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CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS - EXERCÍCIOS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA
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Aula 04
Prof. Gabriel Pereira
I – Introdução
Olá, pessoal!
Esta é a Aula 04 do curso de Exercícios Comentados de Direito
Previdenciário (Conhecimentos Específicos) para o cargo de Técnico do Seguro
Social. A partir dessa aula, nosso foco será o estudo do Plano de Benefícios da
Previdência Social. Como eu já havia dito anteriormente, esse é um conteúdo
muito importante para o concurso. Juntamente com os tópicos “Organização e
Princípios Constitucionais” e “Segurados”, a matéria de “Benefícios” deve
concentrar o maior número de questões na prova do dia 12 de fevereiro.
Agradeço aos alunos que me enviaram, por email, sugestões de outras
questões da Fundação Carlos Chagas que ainda não foram abordadas no curso.
Já utilizei algumas dessas sugestões nessa aula e ainda incluirei outras
questões sugeridas nas próximas aulas. Essa contribuição é de grande valia
para analisarmos o máximo de questões possíveis da banca FCC durante nosso
curso.
Por fim, gostaria de esclarecer a respeito do Fórum de Dúvidas. Estou
atrasado com as perguntas, mas já me programei para atualizar o Fórum nos
próximos dias.
Um abraço e bons estudos!
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AULA 04
Conteúdo: 9) Plano de Benefícios da Previdência Social: beneficiários,
espécies de prestações, benefícios, disposições gerais e específicas, períodos
de carência, salário-de-benefício, renda mensal do benefício, reajustamento do
valor dos benefícios. Benefícios em espécie (aposentadoria por idade, por
tempo de contribuição, por invalidez e especial; pensão por morte).
QUESTÕES
1 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) A Previdência
Social é o segmento da Seguridade Social que visa a propiciar os meios
indispensáveis à subsistência da pessoa humana, quando ocorrer certa
contingência prevista em lei. São beneficiários das prestações previdenciárias:
A) somente os segurados. B) segurados e seus dependentes. C) toda e qualquer pessoa que já tiver contribuído para a Previdência Social, pelo menos com 01 (uma) contribuição mensal, sendo indiferente o período de tal recolhimento. D) aqueles que sofrerem riscos sociais, tais como incapacidade laborativa e idade avançada, independente de contribuição à Previdência Social. E) todos os brasileiros, independente de contribuição à Previdência Social.
2 - (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2010) Assinale a opção correta,
entre as assertivas abaixo, relacionada aos benefícios que os dependentes da
Previdência Social têm direito à luz da Lei n° 8.213/91.
a) Aposentadoria por tempo de contribuição. b) Auxílio-doença. c) Auxílio-acidente. d) Aposentadoria por invalidez. e) Pensão por morte.
3 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) São dependentes
do segurado do Regime Geral da Previdência Social:
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A) todos aqueles que dependam economicamente do segurado, sendo irrelevante o vínculo conjugal ou consanguíneo. B) todos aqueles indicados como dependentes, nos termos da legislação tributária do imposto de renda. C) as pessoas designadas pelo segurado para serem dependentes. D) cônjuge, companheiro(a), filho(a) não emancipado(a), de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido(a), pais, irmão(ã) não emancipado(a), de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido(a). E) cônjuge, companheiro(a), filho(a) não emancipado(a), de qualquer condição, menor de 18 (dezoito) anos ou inválido(a), pais, irmão(ã) não emancipado(a), de qualquer condição, menor de 18 (dezoito) anos ou inválido(a).
4 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) Caio, em maio de
2000, separou-se, judicialmente, de Maria. Na referida separação, acordou-se,
judicialmente, que Caio não iria pagar pensão alimentícia à ex-esposa e que só
iria pagar tal encargo para Ana, filha do casal, 19 anos. Em agosto de 2002,
Caio conhece Teresa, com a qual vem a morar e manter união estável. Em
agosto de 2004, Caio falece. Quem tem direito à pensão por morte, na
qualidade de dependente de Caio?
A) Maria, Ana e Teresa. B) Maria e Ana. C) Ana e Teresa. D) Ana. E) Teresa.
5 - (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Célio,
segurado empregado da previdência social, tem um filho, com 28 anos de
idade, que sofre de doença degenerativa em estágio avançado, sendo,
portanto, inválido. Sobre essa situação, analise os itens abaixo:
I - o filho de Célio é considerado seu dependente, mesmo tendo idade superior a dezoito anos.
II – o filho de Célio, enquanto seu dependente, fará jus a pensão por morte ou auxílio-reclusão, no caso da morte de Célio ou de sua prisão, respectivamente.
III - o filho de Célio não é considerado seu dependente, pois tem idade superior a 21 anos.
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Está correto o que se afirma em: A) I e II. B) I e III. C) II e III. D) I, II e III. E) Apenas em I.
6 - (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Paulo é, de
forma comprovada, dependente economicamente de seu filho, Juliano, que,
em viagem a trabalho, sofreu um acidente e veio a falecer. Juliano à época do
acidente era casado com Raquel. Nessa situação,
A) Somente Paulo tem direito ao benefício de pensão por morte. B) Paulo e Raquel devem comprovar dependência econômica de Juliano para terem direito à pensão por morte. C) Somente Raquel tem direito ao benefício de pensão por morte. D) Paulo e Raquel não têm direito a qualquer benefício da previdência. E) Paulo e Raquel poderão requerer o benefício de pensão por morte, que deverá ser rateado entre ambos.
7 - (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) César,
segurado da previdência social, vive com seus pais e com seu irmão, Getúlio,
de 15 anos de idade. Caso César venha a falecer,
A) O pagamento de benefícios previdenciários a seus pais e a seu irmão só é devido se estes comprovarem dependência econômica com relação a César. B) Em nenhuma situação Getúlio terá direito a benefício de pensão por morte do irmão. C) Os pais não são considerados dependentes de César, ainda que comprovem dependência econômica. D) Os pais e o irmão de César poderão requerer o benefício de pensão por morte, que deverá ser rateado entre os três. E) A dependência econômica de Getúlio em relação a César é presumida.
8 - (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Edson é
menor de idade sob guarda de Coutinho, segurado da previdência social. Nessa
situação,
A) Edscon deve comprovar dependência econômica em relação a Coutinho para ser considerado seu dependente. B) Coutinho pode requerer o pagamento do salário-família em relação a Edson, já que este é seu dependente. C) Edson é equiparado a filho pela legislação previdenciária.
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D) Coutinho não pode requerer o pagamento do salário-família em relação a Edson, já que este não é seu dependente. E) Edson poderá ter direito a benefícios como dependente de Coutinho, desde que Coutinho não tenha outros filhos legítimos.
9 - (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Gilmar,
inválido, e Solange são comprovadamente dependentes econômicos do filho
Gilberto, segurado da previdência social, que, por sua vez, tem um filho. Nessa
situação,
A) Gilmar e Solange concorrem em igualdade de condições com o filho de Gilberto para efeito de recebimento eventual de benefícios. B) O filho, desde que tenha a qualidade de dependente, tem precedência sobre os pais de Gilberto, para efeito de recebimento eventual de benefícios. C) Gilmar e Solange poderão requerer o benefício de pensão por morte em caso de falecimento de Gilberto, que deverá ser rateado entre ambos. D) A dependência econômica de Gilmar e Solange em relação a Gilberto é presumida. E) Em caso de falecimento de Gilberto, somente Gilmar tem direito a recebimento de benefício como dependente de Gilberto.
10 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) 12 (doze)
contribuições mensais, 180 (cento e oitenta) contribuições mensais e nenhuma
contribuição são os períodos de carência, respectivamente, dos seguintes
benefícios previdenciários:
A) auxílio-doença, aposentadoria por idade e pensão por morte. B) auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e pensão por morte. C) auxílio-acidente, pensão por morte e serviço social. D) auxílio-acidente, aposentadoria por idade e pensão por morte. E) aposentadoria por invalidez, aposentadoria por tempo de contribuição e aposentadoria por idade.
11 - (ESAF/AFT/2010) Assinale a opção correta, entre as assertivas abaixo,
relativas ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que
o beneficiário faça jus ao benefício previsto na Lei n. 8.213/91.
a) Auxílio-doença no caso de acidente de qualquer natureza – 14 (quatorze) contribuições mensais. b) Auxílio-reclusão – 12 contribuições mensais. c) Aposentadoria por idade – independe de contribuições mensais.
