Christiane Yumi Muramoto Nicolau
Associação das variantes no ADIPOQ e concentrações
séricas de adiponectina com alterações metabólicas em
crianças e adolescentes obesos
Tese apresentada à Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo para obtenção do título
de Doutor em Ciências
Área de concentração: Endocrinologia
Orientadora: Profa. Dra. Sandra Mara Ferreira
Villares
São Paulo
2008
Este estudo foi desenvovido no Laboratório de Nutrição Humana e Doenças
Metabólicas – LIM/25, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
e no Ambulatório de Obesidade Infantil da Disciplina de Endocrinologia e
Metabologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo.
Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Auxílio pesquisa processo no. 2004/14272-3
Bolsa doutorado processo no 2005/53730-0
Ao meu marido Cassio e ao bebê Lucas
que me acompanharam intensamente nesta
jornada...
Aos meu pai Wilian, à minha mãe Ester, à
minha tia Emiko e à minha irmã Aninha que me
incentivaram e me apoiaram sempre...
AGRADECIMENTOS
Dra Sandra, agradeço primeiramente a oportunidade da realização
desse estudo. Agradeço ainda a companhia, as dicas e ensinamentos
nesse cinco anos de convivência. Agradeço pelas manhãs corridas
seguidas de um dia cheio no ambulatório... São nesses dias intensos
que mais aprendemos como é bom tratar um paciente com carinho,
respeito e firmeza. Muito obrigada por ser essa pessoa íntegra e
generosa.
Eli, minha madrinha querida! Quem convive com a Eliana sabe o
quanto essa pessoa se preocupa com tudo e todos ao mesmo tempo,
deixando muitas vezes de pensar em si mesma... Como a Dra Sandra
diz... “quem entra no laboratório é mais um filho da Eli!” Muito
obrigada pela sua colaboração nesse estudo, lógico, mas agradeço
principalmente a sua companhia, as conversas, as risadas, as
caronas... ah e também, como não poderia deixar de ser...a sua
insistência em usar o “wave” para a realização do trabalho... isso sim
foi bom!
Bel, sempre companheira e disposta a ajudar, organizaaaaaada, a
única do laboratório... sem ela não teria conseguido encaminhar
nenhuma prestação de contas, nem me organizar com as crianças sem
obesidade... e o ambulatório então? Fica uma bagunça sem a Bel! Bel,
agradeço muito pela paciência ajuda, apoio e incentivo. Muito
obrigada pelas conversas, caminhadas e almoços divertidos pela
faculdade e hospital.
Papai, agradeço por ter me criado sempre cercada de estudo,
laboratórios, máquinas de calcular... Obrigada pelo carinho e
compreensão, pelos cafés de sábado, pelas tardes no consultório,
pelas oportunidades que me oferece sempre e por possibilitar meus
estudos na Faculdade de Medicina de Botucatu e na Faculdade de
Medicina da USP.
Mamãe, muito obrigada pelo apoio, carinho, preocupação e pelos
peixinhos de 5ª, coquinhas e pãezinhos sempre!! Agradeço pelo
cuidado com o bebê Lucas e com isso possibilitar que eu pudesse ficar
mais tempo no Ambulatório e me dedicar mais à elaboração dessa
tese!
Ani, minha irmãzinha linda!!! Muito obrigada por existir e fazer a
minha vida mais flamenca e feliz! Muito obrigada por também cuidar
do bebê Lucas e por me apoiar e dividir angústias da vida!!!
Tia Emiko, muito obrigada por participar de todas as fases da minha
vida, sempre me apoiando, incentivando e me ajudando com muito
cuidado e carinho para que eu pudesse me tornar uma pessoa melhor
a cada dia.
Cassio (More), nem sei o que dizer... muito obrigada por me ajudar e
ensinar. Obrigada pela paciência, compreensão, amor a cada dia e
pelo carinho, abraços e apoio a cada momento. Obrigada pelos
passeios alegres, pelas noites de balada e pelas 6as de jantares
especiais! AMOTE!
Lucas (bebê), você ajudou muito a mamãe sendo ese bebê lindo,
tranquilo e esperto. Muito obrigada!
Jane, muito obrigada pela ajuda e cuidados com o bebê Lucas.
Agradeço também por sempre trazer sua alegria para nossa casa!
Cadico, adoro sua frase e saiba que a recíproca é verdadeira!
Liege, agradeço muito sua ajuda com o bebê principalmente nos
primeiros meses! Ela foi fundamental para que eu pudesse continuar a
realização desse estudo!
Sophie, amiga chique, cheia de experiências, histórias, conselhos e
vida! Agradeço todos os bons momentos, as histórias e experiências
trocadas. Obrigada pela ajuda e disponibilidade constantes.
Mari, sempre amiga, divertida e engraçada, com suas histórias
malucas que vão e vem, vem e vão... Muito obrigada por todos esses
bons momentos de convivência nesses anos!
Rafa, Xande, Thais, Simone, Melissa, Danilo, obrigada pela
companhia, pelos bons momentos, pela ajuda e por compartilhar todas
as angústias da vida adulta!
Minhas amigas do coração: Marcela, Andrea e Mariana... a vida já
provou que nem o tempo ou a distância irão nos afastar. Muito
obrigada por estarem ao meu lado há tantos anos. Salve...
Apsaras, agradeço as danças, as risadas, os sábados de ensaio, a
convivência divertida que com certeza me ajudaram a chegar até aqui!
Agradeço às minhas professoras da saudosa Faculdade de Medicina
de Botucatu, Dra Gláucia, Dra Célia, Dra Walkyria, Dra Ana Valéria
e Adriana e aos meus colegas e amigos Fernando, Eliane, Bibiana,
Felipe, Flávio e Juliana que muito colaboraram para o meu
aprendizado e formação médica.
Agradeço à todos do LIM/25 em especial à Angela pelas pipetas, ao
Ricardo pela ajuda no sequenciamento, à Ileana pelas dicas e
sabedoria, à Noriza por sempre resolver as questões burocráticas e
às meninas da tiróide pela animação e companhia.
Agradeço a todos do grupo de obesidade pelas oportunidades
oferecidas, por compartilhar os bons momentos e principalmente pelo
apoio nos momentos difíceis!
Agradeço aos estudantes de medicina, às estudantes de nutrição e
aos residentes que atenderam no ambulatório e contribuíram pra esse
estudo.
Agradeço às crianças do Ambulatório de Obesidade Infantil e da
comunidade que participaram desse estudo e fizeram com que meu
aprendizado fosse mais rico a cada dia.
Agradeço à FAPESP pela bolsa e auxílio pesquisa concedidos.
Ai, cansei!
Eu vou sentar e relaxar as costas no chão
Olhar para o céu e ver as nuvens passando...
devagar respirar...
Hélio Ziskind
Esta tese está de acordo com as seguintes normas, em vigor no momento
desta publicação:
Referências : adaptado de International Commitee of Medical Journals
Editors (Vancouver)
Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Serviço de Biblioteca e
Ducumentação. Guia de apresentação de dissertações, teses e monografias.
Elaborado por Annelise Carneiro da Cunha, Maria Júlia de A. L. Freddi,
Maria F. Crestana, Marinalva de Souza Aragão, Suely Campos Cardoso,
Valéria Vilhena. 2ª Ed. São Paulo: Serviço de Biblioteca e Documentação,
2005
Abreviaturas dos títulos dos periódicos de acordo com List of Journals
Indexed Index Medicus
SUMÁRIO
Lista de abreviaturas e siglas
Resumo
Summary
1. Introdução 1
1.1. Obesidade na infância e adolescência 1
1.2. Alterações metabólicas relacionadas à obesidade 1
1.3. Tecido adiposo como órgão endócrino 3
1.4. Adiponectina 4
1.4.1. Identificação e características 4
1.4.2. Ação da adiponectina 9
1.4.2.1. Adiponectina e sensibilidade à insulina 9
1.4.2.2. Adiponectina e aterosclerose 10
1.4.2.3. Outras ações da adiponectina 11
1.4.3. Observações clínicas 11
1.4.3.1. Adiponectina e componentes da síndrome metabólica 11
1.4.3.2. Adiponectina em crianças e adolescentes 12
1.4.5. Fatores de aumento das concentrações de adiponectina 14
1.4.6. O paradoxo da adiponectina 15
1.4.7. Estudo molecular da adiponectina 16
1.4.7.1. Variantes do gene da adiponectina 17
2. Objetivos 22
2.1. Objetivos primários 22
2.2. Objetivos secundários 22
3. Casuística e métodos 24
3.1. População do estudo 24
3.1.1. Critérios de inclusão 24
3.1.2. Critérios de exclusão 25
3.2. Métodos 25
3.2.1. Avaliação corporal 25
3.2.2. Avaliação da pressão arterial 27
3.2.3. Exames laboratoriais 27
3.2.4. Índices de avaliação de resistência e secreção de insulina 31
3.2.5. Critérios de síndrome metabólica em crianças e adolescentes 31
3.2.6. Critérios utilizados na divisão dos grupos estudados 32
3.2.7. Extração de DNA 33
3.2.8. Reação de Polimerase em Cadeia (PCR) da região promotora, exon 2,
ínton 2 e exon 3 do gene da adiponectina 34
3.2.9. Análise por dHPLC (Cromatografia liquida de alta performance
denaturante) 38
3.2.10. Método PCR-RFLP (Polimorfismo do Comprimento de Fragmentos
de Restrição) 40
3.2.11. Sequenciamento dos produtos de PCR da região promotora, exon 2,
íntron 2 e exon 3 do gene da adiponectina 41
3.2.12. Análise estatística 42
4. Resultados 44
4.1. Avaliação clínica e metabólica 44
4.1.1. Aspectos gerais dos grupos estudados 44
4.1.2. Avaliação de G2 em relação à G1, G3 e G4 44
4.1.3. Avaliação de G1 em relação à G3 e G4 46
4.1.4. Avaliação de G3 e G4 47
4.2. Avaliação das concentrações séricas de adiponectina 50
4.3. Avaliação do gene da adiponectina 61
4.3.1. SNP-11377C>G 62
4.3.2. SNP+45T>G 64
4.3.3. SNP+349A>G 65
4.3.4. G90S 65
4.3.5. Haplótipos 66
5. Discussão 70
5.1. Avaliação clínica e metabólica 70
5.2. Avaliação das concentrações séricas de leptina 76
5.3. Avaliação das concentrações séricas de adiponectina 76
5.4. Avaliação do gene da adiponectina 82
5.4.1. SNP-11377C>G 82
5.4.2. SNP+45T>G 84
5.4.3. SNP+349A>G 85
5.4.4. Exon 3 85
5.4.5. Haplótipos 87
5.5 Considerações finais 89
6. Conclusões 91
7. Anexos 92
8. Referências 125
Apêndice
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Acrp30 Adiponectina
AdipoQ Adiponectina
ADIPO1 Grupo com menores concentrações séricas de
adiponectina
ADIPO2 Grupo com concentrações séricas intermediárias de
adiponectina
ADIPO3 Grupo com maiores concentrações séricas de
adiponectina
ADIPOob1 Grupo com menores concentrações séricas de
adiponectina em obesos
ADIPOob2 Grupo com concentrações séricas intermediárias de
adiponectina em obesos
ADIPOob3 Grupo com maiores concentrações séricas de
adiponectina em obesos
AMPK Proteína cinase ativada por adeninamonofosfato
AUCins/AUCgli Razão da área sob a curva de insulina e área sob a
curva de glicose
apM1 Adiponectina
apo Apolipoproteína
ATPIII Adult treatment pannel III
C Cisteína
CA Circunferência abdominal
CCAAT Seqüência de nucleotídeos localizada em região
promotora
cDNA Ácido desoxirribonucléico complementar
C/EBP potenciador de ligação de proteína CCAAT
CT Colesterol total
db/db Camundongos com resistência à leptina
dHPLC Cromatografia liquida de alta performance denaturante
DM2 Diabetes mellitus do tipo 2
DNA Ácido desoxirribonucléico
EDTA Ácido etilenodiamiotetracético
ELISA Ensaio imunoadsorvente ligado à enzima
eNOS Óxido nítrico sintase endotelial
F Fenilalanina
G Glicina
GBP28 Adiponectina
G1 Grupo controle
G2 Grupo não obeso / metabólico
G3 Grupo obeso
G4 Grupo obeso mórbido
H Histidina
HAS Hipertensão arterial sistêmica
HDLC Lipoproteína de alta densidade
HMW Alto peso molecular
HOMA-IR Homeostasis model assessment para avaliação de
resistência à insulina
HOMA-IR1 Tercil com menores níveis de HOMA-IR
HOMA-IR2 Tercil com níveis intermediários de HOMA-IR
HOMA-IR3 Tercil com maiores níveis de HOMA-IR
HOMA%ß Homeostasis model assessment para avaliação de
sensibilidade à insulina
HOMA%S Homeostasis model assessment para avaliação de
secreção de insulina
I Isoleucina
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDF International Diabetes Federation
IMC Índice de massa corpórea
L Lisina
LDLC Lipoproteína de baixa densidade
LMW Baixo peso molecular
MG% Percentual de massa gorda
ob/ob Camundongos deficientes em leptina
OR Razão de chances – Odds ratio
P Prolina
PAD Pressão arterial diastólica
PAI-1 Inibidor do ativador do plasminogênio
PAS Pressão arterial sistólica
PCR Reação de polimerase em cadeia
PCR-RFLP Polimorfismo do comprimento de fragmentos de restrição
PP Pré-púbere
PPAR Receptor ativado por proliferadores de peroxissomos
PUB Púbere
R Arginina
RIE Radioimunoensaio
S Serina
SM Síndrome metabólica
SmaI Endonuclease de restrição
SNP Polimorfismo em um único nucleotídeo
SREBP Sterol regulatory element binding protein
T Treonina
TNF-α Fator de necrose tumoral alfa
TTGo Teste oral de tolerância à glicose
TZD Tiazolidinedionas
VLDL lipoproteína de muito baixa densidade
VR Valor de referência
X Qualquer aminoácido
Y Tirosina
Z Desvio padrão
ZIMC Desvio padrão do índice de massa corpórea
Resumo
Nicolau CYM. Associação das variantes no ADIPOQ e concentrações
séricas da adiponectina com alterações metabólicas em crianças e
adolescentes obesos [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina,
Universidade de São Paulo; 2008
Adiponectina é um hormônio produzido e secretado em abundância pelo
tecido adiposo, que regula o metabolismo melhorando a sensibilidade à
insulina pela sua ação hepática e muscular. Diferentemente dos outros
hormônios do tecido adiposo, seus níveis séricos diminuem à medida que
aumenta a adiposidade e são inversamente correlacionados com a
obesidade, resistência à insulina e síndrome metabólica. Variações no gene
da adiponectina foram associadas a níveis de adiponectina, resistência à
insulina e risco de diabetes. O objetivo deste estudo foi avaliar os níveis de
adiponectina e as variantes no gene da adiponectina em crianças e
adolescentes obesos e sem obesidade e correlacionar os achados às
características antropométricas e metabólicas. Níveis de adiponectina sérica
foram mais baixos em obesos e em indivíduos púberes. Em não obesos, os
níveis de adiponectina a correlacionaram-se negativamente com a
adiposidade, entretanto nos obesos, a resistência à insulina e o
desenvolvimento puberal foram os fatores de diminuição dos níveis de
adiponectina. Independentemente da adiposidade, da resistência à insulina e
da puberdade, menores níveis de adiponectina (abaixo de 10µg/mL)
correlacionaram-se com maior risco de hipertrigliceridemia, baixo HDLC e
síndrome metabólica. Na análise do gene da adiponectina foram
identificados os SNPs -11391G>A (rs17300539), -11377C>G (rs822387) na
região promotora, +45T>G (rs22411766) no exon 2, +349A>G (rs6773957)
no intron 2, Y111H (rs17366743) e a mutação G90S no exon 3. O SNP-
11391G>A estava em desequilíbrio de ligação de Hardy-Weinberg. As
variantes Y111H e G90S estavam em forte desequilíbrio de ligação com
SNP-11377C>G e G90S com SNP+45T>G. Foi observada associação do
alelo G do SNP-11377 a maior adiposidade central e menores níveis séricos
de glicose. Após construção dos haplótipos com os SNPs -11377C>G,
+45T>G e +349A>G observou-se que a presença do alelo G do SNP-
11377T>G associou-se a maior obesidade (GTA vs CTA) , enquanto que a
presença dos alelos recessivos dos outros SNPs diminuiu essa associação
(GTA vs GGG). Na presença do alelo G do SNP+349A>G (CTG vs CTA), foi
observada maior freqüência de indivíduos hipertensos, entretanto a
associação dos alelos recessivos dos SNPs -11377C>G e +45T>G (CTG vs
GGG) diminuiu a freqüência de hipertensão. Os resultados do presente
estudo demonstram que níveis de adiponectina diferem em crianças e
adolescentes dependendo do grau de adiposidade e puberdade e que níveis
mais baixos estão associados às alterações metabólicas de maior risco
cardiovascular na obesidade. Variantes no gene da adiponectina podem
estar em desequilíbrio de ligação com um SNP funcional ou um pool gênico
responsável por maior risco de obesidade e desenvolvimento de alterações
metabólicas relacionadas ao aumento da adiposidade.
Descritores: 1 – Adiponectina 2 – Polimorfismo de um único nucleotídeo
3 – Obesidade 4 – Criança 5 – Adolescente
Summary
Nicolau CYM. Association between variants in ADIPOQ and adiponectina
levels with metabolic features in obese children and adolescents [thesis].
“Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo” SP (Brazil); 2008
Adiponectin, present in high concentrations in blood circulation is produced in
adipocytes. Adiponectin regulates insulin sensibility acting in liver and
muscle. Plasma adiponectin decreases as adiposity increases and are
inversely related to insulin resistance and metabolic syndrome. Variants in
the adiponectin encoding gene have been associated with adiponectin levels,
insulin resistance and type 2 diabetes. The aim of this study was to evaluate
adiponectin levels, identify variants in the adiponectin gene and determine
the relationship between adiponectin levels, genetic variances and
anthropometric and metabolic features in obese and non-obese children and
adolescents. We found lower adiponectin levels in obese and pubertal
individuals. Adiponectin was inversely correlated to adiposity in non-obese.
Instead, in obese youngsters, adiponectin levels were negatively associated
to insulin resistance and pubertal state. Independent of adiposity, insulin
resistance and pubertal stage, lower adiponectin levels (under 10µg/mL)
were related to lower HDLC, higher triglycerides and higher risk of having
metabolic syndrome. We have identified 6 variants in adiponectin gene:
SNPs -11391G>A (rs17300539), -11377C>G (rs822387) in promoter region,
SNP+45T>G (rs22411766) in exon 2, SNP+349A>G (rs6773957) in intron 2
and SNP Y111H (rs17366743) and G90S mutation in exon 3. We found
strong linkage disequilibrium between variant Y111H and -11377C>G SNP
and between G90S mutation and -11377C>G and +45T>G SNPs. We
detected an association between -11377C>G G allele and higher central
adiposity and lower glucose levels. Haplotypes were constructed using the
SNPs -11377C>G, +45T>G and +349A>G, and the results showed an
association between -11377SNP G allele presence and higher adiposity
(GTA vs CTA), whereas the presence of the recessive alleles of SNPs
+45T>G and +349A>G was associated to a lower adiposity (GTA vs GGG).
Hypertension was more frequent in the presence of +349A>G G allele (CTG
vs CTA), whereas the presence of the recessive alleles of SNPs -11377 and
+45T>G (CTG vs GGG) was not associated to hypertension. This study
suggests that adiponectin levels, in Brazilian children and adolescents,
depends on degree of adiposity and pubertal stage and that lower
adiponectin concentrations are associated to altered metabolic features and
higher cardiovascular risk. Variants in the adiponectin encoding gene can be
in linkage disequilibrium with susceptibility regions responsible to higher risk
of obesity and metabolic related features.
Descriptors 1 – Adiponectin 2 – Polymorphism, single nucleotide
3 – Obesity 4 – Child 5 – Adolescent
1
INTRODUÇÃO
2
1. INTRODUÇÃO
1.1. Obesidade na infância e adolescência
Obesidade é uma doença crônica, resultante do excesso de tecido
adiposo branco, cuja prevalência vem aumentando em países desenvolvidos
e em desenvolvimento em proporções epidêmicas 1 2. Concomitante ao
aumento global de obesidade, a prevalência de obesidade na infância e
adolescência vem aumentando em todo o mundo3 4. No Brasil, dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para adolescentes de
10 a 19 anos, mostram que a freqüência de excesso de peso aumentou de
3,9% para 17,9% em meninos e de 7,5% para 15,4% em meninas em 28
anos. A evolução da obesidade mimetizou, com freqüências menores, a
evolução do excesso de peso observada ao longo do mesmo período em
meninos (de 0,1% para 1,8%) e em meninas (de 0,7 para 2,9%)5.
1.2. Alterações metabólicas relacionadas à obesidade
Estudos longitudinais têm demonstrado que principalmente o índice
de massa corpórea (IMC), mas também concentrações séricas de insulina
na infância predizem a presença de fatores metabólicos na idade adulta6 7.
Além disso, as complicações metabólicas da obesidade já estão presentes
no grupo pediátrico e a prevalência de diabetes mellitus do tipo 2 (DM2)
também vêm aumentando, chegando a 4 % em adolescentes americanos8 9.
Condições como dislipidemia, hipertensão arterial (HAS), resistência à
insulina e obesidade são sabidamente potentes fatores de risco para doença
3
cardiovascular em adultos10. Embora seja ainda controversa a existência de
uma síndrome que reúna essas doenças, a coexistência dessas desordens
metabólicas foi chamada de síndrome X, síndrome de resistência à insulina
e, mais recentemente, síndrome metabólica (SM) 11 12 13 14 15 16.
1.3. Tecido adiposo como órgão endócrino
O tecido adiposo branco era tradicionalmente visto como um tecido
inerte com um determinado número de adipócitos 17, que respondia a sinais
neuro-hormonais finais e cuja função seria somente de depósito passivo
para estocagem de lipídios. Consistente com esta hipótese, receptores para
insulina, hormônio corticotrófico e adrenalina são expressos em abundância
nas células adiposas18. Entretanto, a descoberta de que o tecido adiposo
produzia leptina indicou que este também funcionava como um órgão
endócrino. Atualmente é aceito que o tecido adiposo serve de local para
estoque de triglicerídeos e liberação de ácidos graxos livres em resposta às
necessidades energéticas corporais 19. Além disso, o tecido adiposo secreta
grande número de citocinas biologicamente ativas como PAI-1, TNF-α e
leptina, bem como moléculas não peptídicas biologicamente ativas como
ácidos graxos livres20 21 22 23. Dessa forma, o tecido adiposo controla o
metabolismo energético pela secreção de moléculas que sinalizam e
regulam as funções do próprio tecido adiposo, de outros tecidos e órgãos
chamadas de adipocitocinas24 25 26.
4
Dentre elas a adiponectina destacou-se pela sua atuação protetora no
desenvolvimento de resistência à insulina e doenças metabólicas
relacionadas à obesidade.
1.4. Adiponectina
1.4.1. Identificação e características
A adiponectina foi primeiramente identificada entre 1995 e 1996 por
quatro diferentes grupos: Scherer et al., 1995 clonaram o cDNA da
adiponectina em adipócitos murinos 3T3-L1 e denominaram a proteína de
adipocyte complement-related protein of 30kD (Acrp30) 27.
Independentemente, Hu et al. em 1996 descreveram a clonagem da AdipoQ
em fibroblastos não-adipogênicos 3T3-C2, pré-adipócitos indiferenciados
3T3-F442A e adipócitos diferenciados 3T3-F442A28. O cDNA homólogo
humano da Acrp30 foi originalmente identificado como a proteína mais
transcrita encontrada em tecido adiposo humano de mulheres, sendo assim
denominada adipose most abundant gene transcript 1 (apM1) por Maeda et
al. em 199629. Nakano et al., 1996 purificaram a proteína Acrp30
diretamente do plasma humano ao avaliar proteínas séricas similares às
proteínas ligadoras do colágeno e a chamaram de GBP2830.
Adiponectina é uma proteína secretória de 244 aminoácidos e massa
molecular de aproximadamente 30kDa, abundante no plasma,
representando cerca de 0,01% das proteínas séricas totais27 28 29 31. Suas
concentrações fisiológicas encontram-se entre 5 e 25 µg/mL e variam cerca
5
de 1,7 μg/mL no dia32 33. A secreção de adiponectina parece seguir o ritmo
do cortisol e está relacionada ao tônus adrenérgico que leva a um efeito
inibitório direto na expressão e secreção da adiponectina in vitro e in vivo 34
35. Concentrações séricas de adiponectina não foram correlacionadas com
concentrações séricas de leptina, com a ingestão alimentar, ou com teste de
tolerância à glicose o que sugere que a insulina in vivo não influencie a
secreção de adiponectina33 36.
