Transcript
  • 1

    PR

    OCE

    SSO

    CAU

    TE

    LAR

    Den

    tro

    dess

    e lat

    ifnd

    io q

    ue

    o P

    roce

    sso

    Civ

    il, aq

    ui, n

    o In

    tens

    ivo

    II, e

    u cu

    ido

    de a

    lgun

    s as

    sunt

    os q

    ue

    so,

    bas

    icam

    ente

    , os

    seg

    uint

    es:

    Caut

    elar,

    Proc

    edim

    ento

    s E

    spec

    iais,

    Pro

    cedi

    men

    to S

    umr

    io e

    Pro

    vas

    em

    Esp

    cie

    .

    Bibl

    iogr

    afia

    : H

    trs b

    oas o

    bras

    no

    mer

    cado

    sobr

    e pr

    oces

    so c

    aute

    lar:

    H

    umbe

    rto T

    heod

    oro

    Jni

    or

    Ele

    tem

    um

    a ob

    ra e

    spec

    fica

    sob

    re is

    so q

    ue

    um

    a am

    plia

    o

    do

    Vol

    ume

    IV d

    o C

    urso

    dele

    .

    Din

    amar

    co

    Inst

    itui

    es d

    e D

    ireito

    Pro

    cess

    ual C

    ivil

    Proc

    esso

    Civ

    il M

    oder

    no d

    a RT

    1.

    GE

    NE

    RAL

    IDAD

    ES

    SOB

    RE

    O P

    RO

    CE

    SSO

    CAU

    TELA

    R

    D

    entr

    o de

    sse

    tpi

    co,

    eu q

    uero

    faz

    er d

    iver

    sas

    cons

    ider

    ae

    s, fu

    ndam

    enta

    is pa

    ra q

    ue e

    u po

    ssa

    dese

    nvol

    ver o

    con

    ted

    o do

    que

    o

    pro

    cess

    o ca

    utela

    r.

    Q

    uase

    tod

    os o

    s sis

    tem

    as p

    roce

    ssua

    is do

    mun

    do, a

    nalis

    ando

    os

    vrio

    s or

    dena

    men

    tos,

    anali

    sand

    o o

    dire

    ito c

    ompa

    rado

    , ado

    tam

    aqu

    ela d

    ivis

    o do

    pro

    cess

    o co

    nfor

    me

    a su

    a fin

    alid

    ade,

    de m

    odo

    que

    ning

    um

    du

    vida

    que

    , nes

    ses s

    istem

    as p

    roce

    ssua

    is civ

    is m

    oder

    nos,

    os p

    roce

    ssos

    so

    divi

    dido

    s em

    trs

    gra

    ndes

    gru

    pos:

    I P

    roce

    sso

    de C

    onhe

    cim

    ento

    E

    le te

    m u

    ma

    ndo

    le em

    inen

    tem

    ente

    dec

    lara

    tria

    . A fi

    nalid

    ade

    do

    proc

    esso

    de

    conh

    ecim

    ento

    que

    , ali

    s, te

    m p

    revi

    so

    no L

    ivro

    I, d

    o CP

    C br

    asile

    iro,

    diz

    er q

    uem

    est

    ce

    rto,

    di

    zer

    se o

    dire

    ito s

    ocor

    re a

    o au

    tor,

    ou s

    e o

    dire

    ito s

    ocor

    re a

    o r

    u. T

    odos

    os

    siste

    mas

    do

    mun

    do a

    dota

    m, a

    o m

    enos

    , um

    pro

    cess

    o de

    con

    hecim

    ento

    cuj

    a fin

    alid

    ade

    de

    ace

    rtam

    ento

    , de

    dize

    r que

    m e

    st

    certo

    ou

    erra

    do.

    Ns

    som

    os u

    m d

    os p

    ouco

    s pa

    ses

    do m

    undo

    que

    usa

    a e

    xpre

    sso

    pr

    oces

    so d

    e co

    nhec

    imen

    to,

    que

    a

    tradu

    o

    liter

    al do

    itali

    ano

    pro

    cess

    o di

    cog

    nizi

    one

    . Mas

    , tec

    nica

    men

    te, t

    odos

    os

    pase

    s de

    lng

    ua l

    atin

    a, qu

    ando

    vo

    se

    refe

    rir a

    ess

    e pr

    oces

    so,

    usam

    a e

    xpre

    sso

    pr

    oces

    so d

    ecla

    rativ

    o (

    Portu

    gal,

    Esp

    anha

    , A

    rgen

    tina)

    , que

    u

    ma

    expr

    ess

    o m

    uito

    mais

    pr

    xim

    a do

    que

    real

    men

    te

    o p

    roce

    sso

    de c

    onhe

    cimen

    to.

    II

    Pro

    cess

    o de

    Exe

    cu

    o

    Tem

    pre

    vis

    o no

    Liv

    ro II

    , do

    Cdi

    go d

    e Pr

    oces

    so C

    ivil.

    E o

    pro

    cess

    o de

    exe

    cu

    o

    a af

    irma

    o d

    a so

    bera

    nia

    do E

    stado

    . E e

    u qu

    ero

    dize

    r o

    qu,

    com

    isso

    ?

    que

    no

    adi

    anta

    ria

    nada

    voc

    de

    clara

    r que

    m e

    st

    certo

    , diz

    er q

    uem

    dev

    e, di

    zer q

    uem

    no

    dev

    e, se

    voc

    n

    o tiv

    esse

    , disp

    osto

    pel

    o sis

    tem

    a, m

    ecan

    ismos

    suf

    icien

    tes

    para

    pod

    er s

    atisf

    azer

    o d

    ireito

    pre

    viam

    ente

    dec

    lara

    do. E

    m b

    om P

    ortu

    gus

    , se

    ria o

    segu

    inte

    : o E

    stad

    o se

    ria u

    m fr

    aco,

    se e

    le n

    o pu

    dess

    e fa

    zer c

    om q

    ue a

    s pa

    rtes

    coer

    citiv

    amen

    te fo

    ssem

    co

    mpe

    lidas

    ao

    cum

    prim

    ento

    das

    dec

    ises

    . Por

    isso

    que

    o si

    stem

    a pr

    estig

    ia, n

    o Li

    vro

    II, d

    o C

    PC, u

    m se

    gund

    o tip

    o de

    pro

    cess

    o, d

    enom

    inad

    o Pr

    oces

    so d

    e E

    xecu

    o,

    cuj

    a fin

    alida

    de

    nica

    e e

    xclu

    siva

    a

    de s

    atisf

    azer

    o

    dire

    ito p

    revi

    amen

    te d

    eclar

    ado.

    O

    que

    inte

    ress

    a ne

    ste

    mom

    ento

    e o

    que

    eu

    quer

    o qu

    e vo

    c p

    erce

    ba

    que

    , tan

    to n

    o pr

    oces

    so d

    e co

    nhec

    imen

    to, q

    uand

    o no

    pro

    cess

    o de

    exe

    cu

    o,

    que

    voc

    pe

    rceb

    a a

    finali

    dade

    de

    ambo

    s, qu

    e

    real

    izar

    o

    dire

    ito m

    ater

    ial.

    lu

    z de

    ssa

    idia

    de

    instr

    umen

    talid

    ade

    do p

    roce

    sso,

    lu

    z de

    ssa

    idia

    de

    proc

    esso

    com

    o in

    stru

    men

    to d

    e ob

    ten

    o d

    e tu

    tela

    , voc

    te

    m q

    ue e

    nten

    der q

    ue, t

    anto

    o p

    roce

    sso

    de c

    onhe

    cimen

    to, q

    uand

    o o

    proc

    esso

    de

    exec

    uo

    , est

    o p

    reoc

    upad

    os c

    om o

    dire

    ito m

    ater

    ial, c

    om a

    apl

    ica

    o do

    Cd

    igo

    Civ

    il, d

    o C

    digo

    Co

    mer

    cial

    , do

    Cdi

    go T

    ribut

    rio

    , da

    legi

    sla

    o qu

    e vo

    c q

    uise

    r. po

    rque

    eu

    no

    esto

    u pr

    eocu

    pado

    aqu

    i com

    qu

    est

    es r

    elaci

    onad

    as a

    o pr

    prio

    pro

    cess

    o, m

    as s

    im c

    om q

    uest

    es

    rela

    cion

    adas

    ao

    efeit

    o m

    ater

    ial. V

    ai te

    r so

    rte

    no p

    roce

    sso

    de c

    onhe

    cimen

    to,

    vai

    ter

    sorte

    no

    proc

    esso

    de

    exec

    uo

    , qu

    em t

    iver

    raz

    o n

    o di

    reito

    m

    ater

    ial. E

    isso

    fu

    ndam

    enta

    l que

    voc

    pe

    rceb

    a, po

    rque

    e

    xata

    men

    te a

    par

    tir d

    esse

    racio

    cni

    o, q

    ue e

    u po

    sso

  • 2

    dese

    nvol

    ver

    o l

    timo

    tipo

    de p

    roce

    sso

    que

    on

    de s

    e co

    ncen

    tram

    as

    noss

    as a

    ten

    es,

    que

    o

    proc

    esso

    ca

    utel

    ar, q

    ue te

    m p

    revi

    so

    no L

    ivro

    III,

    do C

    PC.

    III

    Pr

    oces

    so C

    aute

    lar

    D

    ifere

    ntem

    ente

    do

    proc

    esso

    de

    conh

    ecim

    ento

    e d

    o pr

    oces

    so d

    e ex

    ecu

    o, a

    cau

    tela

    r n

    o te

    m p

    or f

    inal

    idad

    e re

    aliza

    r o

    dire

    ito m

    ater

    ial.

    A f

    inali

    dade

    do

    proc

    esso

    cau

    tela

    r

    emin

    ente

    men

    te g

    aran

    tista

    . Gar

    antis

    ta d

    o qu

    ? G

    aran

    tia d

    e um

    pro

    cess

    o pr

    incip

    al. A

    fina

    lidad

    e do

    pro

    cess

    o ca

    utel

    ar

    a d

    e ga

    rant

    ir a

    efic

    cia

    de

    um p

    roce

    sso

    prin

    cipa

    l. E

    exa

    tam

    ente

    por

    que

    no

    serv

    e pa

    ra tu

    tela

    r o

    dire

    ito m

    ater

    ial,

    qu

    e n

    s pod

    emos

    diz

    er q

    ue o

    pro

    cess

    o ca

    utel

    ar n

    o re

    aliz

    a o

    dire

    ito m

    ater

    ial.

