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REVISTA SEMANAL 120
DE 17-02-2014 A 23-02-2014
BRIEFING INTELI|CEIIA » TRANSPARÊNCIA || 2014
Revista de Imprensa24-02-2014
1. (PT) - Diário de Notícias, 18/02/2014, MP decide contra saída antecipada de Isaltino 1
2. (PT) - Diário de Notícias, 18/02/2014, Médicos subornados com azeite, vinho e cartões do Continente 2
3. (PT) - Público, 19/02/2014, Tribunal recusa prisão domiciliária a Isaltino Morais 4
4. (PT) - Jornal de Notícias, 19/02/2014, tribunal recusa saída de Isaltino da cadeia 5
5. (PT) - i, 19/02/2014, Justiça. Tribunal recusa prisão domiciliária a Isaltino Morais 6
6. (PT) - Diário Económico, 19/02/2014, Tribunal mantém Isaltino Morais na prisão 9
7. (PT) - Diário Económico, 19/02/2014, Fraude no SNS já lesou o Estado em quase 300 milhões de euros -Entrevista a Paulo Macedo
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8. (PT) - Diário de Notícias, 19/02/2014, Isaltino Morais continua preso na Carregueira 13
9. (PT) - Diário de Notícias, 19/02/2014, Há uma "lógica" de clã no "controlo" das secretas 14
10. (PT) - Diário de Leiria.pt, 19/02/2014, Ministério Público acusa dois inspetores tributários de Leiria decorrupção passiva
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11. (PT) - Jornal de Notícias, 20/02/2014, Barça acusado de crime fiscal no negócio Neymar 17
12. (PT) - Diário Económico, 20/02/2014, Barcelona acusado de delito fiscal por causa de Neymar 18
13. (PT) - Diário de Notícias, 20/02/2014, MP mantém as acusações por corrupção e crimes económicos 19
14. (PT) - Diário de Notícias, 20/02/2014, MP acusa dois inspetores tributários 20
15. (PT) - Diário de Notícias, 20/02/2014, Cerca de 40 médicos arriscam expulsão da Ordem por fraudes 21
16. (PT) - Vida Económica, 21/02/2014, OCDE apresenta propostas de luta contra a fraude e a evasão fiscais 23
17. (PT) - Público, 21/02/2014, Início das alegações finais do Face Oculta adiado para Março 24
18. (PT) - Público, 21/02/2014, Filha do rei de Espanha disse 182 vezes não sei no interrogatório do casoNóos
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19. (PT) - Jornal de Notícias, 21/02/2014, Duas funcionárias da Câmara de Gaia condenadas por luvas 26
20. (PT) - Jornal de Notícias, 21/02/2014, Alegações adiadas por falta de documentos 29
21. (PT) - i, 21/02/2014, Infanta apostou em respostas evasivas em tribunal 30
22. (PT) - i, 21/02/2014, BPN foi sem autorização à conta de sócio de Duarte Lima na venda de acções daSLN
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23. (PT) - Diário de Notícias, 21/02/2014, Arguido adia alegações 32
24. (PT) - Jornal de Notícias, 22/02/2014, Inspetora detida pela PJ com "avença" de 25 mil euros 33
25. (PT) - i, 22/02/2014, Isaltino mostrou "constrangimento" por estar preso 34
26. (PT) - Diário de Notícias, 22/02/2014, Inspetora exigia 5000 euros para não fiscalizar empresas 35
27. (PT) - Correio da Manhã, 22/02/2014, Vendia inspecções por 5 mil euros 37
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Tiragem: 28086
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 20
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Corte: 1 de 1ID: 52419229 18-02-2014
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Tiragem: 28086
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Âmbito: Informação Geral
Pág: 2
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Tiragem: 28086
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Tiragem: 35772
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Âmbito: Informação Geral
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Corte: 1 de 1ID: 52440690 19-02-2014
Justiça
Tribunal recusa prisão domiciliária a Isaltino MoraisO Tribunal de Execução de Penas de Lisboa rejeitou o pedido do ex-autarca Isaltino Morais para cumprir o resto da pena em casa, com pulseira electrónica. O ex-presidente da Câmara de Oeiras, que se encontra no Estabelecimento Prisional da Carregueira (Sintra), completa um ano de prisão em finais de Abril. Isaltino Morais foi condenado pelos crimes de branqueamento de capitais e fraude fiscal a uma pena de prisão efectiva por dois anos e uma indemnização. Ainda como presidente da Câmara de Oeiras, o ex-autarca foi detido a 24 de Abril do ano passado, à porta da câmara, depois de esgotadas todas as possibilidades de recurso, mais de três dezenas de diligências. A notícia foi avançada ontem pela RTP.