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d) Aposentadoria por tempo de serviço – 120 contribuições mensais. e) Pensão por morte – independe de contribuições mensais.
12 – (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) O cumprimento do
período de carência
A) não é exigido para a aposentadoria por invalidez quando a incapacidade decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa. B) é obrigatório e são exigidas 12 contribuições mensais para a aposentadoria por invalidez quando a incapacidade decorrer de hepatopatia grave. C) não é exigido para o salário-maternidade para as seguradas empregadas e facultativas. D) é obrigatório e são exigidas 180 contribuições mensais para a aposentadoria por idade para aqueles que se filiaram ao Regime Geral de Previdência Social em janeiro de 1990. E) é obrigatório e são exigidas 12 contribuições mensais para o auxílio-doença para os segurados especiais.
13 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) Período de
Carência é o número de contribuições mensais indispensáveis para que o
beneficiário faça jus ao benefício. O dia de início da contagem do período de
carência é o(a):
A) primeiro dia do mês de filiação ao Regime Geral de Previdência Social, para o segurado empregado doméstico. B) primeiro dia do mês de filiação ao Regime Geral da Previdência Social, para todos os segurados, obrigatórios ou facultativos. C) primeiro dia do mês em que se iniciou a execução de atividade remunerada, como segurado empregado, sendo presumida a contribuição. D) data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, para o trabalhador avulso. E) data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, para todos os segurados, obrigatórios ou facultativos.
14 – (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Analise os
itens abaixo:
I - Uma segurada empregada do regime de previdência social que tenha conseguido seu primeiro emprego e, logo na primeira semana, sofra um grave acidente que determine seu afastamento do trabalho por quatro meses não terá direito ao auxílio-doença pelo fato de não ter cumprido a carência de doze contribuições.
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II - Uma profissional liberal que seja segurada contribuinte individual da previdência social há três meses e esteja grávida de seis meses terá direito ao salário-maternidade, caso recolha antecipadamente as sete contribuições que faltam para completar a carência.
Está correto o que se afirma em: A) I e II. B) Somente em I. C) Somente em II. D) Nenhum dos itens. E) Somente em II, desde que ela recolha com juros e multa.
15 - (CESPE/Advogado Geral da União/2004 – adaptada) A respeito do
início da contagem do período de carência, analise os itens a seguir:
I - A carência é contada, nos casos dos segurados empregados e dos trabalhadores avulsos, a partir da data de filiação ao RGPS.
II - Nos casos do empregado doméstico, do contribuinte individual, do facultativo, conta-se a carência a partir da data do efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso.
Está correto o que se afirma em: A) I e II. B) Somente em I. C) Somente em II. D) Nenhum dos itens. E) Somente em II, exceto para o segurado facultativo.
16 – (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Se uma
empregada doméstica estiver devidamente inscrita na previdência social, será
considerado, para efeito do início da contagem do período de carência dessa
segurada,
A) o dia em que sua carteira de trabalho tenha sido assinada. B) o dia do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso. C) o primeiro dia do mês em que se iniciou a execução da atividade remunerada. D) na data de requerimento do benefício. E) o dia do primeiro registro em sua carteira de trabalho como empregada doméstica.
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17 - (FCC/Técnico Judiciário-TRF 4ª Região/2004) O valor básico
utilizado para cálculo da renda mensal do benefício a ser pago ao segurado é
denominado de
A) salário mínimo. B) salário-de-contribuição. C) salário-de-benefício. D) contribuição previdenciária. E) benefício previdenciário.
18 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) A respeito do
cálculo do valor do benefício previdenciário, assinale a afirmativa INCORRETA.
A) Atualmente, o salário-de-benefício da aposentadoria por idade consiste na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo, multiplicado pelo fator previdenciário. B) Atualmente, o salário-de-benefício da aposentadoria por tempo de contribuição consiste na média dos 36 (trinta e seis) últimos salários-de-contribuição, corrigidos monetariamente mês a mês. C) O auxílio-doença tem como base de cálculo o salário-de-benefício do segurado. D) Atualmente, o salário-de-benefício da aposentadoria por invalidez consiste na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo. E) O fator previdenciário será calculado considerando-se a idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de contribuição do segurado.
19 - (CESGRANRIO/Analista Previdenciário-INSS/2005) A que
percentual do salário-de-benefício correspondem, respectivamente, as rendas
mensais iniciais do auxílio-doença, do auxílio-acidente e da aposentadoria por
invalidez?
A) 100%, 91% e 50%. B) 91%, 100% e 70%. C) 91%, 50% e 100%. D) 91%, 50% e 70%. E) 50%, 91% e 100%.
20 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) O artigo 201,
parágrafo 3º da Constituição Federal de 1988 assim dispõe: "É assegurado o
reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o
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valor real, conforme critérios definidos em lei". Tal dispositivo disciplina a
manutenção do valor real dos benefícios previdenciários, que consiste em:
A) assegurar reajustamentos de modo que a renda mensal seja equivalente ao número de salários mínimos da renda mensal inicial, na data de início do benefício. B) reajustar o benefício de acordo com a variação inflacionária, de modo a evitar diminuição injusta do seu poder de compra, variação esta que será fixada em lei. C) corrigir, monetariamente, todos os salários-de-contribuição considerados no cálculo do benefício. D) adotar critérios de reajustamento dos benefícios previdenciários fixados anualmente pelo Poder Judiciário. E) aplicar o mesmo índice de reajustamento vigente na data de início do benefício a todo o período de reajuste, durante a existência do benefício.
21 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) Em novembro
de 2004, Josué, segurado empregado, de 60 anos, faz requerimento
administrativo de aposentadoria em uma das agências da Previdência Social.
Em anexo ao referido pedido, apresenta cópia da carteira de trabalho, que
comprova o vínculo empregatício com a empresa “Pães, doces e comidas
deliciosas LTDA”, como balconista, durante 30 anos completos, na data de
requerimento. Você, na qualidade de servidor do INSS responsável pelo ato de
concessão de benefícios, deve decidir corretamente pela(o):
a) concessão de aposentadoria por idade; b) concessão de aposentadoria proporcional; c) concessão de aposentadoria por tempo de contribuição; d) concessão de aposentadoria especial; e) indeferimento do pedido de aposentadoria.
22 - (FCC/Procurador Especial de Contas–TCM-BA/2011) Segundo as
regras do Regime Geral da Previdência Social, o benefício da aposentadoria por
invalidez é benefício
a) programado; reclama carência e não permite a volta ao trabalho durante seu gozo. b) não programado; não reclama carência e permite trabalho concomitante com o recebimento, dentro das possibilidades do segurado. c) não programado; reclama carência, exceto se decorrente de acidente de trabalho; substitui os salários e não permite o retorno ao trabalho, durante sua concessão.
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d) não programado; reclama carência, inclusive se decorrente de acidente de trabalho; substitui os salários e não permite o retorno ao trabalho durante sua concessão. e) programado; reclama carência, exceto se decorrente de acidente de trabalho e permite trabalho concomitante com o recebimento, dentro dos limites impostos pelo perito do INSS.
23 - (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) Pode-se afirmar
corretamente que
A) o retorno voluntário ao trabalho do aposentado por invalidez faz presumir a alta médica e acarreta a cessação automática do benefício, sem direito a nova perícia. B) a recuperação total da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, após a alta médica que ocorrer dentro de cinco anos contados do início do benefício, possibilita o contribuinte individual receber o valor integral do benefício durante quantos meses forem os anos de duração do benefício. C) aquele que receber aposentadoria especial e retornar à atividade que ensejou a concessão da aposentadoria terá o benefício cessado e está dispensado de devolver as importâncias recebidas da autarquia previdenciária. D) a recuperação total da capacidade laborativa do aposentado por invalidez, após a alta médica que ocorrer dentro de cinco anos contados da data do início do benefício, possibilita ao segurado contribuinte individual receber o valor integral do benefício por seis meses. E) o retorno voluntário ao trabalho do segurado que receber auxílio-doença faz presumir a alta médica e acarreta a cessação automática do benefício, sem direito a nova perícia.
24 - (Juiz-TRF da 5ª Região/2005-adaptada) A respeito dos benefícios do
Regime Geral da Previdência Social, julgue os itens que se seguem.
