Download - apostila contabilidade tributaria 2009
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Profº Evanilde Drehmer Carminati [email protected]
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Cascavel, fevereiro de 2009.
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SUMÁRIO PLANO DE ENSINO ...................................................................................................................... 2 1-INTRODUÇÃO AO DIREITO TRIBUTÁRIO ............................................................. 5
1.1 Conceito de Tributo ............................................................................................................... 5 1.2 PrincÍpios Constitucionais Tributários.................................................................................. 6 1.3 Elementos Fundamentais Do Tributo .................................................................................... 8
2. SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL........................................................................ 11 2.1 Legislação Tributária ........................................................................................................... 11 2.2 Tributos, conceitos e espécies .............................................................................................. 12 2.3 Classificação dos Tributos ................................................................................................... 14
3. TRIBUTOS SOBRE O VALOR AGREGADO ........................................................... 22 3.1 Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI.................................................................... 22 3.2 ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. .................................... 25
4. TRIBUTOS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO................................................. 48 4.1 Contribuições ao INSS ........................................................................................................ 48 4.2 Contribuições ao FGTS ...................................................................................................... 50 4.3 IRRF sobre Rendimentos do Trabalho ............................................................................... 51
5 TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE O FATURAMENTO ....................................................... 60 5.1 Imposto Sobre Serviços – ISS ............................................................................................. 60 5.2 Programa de Integração Social – PIS ............................................................................ 61 5.3 COFINS............................................................................................................................... 66
6 TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE O RESULTADO .......................................... 75 6.1 Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas ............................................................................. 75 6.2 Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido – CSLL .......................................................... 76
7 REGIMES DE TRIBUTAÇÃO FEDERAL .............................................................. 78 7.1 Lucro Presumido.................................................................................................................. 78 7.2 Lucro Arbitrado ............................................................................................................. 90 7.3 Lucro Real ..................................................................................................................... 96
RECEITA OPERACIONAL BRUTA.............................................................................................. 110 7.4 Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno .............................................................................................................. 120 Tabela - Partilha do Simples Nacional – Comércio ................................................................. 124 TABELA - Partilha do Simples Nacional – Indústria ............................................................. 125 Tabela - Partilha do Simples Nacional – Serviços e Locação de Bens Móveis ...................... 126
8. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO DAS EMPRESAS ........................................... 130 8.1 ELISÃO, EVASÃO E ELUSÃO....................................................................................... 131 8.2 Remuneração a Sócios....................................................................................................... 132 8.3 Ganhos de Capital.............................................................................................................. 132 8.4 Retenção na Fonte do IRPJ CSLL, PIS e COFINS ........................................................... 133 8.5 Contratos de Longo Prazo ................................................................................................. 134 8.6 Faturamento para Entrega Futura ...................................................................................... 134 8.7 Depreciação ....................................................................................................................... 135
9 REGIMES DE TRIBUTAÇÃO....................................................................................... 135 9.1 Fato Gerador ...................................................................................................................... 136
10. APÊNDICE...................................................................................Erro! Indicador não definido.
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PLANO DE ENSINO 1 – IDENTIFICAÇÃO
Colegiado de Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS Ano Letivo: 2009 Área de Ensino: Ciências Sociais Aplicadas Habilitação: Bacharel em Ciências Contábeis
Nome da Disciplina: CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA Regime: Anual Carga horária: 132 Série: 3º A e B Cód. Disc: Professor: Evanilde Drehmer Carminati
2 – EMENTA
Introdução ao Direito Tributário. Impostos do sistema tributário nacional: tributos da União, Estados, DF. e Municípios. Planejamento tributário, Imposto de Renda Pessoa Jurídica. Ajustes e apuração do resultado fiscal e contábil. Encerramento do exercício.
3 – OBJETIVOS DA DISCIPLINA
3.1 – Gerais Proporcionar ao acadêmico o conhecimento dos procedimentos contábeis
pertinentes à aplicação da legislação tributária, assim como as técnicas de planejamento tributário e sua influência no resultado da empresa. 3.2 – Específicos
Mostrar ao aluno a importância do planejamento tributário das empresas, conduzindo-o ao conhecimento do Sistema Tributário Nacional e dos diversos regimes tributários federais e estaduais.
Conceder ao aluno subsídios para o seu desenvolvimento acadêmico e profissional na área tributária.
Permitir ao acadêmico a análise e comparação dos regimes de tributação em vigor, para auxiliar na tomada de decisão do futuro profissional.
4 – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Bimestre Conteúdo
Primeiro
1- Introdução ao Direito Tributário 1.1- Espécies de Tributos 1.2- Principios Constitucionais Tributários 1.3- Elementos Fundamentais do Tributo. 2- Sistema Tributário Nacional 2.1 Legislação 2.2 Tributos, conceitos e espécies 3. Tributos sobre o valor agregado 3.1 IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados 3.2 ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 4. Tributos sobre a Folha de Pagamento 4.1 Contribuições ao INSS 4.2 Contribuições ao FGTS 4.3 IRRF sobre Rendimentos do Trabalho
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Segundo
5. Tributos Incidentes sobre o Faturamento 5.1 ISS – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza 5.2 PIS - Programa de Integração Social 5.2.1 PIS Cumulativo 5.2.2 PIS Não Cumulativo 5.3 COFINS - Contribuição para Financiamento Seguridade Social 5.3.1 COFINS Cumulativa 5.3.2 COFINS Não Cumulativa 6. Tributos Incidentes sobre o Resultado 6.1 Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas 6.2 CSLL _ Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 7. Regimes de Tributação Federal 7.1 Lucro Presumido 7.2 Lucro Arbitrado
Terceiro
7. Regimes de Tributação Federal 7.3 Lucro Real 7.3.1 Lucro Real Trimestral 7.3.2 Lucro Real Anual 7.4 Sistema Integrado de Pagamentos de Impostos r Contribuições das microempresas e Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES
Quarto
8. Planejamento Tributário das Empresas 8.1 Elisão, Evasão e Elusão 8.2 Remuneração a Sócios 8.3 Ganhos de Capital 8.4 Retenção na Fonte do IRPJ,CSLL, PIS e COFINS 8.5 Contratos de Longo Prazo 8.6 Faturamento Antecipado e Venda para Entrega Futura 8.7 Depreciação 9 Regimes de Tributação 9.1 Lucro Real versus Lucro Presumido/Arbitrado/SIMPLES.
5 – ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO A disciplina será desenvolvida através de aulas expositivas, aulas participativas,
debates, trabalhos em equipe e individual, resolução de exercícios práticos e de estudos de caso. 6 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Análise e síntese de textos com apresentações e desenvolvimentos em sala de aula. O aluno que participar de todos os trabalhos garantirá 10% na composição do conceito bimestral.
Trabalho a ser desenvolvido individualmente ou em grupo, em assunto e tema escolhidos posteriormente, correspondendo a 20% da nota bimestral.
Avaliação bimestral: provas dissertativas, objetivas ou práticas, abrangendo todo o conteúdo exposto durante o bimestre. A prova será individual, com interpretação e resolução, representando 70% da nota bimestral.
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7 – BIBLIOGRAFIA INDICADA
7.1 – BÁSICA FABRETTI, Láudio Camargo. CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA.6ª ed. São Paulo: Atlas. 2000. OLIVEIRA, Luis Martins de et al. MANUAL DE CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2004. OLIVEIRA, Gustavo Pedro de. CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005. 7.2 – COMPLEMENTAR BORGES, Humberto Bonavides. GERÊNCIA DE IMPOSTOS, IPI, ICMS, ISS. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2000. HIGUCHI, Hiromi et al. IMPOSTO DE RENDA DAS EMPRESAS. 25ª ed. São Paulo: Atlas, 2000.
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1-INTRODUÇÃO AO DIREITO TRIBUTÁRIO
Segundo Oliveira et al (2003), o Direito e a Contabilidade são ciências que se complementam e
caminham juntas há muito tempo, acompanhando a evolução natural da sociedade. O Direito é a
ciência que disciplina as relações humanas através das normas obrigatórias, dentre elas as normas
gerais do direito tributário. A contabilidade estuda, orienta, controla e registra os atos e fatos
econômicos, sendo uma ferramenta para gerenciar o patrimônio de uma entidade, prestar contas entre
os sócios e outros usuários, entre os quais se encontram as autoridades arrecadadoras de tributos.
No exercício de sua função, além dos princípios fundamentais de contabilidade, as normas
brasileiras de contabilidade, o contador precisa obedecer a legislação tributária para a apuração correta,
o registro e a arrecadação dos tributos nas diversas fases das atividades empresariais.
1.1 Conceito de Tributo
Segundo o Código Tributário Nacional, tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda
ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção por ato ilícito, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (Oliveira et al, 2003).
- prestação pecuniária: o pagamento do tributo deverá ser efetuado em unidades de moeda
corrente, inexistindo o pagamento in natura ou in labore, ou seja, o que é pago em bens ou em
trabalho ou prestação de serviço;
- compulsória: obrigação independente da vontade do contribuinte;
- em moeda ou cujo valor se possa exprimir: os tributos são expressos em moeda corrente
nacional (reais) ou por meio de indexadores (ORTN,OTN,BTN,Ufir)
- que não constitua sanção de ato ilícito: multas ou penalidades pecuniárias não se incluem no
conceito de tributo, não ocorrendo o pagamento deste de infração de determinada norma ou
descumprimento da lei;
- instituída em lei: só existe a obrigação de pagar o tributo se existir uma norma jurídica com
força de lei que estabeleça esta obrigação;
- cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: a autoridade não possui
liberdade para escolher a melhor oportunidade de cobrar o tributo; a lei já estabelece todos os
passos a serem seguidos. (CTN), (Oliveira et al, 2003).
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1.2 PrincÍpios Constitucionais Tributários
(art.150, CF)
§ Princípio da Legalidade: É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios:
“I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça (...). O tributo não pode ser criado ou
aumentado sem que seja amparado por lei.
§ Princípio da Isonomia ou igualdade tributária:
II- instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos (Princípio da
isonomia tributária);
O princípio deriva do princípio republicano que proíbe qualquer distinção entre as pessoas,
considerando que todas são iguais perante a lei. A igualdade tributária garante o tratamento tributário
igual entre os contribuintes que se encontrem em situação igual e diferenciada para aqueles que
estiverem em situação desigual, na medida de suas desigualdades. Assim, uma pessoa que recebe um
salário mínimo num mês será tratada em matéria tributária de forma diferente daquela outra que recebe
vinte salários mínimos mensais. (Oliveira, 2005).
§ Princípio da irretroatividade :
III- Cobrar tributos:
a- em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado;(...) Este princípio afasta a incidência tributária sobre fatos geradores
passados em relação à lei que apareceu depois.
§ Princípio da anterioridade simples: (art.150 da CF, III)
III – cobrar tributos: (...)
b- no mesmo exercício financeiro que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.”
Esse principio veda a Administração de exigir tributos no mesmo ano da publicação da lei que
instituiu ou aumentou o tributo em questão, garantindo ao contribuinte um certo período de
tempo para se adaptar, postergando para o primeiro dia do ano seguinte da publicação da lei o
início de sua cobrança.
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§ Princípio da anterioridade nonagesimal ou noventena: (art. 150 da CF)
III - cobrar tributos: (...)
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou (...). Dessa forma, combinando com o princípio da anterioridade simples, a cobrança de
um tributo só produzirá efeito 90 dias da data da publicação da lei que o houver criado ou
majorado, bem como no ano seguinte ao da referida publicação.
§ Princípio da competência : a União, o Estado ou o Município exercitarão as competências
tributárias, não lhes sendo permitida, porém, qualquer delegação ou prorrogação desta
competência para outro ente que não seja aquele expressamente previsto na Constituição.
§ Princípio da não-discriminação tributária: visando a procedência e ao destino dos bens, o art
152 da Constituição Federal proíbe a manipulação de alíquotas, bases de cálculo ou qualquer
outra fórmula tributária em benefício ou prejuízo da economia da União, dos Estados ou dos
Municípios.
§ Princípio da capacidade contributiva: o art 145 par.1º estabelece que haja a possibilidade
econômica do contribuinte pagar o tributo, sendo subjetiva quando se refere à condição pessoal
do contribuinte (capacidade econômica real) e objetiva quando leva em conta manifestações
objetivas da riqueza do contribuinte (bens imóveis, títulos, etc., sinais de capacidade tributária
ou riqueza).
§ Princípio da vedação de tributo confiscatório (art 150 da CF):
Fica vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)
IV – utilizar tributo com efeito de confisco; (...)
Esse princípio rege que o tributo será instituído em um nível racional, sendo uma forma mínima de
preservar a propriedade do indivíduo. Caso contrário, seria irracional aplicar tributos que
precisariam destituir o contribuinte de todos os seus bens para o pagamento do tributo.
§ Princípio da liberdade de tráfego: (art. 150, V, da CF)
É vedado à União. Estados, Distrito Federal e Municípios: (...)
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V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder
Público; (...)
A liberdade de locomoção é parte integrante dos direitos fundamentais do indivíduo. Em matéria
tributária, essa liberdade proíbe a limitação da locomoção de pessoas ou bens dento do território
nacional por meio do estabelecimento de barreiras fiscais na forma de tributos interestaduais e
intermunicipais.
1.3 Elementos Fundamentais Do Tributo
São três os elementos básicos da obrigação tributária:
a- A LEI :é o principal elemento da obrigação, pois cria os tributos e determina as condições de
sua cobrança. São fontes consideradas como primárias do direito tributário (Oliveira et al 2003):
§ Constituição Federal: estabelece as competências e os princípios tributários. Cabe ao ente
político (união, Estado,Distrito Federal ou Municípios) instituir os tributos de sua competência,
observando os limites representados pelos princípios e imunidades constitucionais (Oliveira,
2005).
§ Tratados e Convenções Internacionais: uma vez aprovados por decreto legislativo do
Congresso Nacional, revogam ou modificam a legislação tributária interna, e as leis posteriores
a tais tratados ou convenções deverão se adaptar a eles (Oliveira, 2005)
§ Lei Complementar: estabelece as normas gerais em matéria tributária, que são as normas
básicas reguladoras da competência tributária disposta na Constituição e estabelecedoras de
regras gerais aplicáveis a todos os tributos, com as funções de dispor sobre conflitos de
competência (Oliveira,2005).
§ Lei Ordinária: tem a função de instituir tributos, embora haja alguns que, por força da
Constituição, precisem ser constituídos por lei complementar (Oliveira, 2005).
§ Leis Delegadas: elaboradas pelo Presidente da República sobre matéria específicas, desde que
não se trate de matéria objeto de Lei Complementar (Oliveira,2005)
§ Mediadas Provisórias: Normas de iniciativa do Poder Executivo que possuem força de lei, mas
dependem de sua conversão em lei no prazo de 60 dias, vedada a reedição após este prazo. São
admitidas para instituir tributos, desde que esses não sejam objeto de lei complementar
(Oliveira, 2005).
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§ Decretos Legislativos: emanados pelo Congresso Nacional que disciplinam matérias privativas
da Casa, como a ratificação dos Tratados e Convenções Internacionais celebrados pelo Poder
Executivo, aprovando-os (Oliveira,2005).
§ Resoluções do Senado Federal: são utilizadas para resolver assuntos de sua competência, não
necessitando da sanção do Presidente da República, tal como: fixação das alíquotas máximas e
mínimas do ICMS nas operações internas ou, também, para fixar as alíquotas desse imposto nas
operações interestaduais e de exportação.
As fontes consideradas como secundárias do Direito Tributário (Oliveira, 2005):
§ Decretos: Normas expedidas pelo Chefe do Poder Executivo que regulamentam as leis, não
inovando na ordem jurídica, objetivando apenas dar fiel cumprimento aos ditames legais.
§ Normas Complementares: apenas esclarecem as fontes anteriores, mão inovando na ordem
jurídica.
b- O OBJETO: representa as obrigações que o sujeito passivo (contribuinte) deve cumprir.
Basicamente, as prestações consistem em: pagamento do valor em dinheiro referente ao tributo
devido ou à multa imposta por não atendimento à determinação legal (obrigação principal) ou o
cumprimento de formalidades complementares, destinadas a comprovar a existência e os limites
da operação tributária e a exata observância da legislação aplicável (obrigação acessória), como
por exemplo, a escrituração de livros fiscais, a apresentação de declarações de rendimentos, o
preenchimento de formulários, a abstenção da prática de certos atos etc. Uma vez constituído o
crédito tributário, este deve ser satisfeito pelo devedor por meio do pagamento ou da
compensação (Oliveira et al, 2003).
c- O FATO GERADOR: é a situação definida em lei como necessária e suficiente para a sua
ocorrência. Conceitua-se como “o fato” que gera a obrigação de pagar o tributo. O fato gerador
da obrigação fiscal com o Imposto de Renda é a obtenção da renda e proventos de qualquer
natureza por pessoas jurídicas ou físicas. O fato gerador do ICMS é a venda de produtos ou
mercadorias ou a prestação de serviços de transporte, etc. O fato gerador da obrigação acessória
é qualquer situação que impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure a principal
(Oliveira et al, 2003)
1.3.1 Sujeito Ativo e Sujeito Passivo
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• Sujeito Ativo: Segundo o art 119 da CF, “Sujeito Ativo da obrigação é a pessoa jurídica de
direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento.” (Oliveira, 2005)
• Sujeito Passivo: é a pessoa obrigada ao pagamento do tributo, considerada como
contribuinte ou responsável (Oliveira, 2005).
1.3.2 Contribuinte ou responsável
As partes da obrigação tributária são, de um lado, o sujeito ativo, e de outro lado, o sujeito
passivo. O sujeito ativo da obrigação tributária é o ente público (União, Estado ou Município), criador
do tributo. O Código Tributário prevê duas espécies de sujeito passivo: a) o contribuinte, que tem
relação pessoal e direta com a situação que constitua o fato gerador; e b) o responsável, que é aquele
que não pratica o fato que causa o fato gerador mas se vê na obrigação de pagar o tributo por força de
dispositivo legal (Oliveira, et al, 2003).
1.3.3 Base de Cálculo
É o valor sobre o qual se aplica o percentual (ou alíquota) a fim de apurar o valor a ser
recolhido. A base de cálculo deve ser definida em lei complementar estando sujeita aos princípios
constitucionais da legalidade (mudança somente por outra lei), da anterioridade (a lei deve estar em
vigência antes de iniciada a ocorrência do fato gerador) e da irretroatividade (a norma não pode atingir
fatos passados) (Oliveira et al, 2003).
1.3.4 Alíquota
É o percentual definido em lei que, aplicado sobre a base de cálculo, determina o montante do
tributo a ser recolhido, estando também sujeita aos princípios constitucionais da legalidade,
anterioridade e da irretroatividade (Oliveira et al, 2003).
1.3.5 Imunidade e Isenção Tributária.
• As imunidades são privilégios dados a alguém para que se livre ou se isente de certas
imposições legais em virtude de que não é obrigado a cumprir certo encargo de obrigação de
caráter legal: imunidade diplomática; imunidade judicial; imunidade parlamentar; imunidade
tributária (vedação de entes estatais instituírem impostos sobre o patrimônio, a renda ou os
serviços, uns dos outros; a vedação entre estatais instituírem impostos sobre o patrimônio, a
renda e os serviços, das entidades mantenedoras de templos de qualquer culto; vedação entre
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estatais instituírem impostos sobre o patrimônio, a renda e os serviços dos partidos políticos,
sindicatos de trabalhadores, instituições de educação e de assistência sem fins lucrativos;
vedação de entes estatais instituírem impostos sobre livros, jornais, periódicos e papel destinado
à impressão destes.
• Isenção é concedida por lei e é a dispensa, a imunidade, a concessão atribuída a alguma coisa
ou alguma pessoa, para que se possa livrar, esquivar ou desobrigar de algum encargo estipulado
para todos, ou para que se livre de qualquer obrigação (Oliveira et al, 2003).
1.3.6 Regulamento do Imposto de Renda
Para Oliveira et al (2003} o RIR é a consolidação das Leis e Disposições que regulamentam e
normatizam o IR das Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas, sendo organizado por assunto, separando os
contribuintes Pessoas Físicas das Pessoas Jurídicas. O RIR em vigor foi instituído pelo Decreto nº
3.000, de 26 de março de 1999.
Além do RIR, faz-se necessário conhecer o Regulamento do IPI (DECRETO Nº 4.544, de 26 de
Dezembro de 2002 - DOU de 27/12/2002), Regulamento do ICMS (Decreto 1980 de 21/12/2007),
Regulamento do PIS e COFINS (decreto nº 4.524, de 17 de dezembro de 2002.), Regulamento do INSS
(Decreto 3048/99).
2. SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Sistema Tributário nacional é o conjunto de princípios e de normas unificados em torno da idéia
de tributo. As disposições sobre o Sistema Tributário Nacional estão contidas nos artigos 145 a 162 da
Constituição Federal, constantes sob este título, não obstante existirem outros comandos
constitucionais referentes a tributos (art. 195). Tais disposições tratam dos aspectos estruturais básicos
do nosso ordenamento jurídico-tributário, contendo regras que devem ser seguidas pelos legisladores
infraconstitucionais, bem como por parte da administração tributária e do Poder Judiciário no exercício
de suas respectivas funções.
2.1 Legislação Tributária
Segundo o art. 96 da Lei 5.172 de 25/10/1966: “A expressão legislação tributária compreende
as leis, os tratados, as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem,
no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes”.
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2.2 Tributos, conceitos e espécies
No art 145 da Constituição Federal, foram definidas as espécies de tributos (Oliveira, 2005):
2.2.1 Impostos: situação geradora independente de qualquer contraprestação do Estado em favor do
contribuinte (ICMS, Imposto de Renda, IPI)
São Impostos de competência da União:
- Importação de produtos estrangeiros;
- Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
- Rendas e proventos de qualquer natureza;
- Produtos industrializados;
- Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
- Propriedade territorial rural;
- Grandes fortunas.
Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre :
- Transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens e direitos (ITBI, ou ITCMD), 4%);
- Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e prestações se iniciem
no exterior;
- Propriedade de veículos automotores (IPVA).
Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
- Propriedade predial e territorial urbana(IPTU);
- Transmissão inter vivos, por ato oneroso, de bens imóveis e de direitos reais sobre imóveis,
ressalvadas as exceções legais (ITBI ou ISTBI, 2%);
- Serviços de qualquer natureza (ISSQN).
2.2.2 Taxas : vinculadas à utilização efetiva do contribuinte, de serviços públicos específicos e
divisíveis (Taxa de coleta de lixo, taxa de iluminação pública)
Taxas cobradas pela prestação de serviços pelo Estado:
§ Coleta de lixo,
§ iluminação pública,
§ licença para funcionamento e alvará municipal
§ de Combate a Incêndios
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§ conservação e Limpeza Pública
§ emissão de documentos (a nível federal, estadual e municipal)
§ de registro do comércio (juntas Comerciais)
§ água e esgoto
§ taxas de expediente
Taxas cobradas pelo exercício do poder de polícia pelo Estado
§ Taxa de fiscalização de estabelecimentos
§ Taxa de controle e fiscalização ambiental
§ Taxa de fiscalização de anúncios
§ Taxa de fiscalização de vigilância Sanitária
Taxa de fiscalização de localização, instalação e funcionamento
2.2.3 Contribuições de melhoria: cobradas quando do benefício trazido aos contribuintes por obras
públicas (calçamento ou asfaltamento de ruas, etc) e fazem face ao custo das obras de que decorram
valorização direta ou indireta de um imóvel. O CTN impo limites para a cobrança desse tributo, sendo
o limite total o que corresponde à despesa total pela realização da obra pública e o limite individual
pelo acréscimo do valor do imóvel que foi beneficiado com a obra (Oliveira, 2005).
2.2.4 Contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias
profissionais ou econômicas (Oliveira, 2005): são tributos instituídos para o financiamento dos
Sistemas Oficiais de Previdência e Assistência Social (contribuições sociais), e para financiar as
entidades representativas de classe ou profissional. Devem ser instituídas por lei ordinária, respeitando
as normas gerais previstas em lei complementar e só podem ser exigidas 90 dias após a publicação da
lei instituidora ou majoradora. São contribuições sociais:
§ Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL
§ Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS
§ Programa de Integração Social – PIS
§ Contribuição para o Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS
§ Contribuição para o FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
As contribuições interventoras servem de instrumento para custear o Estado e visam o controle da
produção em um mercado específico, como a produção do açúcar, por exemplo, ou a importação e
comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível,
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denominado de CIDE - combustíveis. As contribuições interventoras não incidem sobre as receitas
decorrentes de exportação
2.2.5 Empréstimos compulsórios: são instituídos pela União, mediante lei complementar nos casos de
guerra ou sua iminência, calamidade pública. Em ambos os casos não há a necessidade de respeitar os
princípios da anterioridade ou da noventena e em caso de investimento público de caráter urgente e
relevante interesse nacional respeitando o princípio da anterioridade e da noventena. É uma receita
tributária que deve ser restituída dentro de determinado prazo de tempo. (Oliveira, 2005).
2.3 Classificação dos Tributos
A classificação dos tributos em diretos e indiretos é mais econômica do que jurídica mas de
muita importância para o estudo e avaliação que os tributos causam ao patrimônio e nas etapas
econômicas da produção, circulação e consumo.
São considerados indiretos aqueles que a cada etapa econômica são repassados para o preço do
produto/mercadoria/serviço: IPI, ISS, ICMS, PIS s/Fat, COFINS.
São tributos diretos o IR, a CSLL, o IPVA, ITR, IPTU.
Os tributos podem incidir sobre o valor agregado, sobre o faturamento, sob re a folha de
pagamento ou sobre o resultado. (Oliveira, et al, 2003)
EXERCICIOS
(Baseados no Livro de Exercícios do Manual de Contabilidade Tributária (Oliveira et al, 2003)
1- As normas gerais de Direito Tributário, definidoras dos tributos e suas espécies, são criadas
pela seguinte proposição legislativa:
a- lei delegada
a- lei ordinária
b- lei complementar
c- decreto legislativo
d- resolução legislativa
2- Das alternativas abaixo, a que não se refere a tributo do Sistema Tributário Nacional é:
a- taxa
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b- imposto
c- preço público
d- contribuição social
e- empréstimo compulsório
3- São princípios constitucionais do Sistema Tributário Nacional
a- isonomia, imunidade, hierarquia
b- anterioridade, legalidade. isononomia
c- isonomia, reserva legal, hierarquia
d- imunidade, legalidade, anterioridade
e- hierarquia, reserva nacional, imunidade
4- Um dispositivo que define nova hipótese de incidência tributária do imposto sobre a renda
entra em vigor no seguinte momento:
a- no mesmo dia de sua publicação
b- trinta dias após a respectiva assinatura
c- no primeiro dia útil seguinte ao de sua edição
d- quarenta e cinco dias após lhe ser dado publicidade
f- no primeiro dia do exercício seguinte ao de sua publicação
5- Assinale a opção que corresponda, na mesma ordem, às expressões respectivas:
§ prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.
§ Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte.
§ Tem por fato gerador e a prestação de limpeza pública urbana.
a- preço público, tributo, taxa
b- imposto, taxa por potencial prestação de serviços, preço público
c- tributo, contribuição de melhoria, imposto municipal
d- tributo, imposto, taxa
e- contribuição de melhoria, imposto, preço público
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6- Assinale a alternativa que completa os espaços em branco no texto a seguir:
O Código Tributário Nacional chama de ___________ quem tenha relação pessoal e direta com a
situação que constitua o fato gerador da obrigação tributária principaL, e de _______
quem, sem revestir aquela condição, tenha obrigação decorrente de disposição expressa em lei. Em
ambos os casos, recebe o nome de ____________ da obrigação tributária principal.
a- obrigado, contribuinte legal e coobrigado
b- sujeito passivo, devedor solidário, sub-rogado
c- sujeito passivo, responsável ex lege, devedor
d- contribuinte, responsável, sujeito passivo
sujeito passivo, responsável, contribuinte.
7- A natureza jurídica de um tributo é determinada:
a- em função de sua denominação jurídica
b- em razão das peculiaridades dos sujeitos ativo e passivo da obrigação;
c- pelo fato gerador da respectiva obrigação tributária
d- pela destinação legal do produto de sua arrecadação;
8- Os tributos classificam-se em:
a- impostos, taxas e contribuições previdenciárias
b- impostos, taxas e contribuições de melhoria
c- imposto de renda e contribuição social
d- imposto de renda, contribuição social, PIS e COFINS
9- Qual o tributo cuja imposição decorre da realização de obras públicas?
a- contribuição de intervenção no domínio econômico
b-contribuição de melhoria
c-taxa de serviços públicos
d- imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
10- O tributo, cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal específica relativa ao contribuinte, tem natureza jurídica específica de:
a- taxa
17
b- impostos
c- preço público
d- contribuição parafiscal
e- contribuição de melhoria
f- contribuição provisória
11- Sendo:
imposto de importação
imposto sobre transmissão causa mortis
imposto sobre transmissão de imóveis intervivos
Os impostos acima competem respectivamente:
a- União, Municípios e aos Estados
b- Municípios, Estados, União
c- Estados, União, Municípios
d- Estados, Municípios, União
e- União, Estados, Municípios.
12- De acordo com os principios que emanam da Constituição da República e do Código
Tributário Nacional, em relação ao Imposto de Renda retido na fonte dos servidores do Estado
do Piauí, no que concerne aos vencimentos destes:
quem tem a competência para estabelecer-lhe a alíquota?
A quem pertence o Produto da arrecadação deste imposto retido pelo estado do Piauí?
Quem é o sujeito passivo da obrigação principal?
Qual é o ente responsável pela fiscalização do contribuinte, relativamente à declaração desses
vencimentos?
a- o Estado, o Estado, o servidor, o Estado
b- a União, o Estado, o servidor, a União
c- a União, a empresa fornecedora do serviço, p empregado desta, o Esrado
d- o estado, a empresa fornecedora do serviço, o empregado desta, a União
e- a empresa fornecedora do serviço, essa mesma empresa, o empregado dela, a União.
13- A competência para instituir e arrecadar o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural é:
a- dos Estados e Distrito Federal
18
b- dos Municípios
c- da União
d- da União e dos Estados
14- Assinale a alternativa que combina, respectivamente,as quatro afirmações a seguir (1,2,3,e4)
com os respectivos princípios tributários constitucionais relacionados (w,x,y e z)
1. é proibido exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
2. é vedado instituir tratamento desigual entre os contribuintes que estejam em situação equivalente
3. é vedado cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei;
4- é vedado cobrar tributo no mesmo exercício em que se tenha publicado a lei que instituiu ou
aumentou.
Sendo: w: anterioridade - x isonomia tributaria – y: Legalidade – z: irretroatividade
Alternativas:
a- w x y z
b- x y z w
c- y x z w
d- y w x z
e- w y x z
15- Cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou fere o princípio da:
a- uniformidade tributária
b- imunidade tributária
c- anterioridade
d- tutela jurídica
16- A ocorrência do fato gerador de um tributo:
a- determina o nascimento da obrigação tributária acessória
b- impede o pagamento do crédito tributário
c- suspende a exigibilidade da obrigação tributária principal
d- causa o surgimento da obrigação tributária principal
e- exclui o nascimento do crédito tributário
19
17-Assinale a alternativa que responda, na seqüência, às seguintes perguntas:
Segundo o Código Tributário Nacional, a isenção e anistia requerem interpretação literal?
A isenção dispensa o cumprimento das obrigações acessórias, dependentes da obrigação principal cujo
crédito seja excluído?
Uma isenção de tributos por dez anos, dadas às indústrias que se instalarem em certo pólo de
informática, aplica-se às taxas criadas no segundo ano após a concessão?
a) sim, sim, sim
b) não, não, não
c) sim, não, não
d) sim, sim, não
e) não, não, sim
18- Assinale as alternativas corretas:
a) Fato gerador da obrigação principal não é a situação definida em lei como necessária e suficiente a
sua ocorrência.
b) Nasce uma Obrigação quando por meio de uma relação jurídica determinada pessoa (credor) pode
exigir de outra (devedor) uma prestação (objeto), em razão de prévia determinação legal ou de
manifestação de vontade.
c) Assim como a base de cálculo, a alteração da alíquota também não está sujeita aos princípios
constitucionais da legalidade, da anterioridade e da irretroatividade.
d) De acordo com o principio da legalidade, é vedado instituir o tratamento desigual entre contribuintes
que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação
profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos,
títulos ou direitos.
e) Os impostos estão vinculados à utilização efetiva ou potencial por parte do contribuinte, de serviços
públicos específicos e divisíveis.
20
f) De acordo com o Código Tributário Nacional, não há necessidade de lei para estabelecer a instituição
de tributos ou a sua extinção.
g) De acordo com o art. 96 da Lei nº 5.172/66 de 25/10/1966, a expressão legislação Tributária
compreende as leis, os tratados e convenções internacionais, os decretos, e as normas complementares
que versem no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
h) A base de cálculo, conforme a Constituição Federal, deve ser definida em lei complementar, estando
sua alteração sujeita aos princípios constitucionais da legalidade, da anterioridade e da irretroatividade.
i) O Direito é a ciência das normas obrigatórias que disciplinam as relações dos homens em sociedade,
existindo para isso as diversas jurisprudências. É o conjunto das normas jurídicas vigentes num país.
j) Os princípios constitucionais tributários prevalecem sobre todas as demais normas jurídicas, as quais
só têm validade se editadas em rigorosa consonância com eles.
k) As taxas decorrem de situação geradora independente de qualquer contraprestação do Estado em
favor do contribuinte.
l) O Regulamento do Imposto de Renda é a consolidação das Leis e Dispositivos que regulamentam e
normatizam o Imposto de Rendas das Pessoas Físicas e Jurídicas.
m) O Código Tributário Nacional conceitua tributo como sendo toda prestação pecuniária compulsória,
em moeda corrente ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
n) O sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou da
penalidade pecuniária.
o) A Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro dos
atos e fatos de uma administração econômica. Não serve como ferramenta para o gerenciamento da
evolução do patrimônio de uma entidade.