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Tiragem: 84329
País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
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Tiragem: 27259
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Âmbito: Informação Geral
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Tiragem: 27259
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Âmbito: Informação Geral
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Tiragem: 27259
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Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Âmbito: Economia, Negócios e.
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Corte: 1 de 1ID: 52440836 19-02-2014
Isaltino Morais vai permanecerno Estabelecimento Prisional daCarregueira, em Sintra. O antigopresidente da câmara de Oeiras,completa um ano de prisão nofinal do próximo mês de Abrildepois de ter sido condenadoem 2009 a sete anos de prisãoe à perda de mandato autárquicopor fraude fiscal, abuso de podere corrupção passiva para actoilícito e branqueamentode capitais. Posteriormentea pena foi reduzida a dois anos.Segundo a agência Lusa, oTribunal de Execução de Penasde Lisboa rejeitou o pedidodo ex-autarca Isaltino Morais paracumprir o resto da pena em casa.O Ministério Público foi a únicaentidade a dar parecer negativoao pedido de Isaltino Moraisao contrário do director doestabelecimento prisional, o chefedos guardas, as técnicas daReinserção Social da Carregueirae os técnicos da Direção-Geralda Reinserção Social.
JustiçaTribunal mantémIsaltino Moraisna prisão
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Tiragem: 17461
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
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Catarina [email protected]
Só nos últimos dois anos e meioa fraude com medicamentos noServiço Nacional de Saúde (SNS)lesou o Estado em 229 milhõesde euros. Este é o número oficialavançado pelo Ministério daSaúde, mas pode ser apenas aponta do icebergue.
O combate à fraude no SNSestá agora mais apertado, mascomo uma boneca russa, decada vez que as autoridades de-tectam um novo esquema,apercebem-se que, afinal, aindahá muito mais para investigar.“Dos dados obtidos pela PolíciaJudiciária, retira-se que a fraudena área da Saúde é praticada portodo o país, envolve grupos or-ganizados e várias classes pro-fissionais e é de grande dimen-são”, assume o ministério.
Paulo Macedo elegeu o com-bate à fraude como uma dassuas principais bandeiras. Re-forçou a cooperação com o Mi-nistério da Justiça, a Polícia Ju-diciária (PJ) e o Ministério Pú-blico e criou um grupo de tra-balho multidisciplinar (Infar-med, Administração Central doSistema de Saúde, a Inspecção--Geral das Actividades em Saú-de e Centro de Controlo de Fac-turas) para confirmar aquiloque há muito se suspeitava: “Naárea do medicamento, graves edanosas fraudes contra o SNSvêm sendo praticadas, ininter-ruptamente, há vários anos”,concluíram os peritos.
O Centro de Controlo de Fac-turas, situado na Maia, foi criadoainda pelo Governo de José Só-crates, mas a sua potencialidadepara detectar esquemas de frau-de tardou a ser posta em prática.Pelo centro passam todas as re-ceitas médicas enviadas pelasfarmácias para receberem asrespectivas comparticipações doEstado. Os computadores po-dem ser programados para geraralertas de actividades suspeitas.Por exemplo, quando a receita épassada em nome de um utenteque vive na Guarda mas é aviadanuma farmácia do Algarve, ouquando um utente avia dosesanormais de medicamentos.
