Avaliação Radiólogica do
Trauma
Marcelo Madureira Montroni
Fratura• Completa: interrupção da continuidade do osso• Incompleta: quando apenas parte das trabéculas
ósseas estiver completamente dividida enquanto outras estiverem intactas
• Papel do radiologista: - Diagnosticar e avaliar o tipo de fratura - Monitorar os resultados do tratamento e
procurar possíveis complicações
Métodos de Imagem• Radiografia:
- Duas incidências ortogonais (AP e perfil) são suficientes na maioria das vezes
- Oblíquas : pelve, cotovelo, punho, tornozelo
- Incidências sob estresse: roturas ligamentares e estabilidade articular
Métodos de Imagem
• TC:
- Fraturas complexas (pelve, vértebras) - Capacidade de oferecer imagens
tridimensionais - Reconstruções multiplanares
Métodos de Imagem TC DE JOELHO Salter type IV fracture in a 6-year-old boy who sustained a twisting injury to hisright knee after a fall from a bike. The patient was brought to the emergency department, anda fracture of the right tibial plateau was diagnosed. A long-leg posterior splint was placed, andhe was admitted for compartment monitoring and neurovascular checks. (a–c) Coronal MPRCT images obtained anteriorly (a) and posteriorly (b) and a sagittal MPR CT image (c) ofthe knee show a displaced Salter type IV injury of the tibia. Note the focus of air, which enteredthe joint as a consequence of the trauma. (d) Axial CT image shows the appearance ofthe fracture in the standard imaging plane. Owing to the severe nature of the injury with tibialplateau displacement, the patient underwent open reduction and internal fixation of the fracture2 weeks after the initial emergency department visit.
Pediatric Skeletal Trauma: Use of Multiplanar Reformatted and Three-dimensional 64-Row Multidetector CT in the Emergency DepartmentLaura M. Fayad, MD • Frank Corl, MS • Elliot K. Fishman, MD
Métodos de Imagem
• RM: - Importante na avaliação do trauma do osso,
cartilagem e partes moles - Contusões ósseas: alteração pós-traumática da
medular óssea, resultante de uma combinação de hemorragia, edema e lesão microtabecular
- Útil nos casos de trauma da coluna, demostrando a relação entre os fragmentos ósseos e a medula espinhal
Métodos de Imagem
RM de Coluna Torácica:
http://www.southernorthopedic.com/Graphics/spine_fracture_MRI.jpg
Métodos de Imagem
• Cintilografia: - Consegue detectar fraturas ocultas ou
muito sutis - Complicações como osteonecrose - Fraturas antigas X fraturas agudas
Métodos de Imagem
Métodos de Imagem
1) Anteroposterior (a) and lateral (b) radiographs of the left femur show an undulating, continuous,laminated periosteal reaction along the posteromedial diaphysis (arrow). A smalh amount of periostealreaction extends around the anterior diaphysis. There is a suggestion of endosteah reaction posteromedially inthe same area. No other underlying abnormality of the cortex or medulhary space is present. (2) Technetium-99m methylene diphosphonate bone scan shows a focal linear area of increased uptake along thethe left medialfemorah diaphysis. A small focus of radiotracer uptake is ahso seen in the right femoral diaphysis.July-August 1997 Stanley and Denison U RadioGraphics U 1007General Case of the Day1Mark D. Stanley, MD #{149}Gregory L Denison, MD, MBA
Avaliação Radiográfica das FraturasAvaliação deve incluir:• Local e extensão da fratura• Tipo de fratura: completa ou incompleta• Alinhamento dos fragmentos: deslocamento, angulação, rotação,
encurtamento ou afastamento• Direção da linha de fratura em relação ao eixo longitudinal do osso• Características especiais: impactação, depressão ou compressão• Anormalidades associadas: luxação, diástase• Tipos especiais: fratura de estresse, patológicas• Crianças → envolvimento da placa de crescimento
Localização e extensão das fraturas
Tipo de fraturas Incompletas Completas
Arqueamento plástico agudo
Fratura de apenas uma cortical
Fratura de apenas uma cortical
Formação de tórus (“bico de cortical”)
Cominutiva
AlinhamentoDesvio medial ou lateral Angulação medial (valgo) ou lateral(varo)
Fratura cominutiva, com desvio medial e angulação lateral
Rotação interna e externa“Cavalgamento ou posição de baioneta” e diástase
“Cavalgamento ou posição de baioneta”
Direção da linha de fraturaTransversa e oblíqua
Direção da linha de fraturaEspiral e longitudinal
Oblíqua
Impactação
depressão
compressão
Impactação
Depressão
Compressão
Avaliação Radiográfica das Fraturas
