Relatório
Escola Secundária
Rainha Dona Amélia
LISBOA
AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS
Área Territorial de Inspeção
do Sul
2015 2016
Escola Secundária Rainha Dona Amélia – LISBOA
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1 – INTRODUÇÃO
A Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação
pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a
avaliação externa. Neste âmbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliação dos
jardins de infância e das escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de
avaliação em junho de 2011.
A então Inspeção-Geral da Educação foi
incumbida de dar continuidade ao programa de
avaliação externa das escolas, na sequência da
proposta de modelo para um novo ciclo de
avaliação externa, apresentada pelo Grupo de
Trabalho (Despacho n.º 4150/2011, de 4 de
março). Assim, apoiando-se no modelo construído
e na experimentação realizada em doze escolas e
agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da
Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver
esta atividade consignada como sua competência
no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de
janeiro.
O presente relatório expressa os resultados da
avaliação externa da Escola Secundária Rainha
Dona Amélia – Lisboa, realizada pela equipa de
avaliação, na sequência da visita efetuada entre
11 e 13 de abril de 2016. As conclusões decorrem
da análise dos documentos fundamentais da
Escola, em especial da sua autoavaliação, dos
indicadores de sucesso académico dos alunos, das
respostas aos questionários de satisfação da
comunidade e da realização de entrevistas.
Espera-se que o processo de avaliação externa
fomente e consolide a autoavaliação e resulte
numa oportunidade de melhoria para a Escola,
constituindo este documento um instrumento de
reflexão e de debate. De facto, ao identificar
pontos fortes e áreas de melhoria, este relatório
oferece elementos para a construção ou o
aperfeiçoamento de planos de ação para a
melhoria e de desenvolvimento de cada escola,
em articulação com a administração educativa e
com a comunidade em que se insere.
A equipa regista a atitude de empenhamento e
de mobilização da Escola, bem como a
colaboração demonstrada pelas pessoas com
quem interagiu na preparação e no decurso da
avaliação.
ESCALA DE AVALIAÇÃO
Níveis de classificação dos três domínios
EXCELENTE – A ação da escola tem produzido um impacto
consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria
das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos
respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam
na totalidade dos campos em análise, em resultado de
práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e
eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em
campos relevantes.
MUITO BOM – A ação da escola tem produzido um impacto
consistente e acima dos valores esperados na melhoria das
aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos
percursos escolares. Os pontos fortes predominam na
totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas
organizacionais generalizadas e eficazes.
BOM – A ação da escola tem produzido um impacto em linha
com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e
dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos
escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes
nos campos em análise, em resultado de práticas
organizacionais eficazes.
SUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto
aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens
e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos
escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco
consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas
da escola.
INSUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto
muito aquém dos valores esperados na melhoria das
aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos
percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos
pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A
escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.
O relatório da Escola apresentado no âmbito da
Avaliação Externa das Escolas 2015-2016 está disponível na página da IGEC.
Escola Secundária Rainha Dona Amélia – LISBOA
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2 – CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
A Escola Secundária Rainha Dona Amélia situa-se no concelho de Lisboa, na freguesia de Alcântara.
Resulta da fusão, em setembro de 2002, das escolas secundárias Rainha Dona Amélia e Ferreira Borges.
Foi intervencionada no ano letivo de 2009-2010, no âmbito do Programa de Modernização das Escolas do
Ensino Secundário, apresentando instalações ampliadas e melhoradas. Ao integrar o Pólo de Educação e
Formação D. João de Castro, partilha, com a Escola Secundária Fonseca Benevides e o Centro de
Formação Profissional da Indústria Eletrónica, Energia, Telecomunicações e Tecnologias da Informação
(CINEL), ambos contíguos, espaços comuns, como sejam a portaria, a papelaria, o refeitório e o pavilhão
desportivo. Foi avaliada em 2011, no âmbito do primeiro ciclo de avaliação externa das escolas.
Frequentam a Escola 461 alunos no 3.º ciclo do ensino básico (16 turmas) e 525 nos cursos científico-
humanísticos do ensino secundário (20 turmas), num total de 986 alunos. Destes, 99% possuem
computador e internet em casa. No que respeita à ação social escolar, 83% não beneficiam de auxílios
económicos e, no que concerne à sua nacionalidade, 5% são estrangeiros, oriundos de 17 países.
Os dados relativos às habilitações académicas dos pais e das mães dos alunos revelam que 50% têm
formação de nível superior e 27% possuem o ensino secundário. Quanto à sua ocupação profissional,
55% exercem funções de nível superior e intermédio.