    E

    nqua

    nto

    na e

    xecu

    o

    e no

    con

    hecim

    ento

    voc

    ga

    nha

    se ti

    ver

    o di

    reito

    mat

    erial

    , a c

    aute

    lar

    no

    se

    preo

    cupa

    se

    voc

    est

    ce

    rto o

    u es

    t e

    rrad

    o do

    pon

    to d

    e vi

    sta

    do d

    ireito

    mat

    erial

    por

    que

    ela n

    o s

    e pr

    eocu

    pa

    em p

    rote

    g-lo

    . Ela

    se p

    reoc

    upa

    em p

    rote

    ger,

    sim, u

    m o

    utro

    pro

    cess

    o. S

    em d

    vid

    a al

    gum

    a, o

    proc

    esso

    cau

    tela

    r

    o m

    ais

    proc

    essu

    al d

    os p

    roce

    ssos

    , por

    que

    o

    proc

    esso

    que

    visa

    pro

    tege

    r o

    outro

    pro

    cess

    o. E

    u go

    sto

    mui

    to

    de u

    ma

    expr

    ess

    o, d

    e um

    a m

    etf

    ora

    que

    eu fa

    o, d

    izen

    do q

    ue o

    pro

    cess

    o ca

    utela

    r u

    m v

    erda

    deiro

    pro

    cess

    o-m

    ordo

    mo.

    Iss

    o po

    rque

    o p

    roce

    sso

    caut

    elar

    s

    exist

    e pa

    ra s

    ervi

    r ao

    pro

    cess

    o pr

    incip

    al, q

    ue p

    ode

    ser

    um

    proc

    esso

    de

    exec

    uo

    ou

    pode

    ser

    um

    pro

    cess

    o de

    con

    hecim

    ento

    . O p

    roce

    sso

    caut

    elar

    no

    exi

    ste p

    or s

    i s.

    E

    le se

    mpr

    e te

    m q

    ue e

    star

    atr

    elado

    p

    rote

    o

    de u

    m p

    roce

    sso

    prin

    cipal,

    exa

    tam

    ente

    por

    que

    o pr

    oces

    so

    caut

    elar

    no

    obj

    etiv

    a re

    aliza

    r o

    prp

    rio d

    ireito

    mat

    eria

    l, m

    as,

    sim,

    prot

    eger

    a e

    ficc

    ia d

    e um

    pro

    cess

    o pr

    inci

    pal. N

    s n

    o p

    odem

    os e

    sque

    cer q

    ue e

    xist

    em c

    erta

    s sit

    ua

    es d

    e ris

    co n

    o sis

    tem

    a, qu

    e fa

    zem

    com

    que

    se

    torn

    e ne

    cess

    ria

    um

    a tu

    tela

    de

    urg

    ncia,

    par

    a qu

    e n

    o ha

    ja p

    erec

    imen

    to d

    e be

    ns o

    u de

    dire

    itos.

    Tod

    a ve

    z qu

    e eu

    est

    iver

    na

    imin

    ncia

    de

    sofr

    er u

    m p

    reju

    zo,

    pela

    fal

    ta d

    e um

    a tu

    tela

    de

    urg

    ncia

    , que

    com

    prom

    eta

    um

    pouc

    o do

    pro

    cess

    o pr

    inci

    pal,

    surg

    e es

    se p

    roce

    sso

    caut

    elar.

    Para

    que

    eu

    poss

    a en

    cerr

    ar a

    s ge

    nera

    lidad

    es e

    pas

    sar

    para

    o t

    pico

    seg

    uint

    e, eu

    fa

    o um

    lti

    mo

    com

    ent

    rio c

    om v

    ocs

    e a

    gen

    te m

    ata

    essa

    idi

    a pr

    elim

    inar

    do

    que

    um

    pro

    cess

    o ca

    utela

    r, pr

    oces

    so q

    ue

    sem

    pre

    serv

    e a

    um p

    roce

    sso

    prin

    cipal

    . E

    a

    ltim

    a ob

    serv

    ao

    im

    porta

    nte,

    que

    voc

    s d

    evem

    ano

    tar,

    a

    segu

    inte

    : a ra

    iz, o

    ber

    o d

    o pr

    oces

    so c

    aute

    lar e

    st

    na C

    onst

    itui

    o F

    eder

    al. S

    eu fu

    ndam

    ento

    da

    sua

    exist

    nci

    a

    um fu

    ndam

    ento

    con

    stitu

    cion

    al: a

    rt. 5

    , X

    XX

    V, d

    a CF

    : A

    lei n

    o e

    xclu

    ir d

    a ap

    recia

    o

    do P

    oder

    Judi

    cir

    io

    leso

    ou

    amea

    a a

    dire

    ito.

    Na

    med

    ida e

    m q

    ue a

    cau

    tela

    r obj

    etiv

    a exa

    tam

    ente

    tute

    lar e

    ssa

    situa

    o

    de ri

    sco

    ao

    proc

    esso

    prin

    cipal,

    diz

    -se,

    e a

    dout

    rina

    un

    iform

    e ne

    sse

    sent

    ido,

    que

    o p

    roce

    sso

    caut

    elar

    tem

    ber

    o

    cons

    tituc

    iona

    l. E

    u fa

    lei q

    ue e

    ra a

    lti

    ma,

    mas

    ain

    da h

    ou

    tra c

    onsid

    era

    o a

    ser

    feita

    . Eu

    quer

    ia q

    ue v

    oc

    perc

    ebes

    se

    o se

    guin

    te: e

    ssa

    divi

    so

    entre

    pro

    cess

    o de

    con

    heci

    men

    to, p

    roce

    sso

    de e

    xecu

    o

    e pr

    oces

    so c

    aute

    lar

    um

    a di

    vis

    o ac

    adm

    ica,

    porq

    ue h

    um

    a te

    ndn

    cia m

    uito

    for

    te d

    o pr

    oces

    so c

    ivil

    mod

    erno

    de

    acab

    ar c

    om a

    au

    tono

    mia

    dess

    es tr

    s p

    roce

    ssos

    , de

    form

    a qu

    e eu

    pas

    se a

    ter,

    com

    o j

    oco

    rre

    na e

    xecu

    o,

    a fu

    so

    dess

    as tr

    s

    ativ

    idad

    es (c

    onhe

    cimen

    to, e

    xecu

    o

    e ca

    utel

    ar)

    em u

    m

    nico

    pro

    cess

    o. E

    ssa

    um

    a te

    ndn

    cia

    que

    no

    tem

    vo

    lta. J

    fun

    dira

    m a

    exe

    cu

    o e

    a et

    apa s

    egui

    nte

    das r

    efor

    mas

    legi

    slativ

    as, j

    ve

    m se

    ndo

    traba

    lhad

    o um

    pro

    jeto

    pe

    lo I

    nstit

    uto

    Bras

    ileiro

    de

    Dire

    ito P

    roce

    ssua

    l par

    a se

    r lev

    ado

    ao C

    ongr

    esso

    no

    sent

    ido

    de a

    caba

    r co

    m a

    au

    tono

    mia

    do p

    roce

    sso

    caut

    elar

    , pe

    lo m

    enos

    com

    o p

    roce

    sso

    caut

    elar

    incid

    enta

    l. Se

    j

    tem

    a

    o de

    co

    nhec

    imen

    to a

    juiza

    da, q

    ue

    o p

    roce

    sso

    prin

    cipa

    l, se

    j t

    em a

    o

    de e

    xecu

    o

    ajui

    zada

    , que

    o

    pro

    cess

    o pr

    inci

    pal,

    no

    tem

    sen

    tido

    eu p

    edir

    uma

    caut

    elar d

    e ar

    rest

    o, d

    e se

    ques

    tro, n

    um o

    utro

    pro

    cess

    o.

    mui

    to m

    ais

    lgi

    co q

    ue e

    u fa

    a e

    sse

    pedi

    do n

    o pr

    prio

    con

    heci

    men

    to, n

    a pr

    pria

    exe

    cu

    o. E

    ssa

    um

    a te

    ndn

    cia

    natu

    ral

    das

    coisa

    s se

    des

    envo

    lver

    em. E

    m u

    m f

    utur

    o m

    uito

    pr

    xim

    o, e

    ssa

    divi

    so

    entr

    e co

    nhec

    imen

    to, e

    xecu

    o

    e ca

    utel

    ar, h

    oje

    aind

    a m

    uito

    impo

    rtant

    e do

    pon

    to d

    e vi

    sta

    acad

    mico

    , s

    vai s

    ervi

    r aca

    dem

    icam

    ente

    por

    que,

    na

    prt

    ica, o

    pro

    cess

    o va

    i des

    envo

    lver

    , tan

    to a

    tivid

    ades

    de

    exec

    uo

    , com

    o de

    con

    heci

    men

    to, c

    omo

    caut

    elar

    es.

    2.

    PRO

    CESS

    O C

    AUTE

    LAR

    SAT

    ISFA

    TIV

    O?

    To

    do m

    undo

    j o

    uviu

    fala

    r da

    tal d

    a ca

    utela

    r sat

    isfat

    iva.

    O q

    ue se

    ria is

    so? S

    eria

    uma

    pret

    ensa

    cau

    tela

    r no

    inte

    rior d

    o pr

    oces

    so p

    rincip

    al. S

    eria

    um

    a ca

    utela

    r que

    no

    serv

    iria d

    e m

    ordo

    mo.

    Ser

    ia u

    ma

    caut

    elar

    que

    ela

    , so

    zinh

    a, se

    ria c

    apaz

    de

    satis

    faze

    r o d

    ireito

    das

    par

    tes.

    Ela

    seria

    um

    a ca

    utela

    r que

    no

    tute

    la di

    reito

    pro

    cess

    ual,

    seria

    um

    a ca

    utel

    ar q

    ue tu

    tela

    dire

    ito m

    ater

    ial. A

    lfred

    o Bu

    zaid

    , que

    foi o

    prin

    cipa

    l rela

    tor d

    o pr

    ojet

    o do

    Cd

    igo

  • 3

    de P

    roce

    sso

    Civi

    l de

    1973

    , tin

    ha a

    seg

    uint

    e sin

    uca

    de b

    ico n

    a m

    o: e

    le co

    loco

    u as

    reg

    ras

    gera

    is de

    pro

    cess

    o ci

    vil n

    o liv

    ro I

    , col

    ocou

    a e

    xecu

    o

    no li

    vro

    II e

    a,

    o qu

    e ac

    onte

    ceu?

