Professor: Marco Aurélio Ferreira de Morais
Aula: Processo Administrativo Previdenciário
Estrutura da Previdência Social
Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário;
• Instituto Nacional do Seguro Social – INSS;
• Conselho de Recursos do Seguro Social.
Ministério da Fazenda;
• Empresa de Tecnologia e Informações da
Previdência – DATAPREV;
• Conselho Nacional de Previdência.
Previsão Normativa específica:
Instrução Normativa N°77, INSS/PRES de 21 de
janeiro de 2015.
Fase Inicial (requerimento)
Fase de Instrução (comprovação, análise)
Fase Decisória (concessão, indeferimento)
Fase Recursal (recurso ordinários, prazos)
Quem é parte no processo administrativo
previdenciário?
Art. 660. São legitimados para realizar o
requerimento do benefício ou serviço:
I - o próprio segurado, dependente ou beneficiário;
II - o procurador legalmente constituído;
III - o representante legal, assim entendido o tutor,
curador, detentor da guarda ou administrador
provisório do interessado, quando for o caso;
IV - a empresa, o sindicato ou a entidade de
aposentados devidamente legalizada, na forma do
art. 117 da Lei nº 8.213, de 1991.
V - o dirigente de entidade de atendimento de que
trata o art. 92, §1º, do Estatuto da Criança e do
Adolescente – ECA, na forma do art. 493.
Parágrafo único. No caso de auxílio-doença, a
Previdência Social deve processar de ofício o
benefício, quando tiver ciência da incapacidade do
segurado, mesmo que este não o tenha requerido.
Art. 661. É facultado à empresa protocolar
requerimento de auxílio-doença ou documento dele
originário de seu empregado ou contribuinte
individual a ela vinculado ou a seu serviço,
observado o inciso IV do art. 660.
Parágrafo único. A empresa que adotar o
procedimento previsto no caput, terá acesso às
decisões administrativas a ele relativas.
Documentos necessários para o exercício da
representação:
Procuração pública ou particular;
Documento legal de identificação (RG, Carteira da
OAB, CRESS, Passaporte, etc...);
Documento de identificação do outorgante, nos
casos de procuração particular sem firma
reconhecida ou quando houver divergência de
dados no CNIS com os dados da procuração. (Art.
502 IN 77/2015)
Procuração pública
Será exigida procuração pública apenas quando o
outorgante ou o outorgado forem analfabetos. (Art.
499, parágrafo único, IN 77/2015)
Reconhecimento de firma?
Não é necessário o reconhecimento de firma, salvo
por imposição legal. Entretanto, o servidor poderá
solicitar o reconhecimento quando tiver dúvida sobre
a autenticidade da procuração. (Art. 501, § 3º IN
77/2015)
Quem pode ser outorgante ou outorgado?
(Art. 500 IN 77/2015)
Todas as pessoas, exceto:
a) INCAPAZES PARA OS ATOS DA VIDA CIVIL,
ressalvado o maior de 16 e menor de 18 anos não
emancipado, que poderá ser apenas outorgado;
b) SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS E OS
MILITARES em atividade, que somente poderão
representar parentes até o segundo grau.
Dos impedimentos:
Art. 662. É impedido de atuar no processo
administrativo o servidor:
I – que tenha interesse direto ou indireto na matéria;
II – que tenha participado ou venha a participar
como interessado, perito, testemunha ou
representante, ou se tais situações ocorrerem
quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins
até o terceiro grau;
III - que esteja litigando judicial ou
administrativamente com o interessado ou
respectivo cônjuge ou companheiro; ou
IV - cujo cônjuge, companheiro ou parente e afins
até o terceiro grau tenha atuado como intermediário.
Art. 663. O servidor que incorrer em impedimento
deve comunicar o fato à chefia imediata que, ao
acolher as razões, designará outro servidor para
atuar no processo.
Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar
o impedimento será apurada em sede disciplinar.
Da Suspeição:
Art. 664. Pode ser arguida perante a chefia imediata
a suspeição de servidor que tenha amizade íntima
ou inimizade notória com algum dos interessados ou
com os respectivos cônjuges, companheiros,
parentes e afins até o terceiro grau.
Parágrafo único. É de dez dias o prazo para
recurso contra a decisão que não acolher a
alegação de suspeição suscitada pelo interessado,
cabendo a apreciação e julgamento à chefia da
Unidade de Atendimento.
Art. 665,§ 2º (IN 77/2015)
Comunicação dos atos
A comunicação deverá ser realizada na primeira
oportunidade, preferencialmente por ciência nos
autos. Quando não houver ciência nos autos, a
comunicação deverá ser feita via postal com aviso
de recebimento, telegrama ou outro meio que
assegure a ciência do interessado, devendo a
informação ficar registrada no processo
administrativo.
Art. 665,§ 3º (IN 77/2015)
Presumem-se válidas as comunicações dirigidas ao
endereço para correspondência declinado nos autos
pelo interessado, cabendo a ele atualizar o
respectivo endereço sempre que houver
modificação temporária ou definitiva, iniciando a
contagem do prazo na data da ciência.
Art. 665,§ 5º (IN 77/2015)
Para complementar informações ou solicitar
esclarecimentos, a comunicação ao interessado
poderá ser feita por qualquer meio, inclusive
comunicação verbal, direta ou telefônica,
correspondência, telegrama, fax ou correio
eletrônico, registrando-se a circunstância no
processo, caso necessário.
Contagem de prazos
Art. 665,§ 7º (IN 77/2015)
Todos os prazos previstos em relação aos pedidos
de interesse dos segurados junto ao INSS começam
a correr a partir da data da cientificação oficial,
excluindo-se da contagem o dia do começo e
incluindo-se o do vencimento, observando-se que:
I – considera-se prorrogado o prazo até o primeiro
dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em
que não houver expediente ou este for encerrado
antes da hora normal;
II – os prazos expressos em dias contam-se de
modo contínuo; e
III – os prazos fixados em meses ou anos contam-
se de data a data e se, no mês do vencimento, não
houver o equivalente àquele do início do prazo,
tem-se como termo o último dia do mês.
