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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
SARA MACHADO DE MORAIS PAZINI
ANÁLISE DA QUALIDADE AMBIENTAL URBANA DE ÂNGULO-PR
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
CAMPO MOURÃO
2019
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SARA MACHADO DE MORAIS PAZINI
ANÁLISE DA QUALIDADE AMBIENTAL URBANA DE ÂNGULO-PR
Trabalho de Conclusão de Curso 2 (TCC 2), do curso de Engenharia Ambiental, do Departamento Acadêmico de Ambiental (DAAMB), do Câmpus Campo Mourão, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Ambiental. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maristela Denise Moresco Mezzomo Co-orientadora: Prof.ª Dr.ª Morgana Suszek Gonçalves.
CAMPO MOURÃO
2019
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Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campus Campo Mourão Diretoria de Graduação e Educação Profissional
Departamento Acadêmico de Ambiental - DAAMB Curso de Engenharia Ambiental
TERMO DE APROVAÇÃO
ANÁLISE DA QUALIDADE AMBIENTAL URBANA DE ÂNGULO-PR
por
SARA MACHADO DE MORAIS PAZINI
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi apresentado em 03 de julho de 2019 como
requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Ambiental. O
candidato foi arguido pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo
assinados. Após deliberação, a banca examinadora considerou o trabalho
APROVADO.
__________________________________
Prof.ª Dr. ª Maristela Denise Moresco Mezzomo
__________________________________
Prof.ª Dr.ª Morgana Suszek Gonçalves
__________________________________
Prof.ª Dr. ª Vanessa Medeiros Corneli
__________________________________
Eng.ª Ambiental Anne Caroline Sampaio Vaz
O Termo de Aprovação assinado encontra-se na coordenação do curso de
Engenharia Ambiental.
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente sou grata a Deus, o qual foi o meu refúgio, minha fortaleza e por
ter permitido a finalização desta pesquisa, por ter me guiado, por não ter deixado
desistir, assim permitindo a conclusão da minha graduação.
Agradeço aos meus pais que sempre confiaram em mim, me deram apoio e
palavras de consolo quando precisei. Ao Luiz Francisco que nunca mediu esforços
para nos sustentar e a Carmi Silvia que sempre esteve ao meu lado e que nada seria
sem ela, mesmo longe sempre orando e me ajudando com seu amor e paciência, além
de sempre confiar na minha capacidade.
Ao meu marido, Marcos Aurélio, que Deus colocou no meu caminho para
somar, me ajudou nos meus estudos, a me centrar e acreditar que sempre fui capaz
naquilo que eu me propunha a fazer. Esteve ao meu lado nesses três anos finais do
curso, ouvindo minhas lamentações em momentos críticos e secando minhas lágrimas
quando preciso, me deu carinho e amor, sempre estava ao meu lado sendo um anjo
na minha vida, me alegrando e incentivando todos os dias. Agradeço por acreditar em
mim, reforçando que tudo era possível, que em meio a tantas mudanças, trabalhos,
reformas, estágio e compromissos, conseguiria seguir a diante com a pesquisa e que
finalizaria com sucesso, obrigada por todo suporte, por ter me presenteado com duas
cachorras lindas, por ter me dados os melhores conselhos e por todo apoio diário!
A minha linda e amada orientadora, Professora Maristela Mezzomo, que desde
o momento que a conheci em sala de aula no terceiro período me apaixonei pela sua
didática, seu estilo e pensamentos da vida. Minha meta era tê-la como orientadora e
que pertencesse à defesa do meu TCC. Sou grata por toda sua dedicação com o
nosso trabalho, por me incentivar, por trazer essa proposta de planejamento da
paisagem e sua importância para a nossa qualidade de vida, por ter tido a
oportunidade de criar folders com paisagens que vivi intensamente e que hoje é
distribuído pelos eventos sobre o meio ambiente. Sou grata porque me ouviu, quando
eu estava em processo de mudança (de solteira para casada) em meio ao caos de
estudos e compromissos com as nossas pesquisas e não desistiu de mim.
Aos meus companheiros de projeto que hoje já são Engenheiros Ambientais,
Marcos Polinarski, Anne Sampaio e Michele, que me ajudaram com a metodologia
5
desta pesquisa e me auxiliaram quando eu mais precisei. Vocês foram fundamentais
para esse trabalho de conclusão de curso acontecer!
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RESUMO
A expansão urbana desordenada ocasiona mudanças ao meio ambiente, seja ela a
mudança da paisagem, consequências ambientais e situações lastimáveis de
habitação da população. Logo, um planejamento adequado da paisagem é
fundamental, para melhorias e organização estrutural de um município como uma
ferramenta teórico-metodológica. A análise do planejamento da paisagem e o estudo
da qualidade ambiental urbana são áreas potenciais para a atuação de um Engenheiro
Ambiental, se tratando de um instrumento de gestão urbana municipal. A fim de não
faltar o acesso a direitos básicos à população e o desenvolvimento do ambiente em
concordância com à conservação da natureza no meio urbano, este estudo objetivou
analisar a qualidade ambiental da cidade de Ângulo – PR. A metodologia envolveu a
aplicação de indicadores ambientais disponibilizados pelo Programa Cidades
Sustentáveis, que se dividiram em dois grupos: cobertura da terra e saneamento
básico. Para este, os dados foram obtidos por meio de estudos do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (2010), SNIS (2016) e prefeitura municipal. Para a cobertura
da terra, os dados foram obtidos a partir de imagens de satélite SASPlanet e feito
mapeamento com o software livre QGIS 3.6. A aplicação dos indicadores permitiu a
elaboração de três mapas: divisão de setores censitários, cobertura da terra e
saneamento básico. A partir da análise dos mapas, dados e informações, os
resultados demonstraram que a cidade apresenta classes de cobertura da terra que
contribuem positivamente para a qualidade ambiental urbana, porém a quantidade de
solo exposto prejudica esta situação. Quanto ao indicador de saneamento, a cidade
apresenta carência em relação à infraestrutura, demonstrando necessidade de
investimentos e atenção. Apesar dessa carência, o nível da qualidade ambiental de
Ângulo foi considerado como bom, devido, principalmente, aos espaços com presença
de cobertura vegetal e a presença expressiva de edificações de até 4 pavimentos com
mais de 20% de vegetação.