    Ele

    paro

    u e

    falo

    u:

    eu te

    nho

    aind

    a um

    m

    onte

    de

    med

    idas

    que

    eu

    prec

    iso t

    utela

    r, s

    que

    tem

    um

    peq

    ueno

    det

    alhe

    : es

    sas

    med

    idas

    , pa

    ra s

    erem

    tu

    telad

    as, t

    m q

    ue se

    r tut

    elada

    s por

    um

    pro

    cess

    o m

    ais r

    pido

    e o

    pro

    blem

    a

    que

    se e

    u te

    nho

    o co

    nhec

    imen

    to

    no L

    ivro

    I, se

    eu

    tenh

    o a

    exec

    uo

    no

    Livr

    o II

    e se

    eu

    tenh

    o as

    cau

    telar

    es le

    gtim

    as n

    o Li

    vro

    III,

    eu te

    nho

    que

    dar

    um je

    ito d

    e cr

    iar p

    ara

    elas

    alg

    o r

    pido

    . S

    que,

    na

    poca

    , a d

    outr

    ina

    no

    era

    to

    evol

    uda

    a p

    onto

    de

    adm

    itir u

    m q

    uart

    o tip

    o de

    pro

    cess

    o, u

    m p

    roce

    sso

    anm

    alo,

    que

    no

    enc

    aixa

    va, n

    em n

    o co

    nhec

    imen

    to, n

    em

    na e

    xecu

    o

    e ne

    m n

    a ca

    utela

    r. E

    nto

    , qu

    al f

    oi a

    sac

    ada

    do B

    uzaid

    ? D

    e es

    colh

    er e

    ntre

    os

    trs

    tipos

    de

    proc

    esso

    qu

    e ha

    via

    (con

    heci

    men

    to,

    exec

    uo

    e

    caut

    elar

    legti

    mo)

    o m

    ais r

    pid

    o er

    a o

    caut

    elar

    . O

    pr

    oced

    imen

    to d

    o ca

    utel

    ar, a

    lm

    de

    ser

    mais

    enx

    uto,

    u

    m p

    roce

    dim

    ento

    que

    per

    mite

    a a

    nlis

    e do

    s fa

    tos

    atra

    vs

    de c

    ogni

    o

    sum

    ria

    , at

    rav

    s de

    ju

    zo d

    e pr

    obab

    ilida

    de.

    O j

    uiz

    no

    prec

    isa e

    star

    con

    venc

    ido

    abso

    luta

    men

    te, b

    asta

    que

    ele

    se c

    onve

    na

    parc

    ialm

    ente

    da

    verd

    ade.

    Ent

    o, o

    que

    o B

    uzai

    d fe

    z? E

    u qu

    ero

    que

    voc

    ent

    enda

    que

    foi

    um

    a de

    ciso

    que

    pod

    e se

    r cr

    itica

    da h

    oje,

    mas

    , na

    poc

    a, fo

    i alg

    o br

    ilhan

    te. E

    le fe

    z o

    segu

    inte

    : ele

    peg

    ou u

    m m

    onte

    de

    med

    idas

    que

    no

    tin

    ham

    abs

    olut

    amen

    te n

    ada

    de c

    aute

    lar,

    que

    no

    tinha

    on

    de e

    ncaix

    ar n

    o C

    digo

    e s

    ocou

    no

    Livr

    o II

    I, do

    CPC

    . E a

    raz

    o d

    e ele

    col

    ocar

    toda

    s es

    sas

    med

    idas

    no

    ca

    utel

    ares

    no

    Livr

    o II

    I, do

    CPC

    , foi

    um

    a s

    : cel

    erid

    ade.

    Porq

    ue se

    foss

    e pa

    ra se

    r rig

    oros

    o, e

    ssas

    med

    idas

    , que

    n

    o s

    o ca

    utel

    ares

    , mas

    que

    est

    o n

    o Li

    vro

    III p

    or c

    ausa

    da

    cele

    ridad

    e, d

    ever

    iam

    esta

    r, ou

    no

    Livr

    o I,

    ou n

    o Li

    vro

    II, o

    u no

    Liv

    ro IV

    , do

    CPC,

    que

    trat

    a do

    s pro

    cedi

    men

    tos

    espe

    ciais.

    Eu

    quer

    o da

    r exe

    mpl

    o, s

    par

    a vo

    c e

    nten

    der a

    idi

    a do

    Buz

    aid. E

    le pe

    nsou

    na

    segu

    inte

    hip

    tes

    e do

    di

    reito

    mat

    erial

    : o p

    ai pe

    ga o

    men

    ino

    para

    pas

    sear

    em

    um

    a vi

    sita

    e so

    me

    com

    ele.

    O q

    ue a

    me

    faz

    par

    a re

    cupe

    rar o

    filh

    o? B

    usca

    e a

    pree

    nso

    . Na

    real,

    esq

    uece

    a p

    esso

    a! E

    la te

    m u

    m t

    tulo

    exe

    cutiv

    o? T

    em! A

    gua

    rda

    um

    ttu

    lo e

    xecu

    tivo,

    no

    ?

    Tecn

    icam

    ente

    , ela

    far

    ia o

    qu

    ? E

    xecu

    o

    para

    ent

    rega

    de

    coisa

    . Mas

    no

    fic

    a be

    m f

    alar

    que

    o m

    oleq

    ue

    um

    a co

    isa. S

    qu

    e eu

    ten

    ho q

    ue d

    ar p

    ara

    ele u

    ma

    med

    ida

    que

    seja

    cap

    az d

    e sa

    tisfa

    zer

    o di

    reito

    . O q

    ue o

    Buz

    aid f

    ez?

    Tra

    ta-s

    e de

    um

    a ex

    ecu

    o, s

    qu

    e pa

    ra s

    er m

    ais r

    pid

    o, p

    orqu

    e o

    men

    ino

    est

    em

    situ

    ao

    de

    risco

    , eu

    col

    oco

    onde

    ess

    a bu

    sca

    e ap

    reen

    so?

    Pro

    cess

    o Ca

    utel

    ar, L

    ivro

    III

    . A

    gora

    , par

    a e

    pens

    a: bu

    sca

    e ap

    reen

    so

    do m

    enor

    . Ach

    ou. E

    st

    na c

    asa

    da a

    v. O

    que

    o o

    ficia

    l de

    just

    ia fa

    z?

    Apr

    eend

    e e

    devo

    lve

    para

    a m

    e. O

    que

    ela

    faz

    dep

    ois?

    Nad

    a! E

    la j

    est

    ple

    nam

    ente

    sat

    isfeit

    a do

    pon

    to d

    e vi

    sta

    mat

    erial

    . Iss

    o

    uma

    busc

    a e

    apre

    ens

    o? I

    sso

    um

    a ca

    utela

    r sa

    tisfa

    tiva?

    Por

    que

    c

    aute

    lar

    satis

    fativ

    a?

    Porq

    ue n

    o

    cau

    tela

    r! E

    ra p

    ara

    ser u

    ma

    exec

    uo

    ! Mas

    est

    no

    Liv

    ro II

    I por

    op

    o le

    gisla

    tiva.

    Vou

    dar

    mais

    um

    exe

    mpl

    o m

    uito

    bom

    o

    do

    art.

    844,

    do

    CPC

    , qu

    e te

    m s

    ido

    usad

    o m

    uito

    ul

    timam

    ente

    na

    exib

    io.

    u

    ma

    med

    ida

    usad

    a po

    r aqu

    ele

    que,

    por q

    uest

    es c

    ontr

    atua

    is ou

    lega

    is, ti

    ver d

    ireito

    de

    ver

    um

    a co

    isa o

    u um

    doc

    umen

    to q

    ue e

    st

    em p

    oder

    alh

    eio.

    Exe

    mpl

    o cl

    ssic

    o s

    o as

    exi

    bi

    es d

    e ex

    trato

    s ba

    ncr

    ios p

    ara a

    juiz

    amen

    to d

    essa

    s a

    es d

    e ca

    dern

    eta

    de p

    oupa

    na.

    Ar

    t. 84

    4 -

    Tem

    luga

    r, co

    mo

    proc

    edim

    ento

    pre

    para

    trio

    , a e

    xibi

    o

    judi

    cial:

    I -

    de c

    oisa

    mv

    el em

    pod

    er d

    e ou

    trem

    e q

    ue o

    req

    uere

    nte

    repu

    te

    sua

    ou te

    nha

    inte

    ress

    e em

    con

    hece

    r; II

    - de

    doc

    umen

    to p

    rpr

    io o

    u co

    mum

    , em

    pod

    er d

    e co

    -inte

    ress

    ado,

    s

    cio, c

    ond

    min

    o, c

    redo

    r ou

    deve

    dor;

    ou e

    m p

    oder

    de

    terc

    eiro

    que

    o te

    nha

    em

    sua

    guar

    da,

    com

    o in

    vent

    aria

    nte,

    te

    stam

    ente

    iro,

    depo

    sitr

    io

    ou

    adm

    inist

    rado

    r de

    bens

    alhe

    ios;

    III

    - da

    esc

    ritur

    ao

    com

    ercia

    l por

    inte

    iro, b

    alan

    os e

    doc

    umen

    tos

    de a

    rqui

    vo, n

    os c

    asos

    exp

    ress

    os e

    m le

    i.

    Q

    ue r

    isco

    que

    voc

    tem

    de

    no

    rece

    ber

    os d

    ocum

    ento

    s qu

    e vo

    c p

    recis

    a ve

    r? T

    em r

    isco

    dess

    e do

    cum

    ento

    sum

    ir? N

    o, o

    ban

    co n

    o v

    ai co

    loca

    r fog

    o no

    doc

    umen

    to. S

    qu

    e vo

    c te

    m u

    rgn

    cia

    para

    ver

    at

    pa

    ra a

    valia

    r se

    vai

    ou n

    o e

    ntra

    r co

    m a

    a

    o. S

    qu

    e, te

    cnic

    amen

    te, q

    uand

    o vo

    c e

    ntra

    com

    um

    a a

    o d

    e ex

    ibi

    o,

    um

    a a

    o d

    e ob

    riga

    o d

    e fa

    zer (

    mos

    trar o

    s ex

    trato

    s), e

    isso

    pod

    eria

    ser

    tute

    lado

    pel

    o ar

    t. 46

    1, d

    o CP

    C.

    , s

    que

    aqui

    , eu

    prec

    iso d

    e um

    pou

    co m

    ais

    de c

    elerid

    ade.

    Ent

    o, o

    que

    o B

    uzaid

    fez?

    Inv

    ento

    u um

    a a

    o d

    e ob

    riga

    o d

    e fa

    zer m

    ais r

    pida

    . Se

    eu c

    oloc

    ar n

    o Li

    vro

    I, n

    o fu

    ncio

    na. E

    nto

    , vou

    col

    oc-

    la n

    o Li

    vro

    III,

    que

    func

    iona

    com

    o pr

    oces

    so c

    aute

    lar.