Formalização do processo
Art. 674. Na formalização do processo será
suficiente a apresentação dos documentos originais
ou cópias autenticadas em cartório ou por servidor
do INSS, ou ainda conforme previsto no art. 676,
podendo ser solicitada a apresentação do
documento original para verificação de
contemporaneidade ou outras situações em que
este procedimento se fizer necessário.
Art. 676. Os documentos microfilmados por
empresas ou cartórios, ambos registrados na
Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da
Justiça, apresentados em cópia perfeitamente
legível e devidamente autenticada, fazem a mesma
prova dos originais e deverão ser aceitos pelo INSS,
sem a necessidade de diligência junto à empresa
para verificar o filme e comprovar a sua
autenticidade.
Art. 677. Equiparam-se aos originais os
documentos autenticados por:
I - órgãos da Justiça e seus auxiliares;
II - Ministério Público e seus auxiliares;
III - procuradorias;
IV - autoridades policiais;
V - repartições públicas em geral;
VI - advogados públicos; e
VII - advogados privados.
§ 1º Na hipótese do inciso VII a autenticação está
vinculada ao advogado privado que conste na
procuração, ainda que apresentado por seu
substabelecido, desde que acompanhado de cópia
da carteira da OAB.
§ 2º Para fins do disposto no parágrafo anterior, o
documento autenticado deverá conter nome
completo, número de inscrição na OAB e
assinatura do advogado.
§ 3º Caso identificado indício de irregularidade
nas cópias apresentadas, o servidor poderá exigir
a apresentação dos originais para conferência.
Fase de instrução
Carta de exigências – Art. 678 IN 77/2015
§ 1º Não apresentada toda a documentação
indispensável ao processamento do benefício ou do
serviço, o servidor deverá emitir carta de exigências
elencando providências e documentos necessários,
com prazo mínimo de trinta dias para cumprimento.
§ 2º O prazo previsto no § 1º deste artigo poderá
ser prorrogado por igual período, mediante pedido
justificado do interessado.
Art. 679. Observado o disposto no art. 19 do RPS,
as APS, quando necessário, devem manter cópia
dos documentos comprobatórios, devidamente
conferidos, evitando-se a retenção dos documentos
originais.
Havendo necessidade, os documentos originais
poderão ser retidos por, no máximo, 5 dias.
(Parágrafo único do art. 679.)
Juntada de documentos de outros processos
Art. 684. Quando o requerente declarar que fatos e
dados estão registrados em documentos existentes
em qualquer órgão público a Unidade de
Atendimento procederá, de ofício, à obtenção dos
documentos ou das respectivas cópias.
Dados do CNIS (Cadastro Nacional de
Informações Sociais)
O CNIS é o banco de dados informatizado do INSS
onde constam todos os dados de contribuintes e
beneficiários do RGPS (Regime Geral de
Previdência Social). É nele que encontramos os
dados de identificação e de vida laboral do
segurado.
CNIS – Cadastro Nacional de Informações
Sociais
No CNIS o contribuinte é identificado pelo número
de seu NIT (Número de Inscrição do Trabalhador).
O NIT, por sua vez, pode ser originário do PIS,
PASEP, Inscrição na Previdência, Inscrição no SUS
ou em programas sociais.
CNIS – Cadastro Nacional de Informações
Sociais
É com base nos dados do CNIS que todos os
benefícios pagos pelo INSS são processados.
Todos os sistemas de análise e concessão de
benefícios, PRISMA, SABI e SIBE, são alimentados
com os dados do CNIS.
Consulta ao banco de dados do CNIS
Os dados do CNIS podem ser obtidos nos
seguintes canais:
• Agência da Previdência Social;
• internet, mediante uso de senha específica, pelo
site www.inss.gov.br;
• Para correntistas, nos bancos CEF e BB.
CNIS como prova plena (Art. 29-A, da Lei
8.213/91 e 681 da IN 77/2015)
Os dados constantes no CNIS relativos a vínculos,
remunerações e contribuições valem como prova
de filiação à Previdência Social, relação de
emprego, tempo de serviço ou de contribuição e
salário-de-contribuição, salvo comprovação de erro
ou fraude em sentido contrário.
Dados divergentes e extemporaneidade (Art. 682
da IN 77/2015)
A comprovação dos dados divergentes,
extemporâneos ou inexistentes no CNIS cabe ao
requerente.
§ 1º Nos casos de dados divergentes ou
extemporâneos no CNIS cabe ao INSS emitir carta
de exigências na forma do§ 1º do art. 678.
Indicadores do Extrato Previdenciário
Para aprimorar a análise dos dados do CNIS, de
modo a evitar erros e dar maior celeridade à
decisão, foram inseridas informações na forma de
indicadores no Extrato Previdenciário.
Extrato Previdenciário Resumo
Extrato Previdenciário Completo
Descrição de alguns indicadores do CNIS
PEXT – Pendência de vínculo extemporâneo não
tratado
Indica a existência de período extemporâneo no
vínculo empregatício.
Procedimento: O filiado deverá apresentar prova
contemporânea da existência do vínculo no período
extemporâneo para validação, conforme previsto na
legislação vigente.
Descrição de alguns indicadores do CNIS
PVIN-IRREG – Pendência de Vínculo Irregular
A marcação de um vínculo como irregular é
resultado de uma apuração de fraude comprovada
pelo INSS ou órgãos de controle.
Procedimento: Não há tratamento pela APS.
Deverá ser formalizado o pedido de revisão junto à
unidade, que remeterá o processo ao órgão prolator
da decisão.
Descrição de alguns indicadores do CNIS
PDT-NASC-FIL-MENOR-INV
Indica existência de vínculos ou contribuições em
períodos em que o titular do NIT/PIS/PASEP não
possuía a idade mínima permitida pela legislação
na condição de menor aprendiz (12 e 14 anos).
Procedimento: Se não houver alteração, não serão
considerados pelos sistemas de benefícios os
períodos e as remunerações anteriores à idade
mínima permitida.
Menor aprendiz
12 anos
Até 15/12/1998 (EC nº 20/1998)
14 anos
A partir de 16/12/1998 (EC nº 20/1998)
Descrição de alguns indicadores do CNIS
PADM-EMPR – Inconsistência temporal,
admissão anterior ao Início da Atividade do
Empregador
A data de admissão do vínculo é anterior à data de
existência da empresa registrada no cadastro de
Pessoas Jurídicas da Secretaria da Receita Federal
do Brasil.