A análise com Northern blot mostrou que a adiponectina é
principalmente expressa em tecido adiposo 27 29. Além disso, foi
demonstrada sua expressão em linhagem celular de osteoblastos em
cultura, em cardiomiócitos de ratos e em células de musculatura esquelética
em humanos37 38 39.
A adiponectina é uma proteína bastante conservada nas diferentes
espécies sendo que a adiponectina de camundongos apresenta 85% de
homologia com a humana27. A estrutura primária da adiponectina é formada
por uma seqüência sinalizadora amino-terminal, um trecho variável de 27
aminoácidos sem homologia a qualquer proteína em variadas espécies,
seguida de uma região com 22 repetições colágenas40. O domínio carboxi-
terminal globular de 134 aminoácidos mostra-se homólogo aos domínios
globulares dos colágenos tipo VIII e X e às subunidades do fator
complemento C1q com identidade de aproximadamente 31% 27 28 29. Apesar
desta similaridade existem diferenças como a ausência, na adiponectina, de
resíduos cisteína que são responsáveis por formar pontes dissulfido no C1q
e ausência de interrupção na seqüência colágena que é encontrada em C1q,
6
o que sugeriu que a adiponectina devesse ter propriedades estruturais e
funcionais distintas da C1q 28.
H N - - COOH2
aa 1 17 42 110 244
Figura 1. Estrutura da adiponectina e alinhamento da seqüência de seus aminoácidos aa: aminoácidos; SS: Seqüência sinalizadora, RV: Região
variável
A análise da porção globular da adiponectina (aminoácidos 111-244),
determinada por Shapiro L e Scherer PE em 1998, revelou uma estrutura
homotrimérica com centro hidrofóbico formado pela interface de três
monômeros individuais. Dois desses três monômeros têm 10 fitas
gelatinosas enroladas e um monômero tem uma das fitas fazendo uma volta
41. O achado mais surpreendente foi que, embora a homologia seqüencial
primária seja pequena, a adiponectina é estruturalmente homóloga às
citocinas triméricas da família do TNF-α, e não obstante, o alinhamento
seqüencial dos membros da família TNF-α e da adiponectina revelaram
quatro resíduos conservados (Y161, G159, F237 e L242) importantes para a
formação do centro hidrofóbico do homotrímero e que são cruciais em
manter a arquitetura da proteína 41.
A adiponectina está presente no plasma em estruturas com diferentes
pesos moleculares que variam desde somente a porção globular, trímeros e
até multímeros de peso molecular acima de 300kDa27 30 42 43. A formação
dos trímeros e multímeros se dá pela ligação de pontes dissulfido formadas
SS RV Repetições colágenas Domínio globular
H N - - COOH2
aa 1 17 42 110 244
SS RV Repetições colágenas Domínio globular
7
entre os resíduos cisteína amino-terminais na posição 39 da proteína que
são essenciais para a formação de multímeros44. Além disso, após a
tradução da proteína, a hidroxilação e glicosilação de resíduos lisina (68, 71,
80, 104) no domínio colágeno são necessárias para que ocorra a
bioatividade plena da adiponectina. Esses eventos pós-traducionais supõe-
se serem críticos para a estabilidade da estrutura tridimensional da
adiponectina45.
so molecular; HMW: alto peso
olecular
Figura 2. Diferentes estruturas circulantes de adiponectina. LMW:
baixo peso molecular; MMW: Médio pe
m
8
A distribuição relativa de multímeros de adiponectina parece ser
diferente na célula adiposa e no plasma, sendo as HMW dominantes na
circulação46. Na literatura encontramos resultados contraditórios em relação
ao benefício do uso das concentrações séricas de adiponectina de alto peso
molecular em detrimento das concentrações séricas de adiponectina total
para associação com parâmetros metabólicos. Estudos demonstram que
concentrações séricas de adiponectina de alto peso molecular associam-se
melhor às alterações metabólicas e sensibilidade à insulina do que
concentrações séricas totais de adiponectina, apesar de também haver
associação das concentrações séricas totais de adiponectina com os
parâmetros estudados 47 48. Outro estudo que avalia concentrações séricas
de adiponectina de alto peso molecular e total em relação a parâmetros
metabólicos demonstra não haver diferenças 49. Em crianças pré-púberes
não existem diferenças nos concentrações séricas de adiponectina HMW ou
LMW entre os sexos, porém em adolescentes e adultos as concentrações
séricas dos multímeros de adiponectina são mais elevadas em mulheres 44
50 51. Algumas mutações descritas e relacionadas à hipoadiponectinemia
impossibilitam a formação de multímeros da adiponectina, permitindo
somente a formação de trímeros; outras mutações que cursam sem
hipoadiponectinemia têm a formação de multímeros preservada44.
9
1.4.2. Ação da adiponectina
A adiponectina exerce sua ação pela ligação a dois tipos de
receptores: AdipoR1 e AdipoR2. Esses receptores de superfície contêm sete
domínios transmembrana, porém são estruturalmente e funcionalmente
distintos dos receptores ligados à proteína G52. O AdipoR1 é expresso
abundantemente no músculo esquelético e endotélio, enquanto que o
AdipoR2 é predominantemente expresso no fígado. Os receptores mediam o
efeito sensibilizador da insulina por ativação da AMPK e PPAR-α 42 53 54
1.4.2.1. Adiponectina e sensibilidade à insulina
Os estudos de Waki et al. e Yamauchi et al. em 2003 demonstraram
que no hepatócito somente a adiponectina completa (composta pelas
porções colágena e globular) age levando a fosforilação do AMPK, e
conseqüente inibição da produção de glicose e a redução de triglicérides
intracelular44 52. Já em miócitos tanto a adiponectina completa quanto sua
fração globular agem estimulando a captação de glicose e diminuindo
triglicérides intracelulares 44 45. A incapacidade da fração globular em agir
nos hepatócitos sugere que a formação de multímeros seja importante para
o efeito estimulatório da adiponectina neste tipo celular44. Esses estudos
demonstram os efeitos metabólicos anti-diabéticos da adiponectina ao
melhorar a sensibilidade à insulina inibindo a produção de glicose, e
estimulando a captação de glicose e oxidação de ácidos graxos. O estudo
de Yamauchi T et al., 2001 demonstra a reversão da insulino-resistência em
camundongos lipoatróficos com deficiência de adiponectina e leptina após
10
administração de adiponectina recombinante confirmando o efeito direto da
adiponectina na sensibilização à ação da insulina 54.
1.4.2.2. Adiponectina e aterosclerose
Em estágios precoces da aterosclerose a ativação de células
endoteliais por estímulos inflamatórios aumenta a aderência de monócitos
mediada pela expressão de moléculas de adesão. Esta adesão de
monócitos ao endotélio da artéria é considerada crucial para o
desenvolvimento de doenças vasculares55.
Estudos demonstraram que concentrações fisiológicas de
adiponectina inibem os efeitos inflamatórios do TNF-α de forma dose
dependente em cultura de células endoteliais humanas por um efeito pós-
receptor no qual a via final é de inibição da indução da expressão de
moléculas de adesão de células inflamatórias32 56. Além disso, foi
demonstrado que a porção globular da adiponectina inibe a proliferação de
células endoteliais induzida por LDLC oxidado por suprimir a geração de
superóxido e aumenta a produção de eNOS nos vasos57. Em modelos
animais, a deficiência de adiponectina aumenta o espessamento da
neoíntima da parede vascular, enquanto que a suplementação de
adiponectina atenua esse espessamento, provavelmente por efeito
supressivo da adiponectina na proliferação e migração das células da
musculatura lisa dos vasos58. Esses estudos demonstram o importante
papel da adiponectina na modulação da doença aterosclerótica.
11
1.4.2.3. Outras ações da adiponectina
Recentemente foi demonstrado que a adiponectina poderia induzir a
apoptose celular com conseqüente efeito antitumoral, poderia amenizar a
inflamação hepática relacionada a esteatose hepática não alcoólica e ainda
poderia estimular a secreção de insulina ou, também regular a homeostase
energética 59 60 61.
1.4.3. Observações clínicas
1.4.3.1. Adiponectina e componentes da síndrome metabólica
A adiponectina tem sua expressão reduzida em tecido adiposo de
camundongos deficientes em leptina em 70-90% e em tecido adiposo de
humanos obesos em 50 a 80%28.
As concentrações séricas de adiponectina são maiores em mulheres
do que em homens e se correlacionam negativamente com o IMC em
indivíduos de diferentes etnias31 62. Indivíduos obesos e diabéticos têm
concentrações séricas de adiponectina mais suprimidas em comparação
aqueles indivíduos que apresentam somente obesidade e em modelos
animais, a progressão para obesidade e insulino-resistência é acompanhada
de diminuição das concentrações séricas de adiponectina, antes mesmo da
instalação da hiperglicemia, tolerância à glicose diminuída e grau máximo de
obesidade 63 64.
Estudos demonstraram que a adiponectina correlaciona-se
negativamente com a glicemia de jejum, concentração plasmática de
12
triglicérides e glicemia plasmática pós prandial 62 63. A associação negativa
mais importante ocorreu entre as concentrações séricas de adiponectina e
insulino-resistência em índios Pima e caucasianos obesos com
normoglicemia, tolerância à glicose diminuída e DM2 65.
Indivíduos com doença coronariana apresentam concentrações
séricas de adiponectina reduzidas acompanhadas de maior glicemia de
jejum, hemoglobina glicada, triglicérides e menores concentrações de HDLC
sérico e pressão arterial diastólica (PAD) em relação aos controles 24 65 66 67.
Ouchi et al. em 1999 demonstraram que concentrações fisiológicas de
adiponectina inibem a expressão de moléculas de adesão induzidas por
TNF-α in vitro, sugerindo que a adiponectina modulasse a função das
células endoteliais por reduzir reações inflamatórias24. Estes estudos
sugerem que concentrações séricas de adiponectina poderiam estar
relacionadas ao desenvolvimento de aterosclerose e doença arterial
coronariana.
Os estudos em relação à pressão arterial e sua correlação com
concentrações séricas de adiponectina são divergentes68 69 70 71. Especula-
se que seja difícil correlacionar a adiponectina plasmática com níveis
pressóricos devido às alterações metabólicas múltiplas apresentadas por
estes grupos de indivíduos.
1.4.3.2 Adiponectina em crianças e adolescentes
Em crianças, diferentemente dos adultos, não há diferença nas
concentrações séricas de adiponectina entre os sexos72 73. Em adolescentes
13
as concentrações séricas totais de adiponectina, bem como as
concentrações séricas de adiponectina de alto peso molecular, diminuem em
meninos conforme a progressão da puberdade de modo inverso ao aumento
das concentrações séricas de testosterona 64 74 75.
Em crianças e adolescentes, de forma semelhante ao observado em
adultos, a adiponectina correlaciona-se inversamente com a obesidade e
aumenta com o emagrecimento de crianças (quando este é maior que 0,5
pontos no desvio padrão do IMC) e de adolescentes que diminuem mais de
19% do peso corpóreo 76 77 78 79. Além disso, as concentrações de
adiponectina plasmática foram inversamente proporcionais à porcentagem
de gordura corporal total e ao conteúdo de gordura intramiocelular em
indivíduos obesos, sugerindo a ação da adiponectina no músculo
esquelético em aumentar a oxidação de ácidos graxos e desse modo
diminuir o conteúdo de triglicérides muscular, como já demonstrado em
modelos animais 50 80.
A Tabela 1, Anexo apresenta as concentrações de adiponectina em
diversos estudos realizados em crianças e adolescentes com e sem
obesidade 76 78 80 81 82 83 84 85.
A adiponectina foi inversamente associada a parâmetros bioquímicos
que se mostraram alterados na obesidade como ácido úrico, triglicérides,
HDLC, insulina, marcadores inflamatórios como Proteína C Reativa e
parâmetros bioquímicos aterogênicos (relação colesterol total/HDLC e apo
B/apo A1), o que sugere que a hipoadiponectinemia possa ser um
componente do desarranjo metabólico, levando a desenvolvimento precoce
14
de lesões vasculares causadas pela SM no grupo pediátrico79 86. Além
disso, Beauloye V et al. demonstraram que a adiponectina foi fator
independente relacionado ao espessamento da camada íntima da carótida
de crianças obesas mostrando que esta pode estar associada ao
desenvolvimento precoce de aterosclerose em jovens87. Observou-se que
somente níveis de PAS correlacionam-se negativamente de forma
independente a adiponectina 88 89.
Concentrações séricas de adiponectina em crianças e adolescentes
correlacionam-se negativamente às doenças metabólicas relacionadas à
obesidade e resistência à insulina.
1.4.5. Fatores de aumento das concentrações de adiponectina
Em contraste com a situação de obesidade e resistência a insulina, as
concentrações de adiponectina elevam-se com a perda de peso, restrição
calórica, exposição ao frio e pelo do tratamento com tiazolidinedionas (TZD),
levando a restauração da sensibilidade à insulina37 42 55 56 90. O tratamento
de camundongos db/db com TZD aumentou dramaticamente as
concentrações de adiponectina plasmática e amenizou a gravidade da
hiperglicemia e insulino-resistência 54 67. De forma similar, o tratamento com
TZD em humanos insulino-resistentes, aumentou as concentrações séricas
de adiponectina90. Esses estudos sugerem que o aumento da sensibilidade
à insulina decorrente do tratamento com TZD pode, em parte, ser mediado
pelo aumento das concentrações séricas de adiponectina.
15
Estudos demonstraram que a administração aguda de adiponectina a
camundongos diminuiu as concentrações de ácidos graxos livres, após
alimentação destes animais com refeição rica em gordura inferindo que a
reposição de adiponectina poderia restabelecer a sensibilidade à insulina e
levar a perda de peso sustentada em camundongos, independente da
ingestão alimentar 42 54 . Um estudo recente in vivo demonstrou que em
camundongos ob/ob, o aumento em 2 a 3 vezes das concentrações séricas
de adiponectina de alto peso molecular melhorou a glicemia, insulinemia e
trigliceridemia, acompanhada de aumento da massa gorda 91, inferindo que
o aumento nas concentrações séricas de adiponectina melhorariam os
fatores relacionados à resistência à insulina independente da adiposidade.
Estes dados demonstram a importância da adiponectina no controle
das doenças metabólicas e sugerem seu possível uso na melhora da
resistência à insulina.
1.4.6. O paradoxo da adiponectina
Sendo o tecido adiposo um tecido endócrino, ou seja, produtor de
citocinas inflamatórias, hormônios e ácidos graxos livres, ao ocorrer sua
expansão, como na situação de obesidade, a produção dessas substâncias
aumenta com exceção das concentrações séricas de adiponectina que
diminuem24.
A expansão do tecido adiposo ou adipogênese, na situação de
aumento da necessidade de armazenamento de energia, ocorre em um ciclo
16
composto por hipertrofia das células adiposas, seguida de hiperplasia com
conseqüente estocagem dos ácidos graxos livres na forma de triglicérides92.
Concomitante à expansão do tecido adiposo, são recrutados
macrófagos levando então a um estado pró-inflamatório no tecido adiposo
que culmina com maior secreção de fatores inflamatórios como, por
exemplo, o TNF-α e dessa forma instalando um processo inflamatório
crônico no tecido adiposo 92. A superprodução de TNF-α age na gota de
lipídeo aumentando a liberação de ácidos graxos livres e inibe a transcrição,
bem como as ações do PPAR-γ, diminuindo a síntese e estocagem de
triglicérides92. Estudos têm demonstrado que o TNF-α inibe a transcrição e
a secreção de adiponectina in vitro, sendo, portanto um dos responsáveis
pela resistência à insulina e hipoadiponectinemia93 94.
1.4.7. Estudo molecular da adiponectina
A localização precisa do gene da adiponectina foi determinada por
Gene Bridge 4 Radiation Hybrid Panel, utilizando primers específicos
desenhados para amplificar a seqüência contendo a região do exon 295. O
gene está localizado no cromossomo 3 (3q27), que é tido como um locus de
susceptibilidade para diabetes tipo 2 e síndromes metabólicas
relacionadas96 97.
O ácido desoxirribonucléico (DNA) genômico apresenta 16kb,
consiste em 3 exons e 2 introns, com um primeiro intron lembrando a
estrutura gênica do colágeno X humano 95. Todas as transições intron-exon
são consistentes com a regra AG/GT98. O códon de iniciação e os oito
17
aminoácidos amino-terminais são codificados pelo exon 2 . O estudo da
região promotora revelou a presença de um box clássico CCAAT em -136 e
várias regiões para ligação de fatores transcricionais. Foram achados locais
de ligação para C/EBP, que sabidamente regulam a diferenciação dos
adipócitos99.
Figura 3. Gene da adiponectina humana
1.4.7.1. Variantes do gene da adiponectina
Em indivíduos japoneses foram descritos 10 polimorfismos de um
único nucleotídeo (SNPs), cinco mutações no exon 3, em local
correspondente ao domínio globular da adiponectina e uma no exon 2. Os
SNPs detectados foram SNP -11414, -11379, -11365, -4034, -3964, +45,
+276, +349, +712, +2019, sendo que os SNPs -4034 e -3964 associaram-se
positivamente com a resistência à insulina100. Das cinco mutações
detectadas no exon 3: G84R, R112C, I164T, R221S, H241P, a I164T foi
encontrada em indivíduos diabéticos e intolerantes a glicose e foi associada
a uma menor concentração de adiponectina plasmática; indivíduos com
mutação R112C apresentam também concentrações mais baixas de
18
adiponectina, não sendo esta, porém, mais freqüente em diabéticos neste
estudo 95 101.
Vasseur F et al. em 2002 avaliaram indivíduos franceses DM2 e não
diabéticos e encontraram as 10 SNPs descritas em indivíduos japoneses e
mais duas: SNP -11156 insCA e SNP –11043 C>T 102. Além disso,
encontraram quatro mutações raras no exon 3: G84R, G90S, R92X, Y111H.
Entre as 10 SNPs genotipadas nas populações japonesa e francesa,
somente a SNP -11377C>G não diferiu em freqüência alélica. De todas as
mutações pontuais no exon 3 descritas na literatura somente a G48R foi
comum nas populações japonesa e francesa. Nenhum dos estudos reportou
mutações que poderia afetar o splicing. Na população francesa não foram
detectados R112C, I164T, R221S e H241P e os grupos japoneses não
descreveram G90S e Y111H, o que indica que mesmo as mutações pontuais
são específicas para cada população ou seriam extremamente raras nestas
populações em que não foram encontradas102.
Existem indicações de que as concentrações de adiponectina sejam
moduladas por algumas variantes do seu gene, incluindo SNPs -11391G>A
e -11377C>G, localizadas na região promotora proximal, e as mutações
G90S e Y111H, no exon 3102. O SNP -11391G>A relaciona-se a maiores
concentrações séricas de adiponectina em adultos e em crianças com e sem
obesidade e o SNP -11377C>G a menor HOMA-IR em crianças obesas e a
maior risco de obesidade e IMC 103 104. O estudo de Bouatia-Naji et al.
demonstrou que nessa região não existem locais de ligação de fatores de
transcrição. Supõe-se, portanto, que na região destes SNPs liguem-se
19
fatores repressores da transcrição da proteína103. Além disso, foi
demonstrado em estudo funcional, que na região promotora a partir da base
-676 é crucial para a transcrição do gene da adiponectina, provavelmente
por esta ser um região onde existem domínios de ligação para fatores de
transcrição como SREBP e C/EBP105.
Somente mutações que afetam o domínio colágeno (G48R, G90S), a
dobra entre os domínios colágeno e globular (Y111H, R112C) ou a parte
proximal do domínio globular (I164T) têm efeito nos concentrações séricas
de adiponectina38. Nestas regiões, altamente conservada nas espécies
(murinos, camundongos e humanos), são encontrados resíduos lisina que
são hidroxilados e glicosilados levando a seis isoformas de diferentes pesos
moleculares45 78. A glicação dos resíduos lisina é essencial para formação
de multímeros e modulação da sensibilidade à insulina45 106. Além disso,
mutações das glicinas nas posições 84 e 90 poderiam reduzir o número de
repetições colágenas, alterando a estrutura da adiponectina38. Estas
mutações pontuais interferem com modificações pós-translacionais e/ou
organização espacial. Mutações nas posições 111 e 112 podem impedir a
organização espacial da proteína com alteração na sua função ou secreção.
A mutação G90S cursa com deficiência de multímeros de alto peso
molecular e se associa a menores níveis de adiponectina, porém não à
resistência à insulina, enquanto que a variante Y111H está associada ao
risco de DM2 mas não à obesidade38 102 107. Mutações na parte C-terminal
da proteína (R221S, H241P) parecem não ter efeito nas concentrações de
adiponectina, provavelmente por não afetarem um domínio crítico101.
20
A Tabela 2, Anexo apresenta estudos de associação dos SNP-
11391G>A, -11377C>G, +45T>G, +276G>T e +349A>G 85 102 103 108 109 110
111.
Visto que mutações no gene da adiponectina podem estar associadas
a hipoadiponectinemia e doenças como obesidade, resistência à insulina,
dislipidemia e aterosclerose, pretendemos, neste estudo, avaliar quais são
as mutações no gene da adiponectina existentes em um grupo de crianças e
adolescentes obesos brasileiros e suas complicações metabólicas.
21
OBJETIVOS
22
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivos primários
• Avaliar as concentrações séricas de adiponectina em crianças e
adolescentes obesos e não obesos.
• Pesquisar mutações e polimorfismos do gene da adiponectina em
crianças e adolescentes obesos e não obesos
2.2. Objetivos secundários
• Correlacionar concentrações séricas de adiponectina com os
parâmetros antropométricos e metabólicos
• Associar as mutações e polimorfismos encontrados com as
concentrações séricas de adiponectina
• Associar as mutações e polimorfismos encontrados com os
parâmetros antropométricos e metabólicos
23
CASUÍSTICA E MÉTODOS
24
3. CASUÍSTICA E MÉTODOS
A pesquisa foi desenvolvida no Ambulatório de Obesidade Infantil do
Grupo de Obesidade da Disciplina de Endocrinologia e Metabologia do
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo e no Laboratório de Investigação Médica/25 da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo.
O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética da Instituição
(Cappesq). Os pais ou responsável assinaram o termo de consentimento
após esclarecimento verbal e por escrito da pesquisa. As crianças e
adolescentes consentiram verbalmente sua participação no estudo.
3.1. População do estudo
Avaliamos clinica e laboratorialmente 312 crianças e adolescentes,
254 obesos do Ambulatório de Obesidade Infantil e 58 não obesos, 191
(61%) do sexo feminino (F) e 121 (39%) do sexo masculino (M); 162 (52%)
pré-púberes (PP) e 151 (48%) púberes (PUB), avaliados pelos critérios de
TANNER; 160 (51%) brancos, 83 (27%) mulatos e 37 (12%) negros, 32 sem
informação (10%), avaliados pelo fenótipo.
3.1.1. Critérios de inclusão
O grupo obeso foi composto por crianças e adolescentes de ambos os
sexos, de 7 a 14 anos, que procuraram por tratamento para obesidade no
serviço no período de março de 2001 a março de 2005 e possuíam os dados
25
clínicos necessários para a avaliação e soro disponível para a dosagem de
adiponectina.
O grupo não obeso foi composto por crianças e adolescentes de
ambos os sexos, de 6 a 14 anos, trazidas pelos pais que se interessaram
pela possibilidade de avaliação médica, nutricional e laboratorial oferecida
pelo grupo do Ambulatório de Obesidade Infantil. As crianças foram
provenientes da escola EMEF Professor Olavo Pezotti e do próprio serviço,
filhos de funcionários do Hospital das Clínicas e da Faculdade de Medicina
da USP.
3.1.2. Critérios de exclusão
Indivíduos aparentados, com uso crônico de medicação, com
descendência oriental ou portadores de síndromes genéticas relacionadas à
obesidade.
3.2. Métodos
3.2.1. Avaliação corporal
Peso (kg): Aferido duas vezes, considerado peso médio. Foi utilizada
balança digital Filizola®, com capacidade máxima de 150kg com graduações
de 100 em 100 gramas, estando os participantes da pesquisa descalços e
com roupas leves.
