Geomagnetismo
A intensidade do campo geomagnético é
muito pequena (cerca de 50.000 nT). Isto
corresponde a um campo centenas de
vezes mais fraco que o campo entre os
pólos de um imã de brinquedo. A
intensidade varia conforme a região
considerada sobre a superfície da Terra,
sendo menor próximo ao Equador e
aumentando em direção aos pólos
(60.000 nT no pólo magnético norte e
70.000 nT no pólo magnético sul).O campo magnético terrestre é em essência equivalente ao campo de um dipolo, cujo eixo faz um ângulo de 11.5º com o eixo de rotação da Terra, e um pouco afastado do centro da Terra.
Elementos do campo magnético
Uma vez que o campo magnético
terrestre não é constante no espaço,
variando tanto em direção como em
intensidade, é útil representá-lo
vetorialmente num sistema de eixos
ortogonais convenientemente escolhidos.
O eixo x tem direção norte-sul, y tem
direção leste-oeste e o eixo vertical z é
tomado com sentido positivo para baixo. Representação dos elementos do campo magnético terrestre
Características das linhas de campo
É notável que o campogeomagnético mostre tãopouca relação com asprincipais feições da geologiae geografia. As linhasisomagnéticas cruzamcontinentes e oceanos semdistúrbios e não mostramrelações óbvias com osgrandes cinturões dedobramentos ou com ospadrões de cadeiassubmarinas. Esse fato podeser interpretado comoindicação de que a origem docampo geomagnético é
profunda.
Modelo do campo geomagnético para 2002
Variações diurnas
Variações Diurnas são variações de
período igual a 24 horas
(correlacionadas com o movimento de
rotação da Terra), que dependem do
local de medição (posição geográfica)
e são regularmente registradas por
observatórios fixos. Tais variações
possuem amplitude mais intensa no
verão. Os registros desse tipo de
variação apresentam-se sobre duas
formas distintas, dadas por dia
calmo e por dia perturbado. A
variação de dia calmo é suave, regular
e de baixa amplitude, enquanto que a
variação de dia perturbado é bem
menos regular e está associada a
tempestades magnéticas.
Tempestades magnéticas
Tempestades Magnéticas:
são variações súbitas e
imprevisíveis, em geral, que
afetam severamente o
trabalho de prospecção
magnética, obrigando
mesmo à sua paralisação.
Registram-se amplitudes da
ordem de 1% do campo
magnético em latitudes
elevadas (acima de + 60º e
abaixo de -60º); nos pólos,
por ocasião das auroras,
essas amplitudes são ainda
maiores.
Tempestades magnéticas
Uma tempestade magnética foi originada pelo fluxo anormal de partículas
provenientes do Sol no início de maio/2003.
A configuração do campo geomagnético
A configuração do campo geomagnético
A configuração do campo geomagnético
A configuração do campo geomagnético
A configuração do campo geomagnético
A configuração do campo geomagnético
Variações seculares - inclinação
Variações seculares - inclinação
Variações seculares - inclinação
Variações seculares - inclinação
Variações seculares - inclinação
Variações seculares - inclinação
Variações seculares - inclinação
Variações seculares – intensidade do campo
Variações seculares – intensidade do campo
Variações seculares – intensidade do campo
Variações seculares – intensidade do campo
Variações seculares - declinação
Variações seculares - declinação
Variações seculares - declinação
Variações seculares - declinação
Variações seculares - declinação
Variações seculares - declinação
Variações seculares - declinação
Variações seculares - declinação
Magnetômetros
Em trabalhos antigos, normalmente eram
utilizados magnetômetros fluxgate, que
apresentavam o sério problema de uma deriva
muito alta, da ordem de até 10 nT/h; esta
deriva tinha que ser posteriormente corrigida
com o uso de linhas de controle. A saída era
um registro contínuo com resolução típica de 1
nT.