Dos 87 professores que trabalham na Escola, 89% pertencem ao quadro e 90% lecionam há 10 ou mais
anos, o que revela um corpo docente estável e bastante experiente, cuja idade mais representativa se
situa entre os 50 e os 60 anos. É também esta a faixa etária com mais expressão no pessoal não docente,
que totaliza 27 elementos, sendo 18 assistentes operacionais, oito assistentes técnicos e uma técnica
superior (psicóloga).
De acordo com os dados de referência disponibilizados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e
Ciência, relativos ao ano letivo de 2013-2014, a Escola, quando comparada com as outras escolas
públicas, apresenta valores das variáveis de contexto que a colocam entre as mais favorecidas,
nomeadamente a percentagem de alunos sem auxílios económicos, no âmbito da ação social escolar, a
média do número de anos das habilitações das mães e dos pais e a percentagem de docentes do quadro.
3 – AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO
Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa e
tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realizada, a equipa de avaliação
formula as seguintes apreciações:
3.1 – RESULTADOS
RESULTADOS ACADÉMICOS
Ponderados os indicadores calculados para comparação dos resultados académicos em escolas com
valores análogos nas variáveis de contexto, no ano letivo de 2013-2014, verifica-se que, no 12.º ano de
escolaridade, a taxa de conclusão e a média obtida no exame nacional de matemática A situaram-se
acima dos valores esperados, em linha na disciplina de história A e muito acima daquele valor na de
português. No 9.º ano, a percentagem de classificações positivas na prova final de matemática
posicionou-se, também, acima do esperado, e em linha na de português, o mesmo acontecendo
relativamente à taxa de conclusão.
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Analisado o sucesso no quadriénio 2010-2011 a 2013-2014, observa-se uma melhoria da ação da Escola,
em particular no ensino secundário, refletida no aumento da taxa de conclusão e no bom desempenho
dos alunos nos exames nacionais de português e de matemática, do 12.º ano. Nas provas finais do 9.º
ano, registaram-se progressos nos resultados, no último ano letivo, mais significativos em matemática.
De referir, também, que as médias nos exames igualaram ou aproximaram-se, no geral, das
classificações internas de frequência. Em 2014-2015, verifica-se que as taxas de transição ou de
conclusão aumentaram no 8.º, no 9.º e no 12.º ano.
Atendendo às variáveis de contexto bastante favoráveis, e apesar dos resultados observados, em 2013-
2014, se situarem, globalmente, acima dos valores esperados, existe ainda uma margem de evolução,
designadamente no ensino básico.
Os órgãos e as estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica fazem uma análise
sistematizada do sucesso nas várias disciplinas, identificando causas e definindo estratégias de
melhoria. As aulas de reforço e de apoio, abarcando diferentes finalidades (esclarecimento de dúvidas,
revisão de matérias, por exemplo) e a disciplina de oferta complementar de preparação para a prova
final, no 9.º ano, lecionada em coadjuvância, representam algumas das medidas desenvolvidas.
Não obstante a aposta na implementação de práticas de trabalho colaborativo, que permitem aferir
metodologias e adotar critérios de atuação comuns, revela-se pertinente continuar a aprofundar a
identificação dos fatores de sucesso e de insucesso inerentes ao processo de ensino e de aprendizagem,
consubstanciada na monitorização sistemática da eficácia das estratégias em curso.
A taxa de abandono escolar manteve-se nula em 2014-2015, no ensino básico, e apenas dois alunos
anularam a matrícula no ensino secundário.
RESULTADOS SOCIAIS
Educar para a cidadania constitui uma das vertentes de intervenção do projeto educativo, sendo
concretizadas diversas ações que estimulam a autonomia, a solidariedade, o civismo e o exercício do
voluntariado, propósitos estes subjacentes à missão da Escola. Nesta linha de atuação são de relevar,
entre outros, os projetos Justiça para Todos e Sede Solidária, este último aglutinador de diferentes
medidas e campanhas de apoio a instituições de solidariedade social nacionais, e da freguesia de
Alcântara, em particular. A preservação do ambiente e a educação para a saúde são outras das áreas em
que a Escola investe claramente.
Também o elevado envolvimento dos alunos nas eleições para a associação de estudantes, embora de
forma mais notória no presente ano letivo, constitui um exemplo da sua capacidade de mobilização para
a intervenção cívica. A associação tem vindo a desenvolver iniciativas nos planos social e educativo,
assumindo diversas responsabilidades, como por exemplo, a reativação da rádio escolar e a realização de
torneios inter-turmas.
