 1993 11 FEV 32&.00 3.20 ~7.2v 90.00 lC.OO 8.4(\ 29. se, 20.80 25.15 43 1993 12 FEV 471.00 i.60 C.~C 8S.00 16.30 8.60 29.80 la.80 24.30 5.63 44 1993 13 FE'J 524.00 10.00 O.o.~ 79.00 4.20 6.90 31.éO 16.&0 24.10 5.78 45 1993 14 FEV 371.00 6.80 30.00 Só.OO 9.60 10.70 29.EO 19.00 24.30 5.88 4& 1'193 15 FEV 317 .00 1.aO 19.90 as.co 5.60 7.90 27.GO 19.40 23.50 5.12 47 1993 16 FEII 350.00 2.80 21.30 aa.oo 12.aO 7.50 28.LO 19!20 23.70 4a 1993 17 FEV 272.00 1.00 5.00 90.00 4.90 4.60 26.90 20.00 23.40 6.4a 49 1993 la FEV 213.00 0.20 O.CO 90.00 5.60 6.10 26.20 1Q.20 22.70 2.46 50 1'193 19 FEV 45b.00 7.10 24.40 83.00 12.50 8.40 31.4C la.OO 24.70 ~1 1'193 20 FE\ 290.00 4.30 8.20 84.00 6.90 4.80 27.20 18.00 22.60 9.14 52 1993 21 FEV 333.00 0.20 0.3<) 82.00 9.00 7.20 29.00 18.40 23.70 4.04 ~3 19'73 22 FEV 21&.00 1.70 20.10 8a.00 J .,',
........ ~.l b.bO 25.20 la.OO 21.60 54 1993 Z3 FEII 234.00 0.90 3.30 81.CC 4.60 5.00 2b.20 16.80 21..50 1.96
. 5~ 1993 24 FEV 351.00 5.10 0.00 85.00 4.80 6.20 28.40 la.40 23.40 3.70 5& 1993 25 FEV 530.00 9.20 0.00 .70.00 7.40 a.l0 30.60 17.00 23.80 6.50 S7 1993 2& FEV 425.00 8.00 0.00 70.00 a.60 9.30 30.20 17.20 23.70 &.40 53 1993 27 FEV 318.00 4.70 3.50 84.00 &.80 5.00 30.40 la.OO 24.20 2.2& 5'1 1993 28 FEV 405.00 &.10 0.00 7a.00 4.70 4.40 29.80 18.20 24.00 5.66 &0 1993 29 FEV
===============:============================================:======================:========================: .IIEtHA 340.43 3.73 a.29 85.18 7.71 7.28 28.81 HI.80 23.81 4.62 TOTAL 9532.00 104.50 232.10 2385.00 21550 203.70 a06.óo 526.50 6&&.55 110.99 DESVIO PADRAG '11.&9 2.a2 10.09 5.&5 3.27 1.57 2.0& 1.11 l.H 1.85 VARIANCIA a407.03 7.ça l~l.SQ 31.93 10.&& 2.47 4.24 1.22 1.29 3.44 liAlOR I'IAXlIIO 530.00 10.00 37.20 95.00 16.3C 10.70 31.80 20.80 25.95 9.14 ,!AlOR I\IMl~O 134.00 C.20 0.00 70.00 ~.20 4.40 23.40 16.&0 21.20 0.ó6 DIAS DE CHU\'A~ 21
71
Apêndice I. Dados meteorológicos~ obtidos dmante o período experimental,
referente ao período de Janeiro a Junho de 1993 . (Continua)
=================================================================================~s==============:~========
NCI AHG DIA I\ES R.SUlB~L IMSú- PRECI?i- UIIIDA[E VENTO VElHO TE"PER. TE"PER. TEI\PER. EVAPO-2 LACAO TACAG REL~TrVA' "All"O I\EDIO "AIIIlA I\INIIlA "EIHA RACAO
talltl.d h/d II/alt 1 Ils ka/h grau C grau C grau C ====::::====:===========:=========================================================~================.:~=:====:
61 1993 1 "AR 294.00 2.00 0.00 84.00 10.90 &.10 30.20 20.00 25.10 3.9& 62 1993 2 "AR 347 .00 7.90 0.00 74.00 4.40 4.90 32.80 17.20 25.00 5.7b &3 1993 3 "AR 458.00 8.10 0.00 71.00 5.40 &.10 31.40 19.20 25.30 &.58 64 1993 4 .iAR 42&.00 8.50 0.00 71.00 8.00 9.70 31.20 19.40 25.30 &.34 é5 1993 5 I\AR 299.00 l.80 0.00 84.00 5.70 8.50 28.40 18~80 23.60 3.5& 61:. 1993 & "AR 51&.00 10.20 0.00 67.('0 5.00 5.80 33.40 18.00 25.7(. &.14 6i 1993 7 KAR 492.00 9.00 0.00 &&.00 3.40 4.30 33.80 17.&0 25.7l' 3.H 69 1993 a \'lAR 459.00 9.00 0.00 65.00 4.90 5.30 34.00 18.40 2&.20 b.5b 6'1 1993 9 KAR 444.00 10.70 O.M 65.00 6.40 6.40 34.80 18.20 2&.50 7.10 7G 1993 10 \'lAR 467.00 9.&0 0.00 74.00 &.60 7.40 33.80 19.00 26.40 &.60 71 1993 11 KAR 432.00 8.30 0.00 73.00 6.90 7.70 32.60 19.00 25.80 6.08 12 1993 12 \'lAR 458.00 10.20 0.00 73.00 7.00 7.50 33.00 19.20 26.10 7.04 73 1993 13 "AR 498.00 10.20 0.00 72.00 5.50 6.40 32.00 17 .60 24.80 6.10 74 1993 14 "AR 446.00 7.00 0.00 73.00 15.30 7.10 33.&0 17.60 25.60 7.42 75 1993 15 "AR 393.00 6.30 O.OQ 71.00 2.00 4.20 31.80 L8.10 24.95 3.66 7á 1993 16 "AR 320.00 5.20 ,.90 78.00 9.30 b.50 31.20 18.40 24.80 4.60 77 1993 17 "AR 447.00 1.80 9.CC 77.00 4.90 5.10 32.10 17.80 24.9~ 6.46 72 1993 18 "AR 302.00 5.40 2.40 87.00 5.30 7.90 31.40 18.80 25.10 3.68 7919n 19 "AR 31:2.00 6.60 34.40 99.00 19.70 6.60 30.00 17.90 23.95 ao 1993 20 MAR 353.00 4.50 0.00 92.00 7.70 12.60 29.40 19.40 23.90 5.70 81 1993 21 MAR 264.0(\ 1.50 3.40 87.00 5.80 8.00 27.00 19.60 22.80 2.82 S: 1993 2:: "AR 212.00 .1.10 0.80 93.{;ú 4.10 6.70 26.4C 18.40 22.40 2.00 83 1993 23 !'lAR 31LOO 4.90 3~.90 90.00 15.00 7.90 30.40 18.60 24.50 S4 1993 24 \'lAR 404.00 6.9(; 15.30 S9.CO 15.00 8.00 29.90 19.40 24.15 4.74 95 1993 25 MAR 295.00 2.60 0.30 89.00 4.40 5.30 28.10 19.00 23.55 2.18 ab 1993 26 KAR 255.00 2.70 0.00 89.00 2.30 3.70 29.30 18.50 23.90 2.60 87 1993 27 "AR 326.00 5.00 9.50 96.00 5.40 5.10 30.40 17 .90 24.15 4.83 63 1993 28 KAR 336.00 6.70 10.00 811.00 7.20 5.30 30.&0 18.80 24.70 3.25 59 1993 29 MAR 159.00 0.10 1.70 9;'(·0 2.00 2.60 25.60 19.10 22.35 2.06 90 1993 30 \'lAR 423.00 1.80 0.00 83.00 6.50 7.00 29.&0 19.80 24.10 5.28 91 1993 31 \'lAR 375.00 6.90 40.30 77.00 6.00 6.40 30.90 18.20 24.55
============================================================================================================= IIEDIA 372.68 6.27 5.03 79.61 7.03 6.52 30.91 18.55 24.73 4.81 TGTAL 11553.00 194.50 1:.5.90 2463.00 218.00 202.10 958.10 574.90 76b.50 136.24 :~3VIO PADRAO 87.61 2.97 10.92 8.17 4.08 1.87 2.28 0.67 LO& 1.69 \lARIANCIA 7676.35 8.93 l1Q.20 7ó.68 16.62 3.50 5.20 0.45 1.13 2.85 VALOR 1'I1\1I"ü 51il.00 10.70 ~O.30 97.00 1'1.70 12.60 34.80 20.00 2&.50 1.42 'VALOR IHlUKQ . 159.00 0.10 0.00 65.00 2.00 2.60 25.60 17.20 22.35 2.00 DIAS DE CHUVA: 12
7'2
Apêndice I. Dados meteorológicos, obtidos durante o penodo experimental.