“Os delegados de informaçãomédica arranjam médicos e far-
mácias dispostos a alinhar noesquema: os médicos passamreceitas em nome de utentes(normalmente velhos, ignoran-tes, pobres) que não sabem queas suas identidades estão a serusadas para estes fins. Os médi-cos recebem ou à percentagemou um valor por receita passada,receitam medicamentos dosmais caros e em que a comparti-cipação é total ou quase, e emdoses anormais (se tomassemaquelas quantidades, os doentesmorriam). Os delegados passama recolher as receitas e levantamos medicamentos em farmácias
que estão metidas no esquema eque vão receber depois as com-participações do SNS. Os medi-camentos podem sair do país eser vendidos até dezenas de ve-zes o seu preço”, explicou aoDiário Económico uma fonteque acompanha estes processos.“Os médicos ganham, os dele-gados ganham, as farmácias ga-nham, os laboratórios ga-nham... perdem os utentes e oscontribuintes”, acrescenta.
Este é apenas um dos váriosesquemas de fraude, mas foiexactamente este o método usa-do num dos casos mais mediáti-cos, a operação “Remédio San-to”. Os 18 arguidos começamhoje a ser julgados em tribunal,mas o processo pode acabarnum acordo (ver texto ao lado).
Ministério vai vigiar fraudenoutras áreas do SNSDe acordo com dados fornecidosao Diário Económico pelo Mi-nistério da Saúde, nos últimosdois anos foram sinalizados 229casos suspeitos, detectadosatravés do cruzamento de dadosentre médicos, utentes e farmá-cias. Destes casos, 74 acabaramnas mãos da PJ. De acordo com acontabilização do Ministério daSaúde foram já detidas 35 pes-soas e 253 foram constituídasarguidas. Os casos detectadosenvolvem médicos, farmácias,utentes, e convencionados (en-tidades com quem o Estado temacordos de prestação ser servi-ços de saúde). “Vários dos mé-dicos encontram-se agora deti-dos na sequência de operaçõesda PJ. Só a título de exemplo,cinco dos médicos detidos re-presentavam, por si só, umadespesa directa para o SNS de6,6 milhões de euros”, refere oMinistério da Saúde.
Fonte do gabinete de PauloMacedo garantiu ao Económicoque o combate à fraude “será re-forçado” e que as próximas áreassob vigilância apertada serão ahemodiálise, os cuidados respi-ratórios domiciliários, a dispen-sa de medicamentos nos hospi-tais, a prescrição electrónica demedicamentos em regime de in-ternamento, serviço de urgênciae hospital de dia, o transporte dedoentes e o consumo de disposi-tivos médicos. ■ com L.S.
Saúde Um dos casos mais mediáticos de fraude com medicamentos começa hoje a ser julgado.Reforço do combate à fraude na Saúde já resultou em 253 arguidos e 35 detenções.
Fraude no SNS já lesou o Estadoem quase 300 milhões de euros
COMO FUNCIONA A FRAUDE
● A prescrição fraudulenta incidesobretudo sobre medicamentoscom um preço de venda aopúblico elevado e com uma taxade comparticipação elevada.
● Regra geral é praticada comrecurso à usurpação de identidadesdos utentes para passar receitasem seu nome; concluiu entremédicos e farmácias e a existênciade redes organizadas dedicadasa estas práticas ilegais.
● A fraude relacionada com osmedicamentos é facilitada pelainexistência de bases de dadosactualizadas de utentes emédicos, pela falta de controlodas assinaturas dos médicos nasreceitas electrónicas e pela nãoexigência de identificação dosutentes quando aviam as receitas.
O ministro da Saúde, Paulo Macedo,elegeu o combate à fraude noServiço Nacional de Saúde, comouma das suas prioridades.
EsquizofarmaEm Janeiro de 2011 as autorida-des detectaram um esquemade fraude com medicamentos,nomeadamente do foro psiquiá-trico. Medicamentos compradoscom receitas falsas eram reintro-duzidos no circuito comercialou alvo de exportação ilegal.
Esquizofarma IIEm Junho de 2011 foram realiza-das novas diligências no âmbitodo mesmo inquérito. SNS podeter sido lesado em um milhãode euros.
RelaxEm Março de 2012 foi desenca-deada nova operação junto devárias farmácias. Crime passavapela apropriação de bases de da-dos de utentes para fins ilícitos.
Operação Gaia/ValongoTambém em Março de 2012foram apanhados dois delegadosmédicos que falsificavam receitase em conjunto com farmáciasobtinham comparticipaçõesilegais de remédios.