Procedimento: Comprovar o vínculo de acordo
com o art. 10 da Instrução Normativa-IN
INSS/PRES nº 77/2015.
PRPPS – Regime Previdenciário RPPS presente
em Vínculo Tipo Empregado
Indica ter sido informada, pelo empregador, a
existência de período de Regime Próprio de
Previdência Social-RPPS em parte ou na totalidade
do vínculo.
Procedimento: Apresentar CTC ou requerer a
correção da informação no CNIS
IREC-LC123 – Recolhimento LC 123 ILEI123 –
Indica que a contribuição da competência foi
recolhida com código da Lei Complementar
123/2006 (Plano simplificado de previdência)
Procedimento: Por tratar-se apenas de informação
(indicador) para que o sistema de benefícios possa
computar o período, não há tratamento a ser
efetuado no CNIS. Esses recolhimentos não são
válidos para cômputo de CTC ou aposentadoria por
tempo de contribuição.
PREC-MENOR-MIN
Recolhimento abaixo do limite mínimo de
contribuição estabelecido para o RGPS.
Procedimento: O filiado deverá fazer a
complementação para o mínimo estabelecido para
o RGPS
IEAN (25) – Indica exposição à agentes nocivos no
grupo 25 anos
PREM-EXT – Indica que a remuneração da
competência do CI prestador de serviço é
extemporânea
IMEI – Indica que o recolhimento foi realizado no
código do Microempreendedor Individual
COMPROVAÇÃO DE VÍNCULOS
Situações que exigem apresentação de
documentos comprobatórios
A. Vínculos extemporâneos ou que não constam
no CNIS;
B. Vínculos sem data final de encerramento;
C. Vínculo com registro divergente ao
efetivamente trabalhado;
D. Vínculo com regime previdenciário errado;
E. Vínculo de Regime Próprio de Previdência;
F. Vínculo originário de reclamatória trabalhista;
Como comprovar: Para comprovação de vínculos
extemporâneos e para as situações elencadas nos
itens “A” a “C” deverão ser apresentados, ao
menos, um dos seguintes documentos:
1. Carteira de trabalho CTPS
Critérios para análise (Orientação Interna Conjunta
INSS nº 58 de 23/10/2002):
numeração das páginas;
se apresenta emendas, rasuras, sinais de
montagem ou inserção de fls. de outra CTPS;
Formas de comprovação:
se falta alguma página;
se existe contrato de trabalho registrado com
data de admissão e demissão antes da expedição
da carteira;
se os contratos estão em ordem cronológica;
se as anotações internas são contemporâneas;
se os contratos estão devidamente assinados
pelo empregador;
CTPS
CTPS
CTPS
CTPS
Formas de comprovação:
2. declaração fornecida pela empresa,
devidamente assinada e identificada por seu
responsável, acompanhada do original ou cópia
autenticada da Ficha de Registro de Empregados
ou do Livro de Registro de Empregados, onde
conste o referido registro do trabalhador;
3. contrato individual de trabalho;
Formas de comprovação:
4. acordo coletivo de trabalho, desde que
caracterize o trabalhador como signatário e
comprove seu registro na respectiva Delegacia
Regional do Trabalho – DRT
5. termo de rescisão contratual ou
comprovante de recebimento do FGTS;
Formas de comprovação:
6. extrato analítico de conta vinculada do
FGTS, carimbado e assinado por empregado da
Caixa, desde que constem dados do empregador,
data de admissão, data de rescisão, datas dos
depósitos e atualizações monetárias do saldo, ou
seja, dados que remetam ao período em que se
quer comprovar;
7. recibos de pagamento contemporâneos ao
fato alegado, com a necessária identificação do
empregador e do empregado;
Formas de comprovação:
8. declaração fornecida pela empresa,
devidamente assinada e identificada por seu
responsável acompanhada de cópia autenticada
do cartão, livro ou folha de ponto; ou
9. outros documentos contemporâneos que
possam vir a comprovar o exercício de atividade
junto à empresa;
Outros documentos
Outros documentos
Outros documentos
Situações que exigem comprovação:
A - Vínculos que não constam no CNIS;
B - Vínculos sem data final de encerramento;
C - Vínculo com registro divergente ao efetivamente
trabalhado;
D - Vínculo com regime previdenciário errado;
E - Vínculo de Regime Próprio de Previdência;
F - Vínculo originário de reclamatória trabalhista;
Formas de comprovação:
Para a comprovação do vínculo com regime
previdenciário errado deverá ser apresentada
declaração do órgão público esclarecendo para
qual regime foram destinadas as contribuições.
Nos caso de Regime Próprio de Previdência Social
(RPPS), deverá ser apresentada a Certidão de
Tempo de Contribuição (CTC) nos moldes da
Portaria MPS nº 154, de 15 de maio de 2008.
Formas de comprovação:
Quando se tratar de cargos em comissão de livre
nomeação ou exoneração, deverá ser apresentada
a Declaração de Tempo de Contribuição nos
moldes da Portaria MPS nº 154, de 15 de maio de
2008.
Formas de comprovação (Arts. 71 a 75 IN 77):
Para vínculos originários de reclamatória
trabalhista adota-se o seguinte procedimento:
1. Nos casos de reclamatória trabalhista com
reconhecimento da filiação, a contagem de tempo
de serviço/contribuição dependerá da existência
de início de prova material, isto é, de documentos
contemporâneos que possibilitem a comprovação
dos fatos alegados, juntados ao processo judicial
ou ao requerimento administrativo. A ação
trabalhista deverá ter transitado em julgado.
Formas de comprovação:
2. Tratando-se de ação trabalhista transitada em
julgado envolvendo apenas a complementação de
salários-de-contribuição de vínculo empregatício,
não será exigido início de prova material,
independente de existência de recolhimentos
correspondentes.
Formas de comprovação:
3. Caso o processo de ação judicial seja de
reintegração, deverá ser apresentada cópia do
processo com trânsito em julgado ou certidão de
inteiro teor emitida pelo órgão onde tramitou o
processo judicial, não sendo necessário o início de
prova material.