I - Precede, necessariamente, à aposentadoria por invalidez, o benefício do auxílio-doença, que será concedido ao segurado considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência.
II - O valor do benefício da aposentadoria por invalidez de segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa deve ser acrescido de 25%, sendo esse acréscimo devido mesmo em situações em que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal.
III – A aposentadoria por idade é devida ao segurado que, cumprida a carência exigida pela Lei n° 8.213/1991, completar 70 anos de idade, se homem, e 65, se mulher. No caso de trabalhadores rurais, essas idades são reduzidas para 60 e 55 anos, respectivamente.
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Os itens que estão certos são:
a) II e III b) II c) I, II e III d) I e II e) I
25 - (Perito Médico-INSS/2005) De acordo com a Lei n° 8.213/91 e suas
atualizações, a aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a
carência legal, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais
que prejudiquem a saúde ou a integridade física, conforme dispuser a Lei,
durante:
a) 25, 20 ou 35 anos. b) 20, 25 ou 30 anos. c) 15, 20 ou 25 anos. d) 10, 15 ou 20 anos. e) 5, 10 ou 15 anos.
26 - (Funrio/Analista do Seguro Social–INSS/2008) Para concessão da
aposentadoria especial a comprovação da efetiva exposição do segurado aos
agentes nocivos, será feita mediante formulário denominado:
A) Programa de Controle de Saúde Ocupacional (PCMSO). B) Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). C) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). D) Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP). E) Laudo Técnico de Condições de Trabalho (LTCAT).
27 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) Atualmente,
para a concessão de aposentadoria especial, é imprescindível que o(a):
a) segurado comprove, além do tempo de contribuição, a exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, de modo habitual, permanente e não intermitente. b) segurado comprove que trabalhou durante 15, 20 ou 25 anos sujeito a condições especiais, independente do período de exposição a agentes agressivos durante a jornada de trabalho. c) segurado declare que executou atividades sob condições especiais, independente de a empresa empregadora emitir ou não laudo técnico.
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d) segurado tenha, no mínimo, 50 anos de idade. e) atividade desempenhada pelo segurado se enquadre na categoria profissional presumida em lei como sujeita a condições insalubres, penosas ou perigosas.
28 - (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) A pensão por morte
A) é devida ao dependente inválido se a invalidez ocorrer após o óbito do segurado. B) é devida ao dependente que receba aposentadoria por invalidez que está dispensado da realização de nova perícia médica. C) cessa para a viúva com o novo casamento. D) cessa com a emancipação de segurado inválido. E) cessa com a adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos, exceto quando o cônjuge ou companheiro adota o filho do outro.
29 - (FCC/Procurador–PGE-MT/2011) Considere as seguintes afirmações
relacionadas à pensão por morte:
I. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos em partes iguais.
II. Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar.
III. A parte individual da pensão extingue-se pela morte do pensionista.
IV. A parte individual da pensão extingue-se também para o filho, pela emancipação ou ao completar 24 (vinte e quatro) anos de idade, salvo se for inválido.
V. Para o pensionista inválido, extingue-se o benefício da pensão por morte pela cessação da invalidez.
Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II, III e IV. b) I, II, III e V. c) I, II e V. d) I, III e IV. e) II, III e V.
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30 - (FCC/Analista do Ministério Público–MPE-SE/2009) Em relação à
pensão por morte considere:
I. Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessa imediatamente, estando desobrigados os dependentes da reposição dos valores recebidos em qualquer hipótese.
II. Não faz jus à pensão o dependente condenado pela prática de crime doloso de que tenha resultado a morte do segurado.
III. Prescrevem as prestações respectivas não reclamadas no prazo de 5 (cinco) anos, contado da data em que forem devidas, exceto para os dependentes menores ou incapazes.
Está correto o que se afirma em
a) I, II e III. b) I, apenas. c) II, apenas. d) I e II, apenas. e) II e III apenas.
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GABARITO
1) B 2) E 3) D 4) E 5) A 6) C 7) A 8) D 9) B 10) A 11) E
12) A 13) C 14) D 15) A 16) B 17) C 18) B 19) C 20) B 21) E
22) C 23) B 24) B 25) C 26) D 27) A 28) E 29) B 30) B
QUESTÕES COMENTADAS
1 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) A Previdência Social é o
segmento da Seguridade Social que visa a propiciar os meios indispensáveis à
subsistência da pessoa humana, quando ocorrer certa contingência prevista em lei.
São beneficiários das prestações previdenciárias:
A) somente os segurados. B) segurados e seus dependentes. C) toda e qualquer pessoa que já tiver contribuído para a Previdência Social, pelo menos com 01 (uma) contribuição mensal, sendo indiferente o período de tal recolhimento. D) aqueles que sofrerem riscos sociais, tais como incapacidade laborativa e idade avançada, independente de contribuição à Previdência Social. E) todos os brasileiros, independente de contribuição à Previdência Social.
Gabarito: letra “b”. De acordo com o art. 8° do Decreto n° 3.048/1999
(RPS), são beneficiários do Regime Geral de Previdência Social as pessoas
físicas classificadas como segurados e dependentes. A noção de beneficiários
do RGPS pode ser entendida como a delimitação do público-alvo do Regime, ou
seja, todo aquele que tem ou possa vir a ter direito de receber alguma
prestação previdenciária do RGPS, sejam benefícios ou serviços. Além disso, a
previdência social tem caráter contributivo, o que significa dizer que só tem
direito às prestações do Regime quem contribui, além de seus dependentes.
Por essa razão, as alternativas “d” e “e” estão incorretas. Assim, é beneficiário
do RGPS aquele que tem a qualidade de segurado ou de dependente, como se
afirma na letra “b”.
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2 - (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2010) Assinale a opção correta, entre as
assertivas abaixo, relacionada aos benefícios que os dependentes da Previdência
Social têm direito à luz da Lei n° 8.213/91.
a) Aposentadoria por tempo de contribuição. b) Auxílio-doença. c) Auxílio-acidente. d) Aposentadoria por invalidez. e) Pensão por morte.
Gabarito: letra “e”. De todos os benefícios do RGPS (aposentadorias por
invalidez, por tempo de contribuição, por idade e especial; auxílios doença,
acidente e reclusão; salários família e maternidade; e pensão por morte),
apenas a pensão por morte e o auxílio-reclusão são benefícios destinados aos
dependentes, os demais são benefícios dos próprios segurados do Regime. Em
seu art. 18, a Lei n° 8.213/1991 classifica os benefícios e serviços quanto a
seus destinatários. Em seu inciso II, dispõe que, quanto aos dependentes, são
devidos os benefícios de pensão por morte e auxílio-reclusão. Portanto, dentre
as alternativas da questão, a letra “e” é a única que traz um benefício devido
ao dependente (pensão por morte). Todas as demais alternativas tratam de
benefícios do próprio segurado. Registre-se que os serviços de reabilitação
profissional e serviço social são devidos tanto para os segurados como para os
dependentes (art. 18, III). Atenção para não se confundir com o salário-
família. Apesar de ele ser concedido em função do número de filhos do
segurado, como estudaremos na Aula 06, ele é um benefício devido ao próprio
segurado.
3 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) São dependentes do
segurado do Regime Geral da Previdência Social:
A) todos aqueles que dependam economicamente do segurado, sendo irrelevante o vínculo conjugal ou consanguíneo. B) todos aqueles indicados como dependentes, nos termos da legislação tributária do imposto de renda. C) as pessoas designadas pelo segurado para serem dependentes. D) cônjuge, companheiro(a), filho(a) não emancipado(a), de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido(a), pais, irmão(ã) não emancipado(a), de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido(a). E) cônjuge, companheiro(a), filho(a) não emancipado(a), de qualquer condição, menor de 18 (dezoito) anos ou inválido(a), pais, irmão(ã) não emancipado(a), de qualquer condição, menor de 18 (dezoito) anos ou inválido(a).
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Gabarito: letra “d”. Esta questão está um pouco prejudicada em função
da recente alteração do art. 16 da Lei n° 8.213/1991, que define os
dependentes dos segurados da previdência, introduzida pela Lei n°
12.470/2011. A nova redação dada pela Lei alargou as possibilidades de
concessão de benefícios para filhos e irmãos após 21 anos, para incluir, além
dos inválidos, aqueles que tenham deficiência intelectual ou mental que o
torne absolutamente ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente.
