Sancho Sanches
Soeiro Soares
Estevão Esteves
Gonçalo Gonçalves
Diogo Dias
Mendo Mendes
Nuno Nunes
João Anes
Pero Peres / Pires
Vasco Vasques
Álvaro Álvares
Paio / Pelágio Pais
António Antunes
Porém, nem todos os esses em finais de apelidos se devem àquele -ICI. Por exemplo, os apelidos Reis e Santos celebram datas do calendário cristão: o Dia de Reis e o Dia de Todos os Santos).
Egas > Viegas
(Ibn + Egas)
Rússia
Ivan > Ivanova
Escócia
Donald > MacDonald
Irlanda
Brian > O’Brian
O sketch «O homem com demasiadas características» (série Lopes da Silva) pode ilustrar as quatro origens mais comuns dos apelidos: patronímicos, alcunhas, topónimos, invocação religiosa.
«Lopes» é um caso de patronímico (o étimo é o nome medieval «Lopo»). «Silva» é um apelido que deve provir de topónimo (há muitas localidades em Portugal chamadas «Silva», cujo étimo, por sua vez, é uma planta);
mas é possível que alguns dos Silvas tenham que ver com Nossa Senhora da Silva. «Marreco», «Maneta», «Coxo», «Gonorreias», se se tornassem apelidos definitivos, exemplificariam a adoção de alcunhas.
«ALBERTINA» OU «O INSECTO-INSULTO» OU «O QUOTIDIANO RECEBIDO COMO MOSCA
O poeta está só, completamente só.
Do nariz vai tirando alguns minutos
De abstração, alguns minutos
Do nariz para o chão
Ou colados sob o tampo da mesa
Onde o poeta é todo cotovelos
E espera um minuto que seja de beleza.
Mas o poeta é aos novelos;
Mas o poeta já não tem a certeza
De segurar a musa, aquela
Que tantas vezes arrastou pelos cabelos...
A mosca Albertina, que ele domesticava, Vem agora ao papel, como um insecto-insulto,
Mas fingindo que o poeta a esperava...
Quase mulher e muito mosca,
Albertina quer o poeta para si,
Quer sem versos o poeta.
Por isso fica, mosca-mulher, por ali...
— Albertina!, deixa-me em paz, consente Que eu falhe neste papel tão branco e insolente
Onde belo e ausente um verso eu sei que está!
— Albertina!, eu quero um verso que não há!...
Conjugal, provocante, moreno e azulado,
O insecto levanta, revoluteia, desce
E, em lugar do verso que não aparece,
No papel se demora como um insulto alado.
E o poeta sai de chofre, por uns tempos desalmado...
Maria Albertina
Maria Albertina, deixa que eu te diga:
Ah... Maria Albertina, deixa que eu te diga:
Esse teu nome eu sei que não é um espanto,
Mas é cá da terra e tem... tem muito encanto.
Esse teu nome eu sei que não é um espanto,
Mas é cá da terra e tem... tem muito encanto.
Maria Albertina, como foste nessa
De chamar Vanessa à tua menina?
Maria Albertina, como foste nessa
De chamar Vanessa à tua menina?
Maria Albertina, deixa que eu te diga:
Ah... Maria Albertina, deixa que eu te diga:
Esse teu nome eu sei que não é um espanto, Mas é cá da terra e tem... tem muito encanto.
Esse teu nome eu sei que não é um espanto,
Mas é cá da terra e tem... tem muito encanto.
Maria Albertina, como foste nessa
De chamar Vanessa à tua menina?
Maria Albertina, como foste nessa
De chamar Vanessa à tua menina?
Que é bem cheiinha e muito moreninha
Que é bem cheiinha e muito moreninha
Que é bem cheiinha e muito moreninha
Que é bem cheiinha e muito moreninha
Em folha solta, faz um comentário a «Maria Albertina» (p. 21).
Nesse comentário (com, pelo menos, cem palavras), explicitarás em que medida a letra da canção apresenta uma crítica à escolha de nomes no nosso país.
TPC
Resolve as perguntas 9 e 10 da p. 16 do manual. (Por favor, testa mesmo o teu conhecimento, mesmo se as respostas já estiverem lançadas no livro com que estejas a trabalhar.)
Na primeira cena, dois aviadores usam expressões e palavras que eles supõem terem uma acepção diferente do seu significado comum. Acreditam que se trata de palavras que, na gíria da sua profissão, teriam um significado
especial. Seriam palavras com polissemia (ou, pelo menos, com um segundo sentido, mais figurado, além do seu valor primeiro, o denotativo).
No entanto, os colegas não reconhecem os alegados segundos sentidos, conotativos, na linguagem profissional: para eles, aquelas expressões são monossémicas.
Na cena passada em família, o homem da casa vai avaliando palavras pela sua aparência, pelo som. Cria uma palavra — um neologismo, portanto —, «gorn», que lhe agrada particularmente. Entretanto, atribui conotações às expressões que elenca, embora esses segundos sentidos pareçam inesperados.
Na verdade, não estaremos bem perante conotações, e ainda menos acepções de uma dada palavra, mas perante associações de ideias, por idiossincrasias do falante. A dada altura, procede a uma série que constitui um campo lexical (da ‘pornografia’, ou das «palavras marotas», como vem no filme): «sexo», «coxas firmes», «rabo», «zona erógena», «concubina».
TPC
Pôr endereço do blogue em lugar acessível.
Passar a trazer sempre o manual Antologia e o auxiliar Práticas.
Em Práticas, ler definições de «denotação», «conotação» (p. 46, de Práticas), «monossemia e «polissemia» (p. 41).