A CONSTRUÇÃO DAS CIDADES INTELIGENTES
Amilto Francisquevis, assessor de Mercado do ICI e Luiz Mariano Julio, consultor de Inovação
REVISTA NACIONAL DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - 81
O rápido crescimento das cidades
vem gerando uma série de problemas e
tornando a vida urbana cada vez mais
complicada. Surgem dificuldades na
gestão dos resíduos, poluição ambien-
tal, deficiências no sistema de atenção
à saúde, congestionamentos no tráfe-
go, além do desgaste da infraestrutura,
carência na segurança pública, frag-
mentação social e econômica. São res-
trições sérias à qualidade de vida da
população e, por esses motivos, técni-
cos e pensadores têm buscado solu-
ções para resgatar a habitabilidade do
ambiente urbano.
O gestor público tem a obrigação
de disponibilizar serviços básicos aos
cidadãos e a necessidade de reduzir os
custos operacionais desses serviços.
Isso exige novas técnicas de planeja-
mento, design, financiamento, cons-
trução, governança e operação da in-
fraestrutura e dos serviços urbanos.
Tais demandas apontam para a
busca de um novo modelo de gestão
urbana, que propicie desenvolvimento
econômico e sustentável. Mais que
isso, que propicie a melhoria da quali-
dade de vida da população, num ambi-
ente no qual a governança seja partici-
pativa e os recursos naturais sejam uti-
lizados com sabedoria.
São conceitos onde Economia,
Sustentabilidade, Democracia e Quali-
dade de Vida caminham em sinergia,
na busca por um crescimento equili-
brado e voltado ao cidadão. A Tecnolo-
gia de Informação atua como impor-
tante base de sustentação para que isso
se realize.
A expressão Cidades Inteligentes
foi cunhada há mais de duas décadas.
Porém, veio tomando forma nos
últimos anos como o “emprego de sis-
temas de tecnologia de informação na
integração da Operação, Serviços e
Infraestrutura urbanos”. Objetiva dis-
ponibilizar os serviços todo o tempo, a
toda a população, com maior eficiên-
cia, a custos moderados e fazendo uso
dos recursos naturais de uma forma
sustentável.
Nesse mote, para ser inteligente
não basta à cidade ter mera eficiência
operacional. Passa a ser cada vez mais
relevante a busca por um ambiente
urbano próspero e saudável, no qual o
cidadão possa sentir-se acolhido, valo-
rizado e respeitado. Onde encontre
oportunidades de emprego e cresci-
mento para si, para a família a e comu-
nidade como um todo.
Os dados da vida urbana devem
ser tangíveis, os modelamentos devem
ser transparentes, de modo que o admi-
nistrador público possa enxergar pro-
cessos de governo e não dados de com-
putação. Ele não precisa conhecer pro-
fundamente a questão da informática,
que atua como pano de fundo na
captura e tratamento de eventos em
tempo real, contribuindo para que as
melhores decisões possam ser toma-
das. Assim, melhora-se a governança e
a eficiência na gestão dos equipamen-
tos e serviços da infraestrutura pública,
contribuindo para que se firme uma
relação de confiança com o cidadão.
Numa Cidade Inteligente, o poder
público atua de forma preventiva, até
mesmo preditiva, por meio do uso de
sistemas de monitoramento e de ge-
renciamento, que operam em tempo
real. Os sistemas devem ser interope-
ráveis e prover aos cidadãos meios
para que eles possam se envolver dire-
tamente com a gestão da cidade, tor-
nando-a mais participativa.
Neste contexto, o ICI se insere
como provedor de tecnologia da infor-
mação e comunicação para que as
cidades possam ser inteligentes. Sob
os pilares de governança, sustentabili-
dade, economia, mobilidade e qualida-
de de vida, o ICI oferece sistemas e
soluções inovadoras e alinhadas com
os conceitos de Cidades Inteligentes
para transformar a gestão pública da
sua cidade.
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