SOS PharmaciasEm Março de 2012, novas diligên-cias detectam esquema de com-pra ilegal de farmácias e vendasfictícias de medicamentos.
Remédio Santo IJunho de 2012: dez pessoas deti-das devido a esquema de receitasfalsas para receber comparticipa-ções indevidas do Estado.
Remédio Santo IIMais quatro detidos em Dezem-bro de 2012 no âmbito da mesmaoperação.
Receitas a SoldoFevereiro de 2013: detidas cincopessoas acusadas de emitirreceitas falsas.
Prescrição de riscoEm Julho de 2013 foram feirasbuscas em residências, farmáciase armazenistas. Sete pessoasforam detidas.
Consulta VicentinaJaneiro de 2014: PJ e Infarmedrealizaram buscas em 32 farmá-cias e mais de dez pessoas foramdetidas. Operação expôs um novoesquema de importação ilegalde vacinas.
CRONOLOGIA DAFRAUDE NO SNS
Ministro da Saúde diz quetambém foi detectada fraudenos meios de diagnóstico.
Catarina [email protected]
Quanto é que representa a frau-de no SNS?É de destacar o trabalho eficaz eatempado do Ministério Públicoe da Polícia Judiciária, que lide-ram o combate a este tipo defraude e corrupção no nossopaís. O valor de 229 milhões deeuros, é o valor estimado dos ca-sos em investigação ou sinaliza-dos como suspeitos nos últimosdois anos e meio. A estes casoshá que adicionar todos os outrosanteriores a esta legislatura.Devo dizer que a par do combateao desperdício e margens exces-sivas, esta é uma área consensualrelativamente ao “corte virtuo-so” de despesa pública em saú-de. Por isso, espera-se que para-
“É intolerávelENTREVISTA PAULO MACEDO
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Tiragem: 17461
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
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Área: 29,05 x 32,60 cm²
Corte: 2 de 3ID: 52440798 19-02-2014
lelamente à recuperação dasquantias envolvidas nos esque-mas fraudulentos se obtenha,com estas operações, um efeitodissuasor nos comportamentosfuturos. É intolerável, inadmis-sível haver despesa de saúdeafecta à fraude e corrupçãoquando os portugueses mais ne-cessitam de a aplicar em ganhosde saúde.O combate à fraude vai conti-nuar a ser uma prioridade?O grande objectivo do Ministé-rio da Saúde é promover atransparência e o controlo daprescrição, não só no medica-mento como noutras áreas. Es-tão em curso adaptações paraque a prescrição e dispensa demedicamentos em ambulatóriohospitalar possa ser sujeita amecanismo de conferênciaidênticos aos utilizados no res-tante ambulatório, ou seja,através do Centro de Conferên-cia de Facturação. Contudo, es-
tas alterações não se cingem aomero controlo financeiro. Que-remos ter também uma melhorcapacidade de avaliar os suces-sos e os insucessos na utilizaçãodestes medicamentos que, ge-ralmente, são caracterizadospor elevados encargos públicosassociados a resultados em saú-de. Devo referir que nos meioscomplementares de diagnósticojá foi detectada fraude. Assim, éexpectável que quando passar-mos a controlar e a cruzar a in-formação poderão aparecer no-vos casos de irregularidades.Há resistências, nomeadamen-te por parte das farmácias, àimplementação de novos ins-trumentos de monitorização?A desmaterialização dos circui-tos de prescrição, dispensa e
conferência é já uma realidadeno nosso país. Ao longo de 2013implementámos experiências--piloto de completa desmate-rialização, envolvendo 14 cen-tros de saúde, 2 hospitais e 54farmácias. Foram testadas maisde 9.600 receitas médicas, en-volvendo a dispensa de mais de19.800 embalagens de medica-mentos e correspondendo amais de 140 mil euros em com-participações pelo SNS. Estasexperiências permitiram testarprocedimentos e direccionaradequadamente esforços paraavançar com a desmaterializa-ção durante o ano de 2014. Apossibilidade da realização des-tas experiências só foi possívelcom o empenho e colaboraçãodos médicos e farmacêuticosenvolvidos, quer nas unidadesde saúde quer nas farmácias,sendo também de registar aparticipação activa das associa-ções das farmácias. ■
Remédio Santopode ser decididofora dos tribunaisArguidos do processocomeçam hoje a ser julgados.