21
p) As contribuições de melhoria são cobradas quando do benefício trazido aos contribuintes por obras
públicas.
q) De acordo com o princípio da irretroatividade tributária, é permitida a cobrança de tributos em
relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou
aumentado.
19- Questões Teóricas
1 Por que o contabilista precisa conhecer, além das normas e dos princípios fundamentais de
contabilidade, também os aspectos da legislação tributária?
2 Na empresa em que você presta serviços, quais são os tributos que incidem nas diversas fases da
atividade da empresa?
3 Qual o conceito dado pelo Código Tributário Nacional à legislação tributária, conforme o art. 96 da
Lei 5172/66 de 25/10/1966?
4 Quais são normas complementares das leis, tratados e das convenções internacionais e dos decretos?
5 Qual é o conceito de tributo, de acordo com o Código Tributário Nacional?
6 Comente sobre as espécies de tributos.
7 Quais s/ao os principais tributos de competência da União?
8 Quais são os principais tributos de competência dos Estados e do Distrito Federal?
9 Quais são os principais tributos de competência dos Municípios?
10 Quais são os princípios constitucionais tributários? Comente sobre cada um deles.e dê um exemplo
de uma situação hipotética que os contraria.
11Comente sobre a obrigação tributária, destacando os aspectos de como ela nasce
22
12 Quais são os elementos fundamentais da obrigação tributária?
13.O que é fato gerador da obrigação principal? Exemplifique.
14. Quem é o sujeito ativo da obrigação tributária? Quem são os sujeitos passivos, de acordo com o
código tributário?
15. Comente sobre a base de cálculo e sobre a alíquota.
16. Na linguagem jurídica, qual é o entendimento para isenção? Quais são as entidades que gozam
dessa prerrogativa constitucional?
17. O que é o Regulamento do Imposto de Renda? Qual a sua importância para os trabalhos co
contabilista?
3. TRIBUTOS SOBRE O VALOR AGREGADO
Os tributos incidentes sobre o valor agregado são aqueles que recaem sobre o valor adicionado
de uma empresa, ou seja, representam quanto esta agrega aos insumos que adquire em um período.
(Oliveira, 2005)
3.1 Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI
(RI , Decreto 4.544 de 26/12/2002 e TIPI (disponível em: www.receita.fazenda.gov.br/legislacao)
O IPI é de competência da União e incide sobre os produtos industrializados nacionais e
estrangeiros, e não está sujeito ao princípio constitucional da anterioridade, razão pela qual suas
alíquotas podem ser alteradas durante o exercício financeiro.
Esse tributo deve atender ao princípio da seletividade, o que significa taxar o produto
proporcionalmente a sua essencialidade. Assim, os chamados produtos supérfluos, tais como perfumes,
bebidas finas etc., ou até os nocivos à saúde, como cigarros, recebem elevada taxação, enquanto os
essenciais recebem taxação mais baixos. Carros e barcos de alta potência, de luxo, sofisticados, etc. são
taxados por altas alíquotas, enquanto carros populares, veículos de transportes coletivos são taxados
por alíquotas menores.
A taxação varia de acordo com a política governamental de apoio e subsídios a determinados
setores. As máquinas agrícolas poderão ter suas alíquotas reduzidas quando o governo quer subsidiar a
23
agricultura a fim de baratear os alimentos, ou isentar o setor de produção de bens de capital para
fortalecer determinado setor industrial.
O IPI segue o princípio da não cumulatividade, conforme o art 153, § 3º, inciso II da
Constituição Federal.
3.1.1 Fatos Geradores
§ Saídas, de produtos industrializados, dos estabelecimentos industriais ou equiparados a
industriais, e:
§ O desembaraço aduaneiro de produtos importados.
3.1.2 Contribuintes
§ Estabelecimento industrial, que é todo aquele que executar qualquer operação de
industrialização;
§ Equiparados à industria: estabelecimentos que, apesar de não realizarem operações de
industrialização, são equiparados a tal:
a) Importadores, inclusive filiais que exerçam o comércio de produtos importados, salvo se
operarem exclusivamente a varejo;
b) Filiais de estabelecimento industrial, na venda de seus produtos;
c) Comerciantes de bens de produção, que têm caráter facultativo à equiparação industrial.
3.1.3 Definição legal de industrialização
Produto industrializado é o resultante de qualquer operação definida como industrialização,
mesmo incompleta, parcial ou intermediária. A industrialização modifica a natureza, o funcionamento,
o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoa para o consumo.
a) Transformação: é aquela exercida sobre a matéria-prima ou produtos industrializados e que
origina uma nova espécie de produto;
b) Beneficiamento: modifica, aperfeiçoa ou, de qualquer forma, altera o funcionamento, a
utilização, o acabamento ou a aparência do produto;
c) Montagem: consiste na reunião de produtos, peças ou partes que resulte em novo produto ou
unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal;
d) Acondicionamento ou recondicionamento: altera a apresentação do produto pela colocação de
embalagem que se destine a dar nova configuração e não para transportar os produtos;
24
e) Renovação ou restauração: exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto
deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure para nova utilização, exceto se o serviço for
executado por conta e ordem de terceiros.
3.1.4 Base de Cálculo
§ Produto nacional: o preço da operação, na saída da mercadoria;
§ Produto importado: a base de cálculo dos impostos aduaneiros, acrescidos desses
tributos e dos encargos cambiais pagos pelo importador.
3.1.5 Alíquotas do IPI
As alíquotas variam de 0 a 330% e seguem a classificação dos produtos da tabela de incidência
do IPI (Tipi) disponivel em: htpp:www.receita.fazenda.gov.br
3.1.6 Prazo de recolhimento e período de apuração
A apuração e o recolhimento do IPI está vinculado à classificação fiscal do produto industrializado.
3.1.7 Recuperação do IPI pago nas compras de matérias -primas, materiais de embalagens e
outras mercadorias para utilização no processo de industrialização
Para que as inbdustrias possam se creditar do IPI é necessário preencher as seguintes condições:
§ Que o IPI esteja destacado em documento fiscal hábil, atendendo todas as exigências da
legislação vigente;
§ Que o documento seja emitido por contribuinte em situação regular perante o fisco, ou seja,
esteja inscrito na repartição competente, encontre-se em atividade no local indicado e possibilite
a comprovação dos demais dados cadastrais impressos no documento fiscal;
§ Que o documento fiscal hábil seja escriturado no respectivo livro Registro de Entradas, modelo
1.
§ O direito ao crédito do IPI extinguir-se-á no prazo de cinco anos, a partir da data da emissão
pelo fornecedor do documento fiscal hábil.
§ Os estelecimentos industriais podem, ainda, creditar-se do imposto relativo a mátérias-primas,
produtos intermediários e material de embalagem adquiridos de comerciante atacadista não-
contribuinte do IPI, calculados pelo adquirente, mediante a aplicação da alíquota a que estiver
sujeito o produto, sobre 50% do seu valor, constante da respectiva nota-fiscal (art.148 do
Regulamento do IPI)
25
3.1.8 Contabilização das Compras e vendas de uma indústria
a- Pela compra a prazo ou a vista de matérias-primas
Débito: Compras de matéria-prima (Custos)
Débito: IPI a recuperar (Ativo circulante)
Crédito: Fornecedores (Passivo Circulante) ou
Crédito: Caixa (Ativo Circulante)
b- Pela venda a prazo ou a vista de produtos
Débito: Duplicatas a receber ou Clientes (ativo circulante) ou
Débito: Caixa (ativo circulante)
Crédito: Vendas de produtos industrializados (receita bruta)
Crédito: IPI a recolher (passivo circulante)
c- Pela apuração do saldo credor a recolher ou recuperar
Débito: IPI a recolher (passivo circulante)
Crédito: IPI a recuperar (ativo circulante)
d- Pelo pagamento do IPI
Débito: IPI a recolher (passivo circulante)
Crédito: Caixa ou Bancos c/movimento (ativo circulante)
3.2 ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços .
O ICMS é de competência dos Estados e do Distrito Federal e, entre os princípios
constitucionais que regem o ICMS, destacam-se a não cumulatividade e seletividade. Para que as
empresas possam controlar o ICMS incidente nas diversas compras e nas diversas vendas, a legislação
estabeleceu a obrigatoriedade da escrituração dos livros fiscais, com a estrita observância das normas
específicas independentemente da obrigatoriedade da escrituração dos livros e documentos contábeis.
3.2.1 Fato gerador
§ Saídas de mercadorias a qualquer título, de estabelecimento de contribuinte, comercial,
industrial ou produtor, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular;
§ Prestação de serviços de transporte interestadual ou intermunicipal e de comunicações e
telecomunicações;
§ Entradas de mercadorias importadas no estabelecimento de contribuintes, comercial, industrial
ou produtor, e ainda que se trate de mercadorias para consumo ou bem do ativo imobilizado;
26
§ Fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias em restaurantes, bares, cafés e
estabelecimentos similares. (Art 5º Decreto 1980/2007)
3.2.2 Contribuintes
No art 16 do Decreto 1980/2007 encontra-se que “Contribuinte do Imposto é qualquer pessoa,
física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que carcaterize intuito comercial,
operações de circulação de mercadoria ou prestação de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.”
O parágrafo único do art 16, Decreto 1980/2007 identifica também como contribuinte a pessoa
física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial:
a) importe do exterior mercadoria ou bem, qualquer que seja a sua finalidade;
b) seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;
c) adquira em licitação merdaoria ou bem apreendidos ou abandonados;
d) adquira petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, ou
energia elétrica, oriundos de outra unidade federada, quando não destinados à industrialização ou à
comercialização.
3.2.3 Base de cálculo
A base de cálculo de modo geral é o valor da operação com mercadorias, incluindo
importâncias acessórias, tais como seguros e fretes pagos pelo comprador, excluídos os descontos
incondicionais. O art 6º, § 2º do Decreto 1980/2007 determina que: Não integra a base de cálculo do
imposto o montante:
a) do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuimtes e
relativa ao produto destinado à industrialização ou à comercialização, confirgurar fato gerador de
ambos os impostos.
3.2.4 Alíquotas
Operações Internas
7%: Operações com alimentos quando destinados à merenda escolar, nas vendas a órgãos da
adminmistração federal, estadual ou municipal;
12%: prestações de serviço de transporte intermunicipal e nas operações com os seguintes bens e
mercadorias: canestas, lápis,colas, borrachas de apagar, material escolar em geral; animais vivos,
27
hortifrutigranjeiros e agropecuários em estado natural; alimentos, sucos de frutas e água de coco; agua
mineral; rações, farinhas, farelos, tortas e resíduos destinados à alimentação animal ou utilizadas em
sua fabricação; refeições industriais e demais refeições, quando destinadas a vendas diretas a empresas;
fármacos, medicamentos, drogas, soros e vacinas; de higiene pessoal e limpeza; calçados, tecidos,
artigos de cama, mesa e banho, artigos do vestuário; sacolas ecológicas; artigos de uso doméstico de
plástico, madeira, porcelana , cerâmica e vidro, fogões, refrigeradores, máquinas de lavar, máqujnas de
costura etc; destinados à construção civil; madeiras e suas obras; plástico e suas obras; combustíveis
(gasolina de aviação, óleo diesel, gás liquefeito de pretróleo, gás natural, biodiesel); máquinas e
implementos, tratores etc; veículos automotores novos e peças para veículos automotores quando a
operação seja realizada sob o regime de substituição tributária; da indústria de automação e eletrônica;
25%: armas e munições; balões e dirigíveis, embarcações de esporte e recreiro; energia elétrica
destinada à eletrificação rural; peleteria e suas obras; perfumes e cosméticos;
28%: gasolina, exceto de avião; álcool anidro p/fins combustíveis;
29%: prestação de serviços de comunicação; energia elétrica exceto à destinada à eletrificação rural;
fumo e sucedâneos; bebidas alcoólicas;
18%: nas operações com os demais bens e mercadorias.
OBS: as alíquotas internas também se aplicam à entrada de mercadorias ou bens importados do
exterior; se o destinatário da mercadoria ou serviço for consumidor final localizado em outra unidade
federada desde que não contribuinte do imposto.
Operações e prestações interestaduais
12%: saídas de bens, mercadorias ou serviços para contribuintes estabelecidos nos estados de Minas
Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo;
7%: para as saídas de mercadorias, bens ou serviços a contribuintes estabelecidos no Distrito Federal e
nos demais Estados não relacionados no item anterior;
4%: nas prestações de serviço de transporte aéreo interestadual de passageiro, carga e mala postal.
3.2.5 Substituição Tributária
Segundo o art. 432 do Decreto 5.141 de 12.12.2001 algumas mercadorias estão sujeitas à
retenção e ao recolhimento do ICMS na forma de substituição tributária em relação às operações
subsequentes, ou seja, o imposto é pago apenas na produção e na comercialização final não há
incidência. Há, porém, o direito ao crédito, se o produto for utilizado pelo estabelecimento adquirente
28
na transformação ou fabricação de um novo produto. São alguns produtos e operações sujeitas à
substituição tributária:
§ Cerveja e refrigerante
§ Cigarros e outros produtos derivados do fumo;
§ Cimento;
§ Veículos;
§ Saídas de combustíveis, derivados ou não de petróleo, para comerciantes atacadistas ou
varejistas estabelecidos no território paranaense;
§ Operações interestaduais com combustíveis e derivados em que o imposto tenha sido retido
anteriormente;
§ Operações com sorvetes e acessórios destinados a revendedores situados no território
paranaense;
§ Pneumáticos, câmaras de ar e protetores;
§ Tintas, vernizes, ceras, massas para polir, impermeabilizantes, aguarrás e outras mercadorias da
indústria quimica;
§ Operações com mercadorias destinadas a revendedores parea venda porta-a-porta;
§ Operações com energia elétrica (art.524 do Decreto 1980/07;
§ Filmes fotográficos, cinematográficos e slides;
§ Discos fonográficos, fita virgem ou gravada
§ Lâminas de barbear, aparelhos de barbear descartáveis e isqueiros; Lâmpadas elétricas; Pilhas e
baterias elétricas;
§ Veículos novos por meio de faturamento direto ao consumidor;
§ Operações com aparelhos celulares;
§ Operações com rações para animais domésticos;
§ Operações com suportes elásticos para camas, colchões, box, travesseiros e pillow.
§ Operações com cosméticos, perfumaria, artigos de higiene pessoal e toucador;
§ Operações com auto-peças.
3.2.6 Isenções – art.3º do Regulamento do ICMS
O imposto não incide sobre:
• operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão;
• exportação de mercadorias e serviços;
29
• operações interestaduais com energia elétrica e petróleo quando destinados à industrialização ou
comercialização;
• operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;
• transferência de propriedade de estabelecimento industrial ou comercial;
• operações com arrendamento mercantil; transferência de bens salvados em sinistro para
companhias seguradoras;
• saídas de impressos de estabelecimento gráfico desde que não participem de alguma forma de
comercialização ou circulanção;
• serviços prestados pelo rádio e pela televisão;
• saídas de bens do permanente, entre outras.
3.2.7 Diferimento do Imposto – art. 94 a 109 do Regulamento do ICMS
• saídas internas entre contribuintes e nas operações de importação, por contribuinte, na
proporção de 33,33% do valor da operação tributada em 18%.
• Hortigranjeiros e demais produtos cfe art. 95 do Decreto 1980/2007;
• Operações com café cru, em coco ou em grão até que ocorra uma das seguintes hipóteses:
saída para o exterior; saída para outro estado; saída de café torrado ou moído, de café solúvel,
entre outros, para indústria que o receba como matéria-prima; saída para consumidor final ; saída
para estabelecimento de empresa enquadrada so Simples Nacional e nas saídas para vendedor
ambulante não vinculado a estabelecimento fixo.
3.2.8 Suspensão do Imposto – art 93 do Regulamento do ICMS
• nas saídas de mercadorias remetidas por cooperativa a estabelecimento da própria cooperativa
dentro do estado do Paraná;
• importação de matéria-prima, material intermediário, secundário e de embalagem a ser utilizado
no processo produtivo da importadora, e de bens para integrar o ativo permanente, quando a
importação ocorrer através dos portos de Paranaguá e Antonina (Lei 14985)
• nas operações com arroz entre outras.
3.2.9 Obrigatoriedade do ECF – revenda de mercadorias ou bens ou prestação de serviços em que o
adquirente ou tomador seja pessoa física ou pessoa jurídica não contribuinte do ICMS, com receita
bruta anual superior a R$ 360.000,00. (art.349, § 1º Decreto 1980/2007).
30
3.2.10 Prazo de recolhimento e período de apuração
A apuração do ICMS é mensal e o recolhimento de acordo com o final da inscrição estadual, como
veremos a seguir:
1- até o dia 11 – finais 1 e 2
2- até o dia 12 – finais 3 e 4
3- até o dia 13 – finais 5 e 6
4- até o dia 14 – finais 7 e 8
5- até o dia 15 – finais 9 e 0
2.2.11 Códigos fiscais de operações e Prestações
Os CFOP são números criados com a finalidade de descrever o tipo/natureza da operação ou
prestação que está sendo realizada. Este número é utilizado na Nota Fiscal e também nos Livros Fiscais
de Entradas, Saídas, Apuração do ICMS e Apuração do IPI. Os principaís códigos em relação à
entrada, e à saída de mercadorias, bens ou prestação de serviços estão agrupados conforme o critério a
seguir , sendo que:
• Grupo 1: compreende as operações em que o estabelecimento remetente está localiazo no mesmo
Estado;
• Grupo 2: operações em que o estabelecimento reemetente está localizado em outro estado;
• Grupo 3: operações em que o estabelecimento remetente está localizado em outro país.
• Grupo 5: Operações ou prestações realizadas em que o estabelecimento destinatário estiver
localizado no mesmo Estado;
• Grupo 6: Operações ou prestações realizadas em que o destinatário estiver localizado em outro
Estado;
• Grupo 7: Operações ou prestações em que o destinatário estiver localizado em outro país.
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 DESCRIÇÃO DA OPERAÇÃO OU PRESTAÇÃO
1.101 2.101 3.101 Compra p/industrialização ou produção rural
1.102 2.102 3.102 Compra p/comercialização
1.126 2.126 3.126 Compra p/utilização na prestação de serviço
1.151 2.151 Transferência p/industrialização ou produção rural
1.152 2.152 Transferência para comercialização
1.201 2.201 3.201 Devolução de venda de produção do estabelecimento
31
1.202 2.202 3.202 Devolução de venda de mercadoria adquirida/rec de terceiros
1.251 2.251 3.251 Compra de energia elétrica p/distribuição ou comercialização
1.252 2.252 Compra de energia elétrica por estabelecimento industrial
1.253 2.253 Compra de energia elétrica por estabelecimento comercial
1.352 2.352 3.352 Aquisição de serviço de transporte por estabelecimento industrial
1.353 2.353 3.353 Aquisição de serviço de transporte por estabelecimento comercial
1.401 2.401 Compra p/industrialização ou produção rural em operação com
mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária
1.403 2.403 Compra p/comercialização em operação com mercadoria sujeita ao
regime de substituição tributária
1.551 2.551 3.551 Compra para o ativo imobilizado
1.556 2.556 3.556 Compras de material para uso ou consumo
1.910 2.910 Entrada de bonificação, doação ou brinde
1.911 2.911 Entrada de amostra grátis
Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7 DESCRIÇÃO DA OPERAÇÃO OU PRESTAÇÃO
5.101 6.101 7.101 Venda de produção do estabelecimento
5.102 6.102 7.102 Vendas de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros
6.107 Venda de produçao do estabelecimento, destinada a não
contribuinte
6.108 Venda de mercadoria aquirida ou recebida de terceiros, destinada a
não contribuinte
5.116 6.116 Venda de produção do estabelecimento originada de encomenda
para entrega futura
5.117 6.117 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, originada
de encomenda para entrega futura
5.151 6.151 Transferência de produção do estabelecimento
5.152 6.152 Transferência de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros
5.201 6.201 7.201 Devolução de compra para industrialização ou produção rural
5.202 6.202 7.202 Devolução de compra para comercialização
5.401 6.401 Venda de produção do estabelecimento em operação com produto
sujeito ao regime de substituição tributária, na condição de
contribuite substituto
32
contribuite substituto
5.402 6.402 Venda de produção do estabelecimento de produto sujeito ao
regime de substituição tributária, em operações entre contribuintes
substitutos do mesmo produto
5.403 6.403 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros em
operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição
tributária, na condição de contribuinte substituto
6.404 Venda de mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária,
cujo imposto já tenha sido retido anteriormente
5.405 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros em
operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição
tributária, na condição de contribuinte substituído
5.551 6.551 7.551 Venda de bem do ativo imobilizado
5.553 6.553 7.553 Devolução de compra de bem para o ativo imobilizado
5.556 6.556 7.556 Devolução de material de consumo
5.910 6.910 Remessa em bonificação, doação ou brinde
5.911 5.911 Remessa de amostra grátis
5.922 6.922 Lançamento efetuado a título de simples faturamento decorrente de
venda para entrega futura
Fonte: Anexo IV - Lei 1980/2007
3.2.13 CÓDIGO DA SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA – CST
O Código de Situação Tributária deve ser utilizado na emissão das notas fiscais modelo 1 e 1-A,
e o não cumprimento desta determinação ou incorreção sujeitará a penalidades.
A) Origem da Mercadorias
Código Origem
0 Nacional
1 Estrangeira – Importação Direta
2 Estrangeira – Adquirida no Mercado Interno
Fonte: Anexo IV – Lei 1980/2007
B) Tributação pelo ICMS
33
Código Tratamento Tributário
00 Tributada integralmente
10 Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária
20 Com redução da base de cálculo
30 Isenta ou não tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária
40 Isenta
41 Não Tributada
50 Suspensão
51 Diferimento
60 ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária
70 Com redução de base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição
tributária
90 Outras
Nota Explicativa: O Código de Situação Tributária será composto de três digitos na forma ABB, onde o
primeiro digíto indicará a origem da mercadoria, com base na tabela A, e os segundo e terceiro digítos
a tributação pelo ICMS, com base na tabela B.
Fonte: Anexo IV – Lei 1980/2007
3.2.14 Recuperação do ICMS nas compras de mercadorias para revendas
As empresas que adquirirem mercadorias para revender ou para industrializar, ou ainda para
integrar seu ativo imobilizado tem direito ao crédito do imposto por ocasião da entrada desses itens em
seus estabelecimentos. Quando as empresas efetuarem as saídas das mercadorias ou produtos de seus
estoques, o imposto será cobrado do novo adquirente. De acordo com a legislação tributária, para se
creditar do ICMS, é necessário preencher as seguintes condições:
§ que o ICMS esteja corretamente destacado em documento fiscal hábil, com o atendimento de
todas as exigências da legislação pertinente;
§ que o documento fiscal seja emitido por contribuinte em situação regular perante o fisco, ou
seja, esteja inscrito na repartição competente, encontre-se em atividade no local indicado e
possibilite a comprovação dos demais dados cadastrais impressos no documento;
§ que o documento fiscal hábil seja escriturado no respectivo livro Registro de Entradas, modelo
1 ou 1A.
34
3.2.15 Vendas a Não Contribuintes dentro e fora do Estado
O § 2º do art 6º do Decreto 1980/2007 determina que o IPI não integra a base de cálculo do
ICMS quando a operação for realizada entre contribuintes e o produto for destinado a industrialização
ou à comercialização e configurar fato gerador de ambos os produtos.
Portanto, na venda a não contribuinte do ICMS ou a contribuinte para uso e consumo próprio, o
IPI integra a base de cálculo do ICMS.
3.2.16 Contabilização das compras e vendas de mercadorias/produtos tributação normal
1- Pela compra de matéria-prima pelo estabelecimento industrial, ou mercadorias pelo
estabelecimento comercial:
Débito: Compras de matéria-prima (custo) ou Compras de mercadorias (custo)
Débito: ICMS a recuperar (ativo circulante)
Crédito: Caixa/Bancos c/movimento ( ativo circulante) se for à vista
Crédito: Fornecedores (passivo circulante) se for a prazo
2- Pela venda de produtos/mercadorias pelo estabelecimento industrial ou comercial:
Débito: Caixa/Bancos c/movimento (ativo circulante) se for a vista
Débito: Duplicatas a receber (ativo circulante) se for a prazo
Crédito: Vendas de produtos/Vendas de mercadorias (Receita bruta)
3- Pelo ICMS gerado pela venda:
Débito: (-) ICMS (impostos incidentes sobre as vendas)
Crédito: ICMS a recolher
4- Pelo saldo devedor apurado no período, quando o ICMS
Débito: ICMS a recolher
Crédito: ICMS a recuperar
3.2.17 Contabilização do ICMS da industria ou comercio quando optante do SIMPLES estadual:
1- Pelo ICMS calculado sobre a venda de produtos/mercadorias
D: ICMS (impostos incidentes)
C: ICMS a recolher
3.2.18 Regime Fiscal das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte
35
DECRETO Nº 1190 - 19/07/2007 Publicado no Diário Oficial Nº 7517 de 19/07/2007: O
GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, inciso V,
da Constituição Estadual, e considerando o disposto na Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de
2006, que institui o Estatuto Nacional das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte e estabelece
normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e
empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios; considerando o disposto na Lei n. 15.562, de 4 de julho de 2007, que estabelece normas
sobre a aplicação, no Estado do Paraná, do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e
Contribuições devidos pelas microempresas e empresas de pequeno porte - Simples Nacional,
relativamente ao ICMS; considerando o art. 13 da Resolução CGSN n. 005, de 30 de maio de 2007, do
Comitê Gestor de Tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - CGSN, o qual determina
a forma de cálculo da parcela relativa ao ICMS a ser recolhida pelos contribuintes enquadrados no
Simples Nacional, no caso de concessão de isenção ou de redução pela unidade federada; DECRETA:
Art. 1° Ficam isentas do pagamento do ICMS as microempresas e empresas de pequeno porte
estabelecidas neste Estado e enquadradas no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e
Contribuições - Simples Nacional, instituído pela Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006,
cuja receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao do período de apuração não ultrapasse R$
360.000,00 - trezentos e sessenta mil reais - (art. 2º da Lei n. 15.562/2007).
Art. 2º. A base de cálculo do imposto será apurada considerando os seguintes percentuais de redução
aplicados sobre a receita bruta do período de apuração, e o imposto devido mensalmente será determinado
mediante a aplicação da alíquota do ICMS prevista nos Anexos I e II da Lei Complementar n. 123/2006
(art. 3º da Lei n. 15.562/2007):
eceita Bruta em Percentual de redução da BC a ser considerado
Até 360.000,00 isenta
De 360.000,01 a 480.000,00 73,96%
De 480.000,01 a 600.000,00 58,66%
De 600.000,01 a 720.000,00 52,72%
De 720.000,01 a 840.000,00 46,34%
De 840.000,01 a 960.000,00 36,12%
De 960.000,01 a 1.080,000,00 32,44%
De 1.080.000,01 a 1.200,000,00 26,88%
De 1.200.000.01 a 1.320.000,00 28,28%
36
De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 25,06%
De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 22,71%
De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 20,63%
De 1.680.000.01 a 1.800.000,00 18,96%
De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 23,65%
De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 20,55%
De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 17,91%
De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 15,65%
De 2 280.000,01 a 2.400.000,00 13,92%
3.3 EXERCICIOS
1 – No que diz respeito ao Imposto sobre Produtos Industrializados, nasce a obrigação tributária:
a- com a constituição do crédito tributário
b- com a previsão da hipótese de incidência NO Código Tributário
c- com o lançamento, por declaração, do crédito tributário
d- com a ocorrência do fato gerador
e- com a autorização prevista no inciso V do art 21 da Constituição Federal
2- A seletividade das alíquotas do IPI tem como critério:
a- a compensação entre crédito (compras) e débitos( vendas)
b-a uniformidade das alíquotas
c- a essencialidade dos produtos
d- a não-incidência na exportação dos produtos exportados para o exterior
e- alíquotas mais elevadas na importação de produtos estrangeiros
4- Entre os estabelecimentos a seguir enumerados, assinale aquele caracterizado no RIPI como
equiparado a estabelecimento industrial:
a- filial atacadista de estabelecimento exportador
b- importador de produtos de procedência estrangeira, a que der saída;
c- industrializador de bebidas alcoólicas
d- recondicionador de objetos usados, para revenda a terceiros;
e- estabelecimento comercial varejista de produtos importados, adquiridos de terceiros no mercado
interno
37
5-De acordo com o critério da essencialidade:
a – a alíquota do IPI de um produto varia em proporção direta a sua necessidade, ou seja, quanto maior
a necessidade e grau de essencialidade, maior será a alíquota do IPI
b- a alíquota do IPI de um produto independe da sua necessidade
c- a alíquota do IPI de um produto varia em proporção inversa a sua necessidade
d- os produtos não essenciais são tributados com alíquotas menos elevadas de IPI
6- Assinale a(s) alternativa(s) correta(s). Pode haver mais de uma:
a- nas empresas industriais, os tributos indiretos – IPI e ICMS – pagos pela empresa compradora em
decorrência da aquisição de matérias-primas, materiais de embalagem e demais mercadorias utilizadas
na produção representam, de acordo com a legislação pertinente, créditos da empresa compradora junto
ao governo;
b- os valores dos impostos recuperáveis pagos na aquisição das matérias-primas e demais materiais
utilizados na produção devem compor o custo de aquisição que será incorporado aos estoques desses
materiais;
c- uma empresa industrial adquiriu 3.000 quilos de matérias-primas para uso na industrialização,
pagando ao fornecedor o total de R$ 201.219,51, incluindo 18% de ICMS e R$ 18.292,68 de IPI. Com
base nessas informações, o estoque de matérias-primas deve registrar como custo unitário de compras o
valor de R$ 50,00
d- nas vendas de ativo imobilizado para uma empresa comercial, o valor do IPI deve integrar a base de
cálculo do ICMS;
e- nas vendas de materiais de consumo para uma empresa industrial, o valor do IPI não deve integrar a
base de cálculo do ICMS.
7- Assinale a alternativa correta:
a- caracteriza-se como industrialização o beneficiamento que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de
qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto.
b- não se constituem fato gerador do ICM as entradas de mercadorias importadas no estabelecimento
de contribuinte comercial, industrial ou produtor.
c- para que uma empresa comercial se credite do IPI, há a necessidade de que o IPI seja destacado em
documento fiscal emitido pelo fornecedor.
38
d- são contribuinte do IPI todas as pessoas jurídicas que praticam operações concernentes à circulação
de mercadorias.
8- Assinale a alternativa correta:
a- o fato gerador do ICMS corresponde à circulação de mercadorias ou à prestação de serviços
constantes da lista – ou relação – anexa à Lei Complementar
b- são equiparadas à industria os estabelecimentos importadores, inclusive suas filiais, que exerçam o
comércio de produtos importador, salvo se operarem exclusivamente no varejo
c- não se caracteriza como industrialização o processo de montagem que consiste na reunião de
produtos, peças e partes que resultem em novo produto.
d- o direito ao crédito do IPI extinguir-se-á no prazo de quatro anos, a partir da emissão pelo
fornecedor do documento fiscal hábil;
g- as industrias não podem se creditar do ICMS pago nas contas de energia elétrica utilizada pela
fábrica.
9- Com relação à legislação do IPI, podemos afirmar:
a- não são equiparadas à industria as filiais dos estabelecimentos industriais, na venda de seus produtos
b- não se constitui como um dos fatos geradores do IPI o desembaraço aduaneiro de produtos
importados
c- caracteriza-se como industrialização o acondicionamento ou recondicionamento que importe alterar
a apresentação do produto, pela colocação de embalagem que se destine a dar nova configuração
d- em todos os meses em que uma empresa INDUSTRIAL gastar mais na compra de matérias-primas
do que receber pelas vendas dos produtos acabados, ela terá, no final do mês, saldo a recolher de IPI.
10- Com relação à legislação do ICM e do IPI, podemos afirmar:
a- a simples circulação de mercadorias entre filiais de uma mesma empresa industrial não se caracteriza
como fato gerador do ICMS
b- o fato gerador do ICMS se restringe à circulação de produtos industriais e ao desembaraço de
produtos importados
c- a base de cálculo do ICMS é o valor da operação com mercadorias, não incluindo as importâncias
acessórias, tais como seguros e fretes pagos pelo comprador
39
d- são contribuintes do IPI todas as pessoas jurídicas que praticam operações que envolvam a
circulação de mercadorias
e- a base de cálculo do IPI dos produtos importados inclui os tributos e os encargos cambiais pagos
pelo importador.