COMPROVAÇÃO DE REMUNERAÇÃO
Remuneração
A. Remuneração não constar no CNIS;
B. Com valores divergentes ao efetivamente
recebidos;
Para comprovação da remuneração é necessária a
apresentação de 1 dos seguintes documentos:
ficha financeira;
contracheque ou recibo de pagamento
contemporâneos ao período que se pretende
comprovar;
Remuneração
anotações contemporâneas acerca das
alterações de remuneração constantes da CP
ou da CTPS com anuência do filiado; ou
Remuneração
original ou cópia autenticada da folha do Livro
de Registro de Empregados ou da Ficha de
Registro de Empregados, onde conste a
anotação do nome do respectivo filiado, bem
como das anotações de remunerações, com a
anuência do filiado e acompanhada de
declaração fornecida pela empresa,
devidamente assinada e identificada por seu
responsável.
Recibo de pagamento
COMPROVAÇÃO DE ATIVIDADE
Atividade
A. Atividade não constar no CNIS;
B. Atividade divergente da existente no CNIS;
C. Reconhecimento de filiação para pagamento
retroativo de contribuições;
Formas de comprovação:
1. Para os contribuintes individuais, exceto
empresário, as informações prestadas pelo filiado,
devendo ser observado o primeiro pagamento da
contribuição sem atraso.
2. Os contribuintes individuais empresários
deverão apresentar o contrato social ou de firma
individual, e respectivo distrato, se for o caso.
Atividade
A retroação da data do início das contribuições
será autorizada, desde que comprovado o
exercício de atividade remunerada no respectivo
período, com documentos contemporâneos ao
período que se pretende comprovar.
Atividade – Casos específicos
A IN 77/2015 prevê formas específicas de
comprovação de atividade para algumas
categorias.
O artigo 32 traz a relação.
Casos específicos – exemplos
para os profissionais liberais que exijam
inscrição em Conselho de Classe, pela inscrição e
documentos que comprovem o efetivo exercício da
atividade;
para o titular de firma individual, mediante
apresentação do documento registrado em órgão
oficial que comprove o início ou a baixa, quando
for o caso;
Documento de comprovação de atividade
Exemplo
COMPROVAÇÃO DE RECOLHIMENTOS
Recolhimentos
A. Recolhimentos não existirem no CNIS;
B. Com indicador de extemporaneidade, para os
casos de empresário e prestador de serviço a
partir de 04/2003;
Nos casos de recolhimentos efetuados em GPS,
nas categorias de facultativo ou contribuinte
individual, deverão ser apresentados os
comprovantes de recolhimento.
Comprovante de recolhimento
Recolhimentos
No CNIS estão disponíveis apenas os
recolhimentos posteriores à 01/1985. As
contribuições anteriores poderão constar em
Microficha.
Microficha
Recolhimentos (Art. 38 IN 77/2015)
Para comprovação de recolhimento em GFIP
extemporânea, para o Contribuinte Individual
Prestador de Serviço ou empresário, no que
couber, será necessária a apresentação de um
dos seguintes documentos:
I - comprovantes de retirada de pró-labore, que
demonstre a remuneração decorrente do seu
trabalho, nas situações de empresário;
Recolhimentos (Art. 38 IN 77/2015)
II - comprovante de pagamento do serviço
prestado, onde conste a identificação completa da
empresa, inclusive com o número do CNPJ/CEI, o
valor da remuneração paga, o desconto da
contribuição efetuado e o número de inscrição do
segurado no RGPS;
Recolhimentos (Art. 38 IN 77/2015)
III - declaração de Imposto de Renda Pessoa
Física – IRPF, relativa ao ano-base objeto da
comprovação, que possam formar convicção das
remunerações auferidas; ou
Recolhimentos (Art. 38 IN 77/2015)
IV - declaração fornecida pela empresa,
devidamente assinada e identificada por seu
responsável, onde conste a identificação completa
da mesma, inclusive com o número do CNPJ/CEI,
o valor da remuneração paga, o desconto da
contribuição efetuada e o número de inscrição do
segurado no RGPS.
Recibo de Pagamento de Autônomo - RPA
OUTROS DOCUMENTOS
Art. 59 IN 77/2015: Além dos documentos
mencionados anteriormente, o art. 59 traz mais
uma relação de documentos que podem fazer
prova de vínculo ou atividade, conforme o caso.
carteira de férias;
carteira sanitária;
caderneta de matrícula;
a caderneta de contribuições dos extintos
institutos de aposentadoria e pensões;
Outros documentos
EMPREGADO DOMÉSTICO
Empregado Doméstico
A partir de 02/06/2015, data da publicação da Lei
Complementar-LC nº 150, a categoria de
empregado doméstico foi, em linhas gerais,
equiparada a de empregado.
Formas de comprovação
Assim, devido às alterações decorrentes da LC
150/2015, a comprovação de atividade e
remuneração do Empregado Doméstico passou a
ser realizada de acordo com a data de vigência de
seu contrato de trabalho.
Formas de comprovação
Para vínculos vigentes até 01/06/2015 (Art. 19 IN
77/2015):
• registro contemporâneo com as anotações
regulares em CP ou em CTPS, observado o art.
60;
• contrato de trabalho registrado em época
própria;
• recibos de pagamento emitidos em época
própria
Formas de comprovação
Vínculos com início a partir de 02/06/2015 (Art. 10
IN 77/2015):
A comprovação poderá ser feita, no que couber,
por meio da documentação prevista para a
comprovação de vínculo do empregado, como
consta no inciso I do Art. 10 da Instrução
Normativa nº 77/2015.
Remuneração
A comprovação da remuneração anterior a
10/2015 é realizada com a apresentação do
comprovante de recolhimento da GPS.
Remuneração
A partir da competência 10/2015, com a
disponibilização do eSocial para os empregadores
domésticos conforme Portaria Interministerial nº
822, de 30 de setembro de 2015, a comprovação
das remunerações do empregado doméstico
somente poderá ser feita por meio dos
documentos previstos no inciso II do Art. 10 da
Instrução Normativa nº 77/2015, que trata da
comprovação de remuneração do empregado.
JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA
JA - Justificação administrativa
A Justificação Administrativa - JA é o procedimento
destinado a suprir a falta ou insuficiência de
documento ou produzir prova de fato ou
circunstância de interesse do beneficiário perante o
INSS (art. 574, IN 77).