    Ent

    o, a

    exi

    bi

    o

    o se

    guin

    te: e

    u pe

    o p

    ara

    olha

    r os

    ext

    rato

    s. O

    ba

    nco

    fala

    : os

    ext

    rato

    s es

    to

    aqui

    e v

    oc

    no

    tinha

    sald

    o no

    per

    odo

    que

    voc

    qu

    er r

    eclam

    ar.

    O q

    ue e

    u fa

    o?

    Nad

    a. A

    cabo

    u. N

    o fa

    o n

    ada

    depo

    is. O

    s ex

    trato

    s n

    o se

    rvira

    m p

    ara

    a a

    o p

    rincip

    al. E

    qua

    l a

    a

    o pr

    inci

    pal?

    No

    tem

    . A e

    xibi

    o

    sa

    tisfa

    tiva.

    No

    fic

    a vi

    ncul

    ada

    a um

    a a

    o p

    rincip

    al, e

    xata

    men

    te p

    orqu

    e

  • 4

    poss

    o ve

    r alg

    o qu

    e m

    e in

    tere

    ssa,

    com

    o po

    sso

    ver a

    lgo

    que

    no

    me

    inte

    ress

    a. E

    ess

    e

    o ra

    cioc

    nio.

    E d

    ever

    ia

    esta

    r no

    pro

    cess

    o de

    con

    hecim

    ento

    por

    ser

    um

    a ob

    riga

    o d

    e fa

    zer.

    Cont

    udo,

    foi

    inclu

    da

    no L

    ivro

    III

    por

    pu

    ra o

    po

    legi

    slativ

    a.

    Eu

    pode

    ria fi

    car a

    qui o

    dia

    inte

    iro fi

    car d

    ando

    exe

    mpl

    inho

    s de

    caut

    elar

    es q

    ue e

    sto

    no

    Livr

    o II

    I, pa

    ra

    voc

    ver

    ifica

    r que

    o L

    ivro

    III

    um

    a ve

    rdad

    eira

    esb

    rnia.

    Esb

    rni

    a po

    rque

    l te

    m u

    m m

    onte

    de

    med

    idas

    que

    n

    o s

    o ca

    utel

    ares

    . Par

    a eu

    fech

    ar e

    com

    ear

    a ar

    rum

    ar o

    seu

    cade

    rno,

    um

    a l

    tima

    obse

    rva

    o.

    E

    sse

    prob

    lema

    da c

    aute

    lar

    satis

    fativ

    a ac

    abou

    sen

    do p

    reju

    dica

    do p

    ela tu

    tela

    ant

    ecip

    ada

    que

    foi c

    riada

    em

    199

    4. H

    oje,

    mui

    tas

    coisa

    s qu

    e er

    am p

    edid

    as c

    omo

    caut

    elar

    es s

    atisf

    ativ

    as, p

    odem

    ser

    ped

    idas

    com

    o tu

    tela

    an

    tecip

    ada.

    Ent

    o, o

    tem

    a ca

    utela

    r sa

    tisfa

    tiva

    acab

    a se

    ndo

    um p

    ouco

    pre

    judi

    cado

    , em

    bora

    a ju

    rispr

    udn

    cia

    aind

    a ad

    mita

    , por

    con

    ta d

    a po

    ssib

    ilida

    de d

    e eu

    obt

    er m

    edid

    as s

    atisf

    ativ

    as a

    ttu

    lo d

    e an

    tecip

    ao

    de

    tute

    la.

    Sabe

    qua

    ndo

    essa

    s ca

    utela

    res

    satis

    fativ

    as c

    oube

    ram

    mui

    to?

    Na

    poc

    a do

    blo

    queio

    dos

    Cru

    zado

    s, no

    Pla

    no

    Collo

    r. O

    cab

    oclo

    ent

    rava

    com

    a

    o ca

    utela

    r pe

    dind

    o o

    desb

    loqu

    eio d

    os v

    alore

    s bl

    oque

    ados

    pel

    o G

    over

    no.

    Ess

    a er

    a um

    a ca

    utel

    ar sa

    tisfa

    tiva.

    Hoj

    e, vo

    c e

    ntra

    ria (p

    orqu

    e de

    pois

    de 1

    994)

    com

    um

    a a

    o d

    e ob

    riga

    o d

    e fa

    zer c

    om p

    edid

    o de

    tute

    la an

    tecip

    ada.

    No

    tem

    sent

    ido

    mais

    ajui

    zar u

    ma c

    aute

    lar sa

    tisfa

    tiva

    dess

    as.

    Ess

    e co

    me

    o de

    Teo

    ria G

    eral

    se

    mpr

    e m

    ais p

    robl

    emt

    ico, m

    as v

    oc

    pode

    ano

    tar o

    segu

    inte

    : A

    que

    sto

    das

    cau

    telar

    es s

    atisf

    ativ

    as

    um

    fals

    o pr

    oble

    ma.

    Isso

    por

    que,

    no L

    ivro

    III

    , do

    CPC,

    por

    pu

    ra q

    uest

    o d

    e co

    nven

    inc

    ia le

    gisla

    tiva,

    inse

    riram

    -se

    alm

    de

    proc

    esso

    s gen

    uina

    men

    te c

    aute

    lare

    s (co

    mo

    ao

    pr

    inci

    pal),

    pro

    cess

    os d

    e na

    ture

    za d

    iver

    sa (

    exec

    ue

    s, pr

    oces

    sos

    de c

    onhe

    cimen

    to e

    med

    idas

    de

    juris

    di

    o vo

    lunt

    ria)

    . S

    o es

    tes

    proc

    esso

    s n

    o-ca

    utela

    res,

    que

    usam

    o p

    roce

    dim

    ento

    cau

    tela

    r em

    raz

    o d

    a su

    a su

    mar

    ieda

    de, q

    ue c

    omp

    em a

    s ju

    rispr

    uden

    cialm

    ente

    nom

    inad

    as c

    aute

    lares

    sat

    isfat

    ivas

    (art.

    844

    , do

    CPC,

    que

    fa

    la da

    exi

    bi

    o; a

    rt. 8

    61, d

    o CP

    C, f

    ala d

    a ju

    stific

    ao

    , art.

    877

    , bus

    ca e

    apr

    eens

    o d

    o m

    enor

    sub

    trad

    o do

    gu

    ardi

    o).

    C

    om o

    adv

    ento

    da

    tute

    la a

    ntec

    ipad

    a, a

    gran

    de m

    aioria

    das

    dita

    s ca

    utela

    res

    satis

    fativ

    as p

    erde

    u ra

    zo

    de e

    xist

    ir. Era

    isso

    que

    eu

    quer

    ia c

    oloc

    ar p

    ara

    voc

    e q

    ueria

    , mais

    do

    que

    isso,

    que

    voc

    se

    com

    porta

    sse

    da

    segu

    inte

    man

    eira

    : tec

    nica

    men

    te, s

    e te

    per

    gunt

    arem

    : exi

    ste

    caut

    elar s

    atisf

    ativ

    a? T

    ecni

    cam

    ente

    , se

    ca

    utela

    r, n

    o po

    de s

    er s

    atisf

    ativ

    a e

    se

    sat

    isfat

    iva,

    no

    pode

    ser

    cau

    tela

    r. Ca

    utela

    r te

    m s

    empr

    e a

    fun

    o d

    e m

    ordo

    mo,

    de

    serv

    ir ao

    pro

    cess

    o pr

    incip

    al. A

    gora

    , jur

    ispru

    denc

    ialm

    ente

    adm

    ite-s

    e? S

    im, p

    rincip

    almen

    te n

    os p

    roce

    ssos

    mais

    an

    tigos

    , prin

    cipa

    lmen

    te q

    uand

    o n

    o ha

    via t

    utela

    ant

    ecip

    ada.

    Para

    fech

    ar e

    sse t

    pico

    , eu

    vou

    faze

    r um

    a su

    gest

    o p

    ara

    voc

    aqu

    i: em

    virt

    ude

    de tu

    do o

    que

    eu

    diss

    e,

    eu p

    osso

    div

    idir

    as t

    utel

    as s

    umr

    ias

    do d

    ireito

    pro

    cess

    ual

    civi

    l br

    asile

    iro q

    ue t

    m p

    or e

    scop

    o a

    cele

    ridad

    e, em

    trs

    gru

    pos.

    I

    Tut

    ela

    Caut

    elar

    O

    bjet

    iva

    a ce

    lerid

    ade.

    r

    pido

    e su

    mr

    io. V

    oc

    prec

    isa d

    o ar

    resto

    j,

    sen

    o de

    pois

    o ca

    ra v

    ende

    as c

    oisa

    s e v

    oc

    no

    vai p

    oder

    exe

    cuta

    r; vo

    c p

    reci

    sa d

    a pr

    odu

    o

    ante

    cipa

    da d

    e pr

    ovas

    j, p

    orqu

    e se

    no

    a pr

    ova

    pere

    ce e

    voc

    n

    o co

    nseg

    ue o

    uvi-l

    a, vo

    c

    prec

    isa d

    a ca

    utel

    ar p

    ara

    ajuiz

    ar a

    ao

    prin

    cipa

    l.

    II

    T

    utel

    a An

    teci

    pada

    (tu

    tela

    sat

    isfat

    iva

    prov

    isr

    ia)

    Te

    cnica

    men

    te,

    cham

    amos

    de

    tute

    la an

    tecip

    ada,

    mas

    o n

    ome

    corre

    to d

    ela, n

    o di

    reito

    itali

    ano,

    tu

    tela

    satis

    fativ

    a pr

    ovis

    ria.

    Por q

    ue tu

    tela

    satis

    fativ

    a pr

    ovis

    ria?

    A tu

    tela

    ant

    ecip

    ada

    satis

    faz,

    no

    satis

    faz?

    Ela

    no

    enc

    he

    a ba

    rrig

    a? A

    tute

    la a

    ntec

    ipad

    a n

    o an

    tecip

    a os

    pr

    prio

    s ef

    eito

    s qu

    e vo

    c q

    uer

    no fi

    nal?

    Mas

    es

    sa

    satis

    fa

    o

    defin

    itiva

    ou

    pr

    ovis

    ria?

    Prov

    isria

    . E

    la n

    o po

    de

    ser

    mud

    ada

    post

    erio

    rmen

    te?

    Ent

    o,

    tecn

    icam

    ente

    , a

    tute

    la a

    ntec

    ipad

    a de

    veria

    ser

    cha

    mad

    a de

    tut

    ela

    satis

    fativ

    a.

    E a

    tute

    la c

    aute

    lar?

    u

    ma

    tute

    la c

    onse

    rvat

    iva.

