UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
GISELE APARECIDA DE ARAÚJO METER
BULLYING NAS ORGANIZAÇÕES:
IDENTIFICAÇÃO DE PRÁTICAS FEMININAS E SEUS
IMPACTOS PSICOLÓGICOS
CURITIBA
2104
GISELE APARECIDA DE ARAÚJO METER
BULLYING NAS ORGANIZAÇÕES:
Identificação De Práticas Femininas E Seus Impactos
Psicológicos
Trabalho de conclusão de curso
apresentado junto a Pós Graduação de
Gestão Estratégica de Pessoas da
Universidade Tuiuti do Paraná.
Orientador: Letícia Baggio.
CURITIBA
2014
3
RESUMO
Muito tem se falado em bullying e também de suas consequências, termo de origem
inglesa utilizado para definir tiranização e ameaça o bullying é uma afirmação de
poder através de agressão, feito de forma intencional e repetitiva. O bullying está
inserido em diversos aspectos da vida das pessoas, inclusive dentro do âmbito
profissional. Considerando a relevância do tema, a presente pesquisa objetivou
identificar a ocorrência do bullying feminino e o impacto deste tipo de conduta nas
relações organizacionais. Participaram desta pesquisa 307 indivíduos de ambos os
sexos de diferentes cargos e empresas em 21 estados do país, com idade entre 18
e 61 anos. Para a realização desta pesquisa, foi elaborado um questionário
contendo 19 perguntas, sendo 2 abertas e 11 fechadas. Os resultados apontaram
que 57% dos entrevistados relataram ter sofrido bullying no ambiente de trabalho e
que atualmente se tem um equilíbrio desta prática nas organizações, com uma
pequena diferença de margem percentual, apontando que mulheres praticam mais
bullying nas empresas. Outro fator apontado foi a importância de se adotar políticas
claras de bullying nas organizações, uma vez que 89% dos entrevistados acreditam
ser necessário adotar tais medidas e em contraste apenas 6% das empresas foram
apontadas como tendo este item incluso de forma escrita no regulamento interno. O
bullying é uma agressão social e psicológica que merece conscientização coletiva,
inclusive no meio organizacional, pois este tipo de comportamento é uma forma de
ataque mais sofisticado e merece a mesma atenção que agressões convencionais.
Palavras-chave : bullying feminino, organizações, impactos psicológicos, bullying
empresarial.
4
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 5
2. MÉTODO ....................................................................................................................................... 8
2.1 Participantes ............................................................................................................................ 8
2.2 Instrumento .............................................................................................................................. 8
2.3 Procedimento .......................................................................................................................... 8
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................. 9
4. CONHECIMENTO SOBRE A PRÁTICA DO BULLYING E SEUS EFE ITOS PSICOLÓGICOS ................................................................................................................................ 10
5. IDENTIFICAÇÃO DE OCORRÊNCIA DE BULLYING PRATICADO P OR MULHERES ............................................................................................ 11
6. IDENTIFICAÇÃO DE VÍTIMAS DE INTIMIDAÇÃO FEITA POR M ULHERES ............... 12
7. IDENTIFICAÇÃO DE COMPORTAMENTOS ADOTADOS POR MULHER ES .............. 13
8. IDENTIFICAÇÃO DE PRÁTICAS DO BULLYING FEMININO .......................................... 14
9. IDENTIFICAÇÃO DE PRÁTICAS DO BULLYING MASCULINO ...................................... 15
10. SENTIMENTOS RELATADOS POR VÍTIMA DE BULLYING ........................................ 16
11. VOCÊ JÁ PRATICOU BULLYING NO AMBIENTE DE TRABALHO? ........................ 17
12. VOCÊ JÁ FOI VÍTIMA DE BULLYING POR COLEGAS DE TRABA LHO? ................ 18
13. VOCÊ ACREDITA SER IMPORTANTE ADOTAR POLÍTICAS CLARA S SOBRE BULLYING NAS ORGANIZAÇÕES? ............................................................................................. 19
14. EXISTEM POLÍTICAS SOBRE BULLYING NA EMPRESA EM QUE TRABALHA? 20
15. CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 21
16. REFERENCIAS ...................................................................................................................... 23
5
1. INTRODUÇÃO
Muito tem se falado em bullying atualmente e também de suas consequências, tema
recorrente em salas de aula e nas escolas o bullying é um termo de origem inglesa
utilizado para definir tiranização, intimidação e ameaça ou seja, é uma afirmação de
poder através de agressão, feito de forma intencional e repetitiva, causando dor e
angustia à vítima que normalmente acaba tendo sua autoestima rebaixada, e sente-
se cada vez mais fragilizada para reagir aos ataques.
