Download - Cap IV Principais Períodos
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 12ª Edição. São Paulo: Ática, 1999, pp. 43- 48.
UNIDADE 1Cap. IV – Principais períodos da história da Filosofia
A Filosofia na HistóriaEstá na História: manifesta e exprime os problemas ainda não
compreendidos em cada época.Tem uma História: as soluções propostas pelos filósofos de
épocas anteriores tornam-se saberes adquiridos.
Principais períodos da Filosofia
Filosofia antiga (do séc VI a.C. ao séc VI d.C.): os quatro períodos da filosofia greco-romana, indo dos pré-socráticos aos grandes sistemas do período helenístico.
Filosofia patrística (do séc I ao séc VII). Inicia-se com as Epístolas de São Paulo e o Evangelho de São João e termina com o início da Filosofia Medieval.
Conciliação do Cristianismo com pensamento filosófico dos gregos e romanos.
Introdução pela patrística de novas idéias para a filosofia greco-romana: criação, pecado original, Deus como trindade una, encarnação de Deus, juízo final, etc. Consciência moral, homem interior, livre arbítrio, (Agostinho e Boécio).
Estabelecimento de Dogmas: verdades reveladas.Fé X Razão:Irreconciliáveis; Fé superior à razão: “Creio porque absurdo”.Conciliáveis; razão subordinada a fé “Creio para compreender”.Irreconciliáveis e não se misturam; campos distintos.
Filosofia Medieval (do séc VIII ao séc XIV). Pensadores europeus, árabes e judeus. Domínio da Igreja Romana, inclusive nas Universidades (escolástica).
Influências: Platão (Plotino) e Aristóteles (árabes).Conserva a patrística e acrescenta o problema dos Universais.
Surgimento da Filosofia Cristã (= teologia). Provas da existência de Deus.
Separação de finito e infinito. Razão X Fé. Corpo (matéria) e alma (espírito). Universo hierarquizado.
Subordinação do poder Temporal ao Espiritual.A disputacio como método filosófico. Princípio da
autoridade: base dos argumentos de uma autoridade reconhecida.
Filosofia da Renascença (séc XIV ao séc XVI). Descoberta das obras de Platão e de algumas novas obras de Aristóteles. “Retorno” as obras dos gregos e romanos. Três linhas de pensamento:
1 – Proveniente de Platão, neoplatonismo e Hermetismo: a natureza como ser vivo; o homem como um microcosmo; magia natural.
2 – Originária dos pensadores florentinos: valorização da vida ativa, isto é, a política. Resgate dos autores políticos da antiguidade. Contestação do poder do Império.
3 – O homem como artífice de seu próprio destino. Descobertas marítimas. Efervescência cultural e política que culminaram com a Reforma Protestante.
Filosofia Moderna (do séc XVI a meados do séc XVIII): Racionalismo Clássico. Três mudanças intelectuais:
1 – “Surgimento do sujeito do conhecimento”. Qual é a capacidade do intelecto humano para conhecer e demonstrar a verdade dos conhecimentos: reflexão.
Como o espírito ou intelecto pode conhecer o que é diferente dele?
2 – O conhecimento do exterior é possível se considerado enquanto representação, ou seja, idéias ou conceitos formulados pelo sujeito do conhecimento.
3 – A realidade é concebida como um sistema racional de mecanismos físicos, cuja estrutura profunda e invisível é matemática.
Ciência clássica: mecânica. A realidade é um sistema de causalidades racionais e rigorosas. Experimentação e tecnologia.
Filosofia da Ilustração ou Iluminismo (meados do séc XVII ao começo do séc XIX): Crença nos poderes da razão (as Luzes).
Pela razão é possível: liberdade, felicidade social e política (Revolução Francesa).
A razão: evolução e progresso. Homem: ser perfectível.Progresso das civilizações: aperfeiçoamento da razão.Natureza (reino das relações necessárias) diferente da
civilização (reino da liberdade).Biologia: centro no pensamento por causa da evolução.Artes: expressão do grau de progresso de uma civilização.Economia: estudo da origem da riqueza. Fisiocratas e
mercantilista.
Filosofia Contemporânea (meados do século XIX a atualidade).