referente ao período de Janeiro a Junho de 1993 . (Continua)
==================================================================================~==============~.========= No r.1I0 IHA IIES R.GLOBr.L IKSQ- PRECIPl- U"ID~tc VElHO '~ENiO TEI1PEFí. iEIIPER. TEIIPER. EVr.PO-
2 LAtAO TAC"G RELATl'JA IIAU~Q lIEDIO !'IAIIHA 1I11m~ IIEDIA RACAO callca.d h/d .I/alt I 1/r. la/h grau C grau C grau C
================================================================================~::=============== .. ~========= n 1'1'13 1 ABR 12'1.00 0.20 2.30 '15.00 3.40 4.80 24.80 1'1.20 22.0v 0.56 93 1993 2 ABR 141.00 1.20 0.'10 93.00 2.00 4.00 26.2\\ 19.30 22.75 1.58 94 1'193 3 ABR 275.00 4.90 1.30 91.00 5.4'0 4.00 28.7v 18.60 23.65 2.92 95 1'193 .. r.BR 3'1'1.00 B.70 0.00 79.00 2.90 4.70 30.50 17.30 23.~0 4.B4 9ó 1'193 5 ABR 405.00 8.70 0.00 82.00 5.30 7.30 31.8\ 18;20 25.00 5.30 97 1'193 6 ABR 320.00 B.90 0.00 82.00 6.10 6.30 31.0v 18.70 24.tj 4.29 98 1993 7 ABR 381.00 9.90 0.00 77.00 5.00 6.10 32.60 19.10 25.L5 5.40 qq 1'193 8 ABR 195.00 4.10 39.50 94.00 21.20 8.20 29.40 19.40 24.40 7.71
100 1993 9 ABR 383.00 8.80 0.00 83.00 5.60 8.30 26.00 16.90 21.45 4.86 101 1'193 10 ABR 413.00 8.90 0.00 77.00 7.60 .7.50 27.30 15.20 21.25 4.74 t02 1993 11 ABR 389.00 8.80 0.00 77.00 5.20 7.20 29.80 13.40 21.60 4.20 103 1993 12 ABR 378.00 8.20 1.40 79.00 5.00 6.50 29.80 18.10 23.95 4.50 104 1993 13 ABR 351.00 7.40 0.00 85.00 3.50 5.00 30.20 17.40 23.80 3.96 105 1993 14 ABR 363.00 6.10 0.00 81.0C 2.00 4.00 31.80 16.50 24.15 4.09 i06 1993 15 ABR 401.00 9.10 0.00 la.OO 3.20 5.90 31.80 16.90 24.35 4.93 i07 1993 16 ABR 308.00 9.70 C.O\/ 73.00 7.00 5.70 31.40 15.80 23.60 6.00 108 1993 17 ABR 419.00 10.10 ~.1i0 80.0C 6.20 5.50 31.20 14.80 23.(\Q 4.20 109 1993 18 ABR 399.00 10.00 0.00 79.00 5.00 4.40 31".00 16.40 23.70 4.00 110 1993 19 ABR 402.00 9.90 0.00 77 .00 3.70 4.10 31.40 16.50 23.95 4.48 111 1993 20 ABR 356.00 8.40 0.00 79.00 4.70 5.50 31.30 18.30 24.80 4.26 1:2 1993 21 ABR 339.00 7.4v 0.00 77 .OC 5.30 7.20 31.80 t7 .50 24.65 4.78 113 1993 22 ABR 348.00 9.30 0.00 78.00 5.30 10.80 28.70 18.60 23.65 5.26 114 1993 23 ABR 275.00 4.10 12.30 85.00 4.30 4.90 28.80 17 .10 22.95 3.56 115 1993 24 ABR 371.00 7.30 0.00 84.00 5.10 5.40 27.00 17.50 22.25 3.92 116 1993 .25 ABR 374.00 8.50 0.00 80.00 2.70 4.90 28.20 14.40 21.30 4.12 117 1993 26 ABR 351.00 B.70 0.00 16.00 4.40 5.30 29.30 13.60 21.45 3.95 118 1993 27 ABR 389.00 9.60 0.00 69.00 7.20 7.10 29.60 14.60 22.10 5.03 11'1 1993 28 ABR 366.00 9.40 0.00 76.00 4.40 5.30 30.00 14.40 22.20 3.72 120 19n 29 ABR 378.00 8.50 0.00 77 ,00 7.70 7.50 30.00 15.20 22.60 4.67 :21 1993 30 ABR 371.00 8.70 0.00 74.00 4.80 6.10 30.10 15.20 22.65 4.33