Feito esse registro, vamos analisar as alternativas da questão. As letras “a”,
“b” e “c” trazem afirmações sobre os segurados que contrariam frontalmente o
disposto no art. 16 da Lei n° 8.213/1991. Portanto, a dúvida do candidato
poderia ser entre as alternativas “d” e “e”, que se diferenciam apenas pela
idade limite para que o filho ou o irmão sejam considerados dependentes da
previdência social. Todavia, de acordo com a Lei, esse limite de idade é de 21
anos. Logo, gabarito letra “d”.
A título de complementação, transcrevo o art. 16 da Lei n° 8.213\1991,
em sua redação atual, que define os dependentes do RGPS:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na
condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não
emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido
ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou
relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; (Redação dada pela Lei
nº 12.470, de 2011)
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental
que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente;
(Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011)
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§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste
artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes.
§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante
declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na
forma estabelecida no Regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de
1997)
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem
ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de
acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é
presumida e a das demais deve ser comprovada.
4 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) Caio, em maio de 2000,
separou-se, judicialmente, de Maria. Na referida separação, acordou-se,
judicialmente, que Caio não iria pagar pensão alimentícia à ex-esposa e que só iria
pagar tal encargo para Ana, filha do casal, 19 anos. Em agosto de 2002, Caio conhece
Teresa, com a qual vem a morar e manter união estável. Em agosto de 2004, Caio
falece. Quem tem direito à pensão por morte, na qualidade de dependente de Caio?
A) Maria, Ana e Teresa. B) Maria e Ana. C) Ana e Teresa. D) Ana. E) Teresa.
Gabarito: letra “e”. Em agosto de 2004, data de falecimento de Caio,
segurado do RGPS, Ana já tinha 23 anos, considerando que em maio de 2000
ela tinha 19 anos. Portanto, Ana, apesar de ser filha de Caio, não era mais sua
dependente, de acordo com o artigo 16 do Regulamento da Previdência Social.
Da mesma forma, Maria, ex-mulher de Caio, também não tem direito à pensão
por morte do ex-marido, pois na separação judicial ela não fez jus a pensão
alimentícia. Segundo o art. 17 do RPS, ocorre perda da qualidade de
dependente do cônjuge pela separação judicial, exceto enquanto lhe for
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assegurada a prestação de alimentos. Logo, a única que terá direito à pensão
por morte, na qualidade de dependente de Caio, é Teresa, com quem Caio
mantinha união estável.
5 - (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Célio, segurado
empregado da previdência social, tem um filho, com 28 anos de idade, que sofre de
doença degenerativa em estágio avançado, sendo, portanto, inválido. Sobre essa
situação, analise os itens abaixo:
I - o filho de Célio é considerado seu dependente, mesmo tendo idade superior a dezoito anos.
II – o filho de Célio, enquanto seu dependente, fará jus a pensão por morte ou auxílio-reclusão, no caso da morte de Célio ou de sua prisão, respectivamente.
III - o filho de Célio não é considerado seu dependente, pois tem idade superior a 21 anos.
Está correto o que se afirma em: A) I e II. B) I e III. C) II e III. D) I, II e III. E) Apenas em I.
Gabarito: letra “a”. Sabemos que, pela definição de dependente da Lei n°
8.213/1991, o filho maior de 21 anos mantém a qualidade de dependente se
inválido ou, a partir da Lei n° 12.470/2011, se tiver deficiência intelectual ou
mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado
judicialmente. Como o enunciado afirma que o filho de Célio é inválido, ele é
considerado seu dependente, mesmo tendo 28 anos de idade. Logo, o item I
está correto e o item III está errado. O item II está correto porque os
benefícios de pensão por morte e auxílio-reclusão são, de fato, os dois
benefícios destinados aos dependentes do segurado. Portanto, está correto o
que se afirma em I e II e o gabarito é letra “a”.
6 - (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Paulo é, de forma
comprovada, dependente economicamente de seu filho, Juliano, que, em viagem a
trabalho, sofreu um acidente e veio a falecer. Juliano à época do acidente era casado
com Raquel. Nessa situação,
A) Somente Paulo tem direito ao benefício de pensão por morte.
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B) Paulo e Raquel devem comprovar dependência econômica de Juliano para terem direito à pensão por morte. C) Somente Raquel tem direito ao benefício de pensão por morte. D) Paulo e Raquel não têm direito a qualquer benefício da previdência. E) Paulo e Raquel poderão requerer o benefício de pensão por morte, que deverá ser rateado entre ambos.
Gabarito: letra “c”. Raquel, que na época do falecimento de Juliano era
casada com ele, é dependente de classe superior a Paulo, pai do segurado, e,
portanto, receberá o benefício sozinha, sem rateá-lo com Paulo. A existência
de dependente de classe superior exclui o direito de dependentes de classe
inferior (art. 16, § 2°, RPS). Desse modo, está correto o que se afirma em “c”.
Em relação à necessidade de comprovação da dependência econômica,
somente os pais e os irmãos precisam comprová-la, pois ela é presumida para
os dependentes da classe I – cônjuge, companheiro (a) e filhos (art. 16, § 17,
RPS).
7 - (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) César, segurado da
previdência social, vive com seus pais e com seu irmão, Getúlio, de 15 anos de idade.
Caso César venha a falecer,
A) O pagamento de benefícios previdenciários a seus pais e a seu irmão só é devido se estes comprovarem dependência econômica com relação a César. B) Em nenhuma situação Getúlio terá direito a benefício de pensão por morte do irmão. C) Os pais não são considerados dependentes de César, ainda que comprovem dependência econômica. D) Os pais e o irmão de César poderão requerer o benefício de pensão por morte, que deverá ser rateado entre os três. E) A dependência econômica de Getúlio em relação a César é presumida.
Gabarito: letra “a”. Como vimos na questão anterior, existe uma
hierarquia entre as classes de dependentes e a existência de dependente de
classe superior exclui o direito de dependentes de classe inferior (art. 16, § 2°,
RPS). O cônjuge, companheiro (a) e os filhos são dependentes de classe I, os
pais são dependentes de classe II e os irmãos são dependentes de classe III. A
questão é resolvida pela regra do § 7° do art. 16: “A dependência econômica
das pessoas de que trata o inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada”. Portanto, tanto os pais quanto os irmãos devem comprovar sua
dependência econômica do segurado para terem sua qualidade de dependente
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reconhecida. Por isso, está correto o que se afirma em “a”. A letra “b” está
errada porque Getúlio pode ter direito ao benefício de pensão pela morte do
irmão, caso não existam dependentes das classes superiores. Assim, se os pais
de César não dependessem economicamente dele, mas o irmão sim, Getúlio
faria jus ao benefício. As demais alternativas também estão incorretas.
8 - (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Edson é menor de
idade sob guarda de Coutinho, segurado da previdência social. Nessa situação,
A) Edscon deve comprovar dependência econômica em relação a Coutinho para ser considerado seu dependente. B) Coutinho pode requerer o pagamento do salário-família em relação a Edson, já que este é seu dependente. C) Edson é equiparado a filho pela legislação previdenciária. D) Coutinho não pode requerer o pagamento do salário-família em relação a Edson, já que este não é seu dependente. E) Edson poderá ter direito a benefícios como dependente de Coutinho, desde que Coutinho não tenha outros filhos legítimos.
Gabarito: letra “d”. Atualmente, o menor sob guarda não é mais
equiparado a filho pela legislação previdenciária, não sendo considerado como
dependente do segurado, e não enseja o pagamento de salário-família. Até a
Lei n° 9.528/1997, eram equiparados ao filho, mediante declaração do
segurado: “o enteado; o menor que, por determinação judicial, esteja sob a
sua guarda; e o menor que esteja sob sua tutela e não possua condições
suficientes para o próprio sustento e educação”. Todavia, após essa alteração
legislativa, apenas o enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho
mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência
econômica. Portanto, a letra “d” está correta e todas as demais estão erradas.