    Ela

    cons

    erva

    a e

    ficc

    ia, c

    onse

    rva

    os b

    ens,

    as p

    esso

    as,

    as p

    rova

    s, pa

    ra u

    ma

    futu

    ra a

    o

    prin

    cipa

    l. E

    tem

    mais

    um

    a ca

    tego

    ria q

    ue

    indi

    cada

    pela

    dou

    trina

    , que

    e

    ssa

    que

    a ge

    nte

    acab

    ou d

    e es

    tuda

    r:

  • 5

    III

    Med

    idas

    Cau

    tela

    res S

    atis

    fativ

    as (t

    utel

    as sa

    tisfa

    tivas

    aut

    nom

    as)

    Vam

    os d

    ar u

    m

    nom

    e de

    cent

    e pa

    ra e

    las!

    Caut

    elar

    satis

    fativ

    a, pe

    lo a

    mor

    de

    Deu

    s! C

    aute

    lar

    satis

    fativ

    a n

    o ex

    iste!

    Tec

    nica

    men

    te, a

    terc

    eira

    cate

    goria

    das

    tute

    las

    sum

    rias

    , que

    so

    ess

    a bi

    zarr

    as, s

    o a

    s tu

    telas

    sat

    isfat

    ivas

    , e n

    o c

    aute

    lare

    s sa

    tisfa

    tivas

    aut

    nom

    as. T

    utela

    s sa

    tisfa

    tivas

    aut

    nom

    as,

    que

    so

    as f

    alsa

    s ca

    utela

    res

    satis

    fativ

    as q

    ue s

    e va

    lem d

    essa

    cel

    erid

    ade.

    A d

    outri

    na m

    ais

    mod

    erna

    tem

    rec

    onhe

    cido

    a ex

    istn

    cia d

    essa

    cau

    telar

    es s

    atisf

    ativ

    as p

    orqu

    e a

    juris

    prud

    nci

    a re

    conh

    ece,

    mas

    des

    de q

    ue d

    entro

    des

    sa c

    lassif

    ica

    o de

    tut

    ela

    satis

    fativ

    a au

    tno

    ma.

    a

    m

    anei

    ra m

    ais f

    cil d

    e se

    adm

    itir a

    exi

    stnc

    ia da

    cau

    tela

    r sat

    isfat

    iva.

    E

    u so

    u ju

    iz n

    o in

    terio

    r de

    SP, e

    stav

    a de

    plan

    to

    e re

    cebi

    um

    a tp

    ica T

    SA (t

    utela

    satis

    fativ

    a au

    tno

    ma)

    : pe

    dido

    de

    trans

    fus

    o de

    sang

    ue d

    e te

    stem

    unha

    de

    Jeov

    . Q

    uant

    o te

    mpo

    voc

    te

    m p

    ara

    decid

    ir iss

    o? 2

    4 ho

    ras.

    Det

    erm

    inad

    a a

    trans

    fus

    o, o

    que

    se

    faz

    depo

    is di

    sso?

    Nad

    a! A

    h, m

    as

    pro

    cess

    o de

    con

    heci

    men

    to,

    ob

    riga

    o d

    e fa

    zer.

    Ent

    o, c

    ita, p

    rodu

    z pr

    ova

    e de

    pois

    sent

    encia

    par

    a ver

    o q

    ue a

    cont

    ece.

    Perc

    ebeu

    ? 3.

    A

    O, P

    RO

    CESS

    O, M

    ED

    IDA

    E L

    IMIN

    AR C

    AUTE

    LAR

    A

    o ca

    utela

    r d

    ifere

    nte

    de p

    roce

    sso

    caut

    elar

    , que

    d

    ifere

    nte

    de m

    edid

    a ca

    utela

    r, qu

    e

    dife

    rent

    e de

    lim

    inar

    cau

    telar

    .

    Ao

    cau

    tela

    r

    o d

    ireito

    pb

    lico

    subj

    etiv

    o de

    se p

    edir

    prot

    eo

    cau

    tela

    r.

    Proc

    esso

    o in

    strum

    ento

    ade

    quad

    o pa

    ra se

    ped

    ir pr

    ote

    o c

    aute

    lar.

    M

    edid

    a ca

    utel

    ar

    Nad

    a m

    ais

    do

    que

    um p

    rovi

    men

    to.

    o re

    sulta

    do d

    o qu

    e se

    ped

    iu.

    o

    que

    o E

    stad

    o m

    e d

    qua

    ndo

    eu p

    eo

    a m

    edid

    a ca

    utela

    r.

    Med

    ida

    limin

    ar c

    aute

    lar

    A c

    aute

    lar p

    ode

    ser c

    once

    dida

    lim

    inar

    men

    te e

    , lim

    inar

    men

    te, s

    e ve

    rifica

    , sim

    ples

    men

    te,

    no c

    ome

    o do

    pro

    cess

    o, o

    u ela

    pod

    e se

    r co

    nced

    ida

    no f

    inal

    . A

    ca

    utel

    ar p

    ode

    ser

    conc

    edid

    a, li

    min

    arm

    ente

    , no

    com

    eo

    ou p

    ode

    ser

    conc

    edid

    a no

    fin

    al, e

    qu

    ando

    dig

    o no

    fin

    al,

    no

    mom

    ento

    sen

    ten

    a. E

    voc

    te

    m q

    ue e

    nten

    der

    a di

    fere

    na

    entre

    es

    ses d

    ois m

    omen

    tos

    porq

    ue te

    m re

    levn

    cia p

    rtic

    a gi

    gant

    esca

    . A c

    aute

    lar t

    em q

    ue se

    r rp

    ida,

    mas

    s v

    ezes

    eu

    no

    cons

    igo

    com

    prov

    ar d

    e pl

    ano

    a ex

    istn

    cia d

    os re

    quisi

    tos d

    a cau

    tela

    r.

    V

    ou t

    e da

    r um

    exe

    mpl

    o: e

    u en

    tro c

    om u

    ma

    caut

    elar

    de a

    rres

    to p

    ara

    pode

    r bl

    oque

    ar o

    s be

    ns d

    o de

    vedo

    r. Se

    eu

    cons

    igo

    prov

    ar, d

    e pl

    ano,

    pro

    var p

    ara

    o ju

    iz q

    ue a

    pes

    soa

    est

    diss

    ipan

    do p

    atrim

    nio

    , o ju

    iz j

    m

    e d

    no

    com

    eo

    a pr

    ote

    o c

    aute

    lar,

    a m

    edid

    a ca

    utela

    r, o

    prov

    imen

    to c

    aute

    lar.

    Ago

    ra, p

    ode

    ser q

    ue e

    u n

    o pr

    ove

    que,

    de p

    lano,

    a p

    esso

    a es

    t d

    issip

    ando

    os

    bens

    . Ent

    o, d

    uran

    te o

    pro

    cess

    o ca

    utela

    r, eu

    pos

    so p

    rova

    r iss

    o. N

    esse

    cas

    o, o

    juiz

    no

    me

    d a

    cau

    tela

    r lim

    inar

    men

    te, n

    o co

    me

    o, m

    as n

    o fim

    , na

    sent

    ena

    . Por

    tant

    o, a

    lim

    inar

    cau

    telar

    no

    d

    ifere

    nte

    da s

    ente

    na

    caut

    elar.

    O q

    ue m

    uda

    entr

    e te

    r a

    limin

    ar n

    o co

    me

    o ou

    ter

    no

    final

    , e

    xclu

    sivam

    ente

    , no

    mom

    ento

    . Mas

    qua

    l a

    repe

    rcus

    so

    prt

    ica d

    isso?

    Eno

    rme!

    Exi

    ste

    um a

    rtigo

    , que

    va

    mos

    util

    izar

    bas

    tant

    e, qu

    e

    o ar

    t. 80

    6, q

    ue fa

    la d

    o pr

    azo

    que

    voc

    tem

    par

    a en

    trar

    com

    a a

    o p

    rinci

    pal,

    que

    o

    praz

    o de

    30

    dias

    . Qua

    ndo

    voc

    vai

    olha

    r o

    art.

    806,

    que

    fal

    a do

    pra

    zo p

    ara

    voc

    ent

    rar

    com

    a a

    o

    prin

    cipa

    l, vo

    c v

    ai v

    er q

    ue e

    le di

    z qu

    e ca

    be e

    m 3

    0 di

    as c

    onta

    dos d

    a ef

    etiv

    ao

    da

    med

    ida

    caut

    elar.

    Que

    r diz

    er,

    que

    se o

    juiz

    d

    a lim

    inar

    cau

    tela

    r, el

    e d

    no

    com

    eo.

    Voc

    te

    m q

    ue e

    ntra

    r co

    m a

    med

    ida

    prin

    cipa

    l qua

    ndo

    aind

    a es

    tiver

    pen

    dent

    e a

    ao

    cau

    tela

    r. M

    as e

    u en

    trei

    com

    o a

    rres

    to, o

    juiz

    no

    me

    deu

    a lim

    inar

    , qua

    l o p

    razo

    qu

    e eu

    ten

    ho p

    ara

    entra

    r co

    m a

    prin

    cipal

    ? N

    enhu

    m! N

    enhu

    m p

    or q

    u?

    Porq

    ue e

    le a

    inda

    no

    me

    deu

    a m

    edid

    a. A

    cau

    tela

    r int

    eira

    duro

    u 10

    ano

    s, o

    juiz

    deu

    a s

    ente

    na

    caut

    elar.

    A p

    artir

    da

    com

    eam

    a c

    onta

    r os

    30

    dias

    .

    Eu

    rece

    bi u

    m p

    roce

    sso

    no c

    art

    rio q

    ue f

    alav

    a as

    sim:

    certi

    fico

    e do

    u f

    que

    o a

    utor

    no

    aju

    izou

    a a

    o p

    rincip

    al a

    nulat

    ria

    (era

    um

    a sit

    ua

    o de

    pro

    test

    o) n

    o pr

    azo

    do a

    rt. 8

    06.

    E o

    des

    pach

    o:

    Tend

    o em

    vi

    sta

    o n

    o aj

    uiza

    men

    to d

    a a

    o p

    rinci

    pal n

    o pr

    azo

    do a

    rt. 8

    06, j

    ulgo

    ext

    into

    o p

    roce

    sso

    caut

    elar

    . E

    tem

    um

    de

    talh

    e: fu

    i ver

    a li

    min

    ar. T

    inha

    sid

    o in

    defe

    rida.

    Se a

    lim

    inar

    foi

    inde

    ferid

    a, n

    o te

    ve o

    com

    eo

    do p

    razo

    do

    art.