Esta não é uma prática recorrente somente entre crianças, adolescentes e jovens. O
bullying está inserido em diversos aspectos da vida das pessoas, inclusive dentro do
âmbito profissional. “o ambiente externo, influencia as emoções, o humor e o afeto
do trabalhador o que pode facilitar ou dificultar o desenvolvimento de um clima
propício ao bem-estar no trabalho o que coloca em risco a médio e logo prazo tanto
a saúde do trabalhador quanto a da própria organização” (CHIAVENATO, 2004, p.
208).
A intimidação ocorre em forma de agressão, assedio ofensa e grosseria dirigida a
um funcionário por outros no trabalho. Isto pode ir das formas mais leves de
incivilidade, envolvendo principalmente comportamento rude e desrespeitoso até
formas violentas de abuso e crueldade, reconhecido no campo organizacional como
um fenômeno potencialmente danoso tanto para indivíduos como para empresas.
(SPECTOR, 2011, p. 402).
É importante ressaltar que o bullying tem características diferentes da agressão
isolada, pois é compreendido como uma pratica repetitiva contra outro individuo
criando assim um padrão de comportamento frequente, afetando assim o
relacionamento interpessoal na organização.
A constante interação entre os níveis individual, interpessoal, organizacional e
societário constitui uma rede complexa, dinâmica e interdependente. Na inserção em
contextos organizacionais e sociais específicos, o individuo se desenvolve e constrói
sua identidade, não menos complexa do que o contexto onde ele se insere
(ZANELLI & SILVA, 2008, p. 32)
Sabemos que o ambiente de trabalho, afeta significativamente a vida pessoal do
trabalhador, segundo ZANELLI & SILVA (2008, pg. 19), na perspectiva psicológica o
trabalho é uma categoria central no desenvolvimento do conceito de si mesmo e
uma fonte autoestima, desta forma, um ambiente de trabalho onde a pratica do
6
bullying é constante, deve ser analisado este aspecto não somente como um
problema individual, mas também social, que afeta o sistema, podendo interferir
também na sustentabilidade organizacional.
No que se refere aos grupos, podemos dizer segundo (Bock, Furtado & Teixeira,
2002, pg. 220) que: quando um conjunto de pessoas se estabelece os fenômenos
grupais passam a atuar sobre cada um individualmente e sobre o grupo como um
todo, ao que chamamos de processo grupal. A coesão é a forma encontrada pelo
grupo para que seus membros sigam as regras estabelecidas, desta forma o
integrante é avaliado em seus comportamentos para que assim possa adentrar ou
não ao grupo.
Durante muitos anos, o ambiente organizacional foi visto como um campo
constituído de grupos de atuação predominantemente masculino, a partir da última
década do séc. XIX, com o advento do processo de modernização do Brasil, o final
da escravidão e do regime monárquico, atrelado à crescente urbanização,
imigrações, migrações internas e industrialização houve-se uma expansão
arregimentaria de um numero significativo de mulheres para mercado de trabalho,
consolidando assim a presença feminina no universo do trabalho. (Matos & Borelli,
2012, p.127)
Com esta inédita configuração do ambiente de trabalho, composta por homens e
mulheres, formou-se um novo padrão nas relações organizacionais, constituindo
assim um insólito paradigma no estabelecimento de vínculos grupais.
Com a entrada das mulheres no mercado de trabalho, características consideradas
femininas também foram incorporadas, transformando assim as relações e o
ambiente de trabalho como um todo.