JA - Justificação administrativa
Em regra, somente é possível realizar uma J.A.
quando houver início de prova material (art. 575 da
IN 77/2015). A exceção a essa regra, prevista no art.
577 da IN 77/2015, refere-se à ocorrência de caso
fortuito ou força maior, como incêndio, inundação ou
desmoronamento que tenha atingido a empresa na
qual o segurado alegue ter trabalhado.
JA - Justificação administrativa
Vale observar que o art. 578, III da IN 77/2015 prevê
que a J.A. deverá ser processada mediante a
apresentação de, pelo menos, um início de prova
como marco inicial e outro como marco final, além
de outro para o período intermediário, se for o caso.
Não será admitida a JA quando o fato a comprovar
exigir registro público de casamento, idade ou de
óbito, ou de qualquer ato jurídico para o qual a lei
prescreva forma especial (art. 574, §2º, IN
77/2015).
JA - Justificação administrativa
Pedido autônomo.
A JA é ato de instrução do processo de
reconhecimento de direitos, processada mediante
requerimento do interessado e sem ônus. (art. 574,
§1º, IN 77/2015)
JA - Justificação administrativa
O interessado deve juntar prova oficial de existência
da empresa, no período que se pretende comprovar.
Ex: certidões expedidas por Prefeitura, por
Secretaria de Fazenda, por Junta Comercial, por
Cartório de Registro Especial ou por Cartório de
Registro Civil, nas quais constem nome, endereço e
razão social do empregador e data de encerramento,
de transferência ou de falência da empresa (art. 580,
IN 77/2015).
JA - Justificação administrativa
Comprovação de Relação de Dependência
Econômica.
Para fins de comprovação do vínculo e da
dependência econômica, conforme o caso, devem
ser apresentados, no mínimo, 3 (três) dos
documentos elencados no art. 135 da IN Nº 77/2015.
O rol é meramente exemplificativo, haja vista o teor
do inc. XVI: “quaisquer outros (documentos) que
possam levar à convicção do fato a comprovar”.
JA - Justificação administrativa
Desse modo, quando apresentados menos de 3
(três) documentos – desde que haja pelo menos
um (RPS, art. 143) - relacionados no art. 135 da IN
Nº 77/2015, é cabível a J.A.
JA - Justificação administrativa
Requerimento
O Requerimento da Justificação Administrativa deve
ser feito pelo interessado mediante preenchimento
de formulário própriocom as seguintes informações:
a) Nome e qualificação do requerente;
b) Objeto ou período pretendido;
c) Rol de Testemunhas.
JA - Justificação administrativa
Número de testemunhas
O interessado deverá indicar entre 3 (três) e 6 (seis)
testemunhas por fato a ser comprovado.
Impedimento das testemunhas
São circunstâncias pessoais ou vínculos da
testemunha com o justificante que tornam as
declarações da testemunhas inidôneas para
comprovar o fato pretendido. (artigo 586 da IN
77/2015).
JA - Justificação administrativa
Não podem ser testemunhas:
I - a parte interessada, nos termos do art. 660;
II - o menor de dezesseis anos;
III - quem intervém em nome de uma parte, assim
como o tutor na causa do menor e o curador, na do
curatelado;
JA - Justificação administrativa
Não podem ser testemunhas:
IV - o cônjuge e o companheiro, bem como o
ascendente e o descendente em qualquer grau, a
exemplo dos pais, avós, bisavós, filhos, netos,
bisnetos;
V - o irmão, tio, sobrinho, cunhado, a nora, genro ou
qualquer outro colateral, até terceiro grau, por
consanguinidade ou afinidade;
JA - Justificação administrativa
Não podem ser testemunhas:
VI - quem, acometido por enfermidade ou por
debilidade mental à época de ocorrência dos fatos,
não podia discerni-los ou, ao tempo sobre o qual
deve depor, não estiver habilitado a transmitir as
percepções; e
VII - o cego e o surdo, quando a ciência do fato
depender dos sentidos que lhes faltam.
JA - Justificação administrativa
Demais fases da JA:
Autorização;
Agendamento;
Processamento (oitiva);
Relatório e homologação quanto à forma;
Homologação quanto ao mérito.
JA - Justificação administrativa
Homologação:
Art. 592. Realizado o procedimento previsto nos
arts. 589 a 591, o processo será encaminhado,
preferencialmente, àquele que determinou o
processamento da JA, a fim de:
(...)
II - emitir decisão fundamentada esclarecendo se a
JA foi eficaz para comprovar os fatos alegados pelo
justificante.
JA - Justificação administrativa
Homologação:
Art. 595. Não caberá recurso da decisão conclusiva
do INSS que considerar eficaz ou ineficaz a JA.
JA - Justificação administrativa
Outras situações:
Art. 594. Caso a JA não seja processada por não
preencher os requisitos necessários, ou por
ausência de início de prova material, ou ainda, por
não compreender todo o período pretendido, o
segurado deverá ser cientificado, expressamente, da
possibilidade de recurso, informando o prazo.
JA - Justificação administrativa
Outras situações:
Art. 597. Após a conclusão da JA, se o interessado
apresentar documentos de início de prova adicionais
que, confrontados com os depoimentos, possam
ampliar os períodos já homologados, poderá ser
efetuado termo aditivo e reconhecidos os novos
períodos.
JA - Justificação administrativa
Outras situações:
Art. 598. Não caberá reinquirição de testemunhas ou
novo processamento de JA para o mesmo objeto
quando a anterior já tiver recebido análise de mérito.
Fase decisória
Opção pelo melhor benefício
Art. 687. O INSS deve conceder o melhor benefício
a que o segurado fizer jus, cabendo ao servidor
orientar nesse sentido.
Art. 688. Quando, por ocasião da decisão, for
identificado que estão satisfeitos os requisitos para
mais de um tipo de benefício, cabe ao INSS oferecer
ao segurado o direito de opção, mediante a
apresentação dos demonstrativos financeiros de
cada um deles.