    806.

    Por

    isso

    que

    fu

    ndam

    enta

    l a a

    nlis

    e do

    mom

    ento

    da

    conc

    ess

    o da

    cau

    tela

    r lim

    inar

    ou

    na se

    nten

    a.

  • 6

    Pa

    ra e

    u fe

    char

    e v

    oc

    ente

    nder

    por

    que

    eu

    colo

    quei

    essa

    s qu

    atro

    dife

    renc

    ia

    es,

    po

    rque

    ess

    as

    expr

    ess

    es n

    o p

    odem

    ser

    usa

    das

    com

    o sin

    nim

    as.

    mui

    to c

    omum

    a p

    esso

    a fa

    lar

    assim

    : eu

    obt

    ive

    uma

    med

    ida

    caut

    elar,

    eu o

    btiv

    e um

    a a

    o c

    aute

    lar.

    Na

    verd

    ade,

    med

    ida

    caut

    elar

    o p

    rovi

    men

    to q

    ue e

    u pe

    o n

    o pr

    oces

    so q

    uand

    o eu

    exe

    rcito

    a a

    o.

    Rep

    ito:

    A

    trav

    s do

    exer

    ccio

    da a

    o

    caut

    elar p

    elo

    proc

    esso

    cau

    telar

    , se

    obt

    m m

    edid

    a ca

    utela

    r lim

    inar

    ou

    ao

    final

    .

    Regr

    a ge

    ral,

    as m

    edid

    as c

    aute

    lare

    s s

    o ob

    tidas

    no

    proc

    esso

    cau

    telar

    , que

    r di

    zer,

    para

    obt

    er m

    edid

    a ca

    utel

    ar, p

    ara

    obte

    r tut

    ela

    de g

    aran

    tia, p

    ara

    prot

    eger

    um

    pro

    cess

    o pr

    incip

    al de

    con

    heci

    men

    to o

    u de

    exe

    cu

    o,

    eu u

    so o

    pro

    cess

    o ca

    utel

    ar. C

    ontu

    do, e

    m c

    art

    er e

    xcep

    cion

    al ai

    nda

    (no

    futu

    ro se

    r a

    regr

    a), o

    sist

    ema

    auto

    riza

    a ob

    ten

    o d

    e m

    edid

    as c

    aute

    lare

    s for

    a do

    pro

    cess

    o ca

    utela

    r.

    Ent

    o, q

    uer

    dize

    r, s

    vez

    es d

    pa

    ra t

    er m

    edid

    a ca

    utela

    r se

    m te

    r pr

    oces

    so c

    aute

    lar.

    Isso

    r

    aro,

    mas

    te

    m. U

    m e

    xem

    plo

    o

    art.

    273,

    7

    , do

    CPC

    . Ess

    e di

    spos

    itivo

    , que

    dep

    ois

    estu

    dare

    mos

    com

    mais

    det

    alhes

    ,

    aque

    le d

    ispos

    itivo

    que

    fala

    que

    se

    a pa

    rte p

    edir

    a tt

    ulo

    de t

    utel

    a an

    tecip

    ada

    prov

    idn

    cia q

    ue o

    juiz

    ent

    enda

    qu

    e n

    o

    ante

    cipa

    tria

    , que

    c

    aute

    lar, o

    que

    o ju

    iz d

    eve

    faze

    r, de

    ntro

    do

    prp

    rio p

    roce

    sso

    de c

    onhe

    cimen

    to?

    Dar

    a m

    edid

    a cau

    tela

    r. M

    as o

    juiz

    est

    dan

    do, n

    esse

    cas

    o, u

    ma

    med

    ida c

    aute

    lar s

    em p

    roce

    sso

    caut

    elar

    . Ele

    est

    da

    ndo

    uma

    med

    ida

    caut

    elar i

    ncid

    enta

    lmen

    te a

    o pr

    oces

    so d

    e co

    nhec

    imen

    to.

    um

    a ex

    ce

    o

    regr

    a de

    que

    as

    caut

    elar

    es se

    obt

    m ap

    enas

    atra

    vs d

    e pr

    oces

    so c

    aute

    lar.

    7

    Se

    o au

    tor,

    a tt

    ulo

    de a

    ntec

    ipa

    o

    de t

    utela

    , re

    quer

    er

    prov

    idn

    cia d

    e na

    ture

    za c

    aute

    lar,

    pode

    r o

    jui

    z, qu

    ando

    pre

    sent

    es o

    s re

    spec

    tivos

    pre

    ssup

    osto

    s, de

    ferir

    a m

    edid

    a ca

    utela

    r em

    car

    ter

    inci

    dent

    al d

    o pr

    oces

    so a

    juiza

    do.

    O

    out

    ro a

    rtigo

    o

    ca

    pet

    geno

    ar

    tigo

    666,

    do

    CPC.

    Ess

    e ar

    tigo

    fala

    do d

    epos

    itrio

    . Ele

    vai

    dize

    r no

    proc

    esso

    de

    exec

    uo

    que

    m v

    ai se

    r o d

    epos

    itrio

    do

    bem

    .

    Art.

    666

    - O

    s be

    ns

    penh

    orad

    os

    ser

    o pr

    efer

    enci

    alm

    ente

    de

    posit

    ados

    : (A

    ltera

    do p

    ela L

    -011

    .382

    -200

    6)

    I -

    no B

    anco

    do

    Bras

    il, n

    a C

    aixa

    Eco

    nm

    ica F

    eder

    al, o

    u em

    um

    ba

    nco,

    de

    que

    o E

    stad

    o-M

    embr

    o da

    Uni

    o p

    ossu

    a m

    ais d

    e m

    etad

    e do

    ca

    pita

    l soc

    ial in

    tegr

    aliza

    do; o

    u, e

    m f

    alta

    de

    tais

    esta

    belec

    imen

    tos

    de c

    rdi

    to,

    ou

    agn

    cias

    suas

    no

    lu

    gar,

    em

    qualq

    uer

    esta

    belec

    imen

    to

    de

    crd

    ito,

    desig

    nado

    pel

    o ju

    iz,

    as q

    uant

    ias

    em d

    inhe

    iro,

    as p

    edra

    s e

    os m

    etai

    s pr

    ecio

    sos,

    bem

    com

    o os

    pap

    is d

    e cr

    dito

    ; II

    - e

    m p

    oder

    do

    depo

    sitr

    io j

    udic

    ial,

    os m

    veis

    e o

    s im

    vei

    s ur

    bano

    s; III

    - em

    mo

    s de

    dep

    osit

    rio p

    artic

    ular

    , os

    dem

    ais b

    ens.

    (Alte

    rado

    pe

    la L-

    011.

    382-

    2006

    )

    Ou

    seja

    , vai

    dize

    r co

    m q

    uem

    fica

    ro

    os b

    ens

    enqu

    anto

    a e

    xecu

    o

    corre

    . Ant

    es, e

    ra o

    dev

    edor

    que

    fic

    ava

    com

    o b

    em, c

    omo

    depo

    sitr

    io, c

    omo

    regr

    a. H

    oje

    mud

    ou. H

    oje,

    fica

    em b

    anco

    . Se

    no

    for d

    inhe

    iro fi

    ca

    em p

    oder

    de

    um d

    epos

    itrio

    jud

    icial

    (qu

    e n

    o ex

    iste!)

    ou

    em m

    os

    do d

    epos

    itrio

    par

    ticul

    ar q

    ue

    , no

    rmal

    men

    te q

    uem

    o ju

    iz n

    omeia

    . Ago

    ra, o

    lha

    a gr

    ande

    nov

    idad

    e do

    siste

    ma:

    1 C

    om a

    exp

    ress

    a an

    unc

    ia d

    o ex

    eqe

    nte

    ou n

    os c

    asos

    de

    difc

    il re

    mo

    o,

    os

    bens

    po

    der

    o se

    r de

    posit

    ados

    em

    pod

    er d

    o ex

    ecut

    ado.

    (A

    cres

    cent

    ado

    pela

    L-01

    1.38

    2-20

    06)

    A

    regr

    a

    que

    s e

    m

    ltim

    a cir

    cuns

    tnc

    ia

    que

    o be

    m fi

    que

    com

    o d

    eved

    or. O

    u se

    ja,

    op

    o

    ltim

    a. A

    ntes

    era

    a re

    gra.

    Para

    e p

    ensa

    : j

    que

    o de

    vedo

    r n

    o va

    i fic

    ar c

    om o

    bem

    , o q

    ue c

    aute

    larm

    ente

    b

    om fa

    zer?

    Re

    mov

    er o

    bem

    del

    e. A

    rem

    oo

    u

    ma

    med

    ida

    caut

    elar c

    once

    dida

    no

    mbi

    to d

    o pr

    oces

    so d

    e ex

    ecu

    o, s

    em

    proc

    esso

    cau

    tela

    r. A

    rem

    oo

    de

    bens

    t

    pico

    cau

    so d

    e m

    edid

    a ca

    utela

    r con

    cedi

    da fo

    ra d

    o pr

    oces

    so c

    aute

    lar.

  • 7

    Vou

    dar

    mai

    s um

    exe

    mpl

    o e

    ence

    rro.

    O S

    upre

    mo

    acab

    ou c

    om o

    dep

    osit

    rio in

    fiel.

    Deix

    a o

    bem

    com

    o

    deve

    dor

    para

    voc

    ve

    r! E

    le so

    me

    com

    o b

    em e

    voc

    , o

    que

    faz?

    Chu

    pa o

    ded

    o! P

    enho

    rou?

    Ped

    e re

    mo

    o

    porq

    ue se

    ele

    alie

    nar,

    voc

    no

    tem

    o q

    ue fa

    zer c

    ontra

    isso

    . A m

    edid

    a, an

    tes,

    era

    a pr

    iso

    do d

    epos

    itrio

    infie

    l. Co

    mo

    isso

    no

    exist

    e m

    ais n

    o or

    dena

    men

    to, m

    esm

    o do

    dep

    osit

    rio ju

    dicia

    l, en

    to,

    a o

    po

    do

    siste

    ma

    a

    rem

    oo

    do

    bem

    .

    O

    ltim

    o ex

    empl

    o de

    med

    ida

    caut

    elar c

    once

    dida

    den

    tro d

    o pr

    oces

    so d

    e ex

    ecu

    o e

    , por

    tant

    o,

    um

    a m

    edid

    a ca

    utela

    r qu

    e n

    o

    conc

    edid

    a at

    rav

    s de

    pro

    cess

    o ca

    utel

    ar,

    o a

    rt. 6

    53, d

    o C

    PC q

    ue v

    ai fa

    lar

    de

    arre

    sto

    caut

    elar,

    mas

    o a

    rres

    to c

    aute

    lar e

    xecu

    tivo.