Palavras-chave: Planejamento da Paisagem, Cobertura da Terra, Saneamento
Básico, Indicadores Ambientais, Estação de Tratamento de Efluentes.
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ABSTRACT
Disorganized urban sprawl causes changes to the environment, be it landscape
change, environmental consequences, and disgraceful housing situations. Therefore,
adequate planning of the landscape is fundamental for improvements and structural
organization of a municipality as a theoretical-methodological tool. The analysis of
landscape planning and the study of urban environmental quality are potential areas
for the performance of an Environmental Engineer, if it is a municipal urban
management tool. In order not to lack access to basic rights to the population and the
development of the environment in agreement with the conservation of nature in the
urban environment, this study aimed to analyze the environmental quality of the city of
Angulo - PR. The methodology involved the application of environmental indicators
provided by the Sustainable Cities Program, which were divided into two groups: land
cover and basic sanitation. For this, the data were obtained through studies of the
Brazilian Institute of Geography and Statistics (2010), SNIS (2016) and city hall. For
land cover, data were obtained from satellite images of SASPlanet and mapped with
free software QGIS 3.6. The application of the indicators allowed the elaboration of
three maps: division of census tracts, land cover and basic sanitation. From the
analysis of the maps, data and information, the results showed that the city presents
classes of land cover that contributes positively to the urban environmental quality, but
the amount of soil exposed damages this situation. As for the sanitation indicator, the
city is deficient in relation to infrastructure, demonstrating the need for investments and
attention. Despite this lack, the environmental quality level of Angle was considered as
good, mainly due to the spaces with presence of vegetation cover and the expressive
presence of buildings of up to 4 floors with more than 20% of vegetation.
Keywords: Landscape Planning, ground cover, basic sanitation, environmental
indicators, Effluent Treatment Station.
8
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Localização da área de estudo.............................................................. 10
Figura 2- Identificação dos setores censitários urbanos de Ângulo – PR. ........ 15
Figura 3 - Mapa de cobertura da terra da área urbana de Ângulo – PR.............. 17
Figura 4 - Praças e espaços verdes públicos existentes na cidade de Ângulo –
PR. ............................................................................................................................ 21
Figura 5-Infraestrutura inadequada das ruas de Ângulo-PR. .............................. 22
Figura 6 - Mapa da infraestrutura do saneamento básico na cidade de Ângulo –
PR. ............................................................................................................................ 23
Figura 7 : Avenida sem canteiro e com infiltração prejudicada. ......................... 26
9
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Legenda de classificação para a cobertura da terra. ......................... 12
Quadro 2 - Parâmetros para a análise quantitativa dos indicadores de
saneamento básico. ................................................................................................ 13
Quadro 3 – Exemplares das classes mapeadas com suas respectivas imagens
de satélite . ............................................................................................................... 19
10
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Descrição dos setores censitários urbanos em relação à área e
população. ............................................................................................................... 16
Tabela 2 – Ocorrência dos itens mapeados da legenda do grupo cobertura da
terra. ......................................................................................................................... 18
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1
2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 2
2.1 OBJETIVO GERAL _______________________________________________ 2
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ________________________________________ 2
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 3
3.1 PLANEJAMENTO DA PAISAGEM ___________________________________ 3
3.2 QUALIDADE AMBIENTAL URBANA __________________________________ 5
3.3 INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS _________________________________ 6
3.4 ÁREAS VERDES URBANAS ________________________________________ 7
3.5 SANEAMENTO BÁSICO ___________________________________________ 8
4 MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................ 9
4.1 ÁREA DE ESTUDO _______________________________________________ 9
4.2 METODOLOGIA ________________________________________________ 10
4.3 COBERTURA DA TERRA _________________________________________ 11
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 15
5.1 COBERTURA DA TERRA _________________________________________ 16
5.2 SANEAMENTO BÁSICO __________________________________________ 22
5.3 QUALIDADE AMBIENTAL URBANA _________________________________ 25
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 28
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1 INTRODUÇÃO
A expansão urbana desordenada leva à verticalização das cidades, o aumento
de solo exposto em bairros novos, com a falta de planejamento adequado, logo,
resultando em mudanças na dinâmica da paisagem, a qual nem sempre vem
acompanhada de melhorias para a qualidade ambiental e de vida aos cidadãos
(ESTEVEZ; NUCCI, 2010).
O meio ambiente sofre à medida com que as cidades se expandem, sendo que
nem sempre é ordenada tal expansão, acarretando problemas no âmbito econômico,
social e ambiental. Assim, na medida em que as cidades crescem, problemas como
inundações, desconforto térmico, ausência de espaços verdes, poluição – ar, água e
solo -, falta de saneamento básico, entre outros são fatos apresentados (JESUS,
2006).
O Brasil possui sérios problemas com esses crescimentos desordenados, dos
bairros e centros das cidades, assim havendo ineficiência no planejamento urbano
com a necessidade de ser resolvido, como o saneamento básico, onde contempla o
abastecimento de água potável, coleta de resíduos e esgotamento sanitário, sendo
um dos fatores que corroboram para a qualidade de vida da população. Esta falta de
estrutura eficaz afeta de forma direta a saúde das pessoas e a qualidade ambiental
urbana. Estes aspectos, quando discutidos sob a ótica ambiental, buscam evidenciar
a relação entre o ambiente e as pessoas.
Logo, poder compreender como está a estrutura desses aspectos, se torna o
primeiro passo para avaliar tais condições. Diante disso, o presente trabalho tem como
objetivo desenvolver um estudo sobre a qualidade ambiental urbana na cidade de
Ângulo, localizada na região norte central do estado do Paraná.
Este município foi escolhido com o critério de obter menos de 10.000
habitantes, o qual há um território de 106,021 km² (IBGE, 2010), podendo haver
expansão urbana, ou seja, planejar como será executada essa expansão e sua
importância é o escopo do planejamento da paisagem na qualidade ambiental urbana.
2
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Analisar a qualidade ambiental da área urbana do município de Ângulo–PR, por
meio de indicadores ambientais.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Aplicação de indicadores de saneamento básico e cobertura da terra;
Elaboração do mapa de cobertura da terra;
Elaboração do mapa de distribuição do saneamento básico;
Análise dos aspectos de cobertura da terra;
Análise dos aspectos de saneamento básico;
Análise de maneira integrada os resultados.
3
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Os principais temas envolvendo este trabalho foram: planejamento da
paisagem, qualidade ambiental urbana, indicadores socioambientais, áreas verdes
urbanas e saneamento básico.
3.1 PLANEJAMENTO DA PAISAGEM
O Planejamento da Paisagem é um instrumento da política do meio ambiente,
vigente em lei na Alemanha, que se constitui como um importante instrumento para a
organização do espaço daquele país. Vem sendo utilizado por diversos países e
surge como uma proposta de conciliação entre as necessidades que caracterizam a
sociedade moderna e os efeitos que a intervenção humana causa sobre o meio físico.
Desta forma, conciliando o Planejamento da Paisagem e a preocupação com a
qualidade ambiental (VALASKI, 2013, p.37).
Segundo Nucci (1998, p.210) “o Planejamento da Paisagem pode ser entendido
como uma contribuição ecológica e de design para o planejamento do espaço, onde
se procura uma regulamentação dos usos do solo e dos recursos ambientais”.
Como cita Garcias (2001, p.275) “o planejamento ambiental urbano, além de
estruturação da cidade para suas atividades normais [...] deve considerar a
capacidade de sustentação ambiental do ambiente natural sobre o qual a cidade se
desenvolve”. O autor também acrescenta, que conforme “o ambiente urbano é
degradado” isto afeta diretamente na saúde da população, pois começam a
reaparecer as doenças que antes estavam erradicadas, ressurgem como a dengue,
cólera, febre amarela. O que se vê atualmente nos meios de comunicação, são focos
destas situações, além de outras que estão em processo de mutação como, H1N1,
H2N3, necessitando imediatamente de não se fazer o crescimento desenfreado da
urbanização sem que se analise o planejamento.
De acordo com Mota (1999 apud UGEDA JÚNIOR, 2014, p.102),
O aumento da população e a ampliação das cidades deveria ser sempre acompanhado do crescimento de toda a infraestrutura urbana, de modo a proporcionar aos habitantes uma mínima condição de vida [...] a ordenação deste crescimento faz-se necessária, de modo que as influências que o
4
mesmo possa ter sobre o meio ambiente não se tornem prejudiciais aos habitantes.
Monte-Mór (2006) citou um exemplo de sucesso de um planejamento urbano,
onde ocorreu o primeiro plano regulador no século XIX, incluindo a demolição e a
construção de milhares de casas, implantação de infraestrutura, parques, avenidas e
área central da cidade. Segundo esse mesmo autor, este episódio influenciou todo o
mundo ocidental, feito na cidade de Paris pelo Barão Georges-Eugène Haussmann,
além de outros tantos passos que foram sendo executados, ele exemplifica a evolução
dos pensamentos do planejamento urbano e a necessidade de visar a parte
“ecológica” nisso, não somente avanços tecnológicos, medidas industriais etc e como
isso influenciou no Brasil, onde
as periferias urbanas precárias proliferaram com áreas de sub-habitação e ausência de serviços urbanos e sociais básicos. Essa suburbanização precária que se iniciou nas grandes cidades produziu periferias pobres parcialmente integradas à dinâmica urbana (MONTE-MÓR,2006, p.63).
Esses serviços urbanos seriam habitação, saneamento básico, controle do uso
da terra, transporte coletivo, saúde e outros. Com isso, entende-se a necessidade de
considerar as questões ambientais na tomada de decisões relativas ao planejamento
urbano e todas as suas consequências (UGEDA JÚNIOR, 2014, p.103). Pois quando
não são considerados, o ambiente urbano é cada vez mais degradado e o ser humano
sente, física e psicologicamente os problemas decorrentes do planejamento
inadequado como a poluição do ar, da água, do solo, alterações do microclima, níveis
baixos de saneamento ambiental, alto consumo de energia e de combustíveis fósseis
(NUCCI; FERREIRA; VALASKI, 2014, p.732).
Gascho (2006) acrescenta que nos últimos duzentos anos de crescimento
populacional e econômico desordenados, provocaram o desequilíbrio ecológico e a
degradação do meio ambiente físico e social, gerando graves consequências e
contribuindo para uma maior deterioração do espaço geográfico.
Portando, o planejamento, acarreta uma grande probabilidade de dar certo o
resultado daquilo que for executado. Ele se dá para o planejamento da paisagem, pois
nele é pensado em detalhes e aspectos que causam boas consequências ao uso e
ocupação do solo, auxiliando ambientalmente, socialmente e economicamente, sendo
um instrumento fundamental para a vida humana.
5
3.2 QUALIDADE AMBIENTAL URBANA
Há aspectos que estão diretamente proporcionais à qualidade, como áreas
verdes, permeabilização do solo, planejamento adequado da mobilidade urbana,
qualidade da água de um manancial que depende do correto uso e das atividades
desenvolvidas, qualidade do ar, saneamento básico evitando infestações e
proliferações de parasitas, moscas, ratos e poluições em geral. Consequentemente,
com o crescimento demográfico e dos municípios, a preocupação só aumenta em
relação a esses aspectos.
A respeito da vegetação, Wolfram e Monteiro (2011) citam que são precursores
na alteração do microclima alterando a sensação térmica, além das áreas arborizadas
em geral que geram maior sensação de conforto térmico para o pedestre. Ou seja,
áreas com altas concentrações populacionais, concreto, com alta área de
impermeabilização do solo, grandes movimentações de automóveis, proporcionam
uma sensação térmica maior que o habitual daquele local, para isso, sempre se
fazendo necessário o investimento para que haja qualidade ambiental urbana nos
bairros, municípios e cidades, garantindo o bem comum.
Gascho (2006, p.15), descreve que a qualidade ambiental “depende de um
conjunto de processos, em nível urbano e rural e de políticas adotadas em todas as
esferas: federal, estadual, municipal, pública ou privada”, além de ser considerado
pela autora como um objeto da percepção humana, possibilitando a aprovação ou a
reprovação e consequentemente o repúdio ao ambiente desenvolvido.
Não é somente uma percepção humana que qualifica um ambiente dentro do
padrão de qualidade ou não, mas auxilia para a população estar ativa nos programas
de controle e preservação ambiental urbana (GARCIAS, 2001), além dos dados
empíricos de cada fator analisado.
Quanto as esferas, os municípios precisam de planos e estatuto como
Planejamento Ambiental, Planejamento Municipal, Plano Diretor e Estatuto da Cidade
as quais visem todos os pormenores garantindo a qualidade ambiental, o destino dos
resíduos sólidos, o dimensionamento do saneamento, os aspectos das infraestruturas,
o bem-estar cultural, logo, garantindo saúde pública, educação, além da cobertura
vegetal, mobilidade urbana.
Quanto ao fato de investir na qualificação de calçadas e ciclovias não somente
contribui para a melhora da mobilidade urbana, mas, também, para a qualidade
6
ambiental tendo menos emissões atmosféricas, na qualidade de vida dos habitantes
através da redução da incidência de doenças relacionadas ao sedentarismo, na
segurança no aspecto de mais pessoas circulando o mesmo espaço (HAGEMANN,
2017).
Hagemann (2017, p.1) o caminhar “contribui para aumentar as interações
sociais entre vizinhos e este movimento, por sua vez, é o que cria, com o tempo, a
sensação de familiaridade e pertencimento a determinado local” ainda acrescenta que
é uma cadeia de variáveis, quando combinadas, estimulam o bem-estar.
3.3 INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS
Ugeda Jr. (2014, p.103) descreve que os indicadores ambientais para as
tomadas de decisões no Planejamento da Paisagem Urbana se complementam,
trazendo o resultado desejado, sendo um instrumento de gestão ambiental.
Garcias (2001, p. 275) sugere que haja “clareza nos aspectos conceituais e de
estruturação dos indicadores” que seja um indicador visual, para a sociedade se
manter ciente de como está o controle e a preservação ambiental do seu município
ou bairro. O mesmo autor ainda sugere indicar como referencial a qualidade das
águas, sendo simples e objetivo, facilitando a participação deles.
Porém, para Silverio et al. (2014), estabelecer um indicador em qualquer
situação, é uma tarefa desafiadora, pois escolher, determinar ou até mesmo delimitá-
los não significa que estejam atendendo a demanda pela qual foram estabelecidos.
Ugeda Jr (2014, p.110-111) sugere alguns indicadores nas áreas ambientais,
habitacionais, urbanas, sanitárias e sociais, como a qualidade da água, do ar e do
solo, condições de habitabilidade, transporte, educação, segurança, poluição sonora
e visual, mortalidade, assistência médica, hospitalar e condições socioeconômicas.
Todo planejamento agregará técnicas “capazes de capacitar os planejadores
urbanos a lidarem com os indicadores físicos do meio de modo concreto” (UGEDA JR,
2014, p.110-111).
Os indicadores, como instrumento de gestão, são fundamentais para fixar
metas de resultados e promover a participação da sociedade civil como
corresponsável pelas decisões tomadas nas cidades e o Programa Cidades
Sustentáveis, aponta 260 indicadores básicos associados aos Objetivos de
7
Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU em nível global, como
um aprimoramento da administração , tais como: abastecimento público de água
potável, rede de esgoto, esgoto que recebe algum tipo de tratamento, ciclovia e coleta
seletiva.
Estes são responsáveis para alcançar o acesso universal e equitativo à água
potável, reduzir significativamente a poluição marinha, aumentar o acesso a sistemas
de transporte seguros e sustentáveis, reduzir a geração de resíduos por meio de
prevenção, redução, reciclagem e reutilização.
3.4 ÁREAS VERDES URBANAS
Segundo Cavalheiro et al. (1999, p.7) as áreas verdes são “espaços livres onde
o elemento fundamental de composição é a vegetação” devendo satisfazer os
aspectos ecológico-ambiental, estético e de lazer. “Vegetação e solo permeável (sem
laje) devem ocupar, pelo menos, 70% da área; devem servir à população, propiciando
um uso e condições para recreação”. E o mesmo autor acrescenta que áreas como
canteiros, pequenos jardins de ornamentação, rotatórias e arborização não podem ser
considerados áreas verdes, mas sim "verde de acompanhamento viário".
Cunico et al. (2002), cita que a falta de áreas verdes e locais com maior
adensamento urbano apresentaram um aquecimento do ar mais acelerado e
temperaturas mais elevadas, do que as áreas não edificadas com vegetação.
A cobertura vegetal para Nucci e Cavalheiro (1999, p. 30) desempenham várias
funções como estabilizar superfícies, manter a manutenção da qualidade da água e
do ar, melhorar a interação entre as atividades humanas e o meio ambiente, fornecer
alimentos, proteção às nascentes e mananciais, etc.
A fim de que as mesmas desempenham um papel satisfatório, devem ser
abordadas de forma integrada ao planejamento de modo que o m² de área verde
pública deve ser de 12 a 36 m² por habitante urbano (CAVALHEIRO e DEL PICCHIA,
1992).
Os bairros criados nos últimos anos, normalmente apresentam solo exposto e
pouca vegetação. A pulação não prioriza a plantação de vegetação em suas áreas
particulares devido ao trabalho, custo e tempo. Para tanto, “propriedades próximas de
áreas verdes ou possuindo vegetação tendem a possuir maior valor no mercado
8
imobiliário” (LOURENÇO et al. 2016, p.114). Os benefícios das áreas verdes urbanas
ou florestas urbanas proporcionam uma economia três vezes maior que o custo da
manutenção destas áreas (USDA Forest Service, 2016)
3.5 SANEAMENTO BÁSICO
Em relação ao saneamento básico, a situação é alarmante, considerando a
qualidade de vida nas cidades. O cidadão urbano brasileiro convive com e sofre as
consequências da miséria, da degradação ambiental, assim como do desperdício de
recursos naturais (JESUS, 2006).
O saneamento básico está vigente na Lei nº 11.445, de 5 de Jan. 2007 a qual
estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal
de saneamento básico e aponta os princípios fundamentais da universalização do
acesso à população ao saneamento básico, em todas as áreas urbanas.
Os princípios que apontam esta lei proporcionam benefícios à saúde, a
economia e ao meio ambiente. Portanto, aplicando-se a lei na infraestrutura aos
planos e Planejamentos da Paisagem, consequentemente, os níveis da qualidade
ambiental urbana e seus indicadores estarão positivos, mantendo a sustentabilidade
e qualidade do município.
9
4 MATERIAL E MÉTODOS
Esta seção contém a área de estudo e os materiais e métodos necessários para
a execução do trabalho.
Primeiramente foi fundamentado todos os temas necessários para a execução
das demais etapas. Em seguida, foram coletados dados sobre o município e feito o
mapeamento da cobertura da terra. Posteriormente, foi realizado o levantamento de
dados de saneamento por dados do IBGE (2010) e por fim, fez-se a análise dos
resultados e uma breve conclusão.
4.1 ÁREA DE ESTUDO
A área urbana do município de Ângulo – PR foi escolhida para o estudo (Figura
1).
O município de Ângulo está localizado na mesorregião geográfica norte central
paranaense e microrregião geográfica de Astorga do estado do Paraná. Encontra-se
entre as coordenadas geográficas 23º 11' 41'' latitude sul e 51 º 54 ' 55 '' longitude
oeste. Conta com população estimada para 2018, de 2.927 habitantes, sendo 2.253
moradores da área urbana (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E
ESTATÍSTICA, 2010 e 2018; INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO E SOCIAL, 2018).
10
Figura 1 - Localização da área de estudo.
Fonte: Elaborada pelo autor (2019).
4.2 METODOLOGIA
A análise do planejamento da paisagem e o estudo da qualidade ambiental
urbana são áreas potenciais para a atuação de um Engenheiro Ambiental, pois se
trata de um instrumento de gestão urbana municipal. Diante disso, esta proposta
envolve a aplicação de indicadores de qualidade ambiental, selecionados com base
no Programa Cidades Sustentáveis (2018).
Os indicadores que foram analisados são: cobertura da terra, saneamento
básico, os quais agregam rede de esgoto, esgoto que recebe algum tipo de
tratamento, abastecimento público de água potável e coleta de resíduos, obtendo a
discussão para a qualidade ambiental urbana.
51°53'2.32"W 51°53'15.42"W 51°55'5.70"W 51°54'41.51"W 51°54'16.15"W
W
23°1
1'3
8.9
7"S
23°1
1'5
2.0
1"S
11
4.3 COBERTURA DA TERRA
O Programa Cidades Sustentáveis1 nomeia área verde na zona urbana e
propõe avaliar a presença de vegetação e a contribuição para a qualidade ambiental,
mas optou-se por substituir o nome por cobertura da terra, pois o foco é a cobertura
vegetal, espaços edificados e áreas impermeabilizadas.
Diante dessa substituição, busca-se analisar os aspectos da paisagem
presentes no ambiente urbano por imagens de satélite do Bing Aerials (2018) e
mapeado a partir do software QGIS 3.6.0. A legenda utilizada para tal indicador pode
ser observada no Quadro 1, a partir das metodologias propostas por Valaski (2013),
Nucci, Ferreira e Valaski (2014) e Ferreira (2015), com adaptações realizadas pelos
pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Geoecologia e Gestão Ambiental da
UTFPR, câmpus Campo Mourão, no âmbito da quantificação de áreas verdes nos
lotes de edificações até quatro pavimentos.
1 Programa de caráter nacional que envolve uma lista de indicadores que podem ser utilizados para a avaliação da qualidade ambiental urbana de municípios brasileiros (PROGRAMA CIDADES SUSTENTÁVEIS, 2018).
12
Quadro 1- Legenda de classificação para a cobertura da terra.
1. ESPAÇOS EDIFICADOS
Edificações de até 4 pavimentos
1.1 Área sem vegetação e impermeabilizada
1.2 Área com presença de 1 a 20% de vegetação
1.3 Área com presença superior a 20% de vegetação
Edificações com mais de 4 pavimentos
1.4 Área sem presença de vegetação e impermeabilizada
1.5 Área com presença de vegetação
Edificações com aspecto industrial
1.6 Área com solo impermeabilizado e/ou exposto
1.7 Área com vegetação
2. ESPAÇOS NÃO EDIFICADOS
2.1 Vegetação arbórea e/ou arbustiva e/ou herbácea
2.2 Espaços verdes públicos
2.3 Solo exposto
2.4 Solo impermeabilizado
2.5 Corpos hídricos
3. CEMITÉRIO
4. TRÁFEGO
4.1 Ruas e avenidas
4.2 Avenidas com canteiro
Fonte: Banco de Dados do Grupo de Pesquisa em Geoecologia e Gestão Ambiental – UTFPR –
CM.
Os lotes com mais de 20% de área permeável destinada à vegetação,
contribuem à qualidade ambiental urbana de modo ideal. Porém, os quais apresentam
um número inferior à 20% também, mas em menor proporção. Entretanto, isto não se
aplica a edificações acima de 4 pavimentos, pois o ganho de área livre, relacionada à
vegetação, torna-se nula a partir do quarto pavimento, isto porque devido ao aumento
de pressão sobre os espaços livres, onde à medida que a edificação ganha altura, o
espaço construído torna-se cada vez maior em relação ao espaço livre Nucci (2008).
Com essas classificações da cobertura da terra, foi feito o mapeamento da
cobertura com o uso da imagem de satélite do software SASPlanet. O fornecimento
de limites da área urbana fornecido pelo IBGE (2010), das escalas de imagem de
satélite e mapeamento, além das divisões dos setores censitários (IBGE, 2010) serão
os mesmos para o mapa de Saneamento Básico.
13
3.4 SANEAMENTO BÁSICO
O saneamento básico inclui o abastecimento público de água potável, rede de
esgoto, esgoto que recebe algum tipo de tratamento e coleta de resíduos. Foram
utilizadas informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010) e os
dados dos diagnósticos dos Serviços de Água e Esgotos do Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento (2016).
Para obter a porcentagem desses dados foi feita a divisão do total de domicílios
atendidos pelo total de domicílios da área urbana e multiplicar por cem. Assim, para a
análise de cada indicador, haverá uma porcentagem em relação ao total de domicílios
do local em estudo. Logo, foi possível analisar cada indicador de maneira individual
e integrada, e seus reflexos na qualidade ambiental urbana.
Portanto, alguns parâmetros tomaram-se como referência de porcentagem
ideal a cada indicador. Assim, quanto mais próximo aos valores apresentados, melhor
a sua contribuição para a qualidade ambiental urbana (Quadro 2).
Quadro 2 - Parâmetros para a análise quantitativa dos indicadores de saneamento básico.
INDICADOR % IDEAL
Abastecimento público de água potável 100%
Coleta de resíduos 100%
Esgoto que recebe algum tipo de tratamento 100%
Rede de Esgoto 100%
Fonte: Banco de Dados do Grupo de Pesquisa em Geoecologia e Gestão Ambiental – UTFPR –
CM.
As informações destes indicadores foram obtidas a partir de imagens de satélite
do ano de 2018, escala 1:11.000 fornecidas pelo Bing Aerial e do documento ‘Base
de informações do Censo Demográfico 2010: Resultados do Universo por setor
censitário’ (IBGE, 2010b), o qual fornece informações e delimitações em formato
shapefile da área urbana em Setores Censitários. Logo, foi elaborado um mapa com
a distribuição dos indicadores de saneamento básico na área urbana.
14
4.5 QUALIDADE AMBIENTAL URBANA
A qualidade ambiental urbana foi analisada com a obtenção de dados dos
mapas de cobertura da terra e saneamento. Após todos esses dados, qualitativos e
quantitativos, a interpretação e os resultados de cada um deles foram discutidos,
fundamentando-se em trabalhos de caráter científico e legislações pertinentes ao
assunto.
15
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A divisão dos setores censitários da área urbana (figura 2), conta com 4 setores
e um bairro novo, o qual não há informações atualizadas disponibilizadas pelo IBGE.
Figura 2- Identificação dos setores censitários urbanos de Ângulo – PR.
Fonte: Elaborada pelo autor (2019).
Cada setor conta com um total de população diferente (TABELA 1).
51°55'5.70"W 51°54'41.51"W 51°54'16.15"W
23
°11
'38
.97
"S
23
°11
'59
.51
"S
23
°11
'47
.34
"S
16
Tabela 1: Descrição dos setores censitários urbanos em relação à área e população.
Setor Habitante Area (Km²) Domicílios
01 535 0,381 186
02 609 0,436 193
03 513 0,436 168
04 589 0,296 188
Bairro novo - 0,126 -
Total 2246 1,675
Fonte: IBGE (2010) e satélite do Bing Aerials (área).
Com as informações fornecidas pela tabela 1 segue abaixo as seguintes
afirmações:
• O setor 2 e 3 possuem a mesma área, porém um apresenta mais habitantes
que o outro, respectivamente. Isso se dá pela presença do setor industrial industrias
no setor 3, consequentemente diminuindo a quantidade de domicílios e a população
no espaço (FIGURA 3).
• O setor 2 é o que possui maior densidade demográfica, enquanto o setor 1
apresenta a menor. Conferindo a figura 3, poderá observar a razão dessa diferença,
que é causada pela quantidade de solo exposto sendo inutilizado, não havendo tantos
domicílios, comparado com o setor 2.
• A população urbana de Ângulo é de 2246 habitantes IBGE (2010).
5.1 COBERTURA DA TERRA
O mapa dos setores censitários (FIGURA 2) indica que em Ângulo há um bairro
novo, onde é possível observar pelo mapa da cobertura da terra que possui mais de
80% de solo exposto (FIGURA 3).
Os quatros setores apresentam de 20 a 30% de solo exposto, como pode ser
observado, precisamente nos limites da área urbana de Ângulo. Esta quantidade é
consideravelmente alta para a qualidade ambiental. Pode-se afirmar a partir de
imagem de satélite que essas regiões periféricas são confrontantes com a área rural,
uns sendo loteamentos e outros em transição de plantações. Entretanto o solo
exposto nas áreas centrais dos setores são loteamentos desocupados e sem
entulhos.
17
Além disso, nota-se a pouca ocorrência de espaços destinados exclusivamente
à vegetação, havendo principalmente nas rotatórias e em algumas esquinas que
interligam avenidas.
Figura 3 - Mapa de cobertura da terra da área urbana de Ângulo – PR.
Fonte: Elaborada pelo autor (2019).
A visualização dos resultados sobre a cobertura da terra pode ser feita na tabela
2, onde estão expostos de maneira quantitativa os itens da legenda presentes na área
estudada.
51°55'5.70"W 51°54'41.51"W 51°54'16.15"W
23
°11
'38
.97
"S
23
°11
'59
.51
"S
23
°11
'47
.34
"S
18
Tabela 2 – Ocorrência dos itens mapeados da legenda do grupo cobertura da terra.
ITEM DA LEGENDA ÁREA
(Km²)
OCORRÊNCIA
(%) E
sp
aço
s e
dif
icad
os
Edificações de até 4 pavimentos – área sem
vegetação e/ou impermeabilizada 0,0167 1,00
Edificações de até 4 pavimentos - área com
presença de 1 a 20% de vegetação 0,0594 3,54
Edificações de até 4 pavimentos - área com
presença superior a 20% de vegetação 1,005 55,10
Edificações com aspecto industrial - área com
solo impermeabilizado e/ou exposto 0,025 1,50
Edificações com aspecto industrial - área com
vegetação 0,0335 2,00
Es
pa
ço
s
não
ed
ific
ad
os Vegetação arbórea e/ou arbustiva e/ou
herbácea 0,050 3,00
Espaços verdes públicos 0,0167 1,00
Solo exposto 0,348 20,77
Trá
feg
o Ruas e avenidas 0,160 09,58
Avenidas com canteiro 0,0 0,0
Cemitério 0,007 0,4
Fonte: Elaborada pelo autor (2019).
Para facilitar a visualização de como se apresenta cada item mapeado, o
quadro 3 demonstra de forma ilustrativa os espaços edificados e não edificados.
19
Quadro 3 – Exemplares das classes mapeadas com suas respectivas imagens de satélite
(continua).
Edificações de até 4 pavimentos com área sem vegetação e/ou impermeabilizada.
Exemplo da classe Edificações de até 4 pavimentos com área com presença de 1 a
20% de vegetação.
Exemplo da classe Edificações de até 4 pavimentos com Área com presença superior a 20% de vegetação.
Classe Edificações com aspecto industrial com área com vegetação.
20
(continuação)
Classe Edificações com aspecto industrial sem vegetação.
Cemitério
Fonte: Elaborado pelo autor (2019) e imagens do Google Earth pro (2018).
Polinarski et al. (2016), com metodologia semelhante, quantificou os espaços
edificados com presença de vegetação do município Quarto Centenário – PR, e
encontrou predominância na classe com cerca de 40%, enquanto Ângulo apresentou
mais de 50% em relação a área total de espaços edificados do município.
Observando os dados tanto da figura 3 quanto da tabela 2, as edificações de
até 4 pavimentos com mais de 20% de vegetação foram predominantes nos setores
01, 02 e 04 (FIGURA 3), as quais contribuem positivamente para a qualidade
ambiental urbana, devido ao fato da presença de vegetação estar ideal.
No setor 3 apresenta mais edificações industriais e solo exposto, além de um
cemitério na periferia do município e uma extensão de vegetação arbórea ao lado.
Sendo o setor que menos contribuiu para a boa qualidade ambiental urbana.
As classes de espaços verdes públicos e vegetação arbórea e/ou arbustiva
e/ou herbácea há uma representatividade em torno de 4% no total na área urbana do
município, sua contribuição é positiva para a qualidade ambiental,. Em Ângulo, essas
classes estão associadas às praças e espaços verdes públicos (figura 4).
21
Figura 4 - Praças e espaços verdes públicos existentes na cidade de Ângulo – PR.
Fonte: Google Earth (2018).
O mapeamento de cobertura da terra não quantificou a arborização urbana,
porém o município a apresenta principalmente nas avenidas e em diversas ruas,
melhorando a qualidade ambiental.
Os lotes localizados no centro comercial das cidades normalmente são
impermeabilizados, com centros comerciais e edificações havendo uma quantidade
pequena de vegetação, mas Ângulo não se enquadra nesta situação.
Este município possui na região central (setor 3) industriais com vegetação
somando 10%, áreas com solo exposto 30%, áreas verdes e edificações de até 4
pavimentos com presença superior a 20% de vegetação, com 30% também. Além de
espaços verdes públicos e Vegetação arbórea.
Estas áreas com vegetação contribuem de maneira positiva para a qualidade
ambiental urbana, pois a falta dela proporciona “alterações do clima local, enchentes,
deslizamentos e falta de áreas de lazer para a população” (AMORIM, 2001 p. 38).
A maioria das indústrias classificadas nessa cidade possuem telhados de
material metálico e as casas com telhados de cerâmica e de fibrocimento, segundo
Amorim (2016) estes materiais contribuem para a geração de calor no local é
acentuada.
Esta mesma pesquisadora, efetuou um estudo sobre a influência do uso e
cobertura do solo no clima em um município do estado de São Paulo na área rural e
urbana, e averiguou que as áreas das cidades apresentam temperaturas mais
elevadas e essa anomalia térmica causa a formação de ilhas de calor. A diferença
entre a área urbana e a área rural da cidade ultrapassou 16°C no verão (COLTRI,
22
2006). Portanto, faz-se necessário a predominância de áreas verdes na cobertura do
solo, pois são modificadores do clima local e regional.
Ângulo possui 20% do seu território urbano de solo exposto contribuindo de
maneira negativa para a qualidade ambiental. Além da variação de temperatura
supracitado, a degradação é algo susceptível quando um solo se encontra
desprotegido.
Dentre as percepções acerca das problemáticas existentes no município, não
há pavimentação em algumas ruas e possivelmente há falhas na drenagem urbana
(FIGURA 5).
Figura 5-Infraestrutura inadequada das ruas de Ângulo-PR.
Fonte: Google Earth (2018).
5.2 SANEAMENTO BÁSICO
A respeito do saneamento básico, os indicadores presentes na cidade foram o
abastecimento público de água potável, rede de esgoto, esgoto que recebe algum tipo
de tratamento e coleta resíduos, os quais foram apresentados na legenda da figura 6.
23
Figura 6 - Mapa da infraestrutura do saneamento básico na cidade de Ângulo – PR.
Fonte: Elaborada pelo autor (2019).
A Lei nº 11.445, de 5 de Jan. 2007 (BRASIL, 2007) aponta que todos os
cidadãos tenham o direito ao saneamento básico, portanto o ideal seria que todos os
setores fossem 100% atendidos nos quesitos supracitados. Em contrapartida, Costa
et al. (2013) consideram que a abrangência seja na faixa de 95 a 100%.
Portanto, de modo geral os resultados apresentados em Ângulo estão
presentes em grande maioria dos domicílios respeitando a Lei de Saneamento Básico
nº 11.445, de 5 de Janeiro de 2007.O setor 01 é o único que todos os domicílios são
abastecidos com água potável e são atendidos pela coleta de resíduos. O setor 03
fica próximo desses valores, exceto os resíduos serem colhidos 99% dos residentes.
Porém o setor 02 não chega na faixa de abrangência de atendimento de água
potável nem mesmo a coleta de resíduos, sendo 91% e 89% atendidos
respectivamente. Podem possuir poços artesianos, porém é de direito do cidadão que
chegue a rede de distribuição até seu domicílio, logo, não é satisfatório.
Quanto ao bairro novo, não há informações disponíveis no momento, portanto
pode-se concluir que dos quatro setores, o 02 é o que possui um atendimento de
51°55'5.70"W 51°54'41.51"W 51°54'16.15"W
23
°11
'38
.97
"S
23
°11
'59
.51
"S
23
°11
'47
.34
"S
24
saneamento mais baixo e o 01 chegaria a ser ideal, se não fosse a falta da coleta de
esgoto.
A coleta de esgoto e seu tratamento não foi apresentado também no estudo
feito por Polinarski et al (2016) apenas um dos indicadores aplicados em saneamento
básico que há em seu município, pois não possui coleta seletiva, rede de esgoto e,
consequentemente, o tratamento do mesmo, entretanto Ângulo apresenta além de
coleta de resíduos e seletiva, também há distribuição de água, o que difere na
distribuição são as porcentagens dos domicílios nos setores atendidos.
Os moradores fazem uso de fossas sépticas ou fossas negras como destino
final dos efluentes domésticos gerados, por não apresentar coleta de esgoto nem
sistema de tratamento, segundo o IBGE (2010) e SNIS (2016), como pode ser
observado na Figura 8. O ideal aos municípios que não possuem rede coletora de
esgoto, que utilizem por meio de fossas sépticas sucedidas por pós-tratamento ou
unidade de disposição final, adequadamente projetados e construídos, seguidos por
metodologias vigentes em lei para que não haja contaminação dos aquíferos
subterrâneos.
Mesmo que haja a Lei do Saneamento Básico onde prevê a universalização
dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, a realidade é outra,
como o ranking da Universalização do Saneamento 2018 mostra, que o Brasil é um
país de extremos, enquanto 80 municípios do Brasil estão classificados com
pontuação máxima, outros 1.613 sofrem com falta de saneamento (ABES,2018).
Em relação ao indicador coleta de resíduos, segundo o que foi coletado in loco,
o que não se classifica como material reciclável são encaminhados para uma área de
transbordo na área rural do município (3km de distância da área urbana), neste local
fica sobre uma caçamba, onde permanece por uma semana, não há invasores e
resíduos sobre o solo. Após uma semana é encaminhado ao aterro municipal de
Maringá Pedreira Ingá, por não haver aterro em Ângulo.
A coleta seletiva é coletada por um caminhão municipal e encaminhada a um
barracão familiar, onde é separado e destinado a cada tipo de material para sua
finalidade, tornando-se a renda desta família.
25
5.3 QUALIDADE AMBIENTAL URBANA
As áreas verdes são importantes para a qualidade ambiental das cidades, já
que assumem um papel de equilíbrio entre o espaço modificado para o assentamento
urbano e o meio ambiente (LIMA E AMORIM, 2006). A cobertura do solo pode ser
considerada como um dos principais aspectos para se inferir sobre a qualidade
ambiental urbana (NUCCI, FERREIRA e VALASKI, 2014).
Segundo Barros e Virgílio (2003), uma das dificuldades em manter a
preservação das áreas verdes é a retenção dos espaços livres frente às pressões da
urbanização intensa.
Toda vegetação apresentada na cobertura da terra, são formas de amenização
de temperaturas, escoamento superficial e carreamento de solos, segundo Nucci
(2008), proporcionando qualidade na vida ambiental urbana. Portanto, os espaços que
contribuem de maneira negativa para a qualidade ambiental urbana estão associados
a áreas que não há vegetação, como solo exposto, edificações com aspecto industrial
e áreas impermeabilizadas.
Para Valaski (2013) espaços com solo exposto contribuem para a baixa
qualidade ambiental e espaços de aspecto industrial para baixa ou nenhuma
infiltração da água da chuva e alta emissão de poluentes.
Observando os mapas dos setores, da cobertura da terra e do saneamento, o
setor 02 (dois) e 03 (três) são os que apresentaram valores mais baixos nos quesitos
saneamento e cobertura da terra, respectivamente. Mas em geral a qualidade
ambiental urbana está em um nível bom, mas poderia estar em nível ótimo,
necessitando o adequamento de alguns parâmetros, como reservar áreas para
espaços verdes públicos; investir em arborização urbana; implantar no plano diretor
da cidade, a necessidade de no mínimo 20% de vegetação no lote e investir em uma
rede e tratamento de esgoto.
Diante destes resultados, é possível parafrasear o que Estevez, Nucci e Valaski
(2014) afirmaram “que o planejamento urbano adequado, amparado a estudos do
meio físico como os de classificação da cobertura do solo, pode favorecer a melhoria
da qualidade ambiental”, pois com isso possibilita a reflexão sobre as potencialidades
da terra e, consequentemente, muda-se as ações para suas melhorias.
Outro fator observado foi o tráfego, onde as ruas e avenidas não possuem
canteiros, assim obtendo apenas áreas impermeabilizadas as quais não colaboram
26
na qualidade ambiental, como a baixa infiltração no solo, drenagem urbana
prejudicada, não colaborando com o ciclo hidrológico e podendo ocorrer poças de
água, além de afetar a boa circulação de veículos e pessoas (FIGURA 7).
Figura 7 : Avenida sem canteiro e com infiltração prejudicada.
Fonte: Google Earth (2018).
Em quase toda a extensão da cidade, o nível de Qualidade Ambiental Urbana
pode ser considerado moderado, por mais que haja predominância de áreas verdes
nas áreas com até 4 pavimentos, há a necessidade de algumas melhoras
supracitadas para que seja avaliada como boa, por exemplo, o melhoramento na área
de saneamento.
Para que haja uma melhoria na qualidade ambiental urbana seria ideal a
instalação de ductos de coleta e a construção de uma estação de tratamento de
esgoto que siga as normas 12208/1992, 12209/2011 e a resolução 430/2011, onde
há os padrões de lançamento de efluentes.
Como sugestão, para o porte do município e o número de habitantes, seria
interessante seguir a metodologia dos autores Jordão e Pessoa (2011) e Von Sperling
(2014) para a estação de tratamento onde seria incluso um tratamento preliminar com
uma Calha Parshall, caixa de areia e grade. Logo, um tratamento secundário com um
reator UASB e uma lagoa facultativa.
A escolha do processo deve ser contada com a área disponível para a
implantação, mão de obra especializada, seu custo benefício e complexidade de
27
implantação e operação, na eficiência do processo, nas normas ambientais vigentes
relativas à localização da ETE, na produção de lodos e destino final.
28
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo deste trabalho foi analisar a situação da qualidade ambiental urbana
de Ângulo - PR por meio de indicadores ambientais. Um dos indicadores aplicados,
foi a cobertura da terra, onde foram identificados 12 tipos de cobertura diferentes,
separadas de acordo com o espaço urbano a que pertence: espaços edificados,
espaços não edificados, espaços de tráfego e cemitério, havendo uma diversidade
paisagística.
Concluiu-se que o município apresenta áreas com cobertura vegetal que atuam
como contribuintes para aumentar a qualidade ambiental, mas que há a necessidade
de aumentar essas áreas para melhorar esse quesito. Onde há um número expressivo
de lotes urbanos com mais de 20% de vegetação, não havendo a ocorrência da
chamada verticalização no município e que a cobertura vegetal é essencial para uma
discussão de melhorias e aperfeiçoamentos na qualidade ambiental.
O saneamento constitui abastecimento e distribuição pública de água potável,
coleta e tratamento de esgoto, drenagem e coleta de resíduos. No município de
Ângulo não há “rede de coleta e tratamento de esgoto”, portanto o município necessita
de investimentos para a viabilização dos projetos de esgotamento sanitário, que tenha
uma gestão autossuficiente visando melhorar esse panorama e universalizar o
atendimento à população.
Todos esses dados levantados deveriam ser efetuados nas gestões para serem
possíveis os aperfeiçoamentos de tudo aquilo que estivesse em desacordo com a Lei
e a qualidade ambiental. Mostrando a importância de estudos como este, na
graduação, para o planejamento ambiental urbano dos municípios do Paraná.
29
7. REFERÊNCIAS
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da Universalização do Saneamento. 2018. Disponível em: < http://abes-
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