============================================================================================================: IIEIHA 345.63 7.78 1.92 80.57 5.37 5.98 29.72 16.60 23.26 4.34 TOiAL 10369.00 233.50 57.70 2417.00 161.20 179.50 8'11.50 504.10 697 .80 130.06 DES'rIO PADRAO 73.13 2.47 7.33 6.03 3.28 1.53 1. 91 1.76 1.23 1.22 VARIANCIA 5348.57 6.10 53.66 36.31 10.78 2.35 3.65 3.10 1.52 1.49 '~AU)R !\A X 1110 419.00 10.10 39.50 95.~O 21.20 10.80 32.60 19.40 25.85 7.71 V~lQR lmUIIO 129.00 0.20 0.00 &9.00 2.00 4.00 24.80 13.40 21.25 0.56 D!",3 DE CHlN~! 6
73
Apêndice I. Dados meteorológicos, obtidos durante o período experimental,
referente ao período de Janeiro a Junho de 1993 . (Continua)
:~=:r-:========:==============================:===============================================================
No hliO DIA IIES R.GLOBAL lNSO- PRECIPI- unIDADE VElITO VENTO TEI'IPER. TEIIPER. TEl'IPER. EVAPO-2 LAC~O Ti-t~Q RELATIVA PlAWIO ~EDIO ~AmiA IIIKIPlA !'IEDIA RACAO
cal/tl.d b/d .. /ilt 1 Ils ll/h C}f'iU t 9uU C grau C :=============:c===================================================:===========================================
122 19'n 1 IIAI 336.00 08.30 0.00 78.00 6.40 4.60 30.00 15.60 22.80 3.69 123 1993 2 "AI 306.00 6.00 0.00 81.00 5.00 6.20 30.00 15.&0 22.80 3.70 124 1993 3 \'lAI 2b&.00 5.10 9.70 89.00 15.20 9.30 29.70 15.50 22.10 4.65 125 1993 4 IIAI 351.00 8.se 0.00 75.00 6.40 9.90 2'1.40 15.70 22.55 4.3'1 12& 1993 ~ !!AI 279.00 5.80 20.80 S8.00 19.80 9.30 28.&0 18.60 23.&0 &.36 127 1993 & IIAl 180.00 1.40 00•00 88.00 4.00 7.10 24.30 1&.80 20.55 2.52 128 1993 7 IIAI 3&&.00 10.10 0.00 81.00 5.00 &.00 29.20 15.00 22.10 3.74 129 1993 8 "AI 371.00 9.70 0.00 77.00 3.00 5.00 29.90 13.90 21.35 3.59 130 1993 9 \'lAI 3bO.OC 8.00 0.00 78.00 4.50 . &.20 28.50 12.00 20.25 4.05 131 1993 10 l'IAI 363.00 8.30 0.00 75.00 4.00 &.00 28.20 11.60 19.90 3.90 132 1993 11 "AI 317 .00 9.30 0.00 69.00 &.20 9.00 29.70 13.00 20.85 4.87 133 1993 12 "AI 33~.00 9.&0 o.oe 69.00 &.70 9.50 29.60 12.80 21.20 4.19 134 1993 13 "AI 237.00 2.60 5.00 59.00 11.50 11.80 29.8~ 14.00 21.40 5.21 135 1993 14 IIAI b8.00 0.10 19.40 89.00 7.00 9.