Os alunos são encorajados a participar de forma ativa nas dinâmicas escolares, desempenhando os seus
representantes, no conselho geral e na equipa de autoavaliação, um papel importante, ainda que não
constitua prática habitual a presença dos delegados nos conselhos de turma intercalares. Por forma a
potenciar e a melhorar a comunicação com a direção, foi criado um conselho de representantes,
constituído por cinco elementos, eleitos em assembleia de delegados de turma, abrangendo os dois níveis
de ensino. A corresponsabilização e a autonomia dos estudantes são ainda incrementadas através do seu
envolvimento na organização de atividades, como é o caso do jornal Fósforo, inteiramente da sua autoria
e responsabilidade editorial.
O comportamento dos alunos é, de um modo geral, positivo, em resultado de uma ação concertada entre
os trabalhadores docentes e não docentes, ao intervirem atempadamente sobre os desvios às normas
instituídas, num processo articulado com os encarregados de educação. Face a um diagnóstico de
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proliferação de alguns casos de pequena indisciplina (agitação e turbulência), quer nas salas de aula,
quer nas áreas comuns e de circulação, traduzido também no aumento da aplicação de medidas
disciplinares sancionatórias, no último ano letivo, designadamente no 7.º ano de escolaridade (13,8%),
foi criada, em 2015-2016, a Turma 3 D. Neste espaço os alunos que recebem ordem de saída da sala de
aula são acompanhados por docentes com perfil adequado. A recente opção pedagógica da coordenadora
deste projeto pela implementação de tardes de estudo, supervisionadas, para cumprimento de medidas
disciplinares corretivas, assentes em atividades de integração na escola, indicia tratar-se de uma ação
muito positiva.
Dos alunos que apresentaram candidatura de acesso ao ensino superior em 2015, 74% foram colocados
na primeira fase e 53% entraram no curso que escolheram como primeira opção. Embora não exista um
mecanismo formal que permita obter o real impacto da escolaridade no respetivo percurso, são
frequentes as informações de retorno sobre os seus sucessos académicos e profissionais, tanto mais que
a Escola é muito procurada por parte de antigos alunos, nomeadamente enquanto encarregados de
educação, pela qualidade do serviço educativo prestado.
RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE
A comunidade educativa, auscultada através de questionários aplicados no âmbito da presente
avaliação externa, revela-se, de um modo geral, satisfeita com o serviço prestado. Sublinha-se o agrado
dos alunos no que respeita ao conhecimento das regras de comportamento e dos critérios de avaliação. O
uso do computador em sala de aula e a participação em clubes e projetos são, pelo contrário, itens
relativamente aos quais aqueles revelam maior discordância. As instalações, a segurança e o ensino ser
bom surgem com uma apreciação positiva por parte dos pais e encarregados de educação, sendo o
serviço de refeitório o aspeto que merece menor concordância.
Os trabalhadores não docentes valorizam a adequação dos espaços de desporto e de recreio bem como o
funcionamento dos serviços administrativos. Os menores índices de satisfação prendem-se com a
circulação da informação e com o respeito dos alunos pelo pessoal não docente. Sobressai, de entre os
trabalhadores docentes, a disponibilidade por parte da direção, a abertura da Escola ao exterior, bem
como a exigência no ensino. Como aspetos menos positivos, são apontados o comportamento dos alunos e
o respeito dos mesmos pelos professores.
A valorização dos melhores desempenhos concretiza-se, trimestralmente, através dos quadros de mérito
e de excelência, publicitados em lugar de estilo. No final do ano letivo, o envio de uma carta
personalizada, pela diretora, congratulando cada um dos alunos integrados nestes quadros, é uma boa
prática, merecedora de destaque. A receção aos novos alunos do 7.º ano de escolaridade e respetivos pais
e encarregados de educação constitui o momento privilegiado pela mesma para a entrega dos diplomas
aos finalistas e no qual conta com a participação e testemunho do/a aluno/a agraciado/a com o prémio
Carreira.
É, no entanto, com os Smashing Awards que, anualmente, e desde há 18 anos, culmina o
reconhecimento público dos sucessos alcançados pelos estudantes e se reforça a identidade e o sentido de
pertença. Neste emblemático espetáculo de final de ano letivo premeia-se o mérito nas diversas áreas de
conhecimento, enaltecendo-se também a expressão de outras competências, bem como a qualidade do
envolvimento em projetos. Aos prémios Carreira Promissora e Carreira, que distinguem,
respetivamente, o melhor aluno do 7.º ano e o do 12.º ano, juntam-se outros que abarcam diferentes
categorias como Escritor Júnior Mais Promissor, Digitalíssimo ou Desportista Júnior. Os troféus são
concebidos, de forma imaginativa, e executados, pela turma do curso de Artes Visuais, facto que importa
sublinhar.