Reafirmação da DER
Art. 690. Se durante a análise do requerimento for
verificado que na DER o segurado não satisfazia os
requisitos para o reconhecimento do direito, mas que
os implementou em momento posterior, deverá o
servidor informar ao interessado sobre a
possibilidade de reafirmação da DER, exigindo-se
para sua efetivação a expressa concordância por
escrito.
Fase Recursal
Atos normativos:
Instrução Normativa nº 77 INSS/PRES de 21/01/2015;
Regimento Interno do CRSS
Portaria MDSA nº 116, de 20/03/2017
Juntas de Recurso (Primeira instância recursal)
São 29 juntas de recursos nos estados.
Em São Paulo:
13º JRSS;
14º JRSS;
15º JRSS.
Segunda instância recursal
RECURSO ORDINÁRIO
Recurso ordinário
Art. 537 – IN 77/2015. Das decisões proferidas pelo INSSpoderão os interessados, quando não conformados,interpor recurso ordinário às Juntas de Recursos doCRSS.
§ 1º Os titulares de direitos e interesses têm legitimidadepara interpor recurso administrativo.
§ 2º Os recursos serão interpostos pelo interessado,preferencialmente, perante o órgão do INSS que proferiua decisão sobre o seu benefício, que deverá proceder asua regular instrução.
Art. 541 da IN 77. O prazo para interposição derecurso ordinário e especial, bem como para ooferecimento de contrarrazões, é de trinta dias,contados de forma contínua, excluindo-se da contagemo dia do início e incluindo-se o do vencimento.
Petição do recurso
A petição do recurso deve conter, necessariamente:
a) identificação do recorrente e seu procurador ourepresentante legal, caso existentes, do recorrido e dosegurado instituidor, quando houver;b) endereço para correspondência;c) identificação do benefício, Certidão por Tempo deContribuição – CTC, ou protocolo;d) razões recursais;e) data e local; ef) assinatura do recorrente ou de seu procurador ourepresentante legal.
Reconhecimento do direito na instrução do recurso
O INSS pode, enquanto não tiver ocorrido adecadência, reconhecer expressamente o direito dointeressado e reformar sua decisão.
Quando o reconhecimento ocorrer:
a) na fase de instrução do recurso à Junta deRecursos, a APS reforma a decisão e não encaminha orecurso ao órgão julgador competente;
b) após a chegada do recurso no CRSS, mas antes dequalquer decisão colegiada, como por exemplo emfase de diligência, o INSS deve retornar o processo aorespectivo órgão julgador, devidamente instruído com acomprovação da reforma de sua decisão e doreconhecimento do direito do interessado, para fins deextinção do processo com resolução do mérito porreconhecimento do pedido;
c) após o julgamento da Junta de Recurso, o INSSdeve retornar o processo ao órgão julgador queproferiu a última decisão, devidamente instruído comas razões do novo entendimento, para fins de reexameda questão. Nesse caso, em respeito ao disposto noart. 305, §4º, I do RPS, o benefício não deve serconcedido antes do reexame do órgão julgador.
Contrarrazões do INSS
Art. 31,§ 3º - Na hipótese de Recurso Ordinário, serãoconsiderados como contrarrazões do INSS os motivosdo indeferimento. Em se tratando de Recurso Especial,expirado o prazo para contrarrazões, os autos serãoimediatamente encaminhados para julgamento.
DECISÃO DOS ÓRGÃOS JULGADORES
As decisões proferidas pelas Juntas de Recursos eCâmaras de julgamento poderão ser de:
Conversão em diligência
O órgão julgador poderá requisitar ao INSS que realizedeterminado procedimento, à fim de produzir elementosnecessários à decisão recursal (Pesquisa externa, JA,Exigência, etc...)
Será de 30 (trinta) dias, prorrogáveis por mais 30 (trinta),o prazo para que o INSS restitua o processo ao órgãojulgador com a diligência integralmente cumprida.
Não conhecimento
Ocorrem por circunstâncias que impedem os órgãosjulgadores de enfrentarem o mérito do recurso, sendoelas:
a) a intempestividade;b) a ilegitimidade ativa ou passiva de parte;c) a renúncia à utilização da via administrativa paradiscussão da pretensão, decorrente da propositura deação judicial, conforme art. 307 do Regulamento;d) a desistência voluntária manifestada por escrito pelointeressado ou seu representante;e) qualquer outro motivo que leve à perda do objeto dorecurso; ef) a preclusão processual.
Conhecimento e não provimento
As decisões de conhecimento e não provimento sãoproferidas pelos órgãos julgadores do CRSS nos casosem que o colegiado analisa o mérito do recurso emantém a decisão recorrida.
Conhecimento e provimento parcial
As decisões de conhecimento e provimento parcial sãoaquelas proferidas pelos órgãos julgadores do CRSS noscasos em que o colegiado analisa o mérito do recurso eatende em parte o pedido do recorrente
Conhecimento e provimento
As decisões de conhecimento e provimento são aquelasproferidas pelos órgãos julgadores do CRSS nos casosem que o colegiado analisa o mérito do recurso e atendea pretensão do recorrente.
Anulação
As decisões de anulação são aquelas proferidas pelosórgãos julgadores do CRSS nos casos em que ocolegiado anula um decisório proferido anteriormente.
As Câmaras de Julgamento podem decidir pelanecessidade de anulação do julgamento anterior. Nestecaso, devolverão os autos à unidade de origem parareexame da matéria e nova decisão sobre o mérito dacausa. Poderão também, atendendo ao princípio deeconomia processual, pronunciar-se em caráterdefinitivo sobre o mérito da controvérsia no âmbitoadministrativo, se não houver prejuízo para a instruçãoda matéria ou para a defesa das partes.
Extinção do processo com resolução do mérito porreconhecimento do pedido
As decisões de extinção do processo com resolução domérito por reconhecimento do pedido são aquelasproferidas pelo órgão julgador quando o INSS reconheceexpressamente o direito do recorrente, após a tramitaçãodo recurso pelo CRSS, mas antes de qualquer decisãocolegiada, nos termos do art. 34, II do RICRSS.
RECURSO ESPECIAL
RECURSO DO INTERESSADO ÀS CÂMARAS DE JULGAMENTO (RECURSO ESPECIAL)
Das decisões proferidas pelas Juntas de Recursos quenão constituam matéria de alçada, o interessado,quando não conformado, poderá interpor recursoespecial às Câmaras de Julgamento do CRSS.