9 - (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Gilmar, inválido, e
Solange são comprovadamente dependentes econômicos do filho Gilberto, segurado
da previdência social, que, por sua vez, tem um filho. Nessa situação,
A) Gilmar e Solange concorrem em igualdade de condições com o filho de Gilberto para efeito de recebimento eventual de benefícios. B) O filho, desde que tenha a qualidade de dependente, tem precedência sobre os pais de Gilberto, para efeito de recebimento eventual de benefícios. C) Gilmar e Solange poderão requerer o benefício de pensão por morte em caso de falecimento de Gilberto, que deverá ser rateado entre ambos. D) A dependência econômica de Gilmar e Solange em relação a Gilberto é presumida.
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E) Em caso de falecimento de Gilberto, somente Gilmar tem direito a recebimento de benefício como dependente de Gilberto.
Gabarito: letra “b”. Já vimos as regras que definem os dependentes da
previdência social e seus respectivos direitos durante a aula e em questões
anteriores. No caso do enunciado, os pais de Gilberto são dependentes de
classe II e o filho é dependente de classe I, desde que menor de 21 anos, ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou
relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. Apesar de o enunciado
não explicitar esse fato, a única alternativa correta é a letra “b”, pois a
existência de dependente de classe superior exclui o direito de dependentes de
classe inferior (art. 16, § 2°, RPS).
10 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) 12 (doze) contribuições
mensais, 180 (cento e oitenta) contribuições mensais e nenhuma contribuição são os
períodos de carência, respectivamente, dos seguintes benefícios previdenciários:
A) auxílio-doença, aposentadoria por idade e pensão por morte. B) auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e pensão por morte. C) auxílio-acidente, pensão por morte e serviço social. D) auxílio-acidente, aposentadoria por idade e pensão por morte. E) aposentadoria por invalidez, aposentadoria por tempo de contribuição e aposentadoria por idade.
Gabarito: letra “a”. Os períodos de carência exigidos para os benefícios
estão previstos no art. 29 do Decreto n° 3.048/1999. São exigidas 12
contribuições mensais para os benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por
invalidez (comum); 180 contribuições mensais para as aposentadorias por
idade, por tempo de contribuição e especial; e 10 contribuições mensais no
caso de salário-maternidade, para as seguradas contribuinte individual,
especial e facultativa. Portanto, a alternativa correta é a letra “a”.
11 - (ESAF/AFT/2010) Assinale a opção correta, entre as assertivas abaixo,
relativas ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o
beneficiário faça jus ao benefício previsto na Lei n. 8.213/91.
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a) Auxílio-doença no caso de acidente de qualquer natureza – 14 (quatorze) contribuições mensais. b) Auxílio-reclusão – 12 contribuições mensais. c) Aposentadoria por idade – independe de contribuições mensais. d) Aposentadoria por tempo de serviço – 120 contribuições mensais. e) Pensão por morte – independe de contribuições mensais.
Gabarito: letra “e”. Essa é uma questão relativamente fácil, pois
sabemos que a pensão por morte independe de contribuições mensais, por se
tratar de um evento imprevisto e não programado. As opções das letras “a” e
“b” estão erradas porque o auxílio-doença acidentário e o auxílio-reclusão
independem de carência. As letras “c” e “d” estão erradas porque o período de
carência para as aposentadorias por idade e por tempo de contribuição é de
180 contribuições mensais.
12 – (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) O cumprimento do período
de carência
A) não é exigido para a aposentadoria por invalidez quando a incapacidade decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa. B) é obrigatório e são exigidas 12 contribuições mensais para a aposentadoria por invalidez quando a incapacidade decorrer de hepatopatia grave. C) não é exigido para o salário-maternidade para as seguradas empregadas e facultativas. D) é obrigatório e são exigidas 180 contribuições mensais para a aposentadoria por idade para aqueles que se filiaram ao Regime Geral de Previdência Social em janeiro de 1990. E) é obrigatório e são exigidas 12 contribuições mensais para o auxílio-doença para os segurados especiais.
Gabarito: letra “a”. As disposições sobre período de carência estão
plasmadas no Decreto n° 3.048/1999, em seus arts. de 26 a 30. Independe de
carência a concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos
casos de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como nos casos de
segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for
acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista
elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social a cada três anos,
de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou
outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento
particularizado. Desse modo, a alternativa “a” está correta e a letra “b” está
errada, pois a hepatopatia grave está entre as doenças ou afecções
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especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência
Social que dispensam a exigência de carência (art. 67, III, da IN INSS/PR n°
20/2007). A letra “c” está errada porque não é exigida carência da segurada
empregada para a concessão de salário-maternidade, mas no caso de
segurada facultativa é exigida carência de 10 contribuições mensais. A letra
“d” é capciosa, pois trata de uma regra transitória. Antes da Lei n° 8.213/1991
a carência para a aposentaria por idade era de apenas 60 meses. Por fim, a
letra “e” está errada porque, para os segurados especiais, independe de
carência a concessão dos benefícios aposentadoria por idade ou por invalidez,
auxílio-doença, auxílio-reclusão ou pensão por morte, desde que comprovem o
exercício de atividade rural no período imediatamente anterior ao
requerimento do benefício, ainda que de forma descontínua, igual ao número
de meses correspondente à carência do benefício requerido (art. 30, IV, RPS).
13 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) Período de Carência é o
número de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao
benefício. O dia de início da contagem do período de carência é o(a):
A) primeiro dia do mês de filiação ao Regime Geral de Previdência Social, para o segurado empregado doméstico. B) primeiro dia do mês de filiação ao Regime Geral da Previdência Social, para todos os segurados, obrigatórios ou facultativos. C) primeiro dia do mês em que se iniciou a execução de atividade remunerada, como segurado empregado, sendo presumida a contribuição. D) data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, para o trabalhador avulso. E) data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, para todos os segurados, obrigatórios ou facultativos.
Gabarito: letra “c”. Vimos que as regras sobre o início da contagem do
período de carência variam de acordo com o tipo de segurado. Para o segurado
empregado e trabalhador avulso, como é presumida a contribuição, o início da
contagem é o primeiro dia do mês em que se iniciou a execução da atividade
remunerada, ou seja, quando houve a filiação ao Regime. Para o empregado
doméstico, contribuinte individual e facultativo, o início da contagem é a data
do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso. Portanto, a
alternativa “c” é a resposta correta.
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14 – (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Analise os itens
abaixo:
I - Uma segurada empregada do regime de previdência social que tenha conseguido seu primeiro emprego e, logo na primeira semana, sofra um grave acidente que determine seu afastamento do trabalho por quatro meses não terá direito ao auxílio-doença pelo fato de não ter cumprido a carência de doze contribuições. II - Uma profissional liberal que seja segurada contribuinte individual da previdência social há três meses e esteja grávida de seis meses terá direito ao salário-maternidade, caso recolha antecipadamente as sete contribuições que faltam para completar a carência.
Está correto o que se afirma em: A) I e II. B) Somente em I. C) Somente em II. D) Nenhum dos itens. E) Somente em II, desde que ela recolha com juros e multa.
Gabarito: letra “d”. O item I está errado porque o auxílio-doença
acidentário não observa período de carência, somente o auxílio-doença
comum. O enunciado deixa claro que o auxílio-doença é devido por conta de
acidente sofrido. Nesse tipo de situação, o auxílio-doença devido não observa
carência. Já o item II também está errado porque a carência, no caso do
segurado contribuinte individual, só é contada da data do efetivo recolhimento
da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para esse fim as
contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores (art.
28, II, RPS).
15 - (CESPE/Advogado Geral da União/2004 – adaptada) A respeito do início da
contagem do período de carência, analise os itens a seguir:
I - A carência é contada, nos casos dos segurados empregados e dos trabalhadores avulsos, a partir da data de filiação ao RGPS.
II - Nos casos do empregado doméstico, do contribuinte individual, do facultativo, conta-se a carência a partir da data do efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso.
Está correto o que se afirma em: A) I e II. B) Somente em I. C) Somente em II. D) Nenhum dos itens. E) Somente em II, exceto para o segurado facultativo.
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Gabarito: letra “a”. Mais uma questão sobre o início da contagem do
período de carência. Conforme já explicado nas questões anteriores, ambos os
itens estão corretos.
16 – (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Se uma
empregada doméstica estiver devidamente inscrita na previdência social, será
considerado, para efeito do início da contagem do período de carência dessa
segurada,
A) o dia em que sua carteira de trabalho tenha sido assinada. B) o dia do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso. C) o primeiro dia do mês em que se iniciou a execução da atividade remunerada. D) na data de requerimento do benefício. E) o dia do primeiro registro em sua carteira de trabalho como empregada doméstica.