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O estímulo à participação em iniciativas que incentivam a melhoria de desempenhos (Olimpíadas da
Matemática, Canguru Matemático, PANGEA, ALEA e Concurso Nacional de Leitura, como exemplos)
revela também a importância conferida à valorização das potencialidades dos jovens.
A exposição de trabalhos é promovida, de forma criteriosa e intencional, em momentos específicos do
ano letivo (Semana das Artes, Semana da Geografia, a título exemplificativo), sendo reforçada pela
exibição de reportagens sobre os mesmos, no circuito interno de televisão.
A cultura de proximidade com a comunidade envolvente é reforçada através da partilha de recursos,
designadamente de equipamentos desportivos, de iniciativas diversas e da divulgação do trabalho
concretizado. Ressalta a relação de reciprocidade da Escola com os poderes locais e com diversas
entidades, numa linha de interação bastante positiva que importa salientar. A presença assídua de
antigos alunos, em diversos eventos, e a sua integração no conselho geral, como membro cooptado ou
como encarregado de educação, patenteia também o reconhecimento do trabalho desenvolvido.
Em síntese, a ação da Escola tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na
melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos
fortes predominam na totalidade dos campos de análise, em resultado de práticas organizacionais
generalizadas e eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de MUITO BOM no
domínio Resultados.
3.2 – PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO
PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO
Foram dados passos significativos ao nível do planeamento da atividade educativa ao longo dos últimos
anos. Registam-se evidências de dinâmicas positivas no trabalho em equipa, designadamente na
uniformização de procedimentos, na construção e na partilha de materiais e na avaliação dos alunos.
Embora esta ação, em moldes colaborativos, tenha sido reforçada nas várias estruturas de coordenação
educativa e supervisão pedagógica, é mais expressiva entre os professores que lecionam o mesmo ano de
escolaridade e ou disciplina.
Tendo sido assinalado como ponto fraco na anterior avaliação externa, a “fraca articulação curricular,
com enfoque no desenvolvimento de competências, no sentido de assegurar a sequencialidade das
aprendizagens entre o 3.º ciclo e o ensino secundário e ao longo dos mesmos”, sublinham-se exemplos,
válidos, de gestão dos conteúdos comuns dos programas/currículo, do mesmo ano de escolaridade,
inscrevendo-se, porém, em regra, no plano da informalidade.
É ao nível das visitas de estudo e de projetos que a interdisciplinaridade assume maior expressão, pese
embora a visibilidade que lhe é conferida no plano anual de atividades esteja menos conseguida. Releva-
se, no entanto, a adequação de diversas iniciativas às especificidades do contexto, enriquecedoras das
experiências educativas dos alunos.
A concretização de uma efetiva articulação curricular, sustentada num planeamento intencional e
estruturante, com vista a sistematizar práticas pedagógicas que assegurem a consistência e a
sequencialidade das aprendizagens e rentabilizem os saberes comuns/afins às várias disciplinas,
constitui, por conseguinte, uma área de intervenção a reforçar.
Embora os planos de trabalho de turma disponibilizados elenquem as iniciativas a desenvolver pelas
diferentes disciplinas, designadamente no documento plano anual de atividades da turma, afigura-se
pertinente apostar na gestão integrada dos saberes das várias áreas e de estratégias, em ordem a uma
efetiva articulação curricular horizontal e a aumentar a eficácia da ação educativa. Enquanto
instrumentos de planeamento, não explicitam as dificuldades diagnosticadas e as medidas a concretizar
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em sala de aula para cada aluno, com vista à sua superação. Ainda que essa informação conste nos
registos das atas das reuniões do conselho de professores, perde-se a perspetiva global da consistência do
trabalho efetuado nesse âmbito. Há, pois, margem para enriquecer aquele documento que se configura
como um guia orientador da atividade pedagógica.
PRÁTICAS DE ENSINO
As respostas aos alunos com necessidades educativas especiais revelam-se adequadas, com taxas de
sucesso entre os 92% e os 100%, no último ano letivo, evidenciando-se a boa articulação entre a
professora de educação especial, a psicóloga, os diretores de turma e os encarregados de educação. O
trabalho em rede é fomentado através de parcerias que mobilizam técnicos especializados para
acompanhar as situações que justificam a sua intervenção.
As coadjuvações, em algumas disciplinas, têm sido direcionadas para o apoio individualizado aos alunos
com mais dificuldades. Destacam-se algumas experiências relevantes de diferenciação pedagógica, que
importa incrementar, como por exemplo, a aplicação de guiões de leitura para estudo autónomo, o
trabalho a pares, o apoio individualizado e a organização das atividades em grupos de homogeneidade
relativa, como acontece no ensino do inglês, nas turmas do 7.º e do 8.º ano de escolaridade. No 9.º ano,
para possibilitar um ensino mais personalizado e centrado na oralidade, a Escola disponibiliza um
reforço da carga horária desta disciplina.
