Download - Audiência Pública na Comissão de Infraestrutura do Senado Medida Provisória n o 579, de 2012 1
Audiência Pública na Comissão de Infraestrutura do Senado
Medida Provisória no 579, de 2012
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Presidenta Dilma Rousseff, 11/09/2012
• “... a sociedade brasileira pagou por essa eletricidade que todos nós consumimos. Chegou a hora de começar a devolver a ela os benefícios desse pagamento... para as empresas, energia mais barata significa menor custo de produção, e bens e serviços mais competitivos. Significa também mais recursos para investir e produzir... A redução das tarifas de energia, na verdade, tem impacto sobre toda a economia. Vai reduzir o custo das mercadorias, melhorar a participação do país na disputa internacional por mercados, criar mais empregos, reduzir a inflação e estimular maior crescimento.”
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Fonte: IBGE /Elaboração própria.
1947
1950
1953
1956
1959
1962
1965
1968
1971
1974
1977
1980
1983
1986
1989
1992
1995
1998
2001
2004
2007
2010
10
15
20
25
30
35
40
Participação da Indústria de Transformação no PIB (%)
19,89
33,59
29,06
15,72
A Indústria vem progressivamente perdendo competitividade. É caro produzir no Brasil.
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4
1. Tributação
2. Infraestrutura
3. Inovação
4. Legislação Trabalhista
Redução do custo da energia elétrica
destaca-se entre as prioridades para uma POLÍTICA INDUSTRIAL
Principais fatores que influenciam a competitividade da Indústria
5Fonte: Pesquisa de Prioridades CNI 2012.
Total Industrial Residencial Comercial Outros
432
184
11273 62
Consumo de Energia Elétrica em 2011 (TWh)
A energia elétrica é o insumo mais disseminado da Indústria Brasileira
A Indústria consome 43% de toda energia elétrica produzida
no Brasil
6Fonte: EPE.
Itália
Japão
Aleman
haBras
il
Portuga
l
Bélgica
Reino Unido
França
México
Dinamarc
aSu
iça
Canad
a
Noruega
Estad
os Unidos
279.31
179.03
157.31
147.16
139.04
138.51
127.39
121.54
117.06
115.17
104.2
73.271.17
69.57
Preço da eletricidade para a indústria (US$/MWh)
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O preço da eletricidade está insuportável
Fonte: 2012 Key World Statistics, IEA; Key Canadian Electricity Statistics; e Aneel.
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Custos elevados param indústrias
Vidro: Cebrace, UBV e Nadir
Figueiredo com produção paralisada
Alumínio: unidades Valesul e Novelis
fechadas, Rio Tinto analisando fábrica no
Paraguai.
Química: México e Estados Unidos
atraem investimentos
• Mais de 8 encargos criados desde 2000. Em 2011 arrecadaram R$ 19 bilhões.
• O peso dos encargos setoriais juntamente com os tributos já chega a 45% na cadeia de custos do setor.
Encargos e tributos; 45%
Distribuição; 24%
Geração e Transmissão; 31%
* Considera os valores implícitos nas tarifas de geração, transmissão e distribuição, além do ICMS e PIS/COFINS.
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Proliferação de encargos setoriais
Fonte: Aneel, PricewaterhouseCoopers/Instituto Acende Brasil.
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CCC: Conta Consumo de Combustível
Cerca de 70% dos encargos correspondem a:
RGR: Reserva Global de Reversão
CDE: Conta de Desenvolvimento Energético
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Evolução do peso dos encargos na tarifa de energia elétrica (R$ bilhões)
Fonte: ABRACE.
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2012 20110
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
2.11 2.664.28
5.5 4.986.37
8.179.1
10.8810.04
13.8413.12
17.0818.46
Histórico dos Encargos (bilhões de reais)
Aumento acumulado no período: 774%IGPM no período: 217%IPCA no período: 133%
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MP 579/2012
Redução dos encargos setoriais
R$ 8 bi
Solução para o fim das concessões
R$ 13 bi
13
Redução dos encargos
Fim da cobrança da CCC
R$ 3,5 bilhões/ano
Redução da cobrança da RGR R$ 1,75 bilhão/ano
Redução da cobrança da CDE
R$ 2,8 bilhões/ano
Queda de 6% a 11% nas tarifas
Redução deR$ 8 bi por ano
Fonte: ABRACE.
