Download - Complexo açucareiro brasileiro
Economia agroexportadora brasileiraComplexo açucareiro
Introdução• A atividade econômica aqui desenvolvida estaria,
logicamente, relacionada ao interesses da metrópole lusa e da própria economia europeia, o que tornava o Brasil uma área de complementariedade, fornecedora de produtos tropicais.
• A montagem do complexo açucareiro surgiu por vários fatores: Alta lucratividade do açúcar no mercado internacional, oferta de crédito dos holandeses – Promoviam o refino e a comercialização do produto, a cultura açucareira já era conhecida pelos portugueses e acreditavam que essa prática poderia se tornar um agente facilitador do povoamento.
• O complexo açucareiro teve suas bases no Nordeste, com forte destaque para a região de Pernambuco e Bahia.
• O investimento nos engenhos era assegurado pelas relações entre Portugal e Holanda.
• O campo era o centro da economia açucareira, e a fazenda, com suas divisões, representava o lar de todas as relações socioeconômicas da colônia.
• O engenho era dividido em: Casa-grande, senzala, capela, moenda, casa de purgar e caldeiras.
Casa-grande: Núcleo administrativo do engenho. Lá moravam os familiares do senhor e os agregados.Senzala: Espaço onde os escravos ficavam confinados após o trabalho.Capela: Simbolizava o poder da igreja no engenho. Era uma forma de abençoar a produção e manter os escravos no padrão de enquadramento das forças de dominação colonial, uma vez que, de acordo com a pregação religiosa o escravo deveria ser obediente aos desígnios sagrados e se manter submisso aos trabalhos para alcançar a salvação.Moenda, casa de purgar e caldeiras: Representavam a fábrica do açúcar.
Mão de obra• Com já é sabido, a mão de obra era constituída de escravos africanos.• O tráfico negreiro era potencialmente lucrativo e o nativo indígena estava
praticamente exterminado do litoral brasileiro.• A mão de obra livre também existia, sendo desempenhada por artesãos e
feitores (vigiavam e reprimiam possíveis fugas nas fazendas).
Sociedade açucareira
• A fazenda representava uma autarquia, ou seja, um núcleo praticamente autossuficiente.
No engenho, havia áreas destinadas à atividade policultora com a presença de trabalhadores livres, os roceiros, ou ainda com os próprios escravos, que produziam artigos para a alimentação da fazenda.Essa prática se assemelhava ao relacionamento entre o senhor feudal e o servo (feudalismo); Dependendo do desempenho e da fidelidade do escravo, ele poderia até conseguir alforria.
Brecha Camponesa
Tinha caráter patriarcal, liderada pelo senhor de engenho, que, juntamente com seus familiares, usufruíam de todos os privilégios sociais.Matrimônio – Só aconteciam dentro de um mesmo grupo social (sociedade endogâmica).
O papel dos Holandeses
A monogamia era apregoada pela igreja, mas isso não impedia que os senhores de engenho mantivessem relações com escravas domésticas, por vezes, tendo filhos, os quais era ilegítimos. A fazenda se transformava, então, em um espaço de miscigenações.O ciclo do açúcar apresentava uma sociedade estamental (sem mobilidade social), ficando quase restrita aos senhores de engenho, suas famílias e escravos..
• Estão intimamente ligados ao sucesso da economia açucareira no Brasil.• Financiavam a produção açucareira e promoviam o refino e a comercialização
do produto.• Porém, a Holanda cultivava uma grande rivalidade com a Espanha, que no
momento, mantinha domínio sobre Portugal (União Ibéria – Pela falta de herdeiros do trono português a Espanha assume). Por isso, o rei espanhol promoveu o bloqueio comercial marítimo, proibindo que os holandeses continuassem sua atividade comercial com as colônias portuguesas.
Os holandeses entendiam que não poderiam perder todos os investimentos que haviam feito para o cultivo do açúcar, nem permitir que o Brasil escapasse da sua influência.• Primeira invasão – (1624, Salvador) Até então capital
da colônia; A Holanda achava que se dominasse o centro administrativo, todas as outras terras se renderiam. O movimento não obteve êxito, sendo derrotado pela milícia dos descalços.
• Segunda invasão – (1630, Pernambuco) Chegou a prosperar por um período mais longo. Dessa vez estavam bem mais organizados e equipados, invadiram o Nordeste e dominaram Pernambuco.
Muitos senhores de engenho reagiram, chegando inclusive a pôr fogo nos engenhos, outros abandonaram a cultura açucareira e partiram para o interior, atuando na pecuária, o que fortaleceu a interiorização da colônia. Muitos escravos se aproveitaram da invasão para fugir para o Quilombo de Palmares, em Alagoas.
Maurício de Nassau• Desenvolveu políticas que agradassem os senhores de engenho.• Governou o Brasil holandês. • A cidade de Recife foi urbanizada, pântanos foram drenados e ruas ampliadas.• Instituiu bibliotecas, observatórios e pesquisas científicas.• A liberdade religiosa foi concedida aos católicos.• Concessão de empréstimos aos senhores de engenho, para recuperar,
aparelhar e modernizar suas propriedades.
• Com o fim da União Ibérica, foi estabelecida um trégua entre Portugal e Holanda – Trégua dos dez anos. Contudo, a trégua foi rompida com a invasão do Maranhão e Sergipe (no Brasil), São Tomé, São Paulo de Loanda e Guiné (na África).
• Nassau foi deposto e as políticas com os senhores de engenho foram bem ásperas, cobrando os empréstimos e exigindo o aumento na produção.
Paz de Haia
Nassau foi afastado; Em seguida, os senhores com medo de terem suas propriedades tomadas, iniciaram um levante que envolvia negros, índios e brancos, todos contra os holandeses, fazendo – os assinarem uma rendição.
Foi assinada em 1661, por meio dela, reconhecia que o nordeste do Brasil e a Angola pertenciam a Portugal, mediante o pagamento de uma indenização de 4 milhões de cruzados.
Com o fim do domínio holandês, o Brasil passou a ser a principal fonte econômica portuguesa, visando suprir o déficit deixado pela União Ibérica e pelo comércio holandês de açúcar nas Antilhas, pois agora, vendiam um açúcar de maior qualidade e por um preço mais baixo.O Conselho Ultramarino aumentou a fiscalização e arrecadação na colônia, controlando a saída e entrada de navios mercantis.
Conselho Ultramarino