Prazo: 30 diasLocal: A interposição do recurso às Câmaras deJulgamento dar-se-á, preferencialmente, perante aunidade do INSS que proferiu a decisão.Petição: Não há padrão específico.Análise de tempestividade: Compete somente à CAJ
Efeito suspensivo e devolutivo do recurso àscâmaras de julgamento
A interposição tempestiva de recurso especialsuspende os efeitos da decisão de primeirainstância e devolve à instância superior oconhecimento integral da causa. (Art. 30,§3º doRICRSS)
Recurso do INSS às câmaras de julgamento
Cabe ao Serviço ou Seção de Reconhecimento deDireitos da Gerência Executiva interpor recurso àsCâmaras de Julgamento contra as decisões das Juntasde Recursos, ressalvadas as matérias de alçada dasmesmas, somente quando:
a) violarem disposição de lei, de decreto ou de portariaministerial;
b) divergirem de súmula ou de parecer do AdvogadoGeral da União, editado na forma da Lei Complementarnº 73, de 10 de fevereiro de 1993;
c) divergirem de pareceres da Consultoria Jurídica doMDSA , dos extintos MTPS e MPS ou da PFE,aprovados pelo Procurador-Chefe;
d) divergirem de enunciados editados pelo ConselhoPleno do CRSS e do antigo CRPS;
e) tiverem sido fundamentadas em laudos ou pareceresmédicos divergentes emitidos pela Assessoria Técnico-Médica do CRSS e pelos Médicos peritos do INSS,ressalvados os benefícios de auxílio-doença eassistenciais; ou
f) contiverem vício insanável.
Tempestividade do recurso do INSS às câmaras dejulgamento
A tempestividade da interposição de recurso do INSSàs Câmaras de Julgamento deverá ser demonstradacom a protocolização deste no sistema, observando-se o prazo decorrido desde o recebimento doprocesso no Serviço/Seção de Reconhecimento deDireitos da Gerência Executiva.
Se o INSS perder o prazo para recorrer à CaJ, adecisão da JR deverá ser cumprida na íntegra e deimediato.
O cumprimento da decisão não escusa o INSS daobrigatoriedade de posterior interposição de recursoespecial com pedido de relevação da intempestividade,haja vista o interesse público indisponível.
O pedido de relevação da intempestividade pelosegurado poderá ser realizado com fundamento noartigo 16, inciso II, do RICRSS, sendo prerrogativa doconselheiro relator sua proposição perante àcomposição julgadora.
Contrarrazões do interessado
Prazo: 30 dias
Local: A apresentação das contrarrazões ao recursoespecial do INSS dar-se-á, preferencialmente, perante aunidade que interpôs o recurso.
OUTROS PROCEDIMENTOS
Procedimentos aplicáveis aos órgãos julgadores doCRSS
O regimento interno do CRSS contempla outrosprocedimentos aplicáveis aos seus órgãos julgadores,tendentes a corrigir eventuais falhas processuais.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Caberão Embargos de Declaração quando constatadasno acórdão das Juntas de Recursos ou das Câmaras deJulgamento as seguintes situações:
a) obscuridade: falta de clareza do ato que gera dúvidas,não permitindo a compreensão do que ficou decidido;
b) ambiguidade: duplo sentido, que pode ter diferentessignificados;
c) contradição: falta de coerência da decisão, através daincompatibilidade entre a decisão e seus fundamentos;
d) omissão: falta de pronunciamento sobre pontos quedeveria haver manifestação do órgão julgador.
e) Para corrigir erro material
Prazo: Os Embargos de Declaração serão opostospelas partes do processo, mediante petiçãofundamentada, dirigida ao relator do acórdãoembargado, no prazo de 30 (trinta) dias contados daciência do acórdão, salvo no caso de erro material,quando poderão ser opostos à qualquer tempo.
A oposição tempestiva dos Embargos de Declaraçãointerromperá o prazo para cumprimento do acórdão,sendo restituído todo o prazo de 30 (trinta) dias após asua solução, salvo na hipótese de embargosmanifestamente protelatórios, ocasião em que a decisãodeve ser executada no prazo máximo de 5 (cinco) dias.
Nos Embargos de Declaração, via de regra, não hánecessidade de se oportunizar a manifestação da partecontrária, salvo nos casos em que a pretensão doembargante, na integração do julgado, implicar namodificação da decisão final, hipótese em que,excepcionalmente, deve ser oportunizado ooferecimento de contrarrazões ao embargado.
REVISÃO DE ACÓRDÃO
REVISÃO DE ACÓRDÃO (Art. 59 RICRSS)
O regimento interno do CRSS prevê que os órgãosjulgadores devem rever de ofício ou a pedido suaspróprias decisões, enquanto não ocorrer a decadência,quando:
a) violarem literal disposição de lei ou decreto;b) divergirem dos pareceres divergirem dos Pareceresda Consultoria Jurídica do MDSA, aprovados peloMinistro de Estado do Desenvolvimento Social e Agrário,bem como, Súmulas e Pareceres do Advogado-Geral daUnião, na forma da Lei Complementar nº 73, de 10 defevereiro de 1993;)
REVISÃO DE ACÓRDÃO (Art. 59 RICRSS)
c) divergirem dos Pareceres da Consultoria Jurídica dosextintos MPS e MTPS, vigentes e aprovados pelosentão Ministros de Estado da Previdência Social e doTrabalho e da Previdência Social ;
d) divergirem de enunciado editado pelo ConselhoPleno; e
e) for constatado vício insanável.
Caso o interessado apresente pedido de Revisão deAcórdão, o INSS se manifesta e encaminha o processoao órgão julgador que emitiu a decisão.
Não há previsão regimental de recurso contra decisãoque indeferiu a provocação da revisão de acórdão, nãocabendo ao INSS retornar os autos do processo aoórgão julgador quando este não admitir o seu pedido.
A revisão de acórdão terá andamento prioritário nosórgãos do CRSS.
PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA
PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA(Art. 63 do RICRSS)
O Pedido de Uniformização de Jurisprudência poderáser requerido em casos concretos, pelas partes doprocesso, ao Presidente do respectivo órgão julgador.