Desvio padrão do peso (Zpeso): Cálculo matemático que ajusta o peso
aferido para idade e sexo: Zpeso = (peso aferido- peso esperado)/ desvio
padrão do peso .
26
Estatura (cm): Aferida três vezes, considerada estatura média. Utilizado
estadiômetro, graduado em centímetro e com barra de madeira vertical e
fixa, com esquadro móvel, para posicionamento sobre a cabeça do
indivíduo, estando o mesmo descalço, com os pés unidos, em posição ereta,
olhando para frente.
Desvio padrão da altura (Zaltura): Cálculo matemático que ajusta a
estatura aferida para idade e sexo: Zaltura = (estatura aferida - estatura
esperada)/ desvio padrão da estatura.
Índice de massa corpórea (IMC) (kg/m2): Cálculo matemático:
peso(kg)/altura(m)2. O indivíduo foi considerado eutrófico quando IMC < p85
para idade e sexo, sobrepeso quando IMC ≥ p85 e < p95e obeso quando
IMC ≥ p95 nas curvas de IMC do cdc112.
Desvio padrão do IMC (ZIMC): Cálculo matemático – método LMS102: Z
escore = 1/S loge(Q/M), no qual Q = IMC; S = coeficiente de variação
individual para sexo e idade; M = mediana. Em estudo realizado no nosso
grupo, dividimos o ZIMC em tercis e demonstramos que crianças e
adolescentes com ZIMC > 2,45, apresentam menor HDLC, maior resistência
à insulina e maior ocorrência de SM, o que confere maior risco
cardiovascular113. De forma semelhante, Weiss propõe em seu estudo que
indivíduos com ZIMC ≥ 2,50 seriam obesos mórbidos114. Portanto a
obesidade será classificada em leve ou moderada se IMC ≥ p 95 para idade
e sexo e ZIMC < 2,50, e grave se IMC ≥ p 95 e ZIMC ≥ 2,50.
Circunferência abdominal (CA) (cm): Fita plástica não-elástica com 0,7 cm
de largura, na altura da crista ilíaca115. A CA foi considerada aumentada
27
quando estivesse acima de p90 para idade e sexo de acordo com as
Tabelas de Fernandez JR et al., 2004115.
Bioimpedanciometria: O aparelho de bioimpedância elétrica utilizado para
a avaliação da composição corporal foi o Body Composition Analyser
(BiaQuantum RJL Systems, Inc, MI, EUA). A bioimpedância foi realizada
com os indivíduos adequadamente hidratados em decúbito dorsal, sobre
uma superfície não condutora, com os membros separados. O relatório da
composição corporal discriminando o percentual de massa gorda (MG%) e
massa magra foram obtidos a partir das medidas de reactância e resistência,
e dados referentes a sexo, idade, altura e peso.
3.2.2. Avaliação da pressão arterial
A pressão foi aferida pelo método auscultatório, com manguito apropriado
para a circunferência do braço. Para se avaliar a hipertensão arterial
sistêmica (HAS), as concentrações de pressão sistólica (PAS) e diastólica
(PAD) foram comparados aos percentis das Tabelas do National High Blood
Pressure Education Program Working Group on High Blood Pressure in
Children and Adolescents116, para sexo, idade e percentil da altura. A
pressão arterial foi considerada alterada quando se encontrasse acima do
p90.
3.2.3. Exames laboratoriais
A coleta de sangue venoso periférico foi realizada após 8 a 12 horas de
jejum.
28
Glicose (mg/dL): A determinação da glicose plasmática foi realizada no
Laboratório Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo. A concentração plasmática de glicose foi
determinada pelo método enzimático colorimétrico automatizado utilizando a
hexoquinase. Valor de referência (VR): 10 – 100 mg/dL. Segundo as
recomendações da Associação Americana de Diabetes, consideramos
glicemia de jejum alterada quando a glicose em jejum encontrava-se entre
100mg/dL e 125mg/dL; tolerância à glicose diminuída quando a glicemia 120
minutos após 75g de glicose encontrava-se entre 140mg/dL e 199 mg/dL; e
diabetes mellitus do tipo 2 quando a glicemia de jejum encontrava-se ≥
126mg/dL em duas medidas ou, também, glicemia 120 minutos após 75g de
glicose ≥ 200mg/dL117.
Insulina (mU/L): A concentração sérica de insulina foi determinada no
Laboratório de Hormônios do Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo utilizando-se o kit B080-101 AutoDELFIA,
PerkinElmer do Brasil. VR: < 25 mU/L. Indivíduos pré púberes foram
considerados hiperinsulinêmicos quando concentrações séricas de insulina
em jejum estavam ≥ 15mU/L, já para os púberes, o nível de corte utilizado foi
de 20mU/L, já que na puberdade existe aumento das concentrações séricas
de insulina basal 118 119.
Ácido úrico (mg/dL): A concentração sérica de ácido úrico foi determinada
no Laboratório Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo pelo método enzimático colorimétrico
29
automatizado. VR: 2,4 – 5,7 mg/dL para mulheres; 3,4 – 7,0 mg/dL para
homens.
Colesterol total (CT) (mg/dL): A concentração plasmática de CT foi
determinada no Laboratório Central do Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo por sistema automatizado
modular, utilizando kits enzimáticos comerciais da Roche (Mannhein,
Alemanha). VR: < 200mg/dL.
Lipoproteína de baixa densidade (LDLC) (mg/dL): A concentração
plasmática de LDLC foi determinada pelo cálculo matemático pela equação
de Friedwald, no qual LDLC = CT - (HDLC + VLDLC)120. VR: < 130 mg/dL.
Lipoproteína de alta densidade (HDLC) (mg/dL): A concentração
plasmática de HDLC foi determinada no Laboratório Central do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo por
sistema automatizado modular, utilizando kits enzimáticos comerciais da
Roche (Mannhein, Alemanha). VR: > 45 mg/dL. Adotamos o nível de corte
de 40 mg/dL para diagnosticar baixo HDLC121.
Triglicérides (mg/dL): A concentração plasmática de triglicérides foi
determinada no Laboratório Central do Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo por sistema automatizado
modular, utilizando kits enzimáticos comerciais da Roche (Mannhein,
Alemanha). VR: <150mg/dL. Consideramos hipertrigliceridemia quando
níveis de triglicérides estiveram acima de 110 mg/dL 121
Adiponectina (µg/mL): A concentração sérica de adiponectina foi
determinada no Laboratório de Nutrição Humana e Doenças Metabólicas da
30
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – LIM/25.
Inicialmente a dosagem das concentrações séricas de adiponectina foi
realizada por radioimunoensaio (RIE), porém as dosagens eram repetidas,
os valores não eram reprodutíveis (r = 0,30, p = 0,009). Por este motivo foi
realizada a dosagem da adiponectina por ELISA em duplicata com o kit
EZHADP-61K, marca Linco Research, Inc. St Charles, Missouri – USA. A
correlação entre as duas dosagens (RIE e ELISA) foi regular (r = 0,42, p <
0,0001), porém diferente da correlação mostrada pela empresa que
comercializa os kits. VR: não padronizado. As concentrações séricas de
adiponectina foram divididas em tercis tanto no grupo total quanto no grupo
obeso. No grupo total foram criados três grupos com 104 indivíduos com os
seguintes níveis de adiponectina: ADIPO1: 4,2 – 9,9 μg/mL, ADIPO2: 9,9 –
13,6 μg/mL, ADIPO3: 13,7 – 32,5 μg/mL. No grupo obeso foram criados três
grupos com 84 ou 85 indivíduos com os seguintes níveis de adiponectina:
ADIPOob1: 4,2 – 7,7 μg/mL, ADIPOob2: 9,5 – 12,9 μg/mL, ADIPOob3: 13,0
– 32,5 μg/mL.
Leptina (ng/mL): A concentração sérica de leptina foi determinada no
Laboratório de Nutrição Humana e Doenças Metabólicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo – LIM/25 pelo kit EZHL-80SK
(ELISA), marca Linco Research, Inc. St Charles, Missouri – USA. VR: 3,7 –
11,1 ng/mL para mulheres; 2,0 – 5,6 ng/mL para homens. As análises foram
feitas em duplicata.
31
3.2.4. Índices de avaliação de resistência e secreção de insulina
Razão da área sob a curva de insulina e glicose (AUCins/AUCgli): Este
índice, que avalia a secreção de insulina em relação à glicose, foi calculado
com base nos concentrações séricas de glicose e insulina nos tempos (T) 0,
30, 60, 90, 120 minutos após ingestão de 1,75 gramas de glicose anidra ou
equivalente por kg de peso até o máximo de 75 gramas do teste oral de
tolerância à glicose (TTGo). O TTGo foi realizado somente nos obesos.
HOMA-IR: calculado pela fórmula matemática: insulina T0 (μU/mL) x glicose
T0 (mmol/L)/22,5122. Para que pudessemos comparar valores de HOMA-IR
relacionados à obesidade ou às alterações metabólicas dividimos seus
valores em tercis: HOMA-IR1: 0,4 – 2,2; HOMA-IR2: 2,2 – 3,8; HOMA-IR3:
3,8 – 14,4. Dessa forma, indivíduos no tercil 1 de HOMA-IR são mais
sensíveis à insulina, enquanto que aqueles no tercil 3 são mais resistentes à
ação da insulina.
HOMA%S: Cálculo matemático que infere a sensibilidade à insulina,
realizado em um programa de computador fornecido pela Universidade de
Oxford123.
HOMA%ß: Cálculo matemático que infere a função da célula beta
pancreática no basal, realizado em um programa de computador fornecido
pela Universidade de Oxford 123.
3.2.5. Critérios de síndrome metabólica em crianças e adolescentes
Considerando-se que não existe consenso em relação à definição de
SM em crianças e adolescentes obesos, utilizamos as recomendações do
32
ATPIII adaptado para o grupo pediátrico124. Portanto, a SM será
diagnosticada quando existirem três ou mais dos seguintes fatores: CA ≥
p90, glicose em jejum ≥ 100 mg/dL, triglicérides ≥ 110 mg/dL, HDLC < 40
mg/dL, PAS ou PAD ≥ p90.
3.2.6. Critérios utilizados na divisão dos grupos estudados
Inicialmente comparamos o grupo não obeso com o grupo obeso,
entretanto percebemos que os dois grupos eram muito heterogêneos, em
relação à presença de alterações metabólicas e grau de adiposidade.
Portanto, dividimos os indivíduos não obesos em dois grupos: um grupo
controle formado por crianças eutróficas e sem alterações metabólicas (G1)
e um grupo com crianças sobrepeso e crianças sem alteração da
adiposidade, mas com pelo menos uma das seguintes alterações
metabólicas: glicemia de jejum ≥ 100 mg/dL, HDLC < 40 mg/dL, TG ≥ 110
mg/dL, PAS ou PAD ≥ p90 (G2). Da mesma forma, na tentativa de diminuir a
heterogeneidade da amostra, dividimos o grupo obeso em obesos (G3) e
obesos mórbidos (G4), já que em estudo prévio realizado em nosso grupo
constatamos que crianças e adolescentes com ZIMC > 2,45, apresentaram
menor HDLC, maior resistência à insulina e maior ocorrência de SM113.
Conforme os critérios descritos acima, os 312 indivíduos foram
divididos em quatro grupos:
• G1 – grupo controle: 31 (10%) (IMC < p 85 e sem nenhuma
alteração metabólica);
33
• G2 – grupo não obeso/metabólico: 27 (9%) (IMC < p 95 ou,
também, com pelo menos uma alteração metabólica)
• G3 – grupo obeso: 178 (57%) (IMC ≥ p95 e ZIMC < 2,5);
• G4 – grupo obeso mórbido: 76 (24%) (IMC ≥ p95 e ZIMC ≥ 2,5)
3.2.7. Extração de DNA - procedimento com sal (Salting Out)125.
Esse procedimento segue o protocolo de Miller, Dykes e Polesky.
Foi coletado 10 mL de sangue venoso em tubos contendo ácido
etilenodiamiotetracético (EDTA 25mM).O pellet leucocitário foi obtido a partir
da lise do glóbulos vermelhos utilizando solução de lise de hemácias (1mM
NH4HCO3, 114mM NH4Cl), com incubação a 4oC por 30 minutos, seguida
de centrifugação do material a 3000rpm, a 4ºC por 15 minutos desprezando-
se o sobrenadante.Esse procedimento foi repetido mais uma vez. O botão
de glóbulos brancos foi então suspenso em 6 mL de solução de glóbulos
brancos (TEN buffer), 120uL de SDS 10% e proteinase K 80 uL (100 ug/mL)
e incubadadurante 18 horas à 37ºC. Foi adicoinado 2,4mL de cloreto de
sódio saturado. Agitou-se vigorosamente a solução por 15 segundos e o
material foi centrifugado por 15 minutos, a 3000 rpm. O sobrenadante
contendo DNA desproteinizado foi transferido para um tubo limpo no qual foi
adicionado dois volumes de etanol absoluto gelado e homogeneizado
cuidadosamente por inversão. O DNA precipitado foi retirado do tubo lavado
duas vezes com etanol gelado a 70% e posteriormente com etanol absoluto.
Em seguida foi centrifugado à vácuo durante 5 minutos e ressuspenso em
solução TEpH 8 (Tris-HCL 10mM, EDTA 0,1mM).
34
A concentração do DNA foi estimada a partir da leitura da densidade
óptica por espectrofotometria com luz ultravioleta (Gene Quant pro
RNA/DNA calculator, Pharmacia Biotech, Cambridge, England). O grau de
pureza foi avaliado pela relação de absorbância de 260 e 280nm, e a
integridade do material verificada após eletroforese em gel de agarose a 1%.
As amostras foram armazenadas até sua utilização.
3.2.8. Reação de Polimerase em Cadeia (PCR) da região promotora,
exon 2, íntron 2 e exon 3 do gene da adiponectina
Realizamos as reações de PCR em um volume final de 26 μL de
reação, utilizando aproximadamente 250 ng de DNA como template. Os
primers utilizados estão na Tabela 3 (Anexo).
A região promotora foi avaliada com dois pares de primers devido a sua
extensão. As reações de PCR continham: PCR buffer (INVITROGEN Life
Technologies) 1X concentração final, 50 mM MgCl2 (INVITROGEN Life
Technologies), 100 mM desoxinucleotídeos (dNTP) (GIBCO Life
Technologies), 20 pmol de cada primer (Tabela 3, Anexo) e 1,25 U de
Platinum Taq DNA Polymerase (INVITROGEN Life Technologies). Incubamos
as amostras durante 1 minuto a 95º C para a denaturação das dupla- fitas de
DNA em termociclador (Gene Amp PCR System 9600, Perkin-Elmer, EUA ). A
seguir, submetemos as mesmas a 35 ciclos (1min a 94º C; 1min a 60º C; e
1min a 72° C) e, após o último ciclo, realizamos a etapa de extensão final por
10 minutos a 72° C.
35
Para o exon 2 as reações de PCR continham: PCR buffer
(INVITROGEN Life Technologies) 1X concentração final, 50 mM cloreto de
magnésio (MgCl2) (INVITROGEN Life Technologies), 100 mM dNTP Mix
(GIBCO Life Technologies), 20 pmol de cada primer (Tabela 3, Anexo) e 1,25
U de Platinum Taq DNA Polymerase (INVITROGEN Life Technologies).
Incubamos as amostras durante 5 minutos a 95º C para a denaturação das
dupla- fitas de DNA em termociclador (Gene Amp PCR System 9600, Perkin-
Elmer, EUA). A seguir, submetemos as mesmas a 40 ciclos (30 seg a 95º C;
30 seg a 60º C; e 1min 15 seg a 72° C) e, após o último ciclo, realizamos a
etapa de extensão final por 10 minutos a 72° C.
Para o íntron 2 as reações de PCR continham: PCR buffer
(INVITROGEN Life Technologies) 1X concentração final, 50 mM cloreto de
magnésio (MgCl2) (INVITROGEN Life Technologies), 100 mM dNTP Mix
(GIBCO Life Technologies), 20 pmol de cada primer (Tabela 3, Anexo) e 1,5
U de Taq DNA Polymerase (INVITROGEN Life Technologies). Incubamos as
amostras durante 4 minutos a 94º C para a denaturação das dupla- fitas de
DNA em termociclador (Gene Amp PCR System 9600, Perkin-Elmer, EUA). A
seguir, submetemos as mesmas a 30 ciclos (1 min a 94º C; 1 min a 56º C; e 1
min a 72° C) e, após o último ciclo, realizamos a etapa de extensão final por
10 minutos a 72° C.
Para o exon 3 as reações de PCR continham: PCR buffer
(INVITROGEN Life Technologies) 1X concentração final, 50 mM MgCl2
(INVITROGEN Life Technologies), 100 mM dNTP Mix (GIBCO Life
Technologies), 1 μL de uma solução de 20 pmol de cada primer (Tabela 3,
36
Anexo) e 1,25 U de Platinum Taq DNA Polymerase (INVITROGEN Life
Technologies). Incubamos as amostras durante 5 minutos a 95º C para a
denaturação das dupla- fitas de DNA em termociclador (Gene Amp PCR
System 9600, Perkin-Elmer, EUA ). A seguir, submetemos as mesmas a 40
ciclos (30 seg a 95º C; 30 seg a 54º C; e 1 min 15 seg a 72° C) e, após o
último ciclo, realizamos a etapa de extensão final por 10 minutos a 72° C.
Os géis de agarose a 2% demonstrando os produtos da reação de PCR
para região promotora, exon 2, íntron 2 e exon 3 são demonstrados nas
Figuras 4, 5, 6 e 7.
1kb 1F/1R NEG 2f/2R NEG
516
394344298
534pb508pb
pb
1kb 1F/1R NEG 2f/2R NEG
516
394344298
534pb508pb
pb
Figura 4. Gel de agarose demonstrativo dos produtos da reação de PCR da
região promotora. prom1: região promotora 1; prom2: região promotora 2;
NEG: negativo; 1kb: marcador
37
400pb400pb
Figura 5. Gel de agarose demonstrativo dos produtos da reação de PCR do
exon 2.
504pb504pb
Figura 6. Gel de agarose demonstrativo dos produtos da reação de PCR do
íntron 2
38
672pb672pb
Figura 7. Gel de agarose demonstrativo dos produtos da reação de PCR do
exon 3.
3.2.9. Análise por dHPLC (Cromatografia liquida de alta performance
denaturante)
A pesquisa de mutações e polimorfismos pelo método de dHPLC
consiste em submeter os produtos de PCR à cromatografia líquida de fase
reversa íon-pareada em coluna contendo partículas alquiladas não-porosas.
Em condições de denaturação parcial ao calor, juntamente com gradiente
linear de acetonitrila, os heteroduplexes formados nas amostras de PCR,
que têm variação na seqüência interna, possuem um tempo de retenção
menor em comparação aos homoduplexes. Portanto, o perfil das curvas de
eluição para os heteroduplexes será distinto daqueles com seqüência
homozigota, o que possibilita a identificação de amostras com polimorfismos
ou mutações (Figura 6). Utilizamos o software WAVEMAKERTM,
Transgenomic, Inc. Omaha para otimização da temperatura de denaturação
parcial e do gradiente para avaliação das amostras.
39
Time (Minutes)
9876543210
Abso
rban
ce (m
V)
2220181614121086420
Figura 8. Cromatograma ilustrativo de curvas obtidas no rastreamento do
exon 2 e exon 3 do gene da adiponectina. Curva superior: homoduplex;
curva inferior: heteroduplex
Denaturamos 26 μL de produto de PCR por 5 minutos à 95ºC e os
reanelamos gradualmente, com a temperatura baixando gradualmente 0,1º
C a cada 4 segundos, até 25º C em aproximadamente 45minutos.
Colocamos os produtos de PCR no aparelho WAVE® System,
Transgenomic, Inc. Omaha, para avaliação de homo e heteroduplexes. A
Tabela 4, Anexo apresenta as condições de rastreamento de variantes no
exon 2 e 3 do gene da adiponectina
Não continuamos a metodologia acima devido a impossibilidade
técnica. Optamos, então para a utilização do método PCR-RFLP para
determinação da freqüência alélica do SNP na posição 45, no exon 2 e
sequenciamento direto da região promotora, intron 2 e exon 3.
40
3.2.10. Método PCR-RFLP (Polimorfismo do Comprimento de
Fragmentos de Restrição)
O produto de PCR de 405 pb foi digerido a 30oC por 2 horas com 3 U
de enzima de restrição SmaI. O produto de digestão foi introduzido em gel a
2% (50% agarose ultrapura e 50% Nusieve) com tampão TBE (89mM Tris-
Borato, 2 mMEDTS) e visualizado em sistema de documentação de imagens
GelDoc System 1000 (Bio Rad, Califórnia, EUA) após coloração com
brometo de etídio. Os fragmentos de produtos de digestão apresentaram
bandas de 405pb nos homozigotos dominantes, 128pb, 277pb e 405pb nos
heterozigotos e 128pb, 277pb nos homozigotos recessivos. Figura 9.
405pb
277pb
128pb
TT TG GG405pb
277pb
128pb
405pb
277pb
128pb
TT TG GG
Figura 9. Géis de agarose demonstrativos da digestão ocorrida na reação de
PCR-RFLP para SNP+45 do exon 2 do gene da adiponectina. A: Gel com 5
amostras TT e 2 amostras TG; B: Gel com 8 amostras TT e 1 amostra GG.
41
3.2.11. Sequenciamento dos produtos de PCR da região promotora,
exon 2, íntron 2 e exon 3 do gene da adiponectina
O sequenciamento foi realizado no LIM/25 em seqüenciador
automático ABI PRISM 3130 XL Genetic Analyser, Applied Biosystems
Foster City,USA.
G/C C/T
G/C C/T
A
B C
G/C C/T
G/C C/T
A
B C
Figura 10. Esferograma ilustrativo do seqüenciamento da região promotora,
evidenciando os SNPs -11391G>A e -11377C>G. A: hetrerozigose, B:
homozigoze recessivo.
42
3.2.12. Análise estatística
Realizamos a análise estatística no programa SPSS versão 14
(Statistical Package for Social Science Inc., Chicago, Illinois, USA).
Avaliamos as variáveis quantitativas utilizando o teste t de Student e análise
de variância (ANOVA) de um caminho com análise Post Roc de Tukey, após
normalização das amostras pelo log10. Comparamos as variáveis
qualitativas pelo teste qui-quadrado (χ2). Estimamos o risco relativo com o
cálculo do Odds Ratio (OR). Utilizamos a correlação de Pearson para
análise de relações bivariadas. Avaliamos a influência das variáveis
estudadas pela análise de regressão múltipla e para a avaliação dos
haplótipos utilizamos a regressão logística multinomial. Consideramos o
resultado significante quando p < 0,05.
Utilizamos o programa Helix TreeTM para calcular o Equilíbrio de
Hardy-Weinberg e o desequilíbrio de ligação entre os SNPs, e para
construção dos haplótipos.
43
RESULTADOS
44
4. RESULTADOS
4.1. Avaliação clínica e metabólica
Foram feitas análises dos dados iniciais nos G1, G2, G3, G4.
Inicialmente comparamos G2 aos demais grupos e, após, avaliamos
somente G1 em comparação à G3 e G4.
4.1.1. Aspectos gerais dos grupos estudados
Não observamos diferenças nas freqüências de sexo entre os grupos
estudados (Tabela 5). Em relação ao estadio puberal, encontramos a maior
freqüência de pré-púberes em G4 que foi estatisticamente diferente de G1 (p
= 0,048), G2 (p = 0,009) e G3 (p = 0,017) (Tabela 5). Observamos menor
idade em G4 em relação à G1 (p = 0,043) e G3 (p < 0,0001) (Tabela 5).
Os demais resultados observados serão relatados a seguir.