No que se refere ao bullying feminino no ambiente de trabalho apesar de a mulher
ser vista hoje como mais truculenta do que jamais foi vista em outros tempos, ainda
segundo (RACHEL SIMMONS, 2004, pg. 12) “existe uma cultura de agressão oculta,
onde elas brigam utilizando a linguagem corporal e os relacionamentos em vez de
punhos e facas. Neste mundo a amizade é uma arma e a dor provocada por um
grito, não é nada em comparação com o dia de silencio de alguém. Não há gesto
mais devastador que um dar as costas”.
O bullying é uma agressão social e psicológica que merece conscientização coletiva,
pois este tipo de comportamento é uma forma de ataque mais sofisticado e merece
a mesma atenção que agressões convencionais. Pensando desta forma, politicas
7
acerca deste tipo de pratica, devem ser explicitas nas organizações, abrangendo
tanto aspectos considerados de prevalência feminina ou masculina nas relações
grupais do ambiente de trabalho pois:
Os valores organizacionais influenciam as representações cognitivas de
necessidades próprias de cada ser humano. A correspondência entre
representações individuais e valores organizacionais pressupõem que estas duas
categorias se alinham na forma de intenções comuns, almejada tanto pelos
trabalhadores como pelos gestores. A congruência de propósitos é fundamental para
a realização das pessoas e o êxito dos propósitos organizacionais. (ZANELLI &
SILVA, 2008, p. 110)
Considerando a importância da problemática apresentada, o objetivo da presente
pesquisa foi identificar a dinâmica do bullying feminino nas organizações e os
impactos psicológicos desta prática na vida dos trabalhadores, além de verificar a
vigência de politicas que inibam este tipo de conduta no ambiente de trabalho.
8
2. MÉTODO
2.1 Participantes
A presente pesquisa, contou com a participação de 306 indivíduos de ambos os
sexos ocupantes de cargos de CEO´s, diretores, gerentes e funcionários que
trabalham em organizações de pequeno, médio e grande porte de diferentes
empresas em 21 estados do país, com idade entre 18 e 61 anos.
2.2 Instrumento
Para a realização desta pesquisa, foi elaborado pela autora, um questionário
contendo 19 perguntas, sendo 2 abertas e 11 fechadas. As perguntas objetivaram
investigar as praticas de bullying dentro das empresas, bem como a ocorrência do
bullying feminino nas organizações e suas consequências no impacto psicológico
dos trabalhadores.
2.3 Procedimento
O questionário foi aplicado pela autora da pesquisa, em parceria com o RH Portal.
Os dados foram respondidos de maneira individual e voluntária pelos participantes
deste estudo, que foram previamente esclarecidos sobre o termo de consentimento
livre e esclarecidos, estando cientes de que os dados coletados seriam utilizados
para fins de pesquisa, bem como a identidade dos participantes mantida em sigilo.
9
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para a análise e discussão dos resultados obtidos, foram selecionados os
questionamentos de maior relevância para o contexto do bullying feminino nas
organizações, em relação as questões abertas, a análise de dados foi realizada a
partir da técnica de Análise de Conteúdo de Bardin (2009), que se trata de um
conjunto de técnicas de análise das comunicações, buscando a verificação dos
objetivos anteriormente propostos. A principal pretensão da Análise de Conteúdo é
vislumbrar a possibilidade da descoberta do verdadeiro significado do conteúdo
existente a priori, independente e anterior à elaboração do projeto de pesquisa.
O primeiro questionamento objetivou investigar o conhecimento dos participantes
acerca do termo bullying e seus impactos psicológicos. Entre os entrevistados, 82%
responderam ter consciência do que se tratava o bullying e quais eram seus
impactos psicológicos, 13%, respondeu que sabiam do que se tratava o bullying,
porém desconheciam seus impactos psicológicos, 4% responderam saber pouco
sobre o assunto e 1% afirmou desconhecer totalmente do que se trata o bullying.
Podemos observar que atualmente a grande maioria dos respondentes conhece o
termo e sabe quais são os impactos psicológicos deste tipo de prática, no entanto
ainda é necessário um maior aprofundamento neste aspecto pois uma parcela
significativa apontou conhecer o termo, sem saber realmente seus impactos
psicológicos.