Magnetômetros
Posteriormente, magnetômetros de precessão de
prótons foram utilizados, mas, para obter a
precisão de 0.1 nT, era necessário limitar o
intervalo de amostragem a 1 amostra por
segundo. Magnetômetros Overhauser podiam
oferecer 0.01 nT de precisão com uma taxa de
amostragem de 1 amostra a cada 0,2 segundos,
mas não se tem conhecimento de seu uso em
aerogeofísica.
Magnetômetros
Em trabalhos recentes, o magnetômetros de bombeamento óptico de Cs e He
constituem o padrão para levantamentos aéreos. A taxa de aquisição de dados é de
um ponto a cada 0,1 segundo, com resolução de 0,001 nT em condições ideais.
Métodos Aerogeofísicos
Sensor: Scintrex CS-2
Resolução: 0,001 nT
Faixa: 20.000 - 95.000 nT
Montagem
:
Stinger
Métodos Aerogeofísicos – linhas de vôo
A aquisição de dados aeromagnéticos geralmente é feita ao longo de linhas de
vôo paralelas equispaçadas. Para fins de mapeamento geral as linhas de
reconhecimento são geralmente N-S ou E-W, dependendo da direção das feições
predominantes na área. Para levantamentos específicos, as linhas de vôo são
orientadas perpendicularmente à direção da estrutura que se deseja investigar,
de modo a maximizar a assinatura magnética.
As linhas de controle (tie lines) são voadas perpendicularmente às linhas de
reconhecimento, com um espaçamento típico de 10 vezes o espaçamento entre
as linhas de vôo.
Métodos Aerogeofísicos – linhas de vôo
Métodos Aerogeofísicos – linhas de vôo
O espaçamento entre as linhas de vôo depende do grau de detalhe exigido para
o mapeamento ou alvo de exploração desejado, e está fortemente condicionado
pelos recursos financeiros disponíveis para o levantamento. Normalmente para
fins de reconhecimento admite-se um espaçamento de 4 a 2 km entre as linhas
de vôo. Linhas de vôo a 1,5 km são aceitas como adequadas ao mapeamento
1:250.000, e atualmente o padrão para mapeamento 1:100.000 é de 500 a 400
m de espaçamento entre as linhas de vôo.
Levantamentos com finalidade de exploração mineral normalmente apresentam
200 m de espaçamento, podendo chegar a 50 m se o nível de detalhe desejado
for elevado.
Métodos Aerogeofísicos – linhas de vôo
Métodos Aerogeofísicos – altura de vôo
Como o campo magnético decai
aproximadamente com 1/r2, e o sinal
gamaespectrométrico decai de forma
exponencial com a altitude, os
levantamentos aerogeofísicos devem ser
realizados o mais próximo possível do nível
do terreno. Vôos de reconhecimento para
fins de mapeamento são geralmente
realizados a uma altitude de 150 m em
relação ao terreno. Para detalhamento,
vôos com espaçamento entre as linhas de
400 m são realizados a 100 m de altura em
relação ao solo. Levantamentos com linhas
distantes 200 m entre si são realizados a
80 m de distância em relação ao solo.
Métodos Aerogeofísicos – aquisição
Os sistemas de aquisição de dados aerogeofísicos consistem normalmente de
microcomputadores que armazenam digitalmente os dados geofísicos, de
navegação, altitude, temperatura e pressão, importantes para o processamento e
correções dos dados brutos. Todas as informações devem estar sincronizadas para
que o conjunto de dados adquiridos possa ter boa qualidade. Atualmente, os
sistemas GPS das aeronaves fornecem esta sincronização de maneira adequada.
A maior parte dos sistemas de aquisição incorpora alguma maneira de visualização
dos dados em tempo real, em papel ou em monitor de video, para permitir o
acompanhamento da aquisição dos dados e controle de qualidade. Normalmente
são visualizadas as informações do magnetômetro, 4 canais do
gamaespectrômetro, dados do altímetro e posição da aeronave.