&0 20.20 18.90 19.50 13b 1993 15 IIAI 120.00 1.20 1.40 89.00 5.00 1.00 20.26 14.~0 11.35 0.95 131 1993 1& IIAI 224.00 3.GO 0.00 84.00 8.40 10.70 22.20 12.00 11.10 2.20 133 1993 17 IIAI 339.00 8.&0 0.00 77.00 b.30 10.50 26.80 10.90 19.85 4.08 139 1993 "18 "AI 3U.OO 9.50 0.00 ao.co 5.20 5.40 27.50 13.40 20.45 3.68 140 1993 19 "AI 333.00 8.80 0.00 77.00 5.be- 6.50 2b.óO 11.90 19.25 3.47 141 1993 20 "AI 327.00 1.80 O.co 14.00 7.00 9.00 25.80 11.éO 18.7C, 4.25 ' 142 1993 21 MI 3&0.00 9.80 0.00 i7 .00 b.&O 6.bO 25.40 9.20 17.30 3.78 143 1993 22 \'lAI 350.00 9.90 0.00 75.00 3.00 6.30 25.40 9.40 17 .~O 4.03 144 1993 23 l'IAI 326.00 9.80 0.00 73.00 4.00 5.30 26.50 10.00 19.25 3.16 145 1993 24 MAl 338.00 9.80 0.00 74.00 5.40 4.80 25.90 9.50 17.10 3.b2 146 1993 25 "AI 317.00 8.7C O.OC' 81.00 2.~0 3.70 2b.20 9.80 19.00 3.88 147 1993 26 IIAI 264.00 6.10 0.00 82.00 3.70 4.70 2b.50 lO.20 18.35 3.5é 148 1993 27 IIAI 302.00 7.80 O.O(} 78.00 6.60 a.oo 2&.40 1lo60 19.00 3.68 149 1993 28 IIAI 20&.00 3.50 0.00 85.00 5.20 10.50 20.40 13.20 lb.80 2.94 150 1993 29 IIAI 243.00 5.20 16.5e ao.oo 4.30 7.30 25.00 lO.70 17.85 3.9a 151 1993 30 "AI 38.00 0.00 46.90 99.00 9.00 9.40 17.40 14.30 15.95 152 1993 31 IIAI 212.00 5.30 0.00 90.00 5.40 6.70 25.80 15.90 20.80 1.74 ::==========================:=========================:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
IIEOIA 233.16 &.63 3.86 79.b5 &.34 7.45 2&.23 13.12 19.&8 3.11 TIlTAL 3778.00 205.60 119.70 2469.00 196.40 230.90 813.10 406.80 ó09.95 107.65 DES'HO PADP.flO a5.97 3.08 Ç.74 7.64 3.49 2.11 3.1b 2.60 2.04 1.00 YARIAIICIA 7390.&5 9.4ó 94.83 5S.3b 12.16 4.4b 9.98 6.75 4.17 1.00 VALOR IIkm1n 371.00 10.10 4ó.90 99.00 19.80 11.80 30.00 18.90 23.6~ b.36 '/ALCR rmmlO 39.00 0.00 0.00 59.00 2.00 3.70 17.40 9.20 15.95 0.95 DIAS DE CHUVA: 7
74
Apêndice L Dados meteorológicos, obtidos durante o penodo experimental~
referente ao período de Janeiro a Junho de 1993 . ::. =-= =: :=.:. = =;z:: =============================================================================================:
No !\NC Dl .. I1ES R.GLOBAL INSO- PRECI?!- U~ID~DE VEIHG VENTO TElIPER. TElIPER. TEnPER. EVr,PO-2 LACAO T"C"D RELATIVA I1AllllG lIEDIG IIAlll\A InNIM !lEDIA RACAO
call CI.Ó h/d II/ilt I 1/0. il/h qrau C grau C 9riU C ~~~===========~=============================================================================================