Gabarito: letra “b”. Para o empregado doméstico, o prazo de carência é
contado a partir da data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem
atraso (art. 28, II, do RPS).
17 - (FCC/Técnico Judiciário-TRF 4ª Região/2004) O valor básico utilizado para
cálculo da renda mensal do benefício a ser pago ao segurado é denominado de
A) salário mínimo. B) salário-de-contribuição. C) salário-de-benefício. D) contribuição previdenciária. E) benefício previdenciário.
Gabarito: letra “c”. Questão relativamente simples, sobretudo em função
das alternativas apresentadas. Segundo o art. 31 do Decreto n° 3.048/1999,
salário-de-benefício é o valor básico utilizado para cálculo da renda mensal dos
benefícios de prestação continuada, inclusive os regidos por normas especiais,
exceto o salário-família, a pensão por morte, o salário-maternidade e os
demais benefícios de legislação especial. Logo, resposta correta letra “c”.
18 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) A respeito do cálculo do
valor do benefício previdenciário, assinale a afirmativa INCORRETA.
A) Atualmente, o salário-de-benefício da aposentadoria por idade consiste na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo, multiplicado pelo fator previdenciário. B) Atualmente, o salário-de-benefício da aposentadoria por tempo de contribuição consiste na média dos 36 (trinta e seis) últimos salários-de-contribuição, corrigidos monetariamente mês a mês. C) O auxílio-doença tem como base de cálculo o salário-de-benefício do segurado.
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D) Atualmente, o salário-de-benefício da aposentadoria por invalidez consiste na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo. E) O fator previdenciário será calculado considerando-se a idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de contribuição do segurado.
Gabarito: letra “b”. A afirmativa da letra “b” está pautada numa regra
antiga da Lei n° 8.213/91, que perdeu sua vigência ao ser alterada pela Lei n°
9.876/99. Atualmente, o salário-de-benefício consiste na média aritmética
simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a 80% de todo o
período contributivo, sendo multiplicada pelo fator previdenciário nos casos de
aposentadoria por idade e por tempo de contribuição (art. 32, RPS). Portanto,
a letra “b” está incorreta e é o gabarito. Todas as demais alternativas estão
corretas.
19 - (CESGRANRIO/Analista Previdenciário-INSS/2005) A que percentual do
salário-de-benefício correspondem, respectivamente, as rendas mensais iniciais do
auxílio-doença, do auxílio-acidente e da aposentadoria por invalidez?
A) 100%, 91% e 50%. B) 91%, 100% e 70%. C) 91%, 50% e 100%. D) 91%, 50% e 70%. E) 50%, 91% e 100%.
Gabarito: letra “c”. O artigo 39 do Decreto n° 3.048/1999 define a renda
mensal dos benefícios a partir de um certo percentual do salário-de-benefício.
Segundo o dispositivo, a renda mensal do auxílio-doença corresponde a 91%
do salário-de-benefício, a do auxílio-acidente a 50% e a da aposentadoria por
invalidez a 100%. Logo, a alternativa “b” está correta.
20 - (INSS, Cesgranrio - Técnico Previdenciário - 2005) O artigo 201, parágrafo
3º da Constituição Federal de 1988 assim dispõe: "É assegurado o reajustamento dos
benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme
critérios definidos em lei". Tal dispositivo disciplina a manutenção do valor real dos
benefícios previdenciários, que consiste em:
A) assegurar reajustamentos de modo que a renda mensal seja equivalente ao número de salários mínimos da renda mensal inicial, na data de início do benefício. B) reajustar o benefício de acordo com a variação inflacionária, de modo a evitar diminuição injusta do seu poder de compra, variação esta que será fixada em lei. C) corrigir, monetariamente, todos os salários-de-contribuição considerados no cálculo do benefício.
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D) adotar critérios de reajustamento dos benefícios previdenciários fixados anualmente pelo Poder Judiciário. E) aplicar o mesmo índice de reajustamento vigente na data de início do benefício a todo o período de reajuste, durante a existência do benefício.
Gabarito: letra “b”. O comando constitucional garantiu o reajustamento
dos benefícios previdenciários, para preservar-lhes o valor real, mas delegou à
lei a definição dos critérios de reajustamento. Atualmente, a Lei n°
8.213/1991, com redação dada pela Lei n° 11.430/2006, prevê que o valor dos
benefícios em manutenção será reajustado, anualmente, na mesma data do
reajuste do salário mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de
início ou do último reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao
Consumidor - INPC, apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE (art. 41-A). Portanto, não existe vinculação do valor do
benefício ao salário-mínimo. O reajustamento tem por objetivo justamente
evitar a diminuição injusta do poder de compra do benefício diante do
fenômeno inflacionário.
21 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) Em novembro de 2004,
Josué, segurado empregado, de 60 anos, faz requerimento administrativo de
aposentadoria em uma das agências da Previdência Social. Em anexo ao referido
pedido, apresenta cópia da carteira de trabalho, que comprova o vínculo empregatício
com a empresa “Pães, doces e comidas deliciosas LTDA”, como balconista, durante 30
anos completos, na data de requerimento. Você, na qualidade de servidor do INSS
responsável pelo ato de concessão de benefícios, deve decidir corretamente pela(o):
a) concessão de aposentadoria por idade; b) concessão de aposentadoria proporcional; c) concessão de aposentadoria por tempo de contribuição; d) concessão de aposentadoria especial; e) indeferimento do pedido de aposentadoria.
Gabarito: letra “e”. Essa é uma questão interessante sobre uma
situação-problema típica do trabalho do servidor do INSS, que exige um
conhecimento importante a respeito dos requisitos para concessão de
aposentadorias por idade e por tempo de contribuição. Primeiramente, o
candidato deveria descartar as alternativas “b” e “d”, tendo em vista que não
existe benefício previdenciário denominado aposentadoria proporcional (b) e o
enunciado não faz nenhuma menção à exposição a condições especiais que
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pudessem prejudicar a saúde ou a integridade física do trabalhador, o que
ensejaria a concessão de aposentadoria especial. A alternativa “a” está errada
porque Josué tem 60 anos e a aposentadoria por idade só é devida ao
segurado que completar 65 anos de idade, se homem, ou 60 anos, se mulher
(art. 51 do Decreto n° 3.048/1999). A alternativa “c” também está errada
porque a aposentadoria por tempo de contribuição só será devida ao segurado
após 35 anos de contribuição, se homem, ou 30 anos de contribuição, se
mulher (art. 56 do Decreto n° 3.048/1999). Portanto, Josué ainda não atende
ao critério de idade para se ter direito à aposentadoria por idade e tampouco
atende ao critério de tempo de contribuição para ter direito à aposentadoria
por tempo de contribuição. Para fazer jus a um desses dois benefícios, teria
que contribuir por mais 5 anos, para ter direito à aposentadoria por tempo de
contribuição; ou esperar completar 65 anos de idade, para ter direito à
aposentadoria por idade. Desse modo, a resposta certa é letra “e”, pois o
servidor deve indeferir o pedido de aposentadoria, pois o segurado não atende
aos requisitos para concessão do benefício.
22 - (FCC/Procurador Especial de Contas–TCM-BA/2011) Segundo as regras do
Regime Geral da Previdência Social, o benefício da aposentadoria por invalidez é
benefício
a) programado; reclama carência e não permite a volta ao trabalho durante seu gozo. b) não programado; não reclama carência e permite trabalho concomitante com o recebimento, dentro das possibilidades do segurado. c) não programado; reclama carência, exceto se decorrente de acidente de trabalho; substitui os salários e não permite o retorno ao trabalho, durante sua concessão. d) não programado; reclama carência, inclusive se decorrente de acidente de trabalho; substitui os salários e não permite o retorno ao trabalho durante sua concessão. e) programado; reclama carência, exceto se decorrente de acidente de trabalho e permite trabalho concomitante com o recebimento, dentro dos limites impostos pelo perito do INSS.