11- Considere as três assertativas a seguir:
- não se considera estabelecimento industrial o que executa operações de que resulte produto
tributado, quando a alíquota for zero
- não se equiparam a estabelecimento industrial os estabelecimentos importadores de produtos de
procedência estrangeira, que dêem saída a esses produtos, se não realizarem qualquer operação que
modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto,
ou o aperfeiçoe para o consumo
- não se considera industrialização o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em
embalagem de apresentação.
a- as três assertativas são falsas
b- é falsa apenas a primeira assertativa
c- é falsa apenas a segunda assertativa
d- é verdadeira apenas a última assertativa
e- são verdadeiras as duas últimas assertativas
12- Não se considera industrialização a operação:
a- definida como tal, mas que esteja incompleta, ou seja, parcial ou intermediária
b- que, exercida sobre matéria-prima ou produto intermediário, importe na obtenção de espécie nova
c- que apenas modifique, aperfeiçoe ou altere o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a
aparência do produto
d- que altere a apresentação do produto, pela colocação da embalagem, quando esta se destine ao
transporte da mercadoria
e- que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade
autônoma, som a mesma classificação fiscal.
13- Na escrituração contábil de uma empresa comercial, foi efetuado o seguinte lançamento de
registro de mercadorias para revenda:
40
Mercadorias 800.000,00
A Caixa 800.000,00
Sabendo que o registro se refere a uma nota fiscal com as seguintes características:
Aquisição de 6.400 unidades de mercadorias a R$ 125 cada R$ 800.000,00
IPI destacado na Nota fiscal do fornecedor R$ 120.000,00
Total da nota fiscal do fornecedor R$ 920.000,00
Sabendo ainda que a mercadoria sujeita ao ICMS de 12% e que a empresa comercial não é
equiparada a industrial para efeito do IPI, pode -se afirmar que o lançamento contábil:
a- está correto, apesar de não registrar o destaque do ICMS
b- não está correto porque não contabilizou o ICMS e o IPI como impostos a recuperar
c- não está correto, porque não registrou o destaque do ICMS a recuperar, sendo que o IPI deve ser
contabilizado como custo das mercadorias
d- está correto, a pesar de não registrar o destaque do IPI
e- Não está correto, porque não registrou o destaque do IPI a recuperar, sendo que o ICMS deve ser
contabilizado como custo das mercadorias
14- Em 25 de março, a firma Mento Ltda pagou o total de R$ 210,00 na aquisição de 4 mesas,
com a finalidade de revede -las. Esse valor contém o preço das mesas com incidência de R$ 34,00
de ICM e de R$ 10,00 de IPI. Após contabilizar essa aquisição de mercadorias, a empresa deverá
registrar nos controles de estoques de mesas para revendas o valor unitário de:
a- R$ 44,00
b-R$ 50,00
c- R$ 46,50
d- R$ 52,50
e- R$ 41,50
15- Uma empresa contribuinte do ICMS, mas não contribuinte do IPI, deve registrar como custo
das mercadorias adquiridas para revenda, quando cobrados esses dois impostos:
a- incluindo o IPI, excluindo o ICMS
b- incluindo o ICMS e excluindo o IPI
c- incluindo o ICMS e o IPI
d- excluindo o ICMS e o IPI
e- excluindo o ICMS e o IPI, mas incluindo o ICMS relativo à revenda
41
16- A Companhia Alfa adquiriu matérias-primas para serem utilizadas na produção. A nota
fiscal do fornecedor continha os seguintes dados:
- valor das matérias-primas R$ 1.000,00
- IPI R$ 200,00
- Valor total da nota fiscal R$ 1.200,00
- ICMS destacado na nota fiscal R$ 170,00
Sabendo que o IPI e o ICMS são impostos recuperáveis para a empresa, assinale a alternativa que
contém o valor que poderá ser computado no custo das matérias-primas:
a- R$ 630,00
b- R$ 830,00
c- R$ 1.030,00
d- R$ 1.170,00
e - R$ 1.200,00
17- Uma empresa comercial adquiriu em abril mercadorias para comercialização, como segue:
- Valor das mercadorias, incluindo o ICMS R$ 2.000.000
- Fretes pagos ao fornecedor R$ 20.000
- IPI= 10%
- ICMS destacado na Nota= 18%
No mês de abril, a empresa vendeu 40% dessas mercadorias. Com base nessas informações,
assinale a alternativa correspondente ao saldo em 30 de abril dos estoques de mercadorias para
comercialização, supondo que não havia saldo anterior em estoques:
a- R$ 1.200.000
b- R$ 742.560
c- R$ 993.840
d- R$ 1.113.840
e- R$ 1.856.400
18- Com base nas informações a seguir, assinale a alternativa correspondente ao custo unitário
de aquisição da matéria-prima que será registrado no estoque.
A Industria de Autopeças Gavião Ltda. adquiriu em dezembro 1.900 quilos de matéria-prima Y, de um
fornecedor localizado no interior do estado. O preço de venda do fornecedor é de R$ 130,00 por quilo,
42
mais 20% de IPI. O comprador pagou mais R$ 8.700,00 de frete intermunicipal. O ICMS corresponde
a 18%:
a- R$ 100,00
b-R$ 130,00
c-R$ 136,35
d-R$ 106,60
e-R$ 110,36
19- A Industria de Autopeças Gavião Ltda, citada anteriormente adquiriu em dezembro 9.000
caixa de papelão para embalagem das peças fabricadas e vendidas. Pagou ao fornecedor o total
de R$ 33.000,00, incluindo R$ 3.000,00 de IPI. Contratou a Transporte Irmãos Tartaruga para o
transporte desse material do fornecedor até a fábrica, tendo gasto R$ 1.300,00 com o frete. Com
base nas informações, assinale a alternativa correspondente ao custo de aquisição de cada caixa
de papelão, sabendo que o ICMS corresponde a 18%:
a- R$ 2,60
b-R$ 2,85
c-R$ 3,66
d-R$ 3,21
e-R$ 3,48
20- Uma empresa industrial adquire matéria-prima por R$ 50.000,00, obtendo um desconto
comercial de 10%. A nota fiscal inclui ICMS de R$ 6.000,00 e IPI R$ 5.000,00. Cons iderando que
a empresa é contribuinte do ICMS e do IPI, a matéria-prima ser´pa debitada por:
a- R$ 34.000,00
b-R$ 35.000,00
c- R$ 39.000,00
d- R$ 45.000,00
e- E$ 50.000,00
21 – O ICMS é um imposto que incide, segundo a Constituição Federal:
a- exclusivamente nas operações de circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação
b- realizadas por comerciantes, produtores e industriais
43
c- realizadas exclusivamente por comerciante e independente
d- exclusivamente nas operações realizadas por produtores e industriais
e- nas saídas de mercadorias, desde que um dos participantes seja produtor
22- O saldo da conta ICMS a Recuperar representa:
a- débito da empresa com o governo
b- crédito da empresa com clientes
c- crédito da empresa com fornecedores
d- crédito da empresa com o governo
e- débito da empresa com fornecedores
23- Um lançamento feito corretamente a débito da conta ICMS a Recuperar pode registrar a
apropriação de ICMS incidente sobre mercadorias:
a- vendidas a revendedor
b- recebidas em consignação
c- adquiridas para revenda
d- adquiridas para consumo
e- vendidas diretamente ao consumidor
24- No final do exercício, os registros contábeis de uma empresa comercial de revenda de
mercadorias apresentaram um saldo na conta ICMS a Recuperar maior que o ICMS a Recolher.
Tal situação pode ter sido conseqüência, no período, do seguinte fato:
a- o volume de compras foi maior que o de vendas
b- o volume de vendas foi maior que o de compras
c- a margem de contribuição foi menor do que 50%
d- o custo das mercadorias vendidas foi elevado, acarretando um lucro bruto reduzido
e- o método de contabilização de estoques utilizado foi o de inventário Permanente
25- A empresa Ex-Pedra Ltda, com atividade mista de industria de móveis apresentou em
31/12/2008 o seu BP:
44
BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO 2008
ATIVO PASSIVO Disponível
Caixa Bancos c/Movimento Duplicatas a receber Cartões de Crédito a Receber Estoques
Estoque de Mercadorias
52.800,00 48.700,00 86.100,00 48.200,00
240.000,00
Circulante Fornecedores Financiamento
168.500,00 172.500,00
Soma do circulante 475.800,00 Soma do circulante 341.000,00
Exigível a longo prazo
Financiamentos
50.000,00 Permanente
Imobilizado Instalações Comerciais (balcões,vitrines) Imóveis e Benfeitorias Móveis e Utensílios Equipamentos de informática Veículos (-) Depreciações acumuladas Instalações comerciais Móveis e Utensílios Equipamentos informática Veículos
85.000,00 432.000,00 26.000,00 48.000,00 68.000,00
2.833,33
866,67 3.200,00 4.533,33
Patrimônio Líquido
Capital Social Lucros acumulados
700.000,00 32.366,67
Soma do permanente 647.566,67 Soma do PL 732.366,67 Total do ativo 1.123.366,67 Total do Passivo 1.123.366,67
No mês de janeiro/2009 teve o seguinte movimento fiscal:
Pede-se: Completar as notas fiscais, efetuar a escrituração fiscal e contábil, apurar o IPI e o ICMS a
recolher ou recuperar no periodo e apresentar as Demonstrações contábeis.
Industria A Barateira Ltda
Rua das Perobas sn Cascavel PR
NF nº Saída entrada
Industria Paradão Ltda Rua João da Silva São Paulo SP
NF nº Saída entrada
Natureza da operação
CFOP 5.101
CNPJ: Inscrição Estadual
Natureza da operação CFOP 6.101
CNPJ: Inscrição Estadual
Destinatário: Ex-Pedra Ltda Endereço:
Destinatário: Ex-Pedra Ltda, Endereço:
Dados do produto Dados do produto Descrição unid quant .unit total % IPI Descrição unid quant .unit total % IPI
compensado chap 500 20,00
10 MDF chap 100 42,00 8
Cálculo ICMS Cálculo ICMS
Base de cálculo
ICMS Total produtos Base de cálculo
ICMS Total produtos
seguro Frete Total IPI Total NF seguro Frete 260,0
Total IPI
Total NF
45
ValeTudo Ltda São Paulo SP
NF nº Saída entrada
João e Filho Ltda
Curitiba PR
NF nº Saída entrada
Natureza da operação
CFOP 6.102
CNPJ: Inscrição Estadual
Natureza da operação CFOP 5.101
CNPJ: Inscrição Estadual
Destinatário: Ex-Pedra Ltda Endereço:
Destinatário: Ex-Pedra Ltda Endereço:
Dados do produto Dados do produto Descrição unid quant unit total % IPI Descrição unid quant unit total % IPI
Cola branca kg 100 55,00
0 lixa folh 100 50,00
Cálculo ICMS Cálculo ICMS
Base de cálculo
ICMS Total produtos Base de cálculo
ICMS Total produtos
seguro Frete 120,00
Total IPI Total NF seguro Frete 240,0
Total IPI
Total NF
ValeTudo Ltda
São Paulo SP
NF nº Saída entrada
Industria A Barateira Ltda
Rua das Perobas sn Cascavel PR
NF nº Saída entrada
Natureza da operação
CFOP 6.910
CNPJ: Inscrição Estadual
Natureza da operação CFOP 5.910
CNPJ: Inscrição Estadual
Destinatário: Ex-Pedra Ltda Endereço:
Destinatário: Ex-Pedra Ltda Endereço:
Dados do produto Dados do produto Descrição unid quant unit total % IPI Descrição unid quant unit total % IPI
Cola branca kg 1 55,00
0 compenaso
chap 10 20,00
Cálculo ICMS Cálculo ICMS
Base de cálculo
ICMS Total produtos Base de cálculo
ICMS Total produtos
seguro Frete
Total IPI Total NF seguro Frete
Total IPI
Total NF
O Atacadão Ltda
O atacado da industria moveleira
Londrina PR
NF nº Saída entrada
O Varejo da Industria Cascavel PR
NF nº Saída entrada
Natureza da operação
CFOP 5.102
CNPJ: Inscrição Estadual
Natureza da operação CFOP 5.102
CNPJ: Inscrição Estadual
Destinatário: Ex-Pedra Ltda Endereço:
Destinatário: Ex-Pedra Ltda Endereço:
Dados do produto Dados do produto Descrição unid quant unit total % IPI Descrição unid quant unit total % IPI
compensado desconto 5%
chp 100 25,00 MDF chp 2 45,00
Cálculo ICMS Cálculo ICMS
Base de cálculo
ICMS Total produtos Base de cálculo
ICMS Total produtos
seguro Frete 60,00
Total IPI Total NF seguro Frete Total IPI
Total NF
46
Ex-Pedra Ltda Cascavel PR
NF nº Saída entrada
Ex-Pedra Ltda Cascavel PR
NF nº Saída entrada
Natureza da operação
CFOP 6.101
CNPJ: Inscrição Estadual
Natureza da operação CFOP 6.107
CNPJ/CPF: Inscrição Estadual
Destinatário: Comercio de Moveis Criciúma Ltda Endereço: Criciúma SC
Destinatário: Julio da Silva Endereço: São Paulo
Dados do produto Dados do produto Descrição unid quant unit total % IPI Descrição unid quant unit total % IPI
Camas
unid 100 300,00 8 camas unid 10 300,00 8
Cálculo ICMS Cálculo ICMS
Base de cálculo
ICMS Total produtos Base de cálculo
ICMS Total produtos
seguro Frete 5.000,0
Total IPI Total NF seguro Frete 200,0
Total IPI
Total NF
Ex-Pedra Ltda Cascavel PR
NF nº Saída entrada
Ex-Pedra Ltda Cascavel PR
NF nº Saída entrada
Natureza da operação
CFOP 5.101
CNPJ: Inscrição Estadual
Natureza da operação CFOP 5.107
CNPJ/CPF Inscrição Estadual
Destinatário: Comercio de Móveis Cascavel Ltda Endereço: Cascavel PR
Destinatário: Pedro dos Santos Endereço: Curitiba PR
Dados do produto Dados do produto Descrição unid quant unit total % IPI Descrição unid quant unit total % IPI
camas unid 50 310,00 8 camas unid 3 350,00 8 Cálculo ICMS Cálculo ICMS
Base de cálculo
ICMS Total produtos Base de cálculo
ICMS Total produtos
seguro Frete
Total IPI Total NF seguro Frete 120,0
Total IPI
Total NF
Ex-Pedra Ltda Cascavel PR
NF nº Saída entrada
Comercio d Moveis Criciúma Ltda Criciúma SC
NF nº Saída entrada
Natureza da operação
CFOP 6.201
CNPJ: Inscrição Estadual
Natureza da operação CFOP 6.202
CNPJ/CPF Inscrição Estadual
Destinatário: Industria Paradão Ltda Rua João da Silva São Paulo SP
Destinatário: Ex-Pedra Ltda Cascavel PR
Dados do produto Dados do produto Descrição unid quant unit total % IPI Descrição unid quant unit total % IPI
MDF chap 10 42,00 8 camas unid 10 300,00 8 Cálculo ICMS Cálculo ICMS
Base de cálculo
ICMS Total produtos Base de cálculo
ICMS Total produtos
seguro Frete
Total IPI Total NF seguro Frete
Total IPI
Total NF
47
26 -A empresa Paradão Ltda. estabelecida como ramo de comércio de Móveis teve o seguinte
movimento econômico no mês de janeiro/2007:
2.1 Compra a prazo de 200 armários para revenda a R$ 400,00 cada, oriundas do estado de Santa
Catarina, com IPI de 4%.
2.2 Venda de 190 armários a vista para consumidores diversos a R$ 600,00 cada, no estado do Paraná.
2.3 compra de 120 mesas a R$ 50,00 cada, adquiridas de um comércio atacadista do estado do Paraná.
2.4 Venda de 120 mesas a R$ 80,00 cada uma para um estabelecimento varejista estabelecido no estado
do Paraná
Pede-se determinar o estoque de mercadorias através da MPM e fazer a apuração do IPI e do
ICMS a recolher ou a recuperar.
27- Determine o SIMPLES estadual (ICMS) a recolher nas seguintes situações:
Receita Bruta R$
Receita bruta acumulada últimos 12 meses
Percentual de redução
Base de cálculo Alíquota R$ ICMS Simples
20.000,00 270.000,00
32.000,00 362.000,00
67.000,00 492.000,00
72.000,00 826.000,00
120.000,00 1.318.000,00
167.000,00 1.445.000,00
180.000,00 1.829.000,00
220.000,00 2.085.000,00
268.000,00 2.162.000,00
315.000,00 2.316.000,00
28- Responda as seguintes questões:
a- Destaque os principios constitucionais que regem o ICMS e transcreva o seu entendimento quanto a
esses princípios.
b- Qual é o fato gerador do ICMS o que compreende?
c- Quais são os contribuintes do ICMS?
48
d- Comente a figura do substituto tributário. Qual foi a intenção da legislação ao criar o substituto
tributário?
e- Qual é a base de cálculo do ICMS? Em que circunstâncias o IPI deve ser incluído na base de
cálculo?
f- De acordo com a legislação tributária, quais são as condições que devem ser atendidas para que o
contribuinte possa se creditar do ICMS pago nas compras?
g- Destaque os princípios constitucionais tributários que regem o IPI e transcreva o seu entendimento
quanto a eles.
h- Quais são os fatos geradores do IPI?
i- Quais são os contribuintes do IPI?
j- Qual é a definição legal de industrialização?
k- Qual é a base de cálculo do IPI?
l- De acordo com a legislação tributária, quais são as condições que devem ser atendidas para que o
contribuinte possa se creditar do IPI pago nas compras?
4. TRIBUTOS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO
4.1 Contribuições ao INSS
A contribuição para o INSS a cargo da empresa, sobre o total das remunerações pagas, devidas
ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados empregado e trabalhador avulso,
bem como ao contribuinte individual, além das contribuições previstas do RPS, é de 20%.
A Contribuição para terceiros varia de acordo com a atividade da empresa, a qual é distinguida
pelo código FPAS (Fundo de Previdência e Assistência Social) sendo:
§ 507 – Indústria, transporte ferroviário e de cargas urbano, etc
49
§ 515 – Comércio atacadista, comércio varejista, etc.
4.1.1 Contribuição para terceiros segundo o FPAS:
FPAS S.Educ Incra Senai Sesi Sebrae Senac Sesc TOTAL
507 2,5 0,2 1,0 1,5 0,6 5,8
515 2,5 0,2 0,6 1,0 1,5 5,8
4.1.2 Contribuição para o RAT – Risco Ambiental do Trabalho
§ risco leve: 1%
§ risco médio: 2%
§ risco grave: 3%
4.1.3 Tabela de Contribuição dos Segurados Empregado, Empregado Doméstico e Trabalhador Avulso, para Pagamento de Remuneração a Partir de 1º de Janeiro de 2008
SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO (R$) ALÍQUOTA % 8,00 9.00 11,00
4.1.4 Contabilização da Folha de pagamento e das obrigações para com o INSS
1- Pela Folha de pagamento – salario bruto, horas extras, adicionais, salário familia e desconto do
INSS
Débito: Ordenados e Salários (Custo ou Despesas com pessoal) – sem descontos
Débito: INSS a recolher ( passivo circulante) - pelo salário familia a pagar
Crédito: Salários a pagar (passivo circulante) – pelo líquido a pagar ao empregado
Crédito: INSS a recolher (passivo circulante) – pelo desconto feito sobre a folha
2- Pelos encargos da empresa, parte empresa, terceiros e RAT (20% + 5,8+ 1,2 ou 3%)
Débito: INSS (Custo ou Despesas com pessoal)
Crédito INSS a recolher (passivo circulante)
3. Provisão para Férias e 13º Salário
D: Férias (Custo ou despesas com pessoal
C: Provisão p/férias a pagar (Passivo circulante)
D: 13º salário (Custo ou despesas com pessoal)
50
C: Provisão p/13º salário (Passivo Circulante)
4.2 Contribuições ao FGTS
O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço foi instituido em 1966 e regido, atualmente pela
Lei 8.036 de 1990, representa uma reserva constituida por depósitos realizados pelo empregador com
base na remuneração do empregado, a ser utilizado por esse nos seguintes casos:
§ Demissão do trabalhador sem justa causa
§ Termino do contrato por prazo determinado
§ Aposentadoria
§ Suspensão do trabalho avulso
§ Falecimento do trabalhador
§ Quando o trabalhador ou quelquer de seus dependentes for portador do vírus HIB
§ Quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for acometido de neoplastia maligna
(câncer)
§ Permanência da conta sem depósito por três anos ininterruptos, para os contratos rescindidos até
13/07/1990 e para os demais; permanência do trabalhador por igual período fora do regime do
FGTS;
§ Recisão do contrato por culpa recíproca ou força maio
§ Recisão do contrato por extinção total ou parcial da empresa
§ Ocorrência de calamidade pública que tenha afetado a residência do trabalhador, devidamente
reconhecida pelo governo federl e observadas as demais exigências da lei
§ Compra da casa própria
§ Pagamento de parte do saldo devedor das prestações de finanaciamento do SFH
§ Amortização e/ou liquidação de saldo devedor de financiamento do SFH
§ Aplicação em FMP/FGTS, quando da venda de empresas públicas.
A empresa deve recolher ao FGTS 8% da remuneração mensal do empregado, em conta deste,
na Caixa Econômica Federal. No caso de despedida sem justa causa, o empregador pagará uma multa
de 40% sobre o saldo da conta vinculada do trabalhador na Caixa Econômica Federal, que deverá
fornecer o respectivo extrato a tempo para a homologação da recisão do contrato de trabalho.
Juntamente com a multa, deverá ser recolhida a contribuição de 10%, sobre o monatnte dos depósitos
da conta do empregado
51
4.2.1 Contabilização do FGTS
1- Pelos encargos mensais
Débito: FGTS (Despesas com pessoal)
Crédito: FGTS a recolher (ativo circulante)
2- Pelo recolhimento
Débito: FGTS a recolher (passivo circulante)
Crédito: Caixa ou Bancos c/movimento (ativo circulante)
4.3 IRRF sobre Rendimentos do Trabalho
De acordo com o RIR, o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) incidente sobre os rendimentos
do trabalho tem como fato gerador o pagamento de salário, inclusive adiantamento de salário a
qualquer título, indenização sujeita à tributação, ordenado, vencimento, provento de aposentadoria,
reserva ou reforma, pensão civil ou militar, soldo, pró-labore, comissão, benefício da previdência
Social ou privada, remuneração de conselheiro fiscal e de administrador, diretor e administrador de
pessoa jurídica, titular de empresa individual, gratificação e participação dos dirigentes nos lucros,
participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa e demais remunerações decorrentes
de vículo empregaticio, recebido por pessoas físicas residentes no Brasil (Oliveira, 2005).
O imsposto é calculado mediante a utilização da tabela progressiva mensal, divulgada no site da
SRF (www.receita.fazenda.gov.br):
Tabela Progressiva mensal a partir de janeiro 2009:
Base de cálculo mensal em R$ Alíquota (%) Parcela a deduzir do imposto em R$
Até 1.434,59
De 1.434,60 a 2.866,70
Acima de 2.866,70
-
15,0
27,5
-
215,19
573,52
Dedução por dependente R$ 144,20.
Para fins de apuração da base de cálculo a ser tributada, poderão ser deduzidas do rendimento
bruto, além dos dependentes:
§ As importâncias pagas a título de pensão alimentícia quando em cumprimento de decisão
judicial ou acordo homologado judicialmente.
52
§ As contribuições para a previdência social da União, Estados, Distrito Federal e dos
Municípios, as contribuições para as entidades de previdência privada domiciliadas no Brasil
(Oliveira, 2005)
EXERCICIOS
1- Preencha a tabela a seguir, anotando alguns dos encargos sociais sobre a folha: Encargos sobre a folha %
Contribuição ao INSS – parte empresa Contribuição para terceiros Seguro de acidente do trabalho – risco grave Fundo de garantia por Tempo de Serviço 2- A empresa elaborou a folha de pagamento de pessoal da área administrativa com salários no
montante de R$ 30.000,00. É de 39,8% a alíquota total da Previdência, sendo 11% da parte dos
empregados e 28,8% da parte patronal. A contabilização dos encargos da empresa com a
Previdência é:
a) Despesas com salários
a Contribuições a Recolher R$ 3.300,00
b) Despesas com Previdência
a Contribuições a Recolher R$ 8.640,00
c) Despesas Com previdência
a Contribuições a Recolher R$ 11.940,00
d) Despesas com Salários
a Contribuições a Recolher R$ 30.000,00
3- O contador da Empresa Gama, quando estava encerrando as demonstrações contábeis do
exercício de 2006, recebeu do Departamento Pessoal uma relação contendo os valores que deveria
provisionar sobre férias dos empregados. Notou, então, que alguns funcionários não constavam
da lista. Consultando o Depto. Pessoal, recebu a informação de que esses funcionários haviam
tido um númeron excessivo de faltas, e que, por isso, não tinham direito a férias. A resposta do
Depto. Pessoal está correta?
a- Sim, pois as faltas injustificada afetam a gradação alusiva ao período das férias
b- Sim, pois as faltas injustificadas ao trabalho devem ser descontadas do período das férias
c- Sim, pois se as faltas injustificadas ao trabalho não tiverem sido descontadas no salário, refletirão
nas perdas das férias
53
d- Não, pois as flatsa injustificadas ao trabalho são irrevelantes para efeito de férias
e- Não, pois as flatsa injustificadas ap trabalho devem ser apenas descontadas no salário do empregado,
não repercutindo nas férias
4- Determinada empresa costuma contabilizar as férias de seus funcionários somente no período
de seu efetivo pagamento, com base na seguinte justificativa: Em realidade, só há o surgimento
da obrigação, a partir do mês do efetivo usufruto das férias por parte do funcionário.” Essa
afirmação:
a- está correta, pois observa o Princípio da Prudência
b- está incorreta, pois observa inobserva, entre outros, o Princípio da Competência no que diz respeito à
inclusão na apuração do resultado do período da ocorrência
c- está correta, pois observa, entre outros, o Princípio da Oportunidade
d- está incorreta, pois inobserva o Princípio da Prudência, que deterrmina, sempre que surge um
passivo, a adoção do maior valor para o registro
5- Assinale a alternativa correta:
a- O Imposto de Renda retido na fonte dos funcionários da produção deve ser contabilizado como custo
de produção no mês de competência
b- O fundo de garantia do tempo de serviço dos funcionários administrativos não deve ser
contabilizado como despesas da empresa, visto que o valor depositado será revertido para os
trabalhadores, quando de sua demissão
c- O Imposto de Renda retido na Fonte dos funcionários da administração deve ser contabilizado como
despesa, no mês em que os salários forem pagos
d- As empresas devem recolher a contribuição social para a previdência descontada dos funcionários,
assim como a contribuição social para a previdência social devida pelo empregador
e- Uma empresa que tenha iniciado suas atividades em 20 de fevereiro de 2006 não precisará constituir
a provisão para férias em 31 de dezembro de 2006, data do encerramento das demonstrações contábeis,
visto que não terá nenhim empregado com férias vencidas e não pagas
6- A folha de pagamentos de uma empresa resume os valores financeiros de todos os empregados,
especificando as parcelas de salários, descontos relativos aos encargos sociais, imposto de renda,
adiantamentos e outros. A contabilização da folha de pagamentos segue as mesmas normas
54
básicas aplicáveis aos fatos contábeis em geral. Relativamente a esse assunto, julgue os itens a
seguir e assinale as alternativas corretas:
a- as despesas/custos de salários de uma empresa são representados pelos valores líquidos
desembolsados, ou seja, depois de deduzidos os encargos sociais, impostos e demais descontos
incidentes sobre os proventos dos empregados
b- as contribuições previdenciárias a recolher compreendem as parcelas da empresa e dos empregados
c- o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) do pessoal que desenvolve tarefas na área de
administração geral deve ser contabilizado como despesa operacional
d- das contribuições previdenciárias a recolher e o FGTS a recolher são parcelas que, devidas e não
pagas, devem ser demonstradas no passivo circulante como saldo devedor
e- o desembolso com adiantamento a empregado implica um registro a débito da conta de
adiantamentos a empregados e a crédito de uma das contas das disponibilidades
7- Assinale as alternativas corretas:
a- uma empresa que apurar prejuízo em determinado período contábil não poderá constituir a provisão
para férias e 13º salário
b- o valor das contribuições para a previdência social descontadas dos funcionários da fábrica deve ser
contabilizado como custo da produção
c- a legislação tributária aceita como dedutível o provisionamento dos encargos sociais, devido pelas
empresas, incidentes sobre as férias dos funcionários
d- o IBRACON considera correto o procedimento de reconhecer contabilmente os custos e as despesas
com as férias e 13º salário somente por ocasião do pagamento desses benefíc ios aos funcionários
a provisão para férias deve ser classificada no Passivo Circulante
8- Calcule os encargos sociais e trabalhistas de uma industria sobre uma folha de pagamento de
R$ 8.200,00 mensais. Faça os lançamentos correspondentes.
Salário 13º salário 1/12 Férias 1/12 + 1/3 INSS FGTS total
9. Calcular os encargos sociais e trabalhistas o salário de um empregado R$ 1.200,00 e foram
realizadas 15 horas extras diurnas. Fazer os lançamentos correspondentes
salário H extras DSR 13º salário Férias INSS FGTS Total
1.200,00
55
220 horas mensais 44 horas semanais
OBS: Oras extras diurnas com 50% de acréscimo
DSR : HE/25 x 5
10- Calcular os encargos sociais e trabalhistas do período sendo o salário mensal de 6.600,00 e o
pro labore R$ 2.000,00
Remuneração 13º salário Férias INSS FGTS Total
11. Elabore a folha de pagamento da Empresa ExPedra Ltda., calcule os encargos trabalhistas e
sociais, e faça os respectivos lançamentos , sabendos-e que o grau de risco da empresa é grave e
que seu quadro de funcionários é composto de:
Produção: Empregado Dependentes
IR Dependentes
Sal.familia Salário adicional Horas
extras faltas Vale
transporte A 3 2 900,00 Insalub 20% 8 1 dia sim
B 2 1 960,00 periculosid 9 2 dias sim C 4 3 580,00 ----- 5 sim
Administração: Empregado Dependentes
IR Dependentes
Sal.familia Salário adicional Horas
extras faltas Vale
transporte D 840,00 4 sim
E 2 1 1.480,00 5 não F 1 1.600,00 8 não
Direção: Diretor Dependentes
IR Dependentes
Sal.familia Salário adicional Horas
extras faltas Vale
transporte G 2 1 3.000,00
H 1 3.000,00 OBS: insalubridade: 10, 20 ou 40% sobre o salário mínimo regional Periculosidade: 30% sobre o salário do empregado Adicional noturno: 20% s/ hora diurna
56
PRODUÇÃO Empregado Salário H E adicional DSR Faltas Subtotal Sal família IRRF INSS Vale transp Líquido receb Somas ADMINISTRAÇÃO Empregado Salário HE adicional DSR Faltas Subtotal Sal família IRRF INSS Vale transp Líquido receb Somas DIREÇÃO Diretor Salário H E adicional DSR Faltas Subtotal Sal família IRRF INSS Vale transp Líquido receb Somas TOTAIS Encargos trabalhistas e sociais Produção
13º Salário Férias INSS FGTS Parte empresa RAT Terceiros
administração
13º Salário Férias INSS FGTS Parte empresa RAT Terceiros
Direção
13º Salário Férias INSS FGTS Parte empresa RAT Terceiros
57
LIVRO RAZÃO Nº Conta Débito Crédito
58
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO
RECEITA OPERACIONAL BRUTA Vendas produtos no mercado interno Vendas produtos no mercado externo
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Vendas Canceladas Descontos Incondicionais vendas mercado interno ICMS ISS PIS s/Fat COFINS
(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS Compras Matéria prima Compras Matéria Secundaria Compras de Material de Consumo Ordenados e Salários INSS FGTS 13º Salário Férias
(=) LUCRO BRUTO OPERACIONAL (-) DESPESAS OPERACIONAIS (-)Despesas Administrativas Ordenados e Salários Honorários profissionais Pró-labore INSS FGTS
(+) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS Descontos Recebidos Bonificações Recebidas
(=) LUCRO OPERACIONAL RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS (+)Ganhos de Capital (-) Perdas de Capital
(=) LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IRPJ E CSLL (-) Provisão p/CSLL (-) Provisão p/IRPJ
(=) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
59
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO Disponível
Caixa Bancos c/Movimento Duplicatas a receber Cartões de Crédito a Receber Estoques
Estoque de Mercadorias
Circulante Fornecedores Financiamento
Soma do circulante Soma do circulante
Exigível a longo prazo
Financiamentos
Soma ELP
Permanente
Imobilizado Instalações Comerciais Imóveis e Benfeitorias Móveis e Utensílios Equipamentos de informática Veículos (-) Depreciações acumuladas Instalações comerciais Móveis e Utensílios Equipamentos informática Veículos
Patrimônio Líquido
Capital Social Lucros acumulados
Soma do permanente Soma do PL Total do ativo Total do Passivo
60
5 TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE O FATURAMENTO
5.1 Imposto Sobre Serviços – ISS
O ISS é de competência dos municípios e incide sobre os serviços prestados pelas empresas –
pessoas jurídicas – ou pelo profissionais autônomos, desde que o fato gerador do serviço já não seja de
competência tributária do Estado ou da União. É o caso da prestação de serviços de telecomunicação,
geração e fornecimento de energia elétrica, transportes, etc. que não são tributados pelo ISS pelo fato
de já serem tributados pelo Estado ou pela União (Oliveira et al, 2003).