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Estimativa de redução com a renovação das concessões
Redução de cerca de
R$ 7 bilhões/ano
Redução de cerca de
R$ 6 bilhões/ano
Queda de 8% a 12% nas tarifas
Queda de 3% a 5% nas tarifas
GERAÇÃO
TRANSMISSÃO
Redução somente para o mercado
cativo
Redução para todos os
consumidores
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Principais preocupações e sugestões de aperfeiçoamento da MP
1. Falta de isonomia entre o Consumidor Livre e Cativo e resgate da competitividade da energia
• MP não destina benefícios das concessões de geração aos Consumidores Livres e limita os efeitos das Concessões de transmissão;
• O Mercado Livre é importante fator de competitividade. 56% do consumo industrial indústrias que são a base das cadeias produtivas.
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Principais preocupações e sugestões de aperfeiçoamento da MP
1. Falta de isonomia entre o Consumidor Livre e Cativo e resgate da competitividade da energia
• Emendas: o 53 e 56, Dep. Arnaldo Faria de Sá; 112, Sen. Álvaro Dias; 183,
Dep. Marcos Montes; 217 , Sen. Lúcia Vânia; 240, Dep. Odair Cunha; 255, Dep. Antonio Imbassahy ; 337 Dep. Otávio Germano e Arnaldo Jardim e 406, Dep. Arnaldo Jardim
o 19, Sen. Armando Monteiro; 71, Dep. Roberto Santiago; 239, Sen. Rodrigo Rollemberg
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Impactos Tarifários da MP 579: Ambiente Regulado e de Livre Contratação
Elaboração ABRACE com base em estudos das consultorias Andrade & Canellas e PSR
Redução de Custo do Mercado Regulado
Redução de Custo do Mercado Livre*
-25%
-20%
-15%
-10%
-5%
0%
-20%
-14%
-19% -19%
Sem Isonomia Com Isonomia
0%
Ganhos anulados em decorrência do possível aumento de preços no mercado livre*
A2 A3 A4 BT
-30%
-25%
-20%
-15%
-10%
-5%
0%
-26%-24%
-22%
-16%-15% -14% -13%
-23%-21% -20%
-14%
Mercado Regulado Mercado Livre Isonomia
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Impactos Tarifários da MP 579: Ambiente Regulado e de Livre Contratação
Fonte:ABRACEEL
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Principais preocupações
2. Não está garantida a permanência da redução dos encargos
• A CDE passa a prover recursos para os dispêndios da CCC e da RGR;
• A arrecadação da CDE dependerá do equilíbrio entre receitas e despesas. Não foi estabelecido um teto para arrecadação da CDE.
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Principais preocupações
2. Não está garantida a permanência da redução dos encargos
• Emendas:o 9, Dep. Gorete Pereira; 114, Sen. Álvaro Dias; 180, Dep. Marcos
Montes; 222, Sen. Lúcia Vânia; 252 Dep. Antonio Imbassahy; 361, Dep. Arnaldo Jardim.
o 156, Dep. Eduardo Sciarra; 219, Sen. Lúcia Vânia; 248, Dep. Antônio Imbassahy; 358, Dep. Otávio Germano e Arnaldo Jardim.
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Principais preocupações
3. Aumento do prazo de 6 meses para 5 anos para que os consumidores livres especiais migrarem para o mercado cativo
o 52, Dep. Arnaldo Faria de Sá; 136, Dep. Ronaldo Caiado.
4. Prazo exíguo para a definição sobre a prorrogação da concessão
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O que ainda resta fazer ?
• Reduzir outros encargos:o Além dos 3 encargos que foram extintos ou reduzidos, ainda existem outros
7 que incidem sobre a tarifa, e que anualmente representam uma arrecadação
próxima a R$ 6,3 bilhões;
• Reduzir tributos:o Elevada carga tributária (ICMS, PIS, Cofins, etc.);
o PIS/Cofins: retornar ao regime anterior de cálculo, que era cumulativo. Até
janeiro de 2003 somavam 3,65% e hoje 9,25%. Para o setor elétrico, a
alteração do regime de tributação resultou em aumento da carga tributária.
Conclusão
A redução do preço da energia elétrica, aliado a diminuição da taxa de juros e aos incentivos do Programa Brasil Maior, mostra a firme disposição do Governo em enfrentar o problema da baixa competitividade do produto nacional;
Faz parte de uma agenda positiva para o retorno do crescimento, e é necessária em um momento de cenário internacional desfavorável.
As medidas precisam ser aperfeiçoadas com os ajustes citados, que contribuem para que sejam efetivas.
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Obrigado!
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