Lígia Simões e Catarina [email protected]
Dezoito arguidos, 14 advogados,um crime que começa hoje a serjulgado na barra do tribunal. Asequipas de defesa negoceiam umacordo com o Ministério Públicoe estão dispostas a pagar quatromilhões de euros para evitar que ocaso chegue a julgamento. Doisdos advogados propuseram umacordo de pena, tendo já o juizpresidente do Colectivo do julga-mento do caso “Remédio Santo”manifestado abertura para aceitarque se inicie este processo “àamericana” que não está previstona lei portuguesa. Objectivo: evi-tar um julgamento moroso e ga-rantir ao Estado o encaixe rápidoda indemnização.
Os 18 arguidos - entre eles seismédicos, sete delegados de infor-mação médica, dois farmacêuti-cos, um empresário, um comer-ciante e uma esteticista - poderãovir a negociar um acordo com oMinistério Público (MP) para queo processo fique decidido o maisrapidamente possível, sem se ar-rastar vários anos. Os arguidossão acusados de crimes de asso-ciação criminosa, falsificação dedocumentos e burla qualificada,cujas penas de prisão vão de doisa oito anos. E estão dispostos apagar ao Estado 4.018.210 euros,correspondente ao pedido de in-demnização cível da acusação.Um prejuízo para o Estado quepoderá chegar aos 50 milhões,dado que o processo “RemédioSanto” levou à abertura de inqué-ritos autónomos. Para o acordo depena, os arguidos terão ainda deconfessar todos os factos sobre oesquema fraudulento. Até ontemnão tinha, porém, sido formali-zada a proposta de acordo porparte de todos os advogados quepoderão hoje tentar chegar a umaplataforma comum. Mas o MPainda terá de se pronunciar e oeventual acordo terá de ser vali-dado pelo juiz do Tribunal Colec-tivo, encarregue de julgar estecaso. Se for aceite, pode tornar--se o primeiro processo “à ameri-cana” decidido em Portugal. numinquérito tão extenso e onde es-tão em causa crimes económicos.
Um dos advogados do pro-
cesso, que representa dois dosarguidos, sinalizou ao Econó-mico que todos os arguidos es-tarão de acordo “em ressarcir aentidade lesada”, neste caso oEstado, e se comprometem adar todos os detalhes do esque-ma. “A expectativa é que o juizdo Tribunal Colectivo aprove oacordo, fixe as penas e o julga-mento se suspenda”, explicou.
Médico afastado do SNSCarlos Carvalho, um dos seis mé-dicos arguidos foi já afastado daUnidade Local de Saúde de Cas-telo Branco, onde exerceu fun-ções até 7 de Fevereiro de 2013. Acessão da relação jurídica de con-trato de trabalho em funções pú-blicas foi determinada por despa-cho da Inspecção-Geral das Acti-vidades em Saúde. O clínico geralpassou receitas de 176 mil euros,aviadas entre 2010 e 2011, numasó farmácia em Rio de Couros. Ascontrapartidas para os médicosiam desde um a quatro euros pormedicamento prescrito. Noutroscasos, os médicos recebiam umapercentagem da comparticipaçãodo SNS. Carlos Carvalho lucrouum valor mensal entre mil e doismil euros. E o médico brasileiroLuiz Basile (em prisão preventi-va) receberia em média 17,5%,tendo passado receitas de valorsuperior a 1,7 milhões.
O esquema fraudulentoO esquema desmantelado em2012, assentava num grupo demédicos que passava receitas emnome de utentes do SNS que nãoprecisavam do medicamento enem tiveram consultas. Em al-guns casos já teriam falecido.Com estas receitas falsas, os ar-guidos compravam os remédioscom elevada comparticipação doEstado (entre os 69% e os 100%)em várias farmácias, onde apenasera paga a parte do preço quecabe ao utente. Mais tarde, o SNSpagava à farmácia o valor corres-pondente à comparticipação. Osmedicamentos voltavam para osarmazenistas e regressavam àsfarmácias ou eram exportadosilegalmente. ■
Pode tornar-se oprimeiro processo “àamericana” decididoem Portugal.