Gabarito: letra “c”. Primeiramente, vejamos a diferença entre benefício
programado e benefício não-programado. Benefício programado é aquele
decorrente de evento programado, cuja concessão depende do cumprimento
dos requisitos de elegibilidade previstos neste Regulamento, ou seja, o
segurado já sabe antecipadamente quando terá direito ao benefício. É o caso
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da aposentadoria por idade, por exemplo. Quando o segurado homem
completa 65 anos de idade e conta com a carência de 180 contribuições
mensais, possui direito à aposentadoria por idade. Já o benefício não
programado está mais ligado à ideia de risco e decorre de evento não
programado, como a morte ou invalidez do segurado. A aposentadoria por
invalidez é um benefício não programado, pois ninguém sabe antecipadamente
quando ficará inválido, trata-se de um risco social. Portanto, as alternativas “a”
e “e” já estão erradas, pois a aposentadoria por invalidez não é um benefício
programado. Quanto à carência, a aposentadoria por invalidez tem carência de
12 contribuições mensais nos casos comuns. Contudo, independe de carência a
concessão de aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer
natureza ou causa, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao
RGPS, for acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista
elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência e Assistência Social a
cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação,
deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que
mereçam tratamento particularizado (art. 30, RPS). Assim, as alternativas “b”
e “d” também estão erradas, pois em “b” se afirma que a aposentadoria por
invalidez não reclama carência em nenhuma situação e em “d” é dito que o
benefício sempre exige carência, inclusive quando decorrente de acidente de
trabalho, o que está incorreto. A alternativa “c”, que está correta, ainda traz
outras duas características da aposentadoria por invalidez. Primeiro, que o
benefício substitui o salário, o que está correto, pois a aposentadoria por
invalidez consiste numa renda mensal de 100% do salário de benefício e
substitui a remuneração do trabalhador. Depois, que a aposentadoria por
invalidez não permite o retorno ao trabalho durante sua concessão. Ora, a
invalidez está ligada justamente à incapacidade para o trabalho e, por isso, o
aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua
aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno (art.
46, Lei n° 8.213/1991).
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23 - (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) Pode-se afirmar
corretamente que
A) o retorno voluntário ao trabalho do aposentado por invalidez faz presumir a alta médica e acarreta a cessação automática do benefício, sem direito a nova perícia. B) a recuperação total da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, após a alta médica que ocorrer dentro de cinco anos contados do início do benefício, possibilita o contribuinte individual receber o valor integral do benefício durante quantos meses forem os anos de duração do benefício. C) aquele que receber aposentadoria especial e retornar à atividade que ensejou a concessão da aposentadoria terá o benefício cessado e está dispensado de devolver as importâncias recebidas da autarquia previdenciária. D) a recuperação total da capacidade laborativa do aposentado por invalidez, após a alta médica que ocorrer dentro de cinco anos contados da data do início do benefício, possibilita ao segurado contribuinte individual receber o valor integral do benefício por seis meses. E) o retorno voluntário ao trabalho do segurado que receber auxílio-doença faz presumir a alta médica e acarreta a cessação automática do benefício, sem direito a nova perícia.
Gabarito: letra “b”. Segundo o art. 49 do RPS, verificada a recuperação
da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, exceto quando o
aposentado por invalidez retornar voluntariamente à atividade, será observada
a seguinte regra: quando a recuperação for total e ocorrer dentro de cinco
anos contados da data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-
doença que a antecedeu sem interrupção, o beneficio cessará: após tantos
meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença e da
aposentadoria por invalidez, para os demais segurados, exceto para o
segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava
na empresa ao se aposentar, na forma da legislação trabalhista, para quem
cessará de imediato. Portanto, esse caso se aplica ao contribuinte individual e
a letra “b” está correta. A letra “a” está errada porque, segundo a IN INSS n°
45, é garantido ao segurado o direito de submeter-se a novo exame médico-
pericial para avaliação de sua capacidade laborativa, quando apresentada
defesa ou interposto recurso. A letra “c” também contradiz norma da referida
IN, que dispõe que os valores recebidos indevidamente pelo segurado
aposentado por invalidez que retornar à atividade voluntariamente deverão ser
devolvidos (art. 208). A letra “d” está incorreta porque, como vimos na letra
“b”, a regra para recebimento do benefício após o retorno à atividade é outra -
tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença e da
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aposentadoria por invalidez. Por fim, a letra “e” também está equivocada
porque a regra que expressa é válida apenas para a aposentadoria por
invalidez, pois no caso de auxílio-doença não se presume perda total da
capacidade de trabalho.
24 - (Juiz-TRF da 5ª Região/2005-adaptada) A respeito dos benefícios do Regime
Geral da Previdência Social, julgue os itens que se seguem.
I - Precede, necessariamente, à aposentadoria por invalidez, o benefício do auxílio-doença, que será concedido ao segurado considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência.
II - O valor do benefício da aposentadoria por invalidez de segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa deve ser acrescido de 25%, sendo esse acréscimo devido mesmo em situações em que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal.
III – A aposentadoria por idade é devida ao segurado que, cumprida a carência exigida pela Lei n° 8.213/1991, completar 70 anos de idade, se homem, e 65, se mulher. No caso de trabalhadores rurais, essas idades são reduzidas para 60 e 55 anos, respectivamente.
Os itens que estão certos são:
a) II e III b) II c) I, II e III d) I e II e) I
Gabarito: letra “b”. A única assertiva certa é a do item II, que reproduz o
teor do art. 45 da Lei n° 8.213/1991 e seu parágrafo único: “O valor da
aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência
permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).
Parágrafo único. O acréscimo de que trata este artigo: a) será devido ainda
que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal; b) será recalculado
quando o benefício que lhe deu origem for reajustado; c) cessará com a morte
do aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão”. No item I, a
palavra “necessariamente” torna a assertiva incorreta, pois a aposentadoria
por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de
reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, esteja
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ou não em gozo de auxílio-doença (art. 42, Lei n° 8.213/1991). Portanto, um
acidente grave que provoque incapacidade total e definitiva de imediato
ensejará o recebimento de aposentadoria por invalidez sem a necessidade de
recebimento de auxílio-doença prévio. O item III está construído de forma
correta, mas as idades exigidas para a aposentadoria por idade estão erradas
no primeiro trecho da sentença, pois o benefício é devido para o segurado que
completar 65 anos, se homem, e 60, se mulher. A redução para os
trabalhadores rurais está descrita corretamente.
25 - (Perito Médico-INSS/2005) De acordo com a Lei n° 8.213/91 e suas
atualizações, a aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência
legal, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem
a saúde ou a integridade física, conforme dispuser a Lei, durante:
a) 25, 20 ou 35 anos. b) 20, 25 ou 30 anos. c) 15, 20 ou 25 anos. d) 10, 15 ou 20 anos. e) 5, 10 ou 15 anos.
Gabarito: letra “c”. A aposentadoria especial, uma vez cumprida a
carência exigida, será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e
contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa
de trabalho ou de produção, que tenha trabalhado durante quinze, vinte ou
vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física (art. 64, RPS). Portanto, a
alternativa “c” é a resposta correta. A concessão da aposentadoria especial
dependerá de comprovação pelo segurado, perante o Instituto Nacional do
Seguro Social, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem
intermitente, exercido em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física, durante o período mínimo mencionado anteriormente.
26 - (Funrio/Analista do Seguro Social–INSS/2008) Para concessão da
aposentadoria especial a comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes
nocivos, será feita mediante formulário denominado:
A) Programa de Controle de Saúde Ocupacional (PCMSO). B) Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).
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C) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). D) Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP). E) Laudo Técnico de Condições de Trabalho (LTCAT).
Resposta: letra “d”. A aposentadoria especial, uma vez cumprida a
carência exigida, será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e
contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa
de trabalho ou de produção, que tenha trabalhado durante quinze, vinte ou
vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física (art. 64, RPS). Para tanto, o
segurado deverá comprovar a efetiva exposição aos agentes nocivos químicos,
físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à
integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do
benefício. A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes
nocivos será feita mediante formulário denominado Perfil Profissiográfico
Previdenciário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social,
emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de
condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou
engenheiro de segurança do trabalho (art. 68, RPS, § 2°). Portanto, a resposta
certa é a letra “d”.