4.1.2. Avaliação de G2 em relação à G1, G3 e G4
G2 é um grupo não obeso composto por 13 indivíduos sobrepesos e
15 sem alteração em relação à adiposidade, mas com pelo menos uma
alteração metabólica: glicemia de jejum alterada (n = 2), baixo HDLC (n = 3),
hipertrigliceridemia (n = 4) ou hipertensão (n = 20). Neste grupo 5 indivíduos
apresentaram CA aumentada e 2 indivíduos apresentaram SM. Quando
comparado à G1, G2 apresentou-se com maior adiposidade: Zpeso (p <
0,0001), ZIMC (p < 0,0001), MG% (p < 0,0001), CA (p = 0,018) (Tabela 5,
Anexo) e maior percentual de CA aumentada (p = 0,012) (Tabela 8,
45
Anexo). Em relação aos parâmetros metabólicos, observamos em G2 maior
PAS (p < 0,0001) e PAD (p < 0,0001) (Tabela 5, Anexo), maiores
concentrações séricas de leptina (p < 0,0001), insulina em jejum (p = 0,025)
(Tabela 6, Anexo) e maior resistência à insulina avaliada pelo HOMA-IR (p
= 0,011). A freqüência de indivíduos com HOMA-IR acima de 2,2 foi
semelhante nos dois grupos (Tabela 7, Anexo), bem como a secreção de
insulina avaliada pelo HOMA%ß. Encontramos maior freqüência de
hipertrigliceridemia e HAS em G2 quando comparado à G1 (Tabela 8,
Anexo). Não foram observadas diferenças nos concentrações séricas de
glicose, ácido úrico, CT, LDLC, HDLC, triglicérides entre G1 e G2. Não
houve diferenças nas freqüências encontradas de glicemia de jejum alterada
e baixo HDLC.
Por outro lado, G2 diferenciou-se também dos grupos G3 e G4 com
menor Zpeso (p < 0,0001, para ambos), ZIMC (p < 0,0001, para ambos),
MG% (p < 0,0001, para ambos) e CA (p < 0,0001, para ambos) (Tabela 5,
Anexo). Em relação aos parâmetros metabólicos observamos menores
concentrações séricas de ácido úrico em G2 (p < 0,0001, para ambos),
triglicérides (p = 0,002, para G2 vs G3 e p = 0,002, para G2 vs G4), maiores
concentrações séricas de HDLC (p < 0,0001, para ambos), menores
concentrações séricas de leptina (p < 0,0001), insulina (p< 0,0001, para
ambos) (Tabela 6, Anexo), maior sensibilidade insulina avaliada pelo
HOMA-IR (p < 0,0001, para ambos) e HOMA%S (p < 0,0001, para ambos),
menor secreção de insulina avaliada pelo HOMA%β (p < 0,0001, para
ambos) (Tabela 7, Anexo). Observamos menor freqüência de HOMA-IR
46
acima de 2,2 em G2 quando comparado a G3 e G4 (p < 0,0001, para
ambos) (Tabela 7, Anexo), menor freqüência de hipertrigliceridemia (p =
0,034, para G2 vs G3 e p = 0,015, para G2 vs G4), HAS em relação à G3 (p
= 0,002) e SM (p = 0,002, para G2 vs G3 e p < 0,0001, para G2 vs G3)
(Tabela 8, Anexo).
4.1.3. Avaliação de G1 em relação à G3 e G4
G1 é um grupo sem alterações na quantificação de adiposidade e
sem alguma alteração metabólica relacionada à obesidade, que em
comparação à G3 e G4, apresentou-se com parâmetros antropométricos
médios menores que os grupos obesos: Zpeso (p < 0,0001, para ambos),
IMC (p < 0,0001, para ambos), ZIMC (p < 0,0001, para ambos), MG% (p <
0,0001, para ambos), CA (p < 0,0001, para ambos) (Tabela 5, Anexo). No
G1, em relação aos grupos obesos G3 e G4, observamos menor PAS (p <
0,0001, para ambos) e PAD (p = 0,001 e p < 0,0001, respectivamente)
(Tabela 5, Anexo), maiores concentrações séricas médios de HDLC (p <
0,0001, para ambos), menores concentrações séricas médios de ácido úrico
(p < 0,0001, para ambos), TG (p < 0,0001, para ambos), LDLC (p = 0,004 ,
para ambos), leptina (p < 0,0001, para ambos) e insulina (p < 0,0001, para
ambos) (Tabela 6, Anexo). Além disso, em comparação à G3 e G4, G1
apresentou-se com menor resistência à insulina quando esta foi avaliada
pelo HOMA-IR (p < 0,0001, para ambos) e HOMA%S (p < 0,0001, para
ambos), maior freqüência de HOMA abaixo de 2,2 e menor secreção de
insulina avaliada pelo HOMA%β (p < 0,0001, para ambos) (Tabela 7,
47
Anexo). Sendo G1 um grupo controle, observamos em G1 em relação à G3
e G4, menores freqüências de baixo HDLC (p < 0,0001, para ambos),
hipertrigliceridemia (p < 0,0001, para ambos), HAS (p < 0,0001, para ambos)
e SM (p < 0,0001 para ambos) (Tabela 8, Anexo). Em relação à freqüência
de glicemia de jejum alterada, G1 diferenciou-se de G4 (p = 0,045), mas não
de G3 (Tabela 8, Anexo). Não encontramos diferenças entre os grupos nos
concentrações séricas médios de glicose e colesterol total.
4.1.4. Avaliação de G3 e G4
Na comparação entre os grupos obesos observamos em G4, o grupo
mais obeso, maiores níveis médios de Zpeso (p < 0,0001), IMC (p< 0,0001),
ZIMC (p< 0,0001), MG% (p< 0,0001) e CA (p< 0,0001) (Tabela 5, Anexo).
Em relação aos parâmetros metabólicos observamos maiores níveis médios
de PAS (p = 0,007) e PAD (p = 0,003) (Tabela 5, Anexo), leptina (p <
0,0001) e insulina (p = 0,015) (Tabela 6, Anexo). G4 apresentou menor
sensibilidade à insulina avaliada pelo HOMA-IR (p = 0,010) e HOMA%S (p =
0,018). Em G4 encontramos maior freqüência de indivíduos com
hiperinsulinemia (p < 0,0001) (Tabela 7, Anexo), risco relativo (OR) = 2,8
(intervalo de confiança 95% (IC) 1,6 – 4,8). Em relação aos parâmetros da
SM (Tabela 8, Anexo), G4 diferenciou-se de G3 por apresentar maiores
freqüências de indivíduos com glicemia de jejum alterada (p = 0,003), OR =
5,8 (IC 1,7 – 19,6), hipertensão (p = 0,007), OR = 2,1 (IC 1,2 – 3,6) e SM (p
= 0,017), OR = 1,9 (IC 1,1 – 3,3). Não encontramos diferenças significativas
nas concentrações médios de HOMA%ß, AUCgli/AUCins, nos
48
concentrações séricas médios de glicose, ácido úrico, colesterol total, LDLC,
HDLC e TG, e nas freqüências de indivíduos nos tercis de HOMA-IR, CA
aumentada, tolerância à glicose diminuída, diabetes mellitus tipo 2, HDLC
baixo e hipertrigliceridemia nos grupos obesos.
Ao realizarmos a análise de regressão múltipla para determinar se
sexo, puberdade ou idade influenciariam a adiposidade e resistência à
insulina, observamos que no grupo total (obesos e não obesos) maior CA
associou-se a maior idade (ß = 0,22, p = 0,003), mas não ao sexo (ß = -0,01,
p = 0,862) ou estadio puberal (ß = -0,04, p = 0,634) e que maior MG%
correlacionou-se com sexo feminino (ß = -0,17, p = 0,005) e ausência de
desenvolvimento puberal (ß = -0,17, p = 0,037), mas não à idade (ß = 0,07, p
= 0,380). Não observamos correlações do ZIMC com sexo, estadio puberal e
idade.
Na avaliação do grupo total (obesos e não obesos) observamos que
maior resistência à insulina (HOMA-IR) correlacionou-se com maior o grau
de adiposidade avaliado pelo ZIMC (p< 0,0001) (Tabela 9, Anexo, Modelo
1), MG% (p < 0,0001) (Tabela 9, Anexo, Modelo 2) e CA (p < 0,0001)
(Tabela 9, Anexo, Modelo 3) independentemente do sexo, estadio puberal
e idade. O fator mais importante para a resistência à insulina foi a CA (p <
0,0001) quando avaliado em modelo ajustado para ZIMC, MG%, sexo,
estadio puberal e idade (Tabela 9, Anexo, Modelo 4).
Maiores níveis de HOMA%ß correlacionaram-se independentemente
a sexo feminino (ß = -0,24, p < 0,0001), desenvolvimento puberal (ß = 0,14,
p = 0,019), maior idade (ß = 0,14, p = 0,016) e ZIMC (ß = 0,57, p < 0,0001).
49
Quando ajustado para HOMA-IR a associação permaneceu apenas com
sexo feminino (ß = -0,13, p < 0,0001), sendo a associação mais importante
com maior HOMA-IR (ß = 0,78, p < 0,0001). Na avaliação da AUCins/AUCgli
a associação foi significativa somente com o sexo feminino (ß = -0,15, p =
0,027) e não com idade (ß = 0,03, p = 0,723), estadio puberal (ß = 0,10, p =
0,253) ou ZIMC (ß = 0,12, p = 0,073), entretanto ao ajustarmos para HOMA-
IR a associação com sexo não mais existiu (ß = -0,04, p = 0,462),
permanecendo maiores níveis de AUCins/AUCgli correlacionados à maiores
níveis de HOMA-IR (ß = 0,63, p < 0,0001).
Devido à alta correlação encontrada entre ZIMC e IMC (r = 0,92, p <
0,0001), MG% ( r = 0,86, p < 0,0001), CA (r = 0,88, p < 0,0001) e entre
HOMA-IR, insulina (r = 0,99, p < 0,0001) e HOMA%S (r = -0,96, p < 0,0001)
utilizaremos para avaliação dos parâmetros metabólicos, como variáveis
independentes: ZIMC e HOMA-IR.
Ao utilizarmos o modelo de regressão múltipla para avaliar os
parâmetros metabólicos de acordo com a adiposidade (ZIMC) e resistência à
insulina (HOMA-IR), ajustados para sexo, estadio puberal e idade,
observamos correlação do sexo masculino com maiores concentrações
séricas de leptina (p < 0,0001) (Tabela 17, Anexo, Modelo 3). A ausência
de desenvolvimento puberal correlacionou-se com maiores concentrações
séricas de CT (p = 0,029) (Tabela 12, Anexo, Modelo 3) e TG (p = 0,035)
(Tabela 15, Anexo, Modelo 3). Encontramos correlação de maior idade com
maiores concentrações séricas de ácido úrico (p = 0,002) (Tabela 16,
Anexo, Modelo 3). Observamos correlação de maior adiposidade avaliada
50
pelo ZIMC com maiores concentrações séricas de ácido úrico (p < 0,0001)
(Tabela 16, Anexo, Modelo 3), LDLC (p = 0,028) (Tabela 14, Anexo,
Modelo 3) e leptina (p < 0,0001) (Tabela 17, Anexo, Modelo 3) e menores
concentrações séricas de HDLC (p < 0,0001) (Tabela 13, Anexo, Modelo
3). Não encontramos correlação do ZIMC com níveis pressóricos (PAS e
PAD) (Tabelas 10 e 11, Anexo, Modelo 3), concentrações séricas de CT,
TG (Tabelas 12 e 15, Anexo, Modelo 3). Observamos correlação de maior
resistência à insulina, avaliada pelo HOMA-IR, com maiores níveis
pressóricos avaliados por PAS (p < 0,0001) (Tabela 10, Anexo, Modelo 3) e
PAD (p < 0,0001) (Tabela 11, Anexo, Modelo 3), maiores concentrações
séricas de CT (p = 0,013) (Tabela 12, Anexo, Modelo 3), TG (p < 0,0001)
(Tabela 15, Anexo, Modelo 3) e leptina (p < 0,0001) (Tabela 17, Anexo,
Modelo 3), e menores concentrações séricas de HDLC (p = 0,028) (Tabela
13, Anexo, Modelo 3). Nesta avaliação as correlações com níveis de glicose
não foram realizadas por ser parâmetro relacionado a HOMA-IR.
4.2. Avaliação das concentrações séricas de adiponectina
As concentrações séricas de adiponectina variaram de 4,2 a 32,5
µg/mL, apresentando média de 12,7 ± 5,5 µg/mL. Os indivíduos pré-púberes
apresentaram concentrações médias de adiponectina sérica de 13,8 ± 6,0 e
os púberes de 11,6 ± 4,7 (p = 0,001). No grupo não obeso, não
encontramos diferenças significativas nas concentrações séricas de
adiponectina em PP e PUB (15,1 ± 5,6 e 14,7 ± 4,5). Nos obesos, indivíduos
pré-púberes apresentaram concentrações médias de adiponectina sérica de
51
13,5 ± 6,0 e os púberes de 10,7 ± 4,4 (p < 0,0001). Não observamos
diferenças nas concentrações séricas de adiponectina entre os sexos
(Tabela 18, Anexo). As concentrações séricas médias de adiponectina
observadas nos grupos estudados estão apresentados na Tabela 6, Anexo.
Observamos maiores concentrações séricas de adiponectina em G1 em
comparação a G3 e G4 (p = 0,001, para G1 vs G3 e p = 0,017, para G1 vs
G4) e maior freqüência de indivíduos no tercil com concentrações séricas de
adiponectina acima de 13,7 µg/mL em G1 em relação à G3 e G4 (p <
0,0001, para ambos) (Tabela 6, Anexo).
Na avaliação dos parâmetros clínicos e metabólicos nos tercis das
concentrações séricas de adiponectina no grupo total não observamos
diferenças na distribuição de sexo e idade nos tercis (Tabela 20, Anexo). No
grupo com maiores concentrações séricas de adiponectina (ADIPO3),
encontramos maior freqüência de pré-púberes em relação ao grupo com
menores concentrações séricas de adiponectina (ADIPO1) (p = 0,026) )
(Tabela 20, Anexo). Observamos em ADIPO3 em relação à ADIPO1 e
ADIPO2, menor IMC (p < 0,0001 e p = 0,001, respectivamente), ZIMC (p <
0,0001 e p = 0,001, respectivamente), MG% (p < 0,0001 e p = 0,001,
respectivamente) e CA (p < 0,0001 e p = 0,004, respectivamente) (Tabela
20, Anexo).
Em relação aos parâmetros metabólicos, observamos maiores
concentrações séricas de HDLC no tercil com maiores concentrações
séricas de adiponectina (ADIPO3), em comparação aos outros tercis
(ADIPO1 e ADIPO2) (p < 0,0001 e p = 0,007, respectivamente) e, em
52
ADIPO3 quando comparado à ADIPO1, menores concentrações séricas de
triglicérides (p < 0,0001) e leptina (p = 0,001) (Tabela 21, Anexo).
As concentrações séricas de ácido úrico foram menores quanto
maiores as concentrações séricas de adiponectina (p = 0,027, para ADIPO1
vs ADIPO2; p <0,0001, para ADIPO1 vs ADIPO3 e p = 0,036, para ADIPO2
vs ADIPO3) ) (Tabela 21, Anexo). Da mesma forma observamos que quanto
maiores as concentrações séricas de adiponectina nos tercis avaliados,
menores os concentrações séricas de insulina (p = 0,004, para ADIPO1 vs
ADIPO2, p <0,0001, para ADIPO1 vs ADIPO3 e p = 0,040, para ADIPO2 vs
ADIPO3) ) (Tabela 21, Anexo), menor a resistência à insulina avaliada pelo
HOMA-IR (p = 0,006, para ADIPO1 vs ADIPO2 e p <0,0001, para ADIPO1 vs
ADIPO3) e HOMA%S (p < 0,0001, para ADIPO1 vs ADIPO2 e p <0,0001,
para ADIPO1 vs ADIPO3) e menor a secreção de insulina avaliada pelo
HOMA%B (p = 0,001, para ADIPO1 vs ADIPO2, p <0,0001, para ADIPO1 vs
ADIPO3 e p = 0,032, para ADIPO2 vs ADIPO3), pela AUCins/AUCgli (p =
0,012 para ADIPO1 vs ADIPO2 e p = 0,013 para ADIPO1 vs ADIPO3) )
(Tabela 22, Anexo). Observamos maior freqüência de indivíduos
hiperinsulinêmicos no grupo com menores concentrações séricas de
adiponectina ADIPO1 em relação a ADIPO2 e ADIPO3 (p = 0,010 e p =
0,001, respectivamente) e maior freqüência de indivíduos com HOMA-IR
acima de 2,2 quanto menores os concentrações séricas de adiponectina (p =
0,003, para ADIPO1 vs ADIPO2, p <0,0001, para ADIPO1 vs ADIPO3 e p =
0,011, para ADIPO2 vs ADIPO3) (Tabela 22, Anexo). Na avaliação dos
parâmetros metabólicos, observamos maior freqüência de CA aumentada
53
quanto menores as concentrações séricas de adiponectina (p = 0,007, para
ADIPO1 vs ADIPO2, p <0,0001, para ADIPO1 vs ADIPO3 e p = 0,006 para
ADIPO2 vs ADIPO3), maior freqüência de baixo HDLC no grupo com
menores concentrações séricas de adiponectina sendo esta diferença
estatisticamente significativa quando comparado ao grupo com maiores
concentrações séricas de adiponectina (p = 0,001 para ADIPO1 vs ADIPO3)
e maior freqüência de hipertrigliceridemia no grupo com menores
concentrações séricas de adiponectina (p = 0,006 para ADIPO1 vs ADIPO3),
menor freqüência de HAS em ADIPO1 quando comparado à ADIPO2 (p =
0,026) e maior freqüência de SM no grupo com menores concentrações
séricas de adiponectina sendo esta diferença estatisticamente significativa
quando comparado ao grupo com maiores concentrações séricas (p = 0,009
para ADIPO1 vs ADIPO3) (Tabela 23, Anexo). Não observamos diferenças
entre os grupos nas freqüências de alterações glicêmicas. Estimamos o risco
relativo de um indivíduo no tercil de menores concentrações séricas de
adiponectina (< 9,9 µg/mL) apresentar SM e fatores metabólicos associados.
Observamos maior risco de hiperinsulinemia (OR = 2,4 IC 1,5 – 3,9), HOMA-
IR maior que 2,2 (OR = 3,7 IC 2,0 – 6,6), CA aumentada (OR = 6,4 IC 2,5 –
16,7), baixo HDLC (OR = 2,1 IC 1,3 – 3,3), hipertrigliceridemia (OR = 2,0 IC
1,2 – 3,4) e SM (OR = 1,7 IC 1,1 – 2,8) em ADIPO1 quando comparado aos
outros dois grupos (ADIPO2 e ADIPO3). Não encontramos maior risco de
HAS no grupo com menores concentrações séricas de adiponectina em
relação aos outros dois grupos.
54
Avaliamos a correlação das concentrações séricas de adiponectina
com grau de adiposidade (ZIMC) e resistência à insulina (HOMA-IR) e
observamos que nos grupos obesos com ZIMC > 2,0, concentrações séricas
de adiponectina variavam de modo a não se correlacionarem com o ZIMC
(Figura 11) e, portanto dividimos os indivíduos do grupo obeso em tercis de
acordo com as concentrações de adiponectina sérica para melhor percepção
dos dados.
55
A
B
A
B
Figura 11. Gráficos de correlação entre concentrações séricas de
adiponectina (em log) e adiposidade (ZIMC) (A) e resistência à insulina
(HOMA-IR) (B), na totalidade dos indivíduos (n = 312)
56
Na avaliação dos parâmetros clínicos e metabólicos nos tercis das
concentrações séricas de adiponectina, não observamos diferenças na
distribuição de sexo nos tercis. No grupo com maiores concentrações
séricas de adiponectina (ADIPOob3) encontramos maior freqüência de pré-
púberes em relação aos outros dois grupos (p < 0,0001 para ambos) e
menor média de idade em relação ao grupo com menores concentrações
séricas de adiponectina (ADIPOob1) (p = 0,023) (Tabela 25, Anexo). Em
relação aos parâmetros metabólicos, observamos no tercil com maiores
concentrações séricas de adiponectina em relação ao tercil com menores
concentrações séricas de adiponectina maiores níveis pressóricos (p = 0,039
para ADIPOob3 vs ADIPOob1) (Tabela 25, Anexo), maiores concentrações
séricas de HDLC (p = 0,021 para ADIPOob3 vs ADIPOob1) e menores
concentrações séricas de triglicérides (p = 0,007 para ADIPOob3 vs
ADIPOob1) e de ácido úrico (p = 0,002 para ADIPOob3 vs ADIPOob1)
(Tabela 26, Anexo). Observamos no tercil com menores concentrações
séricas de adiponectina em relação aos outros dois grupos maiores
concentrações séricas de insulina (p = 0,004 para ADIPOob1 vs ADIPOob2
e p <0,0001 para ADIPOob1 vs ADIPOob3) (Tabela 26, Anexo), maior
resistência à insulina avaliada pelo HOMA-IR (p = 0,005 para ADIPOob1 vs
ADIPOob2 e p <0,0001, para ADIPOob1 vs ADIPOob3) e HOMA%S (p =
0,001 para ADIPOob1 vs ADIPOob2 e p < 0,0001, para ADIPOob1 vs
ADIPOob3), e maior secreção de insulina avaliada pelo HOMA%B (p = 0,003
para ADIPOob1 vs ADIPOob2, p < 0,0001, para ADIPOob1 vs ADIPOob3),
57
pela AUCins/AUCgli (p = 0,001 para ambos) (Tabela 27, Anexo).
Observamos maior freqüência de indivíduos hiperinsulinêmicos no grupo
com menores concentrações séricas de adiponectina ADIPOob1 em relação
a ADIPOob2 e ADIPOob3 (p = 0,009 e p < 0,0001, respectivamente) e maior
freqüência de indivíduos com HOMA-IR acima de 2,2 quanto menores os
concentrações séricas de adiponectina (p = 0,009 para ADIPOob1 vs
ADIPOob2, p < 0,0001, para ADIPOob1 vs ADIPOob3 e p = 0,007, para
ADIPOob2 vs ADIPOob3) (Tabela 27, Anexo). Na avaliação da freqüência
de parâmetros metabólicos, observamos maior freqüência de baixo HDLC no
grupo com menores concentrações séricas de adiponectina sendo esta
diferença estatisticamente significativa quando comparado ao grupo com
maiores concentrações séricas de adiponectina (p = 0,011 para ADIPOob1
vs ADIPOob3) (Tabela 28, Anexo). No grupo com menores concentrações
séricas de adiponectina em relação ao grupo com concentrações séricas
intermediários de adiponectina observamos maior freqüência de
hipertrigliceridemia (p = 0,014 para ADIPOob1 vs ADIPOob2) (Tabela 28,
Anexo). Não observamos diferenças entre os grupos na adiposidade
avaliada por IMC, ZIMC, MG% e CA (Tabela 25, Anexo), nas concentrações
séricas de glicose, CT, LDLC e leptina (Tabela 26, Anexo), nas freqüências
de CA aumentada, alterações glicêmicas, HAS e SM (Tabela 28, Anexo).
Estimamos o risco relativo de um indivíduo obeso no tercil de
menores concentrações séricas de adiponectina (< 9,5 µg/mL) apresentar
SM e fatores metabólicos associados. Observamos maior risco de
hiperinsulinemia (OR = 2,3 IC 1,3 – 3,8), HOMA-IR maior que 2,2 (OR = 5,0
58
IC 2,0 – 12,7), baixo HDLC (OR = 1,6 IC 1,0 – 3,8), hipertrigliceridemia (OR
= 2,0 IC 1,1 – 3,4) e SM (OR = 1,8 IC 1,0 – 3,0) em ADIPOob1 quando
comparado aos outros dois grupos (ADIPOob2 e ADIPOob3). Não
encontramos riscos diferentes de HAS ou CA aumentada no grupo com
menores concentrações séricas de adiponectina em relação aos outros dois
grupos.
Ao avaliarmos as correlações das concentrações séricas de
adiponectina no grupo total com a adiposidade (ZIMC), ajustados para sexo,
estadio puberal e idade, observamos que existiu correlação de maiores
concentrações séricas de adiponectina com menor adiposidade (ß = -0,27, p
< 0,0001) e ausência de desenvolvimento puberal (ß = -0,23, p = 0,003)
(Tabela 29, Anexo, Modelo 1). Ao avaliarmos as correlações das
concentrações de resistência à insulina (HOMA-IR) com a adiponectina,
ajustados para sexo, estadio puberal e idade, observamos que existiu
correlação de maiores concentrações séricas de adiponectina com menor
HOMA-IR (ß = -0,27, p < 0,0001) (Tabela 9, Anexo, Modelo 5) e que esta
correlação permaneceu mesmo quando ajustada para ZIMC (ß = -0,10, p =
0,021) (Tabela 9, Anexo, Modelo 7) ou CA (ß = -0,10, p = 0,016) (Tabela 9,
Anexo, Modelo 6). Ao avaliarmos as correlações das concentrações séricas
de adiponectina com a adiposidade (ZIMC) e resistência à insulina (HOMA-
IR), ajustados para sexo, estadio puberal e idade, observamos que existiu
correlação de maiores concentrações séricas de adiponectina com menor
ZIMC (ß = -0,17, p = 0,021), menor HOMA-IR (ß = -0,15, p = 0,036) e
59
ausência de desenvolvimento puberal (ß = - 0,21, p = 0,005) (Tabela 29,
Anexo, Modelo 5).