4. CONHECIMENTO
PSICOLÓGICOS
Na ilustração 1, pode-se observar que 58% dos respondentes afirmaram já ter
sofrido bullying por colegas de trabalho e 42% responderam que nunca foram
vitimas deste tipo de prática.
Não
42%
Dados de Pesquisa 2014
Dados de Pesquisa 2014
CONHECIMENTO SOBRE A PRÁ TICA DO BULLYING E
se observar que 58% dos respondentes afirmaram já ter
sofrido bullying por colegas de trabalho e 42% responderam que nunca foram
vitimas deste tipo de prática.
Sim
58%
Sim
Não
N = 306
N = 306
10
TICA DO BULLYING E SEUS EFEITOS
se observar que 58% dos respondentes afirmaram já ter
sofrido bullying por colegas de trabalho e 42% responderam que nunca foram
Sim
Não
N = 306
5. IDENTIFICAÇÃO DE OCORRÊNCIA DE BULLYING PRATICADO P OR
MULHERES
Na ilustração 2 percebe-
bullying feminino nas organizações, apontando que 7
presenciou algum tipo de agressão no ambiente de trabalho, praticado por mulheres.
Sendo que 40% apontam que observaram esta pratica ao menos uma vez e
presenciaram algum tipo de agressão praticado por mulheres mais de uma vez
durante sua vida profissional,
presenciado agressões no ambiente de trabalho praticado por mulheres.
Sim, mais de
uma vez
31%
Sim, pelo
menos uma vez
40%
Dados de Pesquisa 2014
IDENTIFICAÇÃO DE OCORRÊNCIA DE BULLYING PRATICADO P OR
-se através das respostas dos entrevistados a ocorrência do
bullying feminino nas organizações, apontando que 71% dos respondentes já
presenciou algum tipo de agressão no ambiente de trabalho, praticado por mulheres.
% apontam que observaram esta pratica ao menos uma vez e
presenciaram algum tipo de agressão praticado por mulheres mais de uma vez
ante sua vida profissional, 29% dos participantes responderam não ter
presenciado agressões no ambiente de trabalho praticado por mulheres.
Não
29%
Sim, mais de
uma vez
31%
Não
Sim, mais de uma vez
Sim, pelo menos uma vez
N = 306
11
IDENTIFICAÇÃO DE OCORRÊNCIA DE BULLYING PRATICADO P OR
se através das respostas dos entrevistados a ocorrência do
% dos respondentes já
presenciou algum tipo de agressão no ambiente de trabalho, praticado por mulheres.
% apontam que observaram esta pratica ao menos uma vez e 31%
presenciaram algum tipo de agressão praticado por mulheres mais de uma vez
% dos participantes responderam não ter
presenciado agressões no ambiente de trabalho praticado por mulheres.
Sim, pelo menos uma vez
N = 306
6. IDENTIFICAÇÃO DE VÍTIMAS DE INTIMIDAÇÃO FEITA POR M ULHERES
Na ilustração 3, observa
feminina nas empresas, 61% dos entrevistados responderam afirmativamente, ou
seja, que de alguma forma já se sentiram intimidados por uma mulher no contexto
organizacional, enquanto 3
mulher no ambiente de trabalho.
Sim
61%
Dados de Pesquisa 2014
IDENTIFICAÇÃO DE VÍTIMAS DE INTIMIDAÇÃO FEITA POR M ULHERES
ilustração 3, observa-se que ao serem questionados quanto à intimidação
feminina nas empresas, 61% dos entrevistados responderam afirmativamente, ou
seja, que de alguma forma já se sentiram intimidados por uma mulher no contexto
organizacional, enquanto 39% afirmaram nunca ter se sentido intimidados por uma
mulher no ambiente de trabalho.