    Se

    o of

    icia

    l de

    jus

    tia

    for

    na c

    asa

    do d

    eved

    or e

    no

    en

    cont

    rar o

    dev

    edor

    , mas

    enc

    ontr

    ar b

    ens,

    o qu

    e ele

    faz?

    Ele

    j de

    ve a

    rres

    tar t

    anto

    s ben

    s qu

    anto

    bas

    tem

    par

    a a

    exec

    uo

    .

    Art.

    653

    - O o

    ficial

    de

    just

    ia, n

    o e

    ncon

    trand

    o o

    deve

    dor,

    arre

    star

    -lh

    e-

    tant

    os b

    ens

    quan

    tos b

    aste

    m p

    ara

    gara

    ntir

    a ex

    ecu

    o.

    O

    art.

    653

    caut

    elar d

    e ar

    rest

    o, m

    edid

    a ca

    utel

    ar c

    once

    dida

    den

    tro

    do p

    roce

    sso

    de e

    xecu

    o.

    Ess

    e

    o m

    otiv

    o pe

    lo q

    ual e

    u qu

    is fa

    zer d

    ifere

    na

    entre

    pro

    cess

    o, m

    edid

    a, a

    o e

    lim

    inar

    caut

    elar.

    4.

    A

    SUJE

    IO

    DO

    PR

    OCE

    SSO

    CAU

    TELA

    R A

    O L

    IVR

    O I

    DO

    CPC

    Isso

    sign

    ifica

    , bas

    icam

    ente

    , o se

    guin

    te: q

    ue o

    Liv

    ro I

    func

    iona

    com

    o ve

    rdad

    eira

    Parte

    Ger

    al d

    o di

    reito

    pr

    oces

    sual

    civ

    il br

    asile

    iro. E

    nto

    , tud

    o qu

    e n

    o fo

    r disc

    iplin

    ado

    no L

    ivro

    III,

    do C

    PC, a

    plic

    am-s

    e as

    regr

    as d

    o Li

    vro

    I. V

    ou d

    ar d

    ois e

    xem

    plos

    mui

    to si

    mpl

    es:

    Ci

    ta

    o

    No

    Livr

    o II

    I, do

    CPC

    , no

    tem

    um

    a n

    ica re

    gra

    sobr

    e a

    cita

    o. C

    omo

    no

    h re

    gra

    sobr

    e cit

    ao

    , voc

    ap

    lica

    o ar

    t. 22

    2 e

    ss. d

    o C

    PC.

    Co

    isa

    julg

    ada

    - Ago

    ra, o

    lha

    com

    o m

    uda.

    No

    Livr

    o II

    I tem

    um

    arti

    go q

    ue c

    uida

    de

    coisa

    julg

    ada,

    que

    o

    art.

    810.

    Tra

    ta d

    a co

    isa ju

    lgad

    a no

    pro

    cess

    o ca

    utela

    r.

    Ar

    t. 81

    0 -

    O i

    ndef

    erim

    ento

    da

    med

    ida

    no

    obst

    a a

    que

    a pa

    rte

    inte

    nte

    a a

    o,

    nem

    inf

    lui

    no j

    ulga

    men

    to

    desta

    , sa

    lvo

    se o

    ju

    iz,

    no

    proc

    edim

    ento

    cau

    tela

    r, ac

    olhe

    r a a

    lega

    o d

    e de

    cad

    ncia

    ou

    de p

    resc

    rio

    do

    dire

    ito d

    o au

    tor.

    Te

    m p

    revi

    so

    de c

    oisa

    julg

    ada

    no p

    roce

    sso

    caut

    elar

    ? Si

    m. E

    nto

    , se

    tem

    ess

    a re

    gra

    no L

    ivro

    III,

    no

    se a

    plica

    o a

    rt. 4

    72, d

    o CP

    C. O

    que

    tem

    no

    Livr

    o II

    I, n

    o se

    apl

    ica o

    Liv

    ro I.

    O q

    ue n

    o te

    m n

    o Li

    vro

    III,

    se

    aplic

    a o

    Livr

    o I.

    5.

    CAR

    ACT

    ER

    ST

    ICAS

    DO

    PR

    OCE

    SSO

    CAU

    TELA

    R

    5.

    1. Au

    tono

    mia

    O p

    roce

    sso

    caut

    elar

    tem

    indi

    vidu

    alida

    de p

    rpr

    ia. O

    que

    eu

    quer

    o di

    zer

    com

    isso

    ? Q

    ue e

    le t

    em u

    m

    proc

    edim

    ento

    pr

    prio

    , que

    ele

    tem

    um

    a fin

    alida

    de p

    rpr

    ia. Q

    uand

    o se

    diz

    que

    h

    indi

    vidu

    alida

    de, q

    uer

    se

    dize

    r qu

    e te

    m p

    roce

    dim

    ento

    pr

    prio

    , um

    a in

    divi

    dual

    idad

    e, um

    a fin

    alid

    ade

    prp

    ria.

    um

    pro

    cess

    o, c

    omo

    qualq

    uer o

    utro

    , com

    pet

    io

    inici

    al, c

    ita

    o, p

    rova

    s e se

    nten

    a.

    um

    pro

    cess

    o co

    mo

    qualq

    uer o

    utro

    e n

    o u

    m

    apn

    dice

    dos

    out

    ros

    dem

    ais p

    roce

    ssos

    .

    Alm

    diss

    o,

    bom

    des

    taca

    r qu

    e, pa

    ra p

    rova

    r qu

    e o

    proc

    esso

    cau

    tela

    r

    aut

    nom

    o, a

    ten

    o,

    o re

    sulta

    do d

    o pr

    oces

    so c

    aute

    lar n

    o a

    feta

    o d

    a a

    o p

    rinci

    pal.

    Olh

    a qu

    e in

    tere

    ssan

    te: e

    u po

    sso

    usar

    um

    a m

    edid

    a de

    pro

    du

    o an

    tecip

    ada

    de p

    rova

    s, e

    ouvi

    r um

    a te

    stem

    unha

    que

    est

    m

    orre

    ndo

    e el

    a fa

    lar a

    ssim

    : n

    o

  • 8

    sei n

    ada

    . Gan

    hei a

    pro

    du

    o an

    teci

    pada

    de

    prov

    as, p

    erdi

    a p

    rinci

    pal (

    a te

    stem

    unha

    no

    sab

    ia na

    da!).

    isso

    po

    rque

    o ra

    cioc

    nio

    si

    mpl

    es: u

    ma

    um

    a, a o

    utra

    a

    out

    ra.

    E

    xce

    es

    (h

    med

    idas

    cau

    tela

    res

    que

    no

    so

    aut

    nom

    as)

    So

    as

    que

    eu m

    encio

    nei n

    o ite

    m 3

    . eu

    falei

    de

    algu

    mas

    cau

    tela

    res

    que

    no

    so

    dada

    s em

    pro

    cess

    o ca

    utela

    r. Fa

    lei p

    rincip

    almen

    te d

    o ar

    t. 27

    3,

    7,

    porta

    nto,

    ess

    a re

    gra

    da a

    uton

    omia

    j c

    ompo

    rta e

    xce

    es.

    Qua

    is s

    o el

    as?

    As c

    aute

    lare

    s que

    so

    conc

    edid

    as n

    o bo

    jo d

    os d

    emais

    pro

    cess

    os e

    eu

    j e

    num

    erei

    as

    exce

    es

    : art.

    273

    , 7

    , art.

    653

    , art.

    666

    , enf

    im, t

    udo

    o qu

    e eu

    co

    loqu

    ei no

    fin

    al d

    o t

    pico

    3, v

    oc

    copi

    a aq

    ui. S

    o a

    s hi

    pte

    ses

    que

    perm

    item

    ao

    juiz

    dar

    cau

    tela

    res

    no

    prp

    rio p

    roce

    sso

    de c

    onhe

    cimen

    to c

    om p

    edid

    os a

    ttu

    lo d

    e tu

    tela

    ante

    cipad

    a.

    5.2.

    Ac

    esso

    rieda

    de

    A

    lm d

    e aut

    nom

    o, d

    iz-s

    e qu

    e pr

    oces

    so c

    aute

    lar

    ace

    ssr

    io. E

    isso

    est

    exp

    ress

    o no

    art.

    796,

    2 p

    arte

    do

    CPC

    :

    Art.

    796

    - O p

    roce

    dim

    ento

    cau

    tela

    r pod

    e se

    r ins

    taur

    ado

    ante

    s ou

    no

    curs

    o do

    pro

    cess

    o pr

    incip

    al e

    dest

    e s

    empr

    e de

    pend

    ente

    .

    Ape

    sar

    de

    ter

    auto

    nom

    ia,

    o pr

    oces

    so

    caut

    elar

    ac

    ess

    rio.

    Pres

    te

    aten

    o.

    Is

    so

    tem

    du

    as

    cons

    equ

    ncia

    s pr

    ticas

    impo

    rtant

    ssim

    as.

    a)

    Co

    mo

    regr

    a, a

    caut

    elar

    di

    strib

    uda

    por

    dep

    end

    ncia

    a

    o p

    rincip

    al, f

    ican

    do c

    om e

    la

    apen

    sada

    . Iss

    o es

    t n

    a 2 p

    arte

    do

    art.

    800,

    do

    CPC:

    Art.

    800

    - A

    s m

    edid

    as c

    aute

    lare

    s se

    ro

    requ

    erid

    as a

    o ju

    iz d

    a ca

    usa;

    e, qu

    ando

    pre

    para

    tria

    s, ao

    juiz

    com

    pete

    nte

    para

    con

    hece

    r da

    ao

    prin

    cipa

    l.

    b)

    A s

    egun

    da c

    onse

    qun

    cia

    nat

    ural

    : a

    sorte

    da

    ao

    prin

    cipal

    alca

    na

    o qu

    e

    deci

    dido

    na

    caut

    elar.

    Se e

    u ga

    nho

    a pr

    incip

    al, e

    u ga

    nho

    a ca

    utela

    r, se

    eu

    perc

    o a

    prin

    cipal

    , eu

    perc

    o a

    caut

    elar.

    No

    o c

    ontr

    rio. S

    e eu

    per

    co a

    cau

    tela

    r, eu

    pos

    so g

    anha

    r a a

    o

    prin

    cipa

    l. O

    u se

    ja, o

    ac

    ess

    rio se

    gue

    o pr

    incip

    al, n

    o o

    prin

    cipa

    l seg

    ue o

    ace

    ssr

    io.

    5.

    3.