Realizamos a avaliação das correlações das concentrações séricas
de adiponectina com a adiposidade (ZIMC) e resistência à insulina (HOMA-
IR), ajustados para sexo, estadio puberal e idade nos grupos sem obesidade
(G1 e G2) e obeso (G3 e G4) separadamente e observamos que no grupo
sem obesidade existiu correlação de menor ZIMC (ß = -0,32, p = 0,019), mas
não do estadio puberal ou HOMA-IR (Tabela 29, Anexo, Modelo 5, não
obesos), e no grupo obeso, observamos que existiu correlação de menor
HOMA-IR (ß = -0,19, p = 0,006) e ausência de desenvolvimento puberal (ß =
- 0,20, p = 0,019), mas não do ZIMC com maiores concentrações séricas de
adiponectina (Tabela 29, Anexo, Modelo 5, obesos).
Os fatores metabólicos avaliados nesse estudo foram correlacionados
com concentrações séricas de adiponectina ajustados para adiposidade
(ZIMC), resistência à insulina (HOMA-IR), sexo, estadio puberal e idade no
grupo total, no grupo não obeso e no grupo obeso. Observamos no grupo
total, além das correlações já supracitadas, que maiores concentrações
séricas de adiponectina correlacionaram-se independentemente com
maiores níveis pressóricos, avaliados pela PAS (p = 0,004) (Tabela 10,
Anexo, Modelo 4) e PAD (p < 0,0001) (Tabela 11, Anexo, Modelo 4) e de
HDLC (p = 0,032) (Tabela 13, Anexo, Modelo 4), ácido úrico (p < 0,0001)
(Tabela 16, Anexo, Modelo 4) e triglicérides (p = 0,024) (Tabela 15, Anexo,
Modelo 4). Não observamos correlação das concentrações séricas de
adiponectina com níveis de CT, LDLC e leptina (Tabelas 13, 14 e 17,
60
Anexo, Modelo 4). No grupo sem obesidade, observamos correlação de
maiores concentrações séricas de triglicérides com ausência de
desenvolvimento puberal (p = 0,046) e com maior resistência à insulina (p =
0,001) (Tabela 15, Anexo, Modelo 4, não obesos), e de maiores
concentrações séricas de leptina com sexo feminino (p = 0,011) e maior grau
de adiposidade (p < 0,0001) (Tabela 17, Anexo, Modelo 4, não obesos).
Não observamos correlação das concentrações séricas de adiponectina com
as variáveis acima citadas. O modelo utilizado na análise de regressão linear
múltipla não foi suficiente para explicar variações nos níveis pressóricos, nas
concentrações séricas de CT, HDLC e LDLC e ácido úrico em indivíduos
sem obesidade (Tabelas 10, 11, 12, 13, 14 e 16, Anexo, Modelo 4, não
obeso). Nos indivíduos obesos encontramos, em modelo ajustado para grau
de obesidade e resistência à insulina, correlação de maiores concentrações
séricas de adiponectina com maiores níveis pressóricos (p = 0,001 para PAS
e p < 0,0001 para PAD) (Tabelas 10 e 11, Anexo, Modelo 4, obesos),
maiores concentrações séricas de HDLC (p = 0,024) (Tabela 13, Anexo,
Modelo 4, obesos), menores concentrações séricas de TG (p = 0,043)
(Tabela 15, Anexo, Modelo 4, obesos), ácido úrico (p = 0,001) (Tabela 16,
Anexo, Modelo 4, obesos), mas não com CT, HDLC e leptina (Tabelas 12,
13 e 17, Anexo, Modelo 4, obesos). O modelo utilizado não foi suficiente
para explicar as variações nos concentrações séricas de LDLC nos grupos
obesos (Tabela 14, Anexo, Modelo 4, obesos).
61
4.3. Avaliação do gene da adiponectina (GENEID 9370)
Em amostras de 262 indivíduos dos 312 acima descritos foram
identificados os seguintes SNPs: SNP-11377C>G (rs822387) e SNP-
11391G>A (rs17300539) na região promotora, SNP+45T>G (rs2241766) no
exon 2 e SNP+349A>G (rs6773957) no intron 2 e as variantes G90S e
Y111H (rs17366743) no exon 3.
As freqüências genotípicas encontradas e esperadas pelo cálculo de
Hardy-Weinberg estão na Tabela 30, Anexo que mostra que o SNP -
11391G>A não está em equilíbrio na nossa amostra e, portanto, não será
estudado. Ao avaliarmos o desequilíbrio de ligação entre os SNPs,
observamos que Y111H estava em forte desequilíbrio de ligação com SNP-
11377C>G (D Prime = 0,997) (Figura) e portanto estudaremos somente o
SNP-11377C>G. A Tabela 31 mostra as distribuições das freqüências
genotípicas do SNPs -11377C>G, +45T>G, +349A>G e Y111H encontradas
nos grupos estudados (G1, G2, G3, G4). As Tabelas 32, 33, 34 e 35, Anexo
expõem os resultados obtidos nas avaliações clínica, laboratorial, de índices
de resistência e secreção de insulina e de freqüência de fatores da SM.
62
Figura 12. Gráfico ilustrativo do resultado obtido após o cálculo de
desequilíbrio de ligação entre os SNPs-11377C>G, +45T>G, +349A>G e
Y111H. Cores mais intensas demonstram maior desequilíbrio de ligação.
4.3.1. SNP-11377C>G
Para avaliar a influência do SNP nos parâmetros clínicos e
metabólicos, dividimos os indivíduos em dois grupos de acordo com a
presença ou não do alelo G: CC e CG/GG. Não observamos diferenças em
relação a sexo, estadio puberal e idade entre os grupos. Encontramos maior
freqüência de indivíduos com alelo G (CG/GG) no grupo com maior grau de
adiposidade G4 (p = 0,060 para G1 vs G4; p = 0,003 para G2 vs G4 e p =
63
0,012 para G3 vs G4). Na avaliação do SNP com parâmetros
antropométricos o grupo com alelo G (CG/GG) apresentou maior
adiposidade avaliada por IMC (p = 0,011), ZIMC (p = 0,048) e CA (p = 0,016)
(Tabela 32, Anexo). Encontramos maiores concentrações séricas de ácido
úrico no grupo com a presença do alelo G (p = 0,017) (Tabela 33, Anexo).
Não observamos diferenças nas médias de MG%, PAS e PAD, nos
concentrações séricas médios de glicose, insulina, CT, LDLC, HDLC, TG,
adiponectina e leptina, nos parâmetros de avaliação de resistência à insulina
e secreção de insulina e nas freqüências de SM e seus componentes
(Tabelas 32, 33, 34 e 35, Anexo).
Ao avaliarmos pela análise de regressão linear múltipla a correlação
do SNP-11377C>G, ajustado para sexo, estadio puberal e idade, com os
parâmetros estudados observamos que o grupo com alelo G correlacionou-
se independentemente com maior adiposidade avaliada por IMC (ß = 0,15, p
= 0,012) e CA (ß = 0,15, p = 0,014) e maiores concentrações séricas de
ácido úrico (ß = 0,15, p = 0,012). Esta última correlação não mais existiu
quando o modelo foi ajustado para sexo, estadio puberal, idade e ZIMC (ß =
0,10, p = 0,064).
Ao avaliarmos o SNP-11377C>G nos grupos obesos, observamos
uma tendência a maior adiposidade no grupo com alelo G (ZIMC 2,31 vs
2,38, p = 0,060 para CC vs CG/GG) e menores concentrações séricas de
glicose neste mesmo grupo (87,4 vs 85,2, p = 0,042 para CC vs CG/GG). Ao
realizarmos a análise de regressão linear múltipla observamos que o SNP
influenciou independentemente de sexo, estadio puberal, idade e HOMA-IR
64
a CA (ß = - 0,12, p = 0,031) e concentrações séricas de glicose (ß = - 0,13, p
= 0,037).
4.3.2. SNP+45T>G
Para avaliar a influência do SNP nos parâmetros clínicos e
metabólicos, dividimos os indivíduos em dois grupos de acordo com a
presença ou não do alelo G: TT e TG/GG. Não foram observadas diferenças
em relação a sexo, estadio puberal e idade entre os grupos. Observamos
concentrações séricas de adiponectina mais elevadas no grupo com a
presença do alelo G (TG/GG), bem como maior freqüência de indivíduos
com alelo G no grupo com maiores concentrações séricas de adiponectina
(p = 0,046 para ADIPO3 vs ADIPO1) (Tabela 33, Anexo). Não observamos
diferenças nas médias de IMC, ZIMC, MG%, CA, PAS e PAD, nos
concentrações séricas médios de glicose, insulina, ácido úrico, CT, LDLC,
HDLC, triglicérides e leptina, nos parâmetros de avaliação de resistência à
insulina e secreção de insulina e nas freqüências de SM e seus
componentes (Tabelas 32, 33, 34 e 35, Anexo).
Ao avaliarmos a correlação do SNP+45T>G, ajustado para sexo,
estadio puberal e idade, não encontramos associação deste SNP com
concentrações séricas de adiponectina (ß = 0,12, p = 0,057).
Ao avaliarmos o SNP+45T>G nos obesos observamos que não houve
associação com concentrações séricas de adiponectina (p = 0,072), mas
existiu maior freqüência de indivíduos com alelo G no grupo com maiores
concentrações séricas de adiponectina (10% vs 27%, p = 0,017 para
65
ADIPOob1 vs ADIPOob3). Essas associações não foram reproduzidas na
análise de regressão linear múltipla em modelo ajustado para estadio
puberal, grau de adiposidade e resistência à insulina (ß = 0,09, p = 0,119).
4.3.3. SNP+349A>G
Para avaliar a influência do SNP nos parâmetros clínicos e
metabólicos, dividimos os indivíduos em dois grupos de acordo com a
presença ou não do alelo G: AA e AG/GG. Não foram observadas diferenças
em relação a sexo, estadio puberal e idade entre os grupos. Não
observamos diferenças nas médias de IMC, ZIMC, MG%, CA, PAS e PAD,
nos concentrações séricas médias de glicose, insulina, ácido úrico, CT,
LDLC, HDLC, triglicérides, leptina e adiponectina, nos parâmetros de
avaliação de resistência à insulina e secreção de insulina e nas freqüências
de SM e seus componentes (Tabelas 32, 33, 34 e 35, Anexo).
4.3.4. G90S
Observamos que a mutação G90S estava em desequilíbrio de ligação
com os SNPs -11377C>G (D prime = 0,99) e +45T>G (D prime = 1) (Figura).
Encontramos dois indivíduos com a mutação G90S, e desse modo, a
freqüência encontrada nesta amostra foi de 0,007. As Tabelas 36, 37 e 38,
Anexo mostram as características dos indivíduos com as mutações.
Observamos concentrações séricas de adiponectina no menor tercil, mas
não alterações metabólicas relacionadas à obesidade.
66
4.3.5. Haplótipos
Os haplótipos foram construídos com base nos três SNPs já
avaliados: SNP-11377C>G, SNP+45T>G e SNP+349A>G. As freqüências
dos haplótipos encontrados nessa amostra estão na Tabela 39, Anexo.
Utilizamos para análise os haplótipos com freqüência ≥ 5%: C_C, T_G, A_G
(CTG), C_C, T_T, A_A (CTA), C_G, T_G, A_G (GGG) e C_G, T_T, A_A
(GTA) e com isso avaliamos 232 indivíduos representando 89% dos
indivíduos genotipados. As Tabelas 40, 41, 42, 43 e 44, Anexo demonstram
os achados nesta amostra. Observamos que a freqüência de haplótipos nos
grupos foi diferente quando comparados os haplótipos CTA e GTA. O
haplótipo GTA foi significativamente mais freqüente no grupo obeso mórbido
em comparação aos demais grupos (p = 0,005 para G1 vs G4; p = 0,005
para G2 vs G4 e p = 0,015 para G3 vs G4). Observamos diferenças nas
freqüências dos haplótipos GTA e GGG nos grupos G1 e G4 (p = 0,009). A
distribuição dos haplótipos CTA e GGG foi bastante semelhante nos grupos
obesos e não obesos (Tabela 40, Anexo).
Na avaliação de CTA e GTA, observamos menor grau de adiposidade
em CTA em relação a GTA quando avaliados IMC (p = 0,007), ZIMC (p =
0,019) e CA (p = 0,016), menor freqüência de CA aumentada (p = 0,024)
(Tabela 41, Anexo) e menores concentrações séricas de leptina (p = 0,038)
(Tabela 42, Anexo). Observamos em CTA uma tendência a menores níveis
de insulina sérica (p = 0,081) (Tabela 42, Anexo) e menor freqüência de
hiperinsulinemia (p = 0,056) (Tabela 43, Anexo).
67
Em GGG quando comparado a GTA, observamos menor adiposidade
quando avaliado ZIMC (p = 0,043) (Tabela 41, Anexo), menores níveis de
insulina (p = 0,041) (Tabela 42, Anexo) e menor freqüência de
hiperinsulinemia (p = 0,004) (Tabela 43, Anexo). Observamos uma
tendência a maior freqüência de HOMA-IR menor que 2,2 (p = 0,061)
(Tabela 43, Anexo) e menor freqüência de CA aumentada (p = 0,055) em
GGG (Tabela 44, Anexo). Observamos maior risco relativo de ser obeso em
GTA em relação à CTA (OR = 3,8, IC 1,4 – 10,6) e GGG (OR = 4,3, IC 1,1 –
17,4) e este risco permaneceu mesmo quando o modelo foi ajustado para
sexo, estadio puberal e idade como demonstrado na Tabela 45, Anexo, a
qual mostra a relação negativa entre ser obeso e os haplótipos CTA (ExpB =
0,3, IC 0,1 – 0,8) e GGG (ExpB = 0,2, IC 0,1 – 1,0) em relação ao haplótipo
GTA.
Observamos maior freqüência de hipertensos em CTG em relação à
CTA (p = 0,027) e GGG (p = 0,010) (Tabela 44, Anexo) e maior risco de
hipertensão em CTG em relação à CTA (OR = 2,7, IC 1,1 – 6,6) e GGG (OR
= 5,4, IC 1,4 – 20,5). Este risco aumentado permaneceu na avaliação de
CTG em relação a GGG mesmo quando o modelo foi ajustado para sexo,
estadio puberal, idade, grau de adiposidade (ZIMC) e resistência à insulina
(HOMA-IR) (Tabela 46, Anexo).
Observamos maior freqüência de hiperinsulinemia em CTG em
comparação à GGG. Observamos maior freqüência de indivíduos com
adiponectina acima de 13,7 em GGG quando comparado à CTA (OR = 3,7,
IC 1,1 – 8,9). As associações dos haplótipos com a resistência à insulina e
68
níveis de adiponectina não existiram quando foi realizada a análise de
regressão linear múltipla com ajuste para sexo, estadio puberal e idade.
Não observamos outras diferenças significativas entre os grupos.
69
DISCUSSÃO
70
5. DISCUSSÃO
5.1. Avaliação clínica e metabólica
Neste estudo observamos que a obesidade no grupo pediátrico,
independente do seu grau de gravidade, apresentou-se acompanhada de
maior freqüência de CA aumentada. A medida da CA aumentou conforme a
adiposidade nos diferentes grupos estudados e foi o parâmetro de
adiposidade mais importante associado à resistência à insulina,
influenciando 59% das concentrações de HOMA-IR, independentemente do
ZIMC e MG% na análise de regressão múltipla. De fato a mensuração da CA
é hoje a técnica mais simples de se inferir a obesidade visceral, principal
fator associado ao risco cardiovascular126.
As crianças e adolescentes obesos envolvidos nesta pesquisa
apresentaram maior resistência à insulina evidenciada pela maior freqüência
de hiperinsulinemia (33% em G3 e 58% em G4) e de HOMA-IR acima de 2,2
que corresponde ao nível de corte entre o primeiro e segundo tercis de
HOMA-IR no nosso grupo (76% em G3 e 85% em G4). Por outro lado, a
hiperinsulinemia não foi evidenciada nas crianças e adolescentes sem
obesidade, bem como observamos baixa freqüência de HOMA-IR acima de
2,2 (6% em G1 e 19% em G2, em sua maioria crianças púberes). Os valores
para determinação de hiperinsulinemia basal e HOMA-IR que determinem a
resistência à insulina não estão estabelecidos na população jovem brasileira,
porém o estudo de Ten e Maclaren sugere que concentrações séricas basais
71
de insulina maiores que 15mU/L; picos, após o TTGo, acima de 150mU/L ou
concentrações séricas de insulina no tempo de 120 minutos acima de
75mU/L são indicativos de resistência à insulina 115 127. No Brasil, da Silva et
al., em seu estudo em adolescentes com história familiar de DM2, utilizaram
para definição de resistência à insulina HOMA-IR > 2,5 e o estudo de
Alvarez MM et al. avaliou adolescentes do sexo feminino eutróficas e acima
do peso e encontrou níveis de HOMA-IR mais elevados nas crianças e
adolescentes sobrepesos em relação às eutróficas (2,25 IC: 1,4 – 3,0 vs
1,91 IC:1,32 – 2,5)128 129. Recentemente, um estudo espanhol avaliando
crianças eutróficas demonstrou que as concentrações séricas médias de
insulina variavam de 2,26 ± 1,76 no TANNER I até 12,3 ± 5,11 no TANNER
V, e da mesma forma, níveis de HOMA-IR variavam de 0,45 ± 0,36 a 2,77 ±
1,21, resultados estes que corroboram os nossos achados nas crianças
controle que apresentaram concentrações médias de insulina sérica basal
de 3,9 ± 1,7mg/dL nos pré-púberes e 6,8 ± 3,6 mg/dL nos púberes e de
HOMA-IR de 0,8 ± 0,5 nos pré-púberes e 1,45 ± 0,9 nos púberes130.
Em nosso estudo a adiposidade foi fator importante na determinação
de alterações metabólicas influenciando a PAS em 23% e a PAD em 16%,
as concentrações séricas de HDLC em 55%, LDLC em 23%, triglicérides em
39%, ácido úrico em 42%, quando ajustado para sexo, estadio puberal e
idade. De modo semelhante, a resistência à insulina explicou variações na
PAS em 29% e na PAD em 22%, nas concentrações séricas de HDLC em
46%, LDLC em 21%, triglicérides em 53%, ácido úrico em 36%, seguindo o
mesmo modelo ajustado para sexo, estadio puberal e idade. Ao avaliarmos
72
em análise de regressão múltipla, qual das variáveis, adiposidade ou
resistência à insulina, teria papel mais importante nos parâmetros
metabólicos observamos que a adiposidade foi mais importante na
determinação das concentrações séricas de HDLC (46%), LDLC (16%) e
ácido úrico (37%), enquanto que a resistência à insulina foi mais importante
na determinação da PAS (23%), PAD (19%) e níveis de triglicérides (48%).
De modo semelhante, a literatura demonstra que a hiperinsulinemia, por si
só, associa-se à HAS, dislipidemia, esteatose hepática, aumento de fatores
pró-trombóticos, sendo também um fator de risco independente para doença
cardiovascular131 132 133 134 135 Portanto, a resistência à insulina é um
importante fator que independente da obesidade pode levar às alterações
metabólicas relacionadas a maior risco cardiovascular.
Outro aspecto importante no grupo pediátrico seria a evolução da
resistência à insulina ao DM2 em menor período de tempo que em adultos,
provavelmente devido à menor sensibilidade à insulina na adolescência 65
136. Observamos que a freqüência de glicemia de jejum alterada aumentou
com o grau de obesidade (2% em G3 e 12 % em G4), entretanto não
observamos maior freqüência de tolerância à glicose diminuída (3% em G3 e
4% em G4) e DM2 (1% em G4) no grupo mais obeso. Nossos dados são
semelhantes aos observados no estudo italiano de Invitti et al., 2006 no qual
foram observadas prevalências de 0,4% para glicemia de jejum alterada,
5,4% para TGD e 0,2% para DM2, porém nossas freqüências são
extremamente baixas se comparadas aos dados americanos de Sinhá et al.
em que foi constatado 25% de crianças e 21% dos adolescentes obesos
73
com tolerância à glicose diminuída e 4% dos adolescentes obesos com
DM2, e de Felszeghy E et al. em que foram encontrados 4,4% de glicemia
de jejum alterada, 14% de tolerância à glicose diminuída e 2% de DM2 em
crianças obesas 9 137 138. Nos nossos indivíduos estudados evidenciamos
uma correlação independente de sexo ou desenvolvimento puberal, de
HOMA-IR, mas não do grau de adiposidade, com índices de secreção de
insulina como HOMA%ß (78%) e AUCins/AUCgli (63%). Consistente com
nossos dados, Felszeghy E et al. demonstraram que a hiperinsulinemia pode
compensar a resistência à insulina na maioria das crianças obesas 138.
Portanto nesse grupo de indivíduos, a secreção de insulina foi maior quanto
maior a resistência à insulina, inferindo que a reserva pancreática nesta faixa
etária ainda é suficiente para evitar o desenvolvimento de alterações
glicêmicas.
No nosso estudo a associação de obesidade e resistência à insulina
levou à maiores níveis pressóricos, maiores concentrações séricas de ácido
úrico, triglicérides e menores concentrações séricas de HDLC que são
sabidamente fatores associados a doença cardiovascular 134 135 139. Com o
aumento do grau de obesidade (ZIMC ≥ 2,5) existiu uma piora do padrão
metabólico, evidenciada por maiores níveis pressóricos, maior resistência à
insulina e maior freqüência de SM. Nesse grupo encontramos ainda três
vezes mais risco de hiperinsulinemia, 6 vezes mais risco de apresentar
glicemia de jejum alterada, duas vezes mais risco de HAS e SM o que
confere ainda maior risco cardiovascular 134 139. Interessante notar que o
grupo mais obeso era também o mais jovem, sugerindo que fatores
74
genéticos associados aos ambientais estejam implicados na maior
adiposidade e riscos metabólicos observados.
Ao utilizarmos os critérios do ATPIII para classificação de SM em
crianças e adolescentes em G3 e G4 observamos que 38% e 54% dos
indivíduos apresentaram SM. As divergências nos critérios são responsáveis
pela grande diferença observada nas freqüências de SM nos diferentes
estudos. Estudos mais antigos como os de Csabi et al., 2000utilizavam a
presença de hiperinsulinemia nos critérios, com níveis de corte baseados
nos valores de insulina encontrados no percentil 95 para o grupo controle140.
Foi observada prevalência da SM de 0,4% em crianças do grupo controle e
8,9% em crianças obesas, sendo que o autor considerava necessária a
presença de quatro fatores para diagnóstico da síndrome. Posteriormente,
Viner et al. em 2005 avaliaram crianças e adolescentes obesos de acordo
com a definição proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS), com
níveis de corte adaptados para a população pediátrica e encontraram um
terço dos jovens obesos com SM141. Estudos publicados mais recentemente
utilizam os critérios do ATPIII (aumento de CA, hipertrigliceridemia, baixo
HDLC, HAS e glicemia de jejum alterada) com os parâmetros adaptados
para a população pediátrica, porém cada estudo determina os valores de
corte que julga serem adequados para os diagnósticos de fatores de risco
para SM. Em 2004, De Ferranti et al. avaliaram a presença de SM em 1960
adolescentes americanos de 12 a 19 anos que participaram do National
Health and Examination Survey III (NHANESIII) e demonstraram que pelo
menos 63% deles tinham uma anormalidade metabólica
75
(Hipertrigliceridemia, baixo HDLC, glicemia de jejum alterada, aumento de
CA ou HAS) e 9,2% apresentavam a SM, sendo que quando avaliados
sobrepesos e obesos a prevalência desta aumentava para 31,2%142. Weiss
estudou jovens com ZIMC acima de 2,0 e critérios de SM baseados em uma
população controle e encontrou a maior prevalência, em indivíduos jovens
com obesidade moderada e grave de 38.7% e 49.7%, respectivamente114.