Não
39%
Não
Sim
N = 306
12
IDENTIFICAÇÃO DE VÍTIMAS DE INTIMIDAÇÃO FEITA POR M ULHERES
se que ao serem questionados quanto à intimidação
feminina nas empresas, 61% dos entrevistados responderam afirmativamente, ou
seja, que de alguma forma já se sentiram intimidados por uma mulher no contexto
9% afirmaram nunca ter se sentido intimidados por uma
Não
Sim
N = 306
7. IDENTIFICAÇÃO DE COMPORTAMENTOS ADOTADOS POR MULHER ES
Quanto aos comportamentos e formas de agressividade
ambiente de trabalho, 3
principal de agressividade praticada por mulheres, seguida de exclusão grupal
representando 20% das respostas, humilhação evidenciado em 1
questionamentos, apelido maldoso relatado em
um total de 9% dos respondentes,
agressividade por parte de mulheres
comportamento adotado por mulheres p
trabalho.
Exclusão
Grupal
20%Apelido
Maldoso 12%
Humilhação
15%
Xingamento
9%
Nunca sofri
9%
IDENTIFICAÇÃO DE COMPORTAMENTOS ADOTADOS POR MULHER ES
Quanto aos comportamentos e formas de agressividade praticada por mulheres no
ambiente de trabalho, 36% dos respondentes apontam a fofoca como a dinâmica
principal de agressividade praticada por mulheres, seguida de exclusão grupal
% das respostas, humilhação evidenciado em 1
mentos, apelido maldoso relatado em 12%, xingamentos representaram
um total de 9% dos respondentes, 9% relatam nunca terem sofrido nenhum tipo de
ssividade por parte de mulheres e 1% apontou a agressão física como
comportamento adotado por mulheres para expressar agressividade no ambiente de
Fofoca
36%
Exclusão
Grupal
20%
Agressão
Física
1%
Fofoca
Exclusão Grupal
Apelido maldoso
Humilhação
Xingamento
Nunca
Agressão Física
Dados de Pesquisa 2014
13
IDENTIFICAÇÃO DE COMPORTAMENTOS ADOTADOS POR MULHER ES
praticada por mulheres no
% dos respondentes apontam a fofoca como a dinâmica
principal de agressividade praticada por mulheres, seguida de exclusão grupal
% das respostas, humilhação evidenciado em 15% dos
%, xingamentos representaram
% relatam nunca terem sofrido nenhum tipo de
e 1% apontou a agressão física como
ara expressar agressividade no ambiente de
8. IDENTIFICAÇÃO DE PRÁTICAS DO BULLYING FEMININO
Na ilustração 5, procurou
respondentes afirmou que
indicou a forma velada como maneira de agressão e 14% apontou a prática exercida
abertamente nos casos de bullying feminino dentro das empresas.
De ambas as
formas
62%
De forma
velada
23%
Dados de Pesquisa 2014
IDENTIFICAÇÃO DE PRÁTICAS DO BULLYING FEMININO
, procurou-se identificar as práticas do bullying feminino, 63% dos
respondentes afirmou que mulheres praticam bullying de ambos os tipos, 23%
indicou a forma velada como maneira de agressão e 14% apontou a prática exercida
abertamente nos casos de bullying feminino dentro das empresas.
Abertamente
15%
De ambas as
Abertamente
De ambas as formas
De forma velada
N = 306
14
IDENTIFICAÇÃO DE PRÁTICAS DO BULLYING FEMININO
se identificar as práticas do bullying feminino, 63% dos
mulheres praticam bullying de ambos os tipos, 23%
indicou a forma velada como maneira de agressão e 14% apontou a prática exercida
abertamente nos casos de bullying feminino dentro das empresas.
9. IDENTIFICAÇÃO DE PRÁTICAS DO BULLYING MASCULINO
Na ilustração 6, procurou
pessoas do sexo masculino
respostas, apontam a pratica do bullying como exercida de forma
proporcionalmente, 32% acredita que
por homens no ambiente de trabalho, enquanto
bullying como caracteristicamente masculino nas organizações.
De forma
velada
18%
Dados de Pesquisa 2014
IDENTIFICAÇÃO DE PRÁTICAS DO BULLYING MASCULINO
, procurou-se identificar as práticas do bullying caracterizada por
pessoas do sexo masculino. A partir da análise, constatou
respostas, apontam a pratica do bullying como exercida de forma
% acredita que a prática aberta do bullying é mais praticada
no ambiente de trabalho, enquanto 18% atribui
caracteristicamente masculino nas organizações.
