Download - CASO CLÍNICO
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Acadêmico: Pierre Novais
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Identificação
Data de entrada: 29/01/2009 Prontuário 809530-9 Nome: JNO Sexo: Feminino Idade: 17 anos Estado Civil: outros Natural/Procedente: Goiânia Residência: Set. Vera Cruz
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Queixa Principal
USG anormal
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HDA
Paciente refere crescimento importante do volume abdominal, associado a aumento do peso (9kg em 2 meses).
Há 2 dias com dor abdominal discreta, tipo cólica, com sangramento vaginal discreto.
DUM: 24/11/2008 G1/P0/A0 IG: 9 semanas e 3 dias
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Exames
Físico: Toque vaginal evidencia colo grosso posterior. Fechado. Volume uterino maior que esperado para IG.
USG 28/01/2009: Nódulo miometrial hipervascularizado sugestivo de doença trofoblástica gestacional.
Beta-HCG: 23.134
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Hipótese + Conduta
HD: Neoplasia trofoblástica gestacional
Conduta: Misoprostol 200mg VV 4/4h e posterior curetagem (retirada pequena quantidade de restos ovulares)
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Neoplasia Trofoblática Gestacional
MOLA HIDATIFORME
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MOLA HIDATIFORME Neoplasias trofoblásticas gestacionais
(NTG) são quaisquer blastomas originários do tecido de revestimento das vilosidades coriais (trofoblasto).Podem ser de quatro tipos:
Mola Hidatiforme (parcial ou completa)
Corioadenoma destruens (mola invasora)
Coriocarcinoma
Tumor trofoblástico do sítio placentário
(São tumores funcionantes)
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MOLA HIDATIFORME Incidência:
1:80 a 1:2000
Maior na pop. Pobre
Maior em mal nutridos
Maior nos extremos de idade
Maior com antecedentes de gestação molar
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MOLA HIDATIFORME Patologia:
Macroscopia: Vesículas translúcidas cheias de líquido
claro, semelhante a cachos de uva ou hidátides
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MOLA HIDATIFORME
Microscopia: Proliferação trofoblástica Degeneração hidrópica Vascularização ausente ou deficiente
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MOLA HIDATIFORME Mola completa
Mais encontrada Grandes vesículas (cachos de uva) Ausência de feto e âmnio Genoma: 46 XX (90%); 46 XY ou XX (10%)
[dispermia] Ausência de embrião Edema generalizado das vilosidades Hiperplasia trofoblástica grosseira Níveis elevados de hCG-beta Maior probabilidade de transformação para
coriocarcinoma (2,5%)
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MOLA HIDATIFORME Mola incompleta
Pequenas vesículas hidrópicas (até 5mm) entremeadas em tecido trofoblástico normal
Existência de feto e/ou âmnio
Raramente evolui para as formas malignas
Cariótipo é habitualmente triplóide (69XXX/69 XXY): 2n de origem paterna e 1n de proveniência materna
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MOLA HIDATIFORME Quadro clínico:
O início da doença assemelha-se a gravidez normal ameaçada por perdas hemorrágicas
Distúrbios gravídicos exagerados (náuseas, vômitos e sialorréia)
Hemorragias por volta do 2º mês: indolor, sem causa aparente, de repetição, intensidade progressiva, aumento a cada novo surto
Corrimento amarelo sanioso: fruto da coagulação do sangue intra útero, com consequente escoamento do plasma
Emissão de vesículas
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MOLA HIDATIFORME Quadro clínico:
Anemia
Sinais tóxicos: náuseas, vômitos e sialorréia evoluindo com hipertensão, edema e proteinúria
Palpação evidencia AFU>IG. Cresce rápido, sangra e diminui de tamanho (útero em sanfona)
Auscultação frequentemente negativa
Toque da cérvice: moleza extrema
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MOLA HIDATIFORME Exames complementares:
USG TV – Áreas que correspondem às vesículas podem ser vistas. O diagnóstico diferencial é difícil no 1º treimestre (importância do anatomopatológico)
Dosagem de hCG: níveis comumente maiores que 100.000 UI/24h
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MOLA HIDATIFORME Tratamento:
Avaliar complicações (anemia, embolização trofoblástica)
Esvaziamento uterino
Aconselhamento (AC por 1 ano)
Acompanhar evolução do hCG
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BIBLIOGRAFIA
Obstetrícia: Jorge Rezende. 10ª edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2005.
Harrison Medicina Interna / editores: Dennis L. Kasper...[et AL]. 16. Ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill Interamericana do Brasil Ltda., 2006.
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E este paraíso chama-se MORRO DE SÃO PAULO/BA!
OBRIGADO!