Paulo Alexandre Coelho
haver despesa afecta à corrupção”Ministro da Saúde
Leia a entrevista na íntegraem www.economico.pt
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Tiragem: 17461
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
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MInistro da Saúde reforça esforço de combateà corrupção no dia em que arranca o julgamentode um dos casos mais mediáticos de fraude commedicamentos. Processos fraudulentos já lesaramo Estado em quase 300 milhões de euros. ➥ P12
“É intolerávelhaver despesaafecta àcorrupçãona Saúde”
PAULO MACEDO AO DIÁRIO ECONÓMICO
Troika chega amanhã e insistena subida das taxas moderadoras
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Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Ministério Público acusa dois inspetores tributários de Leiria de corrupção passiva
Tipo Meio: Internet Data Publicação: 19/02/2014
Meio: Diário de Leiria.pt
URL: http://www.diarioleiria.pt/noticias/ministerio-publico-acusa-dois-inspetores-tributarios-de-leiria-de-corrupcao-passiva
/
Edição de: Quarta, Fevereiro 19, 2014 Dois inspectores tributários da Direção de Finanças de Leiria foram acusados pelo Ministério Público(MP) de corrupção passiva por, alegadamente, terem recebido 3.500 euros de um empresário pararedução da quantia devida por este ao Fisco. O empresário, proprietário de uma cervejaria em Leiria, foi acusado de corrupção activa agravada,ilícito pelo qual é, também, criminalmente responsável a sociedade, enquanto um seu amigo,vendedor de profissão, vai responder pelo crime de corrupção activa sob a forma de cumplicidade. Notícia completa na edição de amanhã do Diário de Leiria.
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Tiragem: 84836
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A18
Tiragem: 17461
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
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Barcelona acusadode delito fiscalpor causade Neymar
O processo da contratação deNeymar pelo Barcelona conti-nua a criar problemas no clubecatalão. Depois de Sandro Rosellapresentar a demissão da lide-rança no passado dia 23 de Ja-neiro, agora é a vez de o Minis-tério Público pedir a acusaçãode delito fiscal, alegando que osresponsáveis do Barça não terãodeclarado 37,9 milhões de eurosnos exercícios de 2011 e 2013,deixando de pagar pelo menos9,1 milhões ao Fisco.
O pedido do Ministério Pú-blico foi feito com o intuito deevitar a prescrição do processo.Segundo a nota das autorida-des, na investigação desenca-deada após a queixa do associa-do catalão Jordi Cases terão sidoencontrados “contratos suspei-tos de simulação e operações deengenharia financeira”, osquais devem justificar, no mí-nimo, “uma investigação paradeterminar o montante exacto aentregar” ao Fisco.
Pormenorizando os docu-mentos que terão sido encon-trados durante a investicação,o Ministério Público solicitaainda que seja nomeado umperito das Finanças que anali-se o dossier. O objectivo serádeterminar a dimensão daalegada fraude fiscal, pro-pondo o valoradequado a en-tregar pelo clubepara que seja re-gularizada a si-tuação fiscal. Emsimultâneo, as autori-dades espanholas pretendemque o pai do jogador forneçamais informações acercadas sociedades envolvidasna transferência do filho.
Resposta catalãNum curto comunicado di-
vidido em três pontos, os diri-gentes do Barcelona relembra-ram que a contratação do avan-çado brasileiro “foi plenamenteconforme com o ordenamentojurídico vigente”, reiterandodisponibilidade total para cola-borar com a Justiça para lá doscuidados jurídicos que o clubededicará ao processo.
Depois da demissão de San-dro Rosell, cuja acção foi justifi-cada com o argumento de pro-ceder à sua defesa, a documen-tação tornada pública sobre achegada de Neymar ao Barcelo-na levou a conclusões bem dife-rentes das iniciais.
No princípio, a verba que oBarça teria pago pelo jogadorcifrava-se em 57 milhões deeuros. Contudo, face à multi-plicidade de contratos e enti-dades no processo, os docu-mentos apontam para umacontratação concretizada por86 milhões de euros. ■
Futebol Clube não terádeclarado 37,9 milhões deeuros, deixando de pagar pelomenos 9,1 milhões ao Fisco.