Os alunos são orientados para trabalhos de pesquisa, de projeto e de resolução de problemas, e
incentivados a efetuarem apresentações orais, numa linha de dinâmicas de aprendizagem indutoras de
um maior envolvimento na construção do próprio saber, o que é de relevar. Ainda assim, importa
fortalecer o recurso às metodologias ativas, dentro e fora da sala de aula e as práticas de diferenciação
pedagógica, tal como já havia sido assinalado na anterior avaliação externa.
A vertente experimental assume maior expressão no ensino secundário, sendo de destacar as atividades
Oficina de Ciências e a Semana das Ciências Experimentais, entre outras, que promovem o
conhecimento científico no âmbito da física e química e da biologia e geologia e que envolvem diferentes
faixas etárias. Há, no entanto, a este nível, margem para incrementar as práticas e otimizar as
instalações e os equipamentos disponíveis. É ainda de realçar o envolvimento em projetos, como o My
Europe, que tem permitindo aos jovens o contacto com a diversidade cultural europeia, bem como o Delf
Scolaire que proporciona a obtenção de um diploma em língua francesa, reconhecido
internacionalmente.
A forte aposta na formação integral dos alunos, nomeadamente nos domínios cultural e artístico,
consubstancia-se em várias dinâmicas que contemplam a dança, a poesia, as artes visuais e a
valorização do património histórico. Como importante polo aglutinador de diferentes saberes,
trabalhando em articulação com os departamentos curriculares, a biblioteca escolar desempenha um
papel fundamental na promoção de diversas atividades.
O recurso às tecnologias de informação e comunicação tem vindo a fazer parte do quotidiano escolar, em
especial o uso do computador, do videoprojetor, do correio eletrónico e da plataforma moodle. Neste caso,
destaca-se, em algumas disciplinas, como por exemplo, em matemática, a utilização, de forma
consistente, desta ferramenta, facilitando aos alunos o estudo autónomo.
As experiências de observação de aulas, envolvendo professores da mesma disciplina ou de disciplinas
diferentes, concretizadas no âmbito de uma das ações de melhoria em curso, constituem uma prática a
consolidar, no sentido de favorecer o questionamento e a reflexão sobre o processo de ensino e de
aprendizagem. Importa, pois, reforçar a supervisão da atividade letiva em contexto de sala de aula,
enquanto estratégia formativa consubstanciada num referencial de metodologias eficazes, orientadas
para a rendibilização dos saberes profissionais e para o sucesso educativo.
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MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS
Os procedimentos relativos à avaliação preveem diferentes modalidades e instrumentos, em função dos
objetivos de aprendizagem e das competências a desenvolver, ajustando-se às especificidades das
disciplinas. Contudo, não se encontram explicitados, nas planificações, a longo e a médio prazo,
facultadas, pelo que este é um aspeto menos conseguido e a merecer atenção por parte dos docentes.
Os critérios avaliativos estão definidos em documento próprio, sendo dado conhecimento dos mesmos
aos alunos e encarregados de educação, numa linha de transparência do processo. Nesta perspetiva,
também foi feito um notório investimento na modalidade formativa, cuja generalização e
sistematicidade importa, no entanto, consolidar, em ordem a constituir-se como uma estratégia para
reflexão e reajustamento do processo de ensino e de aprendizagem, permitindo identificar os aspetos que
necessitam ser melhorados.
O caminho já percorrido ao nível do trabalho colaborativo nas diversas estruturas de coordenação
educativa e supervisão pedagógica, nomeadamente no que respeita a procedimentos de avaliação,
consubstanciados na uniformização de critérios, na elaboração conjunta de matrizes, na realização de
testes comuns por período letivo e a nível de escola, concorre para a uniformização do grau de exigência
em cada área curricular e para o aumento da confiança na avaliação interna. A correção partilhada
evidencia-se em casos pontuais, podendo ser mais explorada. A intensificação e a generalização destas
ações constituem, assim, uma vertente a fortalecer, sem descurar a monitorização da aplicação dos
critérios definidos, como garante do rigor e da equidade da avaliação.