Abertamente
32%
De ambas as
formas
50%
Abertamente
De ambas as formas
De forma velada
N = 306
15
IDENTIFICAÇÃO DE PRÁTICAS DO BULLYING MASCULINO
se identificar as práticas do bullying caracterizada por
. A partir da análise, constatou-se que 50% das
respostas, apontam a pratica do bullying como exercida de forma aberta e velada
a prática aberta do bullying é mais praticada
% atribui a forma velada do
De ambas as formas
N = 306
10. SENTIMENTOS RELATADOS POR VÍTIMA DE BULLYING
A figura7 mostra que, quanto ao sentimento relatado pelas vitimas em relação à
prática de bullying existe uma série de impactos psicológicos identificáveis,
evidenciaria que o bullying pode ser
comportamentos, inicialm
sentimento de vergonha, o que poderia impactar diretamente na autoestima do
individuo e na sua produtividade dentro do ambiente de trabalho.
Impotencia
11%
Baixa
Autoestima
10%
Tristeza
9%
Desmotivação
5%
Medo
4%
Isolamento
4%
Angustia
4%
Dados de Pesquisa 2014
SENTIMENTOS RELATADOS POR VÍTIMA DE BULLYING
mostra que, quanto ao sentimento relatado pelas vitimas em relação à
prática de bullying existe uma série de impactos psicológicos identificáveis,
evidenciaria que o bullying pode ser identificado por um movimento cí
comportamentos, inicialmente agressivos até chegar ao desenvolvimento de
sentimento de vergonha, o que poderia impactar diretamente na autoestima do
individuo e na sua produtividade dentro do ambiente de trabalho.
Raiva
22%
Humilhação
16%
Vergonha
12%
Ansiedade
2% Raiva
Humilhação
Vergonha
Impotencia
Baixa autoestima
Tristeza
Desmotivação
Medo
Isolamento
Angustia
16
SENTIMENTOS RELATADOS POR VÍTIMA DE BULLYING
mostra que, quanto ao sentimento relatado pelas vitimas em relação à
prática de bullying existe uma série de impactos psicológicos identificáveis, o que
movimento cíclico de
ao desenvolvimento de um
sentimento de vergonha, o que poderia impactar diretamente na autoestima do
individuo e na sua produtividade dentro do ambiente de trabalho.
Baixa autoestima
11. VOCÊ JÁ PRATICOU
Na figura 8, procurou-se representar a prática do bullying no ambiente de trabalho,
com a intenção de evidenciar comportamentos potencialmente agressivos dentro
das organizações. Dentre os participantes desta pe
praticado bullying no ambiente de trabalho, 32% afirmaram não saber dizer se já
praticaram bullying, 15% respondeu que já praticaram de forma velada e 7% afirmou
que já praticaram bullying de forma aberta contra um colega de trabalho. Os
apontam que existe uma necessidade de esclarecimento quanto ao bullying, além de
uma comunicação mais aberta entre empresa e seus colaboradores pois um número
expressivo afirmou não saber se já praticaram bullying o que pode ser visto como
falta de informação e comunicação dentro do ambiente empresarial.
Não sei dizer
32%
Sim
abertamente
7%
Sim, de
forma
velada
15%
VOCÊ JÁ PRATICOU BULLYING NO AMBIENTE DE TRABALHO?
se representar a prática do bullying no ambiente de trabalho,
com a intenção de evidenciar comportamentos potencialmente agressivos dentro
das organizações. Dentre os participantes desta pesquisa, 46
praticado bullying no ambiente de trabalho, 32% afirmaram não saber dizer se já
praticaram bullying, 15% respondeu que já praticaram de forma velada e 7% afirmou
que já praticaram bullying de forma aberta contra um colega de trabalho. Os
apontam que existe uma necessidade de esclarecimento quanto ao bullying, além de
uma comunicação mais aberta entre empresa e seus colaboradores pois um número
expressivo afirmou não saber se já praticaram bullying o que pode ser visto como
nformação e comunicação dentro do ambiente empresarial.