No Brasil, o estudo de Silva et al. publicado em 2005, avaliou adolescentes
obesos e não obesos com história familiar de DM2 e mostrou prevalência de
26% de SM nos obesos 128. Este estudo, em comparação ao nosso,
considerou em seus critérios obesidade classificada pelo IMC (> p97) e não
CA, concentrações séricas mais elevadas de triglicérides (130mg/dL) e mais
baixos de HDLC (35mg/dL) e incluiu em seus critérios a presença de
resistência à insulina avaliada pelo HOMA-IR (> 2,5). Recentemente uma
nova classificação de SM para jovens foi publicada pela International
Diabetes Federation (IDF) que propõe o uso de níveis de corte preconizados
para adultos em alguns dos critérios como triglicérides ≥ 150mg/dL, HDLC <
40 mg/dL, PA ≥ 130 x 85 ou glicemia de jejum ≥ 100mg/dL 143. Entretanto
como demonstramos em nosso estudo o sexo e desenvolvimento puberal da
criança e adolescente influenciam independentemente a resistência à
insulina, o padrão de distribuição de gordura (percentual de massa gorda,
circunferência abdominal) e parâmetros metabólicos como concentrações
séricas de ácido úrico e triglicérides, motivo pelo qual não utilizamos essa
classificação.
76
Apesar dos diferentes critérios utilizados para classificação da SM,
nossos dados demonstram a alta freqüência de SM em nosso grupo
chegando a acometer mais de 50% das crianças e adolescentes na medida
em que aumenta o grau de obesidade 133 144.
Nossos dados comprovam que a adiposidade influencia o
aparecimento da resistência à insulina e complicações metabólicas e
demonstram a influência do grau de adiposidade na prevalência de SM
nesta população.
5.2. Avaliação das concentrações séricas de leptina
Nosso estudo demonstrou que concentrações séricas de leptina
correlacionam-se independentemente à adiposidade avaliada pelo ZIMC
(30%), massa gorda (33%) e à resistência à insulina (23%). Corroborando
nossos achados, estudos demonstraram forte associação das concentrações
séricas de leptina com a massa gorda total e resistência à insulina145 146 147.
5.3. Avaliação das concentrações séricas de adiponectina
Como descrito na literatura, no nosso estudo, as concentrações
séricas de adiponectina foram mais elevadas em não obesos (14,8 ± 4,9
µg/mL vs 12,3 ± 5,6 µg/mL) e em pré-púberes (13,8 ± 6,0 µg/mL vs 11,6 ±
4,7 µg/mL). De fato, os estudos citados na Tabela 1, Anexo demonstram
que níveis de adiponectina são mais baixos em crianças e adolescentes
obesos e em púberes 51, 76, 78, 80,81, 82, 83, 84, 85. No entanto, diferindo da
literatura, não observamos diferenças nas concentrações de adiponectina
77
entre os sexos. Sabe-se que níveis de adiponectina diminuem em meninos
com o progredir da puberdade devido ao aumento das concentrações de
testosterona148. Observamos a ausência de diferença entre os sexos nas
concentrações séricas de adiponectina, provavelmente devido ao menor
grau de desenvolvimento puberal dos meninos púberes do nosso estudo já
que a idade média observada nesse grupo foi de 12,0 ± 1,2 anos.
A comparação entre as concentrações de adiponectina encontradas
na literatura e os nossos dados não foi possível, visto que existem
diferenças nas idades e no desenvolvimento puberal nas amostras
estudadas e também diferenças na metodologia utilizada na dosagem das
concentrações de adiponectina.
Nos tercis das concentrações de adiponectina, quando avaliado a
totalidade dos indivíduos (obesos e não obesos), ficou evidente que as
crianças e adolescentes no terceiro tercil de adiponectina com níveis acima
de 13,6 µg/mL apresentaram menor adiposidade, avaliada por ZIMC e CA.
Os indivíduos do primeiro tercil, com concentrações séricas de adiponectina
menor do que 10 µg/mL, apresentaram maior resistência à insulina
evidenciada pelo maior percentual de indivíduos com HOMA-IR acima de 2,2
(84% em ADIPO1 vs 67% e 49% em ADIPO2 e ADIPO3).
Entretanto, quando avaliamos somente indivíduos obesos,
observamos que para um mesmo grau de obesidade, níveis de adiponectina
eram muito variáveis. Utilizando os tercis de adiponectina nesta amostra,
constatamos que crianças e adolescentes no terceiro tercil, com
concentrações séricas de adiponectina acima de 13 µg/mL e com menor
78
resistência à insulina não eram as menos obesas e sim as mais novas e pré-
púberes. Questionamos qual seria a importância da puberdade nas
concentrações de adiponectina independente da resistência à insulina.
Utilizando a análise de regressão múltipla para avaliação da influência da
puberdade, ajustado por HOMA-IR em obesos mórbidos (G4) e
demonstramos a influência de 24% do desenvolvimento da puberdade nas
concentrações de adiponectina. Por outro lado, crianças com níveis no
primeiro tercil de adiponectina, abaixo de 9,5 µg/mL, apresentaram maior
resistência à insulina, com 93% dos seus indivíduos com níveis de HOMA-IR
acima de 2,2 independentemente do grau de obesidade.
Ao realizarmos as regressões múltiplas ajustadas para sexo, estadio
puberal e idade na avaliação das associações entre adiposidade e
resistência à insulina e concentrações de adiponectina sérica, confirmamos
os resultados acima, demonstrando que variações nas concentrações
séricas de adiponectina no grupo não obeso, são influenciadas pela
adiposidade (32%) e não pela resistência a insulina, enquanto que nos
obesos, estas são influenciadas pela resistência à insulina em (19%) e não
pela obesidade.
Nos indivíduos sem obesidade, mas com pelo menos uma alteração
metabólica (G2), que se diferenciaram do grupo controle (G1) por apresentar
maior adiposidade e resistência à insulina, as concentrações séricas médias
de adiponectina foram mais baixas, embora não significantes (p = 0,120)
sugerindo também que concentrações séricas de adiponectina diminuem
com o progredir do aumento de peso em crianças e adolescentes não
79
obesos. Em estudo realizado em crianças saudáveis, não houve associação
de níveis de adiponectina com resistência à insulina, corroborando os
nossos achados. 149
A relação entre baixas concentrações de adiponectina e resistência à
insulina em crianças e adolescentes obesos tem sido amplamente discutida
na literatura. Reinehr et al. demonstraram, em crianças obesas, ausência de
correlação entre hipoadiponectinemia e maior ZIMC, constatando que nesse
grupo níveis mais baixos de adiponectina correlacionaram-se a maior
resistência à insulina e idade de acordo com nossos resultados 76. Asayama
et al. avaliaram crianças obesas e demonstraram que baixas concentrações
de adiponectina correlacionaram-se inversamente à quantidade de tecido
adiposo visceral avaliada por tomografia computadorizada 79. Da mesma
forma, em estudo realizado pelo nosso grupo com crianças e adolescentes
obesos menores níveis de adiponectina (10,7 ± 2,2 vs 17,6 ± 6,1) foram
associados à maior quantidade gordura central avaliado pelo DEXA150.
Entretanto, Stefan N et al. estudando índios Pima, que compõem uma
população especial, diferente da nossa, demonstraram em meninos e
meninas obesos com 5 e 10 anos de idade a associação de baixas
concentrações de adiponectina com maior MG%, IMC e concentrações
séricas de insulina, porém na análise de regressão múltipla linear
constataram que aos 10 anos a MG%, e não concentrações de insulina, foi
fator determinante das concentrações de adiponectina, sugerindo que talvez
em crianças a adiponectina não tivesse papel importante na resistência à
insulina como em adultos 78.
80
Em modelos animais foi demonstrado que a progressão para
obesidade e insulino-resistência é acompanhada de diminuição das
concentrações séricas de adiponectina, antes mesmo da instalação da
hiperglicemia, tolerância à glicose diminuída e grau máximo de obesidade63.
Em humanos, evidências mais recentes sugerem que baixas concentrações
de adiponectina são associadas à resistência à insulina em indivíduos
obesos, mas essa correlação é menor à medida que o grau de adiposidade
diminui, não mais existindo em indivíduos magros151. De fato, estudos
realizados em camundongos demonstram que o knockout do gene da
adiponectina não é suficiente para que exista resistência à insulina 152 153
154. O estudo de Maeda demonstrou que os camundongos com knockout do
gene da adiponectina apresentavam um fenótipo com maiores níveis de
TNF-α, sem resistência à insulina desde que não fossem submetidos a uma
dieta rica em gorduras e ganho de peso154. A explicação encontrada para
esses eventos seria pela ação contrária entre o TNF-α e adiponectina, cuja
regulação da expressão e secreção no tecido adiposo é recíproca e na
resistência à insulina exibem efeitos opostos em músculo e fígado155 156.
Com a hipertrofia e inflamação do tecido adiposo este tênue equilíbrio entre
a adiponectina e fatores inflamatórios como TNF-α , deixaria de existir, com
conseqüente diminuição das concentrações de adiponectina e concomitante
aumento da resistência à insulina.
Utilizamos modelos de regressão linear múltipla para verificar a
influência das concentrações de adiponectina nos parâmetros metabólicos
associados à obesidade e resistência à insulina. Constatamos que no grupo
81
sem obesidade, níveis de adiponectina não explicaram variações
metabólicas. Por outro lado, nos obesos, em modelo ajustado para sexo,
estadio puberal, idade, grau de adiposidade e resistência à insulina, maiores
níveis de adiponectina influenciaram positivamente níveis de PAS (20%),
concentrações séricas de HDLC (15%), e negativamente níveis de
triglicérides (12%) e de ácido úrico (20%). Nosso estudo demonstrou que
concentrações séricas de adiponectina abaixo de 10µg/mL foram associadas
a risco 6 vezes maior de CA acima do percentil 90, 2,4 vezes mais risco de
hiperinsulinemia e duas vezes mais risco de baixo HDLC, hipertrigliceridemia
e SM avaliados pelos critérios do ATPIII.
Corroborando nossos dados, o estudo de Arnaiz et al., com crianças
chilenas de idade média de 12 anos demonstrou associação de níveis de
adiponectina com HOMA-IR, HDLC e puberdade independentemente do
grau de adiposidade 82. Ademais, Yoshinaga et al. estudaram crianças
obesas de 6 a 12 anos e observaram que níveis de adiponectina diminuíam
significativamente na presença de um fator de risco cardiovascular (CA ≥
75cm ou relação cintura quadril ≥ 0,5, pressão arterial ≥120 x 70 mmHg,
HDLC < 40 mg/dL, triglicérides ≥ 120 mg/dL ou glicose ≥ 100mg/dL),
evidenciando, como no nosso estudo, que níveis mais baixos de
adiponectina são relacionados a maior risco cardiovascular 81.
Nossos dados demonstram, portanto, que concentrações séricas de
adiponectina são sensíveis a pequenas alterações na adiposidade na
ausência de obesidade, mas uma vez que a obesidade está instituída, fica
82
claro que a adiponectina não está relacionada somente aos parâmetros
gerais de obesidade como ZIMC, mas também está intimamente associada
à adiposidade abdominal, desenvolvimento puberal e alterações metabólicas
como resistência à insulina, disfunções lipídicas e maior risco de SM,
quando as concentrações séricas de adiponectina encontram-se abaixo de
10 µg/mL.
5.4. Avaliação do gene da adiponectina
5.4.1. SNP-11377C>G
O SNP-11377C>G da região promotora do gene da adiponectina
apresentou-se com maior freqüência de CC do que a observada em diversos
estudos na literatura (66% vs 48 a 59%)157 158, estando, entretanto em
Equilíbrio de Hardy-Weinberg na amostra estudada. Em nosso estudo a
presença do alelo G foi associada a maior adiposidade abdominal tanto na
totalidade dos indivíduos quanto nos obesos em que constatamos ainda uma
associação do mesmo alelo a menores níveis de glicose. Não obstante, não
encontramos alterações nas concentrações de insulina (p = 0,971), HOMA-
IR (p = 0,786) ou índices de secreção de insulina (p = 0,833 para HOMA%ß
e p = 0,550 para AUCins/AUCgli) no grupo com a presença do alelo G.
Nossos resultados demonstraram ainda a associação do alelo G a maiores
concentrações séricas médias de ácido úrico, porém a associação não se
manteve quando utilizamos a análise de regressão múltipla ajustando a
variável para grau de adiposidade.
83
A literatura demonstrou tanto associação do alelo C à maior
adiposidade 103 em crianças francesas, quanto ausência de associação do
SNP com a adiposidade nos estudos que envolvem indivíduos caucasianos
diabéticos, cardiopatas ou obesos 102 110 111. Nossos resultados para as
associações metabólicas neste SNP diferem dos observados na literatura
que relatam a associação do alelo G a maiores níveis de insulina e HOMA-
IR em crianças italianas obesas e sobrepeso, porém devemos salientar que
as crianças avaliadas neste estudo apresentavam grau de obesidade muito
maior que o observado na nossa amostra (ZIMC médio 1,94 ± 0,37 a 2,94 ±
0,57)85.
Pressupõe-se que esta região que contém o SNP-11377C>G não
tenha domínios de ligação para fatores de transcrição como SREBP ou
C/EBP. Postula-se que este SNP esteja em um local reconhecido por
repressores nucleares que regulariam a atividade transcricional do gene da
adiponectina 103. Apesar de alguns estudos em crianças obesas italianas e
em diabéticos franceses terem demonstrado associação do alelo G a
menores níveis de adiponectina, nosso estudo, assim como outros estudos
nas populações koreana, francesa e suíça, não encontrou esta associação
109 110. Não obstante, estudos funcionais desse SNP não conseguiram
demonstrar alterações na transcrição do gene da adiponectina de acordo
com a presença dos alelos 103 159.
Portanto no nosso estudo em crianças e adolescentes brasileiros, o
SNP-11377C>G na região promotora parece estar associado à presença de
obesidade e maior CA, podendo ser um SNP marcador que esteja em
84
desequilíbrio de ligação com um pool gênico responsável por favorecer
maior grau de obesidade.
5.4.2. SNP+45T>G
Na avaliação do SNP+45T>G encontramos freqüência genotípica
similar à descrita na literatura, próxima aquelas encontradas na população
caucasiana 102 103 110.
A análise dos resultados das freqüências genotípicas em relação aos
dados clínicos demonstrou associação do alelo G com maiores
concentrações séricas médias de adiponectina, entretanto ao ajustarmos na
análise de regressão múltipla para estadio puberal, adiposidade e resistência
à insulina essa associação não mais existiu. Na literatura estudos diferem
quanto a associação do SNP com as concentrações de adiponectina sérica.
Em crianças obesas italianas, bem como em chineses Uygur o alelo G foi
associado a menores níveis de adiponectina 111. Entretanto Vasseur et al.,
encontrou níveis de adiponectina mais elevados associados ao alelo G,
evidenciando, portanto a ausência de um consenso para essa associação
102.
Os estudos de associação clínica em relação ao SNP+45T>G têm
demonstrado resultados divergentes 100 160 161. O alelo G foi associado a
maior risco de DM2 em chineses Uygur e a maiores níveis de insulina e
maior risco de desenvolvimento de hiperglicemia e aumento de peso em
estudo prospectivo de 3 anos realizado em adultos franceses 108 111. Da
mesma forma, Petrone encontrou níveis glicêmicos mais elevados em
85
crianças obesas na presença do alelo G, reforçamos que embora essas
crianças tivessem idade semelhante ao do nosso grupo, seu grau de
obesidade era mais elevado, motivo este que poderia explicar, em parte, as
diferenças encontradas nos resultados 85. Por outro lado, o estudo realizado
em franceses e suíços diabéticos com e sem doença arterial coronariana
(DAC) demonstrou associação do genótipo TT a maior risco de doença
arterial coronariana 110. Outros estudos realizados em crianças e adultos
franceses obesos e em koreanos, da mesma forma que nosso estudo, não
encontraram associação do SNP+45T>G com os parâmetros da síndrome
metabólica.85 103 109.
Portanto o SNP+45T>G, cuja troca de base não leva a troca do
aminoácido glicina na posição 45 do exon 2 do gene da adiponectina poderia
ser um marcador de um pool de alterações metabólicas que seriam
evidenciadas em adultos com o decorrer da idade e crianças na presença de
um grau de obesidade maior do que o encontrado na nossa população.
5.4.3. SNP+349A>G
Nossos resultados mostraram maior freqüência de indivíduos AA do
que o estudo de Vasseur et al. 102. Não encontramos associação do
SNP+349A>G com parâmetros clínicos e metabólicos na amostra estudada.
5.4.4. Exon 3
A mutação G90S encontra-se na região conservada de repetições
colágenas da adiponectina. A troca de um aminoácido glicina poderia
86
diminuir o número de repetições e reduzir a estabilidade da hélice
colágena44. Além disso, essa porção colágena contém quatro resíduos lisina
que são hidroxilados e glicosilados após a tradução da proteína, e que são
necessários para a formação de multímeros45 162. Já foi demonstrado que na
mutação G90S a formação de multímeros é deficiente o que poderia levar ao
prejuízo da função hepática da adiponectina que é dependente da ação de
multímeros maiores que trímeros44. Em nosso estudo, assim como já
demonstrado na literatura, a variante G90S apresentou freqüência
extremamente baixa (0,7%) e estava em forte desequilíbrio de ligação com
os SNP-11377C>G e +45T>G REF. Os dois pacientes com esta variante
eram obesos e apresentaram níveis de adiponectina baixos, no primeiro
tercil. Entretanto mesmo na presença de obesidade, nenhuma alteração
metabólica foi evidenciada. De modo semelhante, Vasseur, estudando 1989
indivíduos franceses, observou prevalência de 0,52% e associação com
menores níveis de adiponectina, mas não com resistência à insulina102.
Podemos inferir que na presença da mutação G90S em crianças e
adolescentes obesos, mesmo com a estrutura funcional da proteína alterada
a adiponectina circulante consegue manter sua ação metabólica.
Já a variante Y111H encontra-se na transição do domínio colágeno e
globular e tem a formação de multímeros preservada44. Estudos mostram
que a freqüência de variantes foi semelhante em obesos e não obesos
(4,2%), entretanto foi encontrada associação com maior risco genético de
DM2102 107. No nosso estudo nenhum indivíduo sem obesidade apresentou a
variante e nos pacientes com a variante Y111H observamos concentrações
87
séricas de adiponectina variáveis, hiperinsulinemia basal e baixas
concentrações séricas de HDLC, inferindo que essa variante pudesse estar
relacionada a maior resistência à insulina.
Não foram encontradas as mutações G84R, R92X, R112C, I164T,
R221S, H241P já descritas na literatura em japoneses e caucasianos.
5.4.5. Haplótipos
O estudo de haplótipos é interessante por possibilitar um aumento na
detecção de regiões de susceptibilidade, se estas forem responsáveis pela
variação clínica ou estiverem em forte desequilíbrio de ligação com algum
polimorfismo funcional.
Na avaliação dos haplótipos construídos a partir dos SNP-11377C>G,
+45T>G e +349A>G, estudamos aqueles com freqüência maior que 5% na
nossa amostra CTA (alelos dominantes), GTA (alelo recessivo do SNP-
11377 e dominantes dos +45 e +349), CTG (alelos dominantes dos SNPs -
11377 e +45 e recessivo do +349) e GGG (alelos recessivos).
Pudemos evidenciar que em comparação com o haplótipo dominante
(CTA) a presença do alelo recessivo do SNP-11377C>G (GTA) foi
importante na associação com a obesidade, entretanto a combinação deste
alelo com os alelos recessivos dos SNPs +45T>G e +349A>G (GGG) anulou
esta associação. Estes dados sugerem que a presença destes alelos
poderiam estar em desequilíbrio de ligação com regiões de susceptibilidade
que modulariam o desenvolvimento da obesidade. Colaborando com essa
hipótese, a análise logística evidenciou que a presença do haplótipo CTA
88
(alelos dominantes dos SNPs) foi associada a maior proteção em relação à
obesidade.
A presença do alelo recessivo do SNP+349A>G (CTG) foi associada
à maior risco de hipertensão arterial, no entanto a presença dos outro dois
alelos recessivos (GGG) reduziu essa associação. Interessante notar que o
maior risco de hipertensão associado ao haplótipo CTG permaneceu mesmo
quando o modelo foi ajustado para resistência à insulina e obesidade.
Petrone et al., estudaram quatro haplótipos estimados para os SNPs-
11391, -11377 e +45 em crianças italianas com sobrepeso e obesidade e
observaram que a presença do alelo G do SNP-11391G>A era associada a
maior resistência à insulina e menores níveis de adiponectina, e a adição do
alelo C do SNP-11377C>G conferia além da maior resistência à insulina,
maiores níveis plasmáticos de glicose, demonstrando o efeito individual de
cada SNP na sua população 82. Vasseur et al. demonstraram importante
associação do haplótipo dos SNPs-11391 e -11377 (GG) da região
promotora com maior risco de DM2 em caucasianos obesos mórbidos,
sugerindo que este haplótipo ou alguma variante funcional próxima em
desequilíbrio de ligação levaria a diminuição das concentrações de
adiponectina e sensibilidade à insulina 102. Outro estudo que avaliou 1003
mulheres inglesas analisou haplótipos compostos por 8 SNPs em relação as
concentrações de adiponectina e observou que a presença do alelo A do
SNP-11391 foi determinante para maiores concentrações de adiponectina
159.
89
A comparação de nossos dados com a literatura é difícil na medida
em que a população brasileira é bastante miscigenada. O fato da obesidade
e resistência à insulina serem doenças complexas, dependentes de vários
polimorfismos e de interação com meio ambiente também deve ser levado
em conta nessa avaliação. Provavelmente a maioria dos SNPs estudados
não é funcional, agindo como marcadores de locais de susceptibilidade
relacionados à obesidade e doenças metabólicas.
5.5 Considerações finais
Alterações metabólicas relacionadas à obesidade que levam a maior
risco cardiovascular são evidentes em crianças e adolescentes obesos.
Níveis de adiponectina são importantes como marcadores de resistência à
insulina e maior risco cardiovascular na obesidade infantil e puberal. As
variantes do gene da adiponectina parecem ter pequena influência no perfil
metabólico e grau de obesidade provavelmente porque a obesidade e a
resistência à insulina são doenças complexas que dependem da interação
de componentes genéticos e ambientais.
90
CONCLUSÕES
91
6. CONCLUSÕES
Concentrações séricas de adiponectina são mais elevadas em
crianças e adolescentes não obesos.
A puberdade influencia diminuindo as concentrações séricas de
adiponectina.
Crianças e adolescentes obesos têm concentrações séricas de
adiponectina diretamente relacionadas às concentrações de HDLC e
inversamente associadas à resistência à insulina, hipertrigliceridemia
e presença de SM.
O SNP -11391G>A estava em desequilíbrio de Hardy-Weinberg na
nossa população.
A variante Y111H estava em forte desequilíbrio de ligação com SNP-
11377C>G
O SNP-11377C>G foi associado a maior grau de obesidade.
O SNP+45T>G e o SNP+349A>G não foram associados a alterações
clínicas quando estudados individualmente.
Na avaliação dos haplótipos dos SNPs -11377C>G, +45T>G e
+349A>G, GTA foi associado a maior grau de obesidade em crianças
e adolescentes.
Na avaliação dos haplótipos dos SNPs -11377C>G, +45T>G e
+349A>G, CTG foi associada a maior freqüência de hipertensão em
crianças e adolescentes.
A mutação G90S do gene da adiponectina foi relacionada a menores
níveis de adiponectina.