Elementos essenciais para a ocorrência do fato gerador do ISS:
§ Efetividade e habitualidade do serviço prestado;
§ Autonomia do serviço prestado, devedndo ser a realização deste em nome próprio;
§ Fianalidade lucrativa da atividade prestada.
5.1.1 Fato gerador
Corresponde à prestação dos serviços constantes da lista - ou relação – anexa à Lei
Complementar, mesmo que a prestação de tais serviços envolva também o fornecimento de
mercadorias (Oliveira et al, 2003). A Lei complementar do ISS de Cascavel encontra-se disponível no
site WWW.cascavel.pr.gov.br, em arquivo de leis, NA 13/2003.
5.1.2 Contribuintes e responsáveis
Os contribuintes desse imposto são os prestadores de serviços, pessoas jurídicas ou físicas, com ou
sem estabelecimento fixo, dos serviços prestados na tabela de cada município. Não são, porém,
considerados contribuintes do ISS:
§ Quem presta serviços com vínculo empregatício;
§ Os trabalhadores avulsos; e
§ Os diretores membros dos conselhos consultivo e fiscal.
A figura do responsável, sujeito passivo indireto obrigado a cumprir o pagamento do tributo em
nome do contribuinte também existe no ISS, porque a legislação municipal pode eleger a pessoa
responsável pelo pagamento do imposto. O município de Cascavel, na NA 13/2003, art 198 exige que o
tomador do serviços retenha e recolha o imposto quando o prestador for de outro município, entre
outros Oliveira et al, 2003).
61
5.1.3 Base de cálculo
A base de cálculo é o preço do serviço, considerada a receita bruta sem nenhuma deduçãi,
excetuando os descontos ou abatimentos concedidos indepentemente de qualquer condição.
No caso de obras civis, alguns municípios admitem deduzir do preço dos serviços o valor:
§ Dos materiais adquiridos de terceiros e aplicados na obra;
§ Das faturas de subempreiteiras, já tributadas anteriormente pelo ISS (Oliveira et al, 2003).
5.1.4 Alíquotas
A fixação da alíquota do ISS é atribuição de cada município. Em Cascavel existem três
alíquotas: 2%, 3% e 5%, de acordo com a tabela da NA 13/2003.
5.1.5 Prazo de recolhimento e período de apuração
Depende da regulamentação de cada município. Em Cascavel o prazo de recolhimento é até o
dia 15 do mês subsequente ao fato gerador e apuração é mensal (Oliveira, et al, 2003).
5.1.6Contabilização do ISS
1- Pela prestação do serviço
Débito: ISS (deduções da receita bruta)
Crédito: ISS a recolher (passivo circulante
2- Pelo pagamento do ISS
Débito: ISS a recolher (passivo circulante)
Crédito: Caixa ou Bancos c/Movimento (ativo circulante).
5.2 Programa de Integração Social – PIS
a) Contribuintes
São contribuintes com base no faturamento mensal as pessoas jurídicas com fins lucrativos
(Oliveira et al, 2003).
b) Base de cálculo
A base de cálculo é a receita bruta de bens e serviços com as seguintes exclusões:
§ as vendas canceladas
§ os descontos incondicionais
62
§ o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
§ o ICMS quando destacado em Nota Fiscal e cobrado pelo vendedor dos bens ou serviços
prestados na condição de substituto tributário (automóveis e refrigerantes)
§ as reversões de provisões
§ as recuperações de créditos baixados como perdas, limitados aos valores efetivamente baixados,
que não representem ingresso de novas receitas
§ as receitas decorrentes das vendas de bens do ativo permanente
§ dos resultados positivos – lucro – obtidos em decorrência de avaliação de investimentos em
participações societárias pelo método da equivalência patrimonial
§ dos lucros e dividendos recebidos ou a receber em decorrência de investimentos em
participações societárias.
c) A contribuição para o PIS não incide sobre:
§ exportação de mercadorias para o exterior
§ prestação de serviços para pessoa física ou jurídica domiciliada no exterior, com pagamento em
moeda conversível
§ vendas a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação.
5.2.1 PIS CUMULATIVO
O PIS cumulativo não permite nenhuma dedução a título de crédito do valor a recolher e
permanecem sujeitas às normas do regime da cumulatividade :
§ as pessoas jurídicas tributadas pelo imposto de renda com base no lucro presumido ou
arbitrado;
§ as pessoas jurídicas optantes SIMPLES;
§ as pessoas jurídicas imunes a impostos;
§ os órgãos, as autarquias e fundações públicas federais, estaduais e municipais e as fundações
cuja criação tenha sido autorizada por lei (Lei 9.718 de 27/11/1998).
§ bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas,
sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário,
sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento
mercantil e cooperativas de crédito, empresas de seguros privados, entidades de previdência
privada, abertas e fechadas, empresas de capitalização, pessoas jurídicas que tenham por objeto
63
a securitização de créditos imobiliários e financeiros e as operadoras de planos de assistência à
saúde;
§ as sociedades cooperativas;
§ receitas decorrentes da prestação de serviços de telecomunicações;
§ receitas decorrentes de prestação de serviços de empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora
e de sons e imagens;
§ receitas de empresas integrantes do Mercado Atacadista de Energia Elétrica (MAE),
§ receitas decorrentes da prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário, metroviário,
ferroviário e aquaviário de passageiros;
§ receitas decorrentes do serviço prestado por hospital, pronto-socorro, casa de saúde e de
recuperação sob orientação médica e por banco de sangue;
§ as receitas decorrentes de prestação de serviços de educação infantil, ensinos fundamental e
médio e de educação superior.
5.2.1.1 Alíquota - 0,65%
5.2.2 PIS NÃO CUMULATIVO (Lei 10.637 de 30/12/2002)
O total das receitas compreende a receita bruta da venda de bens e serviços nas operações em conta
própria ou alheia e todas as demais receitas da pessoa jurídica, exceto:
§ receitas não operacionais, decorrentes da venda de ativo permanente;
§ venda de derivados de petróleo e gás natural, medicamentos e produtos de perfumaria,
máquinas, tratores e veículos, etc., operações de empresas de transporte aéreo ou quaisquer
outras submetidas à incidência monofásica da contribuição;
§ venda de veículos usados, adquiridos para revenda, bem como dos recebidos como parte do
preço da venda de veículos novos ou usados, nas pessoas juríd icas cujo objeto seja a compra e
venda de veículos automotores;
§ preparação composta para bebidas alcoólicas, refrigerantes e cervejas, e embalagens de
alumínio e PET;
§ vendas canceladas e descontos incondicionais;
§ reversão de provisões e recuperações de créditos baixados como perda que não representem o
ingresso de novas receitas;
§ o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido;
64
§ lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição que tenham
sido computados como receita.
5.2.2.1 Alíquota: 1,65%
5.2.2.2 Crédito do PIS Não Cumulativo
As Pessoas Jurídicas que recolher o PIS pelo Regime Mão Cumulativo podem creditar-se do
valor resultado da aplicação da mesma alíquota (1,65% sobre:
§ bens adquiridos para revenda, exceto aqueles que tenham sido adquiridos de pessoa jurídica na
condição monofásica e aqueles submetidos à incidência monofásica da contribuição:
§ bens e serviços utilizados para o insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação
de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes;
§ energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica;
§ aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos pagos a pessoa jurídica, utilizados na atividade
da empresa;
§ despesas financeiras decorrentes de empréstimos, financiamentos e o valor das contraprestações
de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica , exceto de optante pelo Sistema
Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Micro Empresas e das Empresas de
Pequeno Porte – SIMPLES;
§ máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos para
utilização na produção de bens destinados à venda, ou na prestação de serviços; (a ser utilizado
em 24 parcelas mensais).
§ edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas atividades da
empresa;
§ bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integrado o faturamento do mês ou do
mês anterior, e tributada conforme o disposto nesta Lei;
§ armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, quando o ônus for suportado pelo
vendedor;
5.2.2.3 Receitas Financeiras – Não incidência
As empresas que recolherem o PIS pelo Regime não cumulativo não tributarão suas receitas
financeiras.
65
5.2.3 PIS sobre Folha de pagamento (Lei 9.718/1998)
5.2.3.1.Contribuintes A contribuição ao PIS, calculada sobre a folha de pagamento mensal, é devida pelas entidades sem
fins lucrativos, inclusive as fundações definidas como empregadoras pela legislação trabalhista, tais
como:
§ templos de qualquer natureza;
§ partidos políticos;
§ entidades de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações que preencham
as condições e requisitos legais;
§ condomínios de proprietários de imóveis residenciais e comerciais que possuam empregados;
§ Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as organizações estaduais de ccoperativas,
em relação às operações praticadas com cooperados;
§ instituições de educação e de assistência social que não realizem, habitualmente, venda de bens
e serviços e que preencham as condições e requisitos legais;
§ sindicatos, federações e confederações;
§ serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei;
§ conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas;
§ fundações de direito privado.
Alíquotas do PIS/Faturamento e sobre a Folha de Pagamento
1- Regime Cumulativo: 0,65%
2- Regime não Cumulativo: 1,65%
3- Folha de Pagamento: 1%
5.2.3.2.Prazo de recolhimento
Até o último dia útil à quinzena subsequente ao fato gerador.
5.2.4 Contabilização do PIS Cumulativo
1- Pela receita bruta gerada no período
Débito: PIS s/Fat (Impostos incidentes s/vendas)
Crédito: PIS s/Fat a recolher (passivo circulante)
2- Pelo recolhimento do tributo
Débito: PIS s/Fat a recolher
Crédito: Caixa ou Bancos c/Movimento (ativo circulante)
Contabilização do PIS não Cumulativo
66
1- Pelo crédito gerado pelas compras/alugueis, etc
Débito: PIS s/Fat a recuperar (ativo circulante)
Crédito: PIS s/Fat sobre Compras (resultado)
2- Pelo débito originado pelo faturamento do mês
Débito: PIS s/Fat (impostos incidentes sobre as vendas)
Crédito: PIS s/Fat a recolher (passivo circulante)
3- Pelo saldo devedor a recolher
Débito: PIS s/ Fat a recolher (Passivo circulante)
Crédito: Pis s/Fat a recuperar (ativo circulante)
4- Pelo recolhimento do tributo
Débito: PIS s/Fat a recolher (passivo circulante)
Crédito: Caixa ou Bancos c/movimento (ativo circulante
Contabilização do PIS sobre a folha de pagamento – alíquota de 1%
1- Pelo valor a recolher originado no período
Débito: PIS s/Folha de Pagamento (Despesas operacionais)
Crédito: PIS s/Folha de pgto a recolher (passivo circulante)
2- Pelo recolhimento do tributo
Débito: PIS s/Folha de pgto a recolher (passivo circulante)
Crédito; Caixa ou Bancos c/Movimento (ativo circulante)
5.3 COFINS
A COFINS foi instituída para assegurar os direitos relativos à saúde (Lei 1.940 de 25/05/1982),
à previdência e à assistência social e incide sobre o faturamento mensal das pessoas jurídicas, sendo
este entendido como a receita bruta, excluídas as vendas canceladas, os descontos incondicionais, o IPI
e o ICMS quando cobrado pelo vendedor dos bens ou serviços na condição de substituto tributário.
5.3.1 Alíquotas
§ Regime Cumulativo: 3%
§ Regime não Cumulativo: 7,6%
5.3.2 Contribuintes
67
São as pessoas jurídicas em geral e aquelas equiparadas segundo a legislação do Imposto de
Renda, incluindo as instituições financeiras, construtoras e incorporadoras de imóveis.
São isentas da COFINS (Lei 9.718/1998):
§ as microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP), que optarem pelo sistema
integrado de pagamento de impostos e contribuições (SIMPLES), no período em que ficarem
submetidas a este regime, pois a COFINS está incluída no pagamento do imposto simplificado;
§ as sociedade cooperativas quanto aos atos cooperativos próprios de suas finalidades;
§ as sociedades civis de profissão regulamentada;
§ as entidades beneficientes de assistência social que atendam as exigências estabelecidas em lei,
como os asilos, orfanatos, santas casas de misericórdia etc.
5.3.3 Base de cálculo
A receita bruta é a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independente da
atividade exercida ou da classificação contábil. São permitidas as seguintes exclusões (Lei 9.718/98):
§ as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos, o Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações
(ICMS), quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de
substituto tributário;
§ as reversões de provisões operacionais e recuperação de créditos baixados como perda, que não
representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo
valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo
custo de aquisição, que tenham sido computados como receita;
§ as receitas decorrentes da venda de bens do permanente.
5.3.4 Não Incidências da COFINS
§ venda de mercadorias para o exterior (exportação);
§ prestação de serviços para a pessoa física ou jurídica domiciliada no exterior, com pagamento
em moeda conversível;
§ venda a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação.
5.3.5 COFINS Cumulativa
68
A COFINS cumulativa é aplicada às empresa tributadas pelo Lucro Presumido, Lucro Arbitrado
e as demais situações listadas abaixo, e não permite nenhum desconto a título de crédito.
§ as pessoas jurídicas tributadas pelo Lucro Presumido ou Arbitrado;
§ as pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES;
§ as pessoas jurídicas imunes a impostos;
§ bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas,
sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário,
sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento
mercantil e cooperativas de crédito, empresas de seguros privados, entidades de previdência
privada, abertas e fechadas, empresas de capitalização, pessoas jurídicas que tenham por objeto
a securitização de créditos imobiliários e financeiros e as operadoras de planos de assistência à
saúde;
§ os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas federais, estaduais e municipais;
§ as sociedades cooperativas;
§ receitas decorrentes da prestação de serviços de telecomunicações;
§ receitas decorrentes de prestação de serviços de empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora
e de sons e imagens;
§ receitas de empresas integrantes do Mercado Atacadista de Energia Elétrica (MAE),
§ receitas decorrentes da prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário, metroviário,
ferroviário e aquaviário de passageiros;
§ receitas decorrentes do serviço prestado por hospital, pronto-socorro, casa de saúde e de
recuperação sob orientação médica e por banco de sangue;
§ as receitas decorrentes de prestação de serviços de educação infantil, ensinos fundamental e
médio e de educação superior.
5.3.5.1 Alíquota da COFINS Cumulativa: 3 %
5.3.6 COFINS não cumulativa
A LEI nº 10.833 de 29 de dezembro de 2.003, alterou a Legislação Tributária: Art. 1º: “A
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, com a incidência não cumulativa,
tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa
jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil.”
69
Portanto, o total das receitas compreende a receita bruta da venda de bens e serviços nas operações
em conta própria ou alheia e todas as demais receitas da pessoa jurídica, exceto:
§ receitas não operacionais, decorrentes da venda de ativo permanente;
§ venda de derivados de petróleo e gás natural, medicamentos e produtos de perfumaria,
máquinas, tratores e veículos, etc., operações de empresas de transporte aéreo ou quaisquer
outras submetidas à incidência monofásica da contribuição;
§ venda de veículos usados, adquiridos para revenda, bem como dos recebidos como parte do
preço da venda de veículos novos ou usados, nas pessoas jurídicas cujo objeto seja a compra e
venda de veículos automotores;
§ preparação composta para bebidas alcoólicas, refrigerantes e cervejas, e embalagens de
alumínio e PET;
§ vendas canceladas e descontos incondicionais;
§ reversão de provisões e recuperações de créditos baixados como perda que não representem o
ingresso de novas receitas;
§ o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido;
§ lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição que tenham
sido computados como receita.
5.3.6.1 Alíquota da COFINS Não Cumulativa
O Art.2º da Lei nº 10.833 determina que: “Para determinação da COFINS aplicar-se-á, sobre a base
de cálculo apurada conforme o disposto no Art.1º, a alíquota de 7,6% (sete inteiros e seis décimos por
cento.”
5.3.6.2 Créditos da COFINS Não Cumulativa
A alíquota de 7,6% (sete inteiros e seis décimos) da COFINS será aplicada sobre a base de cálculo
apurada. Do valor apurado a pessoa jurídica poderá descontar os seguintes créditos, desde que
adquiridos ou pagos a pessoa jurídica domiciliada no País:
§ bens adquiridos para revenda, exceto aqueles que tenham sido adquiridos de pessoa jurídica na
condição monofásica e aqueles submetidos à incidência monofásica da contribuição:
§ bens e serviços utilizados para o insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação
de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes;
§ energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica;
70
§ aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos pagos a pessoa jurídica, utilizados na atividade
da empresa;
§ despesas financeiras decorrentes de empréstimos, financiamentos e o valor das contraprestações
de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica , exceto de optante pelo Sistema
Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Micro Empresas e das Empresas de
Pequeno Porte – SIMPLES;
§ máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos para
utilização na produção de bens destinados à venda, ou na prestação de serviços; (a ser utilizado
em 24 parcelas mensais).
§ edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas atividades da
empresa;
§ bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integrado o faturamento do mês ou do
mês anterior, e tributada conforme o disposto nesta Lei;
§ armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, quando o ônus for suportado pelo
vendedor;
5.3.7 Receitas Financeiras - Não Incidência da COFINS Cumulativa
As empresas que recolherem a COFINS pelo Regime não cumulativo não tributarão suas
receitas financeiras.
5.3.8 Contabilização da COFINS Cumulativa - alíquota de 3% sobre a receita bruta
1- Pelo faturamento do mês
Débito: COFINS (Impostos incidentes sobre as vendas)
Crédito: COFINS a recolher (passivo circulante)
2- Pelo recolhimento do tributo
Débito: COFINS a recolher (passivo circulante)
Crédito: Caixa ou Bancos c/Movimento (ativo circulante)
5.3.9 Contabilização da COFINS não Cumulativa – alíquota de 7,6%
1- Pelo crédito originado pelas compras de produtos/mercadorias/alugueis, etc.
Débito: COFINS a recuperar (Ativo circulante)
71
Crédito: COFINS s/compras
- Pelo débito originado pelo faturamento do mês
Débito: COFINS (impostos incidentes sobre as vendas)
Crédito: COFINS a recolher (Passivo circulante)
3- Pelo saldo devedor a recolher
Débito: COFINS a recolher (passivo circulante)
Crédito: COFINS a recuperar (ativo circulante)
4- Pelo recolhimento do tributo
Débito: COFINS a recolher (passivo circulante)
Crédito: Caixa ou Bancos c/Movimento (ativo circulante)
5.4 EXERCICIOS
1- Assinale a(s) alternativa(s) correspondente(s) à(s) entidade(s) desobrigada(s) do recolhimento
da COFINS
a- as instituições financeiras
b- as entidades beneficentes de assistência social que cumprem os quesitos estabelecidos em Lei para o
enquadramento como entidades filantrópicas
c- as construtoras
d- as microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP) que optarem pelo sistema integrado
de pagamento de impostos e contribuições (SIMPLES), ni período em que ficarem submetidas ao
regime simplificado
e- as entidades beneficentes de assistência social, mesmo que não cumpram os quesitos estabelecidos
em Lei para o enquadramento como entidade filantrópica
f- as sociedades cooperativas de consumo, com observância do disposto na legislação própria, cujo
objetivo é a compra e o fornecimento de bens aos consumidores
2- Pode -se afirmar em relação à base de cálculo da COFINS (pode haver mais de uma
alternativa):
a- pode ser excluído o ICMS quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na
condição de substituto tributário
72
b-não pode ser excluído o IPI nas empresas contribuintes desse imposto, quando destacado em
separado no documento fiscal
c- fazem parte da base de cálculo os lucros e dividendos recebidos ou a receber em decorrência de
investimentos em participações societárias avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido
contabilizados como receitas
d- não integram a base de cálculo as receitas com a exportação de mercadorias para o exterior
e- a base de cálculo da contribuição é o faturamento mensal, assim considerada a receita bruta de
vendas de mercadorias e serviços de qualquer natureza, sendo irrelevante a atividade e a classificação
contábil das receitas
3- Assinale a alternativa incorreta:
a- nas transações de câmbio, será considerada receita bruta: a diferença bruta positiva entre o preço de
venda e o de compra da moeda estrangeira
b- nas revendas de automóveis, a base de cálculo da COFINS é a diferença entre o preço pelo veículo e
o de venda ao consumidor final
c- os resultados positivos dos ajustes diários ocorridos no mês nas operações no mercado futuro não
integram a base de cálculo da COFINS
d-uma construtora de obras civis que faturou um serviço em janeiro de 2006, mas recebeu em maio,
passa a ser devedora da COFINS em maio
e- as receitas financeiras integram a base de cálculo da COFINS
4- Assinale a(s) alteenativa(s) correta(s):
a- o fato gerador do PIS/PASEP é a obtenção de receita pela pessoa jurídica de direito privado e a folha
de salários das entidades sem fins lucrativos;
b- as pessoas jurídicas optantes pelo regime de tributação do Imposto de Renda com base no lucro
presumido não poderão adotar o regime de caixa para fins da incidência do PIS/PASEP;
c-na base de cálculo doPIS/PASEP das organizações com fins lucrativos, compreende-se como receita
a totalidade das receitas auferidas, independentemente da atividade exercida pela pessoa jurídica e da
classificação contábil adotada para a sua escrituração
d- para efeito de apuração da base de cálculo do PIS/PASEP sobre o faturamento, não podem ser
excluídos ou deduzidos da receita bruta, quando a tenham integrado, os valores das vendas canceladas,
dos descontos incondicionais concedidos e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
73
5- Assinale a alternativa correta:
a- as entidades sem fins lucrativos que não tiverem empregados estão obrigadas ao recolhimento da
contribuição ao PIS/PASEP
b- as gratificações, prêmios, ajudas de custo, comissões, qüinqüênios, 13º salário, férias, etc pagos aos
funcionários de um sindicato não integram a base de cálculo do PIS sobre a folha de pagamento
c- em uma instituição de assistência social que não realiza, habitualmente, venda de bens e serviços, o
cálculo da contribuição para o PIS/PASEP será feito mediante a aplicação do percentual de 1% sobre o
total da folha de pagamento mensal de seus empregados, assim entendidos os rendimentos do trabalho
assalariado de qualquer natureza, tais como salários, gratificações, prêmios, ajudas de custo, comissões,
qüinqüênios, 13º salário, férias etc.
d- nenhuma das anteriores
6- Com base nas informações disponíveis, calcule e contabilize a provisão para a COFINS e para
o PIS, cumulativos e não cumulativos da empresa JJ Ltda em março de 2009
RECEITAS BRUTAS
Vendas de mercadorias para o mercado nacional 110.000,00
Receitas com prestação de serviços – clientes nacionais 30.000,00
Receitas com prestação de serviços – clientes no exterior 10.000,00
Total das receitas bruta 150.000,00
DEDUÇÕES DAS RECEITAS BRUTA
Vendas canceladas 3.000,00
Descontos incondicionais 1.000,00
Imposto sobre produtos industrializados 20.000,00
Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços 15.000,00
Imposto sobre serviços 900,00
Total das deduções da receita bruta 39.900,00
TOTAL DAS RECEITAS LIQUIDAS 110.100,00
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
Compras de mercadorias 30.000,00
Receitas Financeiras 2.000,00
Receitas operacionais decorrentes de ganho de equivalência patrimonial na avaliação de
investimentos em participações societária controladas
7.000,00
Receitas não operacionais decorrentes da venda de ativos imobilizados 40.000,00
74
PIS/FAT COFINS
Base cálculo Cumulativo Não Cumulativo Base cálculo Cumulativo Não Cumulativo
débito
crédito
A recol
A Recu
7- O Município, em relação ao ISS é:
a- contribuinte
b- responsável
c- sujeito ativo
d- sujeito passivo
e- solidariamente obrigado
8- Assinale a situação que poderia constituir fato gerador do Imposto sobre Serviços de Qualquer
Natureza (ISS):
a- venda de gêneros alimentícios pelos supermercados
b-venda de combustíveis por postos revendedores aqui instalados
c-prestação de serviços sob relação de emprego
d- venda de eletrodomésticos pelas lojas de departamentos
e- exibição de filmes pelos cinemas localizados no Município
9- Assinale a alternativa correta:
a- São considerados contribuintes do ISS quem presta serviços como trabalhador avulso, bem como os
diretores e membros dos conselhos consultivos fiscais
b- O ISS incide sobre os serviços relacionados na legislação básica, incluindo a prestação de serviços
de telecomunicações
c- O ISS incide sobre os serviços relacionados na legislação básica. A prestação de qualquer serviço
que esteja expressamente consignado na lista não faz nascer a obrigação de pagar o imposto.
d- O fato gerador do ISS corresponde à prestação de serviços relacionados na lista – ou relação – anexa
à Lei Complementar e à legislação básica dos Municípios, mesmo que a prestação de tais serviços
envolva também o fornecimento de mercadorias
75
10. Responda as questões abaixo:
a) Quais são os elementos essenciais para a ocorrência do fato gerador do ISS?
b) Comente a base legal para a incidência do ISS.
c) Qual é o fato gerador do ISS e quem são os contribuintes desse imposto?
d) Comente a figura do responsável (ou sujeito passivo indireto) pelo pagamento do ISS.
e) Destaque os principais aspectos relacionados com a base de cálculo do ISS.
f) O que você entende por “local da prestação do serviço”?
g) Todas as empresas prestadoras de serviços estão obrigadas a recolher o ISS para o Município onde
estão estabelecidas? Comente possíveis exceções.
6 TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE O RESULTADO
6.1 Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas
O imposto de renda é devido pelas pessoas jurídicas estabelecidas no país e incidirá sobre o
lucro obtido no período. A base de cálculo pode ser o lucro real, presumido ou arbitrado (RIR).
6.1.1 Contribuintes
§ As pessoas jurídicas;
§ As empresas individuais
6.1.2 Imunidades, Isenções e não indidências
§ Templos de qualquer culto
§ Partidos políticos e entidades sindicais dos trabalhadores
§ Instituições de Educação e de Assistência Social
§ Entidades de Previdência Privada
§ Sociedades Beneficientes, Fundações e associações
76
§ Empresas estrangeiras de transportes quando as brasileiras gozarem da mesma prerrogativa;
§ Associações de poupança e empréstimo autorizadas pelo órgão competente, sob a forma de
sociedade civil;
§ Sociedades de investimento com participação de capital estrangeiro
§ A entidade binacional ITAIPU
§ O Fundo Garantidor de Crédito – FGC
§ As sociedades cooperativas que obedecerem ao disposto na legislação específica, quando não
visarem lucro, observando o art 182 do Decreto 3000 de 26/03/1999.
6.1.3.Alíquota
A alíquota para a pessoa jurídica é de 15% sobre a base de cálculo, ou seja, o lucro da
empresa, podendo ser lucro real, presumido ou arbitrado. A parcela que exceder, mensalmente, a R$
20.000,00 fica sujeita à incidência de adicional de 10%.
6.1.3 Contabilização do Imposto e Renda
1- Pelo geração do Imposto
Débito: Provisão p/Imposto de Renda Contas de resultado)
Crédito: Provisão p/ Imposto de Renda a recolher (passivo circulante)
2- Pelo recolhimento do tributo
Débito: Provisão p/Imposto de renda a recolher (passivo circulante)
Crédito: Caixa ou Bancos c/Movimento (ativo circulante)
6.2 Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido – CSLL
6.2.1 Contribuintes
Estão obrigadas a recolher a CSLL todas as pessoas jurídicas domiciliadas no país e aquelas que
lhe são equiparadas pela legislação tributária, com exceção das entidades isentas, as mesmas isentadas
pelo Imposto de Renda. (Lei 7.689 de 15/12/1988)
6.2.2 Alíquota
77
A alíquota da CSLLaté 30 de abril de2008 é de 9% sobre o lucro da pessoa jurídica, podendo
este lucro ser real, presumido ou arbitrado. A partir de 01/05/2008, passará a ser 15% sobre o resultado
da PJ. (art 17 da MP 413).
6.2.3 Bônus de Adimplência
A partir do ano calendário de 2003 as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real ou presumido,
adimplentes com os tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal (SRF) poderão
beneficiar-se do bônus de adimplência instituído pelo art 38 da Lei 10.637/2002.
É considerada adimplente, para efeito de utilização do bônus, a pessoa jurídica, que nos últimos
cinco anos-calendário, NÃO se enquadre em qualquer das hipóteses, em relação a tributos e
contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal:
• lançamento de ofício;
• débitos com exigibilidade suspensa;
• inscrição em dívida ativa;
• recolhimentos ou pagamentos em atraso;
• falta ou atraso no cumprimento de obrigação acessória.
6.2.3.1 Cálculo do Bônus
O bônus de adimplência será calculado aplicando-se o percentual de l% sobre a base de cálculo
da CSLL, relativamente ao ano-calendário em for permitido o seu aproveitamento.Na hipótese de
período de apuração trimestral, o bônus será calculado em relação aos quatro trimestres do ano-
calendário e poderá ser deduzido da CSLL devida correspondente ao último trimestre.
Utilização do Bônus
O bônus será utilizado no último trimestre do ano-calendário, se PJ optante do lucro real
trimestral ou lucro presumido ou no ajuste anual, no caso de PJ tributada com base no lucro anual.
Bônus excedente
A parcela do bônus que não puder ser aproveitada no período de apuração, poderá ser deduzida
nos anos-calendário subseqüentes, da seguinte forma:
a. em cada trimestre, no caso de PJ tributada com base no lucro real trimestral ou presumido;
b. no ajuste anual, no caso de PJ tributada com base no lucro real anual.
6.2.4 Contabilização da CSLL
78
1- Pela geração do tributo
Débito: Provisão p/CSLL (Despesas)
Crédito: Provisão p/CSLL a recolher (passivo circulante)
2- Pelo pagamento do Tributo
Débito: Provisão p/CSLL a recolher
Crédito: Caixa ou Bancos c/movimento (ativo circulante
7 REGIMES DE TRIBUTAÇÃO FEDERAL
7.1 Lucro Presumido
Segundo Fabretti ( 2000, pg.217): “O Lucro Presumido é uma alternativa para as pequenas
empresas, até o limite da receita bruta total estabelecido em lei. Estas, em vez da apuração pelo lucro
real, ou seja, de escrituração contábil, podem presumir esse lucro.”
A opção pelo Lucro Presumido é exercida com o pagamento da primeira ou única quota do
imposto devido correspondente ao primeiro trimestre do ano-calendário e é definitiva para todo o ano.
7.1.1 Algumas empresas são impedidas de optar pelo Lucro Presumido (RIR, Decreto 3000 de
26/06/1999):
• cuja receita total no ano-calendário anterior tenha sido superior ao limite de R$ 48.000.000,00 ou
de R$ 4.000.000,00 multiplicado pelo número de meses do período, quando inferior a doze meses;
• cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento,
caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito
imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos
e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de
seguros privados e de capitalização de previdência privada aberta;
• que auferirem lucros, rendimentos ou ganhos de capital no exterior;
• que, autorizadas pela legislação tributária, queiram usufruir benefícios fiscais relativos à isenção ou
redução do Imposto de Renda;
• que no decorrer do ano-calendário tenham efetuado pagamento mensal do imposto pelo regime de
estimativa, na forma do art.° da Lei n° 9.430/96;
79
• que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber,
compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços
(factorig).
• que exerceram atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis,
enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais haja registro de custo orçado.
As empresas tributadas pelo Lucro Presumido são obrigadas a apurar as bases de cálculo do
Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) no encerramento de
cada trimestre do ano-calendário.
TABELA 02 – PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO DO LUCRO ATIVIDADE %
Revenda para consumo de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural
1,6
Prestação de serviços, pelas sociedades civis, relativo ao exercício de profissões legalmente regulamentadas, prestação de serviços em geral
32
Intermediação de negócios (inclusive representação comercial por conta de terceiros e corretagem de Seguros, imóveis e outros)
32
Administração, locação ou cessão de bens e imóveis (exceto a receita de aluguéis, Quando a pessoa jurídica não exercer a atividade de locação de imóveis)
32
Administração de consórcios de bens duráveis 32 Cessão de direitos de qualquer natureza 32 Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão-de-obra
32
Serviços de transporte, exceto de carga 16 Revenda de mercadorias, vendas de produtos de fabricação própria 8 Industrialização por encomenda (material fornecido pela encomendante) 8 Atividade rural 8 Representação comercial por conta própria 8 Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda execução de obras de construção civil com emprego de materiais
8
Prestação de serviços hospitalares 8 Transporte de cargas 8 Outras atividades não caracterizadas como prestação de serviços 8 OBS: Prestação de serviços receita bruta anual até R$ 120.000,00 – base de cálculo reduzida em
50% = 16%.
O Imposto de Renda é calculado à alíquota de 15% sobre o total da base de cálculo. Para a
parcela do lucro presumido que exceder o limite de R$ 60.000,00 no trimestre, aplicar-se-á a alíquota
80
adicional de 10%. No caso do trimestre incompleto o limite corresponderá ao resultado da
multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período de apuração.
7.1.2 A base de cálculo da CSLL no Lucro Presumido
§ 12% - venda de mercadorias ou produtos.
§ 32% a) prestação de serviços em geral, exceto serviços hospitalares e de transporte;
b) intermediação de negócios; administração, locação ou cessão de imóveis, móveis e
direitos de qualquer natureza.