São organizadas medidas de promoção do sucesso escolar como complemento das estratégias
concretizadas em sala de aula e o desempenho dos alunos abrangidos pelas mesmas é objeto de análise,
designadamente nos conselhos de professores. As correspondentes taxas de sucesso (entre 78% e 97%, no
último triénio), no ensino básico, indiciam uma articulação efetiva, e em moldes eficazes, com os
processos de ensino e de aprendizagem em contexto de sala de aula, o que se releva. No ensino
secundário, importa investir na definição de indicadores precisos e de mecanismos de monitorização da
eficácia das aulas de preparação para os exames nacionais, bem como das aulas de apoio abertas à
frequência de qualquer aluno interessado, em algumas disciplinas, de modo a consolidar o sucesso que
se tem vindo a registar desde o ano letivo de 2013-2014.
As ações concretizadas no âmbito da prevenção e da resolução das situações de abandono e de
desistência escolares, por parte dos diretores de turma junto dos pais e encarregados de educação, bem
como o acompanhamento realizado aos alunos pelos serviços técnico-pedagógicos, em articulação com
entidades externas, como sejam os agentes da Polícia de Segurança Pública – Escola Segura e a
Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Lisboa, têm-se revelado, na generalidade, eficazes. Os
focos que persistem no ensino secundário são residuais.
Em suma, a ação da Escola tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na
melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos
fortes predominam na totalidade dos campos de análise, em resultado de práticas organizacionais
generalizadas e eficazes, o que justifica a atribuição da classificação de MUITO BOM no domínio
Prestação do Serviço Educativo.
3.3 – LIDERANÇA E GESTÃO
LIDERANÇA
A liderança pró-ativa e carismática da diretora que, com visão estratégica e impulsionando,
democraticamente, novos desafios, mobiliza os profissionais para o sucesso escolar de todos os alunos e
para a consolidação do sentido de pertença, é um aspeto que se sublinha. Valoriza as lideranças
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intermédias, conferindo-lhes margem de intervenção nas respetivas áreas, e incentiva a sua
participação em processos de decisão, numa linha de assunção de compromissos em questões-chave.
O conselho geral, dentro da esfera de competências que lhe estão cometidas e ciente do papel efetivo de
cada parceiro, das respetivas áreas de intervenção e do trabalho a realizar, revela-se disponível e
empenhado. Desenvolve a sua atuação em sintonia com os restantes órgãos e estruturas, de forma
muito positiva, numa lógica de indução de melhoria organizacional.
Os pais e encarregados de educação têm também sido incentivados a participar nos diferentes órgãos e
estruturas em que têm assento, assumindo um lugar representativo nos diversos patamares de decisão,
à semelhança dos alunos. Registam-se dinâmicas impulsionadoras do diálogo e do envolvimento das
famílias (receção no início do ano letivo; sessões de sensibilização; palestras nas turmas, sobre as suas
profissões), num trabalho que também tem sido construído com a colaboração ativa da associação de
pais e encarregados de educação.
Salientam-se o empenho e a dedicação de docentes e não docentes no exercício das respetivas funções,
desenvolvidas num bom ambiente de interação humana e profissional. É patente a adesão dos
responsáveis a atividades e a projetos inovadores promotores da qualidade do ensino e que contribuem
para a formação integral dos alunos, nomeadamente na vertente da cidadania responsável, sendo de
destacar, ainda, o incentivo à utilização das tecnologias de informação e comunicação.
Realça-se o clima de diálogo com os representantes do poder local. O estabelecimento de uma rede ativa
de parcerias, algumas das quais consolidadas em áreas estratégicas de intervenção, tem contribuído,
também, para a diversificação de oportunidades educativas, evidenciando positivamente a abertura e a
ligação à comunidade.
O projeto educativo estabelece as premissas orientadoras da ação da Escola, tendo resultado de um
trabalho plural e participado. Configurando-se um instrumento de gestão, não estabelece, contudo,
metas avaliáveis e priorizadas, nem formas de operacionalização calendarizadas, assentes em
indicadores de eficiência organizacional, claros e fiáveis, dificultando a monitorização e o conhecimento
sustentado do respetivo grau de consecução. Mantém-se, assim, neste campo, o ponto fraco identificado
na anterior avaliação externa.
Elaborado a partir das propostas das diferentes estruturas, o plano anual agrega um leque diversificado
de atividades pertinentes, sem, no entanto, dar plena visibilidade a ações conjuntas e transversais. Não
estabelece uma correlação inequívoca entre a intencionalidade subjacente a cada uma das iniciativas
nele propostas e os princípios e objetivos definidos no projeto educativo, pelo que pode limitar a
operacionalização deste. Há, assim, margem para aperfeiçoar a articulação entre os dois documentos,
perspetivando a eficácia das opções pedagógicas tomadas e o reforço do seu valor instrumental na gestão
organizacional e na melhoria da qualidade do serviço prestado.