    Dup

    la in

    stru

    men

    talid

    ade

    E

    ssa

    cara

    cter

    stic

    a fo

    i obs

    erva

    da p

    or u

    m it

    alian

    o, C

    alam

    andr

    ei. P

    ara

    a te

    oria

    pred

    omin

    ante

    no

    Bras

    il,

    que

    a

    teor

    ia da

    ins

    trum

    enta

    lidad

    e do

    pro

    cess

    o, c

    onsid

    eran

    do q

    ue o

    pro

    cess

    o

    inst

    rum

    ento

    do

    dire

    ito

    mat

    erial

    , o p

    roce

    sso

    caut

    elar

    um

    inst

    rum

    ento

    da

    tute

    la d

    o ou

    tro

    proc

    esso

    . Se

    o ca

    utela

    r se

    rve

    para

    tute

    lar

    um o

    utro

    pro

    cess

    o, d

    iz-s

    e qu

    e o

    caut

    elar

    um

    inst

    rum

    ento

    que

    pro

    tege

    um

    out

    ro in

    stru

    men

    to. T

    em d

    upla

    in

    stru

    men

    talid

    ade,

    na m

    edid

    a em

    que

    u

    m in

    stru

    men

    to q

    ue p

    rote

    ge u

    m o

    utro

    inst

    rum

    ento

    . u

    m p

    roce

    sso

    que

    prot

    ege

    um o

    utro

    inst

    rum

    ento

    dito

    prin

    cipal.

    Cala

    man

    drei

    foi o

    prim

    eiro

    a cu

    nhar

    ess

    a ex

    pres

    so.

    Dep

    ois

    dele

    vei

    o um

    mon

    te d

    e co

    pio

    , fal

    ando

    de

    inst

    rum

    enta

    lidad

    e ao

    qua

    drad

    o,

    inst

    rum

    enta

    lidad

    e po

    tenc

    iada

    ao

    quad

    rado

    , en

    fim, m

    uita

    bab

    ao

    .

    5.4.

    U

    rgn

    cia

    D

    e to

    das

    as c

    arac

    ters

    ticas

    , no

    meu

    ent

    ende

    r,

    a qu

    e m

    ais

    cara

    cter

    iza

    a ca

    utela

    r. S

    c

    aute

    lar

    uma

    med

    ida

    se t

    iver

    o t

    al do

    per

    icul

    um in

    mor

    a. Se

    no

    tiv

    er o

    tal

    do

    peric

    ulum

    in m

    ora,

    a m

    edid

    a po

    de s

    er

    qualq

    uer c

    oisa

    , men

    os m

    edid

    a ca

    utela

    r. Po

    r exe

    mpl

    o, v

    oc

    tem

    um

    as m

    edid

    as n

    o CP

    C qu

    e n

    o t

    m u

    rgn

    cia

    nenh

    uma

    e, co

    nseq

    uent

    emen

    te, n

    o p

    odem

    ser

    con

    sider

    adas

    pro

    cess

    os c

    aute

    lare

    s. U

    m t

    pico

    cas

    o de

    sses

    a

    ta

    l da

    med

    ida

    de e

    xibi

    o.

    Vo

    bot

    ar f

    ogo

    no d

    ocum

    ento

    ? Se

    ras

    gar

    ca

    utela

    r. M

    as, c

    omo

    regr

    a, vo

    c n

    o

    tem

    risc

    o pa

    ra o

    per

    ecim

    ento

    da

    coisa

    . E

    se

    no

    tem

    risc

    o pa

    ra o

    per

    ecim

    ento

    da

    coisa

    , n

    o po

    de s

    er

    cons

    ider

    ada

    caut

    elar.

  • 9

    A

    qui

    impo

    rtan

    te q

    ue v

    oc

    faa

    a s

    egui

    nte

    disti

    no

    : mui

    tas

    pess

    oas

    cost

    umam

    falar

    que

    as

    tute

    las

    de u

    rgn

    cia

    so

    de d

    ois

    tipos

    , de

    um la

    do a

    tut

    ela

    caut

    elar

    e, de

    out

    ro, a

    tute

    la an

    tecip

    ada.

    Voc

    j

    deve

    ter

    ouvi

    do is

    so: t

    utela

    de

    urg

    ncia,

    tut

    ela c

    aute

    lar, t

    utela

    ant

    ecip

    ada.

    Ela

    s

    tute

    la de

    urg

    ncia

    , num

    a hi

    pte

    se,

    que

    a

    do ar

    t. 27

    3, I.

    Eu

    vou

    expl

    icar i

    sso

    um p

    ouco

    melh

    or.

    O

    que

    eu

    quer

    o di

    zer

    o s

    egui

    nte:

    pode

    -se

    dize

    r qu

    e a

    tute

    la de

    urg

    ncia

    tu

    tela

    caut

    elar

    ou

    tute

    la

    ante

    cipad

    a. V

    oc

    quer

    fala

    r que

    a tu

    tela

    de

    urg

    ncia

    tu

    tela

    caut

    elar o

    u tu

    tela

    ante

    cipad

    a, po

    de. S

    qu

    e te

    nha

    em m

    ente

    , ape

    nas

    uma

    obse

    rva

    o: n

    em t

    oda

    tute

    la an

    teci

    pada

    d

    e ur

    gnc

    ia. E

    xiste

    tut

    ela a

    ntec

    ipad

    a qu

    e n

    o

    de u

    rgn

    cia. V

    oc

    acom

    panh

    a co

    mig

    o o

    art.

    273

    e va

    i ver

    ifica

    r o se

    guin

    te:

    Ar

    t. 27

    3 -

    O ju

    iz p

    oder

    , a

    requ

    erim

    ento

    da

    part

    e, an

    teci

    par,

    tota

    l ou

    par

    cial

    men

    te, o

    s efe

    itos d

    a tu

    tela

    pre

    tend

    ida

    no p

    edid

    o in

    icia

    l, de

    sde

    que,

    exist

    indo

    pro

    va in

    equ

    voca

    , se

    conv

    ena

    da

    vero

    ssim

    ilhan

    a d

    a ale

    ga

    o e:

    I

    - ha

    ja f

    unda

    do r

    eceio

    de

    dano

    irre

    par

    vel o

    u de

    dif

    cil r

    epar

    ao

    ; ou

    II

    - fiq

    ue c

    arac

    teriz

    ado

    o ab

    uso

    de d

    ireito

    de

    defe

    sa o

    u o

    man

    ifest

    o pr

    ops

    ito p

    rote

    latr

    io d

    o r

    u.

    Inci

    so I

    I

    sso

    aqui

    p

    ericu

    lum

    in m

    ora.

    Ess

    a tu

    tela

    ant

    ecip

    ada

    a

    caut

    elar,

    tu

    tela

    de u

    rgn

    cia.

    A

    gora

    , olh

    a o

    inci

    so II

    :

    Inci

    so I

    I

    aqui

    no

    tem

    risc

    o al

    gum

    de

    pere

    cimen

    to d

    a co

    isa. E

    u so

    u m

    ilion

    rio

    , em

    pres

    tei u

    ma

    casa

    par

    a o

    ru,

    que

    com

    ea

    a us

    ar u

    m m

    onte

    de

    med

    idas

    par

    a n

    o m

    e de

    volv

    er a

    cas

    a. E

    u te

    nho

    umas

    100

    ca

    sas.

    S q

    ue c

    omo

    o r

    u es

    t a

    busa

    ndo

    do d

    ireito

    de

    defe

    sa, o

    juiz

    me

    d a

    tute

    la an

    tecip

    ada,

    man

    dand

    o el

    e de

    volv

    er m

    inha

    cas

    a. O

    que

    voc

    s t

    m q

    ue e

    nten

    der

    o

    segu

    inte

    : n

    o te

    m,

    ness

    a hi

    pte

    se d

    e tu

    tela

    ante

    cipad

    a, o

    peric

    ulum

    in m

    ora.

    Se n

    o te

    m p

    ericu

    lum

    in m

    ora,

    voc

    no

    pod

    e fa

    lar q

    ue e

    ssa

    um

    a hi

    pte

    se

    de tu

    tela

    ant

    ecip

    ada c

    omo

    tute

    la de

    urg

    ncia

    .

    Por i

    sso,

    que

    r fal

    ar q

    ue a

    lm

    a c

    aute

    lar

    a tu

    tela

    ant

    ecip

    ada

    tam

    bm

    tu

    tela

    de u

    rgn

    cia,

    pode

    fal

    ar,

    mas

    pelo

    men

    os e

    xplic

    ita q

    ue

    s

    um ti

    po d

    e tu

    tela

    ant

    ecip

    ada,

    que

    a

    tute

    la a

    ntec

    ipad

    a do

    art.

    273

    , I, d

    o CP

    C, p

    orqu

    e a

    do 2

    73, I

    I, n

    o

    tute

    la de

    urg

    nci

    a.

    5.5.

    Su

    mar

    ieda

    de d

    a co

    gni

    o

    Pa

    ra e

    xplic

    ar o

    que

    is

    so, e

    u te

    nho

    que

    tent

    ar te

    con

    venc

    er q

    ue a

    cog

    ni

    o na

    da m

    ais

    do

    que

    a

    mat

    ria

    obj

    eto

    do c

    onhe

    cimen

    to d

    o ju

    lgad

    or. Q

    uer d

    izer

    , o q

    ue v

    oc

    leva

    par

    a ele

    , o q

    ue e

    le po

    de a

    prec

    iar,

    o

    que

    cham

    amos

    de

    cogn

    io

    judi

    cial.

    No

    Bras

    il, ta

    lvez

    no

    mun

    do, q

    uem

    mel

    hor d

    esen

    volv

    eu e

    sse

    tem

    a fo

    i um

    pro

    fess

    or d

    a U

    SP, u

    m d

    os m

    aiore

    s pr

    oces

    sual

    istas

    do

    Bras

    il, o

    pro

    fess

    or K

    asuo

    Wat

    anab

    e.

    dele

    a

    melh

    or e

    xplic

    ao

    par

    a co

    gni

    o. I

    nter

    pret

    ando

    o q

    ue e

    le d

    iz, t

    em-s

    e qu

    e a

    cogn

    io

    no p

    roce

    sso

    civi

    l pod

    e se

    r div

    idid

    a em

    doi

    s pla

    nos:

    a)

    Po

    de se

    r enc

    arad

    a nu

    m p

    lano

    hor

    izon

    tal e

    b)

    Po

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    r enc

    arad

    a nu

    m p

    lano

    ver

    tical

    .

    No

    plan

    o ho

    rizon

    tal,

    se a

    nalis

    a a

    exte

    nso

    , a

    a


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