EXERCÍCIOS
1- O Imposto de Renda tem como fato gerador a aquisião de disponibilidade econômica ou
jurídica:
a- de renda produzida pelo trabalho intelectual
b- de renda produzida pelo trabalho braçal
c- de renda produzida pelo capital
d- de renda produzida pela aplicação no mercado de capitais
e- todas estão corretas
2- Os contribuintes do Imposto de Renda têm a obrigação de preparar e entregar, à Receita
Federal, a declaração anual de rendimentos. Esse dever jurídico é definido como:
a- obrigação principal
b- crédito tributário
c-obrigação acessória
d- fato gerador
e- auto-lançamento tributário
3- Assinale as alternativas incorretas:
a- o fato gerador do Imposto de Renda restringe-se à obtenção de renda em decorrência da aplicação de
capitais
b- entende-se por disponibilidade econômica ou jurídica, de maneira resumida, a obtenção de um
conjunto de bens, valores e/ou títulos por uma pessoa física ou jurídica, passíveis a serem
transformados ou convertido de imediato em numerário
81
c- o Imposto de Renda é um tributo direto, de competência da União
d- em relação às pessoas jurídicas, a ocorrência do fato gerador se dá pela obtenção de resultados
positivos (lucros) em suas operações industriais, mercantis, comerciais e de prestação de serviços, além
dos acréscimos patrimoniais decorrentes de ganhos de capital e outras receitas não operacionais
e- para estar sujeito à tributação pelo Imposto de Renda, a disponibilidade não precisa se caracterizar
como efetivamente adquirida, cogitando-se sua incidência se houver apenas a potencialidade de se
adquirir tais disponibilidades
4- Assinale a alternativa incorreta, em relação ao lucro presumido:
a- a empresa optante pela tributação pelo lucro presumido pode estar recolhendo desnecessariamente
mais tributos, visto que, se fosse efetuada a escrituração contábil, esta poderia demonstrar uma situação
de prejuízo real, ou seja, não haveria lucro real para servir como fato gerador dos tributos;
b- optando pelo lucro presumido, a base de cálculo do Imposto de Renda e Contribuição Social é o
faturamento da pessoa jurídica, o que facilita a apuração dos tributos e representa, sempre, a opção
mais vantajosa para o contribuinte;
c- a introdução pelo fisco do conceito de lucro presumido visou facilitar a apuração da base de cálculo,
para algumas empresas, para a apuração e recolhimento do Imposto de Renda e da Contribuição Social;
d- as pessoas jurídicas que podem se utilizar dessa opção para a tributação estariam dispensadas, para
efeitos somente de apuração do valor do Imposto de Renda e da Contribuição Social, da
obrigatoriedade da escrituração contábil e levantamento periódico das demonstrações contábeis.
5- Não podem optar pelo lucro presumido ( pode haver mais de uma alternativa):
a- todas as pessoas jurídicas cuja receita bruta, no ano-calendário anterior, tenha sido inferior a R$
48.000.000,00, ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 meses;
b- as empresas cujas atividades sejam de instituições financeiras ou equiparadas;
c- as construtoras de imóveis que operam em mais de um estado;
d- as empresa que obtiveram lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior
e- as empresas que exerçam as atividades de factoring
6 - Lucro Presumido - Empresa comercial, com atividade de Supermercado, que tenha manifestado
sua opção pelo Lucro Presumido, apresentou no primeiro trimestre de 2009, as seguintes receitas:
82
RECEITAS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO TOTAL
Vendas a Vista 145.000,00 166.500,00 278.800,00
Vendas a prazo 110.200,00 95.200,00 55.600,00
Subtotal 1
Descontos Incondicionais 1.800,00 2.600,00
Devoluções de vendas 7.300,00
Subtotal 2
Receitas Financeiras 32.000,00 -o- 16.000,00
Total
CALCULAR E DEMONSTRAR: PIS e COFINS
Período Receita bruta PIS/ Fat COFINS
Jan:
Fev:
Mar:
IRPJ – LUCRO PRESUMIDO
Cálculos Receita Bruta Lucro Presumido
1. Receitas Operacionais
2. Receitas não Operacionais
IRPJ
3. Total
15% 10%
CSLL – LUCRO PRESUMIDO
Receitas Receita Bruta Base de Cálculo CSLL
1. Receitas Operacionais
2. Receitas não Operacionais
Lucro Presumido
(-) PIS
(-) COFINS
(-) IRPJ
(-) CSLL
Valor do lucro a ser distribuído no trimestre
83
7- Lucro Presumido
Empresa de Prestação de serviços com atividade de Oficina Mecânica, que tenha manifestado sua
opção pelo Lucro Presumido, apresentou no segundo trimestre de 2009, as seguintes receitas:
RECEITAS Abril maio junho TOTAL
Serviços a Vista 54.450,00 245.540,00 372.230,00
Serviços a prazo 150.240,00 44.720,00 62.170,00
Subtotal 1
Descontos Concedidos 7.260,00
Serviços Cancelados 4.800,00
Subtotal 2
Receitas Financeiras 20.240,00 15.180,00 12.000,00
Vendas do Imobilizado 42.152,00
Total
Período PIS/ Fat COFINS ISS
IRPJ – LUCRO PRESUMIDO
Cálculos Receita Bruta Lucro Presumido
1. Receitas Operacionais
2. Receitas não Operacionais
IRPJ
3. Total
15% 10%
CSLL – LUCRO PRESUMIDO
Receitas Receita Bruta Base de Cálculo CSLL
1. Receitas Operacionais
2. Receitas não Operacionais
84
DISTRIBUIÃO DE LUCROS
Lucro Presumido
(-) PIS
(-) COFINS
(-) IRPJ
(-) CSLL
Valor do lucro a ser distribuído no trimestre
8- LUCRO PRESUMIDO
Empresa com atividade de revenda e manutenção de computadores, que tenha manifestado dus opção
pelo Lucro Presumido, apresentou no 1º trimestre de 2009 as seguintes receitas:
RECEITAS abril maio junho TOTAL
Vendas de mercadorias consumidor final 66.320,00 55,670,00 72.120,00
Vendas de serviços 32.110,00 45.360,00 65.140,00
SUBTOTAL 1
Devolução de vendas 1.600,00
Descontos incondicionais vendas 1.420,00
Serviços Cancelados 600,00 2.300,00
Descontos Incondicionais Serviços 800,00
Subtotal 2
Compras mercadorias 26.860,00 35.400,00 58.600,00
Subtotal 3
Receitas de Aluguéis 7.200,00 10.000,00 12.000,00
Vendas do Imobilizado 5.200,00 4.600,00
Total
Período PIS/ Fat COFINS ISS ICMS
85
IRPJ – LUCRO PRESUMIDO
Cálculos Receita Bruta Lucro Presumido
1. Receitas Operacionais
2. Receitas não Operacionais
IRPJ
3. Total
CSLL – LUCRO PRESUMIDO
Receitas Receita Bruta Base de Cálculo CSLL
1. Receitas Operacionais -----------------------------
2. Receitas não Operacionais -----------------------------
3. Total
DISTRIBUIÃO DE LUCROS
Lucro Presumido
(-) PIS
(-) COFINS
(-) IRPJ
(-) CSLL
Valor do lucro a ser distribuído no trimestre
9- A Empresa Industria, Comércio e Assistência Técnica de Aparelhos Náuticos Ltda apura seus
tributos federais pelo Lucro Presumido e obteve no 1º trimestre de 2007 o seguinte resultado:
RECEITA BRUTA Venda Mercadorias mercado interno 280.000,00 Venda Mercadorias Mercado Externo 89.200,00
Serviços Prestados no Mercado Interno 50.000,00 Serviços Prestados no Mercado Externo 38.600,00
86
(-) Deduções e Abatimentos Vendas Canceladas mercado externo 1.900,00 Devoluções vendas mercado interno 5.800,00 Descontos incondicionais mercado interno 3.000,00 Descontos Incondicionais Serviços Mercado Externo 980,00 Serviços Cancelados mercado interno (-) ICMS (-) ISS (-) PIS FAT (-) COFINS
1.300,00
(=) Receita Líquida (-) Compras de Mercadorias 129.480,00 (=) Lucro Bruto Operacional (-) Despesas Operacionais Despesas de Vendas Despesas administrativas Despesas Financeiras Descontos concedidos Juros Passivos (+) Receitas Financeiras Receitas de Aplicações Financeiras Descontos Recebidos Rendimentos auferidos em operações de mútuo com coligadas (-) Despesas Tributárias PIS Fat s/outras receitas COFINS s/outras receitas
12.800,00 35.600,00
1.480,00 2.280,00
2.980,00 1.620,00 5.200,00
(=) Lucro Operacional (+) Receitas Não Operacionais Lucro na venda de ativo imobilizado Receita com locação de imóvel
15.000,00
3.000,00 (=) Lucro antes do IR e CSLL (-) IR (-) CSLL
(=) Lucro Líquido do exercício 10. Empresa com atividade mista de comércio e prestação de serviços, considerando:
a) Compras são efetuadas em estabelecimentos industriais do Estado do Paraná, São Paulo, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul, sem substituição tributária.
b) Vendas para o mercado interno destinam-se a comerciantes varejistas do Paraná, São Paulo,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
c) Alíquota do ISS: 3%
d) Risco Ambiental do Trabalho: leve.
87
OBSERVAÇÃO: Desprezar os centavos.
JAN/09 FEV/09 MAR/09 TOTAIS RECEITA BRUTA
Vendas de mercadorias no mercado interno Exportações de mercadorias Serviços Prestados no Mercado Interno (-) Deduções da Receita Bruta Vendas Canceladas no mercado interno Desconto incondicionais nas vendas internas ICMS PIS COFINS ISS
620.000,00 68.000,00 36.000,00
3.000,00 2.000,00
392.000,00 80.000,00 46.000,00
1.800,00
13.600,00
460.000,00 96.000,00 67.000,00
7.600,00
13.700,00
(=) RECEITA OPERACIONAL LIQUIDA (-) Custo das Mercadorias vendidas Estoque Inicial Compras de Mercadorias (-) ICMS s/ compras (-) PIS Fat s/ compras (-) COFINS s/compras (-) Estoque Final
__________ 480.000,00 460.000,00
556.000,00
_________ 480.000,00 290.000,00
380.000,00
_________ 480.000,00 730.000,00
520.000,00
(-) Custo dos Serviços Prestados Ordenados e Salários INSS FGTS Provisão p/ férias Provisão p/13º Salário
__________ 12.000,00
1.333,00 1.000,00
_________ 18.000,00
2.000,00 1.500,00
_________ 16.000,00
4.333,00 2.500,00
(=) LUCRO BRUTO PERACIONAL (-) Despesas com vendas Ordenados, Salários e Comissões s/Vendas INSS FGTS Provisão p/ Férias Provisão p/ 13º Salário Provisão p/devedores Duvidosos Fretes s/Entregas das vendas Seguros de bens do Dpto.Comercial Manutenção de bens do Dpto. Comercial Propaganda e Publicidade pagos no exercício Brindes
_________ 32.000,00
6.200,00 6.000,00 8.600,00 2.800,00 3.460,00 4.600,00
_________ 34.000,00
4.200,00 5.000,00 8.400,00 3.280,00 5.240,00 2.300,00
_________ 36.000,00
9.720,00 9.230,00 6.820,00 4.260,00 5.600,00 4.200,00
(-) Despesas administrativas Pró-Labore Ordenados e Salários Honorários Profissionais INSS FGTS Provisão p/13º salário Provisão p/ Férias
________ 8.000,00
14.800,00 5.900,00
_________ 9.000,00
12.000,00 6.000,00
________ 10.000,00 16.200,00
6.500,00
88
Material de Expediente e Escritório Viagens e Estadas da administração Gratificação a dirigentes
2.800,00 5.400,00
10.000,00
3.200,00 9.300,00
10.000,00
6.260,00 8.800,00
12.000,00 (-) Despesas Financeiras Juros Passivos Descontos Concedidos
__________ 2.300,00 4.800,00
_________ 2.400,00 3.960,00
_________ 9.300,00 3.700,00
(+) Receitas Financeiras Juros Recebidos Descontos recebidos Rendimentos s/ Aplicações Financeiras
_________ 6.700,00 6.900,00
14.900,00
__________
2.400,00 1.200,00 8.300,00
_________ 2.600,00 5.200,00 6.300,00
(+) Outras Receitas Receitas de Alugueis
__________ 12.000,00
_________ 8.000,00
_________ 12.000,00
(-) Despesas Tributárias Impostos e taxas Municipais PIS Fat s/outras receitas COFINS s/outras receitas Multas de trânsito Multas por infração fiscal Multas por atraso no pagamentos tributos
________ 4.200,00
2.300,00 4.600,00 3.900,00
_________ 2.600,00
1.400,00 1.200,00 1.370,00
_________ 2.200,00
1.200,00 2.200,00 1.600,00
(=) LUCRO OPERACIONAL LIQUIDO (+) Receitas Não Operacionais Dividendos Recebidos Lucro na venda de bens do permanente
_________ 12.000,00 15.000,00
_________ 0,00 0,00
_________ 0,00
12.400,00
(=) LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IR (-) Provisão p/CSLL (-) Provisão p/Imposto de Renda
(=) LUCRO LIQUIDO DO EXERCICIO
89
Data Conta Débito Crédito
90
7.2 Lucro Arbitrado
De acordo com o RIR, Lei 3.000/99 O arbitramento do lucro é uma forma de apuração da base de
cálculo do Imposto de Renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte, se conhecida a
receita bruta. A pessoa jurídica, inclusive a empresa individual equiparada, terá o seu lucro arbitrado,
quando ocorrerem as situações a seguir (Fabretti, 2000) :
§ falta de escrituração: quando o contribuinte, por algum motivo, deixar de escriturar os livris
exigidos pela legislação, perder e ou destruir os mesmos, ou deixar de elaborar as
demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal, poderá ter o lucro arbitrado pela
autoridade tributária;
§ escrituração com falhas : quando a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar
evidentes indícios de fraude ou com vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para
identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária, ou determinar o lucro real;
§ recusa na apresentação de livros ou documentos: quando a pessoa jurídica tributada pelo
lucro presumido deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da
escrituração comercial e fiscal, ou o licro Caixa, nos quais deverá ser escriturada toda a
moviumentação financeira, inclusive a bancária;
§ opção indevida pelo lucro presumido: o contribuinte que optar indevidamente pelo lucro
presumido estará sujeito a ter o seu lucro arbitrado;
§ representante de pessoa jurídica estrangeira : o comissário ou representante da pessoa
jurídica estrangeira deve escriturar os seus livros comerciais, de modo a demonstrar, além dos
próprios rendimentos, o lucro real apurado nas operações de conta alheia, em cada ano. Se o
mesmo não cumprir esta exigência, estará obrigado a pagar o Imposto de Renda com base no
lucro arbitrado;
§ Livro Razão: As empresas tributadas pelo lucro real estão obrigadas a manter, em boa ordem e
segundo as normas contábeis recomendadas, o livro Razão ou fichas utilizadas para resumir e
totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário. Caso não atendam a esse
requisito, poderão ter seu lucro arbitrado.
7.2.1 Aplicação do Arbitramento
Regra geral, a iniciativa do arbitramento do lucro compete à autoridade fiscal. No entanto, o
contribuinte poderá antecipar-se à ação do Fisco, procedendo ao auto-arbitramento do lucro, desde que
a receita bruta seja conhecida e esteja enquadrado em quaisquer das hipóteses citadas no item anterior.
91
7.2.2 Período de Apuração
O Imposto de Renda com base no lucro arbitrado abrangerá todo o ano-calendário, sendo devido
trimestralmente, em períodos de apuração encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e
31 de dezembro, assegurada ainda a tributação com base no lucro real ou presumido relativa aos
trimestres não submetidos ao arbitramento, se a empresa:
a. Dispuser de escrituração comercial e fiscalque demonstre o lucro real dos períodos não
abrangidos pelo arbritramento;
b. Puder optar pelo lucro presumido;
No caso do lucro real, a pessoa jurídica poderá apurar o lucro trimestralmente, ou anualmente com
pagamentos por estimativa, sem considerar os períodos em que se sujeitou ao lucro arbitrado.
O IRPJ e a CSLL pagos sob a forma de arbitramento serão definitivos, não podendo o contribuinte,
em qualquer hipótese, compensá-los com recolhimentos futuros.
7.2.3 Determinação do Lucro Arbitrado
Ocorrida qualquer das hipóteses que ensejam o arbritramento, o lucro arbitrado será determinado, em
cada trimestre, segundo uma das formas abaixo:
§ Receita bruta conhecida (arbitramento pelo fisco ou pelo contribuinte): quando a receita bruta
da pessoa jurídica for conhecida a base de cálculo do IRPJ corresponderá, em casa trimestre, à
soma das seguintes parcelas:
a- o valor resultante da aplicação dos percentuais fixados no art 15 da Lei 9.249/95, acrescidos
de 20%;
b- o valor resultante da aplicação dos percentuais mencionados na letra “a”, sobre a parcela das
receitas auferidas em cada atividade, no respectivo período de apuração, nas exportações a
pessoas jurídicas vinculadas domiciliadas no exterior ou aos países com tributação
favorecida, determinada de acordo com a sistemática de preços de referência, que exceder
ao valor já aplicado na escrituração da empresa;
c- os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras,
as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de recitas não abrangidas nas letras
“a” e “b” auferidos no respectivo período de apuração.
7.2.4 Receita Bruta não Conhecida (Arbitramento Pelo Fisco)
92
O lucro arbitrado, quando não conhecida a receita bruta, será determinado através de procedimento
de ofício e correspoderá à soma das seguintes parcelas:
a. o valor resultante da utilização de uma das alternativas de cálculo previstas no art 51 da Lei
8.981/95;
b. os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras, as
demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas na letra “a”
auferidos no respectivo período apurado.
Quando a receita bruta da pessoa jurídica for desconhecida, a autoridade lançadora poderá, de
acordo com a natureza do negócio, arbitrar o lucro mediante a utilização das seguintes alternativas
de cálculo:
a. 1,5 do lucro real referente ao último período em que a pessoa jurídica manteve escrituração
de acordo com as leis comerciais e fiscais. Quando o lucro for decorrente de período de
apuração anual ou mensal, o valor que servirá como base ao arbitramento será proporcional
ao número de meses do período considerado;
b. 0,12 as soma dos valores do Ativo Circulante, Realizável a Longo Prazo e Ativo
Permanente, existentes no último balanço patrimonial conhecido:
c. 0,21 do valor do capital, inclusive a sua correção monetária contabilizada como Reserva de
Capital, constante do último balanço patrimonial conhecido ou registrado nos atos de
constituição ou alteração da sociedade;
d. 0,15 do valor do Patrimônio Líquido, constante do último balanço patrimonial conhecido;
e. 0,4 do valor das compras de mercadorias efetuadas no trimestre;
f. 0,4 da soma, em cada trimestre, dos valores da folha de pagamento dos empregados e das
compras de matéria-prima, produtos intermediários e materiais de embalagem;
g. 0,8 da soma dos valores devidos no trimestre a empregados;
h. 0,9 do valor do aluguel devido no trimestre.
As alternativas previstas nas letras “e”, “f” e “g” acima, a critério da autoridade lançadora,
poderão ter sua aplicação limitada, respectivamente, às atividades comerciais, industriais e de prestação
de serviços e, no caso de empresas com atividade mista, ser adotados isoladamente em cada atividade.
7.2.5 Cálculo com Receita Bruta Conhecida
Inicialmente deve ser determinada a parcela resultante da aplicação do percentual
correspondente sobre a receita da atividade da empresa auferida no trimestre.
93
PERCENTUAIS APLICÁVEIS – alíquotas do lucro presumido + 20%
ATIVIDADE % Revenda para consumo de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural
1,9
Prestação de serviços, pelas sociedades civis, relativo ao exercício de profissões legalmente regulamentadas, prestação de serviços em geral
38,4
Intermediação de negócios (inclusive representação comercial por conta de terceiros e corretagem de Seguros, imóveis e outros)
38,4
Administração, locação ou cessão de bens e imóveis (exceto a receita de aluguéis, Quando a pessoa jurídica não exercer a atividade de locação de imóveis)
38,4
Administração de consórcios de bens duráveis 38,4 Cessão de direitos de qualquer natureza 38,4 Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão-de-obra
38,4
Serviços de transporte, exceto de carga 19,2 Revenda de mercadorias, vendas de produtos de fabricação própria 9,6 Industrialização por encomenda (material fornecido pela encomendante) 9,6 Atividade rural 9,6 Representação comercial por conta própria 9,6 Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda execução de obras de construção civil com emprego de materiais
9,6
Prestação de serviços hospitalares 9,6 Transporte de cargas 9,6 Outras atividades não caracterizadas como prestação de serviços 9,6
Instituições financeiras e empresas equiparadas 45,0
EXERCICIOS
1- Lucro Arbitrado
Empresa comercial no ramo de calçados e confecções, optante do lucro presumido, decidiu por
conveniência administrativa efetuar o recolhimento dos impostos do 2º trimestre de 2008 com base no
LUCRO ARBITRADO. No referido período teve o seguinte faturamento:
FATURAMENTO ABRIL MAIO JUNHO TOTAL
Vendas 1.032.000,00
Receitas.Financeiras. 22.000,00 15.000,00 13.000,00 50.000,00
SOMAS 242.000,00 400.000,00 440.000,00 1.082.000,00
94
RECEITAS abril maio junho TOTAL
Vendas de mercadorias consumidor final 220.000,00 385.000,00 427.000,00
Vendas de mercadoiras a comerciante 30.110,00 25.360,00 35.140,00
SUBTOTAL 1
Devolução de vendas 2.600,00
Vendas Canceladas a Consumidor 1.480,00
Descontos Incond vendas a consumidor 4.800,00
SUBTOTAL 2
Compras mercadorias 126.860,00 235.400,00 58.600,00
Subtotal 3
Receitas de aplicações Financeiras 2.500,00 2.800,00 3.150,00
Juros Recebidos 1.500,00 2.890,00 5.640,00
Total
Período PIS/ Fat COFINS ICMS
IRPJ – LUCRO ARBITRADO
Cálculos Receita Bruta Lucro Arbitrado
1. Receitas Operacionais
2. Receitas não Operacionais
IRPJ
3. Total
CSLL – LUCRO ARBITRADO
Receitas Receita Bruta Base de Cálculo CSLL
1. Receitas Operacionais -----------------------------
2. Receitas não Operacionais -----------------------------
3. Total
95
DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS
Lucro arbitrado
(-) PIS
(-) COFINS
(-) IRPJ
(-) CSLL
Valor do lucro a ser distribuído no trimestre
2 – Lucro arbitrado
Empresa com atividade mista: Comércio e prestação de serviços, utilizando-se do Lucro Arbitrado,
obteve no 2º trimestre do ano de 2008 a seguinte receita bruta:
FATURAMENTO ABRIL MAIO JUNHO TOTAL
Vendas mercado interno 400.152,00 600.565,00 650.245,00
Vendas mercado externo 225.000,00 110.110,00 126.240,00
Serviços mercado interno 55.655,00 125.825,00 122.300,00
(-) Descontos vendas mercado interno 4.300,00 5.800,00 8.700,00
(-) Serviços Cancelados mercado interno
Receitas financeiras 22.500,00 13.340,00
Alugueis Recebidos 5.000,00 5.000,00 6.000,00
Período PIS/ Fat COFINS ISS
IRPJ – LUCRO ARBITRADO
Cálculos Receita Bruta Lucro Arbitrado
1. Receitas Operacionais
2. Receitas não Operacionais
IRPJ
3. Total
96
CSLL – LUCRO ARBITRADO
Receitas Receita Bruta Base de Cálculo CSLL
1. Receitas Operacionais -----------------------------
2. Receitas não Operacionais -----------------------------
3. Total
DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS
Lucro arbitrado
(-) PIS
(-) COFINS
(-) IRPJ
(-) CSLL
Valor do lucro a ser distribuído no trimestre
7.3 Lucro Real
Lucro Real é o lucro líquido do exercício ajustado pelas adições, exclusões ou compensações
prescritas ou autorizadas pela legislação tributária (art. 6°, Decreto-Lei n° 1598 de 26 de dezembro de
1977). O art. 7° da mesma lei determina que “o lucro real será determinado com base na escrituração
que o contribuinte deve manter, com observância das leis comerciais e fiscais”.
O Decreto-Lei n° 1598 determina ainda em seu art. 8° que: “O contribuinte deverá escriturar,
além dos demais registros requeridos pelas leis comerciais e pela legislação tributária, os seguintes
livros:
I – Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR)
II – Razão Auxiliar em ORTN.”
Com a extinção da correção monetária o Razão Auxiliar em ORTN caiu em desuso, porém o
LALUR ainda é obrigatório.
Segundo Harres (2001, pg.49) “No Lucro Real a empresa paga o Imposto de Renda e a
Contribuição Social efetivamente devidos, uma vez que as respectivas bases de cálculo são apuradas
em Balanços Patrimoniais que refletem a realidade econômica e financeira das empresas, no período
específico.”
97
Para que a empresa possa optar pelo Lucro Real deve observar as normas das legislações
fiscais e comerciais, mantendo sua escrituração contábil em perfeita ordem e dentro dos Princípios
Contábeis.
Os livros exigidos pela Receita Federal são citados nos artigos 258, 259, 260 e 262 do Decreto
n° 3.000 de 26/03/1999 e são os seguintes:
- Livro Diário; Livro Razão; Livro de Registro de Inventário; Livro de Registro de Entradas;
- Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR).
A elaboração das Demonstrações Contábeis através da escrituração contábil, que constarão no
Livro Diário da Empresa, servirão para comprovar os valores devidos ao Imposto de Renda e à
Contribuição Social sobre o lucro líquido.
7.3.1 LUCRO REAL TRIMESTRAL (Decreto 3.000/1999)
No Lucro Real Trimestral os prejuízos de trimestres anteriores só poderão ser compensados até o
limite de 30% do lucro do trimestre atual, podendo ficar sujeito ao pagamento do IR e da CSLL em
determinado trimestre, mesmo havendo prejuízos a compensar em trimestres anteriores. A cada
trimestre existe a obrigação de encerrar o balanço, e os recolhimentos do IRPJ e da CSLL são
considerados definitivos. A opção pelo lucro real trimestral é exercida pelo pagamento da primeira
quota, ou quota única relativa ao primeiro trimestre do ano-calendário
7.3.2 LUCRO REAL ANUAL (Decreto 3.000/1999)
Os pagamentos mensais do IRPJ e da CSLL são calculados por estimativa mensal. Os balancetes
intermediários serão levantados mensalmente a fim de suspender ou reduzir o pagamento mensal do
imposto calculado com base na receita bruta e acréscimos. A opção é manifestada pelo pagamento do
imposto relativo ao mês de janeiro ou ao mês de início das atividades e pela transcrição no Diário do
balanço/balancete, e no LALUR da Demonstração do Lucro ou Prejuízo do período em curso. A base
de cálculo do Imposto de Renda a ser pago mensalmente é o resultado do somatório de um percentual
aplicado sobre a receita bruta do mês, acrescido de ganhos de capital, demais receitas e resultados
positivos, excetuados os rendimentos ou ganhos tributados como de aplicações financeiras. Os
percentuais aplicáveis sobre a receita bruta variam de acordo com a atividade da pessoa jurídica e
constam do art. 15 da Lei n° 9.249/96:
98
PERCENTUAIS DE ESTIMATIVA APLICÁVEIS SOBRE RECEITA BRUTA - IRPJ ATIVIDADE %
Revenda de mercadorias e produtos; industrialização por encomenda (material fornecido pelo encomendante); prestação de serviços de transporte de carga; prestação de serviços hospitalares; atividade rural; representação comercial por conta própria; loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda; execução de obras da construção civil com emprego de materiais; outras atividades não caracterizadas como prestação de serviços
8
Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural
1,6
Prestação de serviços de transporte, exceto de carga; Instituições financeiras e equiparadas; prestação de serviços em geral pelas pessoas jurídicas com receita bruta anual até R$ 120.000, exceto serviços hospitalares, de transporte e profissões regulamentadas, escolas, creches
16 Prestação de serviços em geral; prestação de serviços, pelas sociedades civis, , relativos ao exercício de profissões regulamentas; intermediação de negócios (inclusive representação comercial por conta de terceiros e corretagem de seguros, imóveis e outros; administração, locação ou cessão de bens imóveis (exceto a receita de aluguéis, Quando a pessoa jurídica não exercer a atividade de locação de imóveis; administração de consórcios de qualquer natureza; cessão de direitos de qualquer natureza; construção por administração ou empreitada unicamente de mão de obra; factorig
32
FONTE: ART 223 DECRETO N° 3.000 DE 26/03/1999
O Cálculo do Imposto de Renda é feito à alíquota de 15% sobre a base de cálculo, ou seja, o
lucro real apurado trimestralmente, ou a estimativa. Para o lucro que exceder o limite de R$ 20.000,00
mensais, ou R$ 240.000,00 anuais, calcula-se um adicional de 10%.
O Lucro Real é o Lucro Contábil + Adições – Exclusões/Compensações.
O Lucro Contábil é apurado considerando-se a receita bruta das vendas e serviços, diminuindo-
se as vendas canceladas, os descontos incondicionais e os impostos incidentes sobre as vendas,
chegando-se assim à receita líquida.
Deduzem-se, em seguida, o custo das mercadorias vendidas, dos produtos vendidos, ou dos
serviços prestados, as despesas operacionais (vendas, administrativas, financeiras). Acrescentam-se as
receitas não operacionais e deduzem-se as despesas não operacionais, chegando-se, assim, ao Lucro
Líquido ou Lucro Contábil.
7.3.3 DIFERENÇAS ENTRE O LUCRO REAL TRIMESTRAL E O ANUAL
TRIMESTRAL ANUAL Apuração trimestral Apuração anual Pagamento trimestral do IRPJ e da CSLL Pagamento mensal do IRPJ e da CSLL, por
estimativa ou através do balancete de suspensão/redução.
Encerramento do balanço trimestralmente Balancetes intermediários mensais para suspensão ou redução do imposto
Compensação dos prejuízos limitados a 30% do lucro real de períodos subseqüentes.
Prejuízos são automaticamente absorvidos pelos lucros de outros períodos do mesmo ano-calendário.
99
Prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores – limite de 30% do lucro real do período.
Adicional de 10% sobre a parcela que exceder a R$ 60.000,00
Nos balanços de suspensão/redução e/ou balanço anual não haja incidência do adicional, por ser apurado prejuízo fiscal ou lucro real inferior a R$ 20.000,00 multiplicado pelo número de meses do respectivo período de apuração.
Opção é exercida com o pagamento da primeira quota ou quota única
Opção é manifestada pelo pagamento do imposto relativo ao mês de janeiro e transcrição no Diário e no LALUR do Balanço/balancete e da Demonstração do prejuízo Fiscal relativos ao mês de janeiro do ano-calendário.
LALUR – parte A preenchidos trimestralmente – parte B quando houver prejuízo
LALUR – no mês em que recolhe o Imposto por estimativa não preenche LALUR; No mês em que foi levantado balancete de suspensão/redução preenche a parte A mesmo se não houver Imposto a pagar; No mês em houver prejuízo preenche também a parte B.
7.3.4 ADIÇÕES AO LUCRO LÍQUIDO
- a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido;
- multas por autos de infração ou por lançamento de ofício;
- retiradas de dirigentes e de membros do conselho fiscal e de administração que não correspondam a
remuneração mensal e fixa por prestação de serviços;
- remuneração indireta a administradores, quando os beneficiários não forem identificados ou
identificados e não individualizados;
- participações atribuídas a dirigentes;
- participações atribuídas a técnicos estrangeiros;
- excesso de depreciação, amortização ou exaustão;
- despesas não relacionadas com a produção ou comercialização;
- contribuições não compulsórias;
- doações feitas a fundos controlados pelos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos
das Criança e do Adolescente;
- doações ou patrocínios relativos a projetos aprovados nos termos do art. 18 da Lei 8.313/91, com as
alterações da Lei 9.874/1999.
100
- gastos com alimentação de administradores;
- gastos com alimentação de empregados, cujo fornecimento não seja efetuado indistintamente;
- despesas com brindes;
- provisões, exceto as provisões para férias, para décimo terceiro salário, as provisões técnicas das
companhias de seguros e de capitalização, e as provisões das Entidades de Previdência Privada,
cuja constituição é exigida por lei;
7.3.5 EXCLUSÕES DO LUCRO LÍQUIDO
- resultados não tributáveis de sociedades cooperativas;
- lucros e dividendos de investimentos avaliados pelo custo de aquisição;
- ganho na avaliação de investimentos pela equivalência patrimonial
- ganho de capital nas vendas a prazo de bens (reconhece-se apenas a parcela do preço recebido em
cada período de apuração);
- depreciação acelerada incentivada;
- outras exclusões e exclusões não realizadas em exercícios anteriores.
7.3.6 LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL - LALUR
(COAD, Suplemento Estecial – IRPJ 2003)
O Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR tem por finalidade demonstrar os ajustes do
resultado do período através das adições, exclusões ou compensações autorizadas, que servirão para
apuração do Lucro Real.
A determinação da base de cálculo do IRPJ é feita através da escrituração do LALUR, sendo
ele, portanto, peça fundamental para a apuração do Lucro Real. Estão obrigadas a escriturar o LALUR
todas as pessoas jurídicas submetidas ao Lucro Real, ainda que por opção.