92
ANEXOS
93
7. ANEXOS
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94
SNP-11391G>A Autorn GG GA AA adiposidade resistência à insulina níveis de glicose níveis de adiponectina perfil lipídico outras
Bouatia-Naji N et al., 2006 Franceses crianças obesas 517 80 17 1adultos obesos mórbidos 695 80 18 1
controles 1326 83 16 1
Petrone A et al., 2006 Italianos crianças sobrepeso e obesas 270 _ _ _ GG > HOMA-IR GG < adiponectina
Fumeron F et al., 2004 Franceses 5200 82 17 1 GA > aumento de AA> adiponectinaglicose em 3 anos
Vasseur F et al., 2002 Franceses DM2 620 81 18 2nDM 690 84 15 5 A> adiponectina
SNP-11377C>G CC CG GG
Jang Y et al., 2008 Koreana mulheres não diabéticas 867 53 39 7
Bouatia-Naji N et al., 2006 Franceses crianças obesas 517 58 36 5 C > adiposidadeadultos obesos mórbidos 695 59 35 5
controles 1326 53 38 8
Petrone A et al., 2006 Italianos crianças sobrepeso e obesas 270 _ _ _ CG/GG > HOMA-IR CG/GG > gli GG < adiponectina CG/GG > TG
Fumeron F et al., 2004 Franceses 5200 55 37 7
Lacquemant C et al., 2004 Franceses e Suíços DM2 sem DAC 315 55 38 7DM2 com DAC 162 55 41 4
Vasseur F et al., 2002 Franceses DM2 620 48 44 7 G<adiponDM 690 55 38 7
SNP+45T>G TT TG GG
Jang Y et al., 2008 Koreana mulheres não diabéticas 867 52 39 9
Li LL et al., 2007 Chineses Uygur DM2 36 63 36 G > rico de DM G< adiponDM2 42 80 20
Bouatia-Naji N et al., 2006 Franceses crianças obesas 517 74 25 2adultos obesos mórbidos 695 74 23 2
controles 1326 79 22 2
Petrone A et al., 2006 Italianos crianças sobrepeso e obesas 270 _ _ _ GG> glicose GG < adiponectina
Lacquemant C et al., 2004 Franceses e Suíços DM2 sem DAC 315 80 18 2 TT > risco DM2 com DAC 162 68 29 3 de DAC
Fumeron F et al., 2004 Franceses 5200 75 23 2 GG > GG > insulina GG > risco de GG> triglicérides↑ peso em 3 anos hiperglicemia em 3 anos
Jang Y et al.,2005 Koreanos não DM 902 49 43 8
Salmenniemi U et al., 2005 Finlandeses comAF DM 158 91 9 0sem AF DM 20
Panidis D et al., 2004 Gregos mulheres com SOP 132 70 25 5 > frequencia de TG mulheres não SOP 100 81 17 2 em SOP e ↑∆4
Vasseur F et al., 2002 Franceses DM2 620 73 24 3 G>adiponectinanDM 690 74 23 4
SNP+276G>T GG GT TT
Jang Y et al., 2008 Koreana mulheres não diabéticas 867 49 41 10 TT < HOMA-IR TT> adiponectina TT <triglicérides
Bouatia-Naji N et al., 2006 Franceses crianças obesas 517 50 41 9 T > adiposidadeadultos obesos mórbidos 695 50 42 7
controles 1326 55 39 6
Petrone A et al., 2006 Italianos crianças sobrepeso e obesas 270 _ _ _
Lacquemant C et al., 2004 Franceses e Suíços DM2 sem DAC 315 55 37 8DM2 com DAC 162 51 41 8
Fumeron F et al., 2004 Franceses 5200 54 39 7
Filippi E et al., 2005 Italianos controle 270 57 36 7DAC 325 47 45 9 GT/TT < adiponectina GT/TT> risco de
com CAD DAC prematura
Jang Y et al.,2005 Koreanos não DM 902 50 42 8 TT < HOMA-IR TT > adiponectinanos obesos nos obesos
Salmenniemi U et al., 2005 Finlandeses comAF DM 158 44 42 12sem AF DM 20
Vasseur F et al., 2002 Franceses DM2 620 56 35 9 T>adiponectinanDM 690 57 32 11
SNP+349A>G AA AG GG
Vasseur F et al., 2002 Franceses DM2 620 74 23 3nDM 690 75 22 3
Y111H CC CG GG
Vasseur F et al., 2002 Franceses 620 98 2 0 CG tendência 690 < adipo
NOTA: DM2: com diabetes mellitus do tipo2; nDM: sem diabetes mellitus do tipo 2; AF: antecedente familiar; DAC: doença arterial coronariana; HOMA-IR: Homeostasis model assesment para avaliação de resistência à insulina
Tabela 2 - Estudos de associação clínica dos SNPs -11391G>A, -11377C>G, +45T>G, +276T>G, +349A>G, Y111H do gene da adiponectina
populaçãoAssociações clínicasAmostra frequência
95
Região Sequência foward Sequência reverse amanho do fragmento (p
b
Promotora 1 GGATGTCTTGTTGAAGTTGGTG CCACACCACTCCAGGAACTT 508
Promotora 2 ATTCGAGGCCACAAGCTTTA GGTTGTACCAGGTTCCCTAGG 534
Exon 2 GAGTCCTTTGTAGGTCCCAAC CTTTCTCCCTGTGTCTAGGC 405
Íntron 2 CCTGGTGAGAAGGGTGAGAA CTTTCCCATCTTCACCCTCA 280
Exon 3 CTGTTCTTTGTAGTCACTGAGGTC GAATAATATCTAAAGGCCTCC 672
Tabela 3 - Primers utilizados para PCR da região promotora, exon 2, íntron 2 e exon 3 do gene da adiponectina.
NOTA: PCR reação de polimerase em cadeia
Localização Fluxo Tampão B% Temperatura oC
Exon 2 0,9mL/min 55 61,7
0,9mL/min 53 63,7
Exon3 0,9mL/min 60 58,7
0,9mL/min 58 59,3
0,9mL/min 58 59,7
Tabela 4 - Condições de rastreamento de variantes nos exons 2 e 3 do gene da Adiponectina pelo método de dHPLC
NOTA: dHPLC - Cromatografia líquida de alta performance denaturante
96
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Estadio puberal 0,09 0,124 0,14 0,034 0,06 0,263 0,06 0,325 -0,02 0,785 0,04 0,468 0,07 0,256 0,36 0,047 0,06 0,478
Log Idade (anos) 0,16 0,004 0,09 0,154 -0,02 0,672 0,02 0,716 0,14 0,048 -0,01 0,788 0,16 0,003 -0,01 0,983 0,26 0,001
ZIMC 0,65 <0,0001 0,11 0,353 0,62 <0,0001 0,28 0,034 0,33 <0,0001
Log MG (%) 0,58 <0,0001 0,01 0,952
Log CA (cm) 0,70 <0,0001 0,59 <0,0001 0,68 <0,0001
Log Adiponectina (µg/mL) -0,27 <0,0001 -0,10 0,016 -0,10 0,021 0,09 0,509 -0,16 0,006
Nota: ZIMC: desvio padrão do índice de massa corpórea; MG: percentual de massa gorda; CA: circunferência abdominal; HOMA-IR: homeostasis model assesment para resistência à insulinaß: coeficientes ajustados
n = 58 n = 254Modelo1 Modelo5 Modelo6
n = 312TOTAL
Modelo7 Modelo7Modelo7Modelo4Modelo2 Modelo3
Tabela 9 - Regressão linear múltipla dos níveis plasmáticos de HOMA-IR (Log) em 312 indivíduos estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007NÃO OBESOS OBESOS
Variáveis ß p ß p ß p ß p ß p ß p
Sexo 0,05 0,359 0,09 0,118 0,08 0,143 0,09 0,114 0,05 0,400
Estadio puberal 0,05 0,531 0,02 0,806 0,03 0,718 0,06 0,412 0,08 0,342
Log Idade (anos) 0,13 0,087 0,08 0,284 0,09 0,227 0,08 0,262 0,19 0,025
ZIMC 0,23 <0,0001 0,08 0,261 0,11 0,140 0,27 <0,0001
Log HOMA-IR 0,29 <0,0001 0,23 0,002 0,26 0,001 0,14 0,033
Log Adiponectina (µg/mL) 0,17 0,004 0,20 0,001
Nota: ZIMC: desvio padrão do índice de massa corpórea; HOMA-IR: homeostasis model assesment para resistência à insulinaß: coeficientes ajustados
Tabela 10 - Regressão linear múltipla dos níveis plasmáticos de PAS (Log) em 312 indivíduos estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007
Modelo1 Modelo2 Modelo3
TOTAL NÃO OBESOS OBESOS
Modelo4 Modelo4* Modelo4n = 312 n = 58 n = 254
*não realizado pois as variáveis independentes não explicam a dependente f = 1,748, p = 0,129
101
Variáveis ß p ß p ß p ß p ß p ß p
Sexo 0,05 0,353 0,08 0,159 0,08 0,173 0,09 0,128 0,07 0,275
Estadio puberal 0,06 0,443 0,04 0,612 0,04 0,580 0,09 0,238 0,06 0,453
Log Idade (anos) 0,10 0,19 0,06 0,398 0,07 0,368 0,06 0,433 0,19 0,027
ZIMC 0,16 0,005 0,04 0,633 0,07 0,341 0,26 <0,0001
Log HOMA-IR 0,22 <0,0001 0,19 0,013 0,23 0,003 0,11 0,095
Log Adiponectina (µg/mL) 0,23 <0,0001 0,27 <0,0001
Nota: ZIMC: desvio padrão do índice de massa corpórea; HOMA-IR: homeostasis model assesment para resistência à insulinaß: coeficientes ajustados
Tabela 11 - Regressão linear múltipla dos níveis plasmáticos de PAD (Log) em 312 indivíduos estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007TOTAL NÃO OBESOS OBESOS
Modelo1 Modelo2n = 312 n = 58 n = 254
Modelo4 Modelo4*Modelo3 Modelo4
*não realizado pois as Variáveis independentes não explicam a dependente f = 0,925, p = 0,485
Variáveis ß p ß p ß p ß p ß p ß p
Sexo 0,06 0,327 0,06 0,305 0,06 0,298 0,08 0,230
Estadio puberal -0,17 0,033 -0,17 0,029 -0,02 0,039 -0,15 0,092
Log Idade (anos) 0,06 0,453 0,05 0,505 0,05 0,518 -0,01 0,925
ZIMC -0,04 0,557 -0,04 0,605 -0,15 0,036
Log HOMA-IR 0,16 0,005 0,19 0,013 0,20 0,011 0,23 0,001
Log Adiponectina (µg/mL) 0,03 0,589 0,05 0,430
Nota: ZIMC: desvio padrão do índice de massa corpórea; HOMA-IR: homeostasis model assesment para resistência à insulinaß: coeficientes ajustados
Tabela 12 - Regressão linear múltipla dos níveis plasmáticos de CT (Log) em 312 indivíduos estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007
Modelo4** Modelo4Modelo4
TOTAL NÃO OBESOS OBESOS
Modelo1 * Modelo2 Modelo3n = 58 n = 254n = 312
*não realizado pois as Variáveis independentes não explicam a dependente f = 1,944, p = 0,103**não realizado pois as Variáveis independentes não explicam a dependente f = 0,834, p = 0,549
102
Variáveis ß p ß p ß p ß p ß p ß p
Sexo -0,04 0,467 -0,09 0,113 -0,06 0,267 -0,05 0,296 -0,14 0,031
Estadio puberal -0,06 0,392 0,01 0,946 -0,04 0,505 -0,02 0,750 -0,06 0,473
Log Idade (anos) 0,02 0,757 0,10 0,134 0,04 0,506 0,04 0,552 0,07 0,440
ZIMC -0,55 <0,0001 -0,46 <0,0001 -0,44 <0,0001 -0,18 0,010
Log HOMA-IR -0,46 <0,0001 -0,14 0,028 -0,13 0,057 -0,08 0,236
Log Adiponectina (µg/mL) 0,11 0,032 0,15 0,024
Nota: ZIMC: desvio padrão do índice de massa corpórea; HOMA-IR: homeostasis model assesment para resistência à insulinaß: coeficientes ajustados
NÃO OBESOS OBESOS
Modelo1 Modelo2 Modelo3 Modelo4 Modelo4* Modelo4n = 312 n = 58 n = 254
*não realizado pois as Variáveis independentes não explicam a dependente f = 1,292, p = 0,278
Tabela 13 - Regressão linear múltipla dos níveis plasmáticos de HDLC (Log) em 312 indivíduos estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007TOTAL
Variáveis ß p ß p ß p ß p ß p ß p
Sexo 0,06 0,270 0,09 0,138 0,08 0,192 0,08 0,186
Estadio puberal -0,12 0,115 -0,15 0,057 -0,13 0,093 -0,12 0,118
Log Idade (anos) 0,07 0,331 0,04 0,639 0,06 0,449 0,06 0,462
ZIMC 0,23 <0,0001 0,16 0,028 0,17 0,024
Log HOMA-IR 0,21 <0,0001 0,09 0,216 0,10 0,193
Log Adiponectina (µg/mL) 0,04 0,556
Nota: ZIMC: desvio padrão do índice de massa corpórea; HOMA-IR: homeostasis model assesment para resistência à insulinaß: coeficientes ajustados
Modelo4* Modelo4**
TOTAL NÃO OBESOS OBESOS
Modelo1 Modelo2 Modelo3 Modelo4
*não realizado pois as Variáveis independentes não explicam a dependente f = 1,047, p = 0,407*não realizado pois as Variáveis independentes não explicam a dependente f = 1,561, p = 0,159
Tabela 14 - Regressão linear múltipla dos níveis plasmáticos de LDLC (Log) em 312 indivíduos estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007
n = 312 n = 58 n = 254
103
Variáveis ß p ß p ß p ß p ß p ß p
Sexo -0,03 0,565 0,04 0,44 0,04 0,501 0,03 0,547 -0,09 0,472 0,06 0,354
Estadio puberal -0,10 0,170 -0,15 0,025 -0,14 0,035 -0,17 0,014 -0,35 0,046 -0,15 0,058
Log Idade (anos) 0,08 0,263 -0,01 0,889 0,00 0,989 0,01 0,926 0,31 0,055 -0,07 0,433
ZIMC 0,39 <0,0001 0,08 0,244 0,06 0,371 0,22 0,090 -0,03 0,644
Log HOMA-IR 0,535 <0,0001 0,48 <0,0001 0,46 <0,0001 0,47 0,001 0,40 <0,0001
Log Adiponectina (µg/mL) -0,12 0,024 -0,20 0,120 -0,12 0,043
Nota: ZIMC: desvio padrão do índice de massa corpórea; HOMA-IR: homeostasis model assesment para resistência à insulinaß: coeficientes ajustados
TOTAL
Modelo4n = 312 n = 58 n = 254
Modelo4Modelo1 Modelo2 Modelo3 Modelo4
NÃO OBESOS OBESOS Tabela 15 - Regressão linear múltipla dos níveis plasmáticos de TG (Log) em 312 indivíduos estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007
Variáveis ß p ß p ß p ß p ß p ß p
Sexo 0,05 0,349 -0,13 0,028 0,06 0,258 0,05 0,301 0,09 0,146
Estadio puberal 0,11 0,109 -0,01 0,883 0,10 0,135 0,07 0,344 0,10 0,209
Log Idade (anos) 0,02 0,001 0,01 0,919 0,21 0,002 0,22 0,001 0,25 0,002
ZIMC 0,42 <0,0001 0,37 <0,0001 0,34 <0,0001 0,15 0,025
Log HOMA-IR 0,36 <0,0001 0,08 0,240 0,05 0,469 0,01 0,849
Log Adiponectina (µg/mL) -0,18 <0,0001 -0,20 0,001
Nota: ZIMC: desvio padrão do índice de massa corpórea; HOMA-IR: homeostasis model assesment para resistência à insulinaß: coeficientes ajustados
Tabela 16 - Regressão linear múltipla dos níveis plasmáticos de ácido úrico (Log) em 312 indivíduos estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007
Modelo1 Modelo2 Modelo3 Modelo4 Modelo4* Modelo4n = 312 n = 58
*não realizado pois as Variáveis independentes não explicam a dependente f = 1039, p = 0,411
TOTAL NÃO OBESOS OBESOS n = 254
104
Variáveis ß p ß p ß p ß p ß p ß p ß p ß p ß p
Sexo -0,19 <0,0001 -0,06 0,122 -0,22 <0,0001 -0,13 <0,0001 -0,10 0,024 -0,09 0,003 -0,149 <0,0001 -0,28 0,011 -0,24 <0,0001
Estadio puberal -0,02 0,681 0,10 0,033 -0,07 0,089 0,02 0,599 -0,14 0,020 0,03 0,937 -0,04 0,349 0,08 0,614 -0,14 0,075
Log Idade (anos) 0,09 0,038 -0,05 0,279 -0,12 0,004 -0,02 0,583 -0,02 0,736 -0,02 0,669 0,052 0,174 -0,06 0,686 0,19 0,013
ZIMC 0,84 <0,0001 0,32 <0,0001 0,30 <0,0001 0,68 <0,0001 0,54 <0,0001 0,41 <0,0001
Log MG (%) 0,84 <0,0001 0,34 <0,0001 0,33 <0,0001
Log CA (cm) 0,84 <0,0001 0,26 0,001 0,12 0,105
Log HOMA-IR 0,73 <0,0001 0,23 <0,0001 0,274 <0,0001 0,29 0,013 0,35 <0,0001
Log Adiponectina (µg/mL) 0,05 0,095 0,06 0,561 0,06 0,255
Nota: ZIMC: desvio padrão do índice de massa corpórea; MG: percentual de massa gorda; CA: circunferência abdominal; HOMA-IR: homeostasis model assesment para resistência à insulinaß: coeficientes ajustados
Modelo7 Modelo7n = 312 n = 58 n = 254
Modelo1 Modelo2 Modelo3 Modelo4 Modelo5 Modelo6 Modelo7
Tabela 17 - Regressão linear múltipla dos níveis plasmáticos de leptina (Log) em 312 indivíduos estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007TOTAL NÃO OBESOS OBESOS
105
p
Não obesos Pré-puberes 14,7 ± 5,3 15,3 ± 5,9 ns
Púberes 15,4 ± 4,7 13,2 ± 3,7 ns
Obesos Pré-púberes 13,5 ± 5,5 13,6 ± 6,7 ns
Púberes 10,6 ± 4,4 11,0 ± 4,5 ns
Feminino MasculinoParâmetro
Tabela 18 - Níveis médios de Adiponectina sérica nos sexos feminino
- HCFMUSP - 2001 a 2007e masculino de acordo com a puberdade e presença de obesidade
Sexo
Parâmetros
Adiponectina (µg/mL) intervalo 4,2 a 9,9 9,9 a 13,6 13,7 a 32,5 4,2 a 32,5
Adiponectina (µg/mL)* 7,6 ± 1,5 11,5 ± 1,1 19,1 ± 4,5 12,7 ± 5,5
adiponectina estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007ADIPO1 ADIPO2 ADIPO3 TOTAL
Tabela 19 - Níveis de Adiponectina dos 312 indivíduos, nos diferentes tercis de
NOTA: *dados apresentados em média ± desvio padrão
n = 104 n = 104n = 104 n = 312
106
pParâmetros ADIPO1vsADIPO2 ADIPO1vsADIPO3 ADIPO2vsADIPO3
Adiponectina (µg/mL) intervalo 4,2 a 9,9 9,9 a 13,6 13,7 a 32,5 4,2 a 32,5
Adiponectina (µg/mL)* 7,6 ± 1,5 11,5 ± 1,1 19,1 ± 4,5 12,7 ± 5,5
Sexo F/M (%)** ns ns ns
Estadio puberal PP/PUB (%)** ns 0,026 ns
Idade (anos)* 10,7 ± 1,4 10,7 ± 1,5 10,6 ± 1,5 10,7 ± 1,4 ns ns ns
IMC (Kg/m2)* 30,0 ± 5,2 28,7 ± 6,2 25,8 ± 7,4 28,1 ± 6,6 ns < 0,0001 0,001
ZIMC* 2,2 ± 0,6 2,0 ± 0,9 1,4 ± 1,4 1,9 ± 1,1 ns < 0,0001 0,001
MG (%)* 35,8 ± 5,4 35,1 ± 7,5 30,9 ± 10,8 34,0 ± 8,4 ns < 0,0001 0,001
CA (cm)* 96,2 ± 12,4 91,7 ± 15,4 85,2 ± 17,9 91,0 ± 16,0 ns < 0,0001 0,004
PAS (mmHg)* 111,2 ± 15,1 111,8 ± 12,2 111,3 ± 15,6 111,5 ± 14,3 ns ns ns
PAD (mmHg)* 68,5 ± 11,2 71,8 ± 11,3 71,1 ± 12,6 70,4 ± 11,8 ns ns ns
NOTA: *dados apresentados em média ± desvio padrão; ** dados apresentados em percentual de casos observados
65/35 57/43
ns: sem significância estatística
44/56 52/48 60/40 52/48
61/3961/39
IMC: índice de massa corpórea; ZIMC: desvio padrão do índice de massa corpórea; MG: percentual de massa gorda; CA: circunferência abdominal;
Tabela 20 - Características clínicas dos 312 indivíduos, nos diferentes tercis de adiponectina estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007
n = 312ADIPO1 TOTALn = 104 n = 104 n = 104
ADIPO3ADIPO2
PAS: pressão arterial sistólica; PAD pressão arterial diastólica
pParâmetros ADIPO1vsADIPO2 ADIPO1vsADIPO3 ADIPO2vsADIPO3
Adiponectina (µg/mL) intervalo 4,2 a 9,9 9,9 a 13,6 13,7 a 32,5 4,2 a 32,5
Adiponectina (µg/mL)* 7,6 ± 1,5 11,5 ± 1,1 19,1 ± 4,5 12,7 ± 5,5
Glicose (mg/dL)* 86,1 ± 7,4 86,0 ± 7,7 86,5 ± 7,7 86,3 ± 8,0 ns ns ns
Insulina (mU/L)* 19,1 ± 10,6 14,5 ± 8,1 12,8 ± 9,6 15,4 ± 9,8 0,004 < 0,0001 0,040
Ácido úrico (mg/dL)* 5,2 ± 1,1 4,8 ± 1,0 4,5 ± 1,1 4,8 ± 1,1 0,027 < 0,0001 0,036
Colesterol total (mg/dL)* 158,2 ± 32,1 155,6 ± 29,7 158,9 ± 29,5 157,6 ± 30,4 ns ns ns
LDLC (mg/dL)* 95,2 ± 28,9 92,9 ± 26,8 93,4 ± 26,7 93,8 ± 27,4 ns ns ns
HDLC (mg/dL)* 41,1 ± 9,1 43,4 ± 11,2 48,3 ± 13,1 44,3 ± 11,6 ns < 0,0001 0,007
Triglicérides (mg/dL)* 109,9 ± 51,2 94,8 ± 41,6 85,4 ± 41,7 97,1 ± 46,4 ns <0,0001 ns
Leptina (ng/mL)* 40,2 ± 24,1 32,7 ± 19,9 28,1 ± 23,6 33,2 ± 23,0 ns 0,001 ns
ns: sem significância estatística
Tabela 21 - Características laboratoriais dos 312 indivíduos, nos diferentes tercis de adiponectina estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007
n = 312ADIPO1 ADIPO2 ADIPO3
NOTA: *dados apresentados em média ± desvio padrão; ** dados apresentados em percentual de casos observados
TOTALn = 104 n = 104n = 104
LDLC: Lipoproteína de baixa densIdade; HDLC: Lipoproteína de alta densIdade
pParâmetros ADIPO1vsADIPO2 ADIPO1vsADIPO3 ADIPO2vsADIPO3
Adiponectina (µg/mL) intervalo 4,2 a 9,9 9,9 a 13,6 13,7 a 32,5 4,2 a 32,5
Adiponectina (µg/mL)* 7,6 ± 1,5 11,5 ± 1,1 19,1 ± 4,5 12,7 ± 5,5
Hiperinsulinemia (%)** 0,010 0,001 ns
HOMA-IR tercis (%) 1/2/3** 0,003 < 0,0001 0,011
HOMA-IR* 4,1 ± 2,4 3,1 ± 1,9 2,8 ± 2,1 3,3 ± 2,2 0,006 <0,0001 ns
HOMA%S* 63,0 ± 43,57 91,5 ± 75,1 111,6 ± 73,3 88,7 ± 68,4 <0,0001 < 0,0001 ns
HOMA%ß* 181,4 ± 74,6 144,6 ± 55,0 130,0 ± 69,7 152,0 ± 70,2 0,001 <0,0001 0,032
AUCins/AUCgli*# 149,3 ± 85,64 117,6 ± 60,9 116,4 ± 55,6 128,9 ± 71,1 0,012 0,013 ns
Tabela 22 - Índices de secreção e sensibilidade à insulina dos 312 indivíduos, nos diferentes tercis de adiponectina estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007
n = 312n = 104n = 104 n = 104
ns: sem significância estatística
16/37/47 33/40/27 51/23/26 33/33/33
avaliação de sensibilIdade à Insulina; AUCins/AUCgli: área sob a curva de Insulina/área sob a curva de Glicose, cálculo baseado no teste oral de tolerância à Glicose (TTGo)
NOTA: *dados apresentados em média ± desvio padrão; ** dados apresentados em percentual de casos observados; # avaliado somente nos obesos n = 227
46 28 24 33
ADIPO1 ADIPO2 ADIPO3 TOTAL
