• AULA 07 – PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DO CONSUMIDOR
• PROTEÇÃO DA INCOLUMIDADE FÍSICA DO CONSUMIDOR -
Direito à Segurança - Artigo 6º, inciso I, do CDC
• Vida, saúde e segurança são bens jurídicos inalienáveis
relacionados à dignidade da pessoa humana.
• Dever de segurança
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
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• Fornecedor = dever de segurança = os produtos ou serviçosser adequados aos fins a que se destinam(qualidade/adequação).
• Devem ainda oferecer qualidade e segurança.
• Respeito às normas técnicas de segurança no que diz respeitoaos “produtos”, ou seja, riscos inerentes ao próprio produto.(Exs.: medicamentos e aparelhos domésticos)
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• Artigo 6º, incisos VII e VIII, do Código de Defesa doConsumidor
São direitos básicos do consumidor:
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais emorais, individuais, coletivos, e difusos;
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos, comvistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais emorais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada aproteção jurídica, administrativa e técnica aos necessitados.
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• Artigo 6º, inciso IV, do Código de Defesa do Consumidor
São direitos básicos do consumidor:
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva,métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contrapráticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento deprodutos e serviços;
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• Abusivo é tudo aquilo que desrespeita a principiologia e afinalidade do sistema protetivo do consumidor, bem comorelacione à noção de abuso de direito.
• Artigo 187 do Código Civil e artigo 7º, “caput”, do CDC
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Artigo 187 do Código Civil
Também comete ato ilícito o titular de um direito que, aoexercê-lo, excede manifestamente os limites impostos peloseu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bonscostumes.
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Artigo 7º do Código de Defesa do Consumidor
Os direitos previstos neste código não excluem outrosdecorrentes de tratados ou convenções internacionais deque o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária,de regulamentos expedidos pelas autoridadesadministrativas competentes, bem como dos que derivemdos princípios gerais do direito, analogia, costumes eequidade.
Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todosresponderão solidariamente pela reparação dos danosprevistos nas normas de consumo.
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Esses comportamentos são considerados atos ilícitos ipsofacto, apenas por existirem e se manifestarem no mundo dascoisas, em descompasso com o ordenamento jurídico.
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Exemplo:
Administradora envia para a casa do consumidor umcartão de crédito não solicitado. Ainda que o consumidordesejasse ter um cartão de crédito e tenha gostado dainiciativa da administradora, trata-se de uma prática comercialabusiva.
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Súmula 532 do Superior Tribunal de Justiça
Constitui prática comercial abusiva o envio de cartão decrédito sem prévia e expressa solicitação do consumidor,configurando-se ato ilícito indenizável e sujeito à aplicação demulta administrativa.
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Conforme analisado pela Corte de origem, a conduta
constatada diz respeito ao fato de a parte recorrente ter enviado um
"cartão de crédito múltiplo, sem que tivesse havido solicitação a parte
do consumidor". Ou seja, o pedido do consumidor não disse respeito a
um cartão de crédito múltiplo, tendo sido a conduta comprovada a partir
dos elementos fáticos e probatórios constantes dos autos. O art. 39,
inciso III, do Código de Defesa do Consumidor veda a prática de enviar
ao consumidor produtos ou serviços não requeridos por ele. Nesse
ponto, cai por terra a alegação da parte recorrente de que o cartão
enviado estaria com a função crédito inativada, pois tal argumento é
irrelevante para o deslinde da controvérsia.
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Isso porque, pelo o que consta do acórdão impugnado, o
pedido da consumidora se restringiu a um cartão de débito, tão
somente, não havendo registro de que tenha havido qualquer
manifestação de vontade por parte dela quanto ao cartão múltiplo.
Há a abusividade da conduta com o simples envio do cartão de
crédito, sem pedido pretérito e expresso do consumidor,
independentemente da múltipla função e do bloqueio da função
crédito, pois tutelam-se os interesses dos consumidores em fase
pré-contratual, evitando a ocorrência de abuso de direito na atuação
dos fornecedores na relação consumerista com esse tipo de prática
comercial, absolutamente contrária à boa-fé objetiva. Precedentes:
REsp 1199117/SP, Rel. Ministro PAULO DE TARSO
SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 18/12/2012, DJe
04/03/2013; AgRg no AREsp 152.596/SP, Rel. Ministro SIDNEI
BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/05/2012, DJe
28/05/2012. (REsp 1261513/SP, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 27/08/2013, DJe
04/09/2013)
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Prática abusiva (lato sensu) é aquela que contraria asregras mercadológicas de boa e leal conduta com osconsumidores, sendo, de rigor, sua prevenção, reparação erepressão.
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Artigo 39, inciso III, do Código de Defesa do Consumidor
É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentreoutras práticas abusivas: III - enviar ou entregar aoconsumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto oufornecer qualquer serviço.