O LALUR divide-se em duas partes (Parte A e Parte B) e pode ser utilizado em forma de livro
encadernado ou sistema eletrônico de processamento de dados. Na primeira e na última páginas do
livro devem constar, respectivamente os termos de abertura e de encerramento, que identificam o
contribuinte, especificando a razão social; o número e a data do arquivamento dos atos na Junta
Comercial ou no Cartório do Registro Civil das Pessoas Jurídicas; o número de registro no Cadastro
das Pessoas Jurídicas (CNPJ). Os termos de Abertura e Encerramento devem ser datados e assinados
pelo diretor, gerente ou titular da pessoa jurídica e por contabilista legalmente habilitado.
101
A legislação tributária admite a escrituração do LALUR mediante a utilização de sistema
eletrônico de processamento de dados, desde que observadas as normas baixadas pela SRF. A exemplo
dos demais livros, os formulários contínuos, após escriturados, devem ser encadernados em forma de
livro, contendo Termo de Abertura e de Encerramento.
O Livro de Apuração do Lucro Real não está sujeito a autenticação ou registro em órgão oficial.
Caso a utilização de uma das partes do LALUR se complete antes do término da outras, as
páginas em branco devem ser canceladas, prosseguindo-se a escrituração, integralmente, no livro
subseqüente.
7.3.6.1 Escrituração da Parte A A parte A destina-se aos lançamentos de Ajuste do Resultado do Período e à transcrição do
Lucro Real, que devem ser realizados, obrigatoriamente, a cada encerramento de período trimestral ou
anual, bem como por ocasião dos balanços/balancetes de redução/suspensão.
Os lançamentos de ajuste devem ser realizados com individualização e clareza, utilizando-se as colunas
a seguir descriminadas:
§ COLUNA DATA: anotar a data dos lançamentos de ajuste ao lucro líquido.
§ COLUNA HISTÓRICO: Descrever os fatos determinantes dos ajustes, indicando a conta ou
sub-conta em que os valores foram registrados e a data em que os lançamentos foram efetuados
nos livros exigidos pela Legislação Comercial. Se o ajuste não for contabilizado na escrituração
comercial, alem de registrar a natureza do mesmo, devem ser indicados os valores sobre os
quais a inclusão ou exclusão foram calculados. A coluna auxiliar é utilizada para o registro de
eventuais parcela integrantes de um mesmo lançamento, cuja soma deve ser transportada para a
coluna de adição ou exclusão.
§ COLUNA ADIÇÕES: utilizada para registro dos valores que devam ser adicionados ao lucro
líquido, para a determinação do Lucro Real. O total lançado nesta coluna, no final de cada
período de apuração, deve coincidir com as adições discriminadas na Demonstração do Lucro
Real.
§ COLUNA EXCLUSÕES: utilizada para registro dos valores permitidos pela legislação
tributária como exclusão do lucro liquido para apuração do Lucro Real. A soma deste coluna,
ao final de cada período de apuração, deve coincidir com o total das exclusões do lucro líquido,
discriminadas na Demonstração do Lucro Real.
102
7.3.6.2 Escrituração Parte B Na parte B do LALUR são controlados os valores que influenciarão na determinação do Lucro
Real de períodos futuros. A escrituração deve ser feita através da utilização de uma folha para cada
conta ou fato que exija controle individualizado, na forma a seguir:
§ COLUNA (1) : anotar a data da efetivação do registro
§ COLUNA (2): descrever os fatos determinantes do ajuste, com todos os elementos
indispensáveis para o controle de cada valor sujeito à apropriação do Lucro Real nos períodos
subseqüentes, de forma a permitir, a qualquer momento, a verificação da exatidão do respectivo
saldo, assim como dos valores debitados ou creditados em cada período de apuração.
§ COLUNAS (3), (4), (5): Utilizadas, até 31.12.1995, para calcular a correção monetária dos
valores que devam ser computados na determinação do Lucro Real de períodos futuros.
§ COLUNA (6): Registrar os débitos dos valores que constituirão adições ao lucro líquido de
períodos futuros, para a determinação do Lucro Real respectivamente. Também é utilizada para
baixa dos saldos credores transportados de períodos anteriores.
§ COLUNA (7): registrar os créditos que constituirão exclusões nos períodos futuros, sendo
também utilizada para baixa dos saldos devedores transportados de ano ou trimestre anterior.
§ COLUNA (8): registrar o saldo das operações de débito e crédito, que representará o valor das
adições ou exclusões, que deverão ajustar o lucro líquido de períodos subseqüentes.
§ COLUNA (9): Indicar por letra maiúscula Devedora (D) ou Credora ©, do saldo constante da
Coluna 8. Desta forma, os saldos que devam ser adicionados ao lucro líquido de períodos
futuros são indicados pela letra “D” e os que devam ser excluídos são indicados pela letra “C”.
7.3.6.3 Valores que devem ser controlados no LALUR
Os valores passiveis de controle devem ser agrupados em folhas distintas na Parte B, segundo a
sua natureza. Dentre outras, devem ser controladas as seguintes contas:
§ Lucro inflacionário diferido até 31.12.95
§ Lucro não realizado decorrente de contrato a longo prazo com empresas públicas
§ Ganhos de capital na participação societária extinta em fusão, incorporação ou cisão
§ Lucro não realizado referente a vendas a longo prazo de bens do Ativo Permanente
§ Prejuízos fiscais operacionais e não operacionais a compensar
7.3.7 Base de Cálculo Negativa da CSLL
103
A base de cálculo negativa da CSLL pode ser compensada com a base de cálculo positiva
apurada em períodos de apuração subseqüentes de tributação com base no Lucro Real trimestral,
limitada a compensação a 30% do resultado do período de apuração subseqüente, ajustado pelas
adições e exclusões. Ficam, porém, impedidas de compensar a base de cálculo0 da CSLL quando:
- Se entre a data da apuração e da compensação houver ocorrido, cumulativamente, modificação de
seu controle societário e do ramo de atividade;
- Na sucessão por fusão, cisão ou incorporação. Na hipótese de cisão parcial, a PJ cindida poderá
compensar a base de cálculo negativa da CSLL proporcionalmente à parcela remanescente do
patrimônio líquido.
7.3.8 Compensação dos valores pagos por estimativa
Os valores da CSLL pagos durante o ano-calendário com base na receita bruta e acréscimos ou
balanços/balancetes de redução, são considerados antecipações da CSLL efetivamente devida, apurada
no balanço anual em 31 de dezembro. A compensação deverá ser realizada com base nos valores
originalmente pagos.
7.3.9 Deduções da CSLL devida
Para efeito de pagamento, a PJ poderá deduzir da CSLL apurada no trimestre ou ano:
- A CSLL retida por órgão federal, quando do pagamento de valores relativos ao fornecimento de
bens ou serviços
- O valor retido por PJ quando do pagamento de valores correspondentes ao fornecimento de bens ou
serviços
7.3.10 Adições à Base de cálculo da CSLL
As principais adições da CSLL:
§ Despesas não relacionadas com a produção ou comercialização
§ Contribuições não compulsórias , exceto as destinadas a custear seguros e planos de saúde e
benefícios complementares assemelhados aos da previdência social, instituídos em favor de
empregados e dirigentes da PJ
§ Doações feitas aos Fundos controlados pelos Conselhos Municipais. Estaduais e Nacional dos
Direitos da Criança e do Adolescente; bolsas de estudo caracterizadas como doações etc.
§ Gastos com alimentos de sócios, acionistas e administradores;
104
§ Gastos com alimentação de empregados, inclusive cestas básicas, cujo fornecimento não seja
efetuado indistintamente a todos os empregados
§ Despesas com brindes
§ Provisões, exceto as provisões para férias, 13º salário, provisões técnicas das companhias de
seguros e de capitalização.
Exclusões da Base de Cálculo da CSLL
- Lucros e dividendos de investimentos recebidos de outra PJ.
- Resultados não tributáveis de sociedade cooperativas
- Ajuste por aumento no valor de investimentos avaliados pelo Método da Equivalência Patrimonial.
7.3.11 Controle das adições e Exclusões
Na determinação do valor da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido de cada período de
apuração9 a PJ utilizará memória de cálculo a ser mantida à disposição do Fisco enquanto não
decorrido o prazo decadencial, podendo utilizar-se, por opção do LALUR.
7.3.12 Compensação de Prejuízos (Revista COAD Suplemento Especial IRPJ 2003)
A soma dos prejuízos fiscais operacionais não poderá exceder o limite de 30% do lucro líquido
do período da compensação, ajustado pelas adições e exclusões.
O valor do prejuízo não operacional a ser compensado em cada período de apuração também
não poderá exceder 30% do lucro líquido somado aos prejuízos de outras atividades, apurado no
período a compensaer.
No período de apuração em que for verificado resultado não operacional positivo, todo o seu
valor poderá ser utilizado para compensar os prejuízos fiscais não operacionais de períodos anteriores,
ainda que a parcela do lucro real admitida para compensação não seja suficiente ou tenha sido apurado
prejuízo fiscal. Neste caso, quando a parcela dos prejuizos fiscais não operacionais não puder ser
compensada com o lucro real, seja em virtude da limitação de 30% do lucro líquido ajustado ou ter sido
apurado prejuízo fiscal no período, passará a ser considerada prejuízo fiscal das demais atividades,
devendo ser promovidos os devidos ajustes na parte “B” do LALUR.
EXERCÍCIOS
105
1- Com relação à Contribuição Social sobre o Lucro das pessoas jurídicas, pode-se afirmar:
a- o fato gerador é a venda de mercadorias e a prestação de serviços
b- as empresas obrigadas à tributação pelo lucro real não podem recolher a contribuição social com
base em estimativas
c- os lucros, rendimentos e ganhos de capital não estão sujeitos à incidência da contribuição social
d- as pessoas jurídicas com base no lucro real deverão calcular a contribuição social sobre o lucro
contábil antes da provisão para o Imposto de Renda e da Provisão para a Contribuição Social,
ajustados pelas inclusões e exclusões previstas em lei
2- Assinale a alternativa correspondente ao conceito de lucro real:
a- é uma forma simplificada de apuração da base de cálculo dos tributos com o Imposto de Renda e
Contribuição Social, restritas aos contribuintes que estão obrigados ao regime de apuração de
tributação com base no estimado;
b- é um recurso utilizado pelas autoridades fiscais, quase sempre como última alternativa, que só deve
ser aplicado quando houver ausência absoluta de confiança na escrituração contábil do contribuinte;
c-é uma opção do contribuinte, quando há falta ou insuficiência de elementos concretos que permitam a
identificação ou verificação da base de cálculo utilizada na tributação pelo lucro presumido;
d- é o lucro líquido do período apurado na escrituração comercial, denominado lucro contábil, ajustado
pelas adições, exclusões e compensações autorizadas pelas legislação do Imposto de Renda.
3- Assinale a alternativa incorreta, com relação ao conceito de lucro real:
a- a palavra real é usada pelo Código Tributário Nacional em oposição aos termos presumido e
arbitrado, com o principal objetivo de exprimir o que existe de fato, verdadeiro, ou seja, o que não é
presumido ou arbitrado;
b-contabilmente falando, pode-se concluir que o lucro real é aquele realmente apurado pela
contabilidade, com base na completa escrituração contábil fiscal, com a estrita e rigorosa observância
dos princípios fundamentais de contabilidade e demais normas fiscais e comerciais;
c- a legislação, ao introduzir a figura do lucro real, que é uma alternativa de tributação opcional para
algumas pessoas jurídicas, visou facilitar as rotinas burocráticas e administrativas de algumas
organizações, geralmente algumas empresas de menor porte e menor nível de estutura;
d- a apuração do lucro real envolve maior complexidade na execução das rotinas contábeis e tributárias,
para a completa escrituração das atividades e posterior apuração do lucro real, que é a base para cálculo
106
dos tributos com o Imposto de Renda e contribuição social sobre o lucro das empresas que não podem
optar pelo lucro presumido;
e-o lucro real é apurado com base na escrituração mercantil das organizações, o que compreende a
adoção de um conjunto de procedimentos corriqueiros no ambiente profissional do contabilista.
4- Pode -se afirmar em relação à tributação pelo lucro real trimestral (pode haver mais de uma
alternativa):
a- as empresas devem basear-se na apuração do estimado sobre as receitas, para o cálculo e pagamento
dos tributos do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o lucro;
b- se a opção for pela apuração do lucro real trimestral, este deve ser determinado em períodos de
apuração encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, com base no
resultado líquido de cada trimestre;
c- não há a necessidade de levantamento das Demonstrações Contábeis, com observância das normas
estabelecidas na legislação comercial e fiscal;
d- o Imposto de Renda trimestral será calculado mediante a aplicação da alíquota de 15% sobre a
totalidade da base de cálculo, ou seja, 15% do lucro real e mais uma alíquota adicional de 10% sobre a
parcela da base de cálculo que exceder o limite de R$ 60.000,00 – limite trimestral;
e- no caso de início de atividades, o limire trimestral não será propoecional ao número de meses.
5- Assinale a alternativa correta:
a- não poderão ser deduzidos do valor do Imposto de Renda trimestral os incentivos fiscais, dentro dos
limites e condições fixados pela legislação;
b- as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real podem optar pela apuração do lucro real anual,
alternativamente à apuração em cada trimestre. No entanto, os recolhimentos dos tributos devem ser
efetuados uma vez por trimestre;
c- na opção pelo lucro real, as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real devem efetuar os
recolhimentos mensais com base em estimativa. A partir dessa opção, a empresa está obrigasa à
apuração do lucro real anual, não podendo mudar a base de tributação pelo lucro presumido;
d- o Imposto de Renda pago mensalmente pelo critério de estimativa deverá ser calculado so9bre a
receita bruta do contribuinte, que é o somatório dos montantes das vendas de mercadorias ou produtos
e dos serviços prestados, não devendo ser acrescidos os ganhos de capital, demais receitas e resultados
positivos.
107
6- Pode -se afirmar em relação à compensação de prejuízos fiscais ( pode haver mais de uma
alternativa):
a- o montante do prejuízo fiscal que pode ser objeto de compensação com o lucro real anual é aquele
apurado e controladp no Livro de Apuração do Lucro Real;
b- no caso de apuração do Imposto de Renda e Contribuição Social pelo lucro real trimestral, cada
trimestre é considerado um período dr apuração distinto, sendo que o lucro tributável apurado num
trimestre poderá ser compensado com prejuízos fiscais ou bases negativas de contribuição social sobre
o lucro de trimestres subseqüentes;
c-a compensação está limitada ao máximo de 25% do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões
previstas em lei;
d- conforme o art 35 da Instrução Normativa nº 11/96, não existe prazo de orescrição para a
compensação.
7- Assinale as alternativas corretas:
a- exercicio social é determinado espeço de tempo no final do qual os contribuintes pessoas jurídicas
são obrigados a apurar seus resultados e preparar as demonstrações contábeis, para efeitos comercias,
tributários e societários. O exercício social deve ter a duração de um trimestre, com exceção do
primeiro ano de existência da empresa;
b- a data do término do exercício social deve ser fixada no estatuto ou contrato social da pessoa
jurídica;
c- ano-calendário é o período de 12 meses consecutivos compreendidos de 1º de janeiro a 31 de
dezembro, sendo que a legislação do Imposto de Renda utiliza tal expressão para identificar o ano de
ocorrência do fato gerador da obrigação tributária;
d- período-base trata-se de um conceito utilizado no passado, válido para os contribuintes pessoas
físicas, para se referir ao período anual de 1º de janeiro a 31 de dezembro de obtenção e formação da
renda tributária e dos demais proventos e valores que compunham a declaração de rendimentos. Na
atualidade, foi substituída pela expressão ano-calendário;
e. período-base é a expressão que designa o período de incidência do Imposto de Renda das pessoas
jurídicas, ou seja, o período de apuração da base de cálculo. O período de apuração definitiva do
Imposto de Renda das pessoas jurídicas pode ser:
§ Trimestral, com base lucro real, presumido ou arbitrado;
108
§ Anual, com base no lucro real, no caso de opção pelos pagamentos mensais por estimativas, ou
ainda;
§ Em ocasiões específicas, nos casos de reestruturações societárias - incorporação, fusão ou cisão
de empresas – início ou encerramento de atividades.
8- (I) Quando o contribuinte não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, a que
estiver obrigado, e deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal, será
ele tributado obrigatoriamente pelo lucro _____________;
(II) Quando conhecida a receita bruta e desde que ocorridas as hipóteses previstas para o cálculo do
tributo pela modalidade prevista em lei para as hipóteses do enundiado (I), somente
_________________________ poderá calcular o imposto com base naquela modalidade.
As lacunas acima são corretamente preenchidas, respectivamente, com as seguintes expressões:
a- real – o fisco
b- arbitrado – o fisco ou o próprio contribuinte
c- presumido – o próprio contribuinte
d- apurado – o fisco
e- real – o próprio contribuinte
9- Com relação à contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas, pode-se afirmar:
a- o fato gerador é a venda de mercadorias e a prestação de serviços;
b- as empresas obrigadas à tributação pelo lucro real não podem recolher a contribuição social com
base em estimativas;
c- os lucros, rendimentos e ganhos de capital não estão sujeitos à incidência da contribuição social;
d- as pessoas jurídicas com base no lucro real deverão calcular a contribuição social sobre o lucro
contábil antes da provisão para o imposto de renda e da provisão para a contribuição social, ajustados
pelas inclusões e exclusões previstas em lei.
10 – Assinale as alternativas corretas, com relação às inclusões e exclusões ao lucro contábil para
a determinação da base de cálculo da contribuição social pelo lucro real:
a- deve ser somado ao lucro contábil o resultado positivo da avaliação de investimentos em
participações societárias avaliadas pela equivalência patrimonial;
109
b- deve ser diminuido do lucro contábil o valor das provisões não dedutíveis na determinação do lucro
real;
c- deve ser diminuído do lucro contábil o valor das provisões não dedutíveis na determinação do lucro
real adicionadas no exercício anterior, que tenham sido baixadas no curso do período-base;
d- deve ser diminuído do lucro contábil o valor dos lucros distribuídos disfarçadamente;
e- devem ser diminuídos do lucro contábil os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados
pelo custo de aquisição que tenham sido registrados como receitas.
11- Assinale as alternativas corretas, com relação ao cálculo da contribuição social:
a- a porcentagem a ser aplicada sobre a receita bruta é de 9%;
b- na apuração da base de cálculo, devem ser adicionados os ganhos de capital, os rendimentos e
ganhos de aplicações financeiras;
c- tantop o ICMS como o ISS podem ser deduzidos das receitas brutas para a obtenção da base de
cálculo;
d- os recolhimentos mensais são antecipações do recolhimento para os cofres públicos, por conta do
total a ser a apurado pela Contabilidade, no encerramento do exercício;
e- as receitas com a prestação de serviços não entram na apuração da base de cálculo.
12- Assinale as alternativas corretas, com relação à compensação da base de cálculo negativa da
contribuição social sobre o lucro:
a- o prejuízo não operacional de um trimestre somente poderá ser compensado, nos trimestres
seguintes, com lucros da mesma natureza;
b- a compensação está limitada ao máximo de 25% do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões
previstas em lei;
c- não existe prazo de prescrição para a compensação;
d- o lucro tributável, depois de ajustado pelas adições e exclusões previstas ou autorizadas pela
legislação tributária, poderá ser reduzido pela compensação de base de cálculo negativa;
e- para a compensação de base de cálculo negativa de CSLL apurada no mesmo ano-calendário, é
oportuno ressaltar que, no caso de apuração do Imposto de Renda e Contribuição Social pelo lucro real
trimestral, casa trimestre é considerado um período de apuração distinto, sendo que o lucro tributável,
apurado num trimestre não poderá ser compensado com base de cálculo negativa de contribuição social
110
sobre o lucro de trimestres subseqüentes, com exceção das empresas rurais ou titulares de Programa
Especial de Exportação.
13– Lucro real trimestral
Com base na DRE – Demonstração do Resultado do Exercício do 1º trimestre de 2009, escriturar o
LALUR, calcular os Tributos e apurar o Resultado:
RECEITA OPERACIONAL BRUTA Vendas de mercadorias no mercado interno Exportações de mercadorias Serviços Prestados no Mercado Interno (-) Deduções da Receita Bruta Vendas Canceladas no mercado interno Desconto incondicionais nas vendas internas ICMs PIS COFINS ISS
320.000,00 38.000,00 56.000,00
5.000,00 7.000,00
(=) RECEITA OPERACIONAL LIQUIDA (-) Custo das Mercadorias vendidas Estoque Inicial Compras de Mercadorias (-) ICMS s/ compras (-) PIS Fat s/ compras (-) COFINS s/compras (-) Estoque Final
___________ 480.000,00 260.000,00
496.000,00 (-) Custo dos Serviços Prestados Ordenados e Salários INSS FGTS Provisão p/ férias Provisão p/13º Salário
__________ 14.000,00
(=) LUCRO BRUTO PERACIONAL (-) Despesas com vendas Ordenados, Salários e Comissões s/Vendas INSS FGTS Provisão p/ Férias Provisão p/ 13º Salário Provisão p/devedores Duvidosos Fretes s/Entregas das vendas Seguros de bens do Dpto.Comercial Manutenção de bens do Dpto. Comercial Propaganda e Publicidade pagos no exercício Brindes Cesta básica a todos os funcionários
_________ 12.000,00
6.200,00 6.000,00 8.600,00 2.800,00 3.460,00 4.600,00
(-) Despesas administrativas ________
111
Pró-Labore Ordenados e Salários Honorários Profissionais INSS FGTS Provisão p/13º salário Provisão p/ Férias Material de Expediente e Escritório Viagens e Estadas da administração Gratificação a dirigentes
8.400,00 10.800,00
4.900,00
2.800,00 5.400,00
10.000,00 (-) Despesas Financeiras Juros Passivos Descontos Concedidos
__________ 2.300,00 4.800,00
(+) Receitas Financeiras Juros Recebidos Descontos recebidos Rendimentos s/ Aplicações Financeiras
_________ 6.700,00 6.900,00
14.900,00 (+) Outras Receitas Receitas de Alugueis
__________ 12.000,00
(-) Despesas Tributárias Impostos e taxas Municipais Multas de trânsito Multas por infração fiscal Multas por atraso no pagamentos tributos
________ 4.200,00 2.300,00 4.600,00 3.900,00
(=) RESULTADO OPERACIONAL LIQUIDO (+) Receitas Não Operacionais Dividendos Recebidos Lucro na venda de bens do permanente
_________ 12.000,00 35.000,00
(=) RESULTADO LÍQUIDO ANTES DO IR (-) Provisão p/CSLL (-) Provisão p/Imposto de Renda
(=) RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO
Informações relevantes:
1. Prejuízo fiscal escriturado na parte B do LALUR rf 2008 R$ 220.000,00
112
14– Lucro real trimestral
A empresa RODA & CIA LTDA, encerrou o 2º trimestre de de 2008, apresentando os seguintes dados
relevantes:
RECEITA BRUTA 424.374,00
(-) Deduções e Abatimentos 15.800,00
(=) Receita Líquida 408.574,00
(-) Custo Mercadorias vendidas 229.800,00
(=) Lucro Bruto Operacional 178.774,00
(-) Despesas Operacionais 217.548,00
(=) Prejuizo Operacional 38.774,00
(+) Receitas Não Operacionais 10.000.00
(=) Prejuizo antes do IR e da CSLL 28.774,00
Informações relevantes
1- Saldo Prejuízo fiscal apurado até o 1º trim 2008 – cfe parte B do LALUR ........... R$ 148.000,00
2- Multas por infrações de trânsito lançadas na fl 28 Livro diário nº 3 R$ 48.155,00
3- Gratificações aos dirigentes lançadas na fl 58 Livro diário nº 3 R$ 92.101,00
4- Despesas com brindes ao clientes lançadas na fl 59 Livro diário nº 3 R$ 36.317,00
5- Perda na avaliação de investimentos na empresa B lançadas na fl 68 Livro diário nº 3 R$ 63.785,00
Pede-se:
Escritutar o LALUR do periodo.
113
15 – Lucro Real Trimestral (continuação do anterior)
Escriturar o LALUR e determinar o LUCRO REAL e calcular o IR e a CSLL da empresa RODA &
CIA LTDA, tomando-se por base os seguintes dados:
Lucro líquido do 3º trimestre de 2008 R$ 204.544,00
Saldo de prejuízos fiscais do 2º trim 2009, cfe folha 30 da parte B do LALUR
Multas por infrações fiscais – fl. 115 livro diário nº 3 R$ 14.327,00
Ganhos na avaliação de investimentos por equivalência patrimonial fl.120 livro 3 R$ 20.424,00
Gratificações aos diretores – fl 145 Livro 3 R$ 14.888,00
Manutenção e reparo de bens imóveis, não destinados a manutenção
das atividades da empresa – fl 150 Livro Diário nº 3
R$ 4.678,00
16– Lucro Real Trimestral
Escriturar o LALUR e determinar o LUCRO REAL e calcular o IR e a CSLL da empresa RODA &
CIA LTDA, tomando-se por base os seguintes dados:
Lucro líquido do 4º trimestre de 2008 R$ 544.544,00
Saldo de prejuízos fiscais do 3º trim 200, cfe folha 30 da parte B do LALUR
multa de trânsito R$ 4.680,00
multa p/infração fiscal R$ 17.887,00
Ganhos na avaliação de investimentos por equivalência Patrimonial – com base no
patrimônio líquido (Empresa A) .
R$ 54.424,00
Gratificação aos diretores R$ 22.464,00
Perdas na avaliação de investimento por equivalência patrimonial R$ 66.318,00
114
17- Lucro Real anual - Empresa Comercial Ltda. tributada pelo Lucro Real anual obteve no 1º
trimestre de 2009 os seguintes resultados:
Contas de resultado janeiro fevereiro março 1 -Receitas Operacionais 191.100,00 213.150,00 271.950,00 2- (-)custos e despesas operacionais 213.150,00 145.600,00 235.200,00 3- (=) Resultado (22.050,00) 67.550,00 36.750,00 Ajustes para determinação do Lucro Real: 1- ADIÇÕES Gratificações aos dirigentes em janeiro R$ 9.217,60 2- EXCLUSÕES Ganhos na avaliação de investimentos R$ 10.752,00 1- Cálculos com base na Receita Operacional - ESTIMATIVA Mês/Ano Receita bruta Base cálculo
IRPJ IRPJ Base cálculo
CSLL CSLL
Janeiro Fevereiro março total 2- Cálculos com base nos balanços mensais IMPOSTO DE RENDA – PESSOA JURÍDICA
janeiro Fevereiro Março Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) Lucro Real IRPJ (-) antecipação (=) a recolher
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO – CSLL Janeiro Fevereiro Março
Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) Lucro Real CSLL (-) antecipação (=) a recolher 3- COMPARAÇÃO DOS VALORES ESTIMATIVA BALANCETE DE SUSPENSÃO Mês/ano IRPJ CSLL TOTAL IRPJ CSLL TOTAL TOTAIS
115
18 - Empresa com atividade industrial , tributada pelo LUCRO REAL anual, obteve no 1º
trimestre de 2009 os seguintes resultados:
Contas de resultado janeiro fevereiro Março 1 -Receitas Operacionais 250.000,00 320.000,00 300.000,00 2- (-)custos e despesas operacionais 120.000,00 310.000,00 260.000,00 3- (=) Resultado 130.000,00 10.000,00 40.000,00 Ajustes para determinação do Lucro Real: 1- ADIÇÕES Brindes distribuídos aos clientes em março R$ 10.000,00 2- EXCLUSÕES Ganhos na avaliação de investimentos no mês de fevereiro R$ 30.000,00 1- Cálculos com base na Receita Operacional - ESTIMATIVA Mês/Ano Receita bruta Base cálculo
IRPJ IRPJ Base cálculo
CSLL CSLL
Janeiro Fevereiro Março Total 2- Cálculos com base nos BALANÇOS MENSAIS
IMPOSTO DE RENDA – PESSOA JURÍDICA Janeiro fevereiro Março
Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) Lucro Real IRPJ (-) antecipação (=) valor a recolher
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO – CSLL Janeiro fevereiro Março
Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) Lucro Real CSLL (-) antecipação (=) a recolher
3-COMPARAÇÃO DOS VALORES ESTIMATIVA BALANCETE DE SUSPENSÃO Mês/ano IRPJ CSLL TOTAL IRPJ CSLL TOTAL TOTAIS
116
19- Empresa do ramo industrial e comercial, optante do LUCRO REAL anual, obteve os
seguintes resultados no 2º trimestre/2009:
Contas de resultado Até Março abril maio junho
1 -Receitas Operacionais 222.000,00 187.000,00 158.780,00
2- (-)custos e despesas operacionais 223.120,00 178.150,00 139.630,00
3- (=) Resultado 42.600,00
Imposto de renda recolhido até 31/03/2009: CSLL recolhida até 31/03/2009:
Ajustes para determinação do Lucro Real:
1- ADIÇÕES 2- EXCLUSÕES
Multas de transito pagas em fevereiro R$ 7.228,00 Ganhos na avaliação de investimentos em janeiro
R$ 20.500,00
1- Cálculos com base na Receita Operacional - ESTIMATIVA
Mês/Ano Receita bruta Base cálculo
IRPJ
IRPJ Base cálculo
CSLL
CSLL
abril
maio
junho
total 2- Cálculos com base nos balanços mensais
IMPOSTO DE RENDA – PESSOA JURÍDICA Meses abril maio junho
Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) Lucro Real IRPJ (-) antecipação (=) a recolher
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO – CSLL MESES abril maio junho
Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) Lucro Real CSLL (-) antecipação (=) a recolher
117
3-COMPARAÇÃO DOS VALORES ESTIMATIVA BALANCETE DE SUSPENSÃO Mês/ano IRPJ CSLL TOTAL IRPJ CSLL TOTAL TOTAIS
20. Empresa Comercial Ltda. tributada pelo Lucro Real anual obteve no ano-calendário de 2008
o seguinte resultado:
Contas de resultado janeiro fevereiro Março 1 -Receitas Operacionais 191.100,00 213.150,00 271.950,00 2- (-)custos e despesas operacionais 213.150,00 145.600,00 235.200,00 3- (=) Resultado (22.050,00) 67.550,00 36.750,00 Contas de resultado abril Maio Junho 1 -Receitas Operacionais 250.000,00 320.000,00 300.000,00 2- (-)custos e despesas operacionais 120.000,00 310.000,00 260.000,00 3- (=) Resultado 130.000,00 10.000,00 40.000,00 Contas de resultado julho Agosto Setembro 1 -Receitas Operacionais 222.000,00 187.000,00 158.780,00 2- (-)custos e despesas operacionais 223.120,00 178.150,00 139.630,00 3- (=) Resultado (1.120,00) 8.850,00 19.150,00 Contas de resultado outubro novembro Dezembro 1 -Receitas Operacionais 195.800,00 242.200,00 168.870,00 2- (-)custos e despesas operacionais 184.300,00 212.000,00 170.420,00 3- (=) Resultado 11.500,00 30.200,00 (1.550,00) Ajustes para determinação do Lucro Real: 1- ADIÇÕES: Gratificações aos dirigentes em janeiro .................... 9.217,60 Brindes no mês de março .......................................... 10.000,00 Multas de trânsito em outubro .................................. 7.228,00 2- EXCLUSÕES Ganhos na avaliação de investimentos em janeiro .. 10.752,00 Ganhos na avaliação de investimentos em junho... 20.800,00
118
1- Cálculo com base na Receita Operacional - ESTIMATIVA Mês/Ano Receita bruta Base cálculo IRPJ IRPJ Base cálculo CSLL CSLL Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Totais 2- Cálculos Com Base Dos Balanços Mensais De Suspensão/Redução - Imposto De Renda – Pessoa Jurídica
Meses janeiro fevereiro Março Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) Lucro Real IRPJ (-) antecipação (=) a recolher
Meses abril maio junho Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) Lucro Real IRPJ (-) antecipação (=) a recolher
Meses julho agosto Setembro Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) Lucro Real IRPJ (-) antecipação (=) a recolher
Meses outubro novembro Dezembro Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) Lucro Real IRPJ (-) antecipação (=) a recolher
119
3.Cálculos Com Base Dos Balanços Mensais de Suspensão/Redução - CSLL Meses janeiro fevereiro Março
Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) base de cálculo CSLL (-) antecipação (=) a recolher
Meses abril maio Junho Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) base de cálculo CSLL (-) antecipação (=) a recolher
Meses julho agosto setembro Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) base de cálculo CSLL (-) antecipação (=) a recolher
Meses Outubro novembro dezembro Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) base de cálculo CSLL (-) antecipação (=) a recolher 4- Comparação Dos Valores A Recolher
RECEITA BRUTA BALANÇOS MENSAIS Meses IRPJ CSLL IRPJ CSLL Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro TOTAIS
120
7.4 Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e
Empresas de Pequeno
Considera-se Microempresa a pessoa jurídica cuja receita bruta, no ano-calendário, for igual ou
inferior a R$ 240.000,00 e a Empresa de Pequeno Porte aquela cuja receita bruta for superior a R$
240.000,00 e inferior a R$ 2.400.000,00 (Projeto de Lei Complementar 123).