Não
46%
Não
Não sei dizer
Sim, abertamente
Sim, de forma velada
N = 306
17
BULLYING NO AMBIENTE DE TRABALHO?
se representar a prática do bullying no ambiente de trabalho,
com a intenção de evidenciar comportamentos potencialmente agressivos dentro
quisa, 46% afirmou não ter
praticado bullying no ambiente de trabalho, 32% afirmaram não saber dizer se já
praticaram bullying, 15% respondeu que já praticaram de forma velada e 7% afirmou
que já praticaram bullying de forma aberta contra um colega de trabalho. Os dados
apontam que existe uma necessidade de esclarecimento quanto ao bullying, além de
uma comunicação mais aberta entre empresa e seus colaboradores pois um número
expressivo afirmou não saber se já praticaram bullying o que pode ser visto como
nformação e comunicação dentro do ambiente empresarial.
Sim, de forma velada
N = 306
12. VOCÊ JÁ FOI VÍTIMA DE BULLYING POR COLEGAS DE TRABA LHO?
O gráfico 09 procurou identificar dentre os participantes desta pesquisa, as vítimas
de bullying dentro do ambiente de trabalho. O que se pode observar foi que dentre
os entrevistados, 58% afirmaram já ter sofrido bullying
ambiente de trabalho e 42% disseram que não sofreram bullying ao longo de sua
vida profissional.
Não
42%
Dados de Pesquisa 2014
VOCÊ JÁ FOI VÍTIMA DE BULLYING POR COLEGAS DE TRABA LHO?
procurou identificar dentre os participantes desta pesquisa, as vítimas
de bullying dentro do ambiente de trabalho. O que se pode observar foi que dentre
os entrevistados, 58% afirmaram já ter sofrido bullying por um colega,
ambiente de trabalho e 42% disseram que não sofreram bullying ao longo de sua
Sim
58%
Sim
Não
N = 306
18
VOCÊ JÁ FOI VÍTIMA DE BULLYING POR COLEGAS DE TRABA LHO?
procurou identificar dentre os participantes desta pesquisa, as vítimas
de bullying dentro do ambiente de trabalho. O que se pode observar foi que dentre
por um colega, dentro do
ambiente de trabalho e 42% disseram que não sofreram bullying ao longo de sua
Sim
Não
N = 306
13. VOCÊ ACREDITA SER IMPORTANTE ADOTAR POLÍTICAS CLARA S
SOBRE BULLYING NAS ORGANIZAÇÕES?
Na ilustração 10, pode-se observar a importância que os respondentes disseram ter
em relação a políticas claras de anti
respondentes, 89% acreditam ser importante adotar tais praticas, 8% afirmaram ser
indiferente quanto a políticas de anti
adotar tal procedimento dentro das organizações.
Não
3%
indiferente 8%
VOCÊ ACREDITA SER IMPORTANTE ADOTAR POLÍTICAS CLARA S
SOBRE BULLYING NAS ORGANIZAÇÕES?
se observar a importância que os respondentes disseram ter
em relação a políticas claras de anti-bullying dentro das organizações. Dos
respondentes, 89% acreditam ser importante adotar tais praticas, 8% afirmaram ser
quanto a políticas de anti-bullying e 3% disseram não ver importância em
adotar tal procedimento dentro das organizações.
Sim
89%
indiferente 8%
Sim
Não
Indiferente
N = 218
19
VOCÊ ACREDITA SER IMPORTANTE ADOTAR POLÍTICAS CLARA S
se observar a importância que os respondentes disseram ter
bullying dentro das organizações. Dos
respondentes, 89% acreditam ser importante adotar tais praticas, 8% afirmaram ser
bullying e 3% disseram não ver importância em
Indiferente
218
14. EXISTEM POLÍTICAS SOBRE BULLYING NA EMPRESA EM QUE
TRABALHA?
O gráfico 11, refere-se a políticas claras de anti
percebe é que a maioria dos respondentes, 66% afirmou que não existem
de bullying na empresa em que
que existe política falada e 5% responderam que na empresa em que trabalham
existem políticas escritas no que se refere à prática de bullying.