155 1993 1 JUN 144.00 0.60 0.00 8i.00 8.00 11.80 20.80 16.0') 18.40 2.&6 154 1993 2 JUN 263.00 b.M O.CO 87.00 5.60 7.70 . 23.00 10.ÓO 16.80 2.32 155 1993 3 JUH 212.00 8.20 0.00 as.oo 4.80 8.aO 25.80 12.20 19.00 2.1& 15& 1993 4 JUIi 312.00 8.40 12.40 81.00 9.80 11.80 27.40 13.00 20.20 3.95 157 1993 5 UlM 113.00 1.10 1.20 95.00 4.10 5.20 22.60 1&.00 19.30 0.b3 158 1993 6 JUN 248.00 &.00 0.00 89.00 4.00 4.&0 25.40 17.00 21.20 2.47 151 1993 7 JUH 273.00 &.50 0.00 87.00 1.00 5.10 27.00 14.20 20.&:) 2.42 160 1993 a JUN 35&.00 7.40 O.CO 82.00 5.20 a.ao 27.50 13.80 20.&5 2.&9 161 1993 9 JUM 285.00 9.00 0.00 78.00 4.bO &.80 28.50 14.10 21.30 3.06 162 1993 10 lUH 113.00 0.10 2.00 92.00 4.ao 9.70 21.40 17.50 19.45 1.66 163 1993 11 JUN 143.00 1.20 0.20 a7.00 4.70 12.20 19.&0 13.70 16.65 1.92 1&4 1993 12 JUN 300.00 9.60 0.00 80.00 9.10 12.50 23.80 13.80 18.80 3.92 165 1993 13 JUM 332.00 9.80 0.00 78.00 8.30 9.30 24.80 10.90 17.85 3.88 16& 1993 14 JUN 329.00 9.50 0.00 77.00 4.70 . 7.90 24.20 8.90 16.55 3.22 1&7 1993 15 JUK 293.00 7.30 0.00 73.00 ~.20 B.ç(l 24.20 7.80 1&.00 2.57 1&8 1993 I/, JUM 318.00 8."30 O.úO 73.00 11.00 10.40 24.20 10.90 17.55 3.9S 1&9 1993 17 JUN 228.00 1.20 9.80 76.00 11.40 8.00 24.2(\ a.50 18.35 2.76 170 1993 18 JUN 30.00 0.00 21.40 97.00 6.CO 12.00 1&.20 14.60 15.40 1.59 171 1993 19 JUN 284.00 6.50 0.00 83.00 2.00 5.10 20.60 11.90 16.25 2.45 172 1993 20 JUN 288.00 6.40 0.00 85.00 2.40 4.80 .21.50 6.10 13.80 1.58 173 1993 21 .1Uli 512.00 7.60 0.00 80.00 2.50 6.50 25.6ó 5.5"0 15.55 2.57 IH 1993 22 JUN 318.00 9.70 0.00 78.00 3.50 7.50 27.00 7.90 17.45 2.55 175 1993 23 JUN 302.00 8.90 0.00 80.00 4.80 7.40 26.50 9.40 17.95 3.08 17& 1993 24 JUN 314.00 9.60 0.00 73.00 4.50 9.20 27.40 10.10 18.75 3.84 177 1993 2S JUtI 300.00 9.20 0.00 76.00 2.50 6.00 27./,0 10.00 18.80 2.48 178 1993 26 JUN 321.00 8.50 0.00 75.00 5.90 8.00 26.80 9.20 18.00 3.48 179 1993 27 JUN 332.00 9.20 0.00 70.00 6.70 10.50 26.80 9.60 18.20 3.98 1a~ 1993 2a JUN 314.00 9.50 0.00 67.00 5.80 B.I0 2i.l0 9.40 18.25 3.80 181 1993 29 JUN 248.00 &.80 0.00 &'1.00 4.70 7.10 27.30 9.80 18.55 2.22 18Z 1993 30 JUN 227.00 4.90 0.00 81.00 3.40 7.50 26.80 12.80 19.80 2.39