7.4.1 Unificação dos Tributos
- Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas – IRPJ;
- Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidos
Público - PIS/PASEP;
- Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL;
- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS;
- Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI;
- Contribuições para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica (parte empresa do INSS,
contribuição para terceiros, seguro de acidente de trabalho);
- Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS;
- Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza -ISS
7.4.2 Tributos Excluídos do SIMPLES:
- Imposto sobre Operações de Crédito, Cambio e Seguro, ou relativas a Títulos e Valores
Mobiliários – IOF;
- Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros - II;
- Imposto sobre Exportação de Produtos Nacionais ou Nacionalizados – IIE;
- Imposto de Renda, relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa pessoas físicas –
IRRF;
- Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras
de renda fixa ou variável;
- Imposto de Renda relativo aos ganhos de capital auferidos na alienação de bens do ativo
permanente;
- Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR;
- Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira – CPMF;
- Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS;
121
- Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresario, na qualidade de
contribuinte individual, carcaterizado como microempresa (INSS),
- Contribuição para o PIS/Pasep, COFINS e IPI incidentes na importação de bens e serviços;
- ICMS devido:
a) nas operações ou prestações sujeitas ao regime de substituição tributária;
b) na entrada do território do estado ou Distrito Federal, de petróleo, inclusive lubrificantes e
combustiveis liquidos e gasosos dele derivados, bem como energia elétrica, quando não destinadaos
à comercialização ou industrialização;
c) por ocasião do desembaraço aduaneiro;
d) na aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria desacobertada de documento fiscal
f) na operação ou prestação desacobertada de documento fiscal entre outras.
§ ISS devido:
a) em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária ou retenção na fonte;
b) na importação de servisços;
§ Contribuição sindical patronaç
§ As ME e EPP ficam dispensadas do pagamento das demais contribuições instituídas pela União.
7.4.3 Vedações ao SIMPLES
§ na condição de Microempresa, se a receita bruta for superior a R$ 240.000,00 anuais;
§ na condição de Empresa de Pequeno Porte, se a receita bruta for superior a R$ 2.400.000,00;
§ constituída sob a forma de sociedade por ações;
§ banco comercial, de investimento, desenvolvimento, caixa econômica, sociedade de crédito,
financiamento e investimento, sociedade de crédito imobiliário, sociedade corretora de títulos,
valores mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e valores mobiliários, empresa de
arrendamento mercantil, cooperativa de crédito, empresas de seguros privados e de
capitalização e entidades de previdência privada aberta;
§ que explore atividade de prestação cumulativa e continua de prestação de serviços de assessoria
creditícia, gestão de crédito, (factoring);
§ de cujo capital participe outra pessoa juridica;
§ que tenha sócio domiciliado no exterior;
§ filial, sucursal, agência de representação, no país, de pessoa jurídica com sede no exterior;
§ de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual
ou municipal;
122
§ que preste serviço de comunicação;
§ que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS ou com as Fazendas
Públicas Federal, Estaadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;
§ que que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros;
§ que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadaora de energia elétrica;
§ que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas;
§ que exerça atividade de importação de combustiveis;
§ que exerça atividade de produção ou venda no atacado de bebidas alcoólicas, cigarros, armas,
bem como de outro produtos tributados pelo IPI com alíquota superior a 20%;
§ que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes de exercicio de atividade
intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua
profissão regulamentada ou não, bem com o preste serviços de instrutor, de corretor, de
despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios;
§ que realize cessão ou locação de mão-de-obra;
§ que realize atividade de consultoria;
§ que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis;
§ de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra
empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta lei complementar, desde
que a receita bruta global ultrapasse o limite estipulado
§ cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de outra empresa não beneficiada por
esta lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite;
§ cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado, de outra pessoa jurídica com fins
lucratiuvos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite;
§ constituídas sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
§ resultante ou remanscente de cisão ou qualquer forma de desmembramento de pessoa jurídica
que tenha ocorrido em um dos cinco anos-calendário anteriores;
7.4.4 Atividades enquadradas no SIMPLES
I. creche, pré-escola e estabelecimento de enssino fundamental;
II. agencia terceurizada de correios;
III. agência de viagem e turismo;
IV. centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte terrestre de
passageiros e de carga;
123
V. agencia lotérica;
VI. serviços de manutenção e reparação de automóveis, vaminhões, ônibus, veículos pesados,
tartores, máquinas, equipamentos agrícolas;
VII. serviços de instalação, manutenção e reparação de acessórios para veículos automotores;
VIII. serviços de manutenção e reparação de motocicletas, motonetas e bicicletas;
IX. serviços de instalação, manutenção e reparação de máquinas de escritório e informática;
X. serviços de reparos hidráulicos. Elétricos, pintura e carpintaria em residências ou
estabelecimentos civis ou empresariais, bem como manutenção e reparação de aparelhos
eletrodomésticos;
XI. serviços de instalação e manutenção de aparelhos de ar condicionado, refrigeração,
ventilação, aquecimento e tratamento de ar em ambientes controlados;
XII. veículos de comunicação, de radiodifusãoi sonora e de sons e imagens, e mídea externa;
XIII. que se dedique à construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma
de empreitada;
XIV. operadores autônomos de transporte de passageiros;
XV. empresas montadoras de stands para feiras;
XVI. escolas livres, de linguas estrangeiras, artes, cursos técnicos e gerenciais;
XVII. produção cultural e artistica;
XVIII. produção cinematográfica e de artes cênicas;
XIX. cunulativamente administração e locação de imóveis de terceiros;
XX. academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais;
XXI. academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes;
XXII. decoração e paisagismo;
XXIII. elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que
desenvolvidos em estabelecimento do optante;
XXIV. licenciamento ou sessão de direito de uso de programa de computação;
XXV. planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, desde que
realizaados em estabelecimento do optante;
XXVI. escritórios de serviços contábeis;
XXVII. serviços de vigilância, limpesa e conservação.
124
Tabela - Partilha do Simples Nacional – Comércio
Receita Bruta Total em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS Pis/Pasep INSS ICMS ICMS Até 120.000,00 2,75% 0,00% 0,21% 0,74% 0,00% 1,80% 0,00% 0,00% 0,00% De 120.000,01 a 240.000,00 3,61% 0,00% 0,36% 1,08% 0,00% 2,17% 0,00% 0,00% 0,00% De 240.000,01 a 360.000,00 4,51% 0,31% 0,31% 0,95% 0,23% 2,71% 0,00% 0,00% 0,00% De 360.000,01 a 480.000,00 5,65% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 0,67% 73,96% 2,56% De 480.000,01 a 600.000,00 6,09% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 1,07% 58,66% 2,58% De 600.000,01 a 720.000,00 6,79% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 1,33% 52,72% 2,82% De 720.000,01 a 840.000,00 7,04% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 1,52% 46,34% 2,84% De 840.000,01 a 960.000,00 7,41% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 1,83% 36,12% 2,87% De 960.000,01 a 1.080.000,00 8,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 2,07% 32,44% 3,07% De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 8,29% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 2,27% 26,88% 3,10% De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 8,99% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 2,42% 28,28% 3,38% De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 9,19% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 2,56% 25,06% 3,41% De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 9,35% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 2,67% 22,71% 3,45% De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 9,51% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 2,76% 20,63% 3,48% De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 9,65% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 2,84% 18,96% 3,51% De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 10,33% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 2,92% 23,65% 3,82% De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 10,53% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,06% 20,55% 3,85% De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 10,73% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,19% 17,91% 3,88% De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 10,90% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,30% 15,65% 3,91% De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 11,06% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,40% 13,92% 3,95%
125
TABELA - Partilha do Simples Nacional – Indústria
Receita Bruta Total em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS Pis/Pasep INSS IPI ICMS PERC.REDU ICMS Até 120.000,00 3,25% 0,00% 0,21% 0,74% 0,00% 1,80% 0,50% 0,00% 0,00% 0,00% De 120.000,01 a 240.000,00 4,11% 0,00% 0,36% 1,08% 0,00% 2,17% 0,50% 0,00% 0,00% 0,00% De 240.000,01 a 360.000,00 5,01% 0,31% 0,31% 0,95% 0,23% 2,71% 0,50% 0,00% 0,00% 0,00% De 360.000,01 a 480.000,00 6,15% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 0,50% 0,67% 73,96% 2,56% De 480.000,01 a 600.000,00 6,59% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 0,50% 1,07% 58,66% 2,58% De 600.000,01 a 720.000,00 7,29% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 0,50% 1,33% 52,72% 2,82% De 720.000,01 a 840.000,00 7,54% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 0,50% 1,52% 46,34% 2,84% De 840.000,01 a 960.000,00 7,91% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 0,50% 1,83% 36,12% 2,87% De 960.000,01 a 1.080.000,00 8,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 0,50% 2,07% 32,44% 3,07% De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 8,79% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 0,50% 2,27% 26,88% 3,10% De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 9,49% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 0,50% 2,42% 28,28% 3,38% De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 9,69% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 0,50% 2,56% 25,06% 3,41% De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 9,85% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 0,50% 2,67% 22,71% 3,45% De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 10,01% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 0,50% 2,76% 20,63% 3,48% De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 10,15% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 0,50% 2,84% 18,96% 3,51% De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 10,83% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 0,50% 2,92% 23,65% 3,82% De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 11,03% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 0,50% 3,06% 20,55% 3,85% De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 11,23% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 0,50% 3,19% 17,91% 3,88% De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 11,40% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 0,50% 3,30% 15,65% 3,91% De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 11,56% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 0,50% 3,40% 13,92% 3,95%
126
Tabela - Partilha do Simples Nacional – Serviços e Locação de Bens Móveis
Seção II – Receitas decorrentes da prestação dos serviços previstos nos incisos I a XII do § 3º do art. 12 da Resolução CGSN no 4, de 30 de maio de 2007
Receita Bruta Total em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS Pis/Pasep INSS ISS
Até 120.000,00 6,00% 0,00% 0,39% 1,19% 0,00% 2,42% 2,00%
De 120.000,01 a 240.000,00 8,21% 0,00% 0,54% 1,62% 0,00% 3,26% 2,79%
De 240.000,01 a 360.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50%
De 360.000,01 a 480.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84%
De 480.000,01 a 600.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87%
De 600.000,01 a 720.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23%
De 720.000,01 a 840.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26%
De 840.000,01 a 960.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31%
De 960.000,01 a 1.080.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61%
De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65%
De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00%
De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00%
De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00%
De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% 5,00%
De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00%
De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00%
De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00%
De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00%
De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00%
De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00%
127
EXERCICIOS
01 SIMPLES - Empresa JJ E CIA LTDA. optante do SIMPLES, obteve o seguinte faturamento no mês de
Janeiro/2009:
a) Vendas de produtos R$ 15.200,00
b) Vendas de mercadorias R$ 32.000,00 R$ 47.200,00
Receita bruta acumulada de janeiro/2008 a dezembro/2008 R$ 492.860,00
CALCULAR O VALOR DO SIMPLES A RECOLHER, BEM COMO EFETUAR A DISTRIBUIÇÃO DOS
VALORES POR TRIBUTOS :
TRIBUTOS ALÍQUOTAS BASE DE CÁLCULO VALOR DEVIDO
IRPJ
CSLL
P I S
COFINS
INSS
I P I
ICMS
TOTAL
002 – SIMPLES A empresa Boa Sorte Nunca é Demais Ltda, no mês de agosto/2009 estava com o faturamento
acumulado (últimos 12 meses) em R$ 852.315,00, No mês de Setembro faturou apenas:
a) Vendas de mercadorias mercado interno R$ 42,413,00
b) Vendas a mercadorias mercado externo R$ 32.320,00 R$ 74.733,00
CALCULAR O VALOR DO SIMPLES A RECOLHER, BEM COMO EFETUAR A DISTRIBUIÇÃO DOS
VALORES POR TRIBUTOS:
TRIBUTOS ALÍQUOTAS BASE DE CÁLCULO VALOR DEVIDO
IRPJ
CSLL
P I S
COFINS
INSS
I P I
ICMS
TOTAL
128
03 – SIMPLES
Empresa industrial, contribuinte do IPI, optante do SIMPLES na categoria de EPP, obteve em
setembro/2009 o seguinte faturamento:
a) Vendas produtos industrializados mercado interno R$ 142.422,00
b) Vendas de produtos industrializados mercado externo R$ 32.223,00 R$ 174.645,00
Receita Bruta acumulada de setembro/2008 a agosto/2009: R$ 1.836.000,00
CALCULAR O VALOR DO SIMPLES A RECOLHER, BEM COMO EFETUAR A DISTRIBUIÇÃO DOS
VALORES POR TRIBUTOS E FAZER O LANÇAMENTO CONTÁBIL
TRIBUTOS ALÍQUOTAS BASE DE CÁLCULO VALOR DEVIDO
IRPJ
CSLL
P I S
COFINS
INSS
I P I
ICMS
TOTAL
04 – SIMPLES Empresa industrial e de serviços, contribuinte do IPI, optante do SIMPLES na categoria de EPP,
obteve em JULHO/2009 o seguinte faturamento:
a) Vendas de produtos industrializados R$ 66.444,00
b) Prestação de serviços R$ 44.160,00
c) Lucro na venda de Imobilizado R$ 22.222,00
TOTAL DO FATURAMENTO DE JULHO R$ 132.826,00
129
Calcular o valor do simples a recolher, bem como efetuar a distribuição dos valores por tributos,
considerado que a receita bruta acumulada de Julho/2008 a junho/2009 foi de R$ 820.340,00
TRIBUTOS ALÍQUOTAS BASE DE CÁLCULO VALOR DEVIDO
IRPJ
CSLL
P I S
COFINS
INSS
I P I
ICMS
ISS
TOTAL
05. SIMPLES Empresa industrial, comercial e prestadora de serviços, contribuinte do IPI, optante do SIMPLES ,
obteve em JULHO/2008 o seguinte faturamento:
a) Vendas de produtos industrializados R$ 56.444,00
b) venda de mercadorias R$ 18.200,00
b) Prestação de serviços R$ 24.160,00
c) Lucro na venda de Imobilizado R$ 38.200,00
TOTAL DO FATURAMENTO DE JULHO R$
Calcular o valor do simples a recolher, bem como efetuar a distribuição dos valores por tributos,
considerado que a receita bruta acumulada de Julho/2007 a junho/2008 foi de R$ 820.340,00
130
TRIBUTOS ALÍQUOTAS BASE DE CÁLCULO VALOR DEVIDO
IRPJ
CSLL
P I S
COFINS
INSS
I P I
ICMS
ISS
TOTAL
8. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO DAS EMPRESAS
CONCEITO
Planejamento trinutário é o processo de escolha de ação ou omissão lícita, não simulada,
anterior à ocorrência do fato gerador, que vise, direta ou indiretamente, economia de tributos (Cândido
H.Campos, 1985, pág.19).
FUNDAMENTAÇÃO
O planejamento tributário é um processo de escolha porque pressupõe necessariamente a
existência e a análise dos efeitos fiscais de duas ou mais alterantivas possíveis. Todavia, sempre se
materializa através de uma ação ou omissão do sujeito passivo da obrigação tributária, que impede ou
retarda a ocorrência futura do fato gerador, ou reduz os seus efeitos econômicos. Tal ação ou omissão
tem, obrigatoriamente, que ser lícita, ou seja, prevista ou não proibida por lei, e não simulada, ou seja,
em que forma jurídica adotada corresponda à efetiva intenção das partes. No Brasil, não é considerado
ilícito um ato jurídico praticado unicamente com fins de economia tributária.
131
É fundamental que a ação ou omissão de Planejamento Tributário seja praticado e formalizado
ANTES DA OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR, pois toda ação ou omissão praticada e
formalizada DEPOIS da ocorrência do FATO GERADOR, que objetive impedir ou retardar a
ocorrência do fato gerador, ou reduzir os seus efeitos econômicos, é considerada fraude, por implicar
sonegação fiscal.
8.1 ELISÃO, EVASÃO E ELUSÃO
8.1.1 ELISÃO FISCAL (Oliveira, 2005)
A elisão fiscal visa uma economia de tributos de forma lícita e é desenvolvida pelo
planejamento tributário, executando-o em conformidade com os sistemas legais que possibilitam a
redução de tributos ou alíquotas.
A elisão fiscal, ou planejamento tributário, é todo procedimento lícito realizado pelo
contribuinte antes da ocorrência do fato gerador com o objetivo de eliminar ou postergar a obrigação
tributária ou reduzir o montante devido.
Portanto, a elisão fiscal representa um conjunto de sistemas legais com o objetivo de reduzir,
postergar ou até mesmo eliminar o recolhimento de tributos, pois o contribuinte tem o direito de
estruturar seu negócio da melhor maneira, procurando reduzir seus custos empresariais. Se a forma
adotada é licita, cabe à fazenda pública respeita-la.
8.1.2 ELUSÃO TRIBUTÁRIA (Oliveira, 2005)
É o fenômeno pelo qual o contribuinte, mediante a organização planejada de atos lícitos, mas
simulados ou com fraude à lei, tenta evitar a incidência tributária, ou enquadrar-se em regime fiscal
mais favorável ou obter alguma vantagem fiscal específica.
Na elusão, o contribuinte procura evitar a ocorrência do fato gerador ou colocá-lo de forma
menos onerosa, assumindo o risco pelo resultado e usando meios atípicos.
8.1.3 EVASÃO FISCAL (Oliveira, 2005)
A evasão fiscal é toda e qualquer ação ou omissão para reduzir ou retardar o cumprimento da
obrigação tributária. É a fuga do cumprimento da obrigação tributária já existente, a tentativa de sua
eliminação por forma ilícita.
A evasão ocorre quando o contribuinte não transfere ou deixa de pagar integralmente ao Fisco
uma parcela a título de tributo, considerada devida por força ou determinação legal.
132
8.2 Remuneração a Sócios
8.2.1 Distribuição de Lucros
A empresa poderá distribuir lucros sem tributação, desde que obedeça ao limite de isenção, ou
seja, a parcela dos lucros que excederem o valor da base de cálculo do imposto com base no lucro
presumido ou arbitrado, diminuída de todos os impostos e contribuições federais (IRPJ, CSLL, PIS e
COFINS) a que a pessoa jurídica estiver sujeita (Oliveira, 2005)
Contudo, o RIR permite que os lucros apurados contabilmente a partir de1º de janeiro de 1996 e
distribuído aos sócios ou acionistas, por empresas tributadas pelo Lucro Real, presumido ou arbitrado,
não estarão sujeitas à incidência do IRRF (Oliveira, 2005).
Portanto, a escrituração contábil justifica o procedimento pela economia obtida do IRRF aos
sócios. No entanto, se o lucro líquido apurado for inferior ao valor determinado, prevalecerá a isenção
sobre a distribuição do lucro presumido líquido do imposto e das contribuições devidas.
8.2.2 Juros sobre Capital Próprio
O RIR/99 instituiu os juros sobre o capital próprio: “ Art 347. A Pessoa Jurídica poderá deduzir,
para efeitos de apuração do lucro real, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular,
sócio ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas co
patrimônio líquido e limitados à variação da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP.”
“Art 347 do RIR/99, Par. 1º: O efetivo pagamento ou crédito de juros fica condicionado à
existência de lucros, computados antes da dedução dos juros, ou de lucros acumulados e reservas de
lucros. O limite dos juros para fins de dedutibilidade do IRPJ e da CSLL será de 50% do lucro líquido
correspondente ao período-base de seu pagamento ou crédito, antes da dedução da provisão para o
imposto de renda e da dedução dos próprios juros ou dos saldos de lucros acumulados de períodos
anteriores – o que for maior.”
O valor dos juros pagos ou creditados, a título de remuneração do capital próprio, sofrerá a
retenção do IRRF à alíquota de 15% sobre o valor respectivo na data do pagamento ou crédito.
A reserva de reavaliação não deve compor a base de cálculo enquanto não for realizada, ou seja,
enquanto não for adicionada na determinação do lucro real e da contribuição social.
8.3 Ganhos de Capital
“A diferença entre o valor de venda de bens do Ativo Permanente e seu respectivo custo
contábil corresponde ao ganho de capital, que deverá ser apurado pela empresa, independente de seu
regime de tributação (Real, Presumido, Arbitrado ou SIMPLES”. (Oliveira.2005, pg. 197)
133
Nas vendas do Ativo Permanente para receber o preço, no todo ou em parte, o contribuinte
poderá , para determinar o Lucro Real, reconhecer o lucro na proporção da parcela do preço recebida
em cada período de apuração, após o término do ano-calendário seguinte ao da contratação (art.421 do
RIR).
Caso o contribuinte tenha reconhecido o lucro na escrituração comercial no período de apuração
em que ocorreu a venda, os ajustes e o controle do lucro na proporção da parcela do preço recebida em
cada período de apuração serão registrados no LALUR.
8.4 Retenção na Fonte do IRPJ CSLL, PIS e COFINS
Para Oliveira (2005), os pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas a outras pessoa jurídicas de
direito privado estão sujeitos à retenção na fonte da CSLL, COFINS e PIS, pela prestação dos seguintes
serviços:
§ Limpeza, conservação, manutenção, segurança, vigilância, transporte de valores e locação de
mão-de-obra, que já se sujeitavam à retenção do IRRF à alíquota de 1,0% antes de 01/02/2004
§ Assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de
contas a pagar e a receber, que a partir de 01/02/2004 estão sujeitos à retenção do IRRF à
alíquota de 1,5%;
§ Remuneração de serviços caracterizadamente de natureza profissional que já se sujeitavam à
retenção de IRRF à alíquota de 1,5% antes de 01/01/2004 (parágrafo 1º do art 647 IRI/2004).
Os pagamentos efetuados pela prestação dos serviços acima estão sujeitos à retenção na fonte
de 4,65%, correspondente à soma das seguintes alíquotas:
§ 1,0 % CSLL
§ 3,0% COFINS
§ 0,65% PIS
Os serviços abaixo, além da retenção na fonte da CSLL, COFINS e PIS também estão sujeitos
ao desconto do IRRF à alíquota de 1,5%:
§ medicina prestados por ambulatório, banco de sangue, casa e clínica de saúde, casa de
recuperação e repouso sob orientação médica, hospitalar e pronto-socorro;
§ engenharia de construção de estradas, pontes, prédios e obras assemelhadas e
§ publicidade e propaganda.
Além das pessoas jurídicas que efetuarem pagamentos ou créditos a outras pessoas jurídicas, a
retenção é aplicada inclusive aos pagamentos efetuados por:
134
§ associações, inclusive entidades sindicais, federações, confederações, centrais sindicais e
serviços sociais autônomos;
§ sociedades simples, inclusive sociedades cooperativas
§ fundações de direito privado e
§ condomínios de moradores
Para efeito de planejamento tributário, os valores retidos do IR, da CSLL. COFINS e PIS serão
considerados como antecipação do que for devido pelo contribuinte que sofreu a retenção, podendo ser
compensados com o imposto e as contribuições da mesma espécie.
As pessoas jurídicas optantes do SIMPLES não sofrerão nem estão obrigadas a efetuar a
retenção das contribuições. Também estão dispensadas de retenção as PJ que efetuarem o pagamento
de valor igual ou inferior a R$ 5.000,00. Contudo, se estiver registrado no mesmo mês mais de um
pagamento a uma mesma pessoa jurídica, a cada pagamento deverá ser efetuada a soma de todos os
valores já pagãos naquele mês para determinar a dispensa da retenção (Oliveira, 2005).
8.5 Contratos de Longo Prazo
De acordo com o art 407 do RIR/2004, na apuração do resultado de contratos, com prazo
superior a um ano, de construção por empreitada ou por fornecimento, a preço predeterminado, de bens
ou serviços a serem produzidos, serão computados em cada período de apuração (Oliveira, 2005):
1. Custo de construção ou de produção dos bens ou serviços incorridos durante o período de
apuração;
2. parte do preço total da empreitada, ou dos bens ou serviços a serem fornecidos, determinada
mediante aplicação, sobre o preço total da porcentagem do contrato ou da produção executada
no período de apuração.
Portanto, poderá ser excluída do lucro do período de apuração. Para efeito de determinar o lucro
real, parcela do lucro da empreitada ou fornecimento computado no resultado do período de apuração,
proporcionalmente à receita dessas operações consideradas nesse resultado e não recebida até a data do
balanço de encerramento do período. A parcela excluída deverá ser computada na determinação do
lucro real do período de apuração em que a receita for recebida (Oliveira, 2005).
8.6 Faturamento para Entrega Futura
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real devem apurar o seu resultado no período
mediante o regime de competência, segundo o qual as receitas serão computadas independentemente de
135
sua realização em moeda e os custos e despesas, pagos ou incorridos, no mesmo período em que
corresponderem essas receitas. Assim, as receitas provenientes da venda a prazo de mercadorias,
produtos ou serviços serão reconhecidas no momento de sua realização, independentemente do efetivo
pagamento (Oliveira, 2005).
No caso de venda para entrega futura, o reconhecimento da receita da venda e de seu respectivo
custo será no momento da entrega do bem, e não enquanto este permanecer em poder da empresa ou
estiver sendo produzido.
8.7 Depreciação
A maioria das empresas brasileiras adota como taxas anuais de depreciação de seu imobilizado
aquelas admitidas pelo Regulamento do Imposto de Renda, como de uso normal em um turno de oito
horas diárias (Oliveira, 2005).
Entretanto, para itens do imobilizado com excessivo desgaste ou rápida obsolência, o
contribuinte pode solicitar ao Instituto Nacional de Tecnologia (INT), ou outra entidade oficial
especializada, o laudo para adoção de taxas de depreciação, adequadas às condições de utilização dos
bens, diferentes das divulgadas pela SRF. As máquinas e equipamentos são depreciados à taxa de 10%
anuais, entretanto, se tiverem vida útil de cinco anos, segundo o laudo do ITN, a taxa dobrará para 20%
anuais, permitindo uma redução tributária pela maior contabilização das despesas de depreciação às
empresas optantes pelo Lucro Real (Oliveira, 2005).
Além da utilização de laudos, o RIR permite que se contabilize os efeitos de turnos superiores
ao normal na vida útil dos bens móveis (depreciação acelerada). Por esse critério, tais bens serão
depreciados em função do número de horas diárias de operação, empregado-se os coeficientes:
§ um turno de oito horas 1,0;
§ dois turnos de oito horas 1,5;
§ três turnos de oito horas 2,0.
9 REGIMES DE TRIBUTAÇÃO
A cada ano, surge uma importante questão: a empresa que não tenha nenhum impedimento
para optar por um regime de tributação (Lucro Presumido, Real ou Arbitrado) deve defini-lo para fins
de recolhimento do IRPJ e da CSLL. Normalmente, a preferência é pelo lucro presumido, pela
136
facilidade de cálculo do IRPJ e da CSLL, além de reduzir os serviços em escritórios de contabilidade,
pois a legislação exige apenas a escrituração do Livro Caixa (Oliveira, 2005).
A decisão por um ou outro regime de tributação deve estar baseada na margem de lucro da
empresa, antes do IRPJ e da CSLL, obtida nas demonstrações contábeis do período anterior e em sua
projeção até o final do ano (Oliveira, 2005).
9.1 Fato Gerador
O fato gerador ou hipótese de incidência dos Tributos Federais, tais como IRPJ e CSLL, devido
pelas Pessoas Jurídicas é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de RENDA, assim
entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos, e de proventos de qualquer
natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não comprendidos no conceito de renda. É
importante frisar que nem toda a aquisição de disponibiliadade econômica ou jurídica de renda é
considerada FATO GERADOR dos tributos ora estudados. Os lucros auferido em empresas coligadas
ou controladas, avaliados pelo método da Equivalência Patrimonial, não são considerados aquisição de
disponibilidade econômica ou jurídica de renda tributável (Oliveira, 2005).
O fato gerador assim considerado pela Legislação do Imposto de Renda, atualmente no Brasil, é
o LUCRO REAL, ajustado por adições, exclusões e compemsações no LALUR, para empresas
optantes desta modalidade tributária. Pelas empresas optantes pelo Lucro Presumido, Arbitrado ou
SIMPLES, o fato gerador é a receita bruta auferida.
9.2 EXERCICIOS
1- Assinale a alternativa incorreta. Com relação às normas tributária das leis nº 9.249/95, nº
9.430/96 e do Regulamento ro Imposto de Renda relacionadas aos juros sobre o capital próprio:
a- a Lei nº 9.249/95 instituiu a dedutibilidade, na apuração do lucro real, das importâncias pagas ou
creditadas, a título de juros sobre o capital próprio, aos sócios ou acionistas das pessoas jurídicas;
b- o efetivo pagamento ou crédito de juros fica condicionado à existência de lucros, computados antes
da dedução dos juros, ou de lucros acumulados e reservas de lucros, em montante igual ou superior ao
valor de duas vezes os juros a serem pagos ou creditados;
c- a partir de 1997, de acordo com a lei nº 9.430/96., tais juros são dedutíveis também para a apuração
da base de cálculo da Contribuição Social;
137
d- a base de cálculo dos juros sobre o capital próprio é o patrimônio líquido, sendo considerados, sem
nenhuma exceção, os saldos das contas de Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de
Reavaliação, Reservas de Lucros e Lucros ou Prejuízos Acumulados;
e- a Reserva de Reavaliação não deve compor a base de cálculo enquanto não for realizada, ou seja,
enquanto não for adicionada na determinação do lucro real e da contribuição social sobre o lucro
2- Supondo que no exercício de 2006 a variação da Taxa de Juros de Longo Prazo, a TJLP, foi de
25%, assinale a(s) alternativa(s) correta(s) com relação ao montante que poderia ser
contabilizado e que estaria dentro dos limites aceitos pela legislação tributária para a
contabilização e dedutibilidade dos juros sobre o capital próprio, para fins de apuração do lucro
tributável:
a- na empresa A, a base de cálculo era de R$ 3.000.000, sendo que havia lucros acumulados e reservas
de Lucros no montante de R$ 1.400.000. A empresa obteve um lucro contábil, antes da provisão para o
Imposto de Renda e da dedução dos referidos juros, de R$ 400.000 no período-base. Nesse caso, o
montante correto a ser contabilizado seria de R$ 750.000.
b- na Empresa B, a base de cálculo era de R$ 7.200.000, sendo que havia lucros acumulados e reservas
de lucros no montante de R$ 4.000.000. A empresa obteve um prejuízo contábil, antes da provisão para
o Imposto de Renda e da dedução dos referidos juros. Nesse caso, o montante correto a ser
contabilizado seria R$ 1.800.000.
c- na Empresa C, a base de cálculo era de R$ 4.000.000, sendo que havia lucros acumulados e reservas
de lucros no montante de R$ 400.000. A empresa obteve prejuízo contábil, antes da provisão para o
Imposto de Renda e da dedução dos referidos juros. Nesse caso, o montante correto a ser contabilizado
seria R$ 200.000.
d- na Empresa D, a base de cálculo era de R$ 6.000.000, sendo que havia lucros acumulados e reservas
de lucros no montante de R$ 4.400.000. A empresa obteve um lucro contábil, antes da provisão para
Imposto de Renda e da dedução dos referidos juros, de R$ 2.600.000 no período-base. Nesse caso, o
montante correto a ser contabilizado seria R$ 2.200.000.
e- na Empresa E, a base de cálculo era de R$ 1.000.000, sendo que havia lucros acumulados e reservas
de lucros no montante de R$ 100.000. A empresa obteve um lucro contábil, antes da provisão para
Imposto de Renda e da dedução dos referidos juros, de R$ 90.000 no período-base. Nesse caso, o
montante correto a ser contabilizado seria R$ 50.000.
138
f- Na Empresa F, a base de cálculo era de R$ 600.000, sendo que bão havia lucros acumulados e
reservas de lucros. A empresa obteve prejuízo contábil, antes da provisão para Imposto de Renda e da
dedução dos referidos juros, de R$ 40.000 no período-base. Nesse caso, o montante correto a ser
contabilizado seria R$ 20.000.