Transferência deNeymar do Santos
para o Barcelonaé uma história
longe do fim.
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Tiragem: 28086
País: Portugal
Period.: Diária
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Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 12
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Tiragem: 28086
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
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Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 30
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Área: 13,40 x 4,81 cm²
Corte: 1 de 1ID: 52486646 21-02-2014OCDE apresenta propostas de luta contra a fraude e a evasão fiscaisA OCDE publicou as suas propostas para lutar de forma mais eficaz contra a fraude e a evasão fiscais. No âmbito da troca automática de informações que o G20 pretende colocar em vigor já no próximo ano. A organização define de forma detalhada quais as informações que devem ser comunicadas às administrações fiscais. A intenção é estabelecer uma norma mundial única nesta área. O documento estará sobre a mesa dos ministros das Finanças do G20, que se reú-nem a 22 e 23 de fevereiro, em Sidney. A iniciativa pretende alterar radicalmente as regras do jogo, de acordo com as propostas apresentadas.
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Tiragem: 35772
País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
Pág: 15
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Corte: 1 de 1ID: 52485881 21-02-2014
Alegações finais só deverão terminar no início de Abril
O início das alegações fi nais do pro-
cesso Face Oculta, sobre uma alega-
da rede de corrupção centrada no
empresário das sucatas Manuel Go-
dinho, foi adiado ontem, tendo sido
reagendado para 11 de Março.
A decisão do tribunal de Aveiro
seguiu-se a um requerimento do
advogado Castanheira Neves, que
representa o arguido Domingos
Paiva Nunes, que contestou o iní-
cio das alegações antes da entrega
de uns documentos solicitados pela
defesa à EDP Imobiliária, assistente
no processo e antiga empregadora
daquele arguido.
“Não é legalmente possível come-
çar as alegações fi nais antes do fi m
da produção de prova, para que se
respeite o princípio do contraditó-
rio”, afi rmou o advogado Castanhei-
ra Neves à saída da audiência. Em
causa estão uns documentos relati-
vos ao funcionamento do Manual de
Procedimentos de uma plataforma
de compra da EDP, que regista os
procedimentos concursais relativos
a contratos de valor elevado.
O tribunal concedeu uma pror-
rogação do prazo para a EDP Imo-
biliária entregar a informação,
limite esse que só termina hoje.
Após a entrega decorre ainda um
prazo para a defesa se pronunciar
sobre os documentos, tendo Casta-
nheira Neves admitido que ainda
Início das alegações finais do Face Oculta adiado para Março
poderá chamar o cliente a depor.
Paiva Nunes, ex-administrador da
EDP Imobiliária acusado de três cri-
mes (dois de corrupção e um de par-
ticipação económica em negócio),
foi apresentado pelo ex-ministro
socialista Armando Vara a Manuel
Godinho. Paiva Nunes é acusado pelo
Ministério Público de ter favorecido
a O2, a maior empresa de Godinho,
na adjudicação dos trabalhos de lim-
peza, demolições e remoção de resí-
duos a realizar numas instalações da
EDP, na Rua do Ouro, no Porto.
O contrato foi assinado com ur-
gência em meados de 2009 após
uma consulta feita a três empre-
sas que terão sido escolhidas pelo
próprio Godinho e remetidas por
SMS (que consta dos autos) a Paiva
Nunes. Godinho controlaria assim
as várias propostas e asseguraria o
contrato, tendo, segundo a acusa-
ção, recebido em troca um Merce-
des topo de gama, que acabou por
devolver uns meses mais tarde. Os
documentos em falta relacionam-
se com o não-registo deste proce-
dimento concursal na plataforma
informática da EDP, o que violará
as regras do grupo.
Esta questão obrigou à recalenda-
rização de todas as alegações, que
deviam ter começado ontem com
o Ministério Público e tinham o fi m
previsto para 26 de Março. Este in-
cidente obrigou o procurador que
lidera a acusação, Marques Vidal, a
adiar as suas conclusões sobre este
caso para 11 e 12 de Março. As alega-
ções fi nais dos assistentes, a maioria
empresas que se dizem lesadas pe-
lo alegado esquema de corrupção,
fi caram marcadas para 13, 14 e 17
de Março. A defesa dos 36 arguidos
começa a 18 de Março e termina a
2 de Abril.