Métodos Aerogeofísicos – aquisição
O uso de câmeras de vídeo para filmagem durante a aquisição dos dados era
fundamental quando a navegação não era feita por GPS. A câmera era sincronizada
com os dados geofísicos para permitir uma precisa localização dos pontos de coleta
de dados no terreno. Atualmente, com o uso de GPS, o uso de câmeras para
posicionamento é dispensável, sendo usadas somente para eventual checagem de
ruídos por efeitos culturais e para checar a precisão do posicionamento.
As aeronaves de coleta de dados aerogeofisicos normalmente utilizam a velocidade
de 220 a 280 km/h (em média, ~ 70 m/s). Atualmente, com magnetômetros
modernos capazes de amostrar vários pontos por segundo e gamaespectrômetros
com cristais de grande volume, esta velocidade não é mais um fator crítico na
aquisição dos dados.
Métodos Aerogeofísicos – aquisição
O padrão para a coleta de dados é de 10 amostras por segundo no caso de
magnetometria, 1 amostra por segundo no caso de gamaespectrometria, dados de
navegação, temperatura, pressão atmosférica e radar (altura de vôo em relação ao
terreno).
A assinatura magnética da aeronave é fator importante na redução dos dados, e
pode ser dividida em três componentes: a magnetização permanente, a
magnetização induzida pelo campo magnético terrestre na aeronave, e a
componente devida ao fluxo de corrente elétrica no veículo. Para minimizar estes
efeitos, existem sistemas chamados AADC (automatic aeromagnetic digital
compensation systems). Após as correções por estes sistemas, os ruídos causados
pelo avião são geralmente menores do que 0.15 nT.
Métodos Aerogeofísicos – aquisição
O campo magnético terrestre varia com o tempo, existindo vários tipos de
variações importantes, com períodos de tempo variando de segundos a dias. A
variação diurna do campo magnético terrestre é normalmente suave, atingindo em
média 50 nT na maior parte do território brasileiro. Esta variação precisa ser
removida dos dados aeromagnéticos por ser causada por fontes não geológicas,
interferindo na análise dos dados. Normalmente mantém-se um magnetômetro em
uma estação de base para monitorar o comportamento da variação diurna,
descontando-se posteriormente os valores de variação dos dados coletados.
Estudos mostram que para distâncias maiores do que 100 km a variação não pode
ser assumida como constante, exigindo múltiplas bases para uma remoção
adequada da componente (Milligan, 1995).
Métodos Aerogeofísicos – pré-processamento
Métodos Aerogeofísicos - Austrália
Métodos Aerogeofísicos - Austrália
Integração de dados geofísicos - Austrália
Métodos Aerogeofísicos
Mapeamento Geológico
Métodos Aerogeofísicos
Mapeamento Geológico
Métodos Aerogeofísicos
Mapeamento Geológico
Métodos Aerogeofísicos
Mapeamento Geológico
Métodos Aerogeofísicos
Mapeamento Geológico
Projeto Rio do Sangue - MT
Projeto Rio do Sangue - MT
Projeto Rio do Sangue - MT
Projeto Rio do Sangue - MT
Projeto Rio do Sangue - MT
Projeto Rio do Sangue - MT
Projeto Rio do Sangue - MT
Projeto Rio do Sangue - MT
Projeto Rio do Sangue - MT
Projeto Rio do Sangue - MT
Projeto Rio do Sangue - MT
Referências bibliográficas
Horsfall, K.R., 1997. Airbone magnetic and gamma-ray data acquisition. AGSO Journal of Australian Geology & Geophysics, 17(2), 23-30.
Luyendyk, A.P.J., 1997. Processing of airbone magnetic data. AGSO Journal of Australian Geology & Geophysics, 17(2), 31-38.
Minty, B.R.S., 1991. Simple micro-levelling for aeromagnetic data. Exploration Geophysics, 22, 591-592.