Tipo especiais de fraturasEstresse Patológica
Estresse em osso normal
Secundária a lesão óssea (ex: Tu)
Insuficiência óssea (osteoporose) , semestresse
Patológica - Secundária a lesão óssea (ex: Tu)
Classificação de Salter Harrismodificada por Ogden
Salter-Harris tipo I
Salter-Harris tipo II
Salter-Harris tipo III
Salter-Harris tipo IV
Salter-Harris tipo V
Avaliação Radiográfica das Fraturas Sinais indiretos: • Edema de tecidos moles → associação muito
frequente, ausência deste sinal praticamente exclui fratura aguda
• Obliteração ou deslocamento das linhas de gordura • Reações periosteal e endosteal → pode ser o
primeiro sinal radiográfico de fratura
Avaliação Radiográfica das Fraturas
Sinais indiretos:• Derrame articular → sinal do coxim de gordura,
útil em fraturas do cotovelo• Nível gordura-líquido intracapsular → na fratura
com extensão intra-articular há entrada de sangue e gordura da medular óssea na articulação e produzem interface gordura-sangue
Nível gordura-líquido intracapsular
Nível gordura-líquido intracapsular
Nível gordura-líquido intracapsular
Avaliação Radiográfica das Fraturas Sinais indiretos:• Linha cortical dupla: linha de fratura não caracterizada,
porém o contorno duplo da cortical reflete a impactação• Deformidade da cortical: fratura em tórus, pode ser o
único sinal de fratura de osso tubular em crianças• Ângulos metafisários irregulares: secundário a pequenas
fraturas por avulsão da metáfise
Consolidação de Fraturas• Fraturas não deslocadas e adequadamente reduzidas e
imobilizadas unem-se por consolidação primária: linha de fratura obliterada por calo endosteal
• Fraturas deslocadas ou com espaço entre os fragmentos unem-se por consolidação secundária: consolidação alcançada principalmente pelo calo periosteal
• Consolidação clínica• Consolidação radiológica
Consolidação de Fraturas• Má consolidação: fragmentos ósseos em posição defeituosa e inaceitável• Consolidação tardia: fratura que não se une em período de tempo
razoável (16 a 18 semanas)• Não-consolidação: - Reativa: reação óssea exuberante, alargamento e esclerose das
extremidades - Atrófica: ausência de reação óssea nas extremidades - Infectada - Pseudo-artrose: formação de falsa articulação, que pode ter cápsula e
líquido sinovial
Consolidação de Fraturas
Complicações de Fraturas
• Osteoporose por desuso : resultado do desuso por dor e imobilização do membro
• Síndrome de distrofia simpática reflexa: - Forma grave de osteoporose, que pode ocorrer
subsequentemente a fratura - Ocorre devido a anormalidades neurológicas e vasculares - Membro doloroso à palpação, edema de partes moles, rigidez
articular, instabilidade vasomotora e alterações cutâneas - Osteoporose segmentar grave com rápida progressão
Complicações de Fraturas
Complicações de Fraturas• Miosite ossificante pós-traumática: - Massa dolorosa e crescente de tecidos moles no local do trauma - Calcificações na massa após 3 a 4 semanas - Periferia da massa mostra osso cortical definido organizado
após 6 a 8 semanas - Área radiotransparente no centro e zona densa de ossificação
periférica - Fina fenda radiotransparente separa a massa da cortical óssea
adjacente
Complicações de Fraturas
Complicações de Fraturas
• Osteonecrose: - Morte celular do tecido ósseo - Pode ocorrer após fratura quando o suprimento sanguíneo
é interrompido - Cabeça femoral: fratura do colo fêmur (60 a 75%) - Escafóide: fragmento proximal (10 a 15%), esclerose óssea - Cabeça umeral:fratura do colo umeral, infrequente
Osteonecrose
Complicações de Fraturas
• Contratura isquêmica de Volkmann: - Geralmente ocorre após fratura supracondilar do úmero - Causada por isquemia muscular seguida de fibrose - 5 Ps → pulso ausente, “pain”, palidez, parestesia, paralisia - Contratura em flexão do punho e das interfalangeanas,
com hiperextensão (ou raramente flexão) das metacarpofalangeanas
- Atrofia dos tecidos moles
Complicações de Fraturas
Complicações de Fraturas• Distúrbio de crescimento: - Comum nas fraturas Salter-Harris tipo IV e V - Formação de ponte óssea entre a epífise e a metáfise, provocando
aprisionamento da placa de crescimento - Discrepância no comprimento dos membros• Artrite pós-traumática: - Fratura com extensão intra-articular - Incongruência das superfícies articulares que levam a lesões
degenerativas precoces - Redução do espaço articular, esclerose subcondral, osteófitos
marginais
Complicações de Fraturas