GESTÃO
A diretora, com o apoio de uma equipa coesa e dinâmica, denota boa capacidade de gestão e pauta a sua
atuação por uma política de proximidade com os trabalhadores. Numa lógica de eficácia, a distribuição
de serviço é feita de modo consentâneo com as competências profissionais, aliando também o perfil e a
experiência, em ordem a favorecer a adequação às funções. A cuidada ponderação que antecede a
constituição das equipas pedagógicas nos anos iniciais de ciclo (7.º e 10.º) é disso sinal manifesto. A
distribuição do serviço docente, em que se inclui a direção de turma é, sempre que possível, norteada
pela continuidade pedagógica.
No que respeita ao pessoal não docente evidencia-se, num quadro de gestão partilhada com a direção, a
autonomia no exercício das funções de coordenação dos assistentes técnicos e dos operacionais. A
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conciliação das suas aptidões com a resposta requerida nos diversos setores é, em regra, prosseguida,
sendo que a rotatividade de tarefas não se assume como uma prática usual. A dedicação e o espírito de
entreajuda concorrem para assegurar o bom funcionamento das várias áreas. Nos serviços
administrativos, ressalta, igualmente, esse espírito, o que proporciona capacidade de resposta às
diferentes solicitações dos utentes. A monitorização da qualidade do serviço prestado não se encontra
instituída, sendo um aspeto a investir.
Os recursos físicos e materiais são geridos criteriosamente, numa lógica de sustentabilidade e de
otimização. A elaboração dos horários dos alunos tem como princípio a rentabilização do tempo, o que
lhes permite a frequência de atividades educativas, fora da sala de aula, e o estudo autónomo. De
sublinhar, pela positiva, a afetação de apoios educativos, desde o início do ano letivo, a novos alunos
(sobretudo, do 7.º e do 10.º ano) que apresentam, no ano de escolaridade antecedente, disciplinas com
níveis negativos.
Releva-se o trabalho desenvolvido desde a anterior avaliação externa para agilizar os circuitos de
comunicação. As informações pertinentes são transmitidas a todos os docentes através dos recursos
informáticos, tendo-se procedido a uma maior sistematização das mesmas. A P@gina web, os blogues e a
plataforma moodle constituíram-se como suportes digitais de eleição. Esta última, embora tenha vindo a
assumir um papel crescente como ferramenta pedagógica, ainda não é plenamente otimizada por todos
os profissionais. Configura, assim, uma oportunidade para o aprofundamento do trabalho em rede e
para a consolidação da partilha de boas práticas por parte das estruturas de coordenação educativa e
supervisão pedagógica. O circuito interno de televisão, instalado junto aos serviços administrativos,
complementa o fluxo de informação relevante, veiculando iniciativas desenvolvidas. Através da
publicação Rainha em Folha, pela biblioteca, e do Anuário Rainha consolida-se a imagem de qualidade
da Escola junto da comunidade.
Foi formalizado um plano de formação, ressaltando um processo ainda em construção, porquanto o
mesmo não espelha o diagnóstico, sistemático e estruturado, das necessidades dos trabalhadores
docentes e não docentes, apesar da formação contínua dos mesmos ser incentivada. Embora congregue
as propostas do centro de formação a que a Escola está adstrita e as ações selecionadas pelos diferentes
profissionais, há margem para o seu aperfeiçoamento, de modo a ser dada visibilidade aos momentos
formativos que são efetivamente dinamizados ao nível interno, e à disseminação de boas práticas entre
pares, bem como à rentabilização das competências do capital humano nas diversas áreas de
especialização. Deste modo, o ponto fraco identificado em 2011 encontra-se parcialmente superado.
AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA
Na sequência da anterior avaliação externa que identificou fragilidades no domínio da autoavaliação,
em particular a inexistência de planos de ação de melhoria, foi implementado um projeto nos anos
letivos de 2011-2012 e 2012-2013, direcionado para a uniformização de procedimentos avaliativos
(instrumentos e critérios, por exemplo), que obteve um impacto positivo, designadamente ao nível do
planeamento.
Em 2013-2014, a Escola implementou, com a colaboração de uma consultora externa, um processo de
autoavaliação baseado no modelo Common Assessment Framework (CAF), que possibilitou a
identificação de pontos fortes e de áreas de melhoria. Este diagnóstico organizacional conduziu à
definição de um plano de ação focalizado na melhoria contínua dos resultados, na intensificação do
trabalho colaborativo e no reforço de estratégias promotoras da disciplina dentro da sala de aula. O
enquadramento estratégico destas medidas alicerçou-se na carta de missão da diretora e no relatório da
anterior avaliação externa, o que se sublinha.