27 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) Atualmente, para a
concessão de aposentadoria especial, é imprescindível que o(a):
a) segurado comprove, além do tempo de contribuição, a exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, de modo habitual, permanente e não intermitente. b) segurado comprove que trabalhou durante 15, 20 ou 25 anos sujeito a condições especiais, independente do período de exposição a agentes agressivos durante a jornada de trabalho. c) segurado declare que executou atividades sob condições especiais, independente de a empresa empregadora emitir ou não laudo técnico. d) segurado tenha, no mínimo, 50 anos de idade. e) atividade desempenhada pelo segurado se enquadre na categoria profissional presumida em lei como sujeita a condições insalubres, penosas ou perigosas.
Resposta: letra “a”. Além dos arts. 64 a 70 do Decreto n° 3.048/1999, a
aposentadoria especial é tratada nos artigos 57 e 58 da Lei n° 8.213, sendo
que a letra “a” é a única alternativa que reflete tais dispositivos. Segundo o §
3° do art. 57, “a concessão da aposentadoria especial dependerá de
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comprovação pelo segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social–
INSS, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, em
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o
período mínimo fixado”. Já o § 1° do art. 58 dispõe que “a comprovação da
efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante
formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social -
INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de
condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou
engenheiro de segurança do trabalho nos termos da legislação trabalhista”.
Portanto, os demais critérios levantados nas demais alternativas estão errados.
28 - (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) A pensão por morte
A) é devida ao dependente inválido se a invalidez ocorrer após o óbito do segurado. B) é devida ao dependente que receba aposentadoria por invalidez que está dispensado da realização de nova perícia médica. C) cessa para a viúva com o novo casamento. D) cessa com a emancipação de segurado inválido. E) cessa com a adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos, exceto quando o cônjuge ou companheiro adota o filho do outro.
Resposta: letra “e”. A pensão por morte será devida ao conjunto dos
dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não (art. 105, RPS). A
letra “a” está errada, pois a pensão por morte somente será devida ao filho e
ao irmão cuja invalidez tenha ocorrido antes da emancipação ou de completar
a idade de vinte e um anos, desde que reconhecida ou comprovada, pela
perícia médica do INSS, a continuidade da invalidez até a data do óbito do
segurado (art. 108, RPS). Portanto, a verificação do cumprimento dos
requisitos para a concessão do benefício se reporta ao momento do fato que
enseja o benefício, no caso, o óbito do segurado. Assim, se o filho ou irmão
não era inválido na data do óbito do segurado, não tinha a qualidade de
dependente, não havendo direito a benefício.
A letra “b” está pautada no antigo parágrafo único do art. 198 do RPS,
que afirmava que ao dependente aposentado por invalidez poderá ser exigido
exame médico-pericial, a critério do Instituto Nacional do Seguro Social. Tal
dispositivo foi revogado pelo Decreto n° 6.722/2008. Primeiramente, é preciso
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esclarecer que a legislação previdenciária não veda o recebimento conjunto de
aposentadoria por invalidez e de pensão por morte. Assim, imaginado um
aposentado por invalidez que venha a ter direito a pensão por morte do pai,
por exemplo, ele está obrigado a submeter-se a exame médico a cargo da
previdência social, independentemente de sua idade e sob pena de suspensão
do benefício, a despeito da revogação do parágrafo único do art. 108
mencionado. Essa obrigação deve ser observada tanto para o recebimento da
pensão, como dependente (art. 109, RPS), quanto para o recebimento da
aposentadoria, como segurado (art. 46, RPS).
As letras “c”, “d” e “e” tratam da cessação do pagamento da pensão por
morte. Segundo o art. 114 do RPS, “o pagamento da cota individual da pensão
por morte cessa: pela morte do pensionista; para o pensionista menor de
idade, pela emancipação ou ao completar vinte e um anos, salvo se for
inválido; ou para o pensionista menor de idade, ao completar vinte e um anos,
salvo se for inválido, ou pela emancipação, ainda que inválido, exceto, neste
caso, se a emancipação for decorrente de colação de grau científico em curso
de ensino superior; ou para o pensionista inválido, pela cessação da invalidez,
verificada em exame médico-pericial a cargo da previdência social; pela
adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais
biológicos”. A letra “e” está correta, pois reproduz uma das hipóteses de
cessação da pensão por morte, que é a adoção. A letra “d” está errada
principalmente porque nem sempre a emancipação é causa para interrupção
da pensão por morte, pois caso ela se dê pela colação de grau científico em
curso de ensino superior, a pensão não é interrompida. Por fim, a alternativa
“c” também está errada, pois não existe tal previsão. O que não pode é a viúva
se casar de novo e, no caso de falecimento do seu novo marido, requerer uma
segunda pensão por morte de cônjuge.
29 - (FCC/Procurador–PGE-MT/2011) Considere as seguintes afirmações
relacionadas à pensão por morte:
I. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos em partes iguais.
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II. Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar.
III. A parte individual da pensão extingue-se pela morte do pensionista.
IV. A parte individual da pensão extingue-se também para o filho, pela emancipação ou ao completar 24 (vinte e quatro) anos de idade, salvo se for inválido.
V. Para o pensionista inválido, extingue-se o benefício da pensão por morte pela cessação da invalidez.
Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II, III e IV. b) I, II, III e V. c) I, II e V. d) I, III e IV. e) II, III e V.
Resposta: letra “b”. Apenas o item IV está errado. Os itens I e II estão
corretos, pois reproduzem o teor do art. 113 do RPS: “A pensão por morte,
havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos, em partes iguais.
Parágrafo único: Reverterá em favor dos demais dependentes a parte daquele
cujo direito à pensão cessar”. Os demais itens tratam das hipóteses de
cessação do pagamento da parte individual da pensão. Como visto na questão
anterior, os itens III e V estão corretos, com fundamento no art. 114 do RPS
(incisos I e III, respectivamente). Por fim, o item IV está errado porque o
limite de idade para o filho não inválido ser considerado dependente é de 21
anos, e não 24 anos, como afirmado.
30 - (FCC/Analista do Ministério Público–MPE-SE/2009) Em relação à pensão
por morte considere:
I. Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessa imediatamente, estando desobrigados os dependentes da reposição dos valores recebidos em qualquer hipótese.
II. Não faz jus à pensão o dependente condenado pela prática de crime doloso de que tenha resultado a morte do segurado.
III. Prescrevem as prestações respectivas não reclamadas no prazo de 5 (cinco) anos, contado da data em que forem devidas, exceto para os dependentes menores ou incapazes.
Está correto o que se afirma em
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a) I, II e III. b) I, apenas. c) II, apenas. d) I e II, apenas. e) II e III apenas.
Resposta: letra “b”. Segundo o art. 112 do RPS, A pensão poderá ser
concedida, em caráter provisório, por morte presumida: mediante sentença
declaratória de ausência, expedida por autoridade judiciária, a contar da data
de sua emissão; ou em caso de desaparecimento do segurado por motivo de
catástrofe, acidente ou desastre, a contar da data da ocorrência, mediante
prova hábil. Contudo, verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento
da pensão cessa imediatamente, ficando os dependentes desobrigados da
reposição dos valores recebidos, salvo má-fé. Portanto, o item I está errado,
pois os dependentes não estão desobrigados da reposição dos valores
recebidos em qualquer hipótese. Caso tenha agido com má-fé, eles estarão
obrigados a repor tais valores.
Já o item II está correto. Não há, até onde tenho conhecimento,
qualquer norma específica na legislação previdenciária do RGPS sobre o
assunto. No entanto, a conclusão pode ser feita por meio de uma interpretação
sistemática do código civil e também por analogia à Lei n° 8.112/1990. Veja os
dois trechos destas leis que possibilitam esta interpretação:
Código Civil:
Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:
I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso,
ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge,
companheiro, ascendente ou descendente;
Lei n° 8.112/1990:
Art. 220. Não faz jus à pensão o beneficiário condenado pela prática de crime
doloso de que tenha resultado a morte do servidor.
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Quanto ao item III, a afirmativa de que prescrevem as prestações
respectivas não reclamadas no prazo de 5 (cinco) anos, contado da data em
que forem devidas, exceto para os dependentes menores ou incapazes,
também está correta.Ela é cópia quase literal do art. 103, parágrafo único, da
Lei n° 8.213/1991, sendo que tal norma está pautada no princípio da
segurança jurídica. Veja abaixo:
Art 103. (...)
Parágrafo único. Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam
ter sido pagas, toda e qualquer ação para haver prestações vencidas ou
quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social, salvo o
direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil.