APLICAÇÃO DO MODELO V.R.I.O. PARA
ANÁLISE DE RECURSOS E AUMENTO DA
COMPETITIVIDADE DE UMA INDÚSTRIA
METAL MECÂNICA
Leopoldo Pedro Guimarães Filho
Wagner Blauth
Vilson Menengon Bristot
David Batista Gesuino
Ângela Beatriz Coelho Arnt
Em um mercado cada vez mais competitivo, as organizações gradativamente
buscam ferramentas que possibilitam vantagens competitivas para que a
empresa possa fornecer produtos e serviços diferenciados em relação a
mercado e clientes. O objetivo deste artigo é identificar recursos e estratégias
que possam representar fonte de vantagem competitiva para uma empresa
metal mecânica, situada na cidade de Forquilhinha em Santa Catarina. A
metodologia adotada foi à pesquisa exploratória e descritiva auxiliada com
diferentes fontes de coleta de dados, a partir de entrevistas realizadas com
colaboradores, clientes e fornecedores sobre as categorias de recursos físicos,
humanos, organizacionais e financeiros. Esta metodologia permitiu
identificar sob diferentes olhares os recursos que a empresa disponibiliza, e a
análise destes recursos a fim de torná-los mais eficazes e eficientes como
fontes de vantagem competitiva. Foi aplicado no estudo o modelo V.R.I.O. de
Barney e Hesterly, (2007), levando em conta as considerações apontadas
pelos entrevistados. Os resultados demonstram que os recursos em âmbito
físico, humano, financeiro e organizacional em sua maioria são pouco
utilizados ou utilizados de forma inadequada, causando no cenário atual
desvantagem para a empresa.
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“A Engenharia de Produção e suas contribuições para o desenvolvimento do Brasil”
Maceió, Alagoas, Brasil, 16 a 19 de outubro de 2018.
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Palavras-chave: Competitividade, Estratégia de Manufatura, Sistemas
Produtivos
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1 INTRODUÇÃO
A empresa analisada atua no mercado desde 1997, certificada pela ISO 9001, com
prestação de serviços de caldeiraria e usinagem, desenvolvimento de projetos e produtos
metalomecânicos conforme necessidade do cliente nos ramos de mineração, cerâmica,
celulose, alimentos, coloríficos e artefatos. Atualmente o quadro da empresa é formado por
trinta e seis colaboradores.
O setor metal mecânico é um setor industrial que trabalha com o processamento ou
produção tendo como matéria-prima principal metais e seus derivados. Em Santa Catarina
este setor é formado por mais de 5,3 mil indústrias, conta com 112 mil empregados, é
responsável por 24,8% das transações internacionais do Estado, contribuindo com cerca de
US$ 700 milhões para a balança comercial (PÓLOS ECONÔMICOS, 2015). Dados do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apontam que em 2008, Santa Catarina possuía um
total de 7.404 empresas formais atuando no setor metal mecânico.
Em 2009, Estados Unidos, Argentina e México foram os principais países de destino
das exportações dos produtos metais mecânicos de Santa Catarina. Juntos, estes países
representaram 39,4% do volume das exportações do setor. No mesmo ano, a China com
43,2% foi o principal país de origem das importações do setor, seguido pelos Estados Unidos
8,8% e Alemanha com 8,6%%. (SEBRAE 2010).
Neste cenário do sistema corporativo há diversas escolhas que podem ser
administradas de maneira estratégica (GLUCK; RUMELT, 1981). Para Barney (1991), a
formulação de estratégias eficientes e eficazes está ligada a análise de recursos da empresa,
capacidades, processos organizacionais, atributos, informação, entre outros, além de todo o
conhecimento intrínseco acumulado pela organização. Nesse contexto, o objetivo deste
trabalho é analisar os recursos, sob a perspectiva da análise VRIO, Barney e Hesterly, (2007)
e seus quatro indicadores (Valor, Raridade, Imitabilidade e Organização) a fim de identificar
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o potencial dos recursos para a geração de vantagem competitiva para uma empresa
metalomecânica, situada na cidade de Forquilhinha em Santa Catarina.
Vasconcelos Filho e Pagnoncelli (2001) afirmam que a estratégia é uma necessidade
para qualquer empresa, e que o único modo de sobreviver é diferenciando-se dos
concorrentes, e que no Brasil, aumentou significativamente a necessidade de pensar em
estratégia, tornando-se imprescindível traçar diferenciações na organização para o mercado.
Então, empresa é consequência não apenas de seus produtos ou serviços, mas pode ser
vista principalmente como resultado das potencialidades e restrições de recursos, tendo em
vista que cada produto é, em última análise, efeito da combinação de recursos de uma
empresa (CARVALHO, 2010).
Neste contexto a teoria da Visão Baseada em Recursos (VBR) surgiu com a finalidade
de desenvolver ferramentas para analisar a disposição da empresa em relação aos recursos por
ela utilizados, propondo opções de estratégias a serem utilizadas pela empresa a fim de torná-
la mais competitiva.
Assim a VBR inspirou o desenvolvimento de um modelo para analisar as forças e
fraquezas das organizações, focando na barreira de aquisição dos recursos disponíveis para a
empresa. O modelo desenvolvido por Barney e Hesterly (2007), denominado de modelo
VRIO (Valuable, rare, inimitable, organized), identifica que é necessário que um recurso
atenda aos seguintes requisitos: ser valioso, raro, difícil de ser copiado e ser organizado pela
empresa, sendo um conjunto de ferramentas aplicáveis no âmbito do aumento da
competitividade.
A questão do valor está vinculada a questão dos recurso permitirem que a empresa
explore uma oportunidade ambiental e/ou neutralize uma ameaça do ambiente. Segundo
Barney e Hesterly (2011), se a empresa possuir recursos valiosos esses recursos podem ser
considerados como forças da empresa, caso contrário, fraquezas. Antes que a empresa possa
determinar o valor de determinado recurso, é importante identificar as ameaças e
oportunidades no ambiente externo.
A questão da raridade delimita se o recurso oferecido pela empresa é controlado
atualmente apenas por um pequeno número de empresas concorrentes, pois apenas quando um
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recurso não é controlado por inúmeros concorrentes é que tenderá a se tornar uma fonte de
vantagem competitiva. (BARNEY E HESTERLY, 2011).
Em relação à imitabilidade busca-se verificar se as empresas sem o recurso enfrentam
uma desvantagem de custo para obtê-lo ou desenvolvê-lo. Esta questão repete para a
sustentabilidade das estratégias, considerando, segundo Barney (1991), que os recursos raros
e valiosos só podem gerar vantagem competitiva sustentada se as empresas que não possuem
esses recursos, não possam imitá-los de seus concorrentes.
Quanto a questão da organização busca-se ressaltar se as outras políticas e
procedimentos da empresa estão organizados para dar suporte à exploração de seus recursos
valiosos, raros e custosos para imitar. Este parâmetro explica-se pelo fato de que para
aproveitar ao máximo, uma empresa deve estar organizada para explorar seus recursos e suas
capacidades.
O modelo que Barney e Hesterly (2007) denominam de VRIO, propõe-se a analisar se
os recursos são valiosos, raros, difíceis de serem imitados e explorados pela organização,
conforme pode ser observado na Figura 2.
Figura 2: Características dos Recursos do modelo VRIO.
FONTE: Adaptado de Barney (1991).
Para Barney e Hesterly (2007) uma maneira de identificar os recursos e capacidades
valiosos de uma empresa é examinar sua cadeia de valor. A cadeia de valor de uma empresa é
todas as atividades que ela desempenha para desenvolver, produzir e vender seus produtos ou
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serviços. Cada etapa nesta cadeia de valor exige recursos e capacidades distintos, diferentes
escolhas podem levar a importantes diferenças entre os recursos e capacidades controlados
por empresas diferentes.
Barney e Hesterly (2011) representam a estrutura do modelo VRIO e a identificação
das implicações competitivas dos fatores, (Quadro 1), a fim de compreender o potencial de
retorno da exploração dos recursos e capacidades, que estão relacionados com as forças e
fraquezas de uma empresa.
Quadro 1 – Modelo VRIO
Recurso
valioso?
Recurso
raro?
Recurso difícil
de imitar?
Recurso
aproveitado pela
empresa?
Implicações competitivas
Não
Não Desvantagem competitiva
Sim Não
Sim Paridade competitiva
Sim Sim Não Sim Vantagem competitiva temporária
Sim Sim Sim Sim Vantagem sustentada
Fonte: adaptado de Barney e Hesterly (2011).
Para Kretzer e Menezes (2006), uma empresa para conseguir aproveitar todo o
potencial de seus recursos e capacidades deve ser organizada. A organização consiste de sua
estrutura formal, de seus processos, de suas regras e seus controles formais e informais. Esses
recursos são complementares e juntos são fontes de vantagem competitiva.
Assim sendo, é necessário ter os recursos e saber utilizá-los de forma apropriada, por
isso, a aplicação do modelo VRIO auxilia no reconhecimento e uso eficaz e eficiente dos
recursos que a empresa dispõe, objetivando o aumento da competitividade desta empresa.
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2 METODOLOGIA
Com a aplicação do modelo VRIO, proposto pelos autores Barney e Hesterly (2007), o
estudo partiu da seguinte suposição: a empresa analisada utiliza de forma organizada, eficaz e
eficiente todos os seus recursos, possui recursos valiosos e raros e competências essenciais, é
competitiva perante o mercado que atua, o que a diferencia de suas concorrentes as demais
empresas metalomecânicas.
Portanto, foi desenvolvido e aplicado um questionário ao diretor de produção da
empresa, questionário composto por questões que resultaram em respostas descritivas
relacionadas aos recursos da organização considerando as características de valiosos, raros,
difíceis de imitar e se a organização explora estes recursos.
No segundo momento, a partir das respostas obtidas da entrevista com o diretor da
empresa, foi criado um novo questionário, presente no Quadro 2, com questões que foram
divididas e aplicadas a todos os colaboradores da empresa, em totalidade trinta e sete
colaboradores, a dez clientes e 10 fornecedores, a fim de mensurar a aplicabilidade dos
indicadores em âmbito geral e avaliar as diferentes visões que os envolvidos possuem da
empresa.
Os questionários entregues aos colaboradores foram contemplando por questões que
envolvem recursos de capital físico, recursos de capital humano, recursos de capital
organizacional e recursos de capital financeiro, a finalidade foi identificar a percepção dos
colaboradores sobre os recursos que levam a vantagem competitiva na organização.
Quadro 2 – Questionário aplicado aos colaboradores, clientes e fornecedores.
QUESTIONÁRIO RECURSO POPULAÇÃO
Qualidade dos produtos e serviços em relação
aos concorrentes FÍSICO CLIENTE
Equipamentos Diferenciados que a empresa
possui. FÍSICO CLIENTE
Tecnologia em equipamentos de medição. FÍSICO COLABORADORES
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Infraestrutura, instalações e localização. FÍSICO CLIENTE/COLABORADORES E
FORNECEDORES
Qualidade e armazenagem da matéria-prima. FÍSICO COLABORADORES E FORNECEDORES
Qualificação dos profissionais / mão de Obra
qualificada HUMANO COLABORADORES
Benefícios oferecidos pela empresa (transporte
/ alimentação) HUMANO COLABORADORES
Ambiente de trabalho (segurança do
trabalhador). HUMANO COLABORADORES
Aprendizagem e treinamento dos
colaboradores HUMANO COLABORADORES
Capacitação gerencial (comunicação, instrução
de trabalho). HUMANO COLABORADORES
Ética, respeito aos colaboradores. HUMANO COLABORADORES
Sistema operacional da empresa
(equipamentos de informática e redes) ORGANIZACIONAL COLABORADORES
Sistema de qualidade (aplicação da ISO 9001) ORGANIZACIONAL COLABORADORES/CLIENTES E
FORNECEDORES
Rapidez no atendimento aos
clientes/funcionários e fornecedores ORGANIZACIONAL
CLIENTE/COLABORADORES E
FORNECEDORES
Atendimento Técnico (assistência) ORGANIZACIONAL CLIENTE/COLABORADORES E
FORNECEDORES
Nível de reputação da empresa com o
pioneirismo do setor na região ORGANIZACIONAL
CLIENTE/COLABORADORES E
FORNECEDORES
Atendimento escritório/fábrica/ almoxarifado. ORGANIZACIONAL CLIENTE/COLABORADORES E
FORNECEDORES
Sistema organizacional: Desenhos Técnicos,
Ordens de produção. ORGANIZACIONAL COLABORADORES
Nível de reputação da empresa com os
concorrentes ORGANIZACIONAL CLIENTE E FORNECEDORES
Nível de reputação da empresa com os clientes ORGANIZACIONAL CLIENTE
Nível de reputação da empresa com os
fornecedores. ORGANIZACIONAL FORNECEDORES
Investimento no parque fabril. FINANCEIRO COLABORADORES
Investimentos em equipamentos e novos
projetos FINANCEIRO COLABORADORES
FONTE: Autores (2018).
Para os fornecedores e clientes foram aplicados questionários formados por questões
voltadas aos recursos que estes fornecedores e clientes participam da organização, sendo esses
os recursos de capital físico e os recursos de capital organizacional.
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Os questionários aplicados devidamente aos colaboradores, clientes e fornecedores,
seguiram resultados obtidos através de notas com o valor menor de 1 (um) e o valor máximo
de 10 (dez). A análise destes resultados se deu por meio da leitura, interpretação e observação
dos dados coletados.
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3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Segundo Grant (1991), a análise dos recursos utilizados por uma empresa possibilita
avaliar de que forma ela pode competir, considerando um ambiente competitivo dinâmico. A
partir da média dos resultados obtidos no questionário de cada amostra entrevistada,
colaboradores, clientes e fornecedores, conforme cada recurso analisado, são apresentados os
indicadores dos recursos no quadro 3, cujos dados advém do questionário dos colaboradores.
Quadro 3 – Indicadores dos recursos identificados pelos colaboradores.
RECURSOS FISICOS
PERGUNTAS MÉDIA
1- Tecnologia em equipamentos de medição. 5,79
2 - Infraestrutura, instalações e localização. 5,41
3 - Qualidade e armazenagem da matéria-prima. 4,55
Média dos Recursos Físicos 5,25
RECURSOS HUMANOS
PERGUNTAS MÉDIA
1 - Qualificação dos profissionais / mão de Obra qualificada 7,79
2 - Benefícios oferecidos pela empresa (transporte / alimentação) 8,97
3 - Ambiente de trabalho (segurança do trabalhador). 6,03
4 - Aprendizagem e treinamento dos colaboradores. 4,38
5 - Capacitação gerenciais (comunicação, instrução de trabalho) 5,76
6 - Ética, respeito aos colaboradores. 6,34
Média dos Recursos Humanos 6,55
RECURSOS ORGANIZACIONAIS
PERGUNTAS MÉDIA
1 - Sistema operacional da empresa (equipamentos de informática e redes) 5,12
2 - Sistema de qualidade (aplicação da ISO 9001) 5,22
3 - Rapidez no atendimento aos clientes/funcionários e fornecedores 6,32
4 - Atendimento Técnico (assistência) 6,00
5 - Nível de reputação da empresa com o pioneirismo do setor na região 6,96
6 - Atendimento escritório/fábrica/ almoxarifado. 5,93
7 - Sistema organizacional: Desenhos Técnicos, Ordens de produção. 6,15
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Média dos Recursos Organizacionais 5,96
RECURSOS FINANCEIROS
PERGUNTAS MÉDIA
1 - Investimento no parque fabril. 4,57
2 - Investimentos em equipamentos e novos projetos 4,39
Média dos Recursos Financeiros 4,48
FONTE: Autora (2016)
Partindo do princípio que a média foi o resultado da soma dos valores obtidos
divididos pela quantidade de entrevistados, e a média padrão adotada pelo estudo é valor 5,
abaixo desta media os recursos não estão sendo utilizados ou estão sendo utilizados de forma
incorreta, e acima desta media, pontuação 8, a média é considerada boa, isso quer dizer que
os recursos estão sendo utilizados corretamente porem ainda não como fonte de vantagem
competitiva, média acima de 9 caracteriza-se como os recursos estão sendo utilizados de
forma eficaz e eficiente, resultando que condiz com vantagem competitiva.
Percebe-se nas informações do quadro 3 que as médias resultantes de modo geral em
todos os recursos na percepção dos colaboradores são pouco aproveitados pela empresa. O
Recurso Financeiro entre todos os recursos avaliados foi o que demonstrou menor média entre
os recursos, 4,48, sendo o recurso que necessita ser primeiramente avaliado para verificar
possíveis melhorias e investimentos. Deste recurso o índice de menor nota, 4,39 está ligado ao
investimento do parque fabril, na visão dos colabores há uma defasagem na estrutura da
empresa.
Nos recursos físicos, a desvantagem competitiva mais acentuada está na armazenagem
das matérias-primas com nota, 4,55. Segundo os colaboradores a falta de espaço apropriado e
de organização do almoxarifado causam atrasos e perdas de produção.
Nos recursos humanos, a menor nota, de 4,38, vinculada à aprendizagem e
treinamento dos colaboradores, está ligada a falta de treinamento fornecida aos colaborador,
resultando em uma desvantagem competitiva. Quanto aos benefícios oferecidos pela empresa
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(transporte / alimentação), foram avaliados como ponto positivo da empresa, com nota, 8,97,
com afirmativas dos colaboradores de gratidão mediante a disposição da empresa.
Para os recursos organizacionais, na avaliação dos colaboradores, as médias
resultantes ficaram próxima ao índice de desvantagem competitiva á empresa, com menor
valor de 5,12 nos sistema operacional da empresa (equipamentos de informática e redes) e
com maior média, 6,96, nível de reputação da empresa com o pioneirismo do setor na região.
Os recursos de modo geral, tomados como valiosos, raros, custosos de se imitar e
organizados, foram descritos pelos colaboradores como mal explorados.
Os dados do quadro 4, demonstra as médias resultantes da percepção dos clientes da
empresa.
Quadro 4 – Indicadores dos recursos identificados pelos clientes.
RECURSOS FISICOS
PERGUNTAS MÉDIA
1 - Qualidade dos produtos e serviços em relação aos concorrentes 8,00
2 - Equipamentos Diferenciados que a empresa possui. 7,67
3 - Infraestrutura, instalações e localização. 7,33
Média dos Recursos Físicos 7,67
RECURSOS ORGANIZACIONAIS
PERGUNTAS MÉDIA
1 - Sistema de qualidade (aplicação da ISO 9001) 7,00
2 - Rapidez no atendimento aos clientes/funcionários e fornecedores 7,33
3 - Atendimento Técnico (assistência) 7,69
4 - Nível de reputação da empresa com o pioneirismo do setor na região 9,00
5- Atendimento escritório/fábrica/ almoxarifado. 7,69
6 - Nível de reputação da empresa com os concorrentes 8,00
7 - Nível de reputação da empresa com os clientes 8,33
Média dos Recursos Organizacionais 7,86
FONTE: Autora (2016)
De forma geral os recursos físicos e organizacionais que a empresa disponibiliza aos
clientes pela média apontada são bem utilizados, porém não geram vantagem competitiva.
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Mas há índices como o nível de reputação da empresa com o pioneirismo do setor na região
que sua média, 9,00, faz deste recurso valioso, raro e difícil de imitar, um fator importante
para vantagem competitiva da organização.
Quanto ao quadro 5 é formado pelas notas e médias resultantes da percepção dos
fornecedores da empresa.
Quadro 5 – Indicadores dos recursos identificados pelos fornecedores.
RECURSOS FISICOS
PERGUNTAS MÉDIA
2 - Infraestrutura, instalações e localização. 6,67
3 - Qualidade e armazenagem da matéria-prima. 6,33
Média dos Recursos Físicos 6,50
RECURSOS ORGANIZACIONAIS
PERGUNTAS MÉDIA
1 - Sistema de qualidade (aplicação da ISO 9001) 6,75
2 - Rapidez no atendimento aos clientes/funcionários e fornecedores 7,33
3 - Atendimento Técnico (assistência) 8,00
4 - Nível de reputação da empresa com o pioneirismo do setor na região 8,67
5- Atendimento escritório/fábrica/ almoxarifado. 7,00
6 - Nível de reputação da empresa com os concorrentes 7,33
7 - Nível de reputação da empresa com os clientes 7,33
Média dos Recursos Organizacionais 7,49
FONTE: Autores (2018)
Na visão dos fornecedores quanto aos recursos físicos, à média ficou acima do padrão,
porém não resultou em recursos bem utilizados. Quando questionados sobre a Infraestrutura,
instalações e localização foram apontadas a dificuldade na infraestrutura para receber cargas e
descargas e sobre a qualidade e armazenagem da matéria-prima, registrado a ausência de um
lugar específico de descarga.
Os resultados do quadro 6 demonstram a aplicação do modelo VRIO na empresa em
estudo. O quadro foi montado a partir dos questionários aplicados com colaboradores,
fornecedores e clientes, sincronizando as respostas dos entrevistados sobre os recursos
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geradores de vantagem competitiva sustentável, vantagem competitiva temporária, de
paridade competitiva e de desvantagem competitiva, assim como a frequência de cada recurso
comentado nas entrevistas.
Quadro 6 – Modelo VRIO
RECURSO FÍSICO
Recurso da empresa Valioso Raro Custoso de
imitar
Explorado
pela empresa
Implicações
competitivas
Qualidade dos produtos e
serviços em relação aos
concorrentes
NÃO NÃO NÃO NÃO DESVANTAGEM
COMPETITIVA
Equipamentos Diferenciados que
a empresa possui. SIM SIM NÃO SIM
VANTAGEM
COMPETITIVA
TEMPORARIA
Tecnologia em equipamentos de
medição. NÃO NÃO
DESVANTAGEM
COMPETITIVA
Infraestrutura, instalações e
localização. NÃO NÃO
DESVANTAGEM
COMPETITIVA
Qualidade e armazenagem da
matéria-prima. NÃO NÃO
DESVANTAGEM
COMPETITIVA
RECURSO HUMANO
Qualificação dos profissionais
/mão de Obra qualificada SIM NÃO SIM
PARIDADE
COMPETITIVA
Benefícios oferecidos pela
empresa (transporte e
alimentação)
SIM SIM SIM SIM VANTAGEM
SUSTENTADA
Ambiente de trabalho (segurança
do trabalhador). NÃO NÃO
DESVANTAGEM
COMPETITIVA
Aprendizagem e treinamento dos
colaboradores NÃO NÃO
DESVANTAGEM
COMPETITIVA
Capacitações gerenciais
(comunicação, instrução de
trabalho)
NÃO NÃO DESVANTAGEM
COMPETITIVA
Ética, respeito aos colaboradores. NÃO NÃO DESVANTAGEM
COMPETITIVA
RECURSO ORGANIZACIONAL
Sistema operacional da empresa
(equipamentos de informática e
redes)
NÃO NÃO DESVANTAGEM
COMPETITIVA
Sistema de qualidade (aplicação
da ISO 9001) NÃO NÃO
DESVANTAGEM
COMPETITIVA
Rapidez no atendimento aos
clientes/funcionários e
fornecedores
SIM NÃO SIM PARIDADE
COMPETITIVA
Atendimento Técnico
(assistência) SIM NÃO SIM
PARIDADE
COMPETITIVA
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Nível de reputação da empresa
com o pioneirismo do setor na
região
SIM SIM SIM SIM VANTAGEM
SUSTENTADA
Atendimento escritório/fábrica/
almoxarifado. NÃO NÃO
DESVANTAGEM
COMPETITIVA
Sistema organizacional:
Desenhos Técnicos, Ordens de
produção.
NÃO NÃO NÃO DESVANTAGEM
COMPETITIVA
Nível de reputação da empresa
com os concorrentes SIM SIM NÃO SIM
VANTAGEM
COMPETITIVA
TEMPORARIA
Nível de reputação da empresa
com os clientes SIM SIM NÃO SIM
VANTAGEM
COMPETITIVA
TEMPORARIA
Nível de reputação da empresa
com os fornecedores. SIM NÃO SIM
PARIDADE
COMPETITIVA
RECURSO FÍSICO
Investimento no parque fabril. NÃO NÃO DESVANTAGEM
COMPETITIVA
Investimentos em equipamentos
e novos projetos NÃO NÃO
DESVANTAGEM
COMPETITIVA
FONTE: Autores (2018)
Quando o recurso é valioso e raro, mas não é difícil de ser imitado, explorá-lo irá
provocar vantagem competitiva temporária, pois rapidamente será contestado. (BARNEY,
1991). Se um recurso é valioso e não é raro, explorá-lo ocasionará paridade competitiva, não
explorá-lo ocasionará desvantagem competitiva, uma vez que os concorrentes também o
possuem (BARNEY, 1991).
Com a base da aplicação do quadro 6 que contempla todos os dados de aplicação do
modelo VRIO e os recursos analisados da empresa, pode-se fazer um análise dos recursos,
sendo que os recursos físicos da empresa, das cinco questões analisadas, quatro resultaram em
desvantagens competitivas e uma em vantagem competitiva temporária, assim podemos
concluir perante os resultados que o recurso físico atual não contribui para vantagem
competitiva para a organização.
Nos recursos humanos, seis perguntas foram aplicadas, destas, uma resultou em
paridade competitiva, uma em vantagem sustentada, e quatro em desvantagens competitivas.
O último recurso analisado correspondente aos recursos financeiros, apenas apresentou
desvantagens.
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Em um parâmetro geral, com o objetivo de análise dos recursos que a empresa dispõe
conforme quadro 7, das vinte e três questões pertencentes ao questionário, dos recursos da
empresa, quatorze resultaram em desvantagens competitivas, quatro em paridades
competitivas, três em vantagens competitivas temporárias e uma em vantagem competitiva.
Quadro 7 – Análise dos recursos da empresa.
FONTE: Autores (2018)
Sendo que os quatorze recursos que causam desvantagem competitiva correspondem
a 61% da totalidade dos recursos analisados, os quatro recursos que resultaram em paridade
competitiva, satisfazem a 17%, sendo os três recursos que determinam vantagem competitiva
temporária, atendem a 13% e os 9% (Quadro 8).
Quadro 8 – Parâmetros dos recursos da empresa.
Recursos analisados na
empresa
Total de recursos
analisados
Desvantagem
competitiva
Paridade
competitiva
Vantagem
competitiva
temporaria
Vantagem
sustentada
Recursos físicos 5 = 100% 4 recursos 1 recursos
Recursos organizacionais 10 = 100% 4 recursos 3 recursos 2 recursos 1 recurso
Recursos humanos 6 = 100% 4 recursos 1 recurso 1 recurso
2 recursos financeiros 2 = 100% 2 recursos
Total 23 14 = 61% 4 = 17% 3 = 13% 2 = 9%
FONTE: Autores (2018)
Na análise individual dos recursos, conforme quadro 9, dos cinco recursos físicos
analisados, quatro recursos (80%), resultaram em desvantagem competitiva, e um, 20%, em
vantagem competitiva temporária. Dos dez recursos organizacionais ponderados, quatro
(40%) representaram desvantagem competitiva, três (30%), resultaram em paridade
competitiva, dois deles (20%), procederam em vantagem competitiva temporária e um, 10%
em vantagem sustentada.
Desvantagem
competitiva
Paridade
competitiva
Vantagem
competitiva
temporária
Vantagem sustentada
Recurso físico 4 RECURSOS
1 RECURSO
Recurso organizacional 4 RECURSOS 3 RECURSOS 2 RECURSOS 1 RECURSO
Recurso humano 4 RECURSOS 1 RECURSO
1 RECURSO
Recurso financeiro 2 RECURSOS
TOTAL 14 4 3 2
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Quanto aos seis recursos humanos, quatro recursos, 66%, representaram desvantagem
competitiva, um, 17%, representaram paridade competitiva, sendo o úiltimo de 17% em
vantagem sustentada. E os dois recursos financeiros analisados (100%) resultaram em
desvantagem competitiva.
Quadro 9 – Análise por recurso.
Recursos analisados na
empresa
Total de
recursos
analisados
Desvantagem
competitiva
Paridade
competitiva
Vantagem
competitiva
temporaria
Vantagem
sustentada
5 = 100% 4 recursos
80% 1 recurso
20% Recursos físicos
10 = 100% 4 recursos 3 recursos 2 recursos 1 recurso
Recursos organizacionais 40% 30% 20% 10%
6 = 100% 4 recursos 1 recurso
1 recurso
Recursos humanos 66% 17%
17%
2 = 100% 2 recursos
2 recursos financeiros 100%
23 14 = 61% 4 = 17% 3 = 13% 2 = 9% TOTAL
FONTE: Autora (2016)
Sendo assim, com os dados e os diagnósticos apurados sobre a situação da empresa na
visão ampla de seus colaboradores, clientes e fornecedores, a empresa precisa de planos
estratégicos para ajuste desses recursos a fim de tornar a organização uma fonte de lucro e
uma empresa competitiva perante o mercado e concorrentes.
XXXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e suas contribuições para o desenvolvimento do Brasil”
Maceió, Alagoas, Brasil, 16 a 19 de outubro de 2018.
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4 CONCLUSÃO
O estudo objetivou identificar recursos e estratégias que possam representar fonte de
vantagem competitiva de uma empresa metalomecânica, situada na cidade de Forquilhinha
em Santa Catarina. A partir dos questionários aplicados foi possível identificar a existência de
recursos dos tipos físicos, humanos, financeiros e organizacionais avaliados de diferentes
formas pela população estudada, desde colaboradores, fornecedores e clientes.
Compreende-se que existem na empresa recursos que geram vantagem competitiva,
mas não necessariamente vantagens sustentáveis, vários recursos que geram desvantagens
competitivas passaram por uma análise detalhada para que a empresa realmente fosse
direcionada de forma eficaz e eficiente a utilizá-los.
A empresa deverá trabalhar estratégias para poder obter vantagens duradouras e
encontrar uma posição na qual possa melhor se defender ou influenciar as forças do ambiente
a seu favor (PORTER, 1989). Numa análise geral baseada na aplicação do Modelo VRIO
verifica-se que atualmente a empresa possui vários recursos utilizados de forma incorreta ou
não utilizados, sendo estes recursos os desafios e competências da organização para o
aumento da competitividade e futuramente vantagens com relação a tomada de decisão eficaz
mediante o estudo realizado.
XXXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e suas contribuições para o desenvolvimento do Brasil”
Maceió, Alagoas, Brasil, 16 a 19 de outubro de 2018.
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REFERÊNCIAS
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BARNEY, J.B; HESTERLY, W.S. Administração Estratégica e Vantagem Competitiva: casos brasileiros.
São Paulo: Pearson, 2007.
BARNEY, Jay B.; HESTERLY, William S. Administração estratégica e vantagem competitiva: conceitos e
casos. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Programa de disseminação das estatísticas do trabalho. Bases
estatísticas RAIS/CAGED. Disponível em <http://sgt.caged.gov.br/index.asp>. Acesso em 06 de maio de 2016.
CARVALHO, F. M.; KAYO, E. K.; MARTIN,D. M. L. Tangibilidade e intangibilidade na determinação do
desempenho persistente de firmas brasileiras, 2010. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rac/v14n5/v14n5a07.pdf>. Acesso em 24 de maio de 2016.
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GRANT, R. M. The Resource-Based Theory Of Competitive Advantage: Implications Of Strategic
Formulation. California Management Review, 1991.
KRETZER, J.; MENEZES, E. A. A importância da visão baseada em recursos na explicação da vantagem
competitiva. Revista de Economia Mackenzie. São Paulo,2006.
POLOS ECONÔMICOS, 2015 <disponível em> http://www.santacatarinabrasil.com.br/pt/polos-economicos/,
acesso em 07 abril de 2018.
PORTER, Michael E. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. 20 ed. Rio de
Janeiro: Campus, 1989.
POTER. In: JULIO Carlos A. (Org.); SALIBI, José Neto (Org.). Estratégia e planejamento. Autores e
conceitos imprescindíveis. São Paulo: Publicafolha, (Coletânea HSM Management). Vários autores e vários
tradutores, 2002.
SEBRAE, 2010 <disponível em> http://www.sebraesc.com.br/scemnumero/arquivo/Metal-mecanico/. Acesso
em 06 de maio de 2016.
VASCONCELOS FILHO, P.; PAGNONCELLI, D. Construindo estratégias para vencer. Rio de Janeiro:
Campus, 2001.