Paralelamente, têm sido desenvolvidas outras práticas de autoavaliação, que concorrem, igualmente, de
forma pertinente, para a regulação da ação da Escola. De entre elas, são de mencionar a recolha e
Escola Secundária Rainha Dona Amélia – LISBOA
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organização de dados relativos aos resultados académicos, a avaliação do plano anual de atividades e a
da biblioteca escolar, que têm tido também o seu impacto no aperfeiçoamento dos processos e na
melhoria dos desempenhos.
A inclusão de representantes de toda a comunidade educativa na equipa de autoavaliação e o
investimento na sua formação, neste âmbito, permitiram o desenvolvimento de um processo
autoavaliativo mais sustentado. Não obstante o empenho na congregação de esforços para a definição e
a concretização de propostas de melhoria, há trabalho a fazer no que respeita aos indicadores de
eficiência organizacional que devem suportar os objetivos delineados e as metas a estabelecer. Nesse
sentido, importa implementar mecanismos estruturados de monitorização sistemática dos processos,
que possibilitarão sinalizar os possíveis desvios e avaliar a eficácia das medidas implementadas sobre
as práticas de ensino e as dinâmicas organizacionais. Trata-se de desafios que os responsáveis devem
abraçar, em ordem a alicerçar, de modo coerente, todas as opções estratégicas, garantindo o seu
progresso sustentado e reforçando os efeitos no planeamento, na gestão das atividades e no desempenho
profissional.
Em síntese, a ação da Escola tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na
melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos
fortes predominam na totalidade dos campos de análise, em resultado de práticas organizacionais
generalizadas e eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de MUITO BOM no
domínio Liderança e Gestão.
4 – PONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA
A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho da Escola:
O envolvimento, consistente, dos alunos em projetos de referência que concorrem para o
desenvolvimento de competências pessoais e sociais e reforçam a sua participação ativa na
Escola e na comunidade;
As diversas iniciativas destinadas a valorizar os sucessos e as potencialidades dos estudantes,
com reflexos na criação de um ambiente educativo propício às aprendizagens;
As respostas pedagógicas desenvolvidas com os alunos que apresentam necessidades educativas
especiais, repercutindo-se positivamente no seu sucesso;
O trabalho colaborativo dinamizado nas diversas estruturas de coordenação educativa e
supervisão pedagógica, nomeadamente no que respeita a procedimentos de avaliação dos
alunos;
A liderança pró-ativa e carismática da diretora que, com visão estratégica e impulsionando,
democraticamente, novos desafios, mobiliza os profissionais para o sucesso escolar de todos os
alunos e para a consolidação do sentido de pertença;
A rede ativa de parcerias, em áreas estratégicas de intervenção, que têm contribuído para a
diversificação de oportunidades educativas e para a qualidade do serviço prestado.
A equipa de avaliação entende que as áreas onde a Escola deve incidir prioritariamente os seus esforços
para a melhoria são as seguintes:
A sustentação da gestão articulada do currículo num planeamento intencional e estruturante,
com vista a sistematizar práticas pedagógicas que assegurem a consistência e a
Escola Secundária Rainha Dona Amélia – LISBOA
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sequencialidade das aprendizagens e rentabilizem os saberes comuns/afins às várias
disciplinas;
O reforço da supervisão da atividade letiva em contexto de sala de aula, enquanto estratégia
formativa consubstanciada num referencial de práticas eficazes, orientadas para a
rendibilização dos saberes profissionais e para o sucesso educativo;
A articulação entre os documentos orientadores, perspetivando a eficácia das opções
pedagógicas tomadas, de modo a reforçar o seu valor instrumental na gestão organizacional e
na melhoria da qualidade do serviço educativo prestado;
O estabelecimento de metas avaliáveis no projeto educativo, com definição de prioridades e de
formas de operacionalização calendarizadas, sem descurar indicadores de eficiência no sentido
de permitir a sua monitorização e o conhecimento sustentado do respetivo grau de consecução;
A explicitação de mecanismos estruturados de monitorização sistemática dos processos, em
ordem a possibilitar a sinalização de possíveis desvios e a avaliar a eficácia das medidas
implementadas, bem como o seu impacto nas práticas de ensino e nas dinâmicas
organizacionais.
16-06-2016
A Equipa de Avaliação Externa: Isabel Fialho, Maria de Lurdes Campos e Maria João Pereira
Concordo.
À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência, para homologação.
A Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área Territorial de Inspeção do Sul
Filomena Nunes Aldeias
2016-08-04
Homologo.
O Inspetor-Geral da Educação e Ciência
Por delegação de competências do Senhor Ministro da Educação
nos termos do Despacho n.º 5477/2016, publicado no D.R. n.º 79,
Série II, de 22 de abril de 2016