FERNANDO VELUDO/ NFACTOS
JustiçaMariana Oliveira
Atraso na entrega de documentos por parte da EDP Imobiliária na base de recalendarização da fase final do processo
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Tiragem: 35772
País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
Pág: 29
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Corte: 1 de 1ID: 52485980 21-02-2014
A fi lha do rei de Espanha que foi ou-
vida pela Justiça no dia 8 de Feverei-
ro, no âmbito do “caso Nóos” — em
que o marido é acusado de desvio
de dinheiro público —, respondeu
182 vezes “não sei”, 123 vezes “não
me parece”, 55 “não me lembro” e
52 “desconheço”.
As contas foram feitas pelo jornal
espanhol El País, a partir da trans-
crição do interrogatório, divulgado
ontem. No total, o juiz fez 400 per-
guntas a Cristina de Borbón, inter-
rogada durante seis horas e meia,
Filha do rei de Espanha disse 182 vezes “não sei” no interrogatório do “caso Nóos”
sendo que algumas tiveram sequên-
cia. Por exemplo: “Sabe disto?”, ao
que Cristina respondia “Não sei”
ou “Desconheço”. O advogado que
acompanhou a fi lha do rei também
lhe fez perguntas.
A transcrição confi rma que Cristi-
na de Borbón se desvincula, durante
toda a sessão, dos negócios do ma-
rido, Iñaki Urdangarín, acusado de
corrupção e desvio de fundos pú-
blicos através da Fundação Nóos,
que dirigia e que, em teoria, seria
uma instituição sem fi ns lucrativos.
A infanta era sócia, com o marido,
da empresa Aizoon, que servia para
desviar verbas da Nóos, e foi cha-
mada para se apurar se conhecia o
esquema montado pelo marido e se,
como sócia, cometeu fraudes, entre
elas fi scais.
Veja-se uma passagem em que o
juiz José Castro pergunta se ela ou
o marido receberam algum emprés-
Corrupção
Transcrição da sessão de 8 de Fevereiro foi divulgada. “Em casa, não falo de negócios com o meu marido”, disse Cristina
timo da Aizoon: “Não sei.” “Como
não sabe?” ”Não sei, vossa senhoria,
ele é que tratava de todas as ques-
tões fi scais.”
E foi assim durante mais de cinco
horas, comenta o El País.
Cristina de Borbón disse ao juiz
que desconhecia totalmente as ac-
tividades empresariais e fi nanceiras
do marido e explica porquê: “Em
casa, não falo de negócios com o
meu marido.”
Admitiu que entrou na Aizoon a
pedido de Urdangarín e porque “lhe
pareceu bem”. Basicamente, a partir
daí, refere outro jornal espanhol, o
El Mundo — que dá uma contabilida-
de diferente: 412 “não sei” —, nega
ter conhecimento de qualquer acti-
vidade da empresa de que era sócia
— disse que entrou com dinheiro pa-
ra a constituição da Aizoon.
Cristina diz mesmo ao juiz que
não sabe como funciona uma socie-
Cristina de Borbón: “Não falo de negócios com o meu marido”
dade mercantil, como a Aizoon. E
ofende-se quando lhe é perguntado
se se sentiu usada: “Não, não me pa-
rece. Vossa senhoria quase que me
ofende.” A seguir, o seu advogado,
Jesús Silva, fá-la explicar como é o
seu dia de dona de casa — Cristina
de Borbón trabalha em part-time na
fundação La Caixa —, o que ela faz
com grande pormenor.
Os dois jornais concluem que a in-
fanta, que foi o primeiro membro di-
recto da monarquia espanhola a ser
interrogado num processo judicial,
se limita a dar respostas evasivas.
Numa das repostas não evasivas,
confi rma que o marido a trata por
“kid” (miúda), conforme está nos
emails de Urdangarín para a mulher
que constam do processo.
Em resumo, a infanta espanhola
disse que “confi ava” totalmente no
marido e que nunca questionou os
seus negócios, que desconhecia.
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