Não sei dizer
20%
Sim, de forma
escrita
5%
EXISTEM POLÍTICAS SOBRE BULLYING NA EMPRESA EM QUE
se a políticas claras de anti-bullying nas organizações.
é que a maioria dos respondentes, 66% afirmou que não existem
de bullying na empresa em que trabalham 20% não souberam dizer, 9% afirmaram
falada e 5% responderam que na empresa em que trabalham
existem políticas escritas no que se refere à prática de bullying.
Não
66%
Sim, de forma
falada
9%
Não
Não sei dizer
Sim, de forma escrita
Sim, de forma falada
N = 306
20
EXISTEM POLÍTICAS SOBRE BULLYING NA EMPRESA EM QUE
bullying nas organizações. O que se
é que a maioria dos respondentes, 66% afirmou que não existem políticas
20% não souberam dizer, 9% afirmaram
falada e 5% responderam que na empresa em que trabalham
Sim, de forma escrita
Sim, de forma falada
N = 306
21
15. CONCLUSÃO
A motivação inicial pelo qual esta pesquisa foi realizada era inicialmente comparar
dados de uma pesquisa realizada pelo instituto do bullying nos Estados Unidos
(WorkplaceBullyingInstitute), que apontava as mulheres como maiores praticantes
deste tipo de violência no ambiente de trabalho. Houve-se a intenção de verificar a
mesma probabilidade no Brasil e para isto, fatores culturais poderiam influenciar o
comportamento no ambiente de trabalho. Apesar de o bullying ser uma prática cada
vez mais recorrente e até mesmo impensada, o que se pode notar é que há um
equilíbrio de gêneros no que se refere ao bullying no Brasil.
Este estudo apontou que existem diferenças comportamentais de gênero no que se
refere à prática do bullying, mas que elas não diferem tanto entre homens e
mulheres, sendo que ambos praticam das duas maneiras (aberto e de forma
velada).
Outro fator que deve ser ressaltado e talvez possa ser considerada a grande
descoberta desta pesquisa é que o Bullying no ambiente de trabalho tem um ciclo
bastante nocivo para as organizações. Por ser uma prática difícil de ser identificada,
pode devastar uma equipe sem que se perceba de imediato. O ciclo do Bullying se
inicia com a raiva, passando para o sentimento de humilhação, vergonha,
impotência, baixa autoestima e tristeza. E o que se percebe é que já no segundo
estágio impacta na produtividade do individuo e a partir do penúltimo estágio pode
envolver stress, afastamento e em ultimo grau, depressão ou até mesmo fobia
social.
Assim como o bullying é bastante difícil de ser identificado, as empresas também
parecem ter uma grande dificuldade de falar sobre o tema. Talvez por acreditarem
não ser de grande relevância, ou não perceberem que isto pode ser uma bomba-
relógio prestes a explodir.
É preciso lembrar que estudos anteriores a esta pesquisa sobre o bullying feminino
nas organizações ou o aprofundamento de como isto pode ser trabalhado dentro das
empresas, não foram encontrados. Acredita-se que o primeiro passo é a profilaxia
uma vez que a prática é de difícil identificação em alguns casos. O ideal é que o
primeiro passo a ser dado seja a instauração de políticas claras de anti-bullying,
além de muita conversa sobre o tema, por isso palestras, cartilhas, conversas
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grupais, questionários ou qualquer outro meio que possa ajudar a esclarecer a
diferença entre brincadeira e bullying são válidas.
Vale lembrar que o bullying para ser caracterizado como tal, deve ocorrer pelo
período mínimo de um mês e ao menos uma vez por semana. Casos esporádicos
podem ser tratados como agressão verbal, mas não como bullying. Outro fator que
deve ser ressaltado é que o bullying é um tipo de violência e para tanto, deve ser
tratado como tal.
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16. REFERENCIAS
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2009.
BOCK, A. M. B.; Furtado, O.; Teixeira, M. de L. T. Psicologias: uma introdução ao
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http://www.rhportal.com.br/artigos/rh.php?idc_cad=c02hsvehl
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das organizações de trabalho. São Paulo: Casa do Psicólogo, 20086