3- Com base nas informações disponíveis da Cia. CIAN Ltda, calcular e contabilizar, em
31/12/2006, os juros sobre o capital próprio, supondo:
a) que os juros serão pagos aos acionistas;
b) que no exercício de 2006 a taxa anual da TJLP foi de 22% e que o valor do patrimônio líquido
do ano, em média, da empresa foi o seguinte:
Capital social integralizado 2.000.000
Reservas de capital 240.000
Reservas de reavaliação 300.000
Lucros acumulados 200.000
Lucro contábil de 2006 antes da provisão para IR e da dedução dos
referidos juros
490.000
Total do Patrimônio Líquido 3.230.000
4- O Departamento responsável pelo controle de tributos da Cia Amazônia, ao final do exercício
de 2006, elabora um relatório contendo os dados na tabela abaixo:
Contas Valores
Capital Social 100.000,00
Reserva de Reavaliação 50.000,00
Reserva Especial art 460 RIR 10.000,00
Lucros acumulados até 2005 22.000,00
Lucro líquido de 2006 ( ajustado) 13.000,00
TJLP no ano 5%
Com base nas informações, considerando que não será efetuado nenhum ajuste no Lucro Real, qual é o
valor máximo permitido pela Legislação do Imposto de Renda, a ser pago ou creditado a título de Juros
Sobre o Capital Próprio, dedutíveis na Base do Lucro Real da empresa?
a- R$ 11.000,00
139
b- R$ 9.100,00
c- R$ 7.250,00
d- R$ 6.750,00
d- R$ 6.500,00
5-PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Empresa de atividade comercial, obteve no lº trimestre/2009 os seguintes resultados:
Contas de Resultado Janeiro fevereiro março
1. Receitas Operacionais 250.000,00 320.000,00 300.000,00
2. Receitas não Operacionais 30.000,00 10.000,00
2.(-) Despesas Operacionais 120.000,00 310.000,00 260.000,00
3. (=) Resultado
AJUSTES PARA DETERMINAÇÃO DO LUCRO REAL:
ADIÇÕES:
Brindes distribuídos aos clientes no mês de Março R$ 10.000,00
EXCLUSÕES
Ganhos na avaliação de investimentos em empresa
Coligada no mês de JANEIRO/2009 ....................... R$ 30.000,00
QUESTÃO:
Com base nos dados acima, efetuar os cálculos para efeito de PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO, com
referência a CSLL e IRPJ, pelo Lucro Real Anual, e Lucro Presumido, demonstra-los, indicando qual
dos dois seria mais econômico para a empresa:
1. CÁLCULOS COM BASE NO LUCRO PRESUMIDO
I R P J
MÊS/ano RECEITA
BRUTA
BASE DE
CÁLCULO
% IRPJ R$
TOTAL
140
C S L L
MÊS/ano RECEITA
BRUTA
BASE DE
CÁLCULO
% CSLL R$
T O T A L
2. CÁLCULO COM BASE NO LUCRO REAL ANUAL
IMPOSTO DE RENDA – PESSOA JURÍDICA
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO
Resultado consolidado
(+) adições
(-) Exclusões
(=) Lucro Real
IRPJ
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL
MESES JANEIRO FEVEREIRO MARÇO
Resultado consolidado
(+) adições
(-) Exclusões
(=) Lucro Real
CSLL
COMPARAÇÃO DOS VALORES
IRPJ CSLL
Estimativa
Balanços consolidados
Totais
141
6– PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Empresa industrial obteve no 1º trimestre/2009 os seguintes resultados:
Contas de Resultado janeiro fevereiro Março
1. Receitas Operacionais
2.(-) Compras dentro do estado
3. Ordenados e Salários
3.(-) Despesas Operacionais
4.(+)Ganho na avaliação Investimentos
4.= Resultado
191.100,00
76.440,00
15.000,00
121.710,00
(22.050,00)
213.150,00
85.200,00
18.000,00
42.400,00
67.550,00
271.950,00
108.780,00
20.000,00
117.172,00
10.752,00
36.750,00
Receita bruta acumulada dos últimos 12 meses imediatamente anteriores R$ 2.189.200,00
AJUSTES PARA DETERMINAÇÃO DO LUCRO REAL:
1. ADIÇÕES
Gratificações aos dirigentes em JANEIRO ............ R$ 9.217,60
2. EXCLUSÕES
Ganho na avaliação de investimentos pela Equivalência
patrimonial participação de 8% na empresa B em janeiro R$ 10.752,00
3- Prejuízos Acumulados até 31/12/ 2008 R$ 60.000.00
1. LUCRO REAL TRIMESTRAL
Trimestre 1º Base de cálculo IRPJ Base cálculo CSLL Lucro contabil
Adições
Exclusões
Compensações
TOTAIS
Mês/ano PIS COFINS IPI ICMS INSS FGTS
TOTAIS
142
2. LUCRO REAL - CALCULO COM BASE NOS BALANÇOS DE SUSPENÇÃO
IMPOSTO DE RENDA – PESSOA JURÍDICA
Mês/ano JANEIRO FEVEREIRO MARÇO
Result.Consolidado
(+) Adições
(-) Exclusões
(-) compensações
(=) Lucro Real
IRPJ
Adicional
CÁLCULO COM BASE NOS BALANÇOS MENSAIS
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO – CSLL
Mês/ano JANEIRO FEVEREIRO MARÇO
Result.Consolidado
(+) Adições
(-) Exclusões
(=) Lucro Real
CSLL
Mês/ano PIS COFINS IPI ICMS INSS FGTS
TOTAIS
3. LUCRO PRESUMIDO
trimestre Receita Bruta Base cálculo
IRPJ
IRPJ Base Cálculo
CSLL
CSLL
143
Mês/ano PIS COFINS IPI ICMS INSS FGTS
TOTAIS
4. LUCRO ARBITRADO
trimestre Receita
Bruta
Base cálculo
IRPJ
IRPJ Base Cálculo
CSLL
CSLL
Mês/ano PIS COFINS IPI ICMS INSS FGTS
TOTAIS
5. SIMPLES NACIONAL
TRIBUTOS ALÍQUOTAS BASE DE CÁLCULO VALOR DEVIDO
IRPJ
CSLL
P I S
COFINS
INSS
I P I
ICMS
TOTAL
144
6. COMPRAÇÃO DOS VALORES A RECOLHER Real
trimestral Balanço anual Presumido Arbitrado SIMPLES
IR CSLL PIS COFINS ICMS IPI INSS FGTS TOTAIS
145
10. APÊNDICE PRINCIPAIS ADIÇÕES E EXCLUSÕES DO LUCRO REAL
ADIÇÕES IRPJ CSLL
Gratificações a Diretoria Multas de Transito/ Multas por auto de infração Despesas não relacionadas com a produção, comercialização ou prestação de serviços
Despesas não relacionadas com produção/comercialização/prestação de serviços
Conservação de bens não destinados à produção Conservação de Bens não destinados à produção Brindes Brindes Doações a Entidades (sindicatos/outras) Doações a Entidades (sindicatos/outras) Gastos com alimentação de diretores ou funcionários graduados
Gastos com alimentação de diretores ou funcionários graduados
Gastos com alimentação de empregados, cujo fornecimento não seja efetuado indistintamente
Gastos com alimentação de empregados, cujo fornecimento não seja efetuado indistintamente
Provisões (exceto férias e 13º salário) Provisões (exceto férias e 13º salário) Provisão p/CSLL Provisão p/CSLL Perdas na avaliação de investimentos por equivalência patrimonial
Perdas na avaliação de investimentos por equivalência patrimonial
EXCLUSÕES IRPJ CSLL
Ganhos na avaliação de investimentos por equivalência patrimonial
Ganhos na avaliação de investimentos por equivalência patrimonial
Lucros ou dividendos distribuídos Lucros ou dividendos distribuídos
157
LIVRO DE REGISTRO DE ENTRADAS MODELO 1 REGISTRO DE ENTRADAS (a) CÓDIGO DE VALORES FISCAIS FIRMA: INSC EST: CNPJ FOLHA: M~ES OU PERIODO/ANO
1 OPERAÇÕES COM CRÉDITO DE IMPOSTO 2 OPERAÇÕES SEM CRÉDITO DO IMPOSTO – ISENTAS OU NÃO TRIBUTADAS 3 OPERAÇÕES SEM CRÉDITO DE IMPOSTO OUTRAS
Data de Documentos Fiscais codificação ICMS valores fiscais IPI VALORES FISCAIS entrada esp séris Número Data
documento Código emitente
UF Orig
Valor contábil
cont fiscal Cód (a)
Base cálculo Valor operação
aliq Imposto creditado
Co(a)
LVRO DE REGISTRO DE SAÍDAS MODELO 2 REGISTRO DE SAÍDAS FIRMA: INSC EST: CNPJ FOLHA: MES OU PERIODO/ANO
DOCUMENTOS FISCAIS CODIFICAÇÃO VALORES FISCAIS SÉRIE UF VALOR ICMS OPERAÇÕES COM DÉBITO OPERAÇÕES S/DÉBITO IMPOSTO OBSERVAÇÕES
ESPÉCIE SUB-SÉRIE
NÚMERO DIA DESTINO CONTÁBIL CONTABIL FISCAL IPI BASE DF CÁLCULO
ALÍQ. IMPOSTO DEBITADO
ISENTAS OU NÃO TRIBUT
OUTRAS
158
LIVRO REGISTRO DE APURAÇÃO DO ICMS MODELO 9 REGISTRO DE APURAÇÃO DO ICMS FIRMA: INSC EST. CNPJ: FOLHA: M~ES OU PERÍODO/ANO:
ENTRADAS
CODIFICAÇÃO VALORES ICMS VALORES FISCAIS CONTÁBEIS OPERAÇÕES COM CRÉDITO DO IMPOSTO OPERAÇÕES SEM CRÉDITO DO
IMPOSTO CONTÁBIL FISCAL BASE DE
CÁLCULO IMPOSTO CREDITADO ISENTAS OU NÃO
TRIB OUTRAS
SUBTOTAIS 1.000 DO ESTADO
SUBTOTAIS 2.000 DE OUTROS ESTADO
SUBTOTAIS 3.000 DO ESTERIOR
TOTAIS
SAÍDAS
CODIFICAÇÃO VALORES ICMS VALORES FISCAIS CONTÁBEIS OPERAÇÕES COM DEBITO DO IMPOSTO OPERAÇÕES SEM DÉBITO DO
IMPOSTO CONTÁBIL FISCAL BASE DE
CÁLCULO IMPOSTO DEBITADO ISENTAS OU NÃO
TRIB OUTRAS
SUBTOTAIS 5.000 PARA O ESTADO
SUBTOTAIS 6.000 PARA OUTROS ESTADO
SUBTOTAIS 7.000 PARA O ESTERIOR
TOTAIS
159
LIVRO REGISTRO DE APURAÇÃO DO ICMS MODELO 9 RESUMO DA APURAÇÃO DO IMPOSTO FIRMA INSC.EST.: CNPJ: FOLHA: MÊS OU PERÍODO/ANO:
DÉBITO DO IMPOSTO VALORES 001 – POR SAÍDAS / PRESTAÇÕES COM DÉBITO DO IMPOSTO 002 - OUTROS DPEBITOS (DISCRIMIM]NAR ABAIXO) 004 - SUBTOTAL
COLUNA AUXILIAR SOMA
CRÉDITO DO IMPOSTO 005 – POR ENTRADAS/AQUISIÇÕES COM CRÉDITO DO IMPOSTO 006 – OUTROS CRÉDITOS (DISCRIMINAR ABAIXO) 007 – EXTORNO DE DÉBITOS (DISCRIMAR ABAIXO) 008 – SUBTOTAL 009 – SALDO CREDOR DO PERIODO ANTERIOR 010 - TOTAL
APURAÇÃO DO SALDO 011 – SALDO DEVEDOR (DÉBITO MENOS CRÉDITO) 012 – DEDUÇÕES (DISCRIMAR ABAIXO) 013 – IMPOSTO A RECOLHER 014 – SALDO CREDOR (CRÉDITO MENOS DÉBITO) A TRANSPORTAR P/ O PERIODO SEGUINTE
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
GUIAS DE RECOLHIMENTO GUIA DE INFORMAÇÃO NÚMERO DATA VALOR ÓRGÃO ARRECADADOR DATA DA ENTREGA LOCAL DA ENTREGA (BANCO/REPARTIÇÃO)
OBSERVALÇÕES:
160
LIVRO DE REGISTRO DE APURAÇÃO DO IPI – MOD. 8 Registro de entradas período de ___________ a __________________
ENTRADAS CODIFICAÇÃO I.P.I VALORES FISCAIS
OPERAÇÕES COM CRÉDITO DO IMPOSTO OPERAÇÕES SEM CRÉDITO DO IMPOSTO CONTÁBIL FISCAL
NATUREZA
VALORES
CONTABEIS
BASE DE CÁLCULO
IMPOSTO CREDITADO
ISENTAS/NÃO TRIBUTADA
OUTRAS
COMPRAS P/INDUSTRIALIZAÇÃO COMPRAS P/COMERCIALIZAÇÃO INDUST POR OUTRAS EMPRESAS TRANSFERENCIAS P/INDUSTR TRANSFERENCIAS P/COMERCIA DEVOLUÇÕES VENDAS PROD EST COMPRAS P/ATIVO IMOBILIZADO COMPRAS MAT COINSUMO
ENTRADAS NO ESTADO
OUTRAS ENTRADAS SUBTOTAL
COMPRAS P/INDUSTRIALIZAÇÃO COMPRAS P/COMERCIALIZAÇÃO INDUST POR OUTRAS EMPRESAS TRANSFERENCIAS P/INDUSTR TRANSFERENCIAS P/COMERCIA DEVOLUÇÕES VENDAS PROD EST COMPRAS P/ATIVO IMOBILIZADO
ENTRADAS DE OUTROS ESTADOS
COMPRAS MAT COINSUMO OUTRAS ENTRADAS SUBTOTAL
COMPRAS P/INDUSTRIALIZAÇÃO COMPRAS P/COMERCIALIZAÇÃO INDUST POR OUTRAS EMPRESAS TRANSFERENCIAS P/INDUSTR TRANSFERENCIAS P/COMERCIA DEVOLUÇÕES VENDAS PROD EST COMPRAS P/ATIVO IMOBILIZADO COMPRAS MAT COINSUMO OUTRAS ENTRADAS
ENTRADAS DO EXTERIOR
SUBTOTAL DEMONSTRATIVO DOS CRÉDITOS
001 - POR ENTRADAS DO MERCADO NACIONAL 002 – POR ENTRADAS DO MERCADO EXTERNO 003 – POR SAÍDAS PARA O MERCADO EXTERNO 004 – ESTORNO DE DÉBITOS
161
SAÍDAS CODIFICAÇÃO I.P.I VALORES FISCAIS
OPERAÇÕES COM CRÉDITO DO IMPOSTO OPERAÇÕES SEM CRÉDITO DO IMPOSTO CONTÁBIL FISCAL
NATUREZA
VALORES
CONTABEIS
BASE DE CÁLCULO
IMPOSTO CREDITADO
ISENTAS/NÃO TRIBUTADA
OUTRAS
Vendas a contribuintes Vendas a não contribuintes Transferênciap/ industrial e/ou comercializaç Transferência para uso e/ou consumo próprio Subtotal Remessa p/ industri por outros estabelecime Remessa p/ vendas fora do estabelecimento Retorno industrialização p/ outras estabelec
PARA
O
ESTADO
Devoluções Outros saídas não especificadas Subtotal
Vendas a contribuintes p indust e/ou comerci Vendas a contri p/ uso e/ou consumo próprio Subtotal Vendas a não contribuintes Transferências p/ industo e/ou comercializa Transferências p/ uso e/ou consumo próprio Subtotal
PARA
OUTROS
ESTADOS
Remessa p/ indust por outros estabeleciment Remessa p/ vendas fora do estabelecimento Retorno de industrialização p/ outros estabele Devoluções Outras saídas não especificadas Subtotal
Vendas PARA O
EXTERIO Outras saídas não especificadas
TOTAIS APURAÇÃO DOS SALDOS
013 – SALDO DEVEDOR (DÉBITO MENOS CRÉDITO) 014 – DEDUÇÕES 013 – IMPOSTO A RECOLHER
162
LIVRO RAZÃO Nº Conta Débito Crédito
163
PARTE A – REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
D A T A H I S T Ó R I C O A D I Ç Õ E S E X C L U S Õ E S
164
PARTE A – REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
D A T A H I S T Ó R I C O A D I Ç Õ E S E X C L U S Õ E S
165
PARTE B – CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LÍQUIDO DE EXERCICIOS FUTUROS CONTA:
PARA EFEITO DE CORREÇÃO MONETÁRIA
CONTROLE DE VALORES
SALDO
DATA DO LANÇAMEN TO (1)
HISTÓRICO
(2) MÈS DE
REFERENCIA VALOR A CORRIGIR
COEFICIENTE DÉBITO CRÉDITO
Cr$ (8) D/C
166
PARTE B – CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LÍQUIDO DE EXERCICIOS FUTUROS CONTA:
PARA EFEITO DE CORREÇÃO MONETÁRIA
CONTROLE DE VALORES
SALDO
DATA DO LANÇAMEN TO (1)
HISTÓRICO
(2) MÈS DE
REFERENCIA VALOR A CORRIGIR
COEFICIENTE DÉBITO CRÉDITO
Cr$ (8) D/C
167
CIÊNCIAS CONTÁBEIS CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA – planejamento tributário
NOME ___________________________________________________________ Série _________ Empresa com atividade mista de comércio e prestação de serviços, considerando recolher seus tributos
pelo Lucro Real Anual, sendo que:
e) Compras são efetuadas em estabelecimentos industriais do Estado do Paraná, São Paulo, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul, sem substituição tributária.
f) Vendas para o mercado interno destinam-se a comerciantes varejistas do Paraná, São Paulo, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul.
g) Alíquota do ISS: 3%
h) Risco Ambiental do Trabalho: leve.
OBSERVAÇÃO: Desprezar os centavos.
LUCRO REAL ANUAL JAN/09 FEV/09 MAR/09 TOTAIS
RECEITA BRUTA Vendas de mercadorias no mercado interno Exportações de mercadorias Serviços Prestados no Mercado Interno (-) Deduções da Receita Bruta Vendas Canceladas no mercado interno Desconto incondicionais nas vendas internas ICMS PIS COFINS ISS
620.000,00 68.000,00 36.000,00
3.000,00 2.000,00
392.000,00 80.000,00 46.000,00
1.800,00
13.600,00
960.000,00
320.000,000 67.000,000
7.600,00
13.700,00
(=) RECEITA OPERACIONAL LIQUIDA (-) Custo das Mercadorias vendidas Estoque Inicial Compras de Mercadorias (-) ICMS s/ compras (-) PIS Fat s/ compras (-) COFINS s/compras (-) Estoque Final
_________ 480.000,00 460.000,00
556.000,00
_________ 480.000,00 290.000,00
380.000,00
_________ 480.000,00 730.000,00
520.000,00
(-) Custo dos Serviços Prestados Ordenados e Salários INSS FGTS Provisão p/ férias Provisão p/13º Salário
_________ 12.000,00
1.333,00 1.000,00
_________ 18.000,00
2.000,00 1.500,00
_________ 26.000,00
4.333,00 2.500,00
(=) LUCRO BRUTO PERACIONAL (-) Despesas com vendas Ordenados, Sal e Comissões s/Vendas INSS
_________ 32.000,00
_________ 34.000,00
36.000,00
168
FGTS Provisão p/ Férias Provisão p/ 13º Salário Provisão p/devedores Duvidosos Fretes s/Entregas das vendas Seguros de bens do Dpto.Comercial Manutenção de bens do Dpto. Comercial Propaganda e Publicidade Brindes
6.200,00 6.000,00 8.600,00 2.800,00 3.460,00 4.600,00
4.200,00 5.000,00 8.400,00 3.280,00 5.240,00 2.300,00
9.720,00 9.230,00 6.820,00 4.260,00 5.600,00 4.200,00
(-) Despesas administrativas Pró-Labore Ordenados e Salários Honorários Profissionais INSS FGTS Provisão p/13º salário Provisão p/ Férias Material de Expediente e Escritório Viagens e Estadas da administração Gratificação a dirigentes
________ 8.000,00
14.800,00 5.900,00
2.800,00 5.400,00
10.000,00
_________ 9.000,00
12.000,00 6.000,00
3.200,00 9.300,00
10.000,00
________ 10.000,00 16.200,00 6.500,00
6.260,00 8.800,00
12.000,00
(-) Despesas Financeiras Juros Passivos Descontos Concedidos
_________ 2.300,00 4.800,00
_________ 2.400,00 3.960,00
________ 9.300,00 3.700,00
(+) Receitas Financeiras Juros Recebidos Descontos recebidos Rendimentos s/ Aplicações Financeiras
_________ 6.700,00 6.900,00
14.900,00
_________ 2.400,00 1.200,00 8.300,00
________ 2.600,00 5.200,00 6.300,00
(+) Outras Receitas Receitas de Alugueis
_________ 12.000,00
_________ 8.000,00
_________ 12.000,00
(-) Despesas Tributárias Impostos e taxas Municipais Multas de trânsito Multas por infração fiscal Multas por atraso no pagto. tributos
________ 4.200,00 2.300,00 4.600,00 3.900,00
_________ 2.600,00 1.400,00 1.200,00 1.370,00
________ 2.200,00 1.200,00 2.200,00 1.600,00
(=) LUCRO OPERACIONAL LIQUIDO (+) Receitas Não Operacionais Dividendos Recebidos Lucro na venda de bens do permanente
_________ 12.000,00 15.000,00
_________ 0,00 0,00
________ 0,00
12.400,00
(=) RESULTADO LÍQUIDO ANTES DO IR (-) Provisão p/CSLL (-) Provisão p/Imposto de Renda
(=) LUCRO LIQUIDO DO EXERCICIO
169
1-Cálculos com Base na Receita Bruta – ESTIMATIVA
IMPOSTO DE RENDA CSLL Mês/ano Receita Bruta Base de cálculo IRPJ Base de cálculo CSLL Jan/09 Mercadorias
Serviços Não operacionais
Fev/09 Mercadorias Serviços Não operacionais
Mar/09 Mercadorias Serviços Não operacionais
TOTAIS 2- Cálculos com base nos balanços mensais de redução/suspensão Lucro real Janeiro/09 Fevereiro/09 Março/09 Resultado Consolidado (+) Adições (-) Exclusões (=) Lucro Real antes Compensação Prejuízos (-) Compensação de Prejuízos (=) Lucro Real (=) IRPJ
(-) Antecipação (=) IRPJ a recolher Base de Cálculo da CSLL Janeiro/09 Fevereiro/09 Março/09 Resultado Consolidado (+) Adições (-) Exclusões (=) Base de Cálculo antes Compensação de Bases de Cálculo Negativa (-) Compensação de Base de Cálculo Negativa (=) Base de Cálculo da CSLL (=) CSLL (-) Antecipação (=) CSLL a recolher 3- Comparação dos valores ESTIMATIVA BALANCETE DE SUSPENSÃO Mês/ano IRPJ CSLL TOTAL IRPJ CSLL TOTAL Janeiro/09 Fevereiro/09 Março/09 TOTAIS 4-Recolhimentos Escolher, para cada mês, entre estimativa e balancete de suspensão.
Janeiro/09 Fevereiro/09 Março/09 IRPJ CSLL IRPJ CSLL IRPJ CSLL Estimativa Balanço suspensão Antecipação
170
A recolher 5- Escriturar o LALUR
PARTE A – REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
DATA H I S T Ó R I C O A D I Ç Õ E S E X C L U S Õ E S
171
PARTE A – REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
DATA H I S T Ó R I C O A D I Ç Õ E S E X C L U S Õ E S
172
PARTE B – CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LÍQUIDO DE EXERCICIOS FUTUROS CONTA: Prejuízo Fiscal
PARA EFEITO DE CORREÇÃO MONETÁRIA
CONTROLE DE VALORES
SALDO
DATA DO LANÇAMEN TO (1)
HISTÓRICO
(2) MÈS DE
REFERENCIA VALOR A CORRIGIR
COEFICIENTE DÉBITO CRÉDITO
Cr$ (8) D/C
31/12/2008 Prejuízo Fiscal apurado em 31/12/2008 89.320,00 89.320,00 C
173
PARTE B – CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LÍQUIDO DE EXERCICIOS FUTUROS CONTA: Base de Cálculo Negativa
PARA EFEITO DE CORREÇÃO MONETÁRIA
CONTROLE DE VALORES
SALDO
DATA DO LANÇAMEN TO (1)
HISTÓRICO
(2) MÈS DE
REFERENCIA VALOR A CORRIGIR
COEFICIENTE DÉBITO CRÉDITO
Cr$ (8) D/C
31/12/2008 Base de Cálculo Negativa da CSLL Apurada em 31/12/2008 16.943,00 16.943,00 C
174
6. Efetuar os lançamentos dos tributos calculados e lançados em cada mês. Data Conta Débito Crédito
31/01/09
175
Data Conta Débito Crédito 31/02/09
176
Data Conta Débito Crédito 31/03/09
177
7. Tributos A Recolher Janeiro/08 Fevereiro/08 Março/08 Total ICMS A Recolher Pis Fat a Recolher COFINS a recolher ISS a Recolher INSS a Recolher FGTS a recolher IRPJ a recolher CSLL a recolher
178
CIÊNCIAS CONTÁBEIS CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA – planejamento tributário
NOME _________________________________________________________________________TURMA _________ ESTUDO DE CASO: Empresa com atividade mista comercial, industrial e serviços, apresentou no 1º trimestre/2009:
LUCRO REAL: Calcular os tributos incidentes s/faturamento e completar a DRE. DESPREZAR CENTAVOS.
Janeiro fevereiro Março TOTAIS
RECEITA BRUTA
Vendas de produtos no mercado interno
Exportações de produtos
Venda de mercadorias
Serviços Prestados
152.000,00
38.200,00
14.000,00
5.000,00
137.000,00
37.600,00
18.000,00
9.000,00
158.780,00
39.900,00
16.000,00
12.000,00
637.480,00
447.780,00
115.700,00
48.000,00
26.000,00
(-) Deduções e Abatimentos da Receita Bruta
(-) Descontos Incondicionais vendas internas produtos
(-) Devoluções de vendas internas de produtos
(-)
(-)
(-)
(-)
500,00
1.800,00
0,00
2.600,00
900,00
0,00
113.623,00
1.400,00
4.400,00
(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 523.857,00
(-) Custo Mercadorias, Produtos e serviços vendidos. 85.700,00 83.500,00 93.600,00 262.800,00
(=) LUCRO BRUTO OPERACIONAL 261.057,00
(-) Despesas Operacionais
(-) Ordenados e Salários
(-) Pró-Labore
(-) Honorários Profissionais
(-) Outras Despesas Operacionais
(-)
(-)
(-) Despesas Financeiras
(+) Juros Recebidos
(+) Descontos Recebidos
18.000,00
4.000,00
2.000,00
23.120,00
5.380,00
1.200,00
1.260,00
17.800,00
4.800,00
2.200,00
38.650,00
3.400,00
800,00
600,00
16.500,00
5.000,00
2.500,00
29.630,00
4.200,00
0,00
1.400,00
52.300,00
13.800,00
6.700,00
91.400,00
19.162,00
4.184,00
12.980,00
2.000,00
3.260,00
(=) LUCRO LÍQUIDO OPERACIONAL
(+) Receitas Não Operacionais
(+) Dividendos Recebidos
(+) Lucro na Venda de Imóvel
(-) Despesas Não Operacionais
(-) Perdas com Ve nda de Veículo
2.800,00
2.800,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
8.000,00
8.000,00
40.500,00
0,00
40.500,00
0,00
0,00
43.300,00
2.800,00
40.500,00
8.000,00
8.000,00
(=) LUCRO LÍQUIDO ANTES IRPJ E CSLL 30.638,00 433,00 70.020,00 101.091,00
179
Informações adicionais
Gratificações a dirigentes em janeiro 10.000,00
Multas por infrações fiscais pagas em fevereiro 7.228,00
Brindes a Clientes em Março 6.200,00
Prejuízos acumu lados até 31/12/2008 constantes da parte B do LALUR 68.980,00
Base de Cálculo Negativa da CSLL acumulada até 31/12/2008 constantes da parte B do LALUR 45.680,00
Alíquotas do ISS: 5% Alíquotas do ICMS: compras e vendas: 12% Alíquotas IPI: Compras 8% - Vendas 10%
RAT – risco grave
Compras de Mercadorias: Janeiro: 120.400,00 Fevereiro: 82.200,00 Março: 97.300,00
Receita Bruta Acumulada/2008
Janeiro/08 142.680,00 Maio/08 158.900,00 Setembro/08 168.400,00
Fevereiro/08 135.780,00 Junho/08 163.800,00 Outubro/08 170.100,00
Março/08 146.260,00 Julho/08 148.600,00 Novembro/08 172.320,00
Abril/08 139.800,00 Agosto/08 157.300,00 Dezembro/08 282.920,00 1.986.860,00
1- LUCRO REAL - DESPREZAR CENTAVOS 1.1 LUCRO REAL Apuração dos tributos não cumulativos: DESPREZAR CENTAVOS
Janeiro/2009 ICMS IPI PIS/Fat COFINS
Débito
Crédito
A Recolher
Fevereiro/2009 ICMS IPI PIS/Fat COFINS
Débito
Crédito
A Recolher
Março/2009 ICMS IPI PIS/Fat COFINS
Débito
Crédito
A Recolher
1.2 IRPJ- BALAN SUSPENSÃO/REDUÇÃO LUCRO REAL ANUAL janeiro fevereiro março
Resultado consolidado
(+) Adições
(-) Exclusões
(=) Lucro Real antes da compensação de prejuízos
(-) Compensação de prejuízos
(=) Lucro real
(=) IRPJ
(-) Antecipação
(=) IRPJ a recolher
180
1.3 CSLL - BALANCETE DE SUSPENSÃO/REDUÇÃO – LUCRO REAL ANUAL - DESPREZAR CENTAVOS
janeiro fevereiro março
Resultado consolidado
(+) Adições
(-) Exclusões
(=) Resultado antes compensação base cálculo negativa
(-) Compensação de base de cálculo negativa
(=) Base de Cálculo da CSLL
(=) CSLL
(-) Antecipação
(=) CSLL a Recolher
1.4 IRPJ – ESTIMATIVA MENSAL – LUCRO REAL ANUAL - DESPREZAR CENTAVOS
IMPOSTO DE RENDA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Mês/ano Receita Bruta Base de cálculo IRPJ Base de cálculo CSLL Jan/09 Mercadorias
Serviços Não operacionais
Fev/09 Mercadorias Serviços Não operacionais
Mar/09 Mercadorias Serviços Não operacionais
TOTAIS 1.5LUCRO REAL ANUAL – Recolhimento mensal dos tributos. DESPREZAR CENTAVOS
Mês/Ano INSS FGTS COFINS PIS IPI ICMS ISS IRPJ CSLL
Jan/09
Fev/09
Mar/09
TOTAIS 19.162,00 4.184,00 16.422,00 3.566,00 20.206,000 22.809,00 1.300,00 15.300,00 6.582,00
181
2 - LUCRO REAL TRIMESTRAL - DESPREZAR CENTAVOS
2. LUCRO REAL TRIMESTRAL - IRPJ E CSLL - DESPREZAR CENTAVOS
IRPJ CSLL
Resultado
(+) Adições
(-) Exclusões
(=) Lucro Real antes da compensação de prejuízos
(-) Compensação de prejuízos
(=) Lucro real ou base de Cálculo da CSLL
Valor devido
2.2 LUCRO REAL TRIMESTRAL – RECOLHIMENTOS
Mês/Ano INSS FGTS COFINS PIS IPI ICMS ISS IRPJ CSLL
Jan/09
Fev/09
Mar/09
TOTAIS 19.162,00 4.184,00 16.422,00 3.566,00 20.206,00 22.809,00 1.300,00 15.300,00 6.582,00
3 – LUCRO PRESUMIDO - DESPREZAR CENTAVOS 3.1 IRPJ/CSLL
Receita Bruta Base de cálculo IRPJ Base de cálculo CSLL Mercadorias Serviços Não operacionais
TOTAIS 3.2 Lucro Presumido - Base de Cálculo PIS/Fat e COFINS
janeiro fevereiro março
3.3 Lucro Presumido Recolhimento Mensal dos Tributos
Mês/Ano INSS FGTS COFINS PIS IPI ICMS ISS IRPJ CSLL
01/2009
02/2009
03/2009
TOTAIS 19.162,00 4.184,00 15.636,00 3.387,00 20.206,00 22.809,00 1.300,00 19.633,00 11.408,00
182
4 – SIMPLES NACIONAL 4.1 SIMPLES NACIONAL – JANEIRO - Receita Bruta Acumulada: TRIBUTOS Atividade Alíquotas BASE CÁLCULO VALOR DEVIDO SOMAS
Comércio/industria IRPJ
Serviços
Comércio/industria CSLL
Serviços
Comércio/industria COFINS
Serviços
Comércio/industria IS
Serviços
Comércio/industria INSS
Serviços
IPI Indústria
ISS Serviços
ICMS Comércio/industria
SOMAS ------------------------ --------------- ---------------------- 20.947,57 20.647,57
IRPJ GANHOS DE CAPITAL
FGTS Folha
4.2 SIMPLES NACIONAL - FEVEREIRO - Receita Bruta acumulada:
TRIBUTOS Atividade ALÍQUOTAS BASE CÁLCULO VALOR DEVIDO SOMAS Comércio/industria IRPJ
Serviços
Comércio/industria CSLL
Serviços
Comércio/industria COFINS
Serviços
Comércio/industria PIS
Serviços
Comércio/industria INSS
Serviços
IPI Indústria
ISS Serviços
ICMS Comércio/industria
SOMAS ------------------------ ---------------- ----------------------- 20.664,30 20.664,30
IRPJ GANHOS DE CAPITAL
FGTS Folha
183
4.3 SIMPLES NACIONAL - MARÇO – Receita Bruta Acumulada:
TRIBUTOS Atividade ALÍQUOTAS BASE CÁLCULO VLR DEVIDO SOMAS Comércio/industria IRPJ
Serviços
Comércio/industria CSLL
Serviços
Comércio/industria COFINS
Serviços
Comércio/industria PIS
Serviços
Comércio/industria INSS
Serviços
IPI Indústria
ISS Serviços
ICMS Comércio/industria
SOMAS -------------------- ----------------- ----------------------- 23.728,73 23.728,73
IRPJ GANHOS DE CAPITAL
FGTS Folha
4.4 SIMPLES NACIONAL – RESUMO
Atividade Janeiro Fevereiro Março % Base cálculo SIMPLES % Base cálculo SIMPLES % Base cálculo SIMPLES Comercio Industria Exportação Serviços Somas 20.947,57 ---- 199.000,00 20.664,30 ---- 225.780,00 23.728,74 Ganhos capital Totais 5- COMPARAÇÃO DO RESULTADO Tributo Lucro Real Anual Lucro Real Trimestral Presumido SIMPLES
I.Renda
CSLL
INSS
FGTS
COFINS
PIS
IPI
ICMS
ISS
TOTAIS 109.531,00 109.531,00 117.725,00 75.599,60