HOMA-IR: Homeostasis Model Assessment para avaliação de resistência à Insulina; HOMA-IR1: grupo com menores valores de HOMA-IR (0,4 - 2,2); HOMA-IR2: grupo com valores intermediários de HOMA-IR (2,2 - 3,8); HOMA-IR3: grupo com maiores valores de HOMA-IR (3,8 - 14,4);HOMA%ß: Homeostasis Model Assessment para secreção de Insulina basal pela célula beta pancreática; HOMA%S: Homeostasis Model Assessment para
107
pParâmetros ADIPO1vsADIPO2 ADIPO1vsADIPO3 ADIPO2vsADIPO3
Adiponectina (µg/mL) intervalo 4,2 a 9,9 9,9 a 13,6 13,7 a 32,5 4,2 a 32,5
Adiponectina (µg/mL)* 7,6 ± 1,5 11,5 ± 1,1 19,1 ± 4,5 12,7 ± 5,5
CA ≥ p 90 (%)** 0,007 <0,0001 0,006
TGD (%)** ns ns ns
DM2 (%)** ns ns ns
Glicose ≥ 100 mg/dL (%)** ns ns ns
HDLC < 40 mg/dL (%)** ns 0,001 ns
TG ≥ 110 mg/dL (%)** ns 0,003 ns
HAS (PA > p90) (%)** 0,026 ns ns
SM (%)** ns 0,006 ns
CA: circunferência abdominal; TGD: tolerância à Glicose diminuída; DM2: diabetes mellitus tipo 2; HDLC: lipoproteína de alta densIdade; TG: triglicérides; PA: pressão arterial; HAS hipertensão arterial sistêmica; SM: síndrome metabólica;
NOTA: *dados apresentados em média ± desvio padrão; ** dados apresentados em percentual de casos observadosns: sem significância estatística
37 26
ADIPO3
0 0 1
95 84
ADIPO1 ADIPO2n = 104
4 4
67
TOTALn = 104 n = 104
39
54 6 5
82
3 5
3644
4639 54 44
3040 30 21
1
51 39 29
n = 312
Tabela 23 - Frequência de parâmetros da SM nos 312 indivíduos, nos diferentes tercis de Adiponectina estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007
Parâmetros
Adiponectina (µg/mL) intervalo 4,2 a 9,5 9,5 a 12,9 13,0 a 32,5 4,2 a 32,5
Adiponectina (µg/mL)* 7,3 ± 1,3 10,9 ± 1,0 18,5 ± 4,9 12,3 ± 5,6
NOTA: *dados apresentados em média ± desvio padrão
n = 84 n = 85 n = 85 n = 254
Tabela 24 - Níveis de adiponectina dos 254 indivíduos obesos, nos diferentes tercis de adiponectina estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007
ADIPOob1 ADIPOob2 ADIPOob3 TOTAL
108
pParâmetros ADIPOob1vsADIPOob2 ADIPOob1vsADIPOob3 ADIPOob2vsADIPOob3
Adiponectina (µg/mL) intervalo 4,2 a 9,5 9,5 a 12,9 13,0 a 32,5 4,2 a 32,5
Adiponectina (µg/mL)* 7,3 ± 1,3 10,9 ± 1,0 18,5 ± 4,9 12,3 ± 5,6
Sexo F/M (%)** ns ns ns
Estadio puberal PP/PUB (%)** ns <0,0001 <0,0001
Idade (anos)* 10,8 ± 1,3 10,8 ± 1,5 10,3 ± 1,4 10,6 ± 1,4 ns 0,023 ns
IMC (Kg/m2)* 30,8 ± 4,1 30,8 ± 4,6 29,9 ± 4,8 30,5 ± 4,5 ns ns ns
ZIMC* 2,3 ± 0,3 2,3 ± 0,3 2,3 ± 0,3 2,3 ± 0,3 ns ns ns
MG (%)* 36,8 ± 4,1 37,4 ± 3,9 37,0 ± 4,7 37,1 ± 4,2 ns ns ns
CA (cm)* 98,5 ± 9,2 97,0 ± 11,0 95,5 ± 11,4 97,0 ± 10,6 ns ns ns
PAS (mmHg)* 111,1 ± 14,5 112,7 ± 13,7 113,9 ± 14,9 112,6 ± 14,4 ns ns ns
PAD (mmHg)* 68,8 ± 11,5 71,3 ± 11,6 73,0 ± 11,1 71,1 ± 11,5 ns 0,039 ns
NOTA: *dados apresentados em média ± desvio padrão; ** dados apresentados em percentual de casos observadosns: sem significância estatísticaIMC: índice de massa corpórea; ZIMC: desvio padrão do índice de massa corpórea; MG: percentual de massa gorda; CA: circunferência abdominal; PAS: pressão arterial sistólica; PAD pressão arterial diastólica
44/56 46/54 73/27 54/46
63/37 67/33 59/41 63/37
n = 84 n = 85 n = 85 n = 254
Tabela 25 - Características clínicas dos 254 indivíduos obesos, nos diferentes tercis de adiponectina estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007ADIPOob1 ADIPOob2 ADIPOob3 TOTAL
pParâmetros ADIPOob1vsADIPOob2 ADIPOob1vsADIPOob3 ADIPOob2vsADIPOob3
Adiponectina (µg/mL) intervalo 4,2 a 9,5 9,5 a 12,9 13,0 a 32,5 4,2 a 32,5
Adiponectina (µg/mL)* 7,3 ± 1,3 10,9 ± 1,0 18,5 ± 4,9 12,3 ± 5,6
Glicose (mg/dL)* 86,4 ± 7,7 86,0 ± 7,3 86,9 ± 7,8 86,5 ± 7,6 ns ns ns
Insulina (mU/L)* 21,1 ± 10,5 16,3 ± 7,6 15,8 ± 9,4 17,7 ± 9,5 0,004 < 0,0001 ns
Ácido úrico (mg/dL)* 5,3 ± 1,0 5,0 ± 1,0 4,8 ± 1,0 5,0 ± 1,0 ns 0,002 ns
Colesterol total (mg/dL)* 159,7 ± 33,6 154,5 ± 28,7 162,2 ± 31,2 158,8 ± 31,2 ns ns ns
LDLC (mg/dL)* 97,1 ± 29,7 93,5 ± 26,1 99,7 ± 26,9 96,8 ± 27,6 ns ns ns
HDLC (mg/dL)* 39,3 ± 7,8 40,8 ± 9,0 43,1 ± 9,4 41,1 ± 8,8 ns 0,021 ns
triglicérides (mg/dL)* 116,8 ± 53,0 98,8 ± 40,1 96,1 ± 44,7 103,9 ± 46,9 ns 0,007 ns
leptina (ng/mL)* 43,5 ± 23,7 39,9 ± 17,5 38,8 ± 19,9 40,5 ± 20,3 ns ns ns
NOTA: *dados apresentados em média ± desvio padrão; ** dados apresentados em percentual de casos observadosns: sem significância estatísticaLDLC: Lipoproteína de baixa densIdade; HDLC: Lipoproteína de alta densIdade
n = 84 n = 85 n = 85 n = 254ADIPOob1 ADIPOob2 ADIPOob3 TOTAL
Tabela 26 - Características laboratoriais dos 254 indivíduos obesos, nos diferentes tercis de adiponectina estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007
pParâmetros ADIPOob1vsADIPOob2 ADIPOob1vsADIPOob3 ADIPOob2vsADIPOob3
Adiponectina (µg/mL) intervalo 4,2 a 9,5 9,5 a 12,9 13,0 a 32,5 4,2 a 32,5
Adiponectina (µg/mL)* 7,3 ± 1,3 10,9 ± 1,0 18,5 ± 4,9 12,3 ± 5,6
hiperinsulinemia (%)** 0,004 0,025 ns
HOMA-IR tercis (%) 1/2/3** 0,009 < 0,0001 0,007
HOMA-IR* 4,5 ± 2,4 3,5 ± 1,7 3,4 ± 2,1 3,8 ± 2,2 0,005 <0,0001 ns
HOMA%S* 52,0 ± 23,3 74,3 ± 65,0 83,7 ± 53,2 70,1 ± 51,9 0,001 < 0,0001 ns
HOMA%ß* 194,5 ± 74,0 158,1 ± 51,4 149,4 ± 68,7 167,2 ± 68,0 0,003 <0,0001 ns
AUCins/AUCgli*# 157,1 ± 86,4 115,6 ± 63,1 116,4 ± 54,5 128,9 ± 71,1 0,001 0,001 ns
NOTA: *dados apresentados em média ± desvio padrão; ** dados apresentados em percentual de casos observados; # avaliado somente em 227 indivíduosns: sem significância estatísticaHOMA-IR: Homeostasis Model Assessment para avaliação de resistência à Insulina; HOMA-IR1: grupo com menores valores de HOMA-IR (0,4 - 2,2); HOMA-IR2: grupo com valores intermediários de HOMA-IR (2,2 - 3,8); HOMA-IR3: grupo com maiores valores de HOMA-IR (3,8 - 14,4);
7/39/54 19/48/33 37/27/36 21/38/41
54 32 37 41
n = 84 n = 85 n = 85 n = 254
Tabela 27 - Índices de secreção e sensibilidade à insulina dos 254 indivíduos obesos, nos diferentes tercis de adiponectina estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007ADIPOob1 ADIPOob2 ADIPOob3 TOTAL
HOMA%ß: Homeostasis Model Assessment para secreção de Insulina basal pela célula beta pancreática; HOMA%S: Homeostasis Model Assessment para avaliação de sensibilIdade à Insulina; AUCins/AUCgli: área sob a curva de Insulina/área sob a curva de Glicose, cálculo baseado no teste oral de tolerância à Glicose (TTGo)
109
pParâmetros ADIPOob1vsADIPOob2 ADIPOob1vsADIPOob3 ADIPOob2vsADIPOob3
Adiponectina (µg/mL) intervalo 4,2 a 9,5 9,5 a 12,9 13,0 a 32,5 4,2 a 32,5
Adiponectina (µg/mL)* 7,3 ± 1,3 10,9 ± 1,0 18,5 ± 4,9 12,3 ± 5,6
CA ≥ p 90 (%)** ns ns ns
TGD (%)** ns ns ns
DM2 (%)** ns ns ns
Glicose ≥ 100 mg/dL (%)** ns ns ns
HDLC < 40 mg/dL (%)** ns 0,011 ns
TG ≥ 110 mg/dL (%)** 0,014 ns ns
HAS (PA > p90) (%)** ns ns ns
SM (%)** ns ns ns
CA: circunferência abdominal; TGD: tolerância à Glicose diminuída; DM2: diabetes mellitus tipo 2; HDLC: lipoproteína de alta densIdade; TG: triglicérides; PA: pressão arterial; HAS hipertensão arterial sistêmica; SM: síndrome metabólica;
43
NOTA: *dados apresentados em média ± desvio padrão; ** dados apresentados em percentual de casos observadosns: sem significância estatística
39 52 53 48
46 28
52 38 39
33 36
57 47 38 47
5 5 6 5
0 0 1 1
4 5 3 4
100 98 99 99
n = 84 n = 85 n = 85 n = 254
Tabela 28 - Frequência de parâmetros da SM nos 254 indivíduos obesos, nos diferentes tercis de adiponectina estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007ADIPOob1 ADIPOob2 ADIPOob3 TOTAL
Variáveis ß p ß p ß p ß p ß p ß p ß p
Sexo -0,10 0,863 -0,01 0,986 -0,03 0,664 -0,04 0,449 -0,03 0,559 -0,13 0,359 -0,14 0,883
Estadio puberal -0,23 0,003 -0,21 0,005 -0,24 0,002 -0,19 0,010 -0,21 0,005 -0,30 0,114 -0,20 0,019
Log Idade (anos) 0,02 0,817 0,08 0,256 0,06 0,423 0,07 0,375 0,04 0,543 0,35 0,044 -0,01 0,912
ZIMC -0,27 <0,0001 -0,17 0,021 -0,32 0,019 -0,01 0,856
Log CA (cm) -0,25 <0,0001
Log MG (%) -0,25 <0,0001
Log HOMA-IR -0,28 <0,0001 -0,15 0,036 0,10 0,509 -0,19 0,006
Nota: ZIMC: desvio padrão do índice de massa corpórea; MG: percentual de massa gorda; CA: circunferência abdominal; HOMA-IR: homeostasis model assesment para resistência à insulinaß: coeficientes ajustados
Modelo5
NÃO OBESOS OBESOS n = 58 n = 254
Modelo5
TOTAL
Modelo4 Modelo5Modelo2n = 312
Modelo3Modelo1
Tabela 29 - Regressão linear múltipla dos níveis plasmáticos de adiponectina (log) em 312 indivíduos estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007
110
Variante p
SNP-11391G>A GA AA G Ars17300539 n
Observada (%)
Esperada (%) < 0,0001
SNP-11377C>Grs822387 n
Observada (%)
Esperada (%) 0,793
SNP+45T>Grs2241766 n
Observada (%)
Esperada (%) 0,790
SNP+349A>Grs6773957 n
Observada (%)
Esperada (%) 0,996
Y111Hrs17366743 n
Observada (%)
Esperada (%) 0,901
0,89
A
0,11
80 19 1
80 19 1
G209 50 3AA AG GG
79 20 1
242 17 3
0,1178 21 1 0,89
G205 54 3TT TG GG T
0,19
66 31 3
66 30 4 0,81
G173 79 10CC CG GG C
0,04
91 8 0
92 7 1 0,96
Tabela 30 - Freqüência genotípica e alélica observada no estudo e esperada pelo Equilíbrio de Hardy-Weinberg para SNPs -11391G>A; -11377C>G,
+45T>G, +349A>G e Y111H em 262 indivíduos estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007
GG
Frequência genotípica Frequência alélica
G258 4 0CC CG GG C
0,01
98 2 0
98 2 0 0,99
111
Varia
ntes
SNP-
1137
7C>G
CC
(%)
CG
(%)
GG
(%)
CG
/GG
(%)
CC
(%)
CG
(%)
GG
(%)
CG
/GG
(%)
CC
(%)
CG
(%)
GG
(%)
CG
/GG
(%)
CC
(%)
CG
(%)
GG
(%)
CG
/GG
(%)
CC
(%)
CG
(%)
GG
(%)
CG
/GG
(%)
7126
329
n =
8515
015
6928
3n
= 31
5142
749
6630
434
SNP+
45T>
GTT
(%)
TG (%
)G
G (%
)TG
/GG
(%)
TT (%
)TG
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GG
(%)
TG/G
G (%
)TT
(%)
TG (%
)G
G (%
)TG
/GG
(%)
TT (%
)TG
(%)
GG
(%)
TG/G
G (%
)TT
(%)
TG (%
)G
G (%
)TG
/GG
(%)
7426
026
73n
= 27
0n
= 27
8019
120
7918
321
7821
122
SNP+
349A
>GA
A (%
)AG
(%)
GG
(%)
AG/G
G (%
)AA
(%)
AG
(%)
GG
(%)
AG
/GG
(%)
AA
(%)
AG (%
)G
G (%
)A
G/G
G (%
)AA
(%)
AG
(%)
GG
(%)
AG/G
G (%
)A
A (%
)AG
(%)
GG
(%)
AG
/GG
(%)
n =
8416
016
8119
019
7821
122
8116
319
8019
120
Y111
HC
C (%
)C
G (%
)G
G (%
)C
G/G
G (%
)C
C (%
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G (%
)G
G (%
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G/G
G (%
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G (%
)G
G (%
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G/G
G (%
)C
C (%
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G (%
)G
G (%
)C
G/G
G (%
)C
C (%
)C
G (%
)G
G (%
)C
G/G
G (%
)10
00
00
100
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099
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197
30
398
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2
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67TO
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262
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31
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45T>
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200
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2n
= 26
G3
n =
138
112
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1,4
10,6
±1,
6ns
10,7
±1,
510
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1,6
ns10
,7±
1,5
10,4
±1,
6ns
IMC
(Kg/
m2 )*
27,0
±6,
729
,5±
7,1
0,01
128
,1±
6,7
27,2
±7,
3ns
27,8
±7,
028
,1±
6,5
ns
ZIM
C*
1,7
±1,
22,
0±
1,0
0,04
81,
8±
1,1
1,7
±1,
3ns
1,8
±1,
21,
9±
1,1
ns
MG
(%)*
32,8
±9,
035
,4±
8,6
ns33
,9±
8,6
32,5
±10
,1ns
33,6
±9,
033
,8±
8,8
ns
CA
(cm
)*88
,2±
16,5
93,8
±16
,80,
016
90,7
±16
,588
,0±
18,0
ns90
,1±
17,1
90,4
±15
,9ns
PAS
(mm
Hg)
*11
1,8
±14
,311
1,6
±15
,8ns
111,
6±
14,2
112,
3±
16,9
ns11
2,0
±14
,411
0,8
±16
,5ns
PAD
(mm
Hg)
*71
,5±
11,6
71,9
±12
,1ns
71,2
±11
,973
,2±
11,1
ns71
,5±
12,1
72,3
±10
,1ns
NO
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205
57
64/3
6
53/4
7
209
61/3
8
51/4
9
53
50/5
056
/44
SNP
+349
A>G
AAAG
/GG
173
89
60/4
066
/34
51/4
951
/49
58/4
263
/37
SNP
+45T
>GTT
TG/G
GC
CC
G/G
G
Tabe
la 3
2 - C
arac
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ticas
clín
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262
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-11
377C
>G, +
45T>
G e
+34
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- 20
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200
7
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- 113
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113
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pPa
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86,9
±7,
885
,1±
7,4
ns86
,3±
7,4
86,4
±8,
6ns
86,0
±7,
287
,3±
9,5
ns
Insu
lina
(mU
/L)*
14,8
±10
,416
,3±
10,4
ns15
,8±
10,6
13,6
±9,
5ns
15,2
±10
,215
,6±
11,1
ns
Ácid
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(mg/
dL)*
4,6
±1,
15,
0±
1,0
0,01
74,
8±
1,1
4,7
±1,
0ns
4,8
±1,
14,
6±
0,8
ns
Col
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(mg/
dL)*
157,
3±
30,3
162,
7±
31,6
ns15
8,7
±31
,616
0,5
±27
,9ns
158,
0±
30,9
163,
3±
30,5
ns
LDLC
(mg/
dL)*
93,7
±27
,699
,5±
28,3
ns95
,9±
28,6
94,8
±25
,7ns
95,0
±28
,198
,2±
27,4
ns
HD
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g/dL
)*44
,5±
11,9
44,6
±11
,9ns
43,8
±11
,347
,1±
13,6
ns44
,2±
11,8
45,8
±12
,4ns
Trig
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dL)*
95,7
±44
,992
,9±
43,9
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,6±
44,3
91,7
±45
,3ns
94,7
±44
,594
,9±
45,1
ns
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(µg/
mL)
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5,6
13,4
±5,
7ns
12,9
±5,
514
,4±
5,8
0,04
313
,0±
5,7
13,7
±5,
4ns
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0,04
6#ns
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mL)
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36,3
±24
,3ns
33,2
±22
,431
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24,9
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,2±
22,5
35,5
±24
,7ns
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;
116
Id
entificação HAN KFMSParâmetros G90S G90SCaracterísticas clínicas
Sexo M F
Estadio puberal PP P
Idade (anos) 8,8 11,5
IMC (Kg/m2) 23,4 27,7
ZIMC 3,4 2,0
MG (%) 34 38
CA (cm) 77 102
PAS (mmHg) 90 120
PAD (mmHg) 60 90
Características laboratoriais
Glicose (mg/dL) 86,0 83,0
Insulina (mU/L) 6,4 12,6
Ácido úrico (mg/dL) 3,7 4,1
Colesterol total (mg/dL) 190,0 128,0
LDLC (mg/dL) 122,0 76,0
HDLC (mg/dL) 53,0 42,0
Triglicérides (mg/dL) 75,0 52,0
Adiponectina (µg/mL) 9,7 9,4
Tercil Adiponectina 1 1
Leptina (ng/mL) 26,5 16,2
NOTA: M: masculino; F: feminino; PP: pré-púbere; PUB: púbereIMC: índice de massa corpórea; ZIMC: desvio padrão do índice de massa corpórea; CA: circunferência
LDLC: Lipoproteína de baixa densIdade; HDLC: Lipoproteína de alta densIdadeabdominal; PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica;
Tabela 36 - Características clínicas e laboratoriais dos indivíduos com a presença de mutação G90S no exon 3 do gene da adiponectina - HCFMUSP - 2001 a 2007
117
Identificação HAN KFMSParâmetros G90S G90S
hiperinsulinemia 0 0
tercil HOMA-IR 1 2
HOMA-IR 1,4 2,6
HOMA%ß 85,6 258,6
HOMA%S 142,4 30,8
Tabela 37 - Índices de resistência à insulina dos indivíduos com a presença da mutação G90S no exon 3 do gene da Adiponectina - HCFMUSP - 2001 a 2007
abdominal; HDLC: lipoproteína de alta densIdade; TG: triglicérides; HAS hipertensão arterial sistêmica; SM: síndrome metabólica; HOMA%ß: Homeostasis Model Assessment para secreção de Insulina basal pela célula beta pancreática; HOMA%S: Homeostasis Model Assessment para avaliação de sensibilIdade à Insulina
HOMA-IR: Homeostasis Model Assessment para avaliação de resistência à Insulina; CA: circunferência
Identificação HAN KFMSParâmetros G90S G90S
CA ≥ p 90 s s
TGD n n
DM2 n n
Glicose ≥ 100 mg/dL n n
HDLC < 40 mg/dL n n
TG ATP ≥ 110 mg/dL n n
HAS PA > p90 n s
SM n n
Tabela 38 - Avaliação de SM dos indivíduos com a presença da mutação G90S no exon 3 do gene da
CA: circunferência abdominal; HDLC: lipoproteína de alta densIdade; TG: triglicérides; HAS hipertensão arterial sistêmica; SM: síndrome metabólica; TGD: tolerãncia à glicose diminuída; DM2: diabetes mellitus do tipo 2
adiponectina - HCFMUSP - 2001 a 2007
118
Haplótipos Haplótipos estudados Frequência (%)
C_C, G_G, G_G 0,8
C_C, T_G, A_A 3,1
C_C, T_G, A_G CTG 9,9
C_C, T_T, A_A CTA 50,4
C_C, T_T, A_G 1,9
C_G, G_G, G_G 0,4
C_G, T_G, A_A 1,1
C_G, T_G, A_G GGG 6,5
C_G, T_T, A_A GTA 21,8
C_G, T_T, A_G 0,4
G_G, T_T, A_A 3,4
G_G, T_T, A_G 0,4
Tabela 39 - Percentual de frequências encontradas para os haplótipos construídos com base nos SNP-11377C>G, SNP+45T>G e
SNP+349A>G, em 262 indivíduos - HCFMUSP - 2001 a 2007
G1 G2 G3 G4Haplótipos n = 23 n = 21 n = 117 n = 54
CTG 4 12 57 27
CTA* 15 12 55 18
GGG# 24 6 53 18
GTA* # 5 4 51 40
Tabela 40 - Frequência (%) dos haplótipos nos grupos
* p = 0,005 G1vs G4, p = 0,005 G2 vs G4, p = 0,015 G3 vs G4;
estudados - HCFMUSP - 2001 a 2007
# p = 0,009 G1 vs G4
119
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fer
2342
4641
4229
3030
CTG
CTA
GTA
TOTA
LG
GG
4747
6946
21
45
123
Variáveis Exp ß p
Sexo 0,5 0,2 _ 0,9 0,027
Estadio puberal 0,2 0,1 _ 0,6 0,004
Haplótipos
CTG 0,6 0,1 _ 2,5 0,465
CTA 0,3 0,1 _ 0,8 0,013
GGG 0,2 0,1 _ 1,0 0,053
GTA 1,0
Tabela 45 - Risco relativo ajustado por sexo e estadio puberal , tendo como variável resposta dependente obesidade em relação aos
haplótipos - HCFMUSP - 2001 a 2007IC 95%
Var
iável Exp ß p
Sexo 3,0 1,4 _ 6,2 0,003
Estadio puberal 1,1 0,4 _ 2,8 0,813
ZIMC 1,4 0,9 _ 2,1 0,123
Log HOMA-IR 3,2 0,8 _ 12,9 0,111
Haplótipos
CTG 5,2 1,2 _ 22,5 0,027
CTA 2,0 0,6 _ 6,5 0,272
GGG 1,0
IC 95%
Tabela 46 - Risco relativo ajustado por sexo, estadio puberal, e adiposidade tendo como variável resposta dependente hipertensão
em relação aos haplótipos - HCFMUSP - 2001 a 2007
124
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