========================================================:==:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: lIEIHA 2/'3.73 6.57 1.!,1 80.77 5.37 8.31 24.72 11.64 18.18 2.74 TOTAL HIZ.OC 197.00 47 .00 2423.00 161.00 249.20 741.60 349.20 545.40 82.25 DESVIO PADRAO 77.38 3.20 4.62 7.37 2.52 2.28 t.87 3.03 1.76 0.83 VitiUANCIA 5988.00 10.26 21.32 54.31 6.34 5.20 a.2á 9.19 3.09 0.69 'JAlOR MXlIlO 35&.00 9.S0 21.4C, 97.00 11.40 12.50 28.50 17.50 21.30 3.98 'J~LOR IUMlftO 30.00 0.00 0.00 67.00 1.00 4.60 16.20 5.50 13.80 0.63 DIAS DE CHUVA: 6
Apêndice 11. Valores médios das caracterfsticas agronõmicas estudadas
(média de três repetições) em euttivares de milho de diferentes
ciclos (c1 = normal; c2 = precoce e c3 = superprecoce), e quatro
nfveis de nitrogênio (NO = O kglha; N1 = 50 kg/ha; N2 = 100 kg/ha
e N3 = 150 kglha). Piracícaba, SP, 1993.
Trata- Altura IAF No Es- Compri- Peso de Peso de mentas (em) piga(1} menta de Espiga grao
Planta espiga (kgJha) (kglha) !em}
c1NO 182 2,65 1,00 15,4 7.432 4.029
c1N1 197 2,85 1,00 16,5 7.891 4.129
e1N2 203 3,25 1,67 17,0 8.062 4.173
e1N3 210 3,49 2,00 17,7 8.784 4.396
c2NO 162 2,31 1,00 14,8 10.269 5.114
c2N1 179 2,69 1,33 16,2 11.716 6.448
e2N2 185 3,03 1,67 17,6 12.077 6.690
c2N3 187 3,13 2,00 17,8 12.144 6.848
c3NO 178 1.99 1,00 14,5 3.816 2.576
c3N1 181 2,15 1,33 15,6 3.932 2.736
c3N2 184 2,38 1,67 1!5,4 4.!531 3.030
c3N3 194 3,07 1,67 15,6 4.891 3.148
Cultivares (c1 = normal; c2 = precoce; c3 = superprecoce). Doses de nitrogênio (NO = O kg/ha; N 1 = 50 kg/ha; N2 = 100 kglha e N3 = 150 kg/ha)
(1) Os dados foram transformados para -..J x/100: para obtenção da equação
de regressão.
75
800
N 700 IIC1NO
E IIC1N1 - 600 IBC1N2 ~ o OC1N3
110 ... 500 Cl o
400 "C 10 to) Q) 300 I/)
10 Oi: 200 .Q) -10
:E 100
O 75 81 88 94 102 109 116 123 130
Dias após emergência
Apêndice UI. Valores médios da matéria seca do grão (média de seis plantas) em cultivar de milho de ciclo normal (cl= XL380) e quatro níveis de nitrogênio. Piracicaba, SP. 1993.
76
800
N 700 IIIC2NO E BC2N1 C, 600 - I!!IC2N2 o
trtl 500 OC2N3 ... C)
o "'C rtI (.)
ai 300 VI rtI
'i:: 200 'ai ..-rtI
::E 1
75 81 88 94 102 109 116 123
Dias após emergência
Apêndice IV. Valores médios da matéria seca do grão (média de seis plantas) em cultivar de milho de ciclo normal (c2 = BR20 1) e quatro níveis de nitrogênio. Piracicaba, SP. 1993.
77
78
800
- 700 IIIC3NO N E BC3N1 :§
IlIC3N2 o
leu OC3N3 lo. Cl o
"'O eu u Q) VI eu o;:
'Q) ... eu ~
75 81
Dias após emergência
Apêndice V . Valores médios da matéria seca do grão (média de seis plantas) em cultivar de milho de ciclo superprecoce Cc3 = P3072) e quatro níveis de nitrogênio. Piracicaba, SP. 1993.