Pressupostos para o pedido
O Pedido para Uniformização de Jurisprudência podeser apresentado nas seguintes hipóteses:
a) quando houver divergência na interpretação emmatéria de direito entre acórdãos de Câmaras deJulgamento do CRSS, em sede de recurso especial, ouentre estes e resoluções do Conselho Pleno; ou
b) quando houver divergência na interpretação emmatéria de direito entre acórdãos de Juntas de Recursosdo CRSS, nas hipóteses de alçada exclusiva previstasno artigo 30,§2º do RICRSS, ou entre estes eResoluções do Conselho Pleno.
A divergência deve ser demonstrada mediante aindicação do acórdão divergente, proferido nos últimoscinco anos, por outro órgão julgador, composição dejulgamento, ou, ainda, por resolução do Conselho Pleno.
O pedido de uniformização poderá ser formulado pelaparte uma única vez, tratando-se do mesmo casoconcreto ou da mesma matéria examinada em tese, àluz do mesmo acórdão ou resolução indicados comoparadigma.
Prazo: 30 dias
Decisão do conselho
O Conselho Pleno poderá pronunciar-se pelo nãoconhecimento do pedido de uniformização ou pelo seuconhecimento e seguintes conclusões:
a) edição de Enunciado, com força normativa vinculante,quando houver aprovação da maioria absoluta de seusmembros e deliberação do colegiado para sua emissão;
b) edição de Resolução para o caso concreto, quandohouver aprovação da maioria simples de seus membros.
RECLAMAÇÃO AO CONSELHO PLENO
RECLAMAÇÃO AO CONSELHO PLENO
A reclamação ao Conselho Pleno poderá ocorrer, nocaso concreto e no prazo de 30 dias, por requerimentodas partes do processo, dirigida ao Presidente do CRSS,somente quando os acórdãos das Juntas de Recursosdo CRSS, em matéria de alçada, ou os acórdãos deCâmaras de Julgamento do CRSS, em sede de recursoespecial, infringirem:
a) Pareceres da Consultoria Jurídica do MDSA,pareceres da Consultoria Jurídica dos extintos MPS eMTPS, aprovados pelo Ministro de Estado, bem comoSúmulas e Pareceres do Advogado-Geral da União;
b) enunciados editados pelo Conselho Pleno.
O Presidente do CRSS fará o juízo de admissibilidadeda Reclamação ao Conselho Pleno verificando se háenquadramento em alguma das situações previstas nasletras “a” e “b” supra, podendo:
a) indeferir por decisão irrecorrível, quando verificarinexistentes os pressupostos de admissibilidade;b) distribuir o processo ao Conselheiro relator da matériano Conselho Pleno, quando verificar presentes ospressupostos.
O resultado do julgamento da Reclamação peloConselho Pleno será objeto de notificação ao órgãojulgador que prolatou o acórdão infringente para quepromova a revisão do acórdão.
DISPOSIÇÕES COMUNS AOS RECURSOS
Pedido de desistência
A desistência voluntária será manifestada de maneiraexpressa, por petição ou termo firmado no processo.
O pedido será homologado definitivamente pelo órgãojulgador.
Interposto o recurso, o não cumprimento pelointeressado de exigência ou providência que a eleincumbiriam e para a qual tenha sido devidamenteintimado, não implica em desistência tácita ourenúncia ao direito de recorrer, devendo o processoser julgado no estado em que se encontre, arcando ointeressado com o ônus de sua inércia.
Ação Judicial (Art. 36º RICRSS)
A propositura, pelo interessado, de ação judicial quetenha objeto idêntico ao pedido sobre o qual versa oprocesso administrativo importa em renúncia tácita aodireito de recorrer na esfera administrativa edesistência do recurso interposto.
Considera-se idêntica a ação judicial que tiver asmesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmopedido do processo administrativo.
Atenção
Cuidado para não perder momento, pois a ação judicialvai provocar a renúnciatodo o trabalho desempenhadono recurso administrativo neste tácita.
Cumprimento das decisões dos órgãos julgadoresdo CRSS (Art. 56 RICRSS)
É vedado ao INSS escusar-se de cumprir as decisõesdefinitivas oriundas da JR ou da CaJ, reduzir ou ampliaro alcance dessas decisões ou executá-las de maneiraque contrarie ou prejudique o evidente sentido nelascontidos, sob pena de responsabilização pessoal doservidor que der causa ao seu não cumprimento.
O prazo para o cumprimento é de 30 dias.
Existência de outros benefícios concedidos aointeressado
Por ocasião do cumprimento de decisão de última edefinitiva instância relativa a benefícios, a APS deveefetuar pesquisa nos sistemas corporativos com afinalidade de verificar a existência de benefícioincompatível concedido ao interessado.
Havendo outro benefício:
O INSS deve facultar ao interessado a opção pelobenefício mais vantajoso, apresentando o comparativode cálculos entre os dois benefícios, nos termos doartigo 56§2º do RICRSS.
Quando o segurado não exercer o direito de opção, apósdevidamente cientificado, será mantido o benefício quevem sendo pago administrativamente.
Reclamação pelo Descumprimento de Decisão doCRSS (Art. 57 RICRSS)
Em caso de não cumprimento de decisão definitiva dosórgãos julgadores do CRSS, no prazo e condiçõesestabelecidos no RICRSS, é facultado à parteprejudicada formular Reclamação, medianterequerimento instruído com cópia da decisãodescumprida e outros elementos necessários àcompreensão do processo, dirigida ao Presidente doCRSS, a ser processada pela Coordenação de GestãoTécnica.
A Reclamação poderá ser protocolada junto ao INSS ouaos órgãos do CRSS.
SUSTENTAÇÃO ORAL
Art. 32º do RICRSS
Quando solicitado pelas partes, o órgão julgador deveráinformar o local, data e horário de julgamento, para finsde sustentação oral das razões do recurso.
SUSTENTAÇÃO ORAL POR VIDEOCONFERÊNCIA
Art. 32,§3º do RICRSS
O pedido de inscrição para realização de sustentaçãooral por videoconferência, quando disponível, deverá serdirigido à Secretaria do órgão julgador até 72h antes dasessão de julgamento, podendo ser feito por mensagemeletrônica.
Obrigado!